Post on 20-Jan-2019
1
Projeto CPFL 2030: "A Energia na Cidade do Futuro"
Workshop “Tendências para a Comercialização de Energia Elétrica”
Bolsas de Energia Paulo Sena Esteves
Campinas 18.Jul.2014
Tendências para a Comercialização de Energia Eléctrica
Bolsas de Energia
1. Genética(s) de um Mercado
2. Missão
3. Aplicações
4. Condições
5. Futuro
2
1. Qual o papel das bolsas de energia na facilitação de um mercado liberalizado?
2. Quais os passos para o desenvolvimento de uma bolsa de energia?
3. Quais os fatores habilitadores necessários para que ela se desenvolva?
4. Qual sua visão sobre a evolução do mercado de energia elétrica até 2030?
Genética(s) de um Mercado 4
Mercados
Organização
Mercado
Mercado
Organização
?
Tradição
Genética(s) de um Mercado 5
Mercados
Organização
Mercado
Mercado
Organização
Abordagem
Orgânica
Abordagem
Laboratorial
Escolas Processualistas
ou Evolucionistas
Escolas clássicas
Abordagem Orgânica 6
3
2 1 Pequeno nº de players
Relações bilaterais são a regra
Maior nº de players
As relações bilaterais ainda são a regra
Mas começam a tornar-se ingeríveis
Grande número de players
Atracção de novos players
Organização como resposta
Emergem novas Organizações (“bolsas”,
supervisores, etc.)
Relações bilaterais e multilaterais
coexistem
Intermediação é formalmente introduzida
Abordagem Orgânica 7
4 A fronteira entre “bolsas” e OTC dilui-se
Globalização e especialização emergem
Aparecem quasi-organizações
Alavancagem de redes – rdes informais
substituem redes formais
Intermediação questionada
Regulação/supervisão tradicionais
ameaçadas
Abordagem “Laboratorial”
• A Tradição já não é o que era …
– Beneficiando das ferramentas e infraestruturas aplicadas nos “modelos perfeitos”,
importam-se os conceitos, numa lógica de engenharia inversa:
• 1º – Implementação
• 2º - Procura
• A ideia base passa por alavancar a eficiência da industria ou sector adoptando
“modelos avançados”.
• Exemplos:
– Bolsas de valores com poucos intervenientes
– Indústrias sem (real) concorrência instalada
8
Abordagem “Laboratorial”
• Vantagens:
– Catalizador
• Perigos:
– Pouca absorção/adopção
– Alvos errados
– Demasiado “avançada” ou complexa
– Não totalmente assumida
– Bloqueio no “meio de nada”
– Incoerências emergem
– Processos pára / arranca
9
“Ambiente
Regulado”
Ambiente
de mercado
Um remédio empregue sem efeitos
secundários controlados
Risco, Retorno e Regulação
• Objectivo: atingir o melhor mix de Value-for-Money
10
Risco
Retorno
Estrutura da Industria
Liberalizada Regulada
Impactos da Regulação
Risco Risco
Retorno
Risco, Retorno e Regulação 11
Concorrência tende a aumentar riqueza global
Condições singulares da electricidade
Oferta e Procura (Concorrência)
Mas não há soluções
perfeitas, sem
inconvenientes
Infraestrutura (Monopólios naturais)
Liberalização para introduzir/aumentar a concorrência
Iniciativas voluntaristas = alto risco
Bem de primeira necessidade
Estrutura competitiva do sector exige
intervenção exógena (equilíbrío entre Oferta e Procura)
“Mercados” inacabados, distorcidos ou ineficientes
Abordagens híbridas geram impactos
USA Regulated vs. Non-Regulated States
Electricity prices 1990-1997-2006 (USD) 12
-5
0
5
10
15
20
25
NY NJ
NH HI
AK CT
CA IL RI
MA
ME
VT
PA
AZ
NM
DE
AR
OH
NC
US MI
KS IA FL
GA
LA
MO
VA
MD
TX
SC
UT
CO
SD
MS IN
MN
WI
AL
OK
ND
NE
DC
WY
WV
NV
KY TN
MT ID
OR
WA
Chg. 97-06
Chg. 90-97
1990 L
1990 R
Source: EIA (Consumer perspective)
USA Regulated vs. Non-Regulated States
Average electricity prices 1990-2006 (base1990=1.0) 13
0.9
1.0
1.1
1.2
1.3
1.4
19
90
19
91
19
92
19
93
19
94
19
95
19
96
19
97
19
98
19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
Liberal.
Regul.
Source: EIA (Consumer perspective)
USA Regulated vs. Non-Regulated States
Average electricity prices 1990-2006 (base1997=1.0) 14
0.8
0.9
1.0
1.1
1.2
1.3
19
90
19
91
19
92
19
93
19
94
19
95
19
96
19
97
19
98
19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
Liberal.
Regul.
Source: EIA (Consumer perspective)
USA Regulated vs. Non-Regulated States
Electricity prices % change (1997-2006) 15
-20%
-10%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
All
All
NV
TX HI
WI
MA FL
CT
WA
OR
MS
AK
AL
MT
TN
KY
OK
DE
DC
WY
CA RI
LA
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NY
GA MI
IA MD
NE
ND
NC
ME
SD
AR UT
VA
OH
NH
NJ
KS
AZ
MO
PA
NM
WV IL
Liberal.
Regul.
Source: EIA (Consumer perspective)
USA Regulated vs. Non-Regulated States
Electricity prices % change (1990-2006) 16
-20%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
140%
All
All HI
NV
TX
MA
CT
DC
OR
WI
ME
WA R
I
MT
AK
VT
NY FL
CA
NH
DE
MS
TN
MD
US
AL
WY
CO MI
OK
SC
MN ID
KY NJ
LA IA
GA IN NE
VA
OH
NC
ND
SD
PA
AR
WV UT
KS
AZ
MO
NM IL
Liberal.
Regul.
Source: EIA (Consumer perspective)
USA Regulated vs. Non-Regulated States
Average electricity prices (1990-2006) 17
6
7
8
9
10
11
12
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
All
Liberal.
Regul.
Source: EIA (Consumer perspective)
Risco, Retorno e Regulação 18
Regulação é essencial
Estável (reduzindo risco regulatório)
Também empregue para alterar
directamente estrutura
competitiva
Não raras vezes a capacidade de intervenção é limitada
Gera novos problemas (eg. capacidade de transporte e escalabilidade)
Actual, clara, transparente
e previsível (ajustada)
Exigidas medidas de alto nível
(eg. Interligações, integrações, M&A)
Gera novos desafios (eg. práticas / harmonização,
diluição de poder, etc.)
< >
Exige-se um desenho global coerente
Liberalização + Regulação 19
Continued deregulation is the proper way to go, to the extent feasible…
Alfred Kahn, “The economics of regulation”, MIT Press, 1988
The central institutional issue of public utility regulation remains finding the best possible
mix of inevitably imperfect regulation and inevitably imperfect competition.
All competition is imperfect; the preferred remedy is to try to diminish the imperfection. Even when highly imperfect, it can often be a valuable
supplement to regulation. But to the extent that it is intolerably imperfect, the only
acceptable alternative is regulation.
And for the inescapable imperfections of regulation, the only available remedy is to try to make it work better.
Missão
• O que precede o quê?
• Boa parte das vezes trata-se
de um processo de “reverse
engineering” em que as
circunstâncias ditam a Função
• Lógica estratégica?
22
Missão Organização ?
Missão
Bolsa:
Uma entidade que cruza interesses (antagónicos) – facilitador de transacções
Uma entidade equidistante mas implicada com os stakeholders
Uma entidade capacitada. com dimensão mínima
Uma rede de distribuição
Uma entidade regulada e supervisionada
Um catalizador (?)
23
Bolsa: cruza interesses… 29
Trading Settlement Clearing
Bolsas, MTFs,
Brokers…
Câmaras de
Compensação Financeiras, Físicas
Sistemas de
Liquidação Financeiros, Físicos
Bolsa: cruza interesses… Enquadramento estratégico no contexto energético
30
Geração Distribuição Comerc. Consumo Transporte
Oferta [Generação]
Procura [Consumo]
Suporte
Técnico
Suporte
Económico Suporte
Físico
Bolsa: equidistante mas implicada…
Modelos organizativos muito distintos
• Nível de regulação comportamental e auto-regulação
• Nível de regulação económico
• Stakeholders
– Potenciais: produtores, comercializadores, consumidores, representantes,
operadores de Sistema (TSO), bancos, brokers e dealers, fundos diversos, etc.
– Accionistas (tipos admitidos, limites à participação, etc.?)
– Membros – classes e condições de acesso
– Capacidade de intermediação / regulação financeira / defesa dos clientes
31
Bolsa: capacitada, com dimensão mínima…
Negócio:
• Especializado
• De custos fixos
– Sistemas de informação
– Know-how
– Exportáveis (sinergias)
– Economias de escala
• Subjacente pequeno
32
Resposta
Máxima
Custo
Mínimo
Solução:
Agregação sustentável de funções (com racionalidade estratégica)
Dimensão natural do Mercado
• Comparação do consumo médio diário de electricidade no Brasil
com o volume médio diário de negociação em acções na BM&F
BOVESPA
• Notas:
– Valores em milhões de reais
– Consumo anual dividido por 255 dia úteis (sessões)
33
7 915
6 9366 596
353
0
1 000
2 000
3 000
4 000
5 000
6 000
7 000
8 000
9 000
Acções1ºSem/2013
Acções2ºSem/2013
Acções1ºSem/2014
Cons.Electricidade
(gross.)Fonte: BM&F Bovespa
Aplicações tradicionais
• Mercados Spot
– Intradiário
• Contínuo
• Leilão
– Diário (day-ahead)
• Mercados a Prazo (futuros, opções, swaps, …)
– Dias
– Semanas
– Fins-de-semana
– Meses
– Trimestres
– Estações
– Anos
– Plurianuais
– Balance-of-…
36
• Cargas tipo
• Modelo de entrega
• Modelo de fracionamento
(cascading)
• Calendário
• (…)
Spot Forward
Bilateral
(OTC)
Multilateral
(regulated)
• Regulated
• Non regulated
Trading • Centralized
• Bilateral Clearing
• Cash
• Physical Delivery
Aplicações menos tradicionais
• Mercado de serviços de sistema
• Serviços balanço
• Entidade emissora de garantias de origem
• Serviços de interruptibilidade
• Gestão de mudança de comercializador (switching)
• Acesso a Infraestruturas
– Interligações electricidade (CfDs, PTRs, FTRs, …)
– Interligações gás natural
– Capacidades gás natural (armazenamentos, regasificação, contrafluxos, descarga
navios, carregamento, …)
– Outras
37
Aplicações menos tradicionais
• Controlo da Concorrência
– VPPs
– GRPs
• Acesso a bens, serviços e direitos (tipicamente regulados)
– Direitos de instalação ou produção
– Compra regulada do activo
– Venda regulada do activo
• Compra e venda maciça do activo
… resposta aos desafios dos novos paradigmas
38
Exportação mecanismos de mercado 39
• Fomenta a descoberta de preço
• Atribui o activo em causa a um preço “justo”
• Atribui o activo aos agentes que mais o valorizam
• Baseado na transparência e equidade no tratamento dos participantes
– Credibilidade dos resultados
• Mecanismos comprovados
• Melhor base de participantes (quantidade e qualidade)
Mecanismo de Atribuição Mercado Primário
Mecanismo de Troca Mercado Secundário
• Maximiza as expectativas de resultado do
leiloeiro (maximiza receita ou minimiza
despesa, consoante o caso)
• Melhor imagem para o leiloeiro
• Tendência generalizada para substituição
de modelos de fixação administrativa ou de
negociação bilateral de preços
Leilão
Leilão
• Processo competitivo
• Baseado num conjunto explícito de regras
• Objectivo: determinar as condições de compra ou de venda de um ou mais
activos pelos participantes, de acordo com as suas licitações
– Quantidade(s) atribuída(s)
– Preço(s)
40
Mercado Produto Negociação Licitação
Leiloeiro Único
• Comprador
• Vendedor
Bilateral
Produto único
• Divisível
• Indivisível
Múltiplas Unidades
Múltiplos Produtos
Aberto/fechado
Simultâneo
Sequencial
Rondas
Apenas Preço
Preço/Quantidade
Preço
Marginal
Pay-as-bid
Quantidade
Leilão / Plataformas Electrónicas 41
• Segurança jurídica
– Transparência acrescida
– Auditoria reforçada
– Litigância reduzida
– Equidade em todos os procedimentos
(igualdade, simultaneidade)
• Posicionamento
– Reconhecimento
– Utilização de standards
• Eficiência
– Processos rápidos e integrados
– Validações automáticas e em tempo real
– Redução de erros
– Instruções simultâneas
– Escalabilidade
• Condições Económicas
– Mais agentes (…)
– Melhores agentes (…)
– Concorrência acrescida (potenciais novos entrantes)
– Melhores ofertas
– (…)
Fonte: OMIP
Condições Necessárias
• Necessidades (!)
– (…)
– Volatilidade (em alguns mercados)
• Regras de formação do preço
– Claras e transparentes
– Sem intervenção externa (exemplos)
– (…)
• Participantes + participação
– Número
– Equilíbrio entre Oferta e Procura
– Qualidade (e.g. brokers, market making)
• Ambiente regulatório
• Auto-regulação
43
0
10
20
30
40
50
60
70
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
OTC ET
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
OTC ET
Crise Enron, TXU,
EL Paso
Mercado espanhol
Volumes anuais transacção a prazo
(TWh)
0
500 000
1 000 000
1 500 000
2 000 000
2 500 000
3 000 000
3 500 000
4 000 000
Nov
.200
5
Dec
.200
5
Jan.
2006
Feb
.200
6
Mar
.200
6
Apr
.200
6
May
.200
6
Jun.
2006
Jul.2
006
Aug
.200
6
Sep
.200
6
Oct
.200
6
Nov
.200
6
Dec
.200
6
Jan.
2007
Feb
.200
7
Um novo paradigma 46
Fonte: INESC Porto
• Tendência para a
atomização
• Uma nova realidade
em toda a cadeia de
valor tradicional:
– Produção grossista
– Transporte
– Distribução
– Consumo
– Regulação
Mercado Grossista: um processo “darwiniano”
• O que mudou?
– O perfil risco/retorno
– Ambiente mais imprevisível, tanto na Procura como na Oferta
– Tecnologias com perfil muito distinto
• Reclamado um novo equilíbrio… (dicotomia preço médio vs. preço marginal)
47
1. Ambiente regulado
(PPA)
2. Ambiente liberalizado
(mercado, preço marginal)
3. Ambiente re-regulado?
(ambiente híbrido? preço médio?)
Cenário de preços médios iguais
• Num cenário em que os preços médios das várias tecnologias sejam iguais,
os resultados obtidos com as duas abordagens são iguais
48
Hidro Nuclear Carvão Gás Hidro Nuclear Carvão Gás
C. Total
C. Fixo
C. Var.
Preços Médios Preços Marginais
€/M
Wh
€/M
Wh
MWh MWh
Margem
Fonte: EDP
Hidro Nuclear Carvão Gás Hidro Nuclear Carvão Gás
Cenário de preços médios distintos
• Num cenário em que os preços médios das várias tecnologias sejam distintos
a tecnologia marginal, com custos mais elevados, gera lucros excepcionais
(windfall profits) nas outras tecnologias
49
C. Total
C. Fixo
C. Var.
Preços Médios Preços Marginais
€/M
Wh
€/M
Wh
MWh MWh
Margem
Lucros excepcionais
indiciam oportunidades de
investimento
Fonte: EDP
Cenário de preços médios distintos
• Num cenário em que os preços da matéria prima de uma tecnologia sejam
muito baixos, gera-se poupança para os consumidores à custa de custos
afundados (stranded costs) nas demais tecnologias
50
C. Total
C. Fixo
C. Var.
Preços Médios Preços Marginais
€/M
Wh
€/M
Wh
MWh MWh
Margem
Hidro Nuclear Carvão Gás Hidro Nuclear Carvão Gás
Custos fixos não cobertos
Fora de
Mercado
Fonte: EDP
PRE-FIT Hidro Nuclear Carvão Gás PRE-FIT Hidro Nuclear Carvão Gás
Cenário de preços com tarifas feed-in
• A introdução de tecnologias com tarifas feed-in tem impactos fortes na
formação do preço marginal
51
C. Total
C. Fixo
C. Var.
Preços Médios Preços Marginais
€/M
Wh
€/M
Wh
MWh MWh
Tarifas feed-in
Conclusões
• O modelo de liberalização do mercado assentou num mecanismo marginalista
– Baixos preços das matérias primas nos anos 90
– Capacidade de financiamento
– Ambiente controlado, com tecnologias:
• grossistas, maduras e/ou limitadas
• Ambiente alterou-se:
– Elevados preços das matérias primas deveriam sinalizar investimentos, mas
surgiram diversas condicionantes (ambientais, opinião pública, etc.) que tornam a
decisão mais arriscada e distorcem resultados
– A introdução maciça de tecnologias renováveis e outra PRE com esquemas de
incentivos próprios
– A necessidade de ter tecnologias de back-up das produções intermitentes
– O mecanismo marginalista, ao ser ajustado instantaneamente, implica volatilidade
nos preços decorrente de variados factores: preços das matérias primas, impactos
da procura, impactos da actividade económica (CO2), alterações tecnológicas,
novas matérias primas, desastres ambientais, decisões políticas
– Mecanismos puros de mercado não dão resposta – necessitam reforço exógeno
52
Decisões nem sempre economicamente óptimas 53
Fonte: Georg Zachmann (Bruegel)
Investimentos:
• Tecnologias potencialmente certas
nos locais errados (solar PV no Norte
da Alemanha)
• Tecnologias erradas nos locais certos
(centrais a carvão na Alemanha)
• Tecnologias certas nos locais errados
(interligação de sistemas semelhantes
e redundantes)
• Insuficientes nas tecnologias certas
nos locais certos (transmissão entre a
Escandinávia / Europa Central e
Espanha / França)
• Duplicação de capacidades nos dois
lados das fronteiras
Se os 25 GW de solar PV alemães tivessem sido instalados na
Grécia, gerar-se-iam mais 1.7 Bn USD de electricidade por ano
Preços Spot (€/MWh)
54
0
10
20
30
40
50
60
70
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
ES
0
10
20
30
40
50
60
70
80
1998_9
1999_3
1999_9
2000_3
2000_9
2001_3
2001_9
2002_3
2002_9
2003_3
2003_9
2004_3
2004_9
2005_3
2005_9
2006_3
2006_9
2007_3
2007_9
2008_3
2008_9
2009_3
2009_9
2010_3
2010_9
2011_3
2011_9
2012_3
2012_9
2013_3
2013_9
2014_3
Mercado espanhol
Preço médio mensal
(1998 – 2014)
Mercado espanhol
Preço médio anual
(1998 – 2014)
-500
0
500
1000
1500
2000
2500
Mercado francês
Preço horário
(2011 – 2014)
-250
-200
-150
-100
-50
0
50
100
Espanha – Preços dos Futuros (Front Year) (spread* face ao spot €/MWh)
55
* Futuro - Spot Fonte: OMIP
-20
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Ju
l-0
6
Ja
n-0
7
Ju
l-0
7
Ja
n-0
8
Ju
l-0
8
Ja
n-0
9
Ju
l-0
9
Ja
n-1
0
Ju
l-1
0
Ja
n-1
1
Ju
l-1
1
Ja
n-1
2
Ju
l-1
2
Y-07
Y-08
Y-09
Y-10
Y-11
Y-12
Y-13
Spot 7d
Conclusões 56
(+) Volatilidade
(+) Risco (percebido)
(+) Taxas
(+) Penalização tecnologias
com CAPEX elevado (rnv., nucl.)
(+) Custos globais (argumento)
(-) Aceitação regulação
(-) Aceitação consumidores
(+) Enfâse nos windfall profits face
aos custos afundados
(+) Contestação académica:
pay-as-bid
Descarbonização da economia exige investimento em tecnologias com:
• Elevado CAPEX, com retorno de longo prazo = grande sensibilidade ao prémio
de risco
• Necessidade de tecnologias despacháveis de back-up, por causa da sua
intermitência ou (in)disponibilidade
Em algumas regiões (Europa):
• Mais integração / interligação
Respostas de mercado num ambiente de descarbonização?
• Actuação sobre os preços
– Cenário actual torna mais premente capacidade de recuperação de custos no curto
prazo (caps elevados), o que gera ondas de choque na opinião pública
– Situação actual torna mais evidente o alargamento de floors a valores negativos
(custos de paragem)
• Necessidade de complementar mecanismos actuais
– Mercados (opcionais) de capacidade ou disponibilidade
• Necessidade de integrar distintas tecnologias
– Modelos mais tradicionais (preço médio / price driven):
• Tarifas feed-in
• Tarifas feed-in indexadas com caps & floors
– Modelos mais recentes (preço marginal / quantity driven):
• CO2
• Certificados verdes
57
Electricity Market Reform (UK)
• Long-term contracts for low-carbon power: Contracts for Difference (CfDs)
• Capacity Market (G, DSR, Stg)
• Institutional Framework (Gov, TSO, OFGEM, CfD Ctp)
Wider Policies:
• Carbon Price Floor (2y)
• Emissions Performance Standard (2045)
• Electricity Demand Reduction
• Power Purchase Agreements (PPAs)*
• Wholesale market liquidity
• Effective transition to EMR mechanisms.
• Transition from the Renewables Obligation
• Final investment decisions during the transition period
• Energy Intensive Industries
EU Target Model integration
58
Fonte: UK Department of Energy & Climate Change
to keep the lights on
to keep energy bills affordable
to decarbonise energy generation
Mercado Retalhista
• Campanhas de sensibilização + liberalização = consumidores mais
informados
• Desintermediação
• TI impactam comportamentos: tempo real, smart metering, wireless, etc.
• Mobilidade eléctrica + armazenamento
• Produção descentralizada / “prossumidores”
60
Fonte: INESC Porto
Bolsa do(no) Futuro
Economia de Mercado questionada?
• Mecanismos de mérito económico continuarão a ser utilizados
Back to basics:
+ Aumento do número de players
+ Players de características muito (mais) diferenciadas
+ Custos de informação (crédito, etc.) acrescidos
+ Necessidade de intermediários idóneos e equidistantes
Necessidade de entidades do “tipo bolsa”, desde que:
• Se reinventem, sendo actores eficazes e eficientes sob o ponto de vista
económico
Bolsas serão (uma) resposta se o seu value-for-money for competitivo
• Por exemplo, custos da regulação não absorvam as vantagens
percepcionadas (regulação não inteligente)
61
Conclusões 62
Produção
Inteligente
Redes
Inteligentes
Consumo
Inteligente
Armazenagem
Inteligente
Regulação
Inteligente
Requerem …
Liberalização + Regulação 63
Continued deregulation is the proper way to go, to the extent feasible…
Alfred Kahn, “The economics of regulation”, MIT Press, 1988
The central institutional issue of public utility regulation remains finding the best possible
mix of inevitably imperfect regulation and inevitably imperfect competition.
All competition is imperfect; the preferred remedy is to try to diminish the imperfection. Even when highly imperfect, it can often be a valuable
supplement to regulation. But to the extent that it is intolerably imperfect, the only
acceptable alternative is regulation.
And for the inescapable imperfections of regulation, the only available remedy is to try to make it work better.
Mercado um barómetro da Regulação?
Mercado Ibérico de Electricidade
Volume negociado a prazo (Volumes OTC - MWh)
64
0
500 000
1 000 000
1 500 000
2 000 000
2 500 000
3 000 000
3 500 000
4 000 000
Nov
.200
5
Dec
.200
5
Jan.
2006
Feb
.200
6
Mar
.200
6
Apr
.200
6
May
.200
6
Jun.
2006
Jul.2
006
Aug
.200
6
Sep
.200
6
Oct
.200
6
Nov
.200
6
Dec
.200
6
Jan.
2007
Feb
.200
7
RD 3/2006 Colapso
preço CO2
Instabilidade
preço spot
0
50
100
150
200
250
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
*