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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
SECRETARIA GERAL DE GESTÃO
AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE - SGAS
RELATÓRIO DE GESTÃO
2012-2016
________________________________
Profa. Dra. Érica Pugliesi
Secretária Geral
Outubro de 2016
I. INTRODUÇÃO E HISTÓRICO DA UNIDADE
II. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA UNIDADE
II. 1. Organograma
II. 2. Competências
II. 3. Detalhamento dos procedimentos regulares
III. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
III.1 Relatório de Gestão
III.2. Outras Ações, Detalhamento e Procedimentos
IV. PENDÊNCIAS, DESAFIOS E SUGESTÕES
IV.1. Ações em desenvolvimento para serem finalizadas
IV.2. Ações sugeridas (demandas e problemas)
IV.3. Desafios
APRESENTAÇÃO
O Relatório de Gestão aqui apresentado foi elaborado para
auxiliar o processo de transição entre as equipes de administração da
Secretaria Geral de Gestão Ambiental e Sustentabilidade - SGAS da
UFSCar (da gestão 2012-2016 à gestão 2016-2020). Além de apresentar
um detalhamento da estrutura, as funções, as realizações e os
procedimentos adotados pela gestão que se encerra, o relatório se
apresenta como um veículo para tornar públicas estas informações, de
forma a conferir transparência ao processo e fornecer subsídios à
comunidade universitária para que ela possa colaborar de maneira
efetiva com a gestão acadêmica.
O Relatório de Gestão está dividido em quatro partes: um breve
histórico da SGAS; a descrição da estrutura (com organograma) e das
funções de cada unidade que compõem a SGAS, com detalhamento de
alguns procedimentos regulares; um relatório de gestão, em que, além
de prestarmos conta do que foi realizado durante quatro anos,
buscamos explicitar o modo pelo qual as ações foram realizadas, além
de detalhar os procedimentos em andamento; finalmente, a exposição
do que consideramos medidas pendentes e desafios futuros para a
SGAS.
I - INTRODUÇÃO E HISTÓRICO DA UNIDADE
As atividades de gestão ambiental na UFSCar datam de 1990 com
a criação do Programa de Atividades Agro-ecológicas - PAE – a partir da
Resolução 118/90 do Conselho Universitário. Apesar de o Programa ter
por objetivo inicial os aspectos relacionados ao planejamento e
aproveitamento das áreas do campus para a produção agro-florestal, ele
se transformou numa unidade cujas ações se voltaram para a gestão
dos recursos naturais. O PAE teve como uma de suas principais ações a
delimitação e a averbação das Áreas de Reserva Legal da Instituição, de
acordo com o Código Florestal Brasileiro vigente à época.
As diretrizes e os participantes deste Programa, juntamente com o
Escritório de Desenvolvimento Físico (EDF), foram também responsáveis
pelo planejamento da ocupação racional das áreas urbanizadas do
campus, por meio de um Plano de Manejo, visando conservar as áreas
verdes já existentes e promovendo o plantio de árvores ao redor dos
edifícios ampliados ou construídos.
O Plano de Manejo procurava respeitar os princípios ecológicos
fundamentais para a preservação ambiental, incluindo proteção de
mananciais, manutenção da Reserva Legal e a interação com a reserva
adjacente representada pelo Parque Ecológico de São Carlos.
Outra preocupação foi a utilização do campus no sentido de
atender aos objetivos específicos da Universidade, no que se refere ao
ensino, à pesquisa e à extensão. Dentro desse espírito resgatou-se uma
ideia que surgiu em 1986 a partir de um grupo de professores do antigo
Departamento de Ciências Biológicas (Dra. Géria M. M. Franco, Dr.
João J. Soares, Dr. José A. P. V. de Moraes e Dra. Maria Helena A. de
O. e Souza), de planejar uma Trilha Interpretativa na área de cerrado da
UFSCar. Esta trilha iria percorrer diversos ambientes como um cerrado
sensu stricto, uma mata galeria e um pequeno lago formado pelo
represamento de uma nascente, chamada pela comunidade
universitária de “Lago Mayaca”, devido à presença de grande
quantidade de uma angiosperma do gênero Mayaca no local.
A “Trilha da Natureza” só foi inaugurada no dia 10 de abril de
1992, seis anos após a sua proposição, devido às dificuldades para a
criação da infra-estrutura necessária para a visitação. A partir da
inauguração foram feitas inúmeras visitas, inicialmente sem muita
regularidade, tornando-se mais constantes a partir do ano de 1999,
com a estruturação de uma equipe de estudantes bolsistas e
voluntários denominada “Tribo Trilha”. Para a manutenção dessa
equipe era realizado anualmente um curso para a formação de
monitores.
Nos anos que se seguiram à implantação da Trilha da Natureza foi
realizado um manejo do cerrado, retirando-se os eucaliptos existentes
nas áreas de vegetação nativa em regeneração, permitindo que esta se
desenvolvesse e se adensasse.
A Universidade Federal de São Carlos foi pioneira na criação de
uma Coordenadoria Especial para o Meio Ambiente (CEMA) no ano de
1993 por meio da Resolução do CONSUNI n°201/93, de 16 de setembro
de 1993. A CEMA foi criada como uma unidade vinculada á reitoria
para atuar em programas de preservação das áreas verdes dos campi,
manejo de resíduos, educação ambiental e conservação de energia
elétrica (em conjunto com a Prefeitura Universitária).
Com funções de planejamento e coordenação de atividades
relacionadas ao desenvolvimento de uma política ambiental para a
UFSCar, as atividades da CEMA abrangiam: exploração agroflorestal,
ocupação racional do campus, apoio e desenvolvimento de estudos
ambientais, preservação de recursos naturais, programas de educação
ambiental, programas de conservação de energia, e, programas de
gestão de resíduos e de controle de produtos tóxicos.
A CEMA se dedicou – ao longo dos anos e com a ampliação dos
campi da UFSCar – a implementar projetos de gestão e conservação
ambiental. Por meio dessa coordenadoria, a universidade recuperou
áreas de cerrado e ampliou áreas de Reserva Legal do campus de São
Carlos que, atualmente, representam uma porcentagem maior do que a
exigida por lei.
Embora tenha havido algumas dificuldades em certas áreas em
virtude, por exemplo, das características e qualidade do solo ou da
dificuldade em se encontrarem mudas de espécies nativas de cerrado
comercialmente, hoje é evidente o avanço que tivemos na recuperação
dessas áreas.
Esse compromisso ambiental da UFSCar está explicitado em seu
Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), enfocando não só a
questão ambiental, mas também a social, visto que a UFSCar tem
grande importância social como instituição de ensino superior público e
de qualidade.
Dentro dos “Princípios” do PDI inclui-se uma “Universidade
ambientalmente responsável e sustentável”; suas “Diretrizes Gerais”
visam “Promover processos de sustentabilidade ambiental” e “Promover
atividades voltadas para uma sociedade sustentável”.
Para que a universidade tenha um “Ambiente adequado”, o PDI
prevê “Promover o uso, a ocupação e o manejo ambientalmente
adequados dos campi, em suas áreas urbanizadas, agrícolas e de
preservação” e “Cumprir a legislação ambiental em todos os seus níveis,
realizando, sempre que possível, ações que não se restrinjam aos limites
mínimos previstos nos requisitos legais”.
No decorrer dos anos, houve um significativo avanço nos projetos
e ações ambientais nos campi UFSCar com a criação da Unidade de
Gestão de Resíduos (UGR), o Programa de Educação Ambiental (PEAm),
e o próprio Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), que
contribuem para a consolidação da Gestão Ambiental na Instituição.
A partir de sua criação, a CEMA teve como Coordenadores a
Profa. Dra. Profa. Maria Ines Salgueiro Lima (Coordenadora) e o Eng°.
Carlos Augusto de Sousa Martins Filho (Coord. Adjunto) no período de
1994 – 1996; Profa. Dra. Haydée Torres de Oliveira (Coordenadora) no
período de 1996-1998; Eng. Carlos Augusto de S. Martins Filho
(Coordenador), no período de 1998 – 2000; Prof. Dr. Nemésio Neves
Batista Salvador (Coordenador), no período de 2000 – 2009 e a Profa.
Dra. Maria da Graça Gama Melão (Coordenadora) no período de 2009 –
2011. Entre os anos 2011 e 2012 houve um período em que as
atividades da CEMA ficaram sem uma coordenação centralizada e em
2012 o Prof. Dr. José Salatiel Rodrigues Pires (Coordenador) assume a
coordenadoria e propõe uma reavaliação e reestruturação das
atividades.
Após longos anos de atuação, o papel da CEMA foi reavaliado. Ela
se transformou em Secretaria Geral de Gestão Ambiental e
Sustentabilidade (SGAS) – Portaria GR n°262/13, de 12 de junho de
2013 – e passou a ter uma ação voltada ao planejamento contendo
diretrizes e metas para ações em todos os campi, estando vinculada
diretamente à Reitoria da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar.
No ano de 2014 a SGAS passa a ser coordenada pela Profa. Dra.
Érica Pugliesi, que havia iniciado as atividades de planejamento
ambiental da UFSCar na Divisão de Planejamento e Gestão Ambiental –
DiPGA – junto ao prof. Salatiel e dá continuidade às atividades em
andamento. A estrutura da CEMA foi avaliada e proposto um novo
organograma para a SGAS, transformando a UGR em DeGR –
Departamento de Gestão de Resíduos e PEAm em DeAEA –
Departamento de Apoio a Educação Ambiental e cria o Departamento de
Gestão de Áreas Verdes, Biodiversidade e Agroambientes – DeGABA.
A SGAS tem por finalidades o planejamento, a coordenação e
monitoramento das atividades da universidade que tenham interações
com o componente ambiental, incluindo o controle, a correção e a
prevenção de problemas ambientais, incluindo incentivos e restrições
(normatização) ao uso de espaços ou atividades que causem problemas
ambientais, em co-gestão com todos os setores da universidade. Nesse
sentido, visa propiciar o aumento contínuo do respeito ao meio
ambiente, ampliando a percepção de sua inter-relação com a qualidade
de vida.
Em consonância com a suas finalidades a SGAS tem como
objetivos principais:
a) Atuar no planejamento, na coordenação e no monitoramento das
atividades da Universidade que tenham interações com o componente
ambiental;
b) Atuar no controle, na correção e na prevenção de problemas
ambientais, em co-gestão com os demais setores da Universidade;
c) Propor normas e outros instrumentos que tratem de incentivos e
de restrições ao uso de espaços ou atividades que possam causar
problemas ambientais;
d) Desenvolver junto à comunidade a Política Ambiental para a
UFSCar, traduzindo de forma explícita como a Universidade pretende
atingir seus objetivos ambientais e de sustentabilidade.
e) Elaborar, em conjunto com os demais departamentos, unidades e
setores administrativas da UFSCar, um plano de gestão ambiental
vinculado a um Sistema de Gestão Ambiental, definir objetivos e metas
e avaliar continuamente sua performance;
f) Prestar serviços de apoio ao processo de planejamento e gestão
ambiental dos diferentes setores da UFSCar, a partir da implementação
do sistema de gestão com geração de indicadores qualitativos e
quantitativos para o estabelecimento de metas ambientais;
g) Definir claramente as responsabilidades ambientais de cada um
dos setores da Universidade;
h) Divulgar interna e externamente a política ambiental, seus
objetivos e metas e as responsabilidades de cada um na comunidade
acadêmica;
i) Auxiliar na obtenção dos recursos adequados necessários ao
desenvolvimento das metas ambientais;
j) Ambientalizar, educar e trabalhar de forma participativa com a
comunidade acadêmica;
k) Capacitar o pessoal envolvido direta e indiretamente na gestão
ambiental dos campi;
l) Monitorar (acompanhar) a situação ambiental dos campi da
UFSCar e realizar auditorias e relatórios de sustentabilidade;
m) Acompanhar e conduzir a evolução da discussão sobre a questão
ambiental e propor alternativas e soluções para problemas ambientais;
n) Contribuir para o desenvolvimento de programas ambientais da
comunidade acadêmica e fomentar a pesquisa e a inovação aplicados à
área ambiental;
o) Definir normas, regras e procedimentos ambientais gerais e em
conformidade com as especificidades dos diferentes setores da
universidade;
p) Auxiliar na conciliação dos diferentes interesses existentes na
comunidade acadêmica e externa no que se refere a questões com
interface ambiental;
q) exercer outras atividades inerentes à sua finalidade.
II - ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA UNIDADE
A RESOLUÇÃO CoAd nº 052, de 24 de maio de 2013, apresenta a
estrutura da SGAs que contempla instâncias gestoras e executivas da
que são as seguintes:
I. Conselho Consultivo;
II. Secretaria Geral – SG;
III. Secretaria Executiva - SE;
IV. Divisão de Planejamento e Gestão Ambiental – DiPGA;
V. Departamento de Apoio a Educação Ambiental – DeAEA;
VI. Departamento de Gestão de Áreas Verdes, Biodiversidade e Agroambientes – DeGABA;
VII. Departamento de Gestão de Resíduos - DeGR;
VIIII. Seção de Gestão Ambiental e Sustentabilidade do campus Sorocaba - SeGAS-S;
IX. Seção de Gestão Ambiental e Sustentabilidade do campus Araras - SeGAS-Ar;
X. Seção de Gestão Ambiental e Sustentabilidade do campus Lagoa
do Sino - SeGAS-LS.
A estrutura atual da SGAS não apresenta as Seções de Gestão
Ambiental e Sustentabilidade dos campi Sorocaba, Araras e Lagoa do
Sino, devendo haver esforços para sua implementação e operação. A
proposta da existência das seções nos campi fora da sede se justifica na
necessidade de corpo técnico para implementar a gestão ambiental
multicampi na UFSCar.
II. 1. ORGANOGRAMA
As seções Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino estão previstas em
organograma, porém sem disponibilidade de corpo técnico para sua
implementação.
II. 2. COMPETÊNCIAS
- Secretaria Geral:
O Secretário da SGAS é indicado pela Reitoria, que submete o
nome proposto ao Conselho Consultivo antes de encaminhar para
homologação pelo Conselho Universitário.
Os demais cargos da SGAS serão indicados pelo Secretário e
nomeados pelo Reitor, e deverão envolver servidores com reconhecida
competência para o exercício das suas atribuições.
Ao Secretário da SGAS compete, além de outras atribuições que
venham a ser estabelecidas pelo Conselho Universitário:
I- representar a SGAS na UFSCar ou fora dela;
II- divulgar as atividades da SGAS;
III- exercer as atribuições ou ações necessárias ao bom andamento
dos trabalhos da SGAS;
IV- presidir as reuniões do Conselho Consultivo;
V- manter a necessária comunicação com os diversos setores da
SGAS, da UFSCar e dos Programas e Projetos com vistas a uma perfeita
integração entre as diversas atividades da secretaria;
VI- apresentar aos órgãos competentes da Instituição a proposta
orçamentária consolidada da SGAS e dos Programas a ela vinculados,
com seus respectivos Planos de Trabalho e Relatórios Financeiros;
VII- coordenar, articular e integrar os diferentes Programas e Projetos
entre si com os demais planos e programas da Instituição;
VIII- articular os esforços e atividades dos diversos órgãos da
Universidade com vistas a perfeita execução dos projetos definidos pela
SGAS e pelos programas a ela vinculados;
IX- ordenar despesas no âmbito da SGAS e dos programas a ela
vinculados;
X- delegar competência ao Diretor e Chefes de Departamentos e
Seções para execução de atividades necessárias para o perfeito
desempenho da SGAS e dos programas a ela vinculados;
XI- dar o necessário encaminhamento a consultas, propostas e outras
questões referentes ao Meio Ambiente na UFSCar.
- Diretor de Planejamento - DiPGA:
Ao Diretor de Planejamento compete, além de outras atribuições
que venham a ser determinadas pelo Conselho Consultivo ou pelo
Secretário da SGAS:
I- coordenar as atividades técnicas e administrativas da SGAS e dos
Programas a ela vinculados, em especial aquelas atribuídas a sua
responsabilidade.
II- elaborar propostas orçamentárias da SGAS em relação ao seu setor;
III- consolidar a proposta orçamentária da SGAS com a dos Programas
vinculados ao seu setor;
IV- acompanhar e controlar a utilização dos recursos financeiros da
SGAS e dos Programas a ela vinculados;
V- autorizar a cessão de equipamentos, materiais de consumo etc., sob
sua responsabilidade, para unidades executoras dos Projetos da SGAS
e/ou dos programas a ela vinculados;
VI- apoiar a execução dos Projetos da SGAS e dos Programas a ela
vinculados;
VII- apoiar a elaboração dos novos projetos da SGAS e dos Programas a
ela vinculados;
VIII- manter contatos permanentes com os diversos órgãos da UFSCar
com vistas a execução dos Projetos da SGAS e dos Programas a ela
vinculados;
IX- coordenar a elaboração de relatórios da SGAS e dos programas e ela
vinculados;
X- coordenar as atividades dos estagiários dos diversos programas e da
SGAS;
XI- substituir o Secretário da SGAS nas ausências e impedimentos
temporários do titular, quando solicitado, à exceção da presidência do
Conselho Consultivo.
- Chefes de Departamentos DeAEA, DeGR e DeGABA:
Aos Chefes de Departamentos compete, além de outras
atribuições que venham a ser determinadas pelo Conselho Consultivo
ou pelo Secretário da SGAS:
I- coordenar as atividades técnicas e administrativas da SGAS e dos
Programas a ela vinculados, em especial aquelas atribuídas a sua
responsabilidade.
II- elaborar propostas orçamentárias da SGAS em relação ao seu setor;
III- consolidar a proposta orçamentária da SGAS com a dos Programas
vinculados ao seu setor;
IV- acompanhar e controlar a utilização dos recursos financeiros da
SGAS e dos Programas a ela vinculados;
V- autorizar a cessão de equipamentos, materiais de consumo etc., sob
sua responsabilidade, para unidades executoras dos Projetos da SGAS
e/ou dos programas a ela vinculados;
VI- apoiar a execução dos Projetos da SGAS e dos Programas a ela
vinculados;
VII- apoiar a elaboração dos novos projetos da SGAS e dos Programas a
ela vinculados;
VIII- manter contatos permanentes com os diversos órgãos da UFSCar
com vistas a execução dos Projetos da SGAS e dos Programas a ela
vinculados;
IX- coordenar a elaboração de relatórios da SGAS e dos programas e ela
vinculados;
X- coordenar as atividades dos estagiários dos diversos programas e da
SGAS;
XI- substituir o Secretário da SGAS nas ausências e impedimentos
temporários do titular, quando solicitado, à exceção da presidência do
Conselho Consultivo.
- Chefes de Seções – Sorocaba, Araras e Lagoa do Sino (Seções SeSGAS-
Ar, SeSGAS-S, SeSGAS-LS):
Aos Chefes de Seções compete, além de outras atribuições que
venham ser determinadas pelo Conselho Consultivo ou pelo Secretário
da SGAS:
I- coordenar as atividades técnicas e administrativas da SGAS e dos
Programas a ela vinculados atribuídas a sua unidade administrativa em
consonância com as diretrizes e ações propostas pela Secretaria;
II- auxiliar a elaborar as propostas orçamentárias da SGAS em relação a
sua unidade administrativa;
III- auxiliar na consolidação da proposta orçamentária da SGAS para
que seja adequada aos Programas e Projetos vinculados a sua unidade
administrativa;
IV- acompanhar e controlar a utilização dos recursos financeiros da
SGAS e dos Programas a ela vinculados em sua unidade administrativa;
V- autorizar a cessão de equipamentos, materiais de consumo etc., sob
sua responsabilidade, para unidades executoras dos Projetos da SGAS
e/ou dos programas a ela vinculados;
VI- apoiar a execução dos Projetos da SGAS e dos Programas a ela
vinculados em sua unidade administrativa;
VII- apoiar a elaboração dos novos projetos da SGAS e dos Programas a
ela vinculados em sua unidade administrativa;
VIII- manter contatos permanentes com os diversos órgãos da UFSCar
com vistas a execução dos Projetos da SGAS e dos Programas a ela
vinculados em sua unidade administrativa;
IX- coordenar a elaboração de relatórios da SGAS e dos programas e ela
vinculados em sua unidade administrativa;
X- coordenar as atividades dos estagiários dos diversos programas e da
SGAS em sua unidade administrativa;
XI- substituir o Secretário da SGAS nas ausências e impedimentos
temporários do titular, quando solicitado em sua unidade
administrativa, à exceção da presidência do Conselho Consultivo.
- Secretaria Executiva:
À Secretaria Executiva da SGAS, compete, além de outras
atribuições que venham ser determinadas pelo Secretário da SGAS:
a) Em relação à administração geral:
- Estabelecer uma rotina diária de trabalho;
- Organizar e manter atualizada a sua agenda e a do Secretário;
- Despachar com o Secretário;
- Distribuir tarefas a seus auxiliares e estagiários;
- Recepcionar visitantes e manter contatos de interesse da empresa;
- Atender a telefonemas, filtrando as ligações para o Secretário;
- Redigir correspondências;
- Digitar e reproduzir correspondências e outros documentos;
- Expedir correspondências;
- Protocolar documentos;
- Receber, selecionar, ordenar, encaminhar e arquivar documentos;
- Preparar e secretariar reuniões;
- Tomar providências relativas às viagens do Secretário e do Diretor de
Planejamento.
b) Em relação ao Conselho:
– organizar os processos.
– elaborar a pauta de reuniões.
– emitir avisos de convocação de reuniões aos membros do Conselho.
– emitir declaração de presença em reuniões do Conselho, sempre que
solicitada.
– tornar acessível, a todos os membros do Conselho a documentação
necessária aos processos e ao adequado desenvolvimento das reuniões.
– lavrar atas das sessões ordinárias e extraordinárias das reuniões do
Conselho.
– orientar membros do Conselho e da comunidade acadêmica sobre
procedimentos relativos a questões afetas ao Conselho.
– realizar outros serviços atinentes ao Conselho ou determinados por ele
ou por sua presidência.
Com relação às Competências e Atribuições dos Setores SGAS,
são apresentadas, detalhadamente, a seguir:
- DiPGA:
À Divisão de Planejamento e Gestão Ambiental (DiPGA), compete,
além de outras atribuições que venham ser determinadas pelo
Secretário da SGAS:
I. o planejamento do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e
articulação dos departamentos e demais unidades, órgãos e setores dos
Campi UFSCar para a sua implementação e monitoramento;
II. o desenvolvimento em conjunto com o EDF e as PUs de planos de
ordenamento espacial ambiental para a ocupação racional dos Campi
UFSCar;
III. o desenvolvimento, em conjunto com outros setores da UFSCar,
de Diretrizes, Normas, Critérios, Procedimentos e Indicadores de
Sustentabilidade Socioambiental do SGA para os campi;
IV. a coordenação da elaboração de cronogramas de metas de
implantação dos planos de ação ambiental específicos;
V. a coordenação da elaboração dos relatórios anuais de
sustentabilidade;
VI. exercer outras atividades inerentes às suas finalidades.
- DeAEA:
Ao Departamento de Apoio a Educação Ambiental (DeAEA),
compete, além de outras atribuições que venham ser determinadas pelo
Secretário da SGAS:
I. a gestão dos programas, projetos e ações de educação ambiental
nos campi UFSCar, fomentando estas atividades junto ao corpo docente
da universidade.
II. o desenvolvimento de ações educativas para a conservação,
preservação e recuperação do meio ambiente e da qualidade de vida das
comunidades dos campi UFSCar e seu entorno, em conjunto com os
docentes que atuam nesta área de conhecimento,
III. a avaliação periódica da percepção ambiental dos servidores e
alunos da UFSCar;
IV. a proposição e implementação de programas específicos ou
permanentes de Educação Ambiental quando necessário;
V. a manutenção de um fórum de discussão permanente de
indicadores de sustentabilidade na universidade.
VI. exercer outras atividades inerentes às suas finalidades.
VII. Elaborar o relatório de atividade de cada ano.
- DeGABA:
Ao Departamento de Gestão Áreas Verdes, Biodiversidade
Agroambientes (DeGABA), compete, além de outras atribuições que
venham ser determinadas pelo Secretário da SGAS:
I. a gestão das áreas verdes urbanas e das áreas de conservação da
biodiversidade e dos recursos naturais dos Campi UFSCar, incluindo o
enriquecimento vegetal, a manutenção e proteção destas áreas;
II. a gestão dos programas agroambientais e silviculturais dos campi
UFSCar.
III. a coordenação do Viveiro de Mudas e planejamento, em conjunto
com o EDF e PUs, da arborização urbana dos Campi.
IV. a coordenação e acompanhamento de licenças ambientais e
compensações relacionadas a retirada de árvores nos Campi UFSCar.
V. Elaborar o relatório de atividade de cada ano.
VI. exercer outras atividades inerentes às suas finalidades.
- DeGR:
Ao Departamento de Gestão de Resíduos (DeGR), compete, além
de outras atribuições que venham ser determinadas pelo Secretário da
SGAS:
I. a gestão dos programas de controle de resíduos em geral e
controle da utilização de produtos considerados tóxicos nos Campi da
UFSCar;
II. o planejamento e operação da Unidade de Gestão de Resíduos
(UGR) incluindo a identificação, caracterização, mapeamento e
hierarquização das áreas que apresentam risco de ocorrência de
acidentes decorrentes de atividades que envolvam produtos químicos
perigosos nos campi UFSCar;
III. o planejamento e a disposição adequada e o correto manejo do
ativo de resíduos com ênfase em sua minimização nas fontes geradoras,
de forma de evitar a geração e o uso de materiais perigosos ;
IV. a coordenação de atividades de extensão ligadas à gestão e
capacitação em manejo de resíduos químicos perigosos;
V. Elaborar o relatório de atividade de cada ano
VI. exercer outras atividades inerentes às suas finalidades.
- Seções SeSGAS-Ar, SeSGAS-S, SeSGAS-LS:
Às Seções do SGAS - ”Campi UFSCar”, compete, além de outras
atribuições que venham ser determinadas pelo Secretário da SGAS:
I. trazer as questões ambientais específicas de cada Campi para que
sejam discutidas no Conselho de Gestão Ambiental e Sustentabilidade
(CoGAS) e dadas as providencias de solução;
II. auxiliar no planejamento e desenvolvimento de atividades
conjuntas entre os setores do SGAS e o campus,
III. verificar as necessidades do Campus em relação a questões
ambientais e auxiliar a estabelecer as prioridades conforme as
especificidades de sua unidade acadêmica;
IV. auxiliar no estabelecimento de diretrizes, normas e procedimentos
ambientais gerais (toda UFSCar) e específicas para cada Campi;
V. atuar como braço de implantação do SGA e demais ações
ambientais da SGAS na sua unidade acadêmica.
VI. dar apoio técnico as ações ambientais em sua unidade
acadêmica.
VII. exercer outras atividades inerentes às suas finalidades.
Todos os setores que integram o SGAS devem manter colaboração
estreita e recíproca entre eles, mantendo permanente intercâmbio de
informações, a fim de permitir, da melhor forma, a consecução dos
objetivos da Secretaria.
As competências e atribuições apresentadas são previstas na
minuta do Regimento Interno a ser aprovado pelo Conselho
Universitário da UFSCar.
II. 3. DETALHAMENTO DOS PROCEDIMENTOS REGULARES
- Relatórios institucionais
A SGAS elabora anualmente Relatórios para cumprir demandas
de informações institucionais da UFSCar e do TCU. Essa elaboração
envolve todas as suas unidades, com os gestores e servidores-técnico
administrativos. Em geral, os relatórios envolvem informações
qualitativas e quantitativas.
Relatório de Gestão Anual:
É elaborado de acordo com as disposições da Instrução Normativa
vigente do Tribunal de Contas da União (TCU) e eventuais normativas
complementares, seguindo as orientações do órgão de controle interno
da UFSCar – SPDI.
A coleta das informações ocorre no último trimestre do ano e é
apresentado à sociedade e aos órgãos de controle interno e externo
como prestação de contas ordinária anual a que a Universidade Federal
de São Carlos (UFSCar) está obrigada nos termos do art. 70 da
Constituição Federal.
- Participação nos Conselhos Superiores
A SGAS participa, por meio da Secretaria Geral, das reuniões
ordinárias e extraordinárias do Conselho de Administração (CoAD)
como membro efetivo e do Conselho Universitário (CONSUNI) como
membro convidado.
- Solicitações de avaliação de espécies arbóreas
A SGAS recebe das unidades que compõem a UFSCar solicitações
de vistoria e avaliação em espécies arbóreas em decorrência de
necessidades de corte, poda, transplante ou supressão, riscos
apresentados ao mobiliário urbano, a edificações ou pessoas. As
solicitações recebidas são encaminhadas por despacho ao DeGABA que
realiza a identificação, vistoria e avaliação, definindo então a
necessidade ou não de corte ou supressão em função de doenças,
conflitos com o mobiliário urbano ou risco de queda.
As solicitações e despachos são arquivadas em pasta específica
na SGAS e os interessados são comunicados em resposta. Caso se faça
necessário, outros órgãos ou unidades da administração são
comunicados para providências específicas.
- Solicitações de supressão e transplante de vegetação
A SGAS recebe do EDF ou FAI solicitações de supressão ou
transplante de vegetação atendendo as diretrizes de uso e ocupação do
solo na UFSCar para a implementação de novas edificações, reformas,
ampliações ou estruturas de apoio como instalação e manutenção de
redes e sistemas hidráulicos, de esgotamento sanitário e rede lógica. A
partir do recebimento da demanda, são iniciados procedimentos
internos de avaliação das espécies e contratação de serviço técnico
especializado para a elaboração de laudos de caracterização de
vegetação e respectivas compensações ambientais de acordo com as
legislações vigentes municipais, estadual e federal.
A partir da elaboração do laudo e apresentação de Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART) é iniciado o processo junto ao órgão
ambiental municipal ou estadual, para a solicitação da licença ou
autorização, dependendo da demanda apresentada. A SGAS reúne,
organiza e produz as informações necessárias para os procedimentos de
solicitações de licenças ou autorizações, como mapas e cartas, cópia de
documentos, etc, além de ser o representante da instituição junto aos
órgãos ambientais e de controle.
A cada solicitação de supressão ou transplante de vegetação é
iniciado um processo interno para documentação e registro do histórico,
emissão de licenças ou autorizações e monitoramento das ações de
compensação e encerramento do processo.
- Compensações ambientais
A partir das demandas apresentadas por ocasião das solicitações
de supressão ou transplante de vegetação ou em função de TACs ou
TCRAs, é iniciado o processo de compensação ambiental que podem
ocorrer em situações distintas:
a) Autorizações de supressão de vegetação realizada por órgão
ambiental municipal: a compensação pode ser realizada mediante
disponibilização de mudas para plantio em mesma bacia
hidrográfica, em quantidade estipulada na autorização. Neste
caso, após a entrega das mudas, recolhe-se o protocolo de entrega
e junta-se ao processo para arquivamento e encerramento da
demanda.
b) Autorizações de transplante de vegetação realizada por órgão
ambiental municipal: deve ser realizado o monitoramento
ambiental e tratos culturais nas espécies transplantadas com a
apresentação de relatórios técnicos com registro fotográfico de
acordo com os prazos especificados na autorização. Após a
finalização dos relatórios técnicos deve-se proceder o
encerramento e arquivamento do processo.
c) Autorização de supressão de vegetação realizada por órgão
ambiental estadual: a compensação é realizada mediante
orientações descritas no TCRA, em área e local especificados. O
plantio deverá ocorrer em consonância com as especificações
apresentadas e os tratos culturais realizados durante todo o
processo de monitoramento. Devem ser apresentados relatórios
técnicos com registro fotográfico de acordo com a periodicidade
especificada no TCRA. Após a finalização dos relatórios técnicos
deve-se proceder o encerramento e arquivamento do processo.
d) TACs e TCRAs: quando da celebração de TACs ou TCRAs
decorrentes de outras ações – a exemplo de processos oriundos
da Secretaria do Meio Ambiente ou Ministério Público Federal - a
compensação é realizada mediante orientações descritas no TAC
ou TCRA celebrado, em área e local especificados. O plantio
deverá ocorrer em consonância com as especificações
apresentadas e os tratos culturais realizados durante todo o
processo de monitoramento. Devem ser apresentados relatórios
técnicos com registro fotográfico de acordo com a periodicidade
especificada no TAC/TCRA. Após a finalização dos relatórios
técnicos deve-se proceder o encerramento e arquivamento do
processo.
- Respostas ao Ministério Público Federal
A SGAS recebe da Reitoria solicitações do Ministério Público
referente a questionamentos pertinentes às atividades ambientais da
UFSCar. Estas solicitações são inseridas na estrutura da universidade
em forma de Procedimentos Preparatórios e Inquéritos Civis, com
prazos e exigências de esclarecimentos e providências. A SGAS, a partir
de orientações recebidas da Procuradoria Federal, atende às exigências
dessas manifestações, coletando informações e dados ou ainda
solicitando aos departamentos de sua estrutura, as informações e
esclarecimentos necessários e encaminhando via processo as respostas.
Toda solicitação recebida fará parte de um processo interno para
documentação e registro do histórico, das ações necessárias para
resposta assim como para o monitoramento junto ao Ministério Público
Federal.
- Respostas a Secretaria do Meio Ambiente - SMA
A SGAS recebe da Reitoria solicitações da Secretaria do Meio
Ambiente referente a questionamentos pertinentes às atividades
ambientais da UFSCar. Os questionamentos também podem ocorrer por
meio de visita da Polícia Ambiental ou CETESB e a celebração de Autos
de inspeção ou Autos de Infração Ambiental, a depender da natureza do
questionamento apresentado.
A partir do recebimento da visita, inspeção ou comunicação da
SMA, a SGAS, atende às exigências dessas manifestações, coletando
informações e dados ou ainda solicitando aos departamentos de sua
estrutura, as informações e esclarecimentos necessários e
encaminhando via processo as respostas.
Toda solicitação recebida fará parte de um processo interno para
documentação e registro do histórico, das ações necessárias para
resposta assim como para o monitoramento junto à Secretaria do Meio
Ambiente.
Caso seja lavrado um Auto de Infração Ambiental pela Polícia
Ambiental ou CETESB, a UFSCar passa a responder às demandas de
acordo com orientações encaminhadas em procedimentos regimentais
específicos.
- Serviços de coleta, tratamento e destinação final ambientalmente
adequados de resíduos perigosos
A intensa atividade acadêmica dos campi da UFSCar promove a
geração de grande quantidade de resíduos, alguns enquadrados na
categoria “resíduos potencialmente perigosos”, cuja disposição final
deve proceder de acordo com normas e legislações específicas. O
Departamento de Gestão de Resíduos (DeGR) vinculado à Secretaria
Geral de Gestão Ambiental e Sustentabilidade (SGAS) desempenha
papel de fundamental importância na implantação de mecanismos que
permitam a recuperação, reaproveitamento e o tratamento de forma a
reduzir o impacto ambiental destes resíduos.
As atividades no âmbito do DeGR envolvem o gerenciamento de
resíduos perigosos e comuns, o controle da utilização de produtos
considerados tóxicos nos campi da UFSCar e ações voltadas à
implantação do programa de gestão de resíduo na UFSCar, permitindo
que as atividades de ensino, pesquisa e extensão sejam realizadas de
maneira ambientalmente adequada e com caráter preventivo,
possibilitando um maior aproveitamento dos reagentes/substâncias,
um menor consumo de energia e redução dos riscos às pessoas e ao
meio ambiente.
DeGR coleta, trata, recupera e realiza a disposição final
adequada de todos os resíduos potencialmente perigosos (lâmpadas
fluorescentes; pilhas não-alcalinas; baterias; lixo eletrônico; tintas;
solventes; medicamentos vencidos; embalagens de agrotóxicos;
inseticidas; resíduos da gráfica (solventes/restaurador/tintas de
impressão); reagentes químicos vencidos; resíduos químicos (misturas
de substâncias)) e comuns (inertes – coleta seletiva) gerados nos campi
da UFSCar São Carlos, Araras, Sorocaba e, a partir de sua criação, o
campus Lagoa do Sino foi inserido no escopo de atividades.
Os resíduos químicos perigosos que não possuem alternativa de
tratamento no DeGR são objeto de contratação de serviço técnico
especializado com a finalidade de tratamento e destinação final
ambientalmente adequada. A contratação dos serviços deve ocorrer
anualmente e de forma continuada, prevenindo o acúmulo dos resíduos
e consequente periculosidade.
- Destinação de lâmpadas fluorescentes
Anualmente é realizada a contratação do serviço técnico
especializado, em conformidade com a legislação ambiental vigente,
para a destinação adequada de todas as lâmpadas fluorescentes,
geradas pela UFSCar, envolvendo: retirada/coleta, transporte e
descontaminação das lâmpadas usadas que contêm mercúrio, tipo
fluorescente, (vapor de mercúrio, vapor de sódio, luz mista, eletrônicas
compactas, incandescentes e outros tipos de uso técnico especializado),
provenientes da Universidade Federal de São Carlos em suas unidades
de São Carlos, Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino.
A seguir são apresentados os quantitativos de lâmpadas
destinadas nos últimos quatro anos.
Campi Quantidade em Unidades
Quantidade em kg
Lâmpadas quebradas
São Carlos 6076 17
Araras 982 8
Sorocaba 386 2
Total 7444 27
Tabela 1 – quantitativo de lâmpadas coletadas por unidade em 2015
Visto que, tais lâmpadas representam um elevado risco de
contaminação ao meio ambiente e à saúde humana devido a níveis de
mercúrio - classificadas como resíduos perigosos - é realizada
anualmente a contratação de uma empresa especializada para a
destinação adequada de todas as lâmpadas usadas que contêm
mercúrio, dos tipos fluorescentes (de qualquer tamanho e forma,
inclusive as compactas), de vapor de mercúrio, de vapor de sódio, de luz
mista, eletrônicas compactas, incandescentes, geradas pela UFSCar.
Tabela 2 – quatitativo de lâmpadas fluorescentes coletadas por ano
- Programa Permanente de Gestão Compartilhada e Educação
Ambiental para Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva Solidária
A Universidade Federal de São Carlos cumpre o Decreto no. 5940
de 25 de outubro de 2006 que institui a separação dos resíduos
recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração
pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação
às associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis.
A Universidade Federal de São Carlos instituiu por meio da
Portaria GR no. 1113/2011, o Programa Permanente de Gestão e
Gerenciamento Compartilhado de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva
Solidária. O Programa é atualmente vinculado aos Departamentos de
Gestão de Resíduos – DeGR e Departamento de Apoio a Educação
Ambiental - DeAEA, órgãos executivos da Secretaria Geral de Gestão
Ambiental e Sustentabilidade - SGAS / UFSCar.
O Programa foi implementado, supervisionado e gerenciado por
um Conselho Gestor, vinculado ao Conselho da CEMA – Coordenadoria
Especial de Meio Ambiente, e por Comissões Gestoras Locais, sendo
uma em cada Campus da UFSCar.
Atualmente a Portaria GR no. 1113/2011 encontra-se em
processo de revisão frente a substituição da CEMA – Coordenadoria
Especial de Meio Ambiente pela SGAS – Secretaria Geral de Gestão
Ambiental e Sustentabilidade e com a criação do campus Lagoa do
Sino.
Em atendimento ao Decreto no. 5940 de 25 de outubro de 2006
foram habilitadas a coletar os resíduos recicláveis descartados pela
UFSCar as associações e cooperativas de catadores de materiais
recicláveis que atendam aos seguintes requisitos:
Ano Unidades Lâmpadas quebradas
2012 32.710 700 Kg
2013 27.400 700 Kg
2014 30.000 750 Kg
2015 7.444 27 Kg
i. estejam formal e exclusivamente constituídas por catadores de
materiais recicláveis que tenham a catação como única fonte
de renda;
ii. não possuam fins lucrativos;
iii. possuam infra-estrutura para realizar a triagem e a
classificação dos resíduos recicláveis descartados; e
iv. apresentem o sistema de rateio entre os associados e
cooperados.
Foram celebrados nos campi UFSCar 3 Termos de Compromisso
para a operacionalização do Programa Permanente de Gestão e
Gerenciamento Compartilhado de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva
Solidária:
i. No campus São Carlos, em 28 de fevereiro de 2014 foi
celebrado o Termo de Compromisso entre a UFSCar e a
COOPERVIDA – Cooperativa dos Coletores de Materiais
Recicláveis de São Carlos, tendo por objeto a “destinação
de materiais de recicláveis descartados em seu Campus
São Carlos (tais como papel, embalagens, copos
descartáveis, alumínio, vidro, plástico e outros materiais
de escritório e de copa), à COOPERVIDA, para fins de
reciclagem.”
ii. No campus Sorocaba, em 16 de outubro de 2013 foi
celebrado o Termo de Compromisso entre a UFSCar e a
CORESO – Cooperativa de Reciclagem de Sorocaba, tendo
por objeto a “destinação de materiais de recicláveis
descartados em seu Campus Sorocaba (tais como papel,
embalagens, copos descartáveis, alumínio, vidro, plástico
e outros materiais de escritório e de copa), à CORESO,
para fins de reciclagem.”
iii. No campus Araras, em 27 de novembro de 2012 foi
celebrado o Termo de Compromisso entre a UFSCar e a
Cooperativa de Reciclagem Araras Limpa, tendo por objeto
a “destinação de materiais de recicláveis descartados
(escritório e copa: papel, embalagens, copos descartáveis,
alumínio, vidro e plástico), às associações e cooperativas
de catadores de materiais recicláveis, para fins de
reciclagem, com avaliação trimestral.”; substituído pelo
Termo de Compromisso entre a UFSCar e a Cooperativa
de Reciclagem Araras Limpa, datado de 19 de março de
2015.
Toda a documentação referente a habilitação das cooperativas de
catadores de materiais recicláveis e respectivos termos de compromisso
encontram-se disponíveis no Processo 23112.002865/2012-91.
O desenvolvimento de um projeto de extensão permite a
continuidade da execução das diversas ações do Programa. Para tal, o
projeto foi dividido em duas frentes: (1) Frente de Educação Ambiental,
onde trabalha-se diretamente com a comunidade universitária
(alunos/as, funcionários/as, professores/as, visitantes e
funcionárias/os terceirizadas/os) as questões relativas ao consumo
responsável, a geração de resíduos e a destinação dos mesmos, além de
gerarmos materiais educativos (textos informativos, apostilas, cartazes);
(2) A frente de Gestão da Coleta Seletiva, onde trabalha-se diretamente
com as questões relacionadas ao funcionamento da Coleta Seletiva. Por
meio destas atividades, ocorre de forma contínua a orientação do
trabalho de coleta dos recicláveis realizado pela Coopervida em São
Carlos e o cuidado de toda a logística da coleta, com monitoramento dos
pontos e dos contentores e realocação quando necessário. As duas
frentes de trabalho (Gestão e Educação Ambiental) estão interligadas e
se complementam. São realizadas oficinas formativas com as
funcionárias da Empresa Terceirizada de Limpeza, além da criação de
um perfil em uma rede social (Facebook) para auxiliar na divulgação
das orientações e atividades do Programa (Programa Coleta Seletiva
UFSCar), além de outras ações de comunicação e apresentações para
centros, departamentos e grupos específicos.
- Manutenção das áreas verdes do Campus da UFSCar em São Carlos
As atividades desenvolvidas pelo DeGABA contemplam vistorias,
orientações e emissão de autorizações para cortes, podas, transplantes
e demais tratos culturais que envolvem a manutenção de áreas verdes
do campus da UFSCar em São Carlos. As atividades relacionadas a
manutenção e tratos culturais realizadas em áreas de compensação
ambiental e em áreas legalmente protegidas (ARL e APPs) devem contar
com a contratação de serviço técnico especializado frente a
indisponibilidade de pessoal na estrutura da SGAS.
- Manutenção de Aceiros
Anualmente é realizada a requisição da contratação dos serviços
de manutenção de 37 km de aceiros e vias de acesso da área não
urbanizada da UFSCar, compreendendo todo o anel externo bem como
os acessos e aceiros internos. Esta operação tem por objetivo impedir
possíveis queimadas criminosas que eventualmente possam atingir
estas áreas bem como manter a trafegabilidade das mesmas.
A execução dos serviços de terraplanagem dos aceiros deve
ocorrer em período de estiagem e ser acompanhada e a fiscalizada.
- Acompanhamento das Compensações Ambientais
O DeGABA realiza o acompanhamento de compensações
ambientais realizadas na UFSCar, campus de São Carlos, referentes a
cortes e transplantes de árvores autorizados pela Secretaria Municipal
de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia da Prefeitura
Municipal de São Carlos ou CETESB.
- Produção de Mudas
A SGAS, a partir do ano de 2014, passou por um processo de
adequação de sua estrutura física e instalações e realizou a recuperação
de uma antiga estufa e a aquisição de uma nova estufa com sistema de
irrigação o que permitiu dar início à produção de mudas de espécies
nativas a serem utilizadas para compensações ambientais assim como
para a substituição de indivíduos em sua área urbanizada. Nos anos de
2015-2016 foram produzidas aproximadamente 8000 mudas.
- Cadastro Ambiental Rural (CAR)
A UFSCar deve manter e atualizar, anualmente as informações
referentes ao Cadastro Ambiental Rural. Criado pela Lei 12.651/12, o
Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um registro eletrônico, obrigatório
para todos os imóveis rurais, formando base de dados estratégica para o
controle, monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e
demais formas de vegetação nativa do Brasil, bem como para
planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais.
O CAR tem por finalidade integrar as informações ambientais
referentes à situação das Áreas de Preservação Permanente - APP, das
áreas de Reserva Legal, das florestas e dos remanescentes de vegetação
nativa, das Áreas de Uso Restrito e das áreas consolidadas das
propriedades e posses rurais do país.
A inscrição deve ser feita junto ao órgão ambiental estadual
competente, que disponibiliza na internet programa destinado à
inscrição no CAR - SiCAR, bem como à consulta e acompanhamento da
situação de regularização ambiental dos imóveis rurais.
As informações cadastrais são coletadas no site institucional da
universidade, nos arquivos da própria SGAS e em contato com a
administração dos campi. Os arquivos shapefile são baseados em
arquivos da própria SGAS e em levantamentos planialtimétricos dos
campi São Carlos, Sorocaba, Araras e Lagoa do Sino fornecidos à
Secretaria pelo Escritório de Desenvolvimento Físico (EDF). A
construção do SIG abrange informações sobre o perímetro dos campi,
servidões administrativas, nascentes, rios, lagos, represas, áreas de
preservação permanente (APP), vegetação nativa atual, reservas legais,
declividade e usos consolidados do solo.
- Projeto Canecas
A Secretaria de Gestão Ambiental e Sustentabilidade (SGAS), por
meio do Departamento de Apoio à Educação Ambiental (DeAEA), em
parceria com o GAIA, o Grupo de Incentivo à Redução, Reutilização e
Reciclagem (Gire3) e a Empresa Júnior da Biologia (EMABio),
incorporou o Projeto Canecas em suas atividades desde 2010, por
solicitação dos últimos integrantes do antigo GAIA e com a colaboração
dos mesmos. O projeto tem apoio da ProEx (processo ProEx
23112.002854/2014-72) e as canecas são adquiridas pela ProACE.
O momento de entrega das canecas tem se estabelecido como
uma oportunidade de apresentar aos novos integrantes da comunidade
acadêmica, especialmente aos calouros, a importância desta e de outras
ações que promovam a sustentabilidade em todos os campi da UFSCar
com repercussão na vida cotidiana dos envolvidos.
III. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
III.1 Relatório de Gestão
a) Identificação, monitoramento e encerramento de Termos de
Ajustamento de Conduta (TACs), Termos de Compromisso de
Recuperação Ambiental (TCRAs) e Autos de Inspeção e Infração
Ambiental
Quando da estruturação das atividades e responsabilidades da
SGAS, deu-se início o processo de recuperação do histórico ambiental
da UFSCar compreendendo a identificação, monitoramento, e
encerramentos dos Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) e Termos
de Compromisso de Recuperação Ambiental (TCRAs) celebrados.
As atividades iniciaram-se com a análise dos processos sob
responsabilidade da instituição assim como a atualização das
informações do documento intitulado “DIAGNÓTICO E
CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA UFSCAR, CAMPUS DE SÃO
CARLOS” encaminhado ao Ministério Público Federal e CETESB no ano
de 2011.
A partir do novo diagnóstico realizado, foram concentradas ações
para a finalização de processos em aberto ao longo das últimas
décadas. Novas solicitações de licenças e autorizações ambientais
passaram a ser objeto de procedimento específico no qual é aberto um
processo interno para que seja efetuado o registro e monitoramento das
ações realizadas, culminando com as compensações ambientais,
cumprimento dos TACs e TCRAs e arquivamento dos mesmos.
A seguir são apresentados os elementos que compõem o
diagnóstico ambiental:
1. Processo SMA 82071 / 1998
Descrição: Trata-se de licenciamento para manejo de uma área de
plantação de Pinus com sub-bosque em estágio inicial de
desenvolvimento, parte dele em área de APP, com corte de Pinus e de
vegetação nativa. Relaciona-se aos Autos de Infração Ambiental (AIA)
87325/1998 e 87327/1998 referentes à implantação, sem prévia
autorização, de um projeto de urbanização do entorno do lago da
UFSCar-SC (Represa do Monjolinho), o qual previa a instalação de
equipamentos de lazer (trilha ao redor do lago e quadra poliesportiva
coberta) e revegetação da Área de Preservação Permanente (intervenção
em APP - reflorestamento). As autuações da UFSCar foram feitas em
virtude de a universidade “dificultar regeneração da vegetação em
reserva ecológica, mediante construção de estrada e executar abertura
de dreno”.
Compromissos assumidos para compensação e/ou mitigação
ambiental: TCRA: 167/98 e TAC 06/98.
Compensação Ambiental: A compensação ambiental requerida foi o
plantio de 1240 mudas no entorno de 50 m da represa, corte de Pinus
do bosque da margem direita do lago (9 a cada 10 para possibilitar a
regeneração natural da mata secundária), enriquecimento do bosque e
retirada da nova quadra da APP.
Ações: O Plantio das árvores previsto para a margem esquerda (do lado
das quadras), ou seja, 1240 mudas, foi feito na cabeceira do lago (APP),
na divisa com o Parque Ecológico. Foi realizado o corte de 90% dos
Pinus na margem direita a 50m da represa. A Figura 21 mostra a
localização do TCRA no 167/98 e evidencia o cumprimento da
compensação ambiental através de fotografias anteriores e posteriores
aos compromissos assumidos com os órgãos ambientais.
Situação: CUMPRIDO, conforme Carta CETESB 155/11 de 30/3/11
indicando o cumprimento do TCRA no. 167/98.
2. Processo SMA 82072 / 1998
Descrição: Trata-se de licenciamento para obra hidráulica – restauração
barragem / represamento (reconstrução do barramento da represa do
Fazzari). No mesmo processo há um segundo solicitação de replantio de
500 mudas na APP do antigo horto da UFSCar para elaboração de
trabalho de monografia.
Compromisso assumido para compensação e/ou mitigação ambiental:
TCRA: 039/1998 e TCRA: 166/1998.
Compensação Ambiental: A compensação ambiental requerida foi o
plantio de 2076 mudas (TCRA: 039/1998), vinculado à reconstrução do
Barramento do Fazzari, e 500 árvores (TCRA: 166/1998) utilizadas num
trabalho de monografia.
Ações: o serviço de reconstrução da barragem foi executado, conforme
autorizado. A área do espelho d’água da Represa do Fazzari, hoje, é de
11.946,55 m2, muito próxima à área do espelho após o serviço que foi
indicada no laudo técnico do DEPRN à época (1,1 ha). O plantio das
2076 mudas foi realizado na margem direita da represa, conforme
indica a Figura 22. As 500 mudas referentes ao TCRA: 166/1998 foram
plantadas.
Situação: CUMPRIDO.
3. Processo SMA 82197 / 1999
Descrição: Trata-se de autorização para retirada de eucaliptos de área
de cerrado. O objetivo era a retirada de remanescentes de eucalipto que
se encontravam em áreas de cerrado sensu stricto em fase inicial de
regeneração, de modo a otimizar o desenvolvimento da vegetação nativa.
No processo, é afirmado que “A UFSCar, conforme anteriormente
aprovado por seus colegiados superiores e pelo próprio DEPRN,
pretende aumentar gradativamente as áreas com vegetação nativa no
seu campus em São Carlos”.
Ações: os eucaliptos foram retirados, conforme demonstra o contrato
para o serviço.
Não havia compensação ambiental requerida no processo. O
projeto foi concluído e o processo encerrado.
Situação: CUMPRIDO.
4. Processo SMA 82164 / 2000
Descrição: Trata-se de licenciamento para supressão de 1.110m2 de
bosque de Pinus (retirada de aproximadamente 85 pinheiros) com sub-
bosque nativo (retirada de 25 árvores nativas). A supressão da
vegetação teve por objetivo a limpeza da área para a construção de um
laboratório de ensino para o Departamento de Química. A área em
questão encontrava-se sob proteção do TAC 06/98 com o Ministério
Público Estadual, que anuiu ao requerimento da universidade,
mediante autorização do DEPRN.
Compromisso assumido para compensação e/ou mitigação ambiental:
TCRA: 024/2000.
Compensação Ambiental: A compensação ambiental requerida foi o
plantio de 5.000 mudas de espécies nativas na área do antigo horto.
Ações: Foram plantadas 2.500 mudas (compra de 2.500 mudas e
contração de serviços para o plantio de 2.500 mudas, bem como sua
manutenção por um período mínimo de 6 meses). Esses documentos
datam de abril/2000. O restante das mudas foi plantado na ARL A.
Situação: CUMPRIDO, conforme carta da CETESB, baseada em vistoria
realizada em 2014.
5. Processo SMA 88184 / 2002
Descrição: Trata-se de autorização para corte raso, sem utilização de
maquinário pesado, de eucaliptos com vegetação de sub-bosque de
cerrado e aplicação de herbicida no toco para evitar a rebrota. Esse
manejo de eucaliptos em área com cerrado em estágio elevado de
regeneração era parte de um “Projeto de Recomposição e Manejo
Florestal da Microbacia Hidrográfica do Rio Monjolinho na Universidade
Federal de São Carlos” (“Projeto FEHIDRO”), coordenado pelo então
coordenador da CEMA, Prof. Dr. Nemésio Neves Batista Salvador. O
projeto foi financiado pelo FEHIDRO e teve, à época, aprovação do
DEPRN (parecer técnico no 029/01 e autorização no 006/03 com
validade até agosto de 2004 – Anexo 16). Além disso, em virtude de um
Auto de Infração Ambiental (AIA no 139690) relativo a um incêndio
ocorrido no campus de São Carlos em 21/08/2001, a UFSCar firmou
com o Ministério Público Estadual um Termo de Ajustamento de
Conduta (Procedimento Administrativo no 74/2001) para recuperação
das Áreas de Preservação Permanente atingidas pelo fogo, além da
recuperação e enriquecimento das Áreas de Reserva Legal através da
implementação do “Projeto FEHIDRO”.
Compromissos assumidos para compensação e/ou mitigação
ambiental: TCRA 29/2002), TAC 74/2001, incluindo a implementação
do “Projeto FEHIDRO”.
Observação: Aparentemente, houve algum engano no TCRA 29/2002,
uma vez que o mesmo está vinculado ao processo 8733/2002, mas
trata do assunto deste item (projeto FEHIDRO). Assim, no presente
relatório, consideramos toda a documentação relativa a este TCRA neste
processo (88184/2002 – item seguinte do relatório) que trata do projeto
FEHIDRO.
Compensação Ambiental: A compensação ambiental requerida foi (1) o
replantio, complementação e recuperação das APP atingidas pelo
incêndio; (2) implementação do “Projeto FEHIDRO”, para melhorar a
recuperação e preservação das ARL e APP– o projeto previa o
reflorestamento das Glebas A e B, o manejo e plantio na área da
Represa do Monjolinho (Gleba E), num total de 68.526 mudas de
espécies nativas, o manejo e plantio em áreas com regeneração
espontânea (Gleba C) e a manutenção das áreas plantadas por 36
meses; (3) fazer e manter aceiros com pelo menos 5m e (4) criar
estrutura de combate a incêndio composta por, no mínimo, um veículo
motorizado equipado com tanque e bomba, além de intensificar e
ampliar a vigilância nesses locais.
Ações: O manejo dos eucaliptos da Gleba C teve início em agosto
de 2003, conforme ofício 042/03-CEMA/GR e foi realizado numa área
de 60 ha. O relatório enviado ao Ministério Público em maio de 2004 e
órgãos ambientais demonstra que todas as etapas do projeto foram
cumpridas, apesar das dificuldades relatadas. A manutenção das
árvores plantadas foi feita por 3 anos e, após esse período, deixou-se
que a regeneração seguisse seu curso natural. Conforme exigido no
TAC, a universidade criou uma estrutura para prevenção e combate a
incêndios. Foram feitos aceiros de largura adequada, os quais passam
por manutenção anual. Foi implementada vigilância motorizada 24
horas por dia nas áreas rurais do campus, sendo ampliada nos períodos
de estiagem. Atualmente são feitas rondas na área rural por duas motos
continuamente, com intervalo de 30 minutos em sentido inverso. A
Universidade também adquiriu um caminhão auto-bomba com
capacidade de 7.000 litros, com canhão e mangotinho e um tanque pipa
rebocado por trator capacidade 3.000 litros, de uso prioritário na rega,
porém em situações de emergência e horário comercial, colabora no
combate a incêndios com uso condicionado a situações de baixo risco,
visto não ter velocidade de escape suficiente no caso de grandes
sinistros.
O “Projeto FEHIDRO” teve grande sucesso. Apesar de alguns
problemas como a dificuldade de se encontrar mudas de cerrado a
venda nos viveiros especializados em mudas nativas. Embora se tenha
plantado algumas espécies não muito típicas da área. Houve algumas
dificuldades para o estabelecimento da vegetação. Primeiramente, como
já foi mencionado acima, o solo a ARL A era muito fraco em virtude da
remoção da camada superficial anos antes; em segundo lugar, as
condições do solo da ARL B próximo da ARL G eram ainda mais
precárias, uma vez que, no passado, havia nesse local um parque de
exposições da prefeitura municipal, sendo que o solo foi bastante
compactado pelo pisoteio do gado, além de ser também bastante
lixiviado.
Situação: CUMPRIDO.
6. Processo SMA 88185 / 2002
Descrição: Trata-se de autorização para corte e escoamento de árvores
mortas e com a possibilidade de queda na Pista de Saúde, que
representavam riscos aos usuários e rede elétrica. Foram autorizados o
corte e retirada de 218 eucaliptos e a retirada de 19 árvores nativas
secas e 1 caída, com a preservação do sub-bosque dos eucaliptos.
Compromissos assumidos para compensação e/ou mitigação
ambiental: TAC 0161/2003.
Compensação Ambiental: A compensação ambiental requerida foi
efetuar o plantio de 218 mudas de espécies florestais nativas regionais
na área do Bosque da Saúde, além de efetuar o manejo das espatódeas,
suprimindo os exemplares menores que 3,0 m de altura.
Situação: CUMPRIDO, conforme Carta CETESB 143/11 de 24/3/11
indicando o cumprimento do TCRA no 0161/2003.
7. Processo SMA 87557 / 2003
Descrição: Trata-se de licenciamento para intervenção em APP para a
construção de um dispositivo de acesso à UFSCar, localizado na
Rodovia SP-318, Km 236,5 (trevo norte da UFSCar). Esse dispositivo,
construído pela Concessionária Autovias S/A, foi projetado
parcialmente sobre área de preservação permanente (APP) de um
afluente da margem direita do Rio Monjolinho, com nascentes com
afloramento d’água, e sobre área de reserva legal (ARL) averbada de
propriedade da UFSCar-SC. A APP possuía cobertura vegetal de mata
em estágio médio e avançado de regeneração e a ARL possuía cerrado
em estágio médio de regeneração. A área pertencente à UFSCar
ocupada pelo dispositivo totalizou 13.503,91m2.
Compromissos assumidos para compensação e/ou mitigação
ambiental: TCRA 107/04, TRPRL 48/04 e TAC 54/2004. Havia, ainda,
no processo TCRA 85/04, que era específico para a Autovias (plantio de
70 mudas na área de domínio da estrada) e não envolvia a UFSCar.
Compensação Ambiental: foi demandada a compensação, na proporção
10:1, das APP e ARL que sofreram intervenção, com averbação à
margem da Matrícula do imóvel, dentro da própria universidade, em
área contínua a ARL já existente (F e G). Também foi solicitada a
recuperação florestal da área remanescente desta ARL (Gleba C), com
manutenção por 36 meses ou até fechamento da vegetação, com as
mudas atingindo pelo menos 3 m de altura. O plantio ficou sob
responsabilidade da Autovias, enquanto que os tratos de manutenção
ficaram sob responsabilidade da UFSCar.
Ações: Em setembro de 2006, por solicitação da Autovias, a UFSCar
realizou a regularização do terreno e a retirada de material de dragagem
da área para o plantio na Gleba C. Foi feita a recuperação florestal da
Gleba C através do plantio de 2.360 árvores, concluído em
janeiro/2007. O plantio foi feito pela Autovias, enquanto que os tratos
culturais ficaram sob responsabilidade da UFSCar. A área total
plantada foi muito superior à requerida. A área recuperada a mais na
entrada norte é de 2,18 hectares ou 2423 mudas (1.111mudas por ha);
o exigido no TCRA 44286 era de uma área de 0,195 ha com plantio de
325 mudas.
A área de 13.503,91m2 ocupada pelo dispositivo foi compensada por
duas glebas (F e G) com área total de 134.457,75 m2, cujo processo de
averbação encontra-se em andamento. A compensação foi de
aproximadamente 1:10.
Em março de 2004 foi solicitado ao Oficial do Cartório de Registro de
Imóveis de São Carlos o cancelamento da ARL-Gleba C e sua
concomitante substituição, na mesma matrícula (19.903), por nova ARL
denominada Gleba “C Remanescente” (4,41 ha), bem como o acréscimo
de área nas Glebas “F” e “G” (10,25 e 3,19 ha, respectivamente), o que
aumentaria o cômputo geral das ARL da UFSCar para 162,98 ha. Nessa
tentativa de averbação das mencionadas glebas junto ao Cartório, o
mesmo exigiu a retificação judicial de todo o perímetro da UFSCar e de
suas atuais glebas de RL, o que demandou um longo tempo e, na
verdade, ainda não foi concluído. O atraso se deu em virtude desse
trabalho técnico demandar muito mais tempo do que se previa e por
vários problemas enfrentados pela UFSCar, os quais foram detalhados
no ofício 37/11 CEMA/GR de 20/4/2011 dirigido à gerência da Agência
Ambiental da CETESB em São Carlos. Em 20/06/2011, por solicitação
da CETESB, encaminhamos através do ofício 50/11 CEMA/GR, a nota
de devolução do Cartório de Registro de Imóveis (Protocolo no.
187391/04) com suas exigências para a averbação das glebas, bem
como planta georreferenciada da UFSCar e memoriais descritivos com
os novos levantamentos realizados. Desse período em diante, fizemos
reuniões com a Prefeitura Municipal para resolver algumas pendências
que ainda existiam. Resolvidas as pendências, foram feitas as correções
solicitadas pelo DER e encaminhados os mapas e memoriais descritivos
para anuência desse órgão. No momento, não há concordância por
parte dos confrontantes sobre a assinatura para a continuidade do
processo junto ao Cartório de Registro de Imóveis de São Carlos -
averbação das glebas em questão. Na prática, essas estão preservadas e
só aguardando os referidos trâmites para regularização.
Situação:
TCRA 107/04: CUMPRIDO, conforme Carta CETESB 0162/11 de
25/3/11.
TCRA 85/04: CUMPRIDO (Autovias)
TAC 54/2004: PARCIALMENTE CUMPRIDO (averbação em andamento,
devendo ser acompanhado o processo no ano de 2017)
8. Processo SMA 89265 / 2006
Descrição: Trata-se de autorização para Regularização de
barragem existente. Of. GR 480/2006, juntamente com o memorial do
empreendimento e planta do projeto executivo, fazia parte do processo
de autorização para execução do Poço-4 (poço artesiano próximo a USE
que foi desativado em função da ocorrência de ferrobactérias tornando a
água imprópria para o uso), quando o DAAE vinculou a expedição da
autorização à regularização dos barramentos existentes no campus. O
Barramento do Fazzari havia sido reconstruído e regularizado (com
extravasores adequados). Para o Mayaca, não foi exigido regularização
do barramento. Já para o Barramento do Monjolinho, por fazer parte do
sistema de macrodrenagem, foi exigida sua regularização. A
documentação para licenciamento foi enviada ao DEPRN, mas a
execução das melhorias das barragens está vinculada à obtenção de
recursos. Foi realizado a contratação de serviço técnico especializado
por parte da Prefeitura Universitária para a realização dos estudos
necessários e obtenção das licenças e autorizações. O processo foi
finalizado em outubro de 2016.
Com a finalização da etapa de estudos e projetos foi encaminhada
a CETESB a solicitação de intervenção em área de APP (Processo
73/10646/15), concedida Autorização nº 83517/2016 (Autorização
para supressão de 0,07 hectares de vegetação da área de proteção
permanente - APP do Córrego do Monjolinho, para fins de reforma de
barramento (ponte) da represa da Ufscar).
Situação: em andamento. Inicia-se a partir de outubro de 2016 novas
etapas referentes à viabilização de execução das obras e intervenções
previstas e execução do novo TCRA.
O TCRA será objeto de um relatório complementar em função do
agendamento na CETESB estar previsto para o mês de outubro de
2016.
9. Processo SMA 89719 / 2007
Descrição: Trata-se de autorização para corte de 12 árvores isoladas
para a construção do Laboratório de Processos Catalíticos e
Biocatalíticos no Departamento de Engenharia Química (DEQ) da
UFSCar-SC.
Compromissos assumidos para compensação e/ou mitigação
ambiental: TCRA 8985/2008 e TCRA 18315/2011.
Compensação Ambiental: A compensação ambiental requerida foi
efetuar o plantio de 300 mudas de espécies florestais nativas regionais
na área
Ações: Segundo informações do coordenador da CEMA à época da
assinatura do TCRA 8985/2008, Prof. Nemésio Batista Salvador, foram
feitas três tentativas de plantio das 300 mudas para o cumprimento do
referido TCRA, ambas ao norte da sede da CEMA. No entanto, em
virtude da baixa qualidade do solo no local, as mudas não prosperaram.
Foi solicitadda autorização para mudança do local do plantio para o
entorno do lago Mayaca. As 300 mudas de espécies nativas foram
plantadas em dezembro/2010, no entorno do Lago Mayaca, juntamente
com outras 1.200 referentes à compensação relativa ao
desassoreamento da Represa do Monjolinho (processo SMA
8724/2009). As mudas recém-plantadas podem ser observadas nas
fotografias apresentados no relatório deste último processo.
Situação: CUMPRIDO
10. Processo SMA 13758 / 2008
Descrição: Trata-se de autorização para o corte de cinco árvores
isoladas para a construção da casa de hóspedes da UFSCar-SC.
Compromissos assumidos para compensação e/ou mitigação
ambiental: TCRA 68085/2008.
Compensação Ambiental: A compensação ambiental requerida foi
efetuar o plantio de 125 mudas de espécies florestais nativas regionais.
Ações: Como a referida obra não foi realizada, não houve a supressão
das 5 árvores. Assim, foi solicitado o cancelamento do TCRA
68085/2008.
Situação: CANCELADO.
11. Processo SMA 8271 / 2009
Descrição: Trata-se de licenciamento para supressão de 11 árvores
nativas, 9 exóticas e transplante de 2 exemplares de palmeira gerivá
para a construção do prédio de salas de aula AT-8.
Compromissos assumidos para compensação e/ou mitigação
ambiental: TCRA 44286/2009.
Compensação Ambiental: A compensação ambiental requerida foi
efetuar o plantio de 325 mudas de espécies florestais nativas regionais
na área adjacente ao portal norte da UFSCar-SC (ou 275 mudas em
caso de que as 2 palmeiras transplantadas sobrevivessem) e mais 275
mudas intercaladas de espécies pioneiras.
Ações: Embora os 2 exemplares de palmeira gerivá tenham sobrevivido,
foram plantadas 605 árvores no local, sendo 275 pioneiras e 330 não
pioneiras. Assim, foram plantadas 55 árvores a mais do que o exigido
no TCRA.
Nesse mesmo processo, havia outro pedido para o corte de 5 árvores
isoladas para a construção de uma estufa de aquicultura e um
laboratório de microalgas. Esse segundo pedido, no entanto, foi
cancelado em virtude de a obra ter sido alocado em novo local, não
havendo a necessidade de supressão de vegetação.
Situação: CUMPRIDO, conforme Carta CETESB 261/11 de 23/5/11
indicando o cumprimento do TCRA no 44286/2009.
12. Processo SMA 8724 / 2009
Descrição: Trata-se de licenciamento para intervenção em APP para
desassoreamento da Represa do Monjolinho.
Compromissos assumidos para compensação e/ou mitigação
ambiental: TCRA 93693/2009.
Compensação Ambiental: A compensação ambiental requerida foi
efetuar o plantio de 1200 mudas de espécies nativas regionais no
entorno do lago Mayaca.
Ações: O plantio das 1200 mudas foi realizado em dezembro/2010,
juntamente com outras 300 mudas referentes ao TCRA 18315/2011
(Processo SMA 89719 / 2007), perfazendo um total de 1500 mudas
plantadas.
Situação: CUMPRIDO.
13. Processo AGVERDE 3656 / 2010
Descrição: Trata-se de autorização para o corte de árvores isoladas (4
nativas e 4 exóticas) para a construção do edifício da Educação Especial
e do NAP-CECH.
Compromissos assumidos para compensação e/ou mitigação
ambiental: TCRA 10244/2011.
Compensação Ambiental: A compensação ambiental requerida foi
efetuar o plantio de 100 mudas de espécies nativas, preferencialmente
de cerrado e cerradão, em área anexa à ARL G e à APP do Espraiado,
em sua margem esquerda.
Situação: CUMPRIDO.
14. Processo AGVERDE 4493 / 2010
Descrição: Trata-se de autorização para intervenção em APP, para
reparo emergencial de vazamento em um emissário de esgoto antigo que
passa às margens da Represa do Monjolinho (margem esquerda).
Compromissos assumidos para compensação e/ou mitigação
ambiental: TCRA 115926/2010.
Compensação Ambiental: A compensação ambiental requerida foi
efetuar o plantio de 55 mudas de espécies florestais nativas regionais
na APP do rio Monjolinho, na margem esquerda da represa.
Situação: CUMPRIDO.
15. Auto de Infração Ambiental n.198353 / 2004
Descrição: Poços de infiltração de água pluvial – USE. Foram
encaminhados recursos com as justificativas cabíveis frente a não
intervenção na área e necessidade de execução dos poços de infiltração
como medida preventiva e de combate a erosão. No ano de 2014 foi feita
consulta à SMA do andamento do processo e em setembro de 2016 a
UFSCar foi comunicada da necessidade de procedimento administrativo
para obtenção de Autorização para intervenção na área junto à
CETESB.
Situação: EM ANDAMENTO
Observação: esse processo está correndo também na Polícia
Federal, tendo havido a intimação de gestores da instituição para
esclarecimentos.
A construção de poços de infiltração de água pluvial da Unidade
Saúde-Escola – USE - foi uma ação da UFSCar com o propósito de
preservação e sem nenhuma intenção de degradação da área. A técnica
de construção de poços de infiltração locais é ecologicamente correta,
servindo para manter a recarga do lençol freático e evitando erosão,
especialmente em áreas de solos arenosos, como é o caso da UFSCar.
Esta obra foi contratada em dezembro de 2006 e concluída no primeiro
quadrimestre de 2007.
A UFSCar, por meio da CEMA e SGAS, vem cumprindo
rigorosamente todas as exigências legais no que se refere a solicitações
de licenciamento junto aos órgãos ambientais competentes quando há
necessidade, como nas situações de manejo em vegetação nativa dentro
do campus, cumprindo sempre todas as determinações de compensação
ambiental, quando é o caso.
Ocorre que, no caso citado da construção dos poços de infiltração
de água pluvial da USE, não havia nenhuma intenção de supressão de
vegetação nativa, uma vez que a obra foi planejada para ser feita em
clareiras já existentes, as quais já continham inclusive o sistema de
drenagem da área rural, que consiste basicamente em canal de tomada
de água e bacia de contenção e infiltração em terra. Essas áreas eram
dominadas por vegetação rasteira de gramíneas exóticas e, por esse
motivo, nenhuma autorização foi solicitada aos órgãos ambientais para
intervenção nas mesmas.
A obra, caracterizada por seu porte como de microdrenagem, foi
concebida para ser implantada em áreas sem espécies arbóreas nativas,
não contendo, portanto, nem no escopo do projeto e,
conseqüentemente, nem no contrato de obra, qualquer referência à
remoção de espécies arbóreas.
Durante a execução da referida obra não foi utilizado trator com
lâmina, conforme citado no Auto de Infração Ambiental feito com
distância temporal de mais de seis meses do término da obra. No
entanto, é possível que a escavadeira, em suas manobras, tenha
atingido alguma vegetação rasteira ou pequenos arbustos não
intencionalmente, mas não houve a derrubada de árvores e tampouco a
supressão de vegetação relatada no processo, uma vez que, como citado
anteriormente, a obra foi realizada nas clareiras existentes.
A obtenção da autorização ambiental e consequente TCRA
encontra-se em andamento, sendo provável a complementação deste
relatório com estas informações até o mês de Novembro de 2016.
16. TCRA no. 124741/2012 - obras de manejo de erosão (voçoroca)
Trata-se de TCRA firmado em função da erosão (voçoroca) na área
contígua à avenida do Bosque, em função da existência de escoamento
de águas pluviais com perda substancial de solo, tornando a área
vulnerável.
O primeiro relatório de acompanhamento do TCRA - Termo de
Compromisso de Recuperação Ambiental n° 124741/2012, referente às
obras de manejo de erosão (voçoroca) na UFSCar apresenta as
atividades desenvolvidas na primeira etapa do projeto de interrupção do
processo erosivo, por meio da intercepção da rede de drenagem (800
mm) existente no local e desvio da mesma para o lado oeste da Avenida
do Bosque – via “transfederônica”, com execução de nova rede paralela
a existente, desembocando no rio através de estrutura dissipadora.
Constatada a existência de uma erosão, localizada junto ao seu
ponto de deságue de águas pluviais na região do entroncamento da
Avenida do Bosque com a Rua do Lago, foi executado uma tubulação
com tubos de concreto para o desvio do escoamento para a galeria mais
próxima existente e fechamento da tubulação antiga, totalmente
executada na área pavimentada.
Esta intervenção já é parte de uma solução definitiva, pois a
inexistência de escoamento não agravará o problema, podendo inclusive
haver estabilização dos taludes e recuperação natural da área, fato que
não exclui a execução de projeto executivo e contratação de serviços
especializados para melhoria da qualidade ambiental do local.
De maneira geral, a vegetação da área caracteriza-se por
apresentar um sub-bosque de Pinus sp com algumas espécies nativas e
exóticas intercaladas. A margem esquerda da Avenida do Lago (via
“Transfederônica”) apresenta uma vegetação predominante de
Eucaliptus sp com algumas espécies nativas intercaladas.
O segundo relatório de monitoramento contempla o projeto civil
de recuperação da área, denominado: ““Projeto de
recomposição/contenção de voçoroca pelo método da palhaça” e o
“Anexo I – Memorial descritivo de execução”.
As atividades propostas na segunda etapa – Projeto de
recomposição/contenção da voçoroca – foram definidas em função de
intervenção de baixo impacto ambiental, utilizando-se de técnicas
construtivas alternativas em que se empregam materiais gerados na
própria Universidade, tanto na estrutura de contenção como na
recomposição do terreno erodido. As etapas de execução da contenção e
recomposição da voçoroca serão realizadas manualmente a fim de evitar
o trânsito de equipamentos motorizados de grande porte sobre a área de
vegetação. O método utilizado é também conhecido como método da
palhaça.
Situação atual: necessidade de inserção da contratação do serviço
técnico especializado para a execução da obra proposta e finalização do
TCRA com encaminhamento de relatório final à CETESB.
b) Solicitações de licenças e autorizações ambientais junto ao Órgão
Ambiental Municipal de São Carlos
A supressão ou transplante de vegetação de espécies isoladas
ocorre mediante a solicitação ao órgão ambiental municipal. Embora
alguns processos tenham tido início antes deste exercício, o
monitoramento deve ocorrer por pelo menos 3 anos, sendo, portanto,
parte das atividades de gestões sucessivas.
São apresentados a seguir os dados referentes às solicitações,
autorizações e cumprimento das medidas de compensação definidas por
legislação municipal:
Número do
processo/ano
Número de
espécies suprimidas
Compensação Status Observações
36878/10 44 528 Cumprido
36878/10 7 7 Cumprido
36878/13 2137 2209 Cumprido
36878/13 30 30 Cumprido
36878/10 10 34 Cumprido
36878/10 11 11 + transplantes
Cumprido
36878/10 21 2014 Cumprido
36878/10 14 Transplantes Cumprido
36878/10 5 77 Cumprido
36878/10 4 76 Cumprido
36878/10 1 2 Cumprido
18/13 1 40 Cumprido
38/13 39 180 Cumprido
39/13 38 Transplantes Cumprido
94/13 3 6 Cumprido
98/13 6 30 Cumprido
512/13 3 120 Cumprido
c) Acompanhamento das ações deliberadas pelo Conselho Universitário
referentes à expansão física da UFSCar e via de interligação Norte
Após o encaminhamento das deliberações do Conselho
Universitário referentes à expansão física da UFSCar, foi realizada a
solicitação de autorização de supressão de vegetação junto a Cetesb e
os procedimentos a seguir.
Para tanto, faz-se um breve histórico do contexto visando verificar
sua viabilidade técnica, operacional e financeira.
A Fundação Universidade Federal de São Carlos campus de São
Carlos foi criada em 1968, instalando-se em área de 266,6 alqueires ou
645,18 hectares doada pela Prefeitura Municipal de São Carlos a partir
da desapropriação da Fazenda Tranchan, próxima à área urbana do
município de São Carlos em 1969. Esta propriedade possuía em sua
extensão algumas edificações, infraestruturas e culturas permanentes,
sendo estas caracterizadas pelos cultivos de café, eucalipto, laranja,
além de área destinadas ao pastoreio.
Segundo o Memorial Descritivo da Fazenda Tranchan da época da
desapropriação (1969), a sua vegetação original era composta
principalmente por plantações de eucaliptos (82,3%), além de pasto,
plantação de café e pomares.
A discussão sobre as áreas e alternativas de expansão da
Universidade vem sendo realizada desde o primeiro Macrozoneamento
previsto no Plano Diretor da Universidade, em 1985. Neste primeiro
zoneamento do campus São Carlos da UFSCar, a área em discussão
estava, em sua maior parte, incluída como área de "produção" e era, à
época, destinada à plantação de eucaliptos.
Em 2002, um novo estudo de Zoneamento, elaborado pelo
Escritório de Desenvolvimento Físico (EDF), previa a urbanização de
mais da metade da área em questão quando fosse necessária a
expansão da universidade. Neste mesmo ano (2002), decidiu-se pela
retirada dos eucaliptos da área. A partir de então, e porque não havia o
manejo silvicultural, passou a ter lugar a regeneração do cerrado.
Nas Diretrizes de Ocupação do Campus UFSCar presentes no
Plano Diretor Institucional de 2004 (PDI-2004) amplamente discutida e
ao final aprovada pelo Conselho Universitário, estava prevista a
implantação do Zoneamento do Campus São Carlos incluindo:
(a) ações de expansão e ocupação física no sentido norte;
(b) criação do corredor do cerrado na expansão norte, ampliando
a área de reserva legal, com interligação leste-oeste entre as ARL A e F,
com passagens para veículos e pedestres (promover ecotécnicas e
tecnologias urbanas sustentáveis de uso e ocupação) e
(c) implantação de áreas acadêmicas na área de expansão norte a
médio e longo prazo, promovendo interação (integração) e facilitar
deslocamentos.
Em agosto de 2007, ante a perspectiva de ter início o processo de
expansão do campus, um grupo de professores e estudantes da UFSCar
ingressou com uma Representação no Ministério Público solicitando
acompanhamento do projeto de expansão do campus de São Carlos,
visando impedir que a área antes ocupada por plantio de eucaliptos e
então de cerrado em regeneração fosse utilizada, embora essa decisão
de expansão já houvesse sido tomada no PDI-2004.
Foi então instaurado o Inquérito Civil 1.34.023.000183/2007-47,
que desde então tramita junto à Procuradoria da República em São
Carlos, e que instrui a Ação Civil Pública em trâmite perante esta Vara
Federal (processo 002428-30.2014.403.6115).
Na primeira proposta encaminhada pela UFSCar ao Ministério
Público Federal, em 2009, foi apresentado um projeto de ocupação,
contemplando um corredor ecológico, com 100 metros de largura
(equivalente a 15% da área) e a urbanização da área restante (85%).
Aquele primeiro projeto previa, ainda, como medida
compensatória, a expansão da Área de Reserva Legal (ARL) no extremo
norte, estabelecendo ligação com a reserva legal da fazenda vizinha.
Durante o andamento do Inquérito Civil, o Ministério Público
Federal solicitou laudos técnicos elaborados por especialistas e a
UFSCar solicitou, ao Instituto Federal da Secretaria do Meio Ambiente
do Estado de São Paulo, um laudo técnico sobre as alternativas de
expansão física.
Todos os especialistas reconheceram a importância ecológica do
fragmento de cerrado em regeneração em questão, uma vez que o
mesmo liga dois outros fragmentos de vegetação maiores no sentido
leste-oeste do campus. Ante as análises realizadas com relação à
primeira proposta (em que se previa a ocupação urbana de 85% da
área), foi elaborada uma segunda proposta.
Esta segunda proposta, apresentada pela UFSCar, previu uma
redução significativa da área a ter sua vegetação removida, mantendo,
porém, a necessária interligação das zonas sul e norte do campus
universitário. Ou seja, em relação à primeira proposta, apresentada no
âmbito do Inquérito Civil, a área de vegetação a ser mantida passou de
14% para 71%; de outro lado, a área a ser urbanizada foi reduzida, de
86% para 29%.
A partir desta segunda proposta, encaminhada ao Ministério
Público Federal em 2011, um quarto laudo foi elaborado por duas
analistas periciais da Procuradoria da República. As profissionais
analisaram os dados contidos nos pareceres anteriores à luz da Lei
Estadual nº 13.550, de 02/06/2009 (que dispõe sobre a utilização e
proteção da vegetação nativa do Bioma Cerrado no Estado de São Paulo)
e ao final concluíram que a ocupação da área em questão seria possível,
desde que realizada a correspondente compensação ambiental.
As analistas periciais consideraram ainda que a revisão da
proposta de expansão do campus, com a diminuição da área a ser
ocupada pelo corredor urbano no remanescente de cerrado e a alteração
de seu desenho foram positivas, diminuindo os impactos inicialmente
previstos sobre a área.
Também no decorrer dos anos de 2011 e 2012, foram inúmeras
as discussões realizadas no âmbito da UFSCar (inclusive em
decorrência de deliberação do Conselho Universitário, de 2011) com a
possibilidade de ampla participação de toda a comunidade acadêmica.
Essas discussões levaram em consideração os estudos até então
realizados pela Administração da UFSCar (inclusive com a análise de
alternativas técnicas e locacionais que foram descartadas), bem como a
proposta do grupo denominado “Coletivo do Cerrado”, que havia
buscado o Ministério Público Federal em 2007.
Nas discussões e debates realizados, três premissas, que já eram
consideradas na proposta anterior, foram mantidas:
a) reconhecimento da importância do fragmento de cerrado em
questão, minimizando o efeito das inevitáveis interferências com o
mesmo;
b) reconhecimento da necessidade de não fragmentação do
campus de São Carlos, com a manutenção de uma interligação viária
interna (para circulação de pedestres, bicicletas, transporte coletivos e
automóveis), além da passagem de infraestruturas urbanas;
c) reconhecimento de que a interligação mencionada não pode se
dar sem as necessárias medidas de proteção à segurança, tanto das
pessoas em circulação, quanto da própria área de cerrado, evitando-se
que a passagem através da área, numa extensão de mais de 680 m, se
dê apenas com a via de circulação em contato direto com a vegetação
nativa em ambos os lados.
Deste modo, a idéia de um "corredor urbanizado" que atravesse a
área de cerrado foi mantida, porém com mais uma redução significativa
da área a ser urbanizada. Suas principais características seriam:
a) diminuição da largura típica do corredor, passando de 160 m
para 96 m (porém com trecho de 36 m);
b) a ocupação com edificações (que na proposta anterior ocorreria
em ambos os lados da via) passaria a se dar em apenas um lado (oeste),
com o fundo da área a ser urbanizada margeando a estrada-aceiro
atualmente existente;
c) baixa densidade de ocupação com edificações, permitindo
inclusive a manutenção de espécimes vegetais de interesse (isolados ou
mesmo em pequenos agrupamentos);
d) manutenção de 200 m da via de travessia (com 36 m de largura
total) sem urbanização ao lado, ou seja, com a vegetação nativa
margeando ambos os lados; neste trecho seriam implantados
dispositivos aéreos e subterrâneos de travessia de animais (lembrando
sempre que não se trata de uma "estrada", mas de uma pista de tráfego
local com baixa velocidade);
e) não urbanização da borda sul (ao lado da via de circulação
existente), conforme previa a proposta anterior.
Considerando as manifestações resultantes de todas as reuniões
de debate e discussões técnicas realizadas nos Conselhos de Centros e
Conselho Deliberativo da Coordenadoria do Meio Ambiente, a segunda
proposta da via de interligação através do cerrado, que havia sido
apresentada pela UFSCar ao Ministério Público em 2011, foi mais uma
vez modificada, possibilitando um projeto ainda mais aprimorado, com
menor área de cerrado a ser reduzido.
A discussão sobre a expansão física da Universidade, relacionada
à área com vegetação de cerrado em regeneração no campus São Carlos
foi, então, objeto de pauta específica da reunião ordinária do Conselho
Universitário, realizada em 14 de dezembro de 2012, a partir de
recomendação do Ministério Público Federal (muito embora, de início,
se pretendesse discutir a matéria no âmbito do processo de atualização
do Plano de Desenvolvimento Institucional, que se encontrava em curso
naquela ocasião).
Além de discutir a matéria na reunião do dia 14 de dezembro de
2012, o Conselho optou por deliberar sobre a questão em uma segunda
sessão da mesma Reunião, considerando: a garantia constitucional de
autonomia da Universidade; o fato de que grande parte dos membros do
Conselho haviam sido eleitos e empossados recentemente e, por
consequência, não conheciam o teor das propostas em discussão; a
ausência de representantes do corpo discente e a realização da eleição
para escolha de representantes dessa categoria, em janeiro de 2013.
Ante essas circunstâncias, na reunião do dia 14 de dezembro,
foram apresentadas aos conselheiros (i) a proposta existente da
Administração da UFSCar, aprimorada a partir dos debates realizados e
contribuições obtidas durante 2011 e 2012 e (ii) a proposta do chamado
"Coletivo do Cerrado", composto por um grupo de alunos e professores.
Na mesma data, o colegiado deliberou que, mesmo após dois anos de
inúmeras reuniões e debates realizados e abertos à participação de
todos os interessados, mais uma vez seria dado amplo conhecimento de
ambas as propostas à comunidade universitária.
Durante as últimas semanas de dezembro de 2012 e as primeiras
semanas de janeiro de 2013, ambas as propostas foram enviadas a
todos os representantes do ConsUni para que pudessem estudá-las
detidamente e buscar esclarecimentos junto aos respectivos
proponentes.
Finalmente, em 18 de janeiro de 2013 foi realizada a reunião de
continuação da sessão que havia se iniciado em 14 de dezembro de
2012, com a realização de amplo debate a respeito das propostas
apresentadas, considerando-se as alternativas técnicas e locacionais
viáveis.
Os estudos de alternativas técnico-locacionais para a interligação
da área de expansão norte - ligação entre a área Norte do campus
UFSCar, urbanizada, e a área de expansão (extremo norte) da
universidade - apresentados em reunião consideraram a necessidade de
se adequar as diretrizes institucionais da UFSCar, em específico
àquelas relacionadas às questões ambientais.
É fato que a oposição das partes interessadas a projetos de
infraestrutura linear frequentemente está ligada a falta de informações
sobre aspectos ambientais das diferentes alternativas de traçado, assim
sendo, o estudo permitiu o entendimento dos aspectos ambientais
envolvidos em cada alternativa e justificou a escolha da alternativa mais
apropriada.
Tratando-se de um projeto de impacto limitado, foram
apresentados estudos relacionados aos aspectos e impactos ambientais
e sociais envolvidos em três alternativas de rota, permitindo a escolha
mais adequada.
Como base metodológica o estudo envolveu a digitalização das
principais vias alternativas razoavelmente viáveis, utilizando-se de
ferramenta de Sistema de Informações Geográficas e posterior
discussão transdisciplinar com os responsáveis e técnicos do Escritório
de Desenvolvimento Físico (EDF), da ASPLAN, Prefeitura
Universitária/Campus São Carlos e Secretaria de Gestão Ambiental e
Sustentabilidade da UFSCar. Três Rotas viáveis foram apresentadas e
discutidos seus arranjos gerais e outros aspectos que afetam os
impactos ambientais e sociais. Os principais aspectos analisados foram,
o econômico (custo de transporte ao longo do tempo), social (riscos aos
usuários) e ambiental (necessidade de supressão da vegetação, pegada
de carbono, adequação legal à áreas especialmente protegidas,
necessidade de compensação ambiental).
É preciso ter como premissa a previsibilidade do crescimento
contínuo da universidade, com meta de Estado, sendo esta a razão para
que desde a criação da UFSCar se destinasse uma área com potencial
para garantir que esse crescimento ocorresse sem grandes problemas,
razão para a manutenção da sua grande área, hoje já inserida no
perímetro urbano do município.
A importância da existência de via de interligação para pedestres
e veículos entre a área urbanizada consolidada e a área de expansão,
onde se localiza o IFSP (já executado) e Centro de Convenções (em
construção), como forma de garantir a circulação interna dos usuários
do campus São Carlos, reduzindo os riscos decorrentes da exposição ao
tráfego em rodovias. Esta via de circulação interna é uma premissa do
planejamento da ocupação territorial do campus.
O desenho final dessa via decorreu do longo processo de
discussão de diversas propostas de expansão de infraestrutura urbana
do campus, que foram incorporando as sugestões da comunidade,
chegando-se a uma situação limite, onde restringiu-se à via, com dois
pequenos espaços para implantação de estruturas de apoio e vigilância,
inclusive com área menor que a aprovada pelo Conselho Universitário,
órgão colegiado superior da instituição e maior instância de deliberação.
Ao final da reunião do CONSUNI, a proposta apresentada pela
administração (2a Proposta Aprimorada - 2012) relativa à destinação de
área com vegetação de cerrado em regeneração no campus São Carlos
restou aprovada pelo colegiado. O colegiado decidiu que a travessia da
área em questão seria realizada por meio de uma avenida de baixa
velocidade (limite máximo de 30 km/h) com cerca de 680 metros de
comprimento e 30 metros de largura (incluindo calçada, pista de
rolamento e canteiro central arborizado e com ciclovia), sendo que, nos
primeiros 400 metros a partir do limite Sul, era prevista a existência de
edificações em um dos lados da via (lado Oeste, com 60 metros de
largura e em contato com a estrada-aceiro já existente no local), com o
fim de garantir as condições adequadas de segurança no local (pela
ocupação humana, adotando diretriz de baixa densidade dessa
ocupação).
Nos 280 metros restantes, previa-se que a largura da avenida
fosse reduzida a 30 metros, com implantação de dispositivos aéreos e
subterrâneos que garantissem a travessia segura da fauna de cerrado e,
assim, mantivesse a conectividade entre as áreas que margeiam, à
esquerda e à direita, o fragmento de cerrado em regeneração. Já os
aceiros que margeiam a área seriam mantidos da forma como estão.
Além disso, deliberou-se que qualquer aprimoramento deste
projeto só poderia ser realizado caso fosse com o intuito de melhorar as
condições de conservação do cerrado existente, e seria desnecessária
uma nova reunião para aprovação de projetos de aprimoramento, tendo
em vista que a aprovação é relativa à concepção do projeto de
construção da via de interligação através do cerrado que foi
apresentado.
Finalmente, decidiu-se que a proposta aprovada pelo CONSUNI
(ou outra que porventura a aprimorasse com o intuito de melhorar as
condições de conservação do cerrado), deveriam ser submetidas a todos
os procedimentos legais visando à obtenção de autorização ou
licenciamento pelo órgão competente.
Durante todo esse processo de discussão institucional (que já vem
desde 2007, mas que se intensificou em 2011 até o início de 2013), a
UFSCar participou de reuniões e prestou informações ao Ministério
Público Federal, e também realizou estudos, promoveu a divulgação de
material no site institucional e debates abertos a toda a comunidade
universitária (inclusive a respeito da proposta formulada pelo grupo
“Coletivo do Cerrado”) em absoluto respeito aos princípios democráticos
que sempre nortearam as ações desta instituição.
Mesmo após a aprovação da proposta pelo Conselho Universitário,
as equipes técnicas da Secretaria Geral de Gestão Ambiental e
Sustentabilidade (SGAS), do Escritório de Desenvolvimento Físico
(EDF), da Prefeitura Universitária do Campus São Carlos (PU - São
Carlos) e da Assessoria de Planejamento Físico da Reitoria (ASPLAN),
prosseguiram no detalhamento dos estudos e por fim apresentaram um
estudo final, que aprimorava aquela proposta, na medida em que previa
apenas a urbanização imprescindível à não separação do Campus em
duas partes isoladas.
Esse aprimoramento havia sido, a priori, autorizado pelo
Conselho Universitário, posto que representava nova redução da área
de cerrado a ser suprimida. Enquanto que a proposta aprovada pelo
Conselho Universitário previa uma manutenção de 90% da vegetação de
cerrado (com a supressão de 10% de vegetação), o projeto agora
aprimorado elevou para 94% de manutenção da vegetação em cerrado, e
supressão de 6% (cerca de 29.457 m2).
Nesta nova concepção, a via de interligação entre a área
urbanizada e a área de expansão foi deslocada para a faixa contígua à
área de carreadores (aceiros) já existente, um local já sujeito ao efeito de
borda, o que também minimiza o impacto da efetivação da passagem.
O traçado da via, proposto neste estudo, propicia a instalação de
dois pontos de observação – para monitoramento e vigilância tanto de
fauna e flora, quanto do movimento antrópico, com a instalação de
torres de vigilância e monitoramento ambiental, base de apoio e
estacionamento de viaturas de combate a incêndio –, sendo que a área
ocupada pela via seria de 24.187 m2 e aquela destinada aos pontos de
observação de 5.270 m2.
O projeto da via prevê a utilização de material permeável,
passagens subterrâneas e aéreas para a fauna, bem como tráfego com
as características técnicas previstas acima (em velocidade reduzida).
Quanto à logística para a construção da via e das estruturas de
observação, serão utilizadas as áreas lindeiras das extremidades Norte e
Sul, já urbanizadas, para a instalação do canteiro de obras, evitando-se
assim o impacto ambiental decorrente desse canteiro no restante da
área com vegetação de cerrado em regeneração.
A área de compensação ambiental prevista de 11,372ha está
localizada no extremo Norte do Campus, importante para assegurar a
conectividade com outras áreas e a permeabilidade da paisagem.
De fato, o traçado proposto no projeto final assegura a
interligação de duas sub-bacias hidrográficas do Município, já que
estabelecerá a ligação com área de reserva legal localizada na Fazenda
Engenho Velho (que faz fronteira com a Universidade ao Norte)
viabilizando assim a conexão das áreas de preservação do Campus com
fragmentos de maior tamanho e integridade ecológica e,
consequentemente, diminuindo o isolamento dos blocos de área
natural, existentes dentro da UFSCar.
Este projeto, elaborado em melhoria à proposta aprovada no
Conselho Universitário, foi submetido à análise de parecerista externo
(Prof. Sidnei da Silva Dornelles - especialista em Ecologia de Estadas -
UNIVILLE/SC) para que subsidiasse a construção dos passa-fauna
subterrâneos e aéreos.
Na análise realizada pelo especialista, o mesmo apresentou
sugestões de mitigação e compensação dos impactos da via sobre a
fauna, bem como ações de mitigação com a implantação de estruturas
de passagens para a fauna, tanto terrestre como arborícola.
O parecerista apresentou, ainda, modelos de passagem de fauna
aéreas e subterrâneas, de acordo com a lista da fauna elaborada para o
local de implantação da via, e modelos para placas de Sinalização, além
de um programa de Monitoramento da Fauna.
Em 09 de junho de 2014 foi protocolizado, na CETESB - Agência
São Carlos - a solicitação de Autorização para Supressão de Vegetação
Nativa (Processo no. 7310104/14; solicitação no. 91044079) de 2,84
hectares de vegetação, juntamente com toda a documentação
necessária para a análise pelo órgão ambiental (matrícula do imóvel;
certidão de uso e ocupação do solo; planta planialtimétrica do imóvel;
laudo de caracterização de vegetação; laudo de fauna) além do parecer
do Prof. Sidnei da Silva Dornelles – “Considerações sobre a instalação
de passagens de fauna no acesso que corta o cerrado da UFSCar -
Projeto CEU - Corredor Especial de Urbanidade do Cerrado", plantas
com detalhamento das estruturas da via, pavimentação, estruturas
acessórias, gradil).
Na documentação apresentada a CETESB houve a indicação da
área de 11,372ha para compensação ambiental da área de supressão,
correspondendo a quatro vezes a área de supressão, em consonância e
atendimento a Resolução SMA 32, de 03/04/2014 e ao artigo 6º da Lei
Estadual 13.550, de 02/06/2009.
Toda a documentação foi, ainda, enviada em cópia, ao Ministério
Público Federal, para ciência daquele órgão que, desde 2007, em razão
do Inquérito Civil, vem acompanhando o assunto.
Em sequência às atividades para a obtenção da autorização pelo
órgão ambiental, foi realizada uma inspeção da área pela agente
ambiental Bióloga Dorothy Carmem Pinatti Casarini (Auto de Inspeção
no. 1600154 de 08/08/2014). Em sua manifestação, a agente
ambiental da CETESB considerou ser possível conceder a autorização
em razão do que dispõe o artigo 3º, inciso I, da Lei Estadual 13.550, de
2009, por tratar-se de obra de utilidade pública para implantação de
estabelecimento público de ensino superior.
Neste mesmo laudo de inspeção são apresentadas informações
referentes aos laudos de caracterização de fauna e flora, assim como as
medidas para minimização do impacto sobre a fauna local, por meio de
instalação de passagens de fauna sob a via e passagens aéreas,
permitindo a conectividade entre as áreas e o deslocamento da fauna
entre os dois lados da via e no sentido do fragmento remanescente.
De mesmo modo, em atendimento à solicitação da CETESB, foi
entregue o Projeto de Restauração Ecológica, contemplando o
cronograma de monitoramento previsto na Resolução SMA no. 32, de
03/04/2014, o qual prevê a entrega periódica de Relatórios de
monitoramento de fauna assim como Relatórios de Monitoramento da
Regeneração Natural, previstos no TCRA. Ao final do processo, foram
emitidos a AUTORIZAÇÃO e TCRA nº 89183/2014, concedidos nos
termos da Lei Estadual 13550/2009.
A autorização foi condicionada ao cumprimento integral do TCRA
nº 89183/2014 e da implantação do Projeto de Restauração Ecológica.
Após a emissão da AUTORIZAÇÃO, a Universidade iniciou o processo
licitatório para a contratação de empresa para execução das obras.
Referido processo licitatório já foi concluído, com a contratação da
empresa vencedora, sendo que nenhuma providência visando ao início
das obras foi adotada, ante a medida liminar concedida nos autos da
Ação Civil Pública nº 0002428-30.2014.403.6115, em trâmite perante a
Vara Federal.
Ante a obtenção da autorização junto à CETESB, o Ministério
Público Federal reencaminhou este novo projeto para análise técnica do
Prof. José Carlos Motta-Junior, especialista do Departamento de
Biologia da USP, docente esse que havia analisado a proposta anterior
da UFSCar, e havia entendido não ser viável do ponto de vista
faunístico. Ao proceder à análise do novo projeto, aprovado pelo
Conselho Universitário e pela CETESB, o especialista do Departamento
de Biologia da USP proferiu novo parecer técnico, desta vez
manifestando-se favorável à execução desse projeto, desde que
acompanhado de medidas ambientais compensatórias e mitigadoras.
Esse parecer fez com que fossem realizadas novas reuniões com o
Ministério Público Federal, registradas em atas. Nessas reuniões, houve
a explicitação integral dos termos do parecer técnico expedido pelo
Departamento de Biologia da USP, inclusive com a indicação das
medidas ambientais compensatórias e mitigadoras.
A partir dessas indicações técnicas, a UFSCar, representada
nessas reuniões pelo reitor, pela procuradora federal e pela responsável
pela Secretaria Geral de Gestão Ambiental e Sustentabilidade da
UFSCar, sinalizou com a possibilidade de complementar seu projeto
com as recomendações técnicas apresentadas no parecer técnico,
mediante a celebração de um Termo de Ajustamento de Conduta.
Desde 2007, a UFSCar sempre se propôs a explicitar suas
intenções e propostas ao Ministério Público Federal, visando à obtenção
de uma solução que ao mesmo tempo contemplasse a proteção do
patrimônio ambiental e a necessária expansão de suas áreas
urbanizadas para o melhor atendimento da demanda social, com a
ampliação das condições de oferta de cursos e outras atividades
acadêmicas e de formação do cidadão.
Foi realizada uma audiência de conciliação no mês de Setembro
de 2016 com indicação de novas reuniões após a sucessão da equipe
gestora da reitoria, estando, portanto o processo em discussão e
andamento.
Reforça-se a necessidade de considerar todo o processo descrito
para a continuidade das ações tendo em vista as decisões tomadas pelo
Consuni – órgão Maximo deliberativo desta instituição. Ressalta-se
ainda que sejam consideradas nas discussões futuras a expansão
prevista para a área norte com a construção do Biotério e DeGR,
atendendo a às demandas da instituição.
d) Obras Barramento do Monjolinho
As atividades referentes a SGAS contemplam a participação em
reuniões para definição das atividades que subsidiaram o diagnóstico,
prognóstico e compensações ambientais. A SGAS realiza o
acompanhamento junto à Agência Ambiental - CETESB das atividades
de vistoria e licença/autorização ambiental para intervenção na área
objeto.
Com a finalização da etapa de estudos e projetos foi encaminhada
a CETESB a solicitação de intervenção em área de APP (Processo
73/10646/15), concedida Autorização nº 83517/2016 (Autorização
para supressão de 0,07 hectares de vegetação da área de proteção
permanente - APP do Córrego do Monjolinho, para fins de reforma de
barramento (ponte) da represa da Ufscar).
Será celebrado um TCRA objeto de complementação em novo
relatório no mês de novembro de 2016.
e) Reorganização do espaço físico da SGAS
A estrutura física da SGAS foi recuperada ao longo da última
gestão, ocorrendo recuperação da estrutura de uma estufa e aquisição
de uma nova estufa automatizada; alem da ampliação e recuperação da
estrutura da sede da SGAS com fechamento do mesanino. Foram
adquiridos equipamentos para as atividades de manutenção de áreas
verdes e de escritório.
No que se refere à estrutura do DeGR e DeAEA, está prevista a
construção de novas edificações no próximo exercício com recursos
FINEP já aprovados.
A construção de nova estrutura para o DeGR atende a uma
demanda de adequação de estrutura física frente à expansão das
atividades de ensino, pesquisa e extensão da UFSCar, e ao atendimento
a demandas de adequação de ambientes de trabalho (Ministério do
Trabalho - Proc n° 23112.001667/2016-33 (Notificação Requisitória n°
3040.2016).
f) Produção de Mudas a partir de coleta de sementes de espécies nativas
na bacia hidrográfica do Monjolinho
g) Produção de mudas de espécies nativas a partir de plântulas e
sementes adquiridas comercialmente
h) Projeto Piloto de Compostagem de Resíduos Orgãnicos e Aquisição de
um triturador para o processamento de galhos/galhadas oriundos de
podas do campus
A UFSCar vem passando por um grande crescimento das suas
atividades, com impacto no crescimento das instalações físicas, fruto de
grandes investimentos, de diversas fontes, da expansão da área
urbanizada, em decorrência disso existe uma grande geração de
subprodutos dos serviços de poda de gramados e de manutenção da
arborização. A UFSCar – campus São Carlos, nas últimas décadas,
depositava esses resíduos orgânicos em leiras na área não urbanizada
do campus, mantendo aceiros no seu perímetro, de forma a reduzir
riscos.
No mês de junho de 2014 houve a ocorrência de um incêndio na
área de depósito e, a partir deste evento, foram lavrados os Autos de
Infração Ambiental no. 318561 e 318562 pelo Comando de Policiamento
Ambiental que encaminhou cópia para a Procuradoria da República no
Município de São Carlos. Em decorrência desta comunicação, foi
instaurado o Inquérito Civil IC – no. 1.34.023.000045/2015-77, no
qual, em um primeiro momento informamos as medidas adotadas pela
UFSCar para evitar novos danos na área de vegetação em questão e a
forma de descarte do material (resíduos de poda e capina).
As atividades de descarte ficaram suspensas até que esta questão
fosse dirimida, fato este que agrega grande complexidade e dificuldade
às atividades de manutenção de áreas verdes na instituição. Em ação
conjunta a Prefeitura Universitária, houve previsão em orçamento de
2015 para a aquisição de um triturador de restos de poda –
equipamento que promove a redução do volume do material e possibilita
sua compostagem.
Deste modo, teve início o planejamento de uma Planta de
Trituração e Compostagem de resíduos de poda e capina, como forma
de reduzir o volume dos resíduos e dos riscos de incêndio, podendo
ainda, promover a aceleração do processo de reintegração do carbono,
na forma de composto orgânico e condicionador de solo a ser utilizado
nas áreas verdes e jardins dos setores urbanizados desta universidade.
A planta foi alocada na área da SGAS e o equipamento instalado. Foram
tomadas medidas adicionais para sua proteção e operação como a
construção de uma cobertura e atualmente está em andamento o
processo de aquisição de ferramentas para manutenção.
As atividades de trituração tiveram início e as atividades de
compostagem estão ocorrendo em fase experimental para seu
dimensionamento. O composto orgânico produzido será utilizado para a
produção de mudas a serem utilizadas em compensações ambientais e
arborização da instituição.
O Inquérito Civil foi encontra-se encerrado.
i) Plano Diretor do campus Lagoa do Sino
A SGAS contribuiu na discussão das demandas e necessidades de
adequações ambientais para a elaboração do Plano Diretor do campus
Lagoa do Sino. Embora esta se apresente como atividade do EDF, a
SGAS foi chamada a colaborar com as discussões da ocupação do
território da fazenda, de forma que ocorra sua adequação ambiental
concomitantemente ao desenvolvimento e ordenamento do território.
Atualmente está sendo formado um Grupo de Trabalho para o
encaminhamento das ações de definição de diretrizes, recomposição
ambiental em consonância com as informações apresentadas no CAR.
j) Cadastro Ambiental Rural (CAR)
A partir da obrigatoriedade da realização do Cadastro Ambiental
Rural (CAR), criado pela Lei 12.651/12, deu-se início à coleta de dados
e informações para a elaboração dos cadastros das unidades que
compõem os campi São Carlos, Sorocaba, Araras e Lagoa do Sino. O
CAR do campus Araras foi realizado por docentes do Centro de Ciências
Agrárias e nos demais campi a atividade foi desenvolvida integralmente
na SGAS.
Para o desenvolvimento do cadastro, são coletadas informações
cadastrais e arquivos digitais com informações geográficas em formato
shapefile. Os dados para cadastro necessários infromados no site do
SiCAR/SP e no Manual de Cadastramento. Os arquivos de shapefile
necessários, que compõem um Sistema de Informação Geográfica (SIG),
foram levantados no manual e elaborados dentro do software livre QGIS
v.2.14.1 (QGIS, 2016).
As informações cadastrais foram coletadas no site institucional da
universidade, nos arquivos da SGAS e em contato com a administração
dos campi. Os arquivos shapefile foram baseados em arquivos da SGAS
e em levantamentos planialtimétricos dos campi fornecidos à Secretaria
pelo Escritório de Desenvolvimento Físico (EDF). A construção do SIG
abrangeu informações sobre o perímetro dos campi, servidões
administrativas, nascentes, rios, lagos, represas, áreas de preservação
permanente (APP), vegetação nativa atual, reservas legais, declividade e
usos consolidados do solo.
k) Projeto Esplanada Sustentável - PES
O Projeto Esplanada Sustentável (PES) é um projeto de iniciativa
do Governo Federal que visa integrar ações para a melhoria da
eficiência no uso racional dos recursos públicos pela melhoria da gestão
de processos, considerando a inserção da variável socioambiental no
ambiente de trabalho. Este projeto é regido pela Portaria
interministerial nº 244, de 06 de junho de 2012.
O Projeto Esplanada Sustentável (PES) conta com a participação
conjunta de quatro Ministérios: Planejamento; Meio Ambiente; Minas e
Energia; e Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e tem por
objetivo principal incentivar órgãos e instituições públicas federais a
adotarem modelo de gestão organizacional e de processos estruturado
na implementação de ações voltadas ao uso racional de recursos,
promovendo a sustentabilidade ambiental e socioeconômica na
Administração Pública Federal. São objetivos do PES:
- Melhorar a qualidade do gasto público pela eliminação do
desperdício e pela melhoria contínua da gestão dos processos;
- Incentivar a implementação de ações de eficiência energética nas
edificações públicas;
- Estimular ações para o consumo racional dos recursos naturais
e bens públicos;
- Garantir a gestão integrada de resíduos pós-consumo, inclusive
a destinação ambientalmente correta;
- Melhorar a qualidade de vida no ambiente do trabalho;
- Reconhecer e premiar as melhores práticas de eficiência na
utilização dos recursos públicos, nas dimensões de economicidade e
socioambientais.
De acordo com a Portaria Interministerial nº 244 de 06/06/2012,
o projeto promoverá a divulgação e estimulará a implantação dos
principais programas de sustentabilidade do governo federal, como o
Programa de Eficiência do Gasto – PEG, o Programa Nacional de
Conservação de Energia Elétrica/Plano Nacional de Eficiência
Energética - PROCEL/PNEF, Agenda Ambiental na Administração
Pública - A3P e Coleta Seletiva Solidária.
Foi acordada a meta de economia global de 10% para o exercício
de 2013, tendo por base a execução orçamentária (despesa liquidada)
do exercício de 2012. Tal projeto refere-se aos itens de despesa: água e
esgoto; apoio administrativo, técnico e operacional; energia elétrica;
limpeza e conservação; locação de imóveis; locação de veículos;
manutenção e conservação de bens imóveis; material de consumo;
serviço de processamento de dados; telecomunicações; e, vigilância.
Propõe-se que o PES seja um agente de mudança, criando uma
nova visão de gestão e principalmente conscientizando todos os
servidores, se evitando o desperdício de recursos e buscando a
eficiência juntamente com a perspectiva socioambiental.
Foi constituído um Grupo de Trabalho – GT-PES – contemplando
as direções de centros acadêmicos, as prefeituras universitárias e
outros órgãos da administração: Pro-Reitoria de Administração,
Escritório de Desenvolvimento Físico e Secretaria Geral de Gestão
Ambiental e Sustentabilidade. O GT-PES reuniu-se ao longo dod anod
de 2013 e 2014 conforme cronograma proposto, visando as metas
estabelecidas na Portaria interministerial nº 244.
A UFSCar conta com experiências anteriores, que foram
incorporadas ao PES:
PROGESA/UFSCar - Programa de Gestão e Economia de Água da
UFSCar - 2005
O PROGESA buscou o controle e gestão mais eficaz da produção
de água dos poços artesianos localizados no campus da UFSCar de São
Carlos, além de adotar outras medidas para o uso e distribuição
racional de água.
PERENE/UFSCar - Programa de Eficiência e Racionalização no Uso de
Energia Elétrica da UFSCar - 2005
O PERENE teve como principal objetivo eliminar desperdícios e
adotar um consumo racional de energia elétrica, além de buscar outras
fontes de energia alternativa contando com a participação da
comunidade universitária no tocante a conscientização da mesma sobre
o uso de recursos naturais.
Atualmente as metas de controle definidas no PES foram revistas
e, de acordo com o art. 2º da Portaria n. 23, de 12 de fevereiro de 2015,
c/c com o § 2º desse mesmo artigo, os órgãos e entidades devem
fornecer, mensalmente, até o 15º dia do mês subsequente ao do
fechamento da fatura, informações referentes ao consumo de energia
elétrica e de água, por meio do Sistema do Projeto Esplanada
Sustentável (SisPES).
Para fins de consolidação e divulgação do total consumido pelos
órgãos e entidades da Administração Pública Federal, mensalmente
devem ser encaminhadas as informações para preenchimento.
Atualmente a Secretaria Geral da SGAS é responsável pelo PES na
instituição, e, consequentemente pela orientação aos gestores dos
campi do fornecimento destas informações e cadastro no sistema
SisPES.
III.2. Outras Ações, Detalhamento e Procedimentos
- Elaboração do site do DeAEA ( http://www.deaea.ufscar.br/ ) e DeGR
( http://www.degr.ufscar.br/ );
- Participação dos técnicos do DeAEA e DeGR como palestrantes em
atividades de extensão e científicas;
- Participação no Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Ambiental
(GEPEA) da UFSCar, de onde provém grande parte do aporte teórico
necessário para o desenvolvimento das ações de educação ambiental;
- Apoio à Criação do Observatório Brasileiro de Monitoramento e
Avaliação de Políticas Públicas de Educação Ambiental como um dos
Pilares do Fundo Brasileiro de Educação Ambiental (FunBEA) (atividade
de extensão realizada no âmbito do DeAEA);
- Participação no Comitê da Bacia Hidrográfica do Tietê Jacaré.
- Organização do Evento: 20 Anos de Gestão Ambiental na UFSCar.
Realização da Mesa Redonda Experiências e expectativas de
Gestão Ambiental na UFSCar com a participação dos gestores da CEMA
desde sua criação até a criação da SGAS. Foram relatadas as
experiências assim como apresentados os marcos e desafios para a
gestão. No evento foi apresentada a proposta de implantação de um
sistema de gestão ambiental.
- Discussão dos usos do espaço não urbanizado da UFSCar: frente às
inúmeras demandas e conflitos de usos das áreas não urbanizadas da
UFSCar, a SGAS tem realizado a coleta de informações junto à
comunidade acadêmica para o mapeamento das atividades de ensino,
pesquisa e extensão.
Atividades de pesquisa demandadas por pesquisadores externos à
UFSCar são comunicadas a SGAS que realiza o registro e comunicação
com a PU para abertura do acesso às áreas.
Atividades de extensão demandadas por pesquisadores ou pela
comunidade externa são comunicadas a SGAS que realiza registro e
comunicação com a PU para abertura do acesso ás áreas.
- Definição de requisitos ambientais em projetos como exemplo o prédio
do novo Biotério.
- Averbação de Reservas Legais G e F
Os processos encontram-se parados no Cartório de Registro de
Imóveis pois os confrontantes recusam-se a assinar.
- Semana do Lixo Mínimo
A Semana do Lixo Mínimo foi um evento realizado em 2015 como
parte das atividades de Educação Ambiental do Programa Permanente
de Coleta Seletiva Solidária na UFSCar: Gerenciamento e Educação
Ambiental (processo ProEx 23112.002853/2014-28). O evento teve por
objetivo proporcionar para as/os participantes uma reflexão sobre
hábitos de consumo, exacerbada produção de resíduos e/ou lixo e seus
impactos negativos ao meio ambiente e à qualidade de vida. Várias
atividades foram realizadas entre 17 e 21 de agosto: desafio do lixo
mínimo, feira de trocas em associação com a Feira de Economia
Solidária, filmes, palestras e mesas redondas.
- Oficinas, Saberes e Vivencias no Cerrado da UFSCar:
Esta atividade (processo ProEx 23112.001692/2015-36) foi
concebida com o intuito de ampliar a formação de monitores e demais
interessados no Projeto de Visitas Orientadas à "Trilha da Natureza" no
Cerrado da UFSCar. O principal objetivo foi a formação especializada
destes monitores e a difusão de práticas, que podem ser realizadas na
área em uma perspectiva crítica de educação ambiental. Foram
oferecidas as oficinas formativas: Trilha para a Melhor Idade;
Introdução a Arqueologia, Origami de Elementos do Cerrado,
Observação de Aves e Anuros, associadas a visitas temáticas à "Trilha
da Natureza" abertas ao público. Também foi realizada uma exibição de
filmes associada a rodas de conversa para marcar o Dia do Cerrado.
Os ministrantes das oficinas foram profissionais de formação
específica nas áreas distintas tendo tido nesta atividade a colaboração
da Universidades de Évora e do Instituto Superior de Ciências
Educativas, ambos de Portugal.
- Orientação aos laboratórios e outros setores geradores quanto à
segurança no manuseio e procedimentos de identificação ou rotulagem
do material conforme as normas do DeGR;
- Orientação a comunidade acadêmica quanto à segurança no manuseio
dos resíduos estocados, uso de Equipamento de Proteção Individual
(EPI) e procedimento adequado de preenchimento e proteção dos rótulos
para os frascos de resíduos;
- Realização de treinamento de estudantes e técnicos de laboratórios
geradores de resíduos perigosos através da utilização de material
educativo;
- Desenvolvimento de procedimentos para o tratamento de resíduos
específicos gerados nos laboratórios da UFSCar, tornando-os passíveis
de descarte no meio ambiente;
- Promoção da implantação de programa de gerenciamento de resíduos
perigosos em laboratórios da UFSCar;
- Planejamento e implantação de sistemas de controle para (1) a
quantidade de resíduos gerados pelos laboratórios da UFSCar; (2) o
consumo de reagentes para tratamento dos resíduos pelo DeGR e (3) a
coleta de resíduos e o planejamento dos tratamentos;
- Visitas Orientadas à Trilha da Natureza: Proposta para Revitalização
do Projeto
“Visitas Orientadas à Trilha da Natureza" é um projeto de
educação ambiental que teve início em 1992 envolvendo estudantes de
graduação e pós-graduação, bolsistas e voluntários no planejamento de
atividades e visitas de escolas de ensino fundamental e médio junto à
Trilha da Natureza, numa área de Cerrado da Universidade Federal de
São Carlos.
A atividade atual (processo ProEx 23112.002852/2014-83) está
em desenvolvimento desde março de 2014 e tem como intuito
possibilitar um resgate e sistematização de conhecimento produzido
pelo grupo ao longo dos anos, visando auxiliar no desenvolvimento
desta e outras atividades de educação ambiental. É considerado o papel
da "Trilha da Natureza" como um espaço educador no contexto do Polo
Ecológico de São Carlos, favorecendo e intensificando a divulgação das
iniciativas educativas que vem sendo desenvolvidas. O projeto traz
ainda mais benefícios à comunidade, uma vez que propõem melhorias
na qualidade e infraestrutura destas visitas. Além disso, o projeto se
propõe a ampliar ainda mais a disponibilização deste conhecimento,
através do envolvimento de outros grupos da comunidade interna e
externa.
Nos anos de 2014, 2015, e 2016 foram realizadas inúmeras
atividades de vista à Trilha da Natureza, com uma frequência mensal de
pelo menos duas visitas, atendendo diretamente públicos escolares e
também visitas abertas à comunidade e agendas por escolas pelo
CDCC.
- Contribuições à Gestão Ambiental dos Resíduos Perigosos de
Laboratório
Esta atividade se propõe a envolver a comunidade acadêmica no
sistema de gestão de resíduos perigosos de laboratório (RPL) (Processo
ProEx 23112.003352/2014-69), a atividade é coordenada pela SGAS
por meio do DeGR com apoio do DeAEA. Em 2015 foi realizada uma
sistematização das perguntas respondidas pela comunidade no
diagnóstico inicial. A partir desta sistematização foi desenvolvida uma
“Cartilha” com orientações. Este documento encontra-se disponível no
site do DeAEA (http://www.deaea.ufscar.br/documentos-1/cartilha-
para-usuarios-de-laboratorios). É fundamental que a comunidade
acadêmica conheça e participe da gestão dos resíduos na universidade,
minimizando os riscos associados e incorpore estes princípios em suas
praticas atuais e futuras.
- O Projeto 3´Rs nas Escolas
O projeto é conduzido pelo Grupo de Incentivo à Redução,
Reutilização e Reciclagem - GIRe3. Este é um grupo autogestionário
constituído por alunas e alunos de graduação dos cursos de Biologia,
Engenharia de Produção, Engenharia de Materiais e Pedagogia. As
atividades consistiram em trabalhar com os alunos de ensino
fundamental e médio por meio de oficinas pedagógicas adequadas a
cada nível escolar. São realizadas 3 tipos de oficinas classificadas pelos
níveis escolares como Fundamental Menor, Fundamental Maior e
Ensino Médio. O Projeto (atividade de extensão, processo número
23112.003000/2014-11) também tem em suas atividades a organização
e execução da Semana do GIRe3, evento anual aberto à comunidade.
Nas atividades com as escolas, são realizadas palestras,
dinâmicas e oficinas em uma escola estadual e uma creche de São
Carlos, são elas E.E. Marivaldo Carlos Degan e a Unidade de
Atendimento à Criança UFSCar, contemplando, com as atividades,
cerca de 100 crianças entre 4 e 13 anos.
IV. PENDÊNCIAS, DESAFIOS E SUGESTÕES
IV.1. Ações em desenvolvimento para serem finalizadas
- Concurso para uma vaga de técnico de nível superior - Engenheiro
Agrônomo.
O concurso está em andamento tendo sido realizada a primeira
etapa (prova de conhecimentos gerais e específicos) no dia 09/10/2016
e com segunda etapa (prova prática) prevista para o dia 09/11/2016, a
ser confirmado em edital de convocação para provas a ser publicado dia
07/11/2016.
A demanda pela vaga de técnico de nível superior - Engenheiro
Agrônomo ocorreu a partir do ano de 2014, sendo então solicitado à
administração superior. No ano de 2016 vislumbrou-se a
disponibilidade da vaga e início dos procedimentos de abertura e
realização do concurso.
As atividades a serem realizadas por este profissional são de
extrema importância para a consolidação da estrutura da SGAS assim
como seus objetivos e ações de planejamento e monitoramento
ambiental.
- Programa Permanente de Gestão Compartilhada e Educação
Ambiental para Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva Solidária
A minuta da Resolução foi pauta da 37ª. Reunião Ordinária do
CoAd, não tendo sido objeto de análise e aprovação em função do teto
da reunião. Deste modo, apresenta-se como demanda sua submissão
na próxima reunião ordinária.
Atualmente o “Programa Permanente de Gestão e Gerenciamento
Compartilhado de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva Solidária” na
Universidade Federal de São Carlos é regido pela Resolução ConsUni nº.
699/2011, de 21 de agosto de 2011, e faz-se necessária sua revisão e
atualização em função da adequação da estrutura da universidade com
a incorporação do campus Lagoa do Sino, assim como com a
substituição da CEMA pela estrutura da SGAS.
Os documentos que subsidiam a revisão e atualização da
resolução constam nos autos do Processo 23112.004823/2010-91.
- Finalização da revisão dos procedimentos internos e normas dos
departamentos
A expansão de conteúdo na proposta foi balizada pelos objetivos
da SGAS e alguns conceitos presentes na ABNT NBR ISO 14.001:2015
como a definição do público alcançado, as necessidades e expectativas
desse público, definição de conteúdos a serem divulgados, canais de
comunicação para receber retorno e promover a melhoria contínua.
Sobre a sistematização de informações e procedimentos, foram
executadas atividades para rever o histórico da SGAS e da CEMA com a
finalidade de reorganizar a forma de arquivamento e facilitar a consulta
aos documentos da Secretaria. Toda a documentação produzida pela
SGAS foi reorganizada e revisto o sistema de indexação e arquivamento
de documentos.
Os departamentos estão em processo de revisão e sistematização
de procedimentos, em função das demandas mais frequentes até as
mais incomuns.
- Atividades anuais, contratos em andamento e processos não
finalizados
a) Aceiros
O processo encontra-se em fase de empenho de recursos. A
contratação de serviço técnico especializado de terraplanagem para a
manutenção de aceiros é uma obrigação assumida pela UFSCar como
segurança contra incêndio das áreas não urbanizadas e urbanizadas da
instituição.
b) Contratação de serviço técnico especializado para coleta, tratamento
e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos químicos
perigosos - classe I
Encontra-se em fase de elaboração do edital refrente ao processo
nº 2685/2016-32, com a finalidade de contratação de empresa
especializada para prestação de serviço continuado de manejo integrado
de resíduos químicos perigosos - Classe I, provenientes dos diversos
laboratórios da UFSCar em seus campi São Carlos, Araras, Sorocaba e
Lagoa do Sino, tendo em vista o histórico apresentado a seguir:
No ano de 2016 em função da finalização de contrato anterior,
iniciou-se o processo nº 2685/2016-32, com a finalidade de contratação
de empresa especializada para prestação de serviço continuado de
manejo integrado de resíduos químicos perigosos - Classe I,
provenientes dos diversos laboratórios da UFSCar suas unidades de São
Carlos, Araras, Sorocaba e Buri – SP.
Em outubro de 2015 o SINTUFSCar apresentou uma denuncia
para o Ministério Publico Federal que gerou um processo no Ministério
Público do Trabalho sobre as condições de trabalho no DeGR e na
Anatomia, Proc n° 23112.001667/2016-33 (Notificação Requisitória n°
3040.2016).
Em decorrência do processo, movido pelo SINTUFSCar, a CETESB
foi indicada, pelo Ministério Publico, para avaliar as condições da
UFSCar. Foi realizada uma visita de inspeção em 27/04/2016 (Auto de
Inspeção nº 1677536), sendo constatado que: o armazenamento de
resíduos sólidos e líquidos de maneira inadequada, o que gerou um
Auto de Infração Imposição de Penalidade de Advertência - AIIPA nº.
73000940 – Processo Número: 7300230 16, em 06/05/2016,
despachado pela Reitoria em 24/05/2016. Pontos elencados pela
CETESB:
A - Os resíduos de produtos químicos deverão ser convenientemente
armazenados, de acordo com as normas e legislação vigentes, e
destinados a sistemas de tratamento ou destinação final de resíduos
aprovados e/ou licenciados pela CETESB, precedidos do respectivo
Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental –
CADRI.
B - Os resíduos sólidos Classe I – perigosos, gerados pela entidade,
deverão ser adequadamente armazenados, conforme a norma NBR
12235 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos, da ABNT, e
destinados exclusivamente a sistemas de tratamento ou disposição
aprovados para CETESB.
C - Apresentar um plano de adequação para armazenamento e
destinação final dos resíduos de produtos químicos diversos,
armazenados no Departamento de Gestão de Resíduos – DeGR, com
cronograma. – Prazo de 30 (trinta) dias.
Em 28/06/2016, foi protocolado os esclarecimentos e
considerações do Departamento de Gestão de Resíduos – DeGR e a da
Secretaria Geral de Gestão Ambiental e Sustentabilidade – SGAS em
resposta as exigências elencadas pela CETESB. Neste documento foi
informado que o processo para contratação de empresa especializada
para a disposição dos resíduos químicos já foi iniciado há 120 dias
(solicitações de orçamentos, elaboração de termo de referência,
composição e realização de edital de licitação), e encontra-se na etapa
de elaboração do edital de licitação, estima-se um prazo de 120 dias
para a conclusão do processo e retirada, em um único lote, o total do
passivo ambiental armazenado no DeGR.
Em atendimento aos itens B e C, foi realizada avaliação técnica do
local por engenheiros da PU/UFSCar, para início das obras de
intervenção para adequação das dependências do depósito do DeGR.
Após avaliação do local conclui-se que em função do grande
quantitativo e do elevado risco de ignição de vapores voláteis dos
resíduos ali armazenados, a reforma só poderá ser iniciada após a
completa remoção do passivo ambiental de resíduos químicos. Assim,
foi apresentado um cronograma de atividades para adequação do abrigo
de resíduos químicos, que tem como etapa inicial a contratação da
empresa para remoção do passivo ambiental.
Tendo em vista os riscos e a quantidade de resíduos laboratoriais
armazenados, nos campi de São Carlos, Araras, Sorocaba e Buri e que
todo o processo está sendo realizado a partir de grande mobilização do
DeGR e SGAS para a adequação da UFSCar, deve-se considerar que
algumas etapas demandam tempo e podem alongar ainda mais a
remoção dos resíduos após a realização do processo licitatório e
consequente contratação da empresa. Após a contratação da empresa,
será iniciado o processo para obtenção do Certificado de Aprovação para
Destinação de Resíduos Industriais (CADRI) junto à CETESB/SP,
documento necessário para o transporte dos resíduos, desde a origem
até as instalações de processamento e disposição final, esse processo
que requer, em média, um mês para liberação.
Devido à quantidade de resíduos químicos armazenada no
depósito do Departamento de Gestão de Resíduos da UFSCar, campus
São Carlos, encontrar-se acima da capacidade de estocagem, não há
mais como armazenar com segurança, tornando-se necessário
interromper as coletas até que ocorra a retirada total do passivo
ambiental. Esta medida promove grande impacto nas atividades de
ensino, pesquisa e extensão, pois os laboratórios não se caracterizam
como o local de armazenamento.
Por fim, no exercício de 2016 houve a solicitação de destaque de
orçamento para realização dos serviços referentes ao processo nº
2685/2016-32, tendo em vista a importância da realização destas
atividades para a segurança institucional assim como para o bom
funcionamento das atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão
desta instituição.
c) Contratação de serviço técnico especializado para coleta, tratamento e
destinação final ambientalmente adequada de lâmpadas
Com a ampliação da estrutura física da universidade, faz-se
necessária a ampliação dos serviços, para atendimento de novas
unidades como o Hospital Universitário, campus Lagoa do Sino.
d) Plano de adequação ambiental do campus Lagoa do Sino
Constituição do Grupo de Trabalho de Adequação Ambiental do
Campus Lagoa do Sino
No exercício de 2016 foram iniciadas as tratativas, visitas e
reuniões no campus Lagoa do Sino e seus representantes para a
constituição de um grupo de trabalho multidisciplinar objetivando o
diagnóstico das demandas ambientais e respectivas compensações e
monitoramento ambientais.
Como atividade inicial, a SGAS disponibilizou mudas para iniciar
a recomposição ambiental de áreas de preservação permanente a serem
identificadas como prioritárias pelo Grupo de Trabalho. Foi solicitado ao
prof. Fernando Periotto que seja providenciado o transporte das mudas
ao campus para início das atividades.
e) Compensação ambiental e finalização dos processos do campus
Sorocaba - TCRA.
Já foram disponibilizadas 1000 mudas de espécies nativas para
plantio no campus Sorocaba. Faz-se necessário a Direção do Campus
demandar o transporte e posterior plantio, manutenção e elaboração
dos relatórios finais de compensação ambiental.
f) Projeto e construção do novo DeGR
Frente à expansão da UFSCar, foi demandado e posteriormente
contemplada a construção de um novo prédio para acomodar a
estrutura do DeGR com recursos FINEP a serem implementados no
próximo exercício. A área reservada para a construção das novas
edificações serão contíguas ao Biotério na área de expansão norte da
instituição.
g) site da SGAS: o site foi desenvolvido pela SIN, sendo necessária a
complementação de conteúdo e funcionalidades.
h) Cadastro multifinalitário
i) Gestão do conhecimento organizacional:
Padronização, Documentação, e Desenvolvimento de um Manual
de Procedimentos para a Unidade de Gestão de Resíduos da
Universidade Federal de São Carlos. Está sendo realizada a
documentação e padronização do conhecimento do DeGR, por meio da
criação de um Manual de Procedimentos-Padrão, que será uma
importante ferramenta para a operacionalização da gestão de resíduos
na UFSCar;
j) Planejamento e implantação de sistemas de controle para (1) a
quantidade de resíduos gerados pelos laboratórios da UFSCar; (2) o
consumo de reagentes para tratamento dos resíduos pelo DeGR e (3) a
coleta de resíduos e o planejamento dos tratamentos;
IV.2. Ações sugeridas (demandas e problemas)
- Plano de arborização urbana dos campi – envolvendo o diagnóstico das
espécies, patologias, necessidades de substituição.
- Construção de unidades para o armazenamento de resíduos químicos
oriundos de atividades de ensino, pesquisa e extensão nos campi
Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino.
- Proposição de Unidades de Compostagem e gestão de resíduos
orgânicos nos campi.
- Manutenção da Trilha da Natureza, melhorando a infra-estrutura de
acesso ao local.
- Continuidade das ações de planejamento e gestão ambiental
multicampi.
IV.3. Desafios
- Implementação da gestão ambiental multicampi, com enfoque
preventivo.
- Implantação do cadastro multifinalitário em conjunto com as demais
unidades da administração.
- Designação de servidores nos campi Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino
para a condução das atividades de gestão ambiental.
- Investimento em equipamentos para a ampliação das atividades
realizadas no DeGR.
- Ampliação do corpo técnico no DeAEA.