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DOCUMENTO CURRICULAR REFERENCIAL DO CEARÁ
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Ficha catalográfica-Documento curricular referencial do Ceará.
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)_____________________________________________________________________________________________________________
C387d Ceará. Secretária da Educação do Estado do Ceará. Documento Curricular Referencial do Ceará: educação infantil e ensino fundamental / Secretária da Educação do Estado do Ceará. - Fortaleza: SEDUC, 2019.
1000p. il.
ISBN 978-85-8171-249-9
1. Educação-Políticas educaionais. I. Oliveira, Ana Gardennya Linard Sírio. II. Título.
CDU 37.014______________________________________________________________________________________________________________
Índice para catálogos sistemáticos1- Educação – Políticas – Públicas: 37:332.14
978-85-8171-249-9
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Governador do Estado do CearáCamilo Sobreira de Santana
Vice-Governadora do Estado do CearáMaria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretária de Educação do Estado do CearáEliana Nunes Estrela
Secretária Executiva de Gestão da Rede EscolarJussara Luna Batista
Secretário Executivo de Ensino Médio e da Educação ProfissionalRogers Vasconcelos Mendes
Secretário Executivo de Cooperação com os MunicípiosMárcio Pereira de Brito
Coordenadora de Educação e Promoção Social (COEPS)Maria Oderlânia Torquato Leite
Coordenadora de Cooperação com os Municípios para Desenvolvimento da Aprendizagem na Idade Certa (COPEM)Ana Gardennya Linard Sírio Oliveira
Presidente da Undime CearáLuiza Aurélia Costa dos Santos Teixeira
Comissão Estadual de Implementação da Base Nacional Comum Curricular (2018)Rogers Vasconcelos Mendes - Secretário da Educação do Ceará
José Marques Aurélio de Souza- Presidente da UNDIME-CE
Gadyel Gonçalves de Aguiar Paula - Presidente da APRECE-CE
José Linhares Ponte - Presidente do Conselho Estadual de Educação do Ceará
Airton de Almeida Oliveira - Presidente do SINEPE-CE
Francisca Francineide de Pinho - Coordenadora Estadual da UNCME-CE
Silvia Helena Vieira Cruz - Representante do Fórum de Educação Infantil
Francisca de Assis Viana Moreira - Representan-te do Fórum Estadual de Educação
Maria Isabel Figueiras Lima Ciasca - Represen-tante da Universidade Federal do Ceará
Rodrigo Lacerda Carvalho - Representante da Universidade Federal do Cariri
Ana Cláudia Uchôa Araujo, - Representante do Instituto Federal do Ceará
Francisco Egberto de Melo - Representante da Universidade Regional do Cariri
Tania Maria Rodrigues Lopes- Representante da Universidade Estadual do Ceará
COMITÊ EXECUTIVO
I – Rogers Vasconcelos Mendes- Secretário da Educação do Ceará
II – Francisco Elicio Cavalcante Abreu - Vice-Pre-sidente da UNDIME-CE
III – Márcio Pereira de Brito - Coordenador da Coordenadoria de Cooperação com os Munici-pios - COPEM/SEDUC
IV – Nohemy Rezende Ibanez - Representante do Conselho Estadual de Educação do Ceará
Assessoria Especial de Currículo (Coordenadoria de Cooperação com os Municipios)Maria Benildes Uchoa de Araujo (Educação Infantil)
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Idelson de Almeida Paiva Júnior (Ensino Fundamental – Anos Iniciais)
Ana Gardennya L. S. Oliveira (Ensino Fundamental – Anos Finais)
COORDENAÇÃO ESTADUAL DE
IMPLEMENTAÇÃO DO DOCUMENTO
CURRICULAR REFERENCIAL DO CEARÁ
EQUIPE DE GESTÃO
Coordenadoras Estaduais de ElaboraçãoBetânia Maria Gomes Raquel (SEDUC)Lucidalva Pereira Bacelar (Undime)
Coordenadora Estadual de ImplementaçãoAna Gardennya Linard Sírio Oliveira (SEDUC)Lucidalva Pereira Bacelar (UNDIME)
Articulador de Regime de Colaboração Hermano Heleno Soares Beviláqua (Undime)
Analista de GestãoEsther Madeleine Leblanc
EQUIPE DE CURRÍCULO
Coordenadores(as) de EtapaMariana de Oliveira França Soares(Educação Infantil)Maria Socorro Bezerra Leal(Ensino Fundamental – anos iniciais)Nilson de Souza Cardoso (Ensino Fundamental – anos finais)
Redatores(as)
Texto IntrodutórioLindalva Pereira Carmo
Educação Infantil
Iêda Maria Maia PiresSimone Domingos CalandrineWandelcy Peres Pinto
Ensino Fundamental
ArteFrancisca Lúcia de Jesus BernardinoGenivaldo Macário de Castro
Educação FísicaAdriano César Carneiro LoureiroKessiane Fernandes NascimentoPaula Matias Soares
Língua Portuguesa Eulália Vera Lúcia Fraga LeurquinMônica de Souza SerafimRenata Sorah de Sousa e Silva Rodrigues
Língua InglesaKarina Pontes AndradeSandra Maria Oliveira dos Santos
GeografiaIvan Bezerra Quevedo FilhoLuiz Raphael Teixeira da Silva
HistóriaGustava Bezerril CavalcanteValesca Gomes Rios
CiênciasAna Paula Pequeno MatosJaqueline Rabelo de LimaLaricy Souza Alves Rodrigues
MatemáticaDenylson da Silva Prado RibeiroJuscileide Braga de CastroLuzia de Queiroz Hippolyto
ConsultorasLindalva Pereira Carmo (Texto Introdutório)Marisa Vasconcelos Ferreira (Educação Infantil)
Colaboradores(as) Texto Introdutório Amália Simonetti (UFC)Caniggia Carneiro Pereira (SEDUC)
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Daniel Vasconcelos Rocha (SEDUC)Francisca Geny Lustosa (UFC)Paulo César Oliveira Andrade (Plataforma Edu-cação Marco Zero)
Temas Integradores: Abordagem TransversalAlessandra Silva Xavier (UECE)Paula de Carvalho Ferreira (SEDUC)Caio Anderson Feitosa Carlos (CDVHS)Carlos Roberto Cals de Melo Neto (TDH)Carolina Rocha de Oliveira (TDH)Cida Medeiros (Pesquisadora de Estudos da)Fabiana Vasconcelos (Instituto Dimicuida)Francisco Sueudo Rodrigues (SME Fortaleza)Geny Lúcia Salgueiro Segundo (SME Fortaleza)Heric Zednik Rodrigues (SME Fortaleza)Germania Kelly Ferreira de Medeiros (SEDUC) João Aldenir Vieira da Silva (SEDUC)Francisca Claudeane Matos Alves (SEDUC)Maria da Conceição Nunes (CEDCA)Paula de Carvalho Ferreira (SEDUC)Priscila Carvalho Holanda (SEDUC)Selma Bessa Sales (SME Fortaleza) Tom Jones da Silva Carneiro (SEDUC)Ana Cecília dos Reis (Plataforma Educação Marco Zero)Antonia Mendes de Araújo (Plataforma Educação Marco Zero)Daniella Alencar Matias (Plataforma Educação Marco Zero)Viviane Brás dos Santos (Plataforma Educação Marco Zero)
Modalidades de EnsinoGêwada Weyne Linhares (SEDUC)Liliana Castor Farias (SEDUC)Maria Bernardete Alves Feitosa (SEDUC)Nohemy Rezende Ibanêz (SEDUC)Silvana Teófilo Machado (SEDUC)
Educação InfantilAntônia de Maria Linhares Araújo(SME - Fortaleza)Ana Cristina Chaves Carvalho (SME - Fortaleza)Ana Paula dos Santos Alves Simões(SME - Fortaleza)Ana Paula Azevedo Furtado (SME - Fortaleza)
Izabel Maciel M. Lima (SME-Fortaleza)Janice Débora de Alencar Batista Araújo(SME - Fortaleza)Joana Diógenes Saldanha Irineu(SME - Fortaleza)Luiza Hermínia de Assis Brilhante (SME - Fortaleza)Marcelle Arruda Cabral Costa(UFC/NDC)Fátima Maria Araujo Saboia (UFC/NDC)Rayane Maria Laurentino Silva(SME - Fortaleza)Rebeka Rodrigues Alves da Costa(SME - Fortaleza)Renata Facó de S. Castro (SME - Fortaleza)Solange Maria Santos Castro(SME - Fortaleza)
ENSINO FUNDAMENTAL
Área de Linguagens
ArteDaniel do Nascimento Sombra (SME Caucaia)Emyle Pompeu de Barros Daltro (UFC)Leonardo de Sousa Silva (SME Pacatuba)Natália Stephanie Tabosa Almada (SME Fortaleza)Thaís Gonçalves Rodrigues da Silva (UFC)
Educação FísicaAline Lima Torres (SME Fortaleza)Antônio de Pádua Muniz Soares (SEDUC)Antonio Freitas Araújo (SME Maranguape) Antônio Nonázio Holanda de Moura (SME Maranguape)Antônio Ricardo Catunda de Oliveira (UECE)Dirlene Almeida Ferreira (SME Maracanaú)Elainny Patrícia Lima Barros (SME Fortaleza)Heraldo Simões Ferreira (UECE)João Ananias de Sousa Marques (SEDUC)Joaquim Alves Neto (UVA) Kleriston Linhares Teixeira (UECE)Kristiane Mesquita Barros Franchi (UECE)Mabelle Maia Mota (SEDUC)
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Língua Portuguesa Ana Angélica Lima Gondim (UEPI) Antônio Luan Ferreira Taveira (SEDUC)Adriana Duarte dos Santos Moreira (SME Fortaleza)Claudenia Lemos (SEDUC)Elaine Moraes (SEDUC) Larissa Maria Ferreira da Silva Rodrigues (UFPI)Maria Cilvia Queiroz (Consultora PAIC)Meire Celedonio da Silva (IFRN) Sergiana Cortez de Abreu (SEDUC) Késia Suyanne Pinheiro Lima (SME Fortaleza)
Área Ciências Humanas
Geografia Homero Henrique de Souza (SEDUC)Luzilânia Siqueira Oliveira Facundo (Rede Pública Estadual de Ensino) Michelle Alves de Albuquerque (Rede Pública Estadual de Ensino)
HistóriaAna Carla Sabino Fernandes (UFC)
Área de Ciências da Natureza Ciências Ernani Pereira Duarte (SME Fortaleza)Aécio de Oliveira Maia (SEDUC)
Área de Matemática
MatemáticaJeanne D’Arc de Oliveira Passos (UECE)
Área de Ensino Religioso
Ensino ReligiosoAndrea Paula Araujo Sabino (SME Fortaleza)Antonio Bastos dos Santos Neto (SME Fortaleza)Espedita Maria Alves Ferreira (SME Fortaleza)Ivna Daciene de Sá Barreto Turczinski (SME Fortaleza)Magno Ferreira de Melo Júnior (SME Fortaleza)Marcelo Rangel Pinheiro (SEDUC)
Maria da Conceição Sales da Costa (SME Fortaleza)Mário Barbosa Oliveira (SME Fortaleza)Luiz Raphael Teixeira da Silva (Rede Pública Estadual de Ensino)
LEITORES(AS) CRÍTICOS(AS)
Texto IntrodutórioAlanna Oliveira Pereira Carvalho (IFCE)Robert Lassance Carvalho Braga (INEP)Rosendo Freitas de Amorim (SEDUC)
Educação InfantilMaria de Lourdes Carvalho Nunes Fernandes (UECE)Sandra Schramm (UECE)
Ensino Fundamental
Área de Linguagens
ArteDenise Vendrami Parra (UFC)José Maximiano Arruda Ximenes de Lima (IFCE)Liu Man Ying (UFC)Tharyn Stazak de Freitas (UFC)
Educação FísicaArliene Stephanie Menezes Pereira (IFCE)Raphaell Moreira Martins (IFCE)
Língua InglesaMaria do Carmo Xavier (British Council)Pâmela Freitas Pereira Toassi (UFC)
Língua PortuguesaCamila Maria Marques Peixoto (UNILAB)Jaqueline Barbosa Peixoto(UNICAMP)Joaquim Dolz (Université de Genève)
Área Ciências Humanas
GeografiaChristian Dennys Monteiro de Oliveira (UFC)
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Fabrício Américo Ribeiro (IFCE)HistóriaAna Carla Sabino Fernandes (UFC)Ana Karine Martins Garcia (UFC)Leandro Santos Bulhões de Jesus (UFC)
Área de Ciências da Natureza
Ciências Alanna Oliveira Pereira Carvalho (IFCE)Mário Cézar Amorim de Oliveira (UECE)Celli Rodrigues Muniz (IFCE)Marcos Antonio Araujo Silva (UFC)Carlos Alberto Santos de Almeida (UFC)Afrânio de Araujo Coelho (UFC)Nildo Loiola Dias (UFC)Érika Freitas Mota (UFC)Nágila Rabelo de Lima (UFC)
Área de Matemática
MatemáticaJorge Herbert Soares de Lira (UFC)Robert Lassance Carvalho Braga (INEP)
Área de Ensino Religioso
Ensino ReligiosoErinaldo Pedro da SIlva (SME Fortaleza)Paulo Agostinho Nogueira Baptista (PUC Minas)Gisele do Prado Siqueira (PUC Minas)
COMISSÕES REGIONAIS DE
IMPLEMENTAÇÃO DA BASE NACIONAL
COMUM CURRICULAR
CREDE 1Airton Jarde Oliveira da SilvaAna Paula Lima MendesElenir Lima de OliveiraFrancisco Ricardo Lopes da SilvaJosélia Almeida Lopes de SousaJosé Tanilzo Sá JuniorMaria Agnalda Costa CasteloMaria Angélica Sales da SilvaMaria Aparecida Pacobayba RaposoMaria Luzivany Euzébio Freire
Marian Costa CavalcanteMaíra Moreira PrudêncioRafaela Moreira de MeloSíntia Síria Soares Vieira
CREDE 2Ana Patrícia CarneiroAngelúcia Cardoso de AbreuAuricélio dos Santos FeitosaClaudiane de Paula MendonçaFrancisca Helena Freitas Teodósio MaiaFrancisco Alberyvan SilvaFrancisco Rafael Mota de SousaJosué Rodrigues da SilvaMarcos Antônio Farias DuarteMaria Conceição de AraújoMaria das Graças de SousaMaria Erbene Gomes SantosMaria Estrela Alves CoelhoMaria Sandra Castro da SilvaRenata Gomes AraújoRosângela Barroso de Oliveira BrunoRégia Sumaya de Sousa Acácio GomesSocorro Maria Rodrigues Gomes
CREDE 3Edna Maria de AraújoKlênia Maria de Souza RochaKátia Regina Carvalho da Cruz OliveiraLeila Maria RodriguesLidiane da Silva Rogério MotaMaria Aládia Brandão Silveira GuilhermeMaria Raquel Silveira AdrianoMaria Vera VasconcelosRaimunda Nonata Muniz SilveiraRita Morais de Vasconcelos
CREDE 4Ana Hélita Ferreira JuliãoAntônia Janine C.G. de OliveiraFabiana Brito da SilvaFrancisca Maria Barros Idelfonso Brasil Júlia Lúcia de Araújo Maria da Conceição de SousaMaria Graziela Barbosa FonteneleMaria Vanda Pereira dos SantosRaimunda Ferreira Lima Rocha
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CREDE 5
Ana Edinéia Oliveira Araújo FontenelleAna Flavia Moreira de Melo LimaAna Monica Ximenes de Aguiar SilvaAntônia Edilange Vieira BezerraFrancisco Cledson Araújo SampaioGlaucineide Marques TomazLucia Vania Negreiros PontesMaria da Conceição de AraujoMaria Gorete de SousaMaria Rosani Soares do NascimentoMaricelia Damasceno Rocha ParenteRégis Brito Ribeiro
CREDE 6Alexandra Braga de SousaAna Silvania GomesAntônia Rosângela Freitas AraújoConceição Maria Oliveira FerreiraCátia Alântaras de PauloEdna lucia LimaFlorência Átilla Pires LopesFrancicsa Eunie Nascimento ElmiroJefferson dos Santos CostaJoaquim Severiano SilvaJosé Maria RochaJucilene Paiva DiasKarla Soraya de Almeida SousaLuciana Costa Araújo FreireLudmila Albuquerque RobeiroMaria do Socorro AraújoMaria Eliane Maciel AlbuquerqueRosangela MendonçaRoseline Cristina Damasceno PonteRosevane Carvalho da SilvaSolange Maria Rodrigues FreireSolange Pereira De AraújoVilma Rodrigues Lira de Souza
CREDE 7Ana Nicolle Lima de Vasconcelos GomesEdvângela Sousa OliveiraEliene Brito da CunhaGilzana Barroso UchoaLorena Oliveira SilveiraLuciana Alexandre da Silva FernandesMaria Claudia Ferreira Vasconcelos
Maria Verbena Martins PereiraRomário Olegário Oliveira Martins
CREDE 8Aglay Assis Ferreira de MouraCarlos Antonio dos Santos LimaFrancisco Idelfonso Pereira da SilvaLeyla Jales Leite FerreiraLucileide Gomes de AndradeMarcia Aurelia Julião MonteiroMaria Delvania Alves dos SantosMaria Edineide Silvino RodriguesMaria Erislene Almeida da MataMaria Rosivane da Silva MacedoMarliene Soares de SousaMonica Pinto de AbreuRebeca Alves MedinaRoselia Magalhães Ribeiro de FreitasTaiana dos Santos MonteiroVera Lúcia Alves Costa
CREDE 9Ana Gisele Ricardo GuedesDanielle de Souza Lima CarvalhoElizângela dos Santos Carlos BarbosaFrancisca de Assis Viana MoreiraFrancisco Aurélio Ramos da SilvaMaria das Graças Santiago de SousaMaria de Lourdes HolandaRafael Carvalho do ValeTarcila Barboza Oliveira
CREDE 10Adaulênia Magalhães de LimaAna Jaira de Araújo FreitasBrena Kezy da Silva Maia DiasDébora Aldyane Barbosa CarvalhoFrancisca Danielle Barbosa FreireIrla Nayara Targino GuerreiroIzaura Maria Freire da SilvaJacinta Lúcia Nogueira MeloJosé de Fátima Lima ChagasMaria Neumaly Cavalcante de Almeida RaulinoMaria Suerda Queiroz MouraMonalisa de Paula ChavesRosimeire Rebouças da SilvaSilvana Xavier Santiago de Lima
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Silvia Helena Gomes SilvaTanisa Morgado do Nascimento
CREDE 11Ana Paula de SousaAntonio Glerton Barreto PinheiroJessé Dantas de LimaJorge Nogueira de FreitasLuciana Peixoto de FreitasMaria Aída Vaz dos SantosMaria Sandra de Sena AlvesResse Claudia Alves de AlmeidaVânia Maria Pinheiro BezerraZenóbia da Silva Maia Fernandes
CREDE 12Antônio Edilberto Sousa do NascimentoCatarina Inês de AlmeidaDirce Maria Marques De MatosFrancinara Maíra de Brito LopesJanaína Silveira De SousaJuliana Nara Cavalcante SantosLeidinara de Oliveira FreitasLuiza Maria Bezerra HolandaRogério Barreira PinheiroRosilene Ferreira SousaRosângela Maria Oliveira Diniz Costa
CREDE 13Antonia Rejani de Araújo MarquesAntonia Rodrigues da SilvaFrancisca Eliêda de CarvalhoFrancisco Alcion VieiraFrancisco de Souza Arnaud JuniorHelia Marta Lima AraújoKatiana Gomes FerreiraLeonardo Paulo De SousaLindaleia Aires EvangelistaMargarida Maria de Sousa PaixãoMaria Do Socorro AraújoMaria Eliziana de Sousa SilvaMarly Leonardo de SousaNazira Vieira LimaRosimary Gomes da Silva
CREDE 14Ana Cláudia Moreira
Édson Alves de LimaIzabel Lemos de SouzaJoana Esmeralda PinheiroMaria de Fátima Fernandes BarbosaMaria Marilene Oliveira M FigueiredoMaria Reginalda da SilvaRuth Maria PinheiroVanda Lima de LucenaYres Stella Macedo Vieira
CREDE 15Alyson Filipe Freitas TorquatoJosé Wilton Gonçalves MartinsKercivânia Furtado BezerraMaria Lúcia Monteiro CavalcanteMaria Rosana TeixeiraMarlicia Fernandes de OliveiraValdira Vieira de MouraValzuleide Bezerra dos Santos Lima
CREDE 16Antonia Aglaí de MeloAntonia Aurinete GomesCarlos Eduardo Macedo BrasilEdna Maria de Lima SarmentoJucirene Ana Araújo da SilvaMaria Cristieny RodriguesMaria José da Silva GomesMaria Lopes DuarteMárcia Maria Gomes Rodrigues CavalcanteTamires Maria da Silva Pinheiro
CREDE 17Cícero Alves da SilvaElaine Cristina César MacenaFrancisca Francileuda Pereira Maia LimaFrancisco Wellington Lemos LimaGlaudistônia Chaves dos Santos MoreiraHeriberto Menezes de MoraisMaria Aparecida Gomes MoreiraMaria Auxiliadora de SalesMaria Suellen Juca da SilvaThiálita Gomes Rufino
CREDE 18Ana Fábia Pereira BarbosaAntonia Eridiana Alves Martins de Oliveira
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Antônia Cleonide de Oliveira CastroElisa Juniana Delmondes de SousaFrancisca Tatiane Dino NoronhaIsaías Vieira de MoraisLuciana Ribeiro RodriguesMaria Auristela Silva RibeiroMaria Girlene de Souza SilvaMaria Isabel Canuto Gonçalves da Silva ArraesMaria Lizier Ferreira CaldasMariana Rodrigues PereiraMarta Régia Frutuozo Alcântara AlencarMatilde Gomes CavalcanteRoberci Vânia de OliveiraSamara Alves de OliveiraWaleska Maria Rodrigues de Alencar
CREDE 19Denise Pedroso de MoraisFrancisca Pereira Fonseca CruzGisélia Pereira OliveiraJezumira Ribeiro Dias ClementinoJosefa Tavares de Luna PinhoMaria de Fátima AquinoSocorro José de SouzaTerezinha Maria de Melo NunesVanderson da Costa Sabino
CREDE 20Ana Maria Saraiva CalixtoAurileide Soares DantasCicera Argemira de FigueiredoCirene Maria EsmeraldoCreusa Oliveira Leite MilcharekDezângela Aguiar MoreiraFrancisca Liliane dos SantosFrancisco Jucélio dos SantosMaria Nilde Dantas Moreira RodriguesMaria Sheila Alves de CaldasNice Albuquerque AlvesSoraia Maria Nogueira de SáVeridiana Monteiro Pinheiro
SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
QUE ASSINARAM O TERMO DE
COLABORAÇÃO PARA CONSTRUÇÃO DO
DCRC
Município de AbaiaraInês Moreira de Sousa
Município de AcarapeMaria Celina G. Carlos Monteiro Município de AcopiaraRobson Alves de Almeida Diniz Município de AiuabaFrancisco Eduardo Feitosa de Brito
Município de AlcântarasCharlyne Cunha Freire
Município de Altaneira Leocádia Rodrigues Soares
Município de Alto SantoAlessio Costa Lima
Município de AmontadaFrancisca Leurismar A. Caranha
Município de Antonina do NorteJoana Braga Arrais Sousa
Município de ApuiarésDaniela Angela Freire e Silva Gomes Município de Aquiraz Lúcia Maria Beserra Veras
Município de AracatiMaria Theresa Costa Zaranza
Município de AracoiabaFrance Marie Fernandes de Melo
unicípio de ArarendáFrancisco Alécio Bezerra Almeida
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Município de AraripeFrancisco Nelson Duarte
Município de AratubaShirlene Maria Leitão Botelho Município de ArneirozAnderson Luiz Fernandes da Silva Município de AssaréMaria Eldevanha de Souza dos Santos Município de Aurora Maria Rozelange de Macedo
Município de BaixioAna Paula Ferreira de F. Quaresma
Município de CascavelFrancisco Fábio Pereira Oliveira
Município de Catarina Aurileide Carvalho Feitosa Cavalcante
Município de CatundaRondinele Rodrigues de Oliveira Município de Caucaia Lindomar da Silva Soares
Município de CedroFrancisca Esmeraldina Bezerra
Município de ChavalFrancisco Fábio Ferreira da Costa Município de ChoróPedro Paulo Vidal de Queiroz Município de ChorozinhoCélia Marinho Albano
Município de CoreaúFrancisco Arcelino da Silva Batalha
Município de CrateúsLuiza Aurélia Costa dos Santos Teixeira
Município de CratoMaria Cirene Alencar Brasil Pereira Município de CroatáClara Alves Martins
Município de CruzRaimundo Otávio da Mota Município de Deputado Irapuan PinheiroAmadeu Érico Alves Braga
Município de ErerêJailson Oliveira Silva
Município de EusébioMaria Goretti Martins Frota
Município de Farias BritoCicero Duarte de Menezes
Município de Forquilha Mirterdan Dias Loiola
Município de FortalezaAntonia Dalila Saldanha de Freitas
Município de FortimIvoneide de Araujo Rodrigues Município de FrecheirinhaEdilene Maria de Aquino Sousa Município de General SampaioAna Gláucia Vaz Mendes
Município de GraçaMaria Ingred Silva
Município de GranjaTatiana Dias de Oliveira Saldanha
Município de GranjeiroCicero Felipe Subrinho
Município de GroaírasFrancisca Hianice Maciel Vasconcelos
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Município de GuaiúbaSilvia Helena Maia de Lima Município de Guaraciaba do NorteAntonio Ernani A. Teles Gomes Município de GuaramirangaMateus Magalhães Rodrigues dos Reis Município de HidrolândiaTarciso Rodrigues Martins
Município de HorizonteReginaldo Cavalcante Domingo
Município de IbaretamaJane Wladia L. de Paula
Município de IbiapinaCláudia Rodrigues Gomes
Município de IbicuitingaTaiza Cristiele da Costa Gomes
Município de IcapuíDiumberto de Freitas Cruz Município de IcóAurineide Amaro de Sousa Município de IguatuElizângela Gomes Medeiros
Município de IndependênciaFrancisca Francirlurdes Vieira Município de IpaporangaDeusimar Alves da Hora Município de IpaumirimJosé Edgler Ferreira Município de IpuTerezinha Rufino Moreira Mororó
Município de IpueirasAntonio Alves Neto
Município de IracemaSandrileuza Maria Martins Freitas Município de IrauçubaTânia Maria Fontenelle Alves
Município de Itaiçaba Marcília Galdino
Município de ItaitingaFrancisco Roberto da Silva Município de ItapajéVilemar Braga Marinho
Município de ItapiúnaFrancisco Arnaldo Araujo Batista
Município de ItapipocaPaulo Henrique Rosa Barroso
Município de Itarema Francisca Neuza da Cunha Martinez
Município de ItatiraMaria Luciana Nunes Nascimento
Município de JaguaretamaJosé Jorge Rodrigues de Oliveira Município de JaguaribaraJoão Paulo Fernandes Leite Município de JaguaribeMaria Aparecida Lima de Assis
Município de JaguaruanaAgostinho Mauro Junior
Município de JardimInês Sampaio Neves Aires
Município de JatiMaria das Graças dos Santos
Município de Jijoca de JericoacoaraCidnei Vasconcelos
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Município de MombaçaDellmo Kaleb Sindeaux Torres
Município de Monsenhor TabosaJoaquim de Sousa Madeiro Município de Morada NovaRogério Alves da Silva Município de MoraújoFrancisco Gervá de Carvalho Município de MorrinhosFrancisco Elício Cavalcante Abreu
Município de MucamboEdneide Rodrigues Rocha
Município de MulunguMichel Platiny Gomes Martins
Município de Nova OlindaAna Célia Matos da Silva Peixoto
Município de Nova RussasFrancisco Antônio Rosa
Município de Novo OrienteSimone de Macedo Magalhães Moura Município de OcaraPaulo José Freitas de Oliveira Município de OrósMaria Helma Guedes Araujo Município de PacajusJosé Darlan Cosmo de Oliveira Município de PacatubaMaria Eliane da Penha Almeida
Município de PacotiLuisa de Marillac do N. Alves
Município de PacujáPaulo Lopes Fernandes
Município de Juazeiro do Norte Maria Loureto de Lima
Município de JucásJosé Marques Aurélio de Souza
Município de Lavras da MangabeiraAntonia Vilalva Martins Macêdo
Município de Limoeiro do NorteMaria de Fátima Holanda dos Santos Silva Município de MadalenaAntonio Ribeiro Barros
Município de MaracanaúJosé Marcelo Farias Lima
Município de MaranguapeCícera Rejane de Sousa Batista
Município de Marco Maria Edineila Silveira
Município de MartinópoleMaria de Jesus Martins Silva Município de MassapêMaria da Penha de Farias Município de MauritiJosé Orlando Ferreira Furtado
Município de MeruocaMaria Aurimar do Nascimento Soares Município de MilagresFrancisca Glaucineide S. Gonzaga Município de MilhãSheila Pinheiro Lima Município de MiraímaFrancisco Cicero Albuquerque Araujo
Município de Missão VelhaAmélia Maria Macêdo Luna Linard
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Município de PalhanoAntônio Francisco Fernandes dos Santos Município de PalmáciaMaria Iolanda Campos Olinda
Município de ParacuruDalma Maria de A. S. Ramos
Município de ParaipabaMaria Vanderli C. Damasceno Município de Parambu Antonia Keyla Gomes Torquato
Município de ParamotiLauriza Maria Alves Santos
Município de Pedra BrancaJosé Renê Felipe de Araújo
Município de PenaforteMaria das Graças Pereira Matias Município de PentecosteJosé Régis Quintela Gomes
Município de PereiroAlcides Leite da Silva Neto
Município de PindoretamaSilvia Helena Cezário Araújo
Município de Piquet CarneiroNeila Maria Vitoriano de Sousa
Município de Pires FerreiraRosa Ferreira Matias Macedo
Município de PorangaFrancisco Antonio Chaves Portela Município de PorteirasEliana Alberto de Figueiredo Alves
Município de PotengiHildefran Alencar Jurumenha Ribeiro
Município de PotiretamaLilian Viana Dantas Granja Município de QuiterianópolisPedro Alves Neto
Município de QuixadáJosênia França Município de QuixelôVlaudemir Alves Ribeiro Município de QuixeramobimFernando Ronny de Freitas Oliveira
Município de QuixeréMiécio de Lima Almeida
Município de RedençãoAna Célia Diogenes Soares Lima
Município de Reriutaba José Aguiar Neto
Município de RussasAna Maria de Lima
Município de SaboeiroJane Alves de Brito Pereira
Município de SalitreAntonia Claudia Alencar de Lavôr Município de Santa QuitériaSandra Silva de Araújo Município de Santana do AcaraúMaria Requixélia de Maria
Município de Santana do CaririFrancisca Gerllanny Freire da Cruz
Município de São BeneditoLúcia de Fátima Gonçalves de Paula
Município de São João do JaguaribeIzaura Maria Freire da silva
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Município de São Gonçalo do AmaranteMarineide Clementino Braga
Município de São Luís do CuruGildasio Carauba de Sousa Santos Município de Senador PompeuJosé Célio Pinheiro Município Senador SáEmmanoel Fernandes de Almeida Soares Município de Sobral Francisco Herbert Lima Vasconcelos
Município de SolonópoleMaria Gorette Pinto P. de Souza
Município de Tabuleiro do NorteRonaldo Guimarães Malveira
Município de TamborilJarder Cedro Nascimento
Município de Tarrafas Francisca Hildete Rodrigues Município de TauáSandra Margarete Oliveira Castro
Município de TejuçuocaFrancisco Carlos Silva de Sousa Município de TianguáJayne de Maria S. de Aguiar
Município de TrairiGleicivânia Pires Magalhães
Município de TururuMaria Zilfa Carneiro Hurbano Alves
Município de UbajaraJanicélio Moita de Aguiar
Município de UmariRobson Miguel da Silva
Município de UmirimDidier Dantas Cavalcante Município de UruburetamaKátia Malena Sampaio Campelo
Município de UruocaPaulo Ricardo Souza da Silva Município de Várzea AlegreAntonio Fernandes de Lima Município de Viçosa do Ceará José Luciano Alexandre Mende
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. 18
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 19
PARTE I | 1 - CONTEXTO ESTADUAL, HISTÓRICO, MARCOS LEGAIS E PRINCÍPIOS ...............29
1.1 Contexto Estadual: foco no Ceará do Conhecimento .......................................................... 301.2 Currículo Escolar no Ceará. ..................................................................................................... 321.3 Currículo: Abrangência Estadual? .......................................................................................... 341.4 Marcos Legais ........................................................................................................................... 351.5 Princípios Norteadores. .......................................................................................................... 37
Éticos, Políticos, Estéticos ...................................................................................................... 38Equidade. ................................................................................................................................. 38Inclusão .................................................................................................................................... 39Educação Integral .................................................................................................................. 40Foco no desenvolvimento de competências. ..................................................................... 41Contextualização ................................................................................................................... 41Interdisciplinaridade .............................................................................................................. 42Protagonismo Infantojuvenil ................................................................................................ 42Articulação escola/família/comunidade .............................................................................. 43
PARTE II | 2 - PRESSUPOSTOS TEÓRICOS, EPISTEMOLÓGICOS E POLÍTICOS. ...............................47
2.1 Fundamentação Pedagógica .......................................................................................................482.2 Competências, Habilidades e Operações Cognitivas................................................................492.3 Concepções ....................................................................................................................................512.4 Competências Gerais ....................................................................................................................602.5 Formação do(a) Professor(a) .......................................................................................................712.6 Modalidades de Ensino integrantes da Educação Infantil e do Ensino Fundamental ........722.7 Articulação Curricular entre etapas da Educação .....................................................................782.8 O Planejamento e a Avaliação Educacional ...............................................................................80
PARTE III | 3 - TEMAS INTEGRADORES: ABORDAGEM TRANSVERSAL. ......................................83
3.1 Educação em Direitos Humanos. ........................................................................................... 843.2 Direitos das Crianças e dos Adolescentes ............................................................................. 853.3 Educação para a Paz ................................................................................................................ 863.4 Educação em Saúde e Cuidados Emocionais ........................................................................ 883.5 Educação Alimentar e Nutricional ......................................................................................... 893.6 Educação Ambiental ................................................................................................................ 913.7 Educação para o Trânsito. ....................................................................................................... 923.8 Educação Patrimonial .............................................................................................................. 943.9 Educação Financeira ................................................................................................................ 943.10 Educação Fiscal e Cidadania ................................................................................................. 95
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3.11 Educação das Relações Étnico-Raciais ................................................................................. 973.12 Relações de Gênero ............................................................................................................... 993.13 Cultura Digital ........................................................................................................................ 1013.14 Educação Territorial ............................................................................................................... 103 3.15 Educação para o envelhecimento, respeito e valorização das pessoas idosas ................ 104
PARTE IV | 4 - ETAPAS DE ENSINO .............................................................................................................................109
4.1 Etapa da Educação Infantil...................................................................................................... 1104.1.1 Principios curriculares na organização do trabalho na educação infantil ................................114
4.1.1.1 Diversidade de infância e suas muita crianças ....................................................................1144.1.1.2 Direitos de Aprendizagem e desenvolvimento de bebês crianças ..............................1154.1.1.3 Currículo e suas dimensões ética política e estética .........................................................1214.1.1.4 Educar e cuidar na educação e desenvolvimento de bebês e crianças .....................1244.1.1.5 Aprender a partir das interações e da brincadeira ............................................................1254.1.1.6 Papel do Professor ..........................................................................................................................1344.1.1.7 Por uma Educação Infantil inclusiva e democrática ..........................................................137
4.1.2 Planejamento dos Ambientes de Aprendizagem ...............................................................................1394.1.3 Organização curricular por direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento e campos de experiências ......................................................................................................................................1424.1.4 Parceria famílias e instituição de Educação Infantil ...........................................................................1624.1.5 As transições da criança no contexto escolar: práticas cotidianas que respeitam o direito à infância na Educação Infantil e no Ensino Fundamental ............................................................................166 4.1.6 Avaliação como instrumento de aprimoramento do trabalho na Educação Infantil ..........171 4.1.7 Recomendações para Elaboração da Proposta Pedagógica ..........................................................174
4.2 Etapa do Ensino Fundamental ................................................................................................ 177 4.2.1 Área de Linguagens .................................................................................................................................179
4.2.1.1 Língua Portuguesa ..........................................................................................................................1834.2.1.2 Arte .......................................................................................................................................................3014.2.1.3 Educação Física ................................................................................................................................3274.2.1.4 Língua Inglesa ..................................................................................................................................347
4.2.2 Área de Matemática ................................................................................................................................3714.2.2.1 Matemática ........................................................................................................................................371
4.2.3 Área de Ciências da Natureza .............................................................................................................. 4594.2.3.1 Ciências ...............................................................................................................................................459
4.2.3.1.1 O letramento científico no componente curricular Ciências ................................ 4644.2.3.1.1.1 O letramento científico nos anos iniciais ........................................................... 4664.2.3.1.1.2 O letramento científico nos anos finais .............................................................. 467
4.3.2.1.2 A Educação Ambiental ........................................................................................................ 4684.2.4. Área de Ciências Humanas .................................................................................................................. 496
4.2.4.1 Geografia ............................................................................................................................................ 5014.2.4.2 História ................................................................................................................................................ 535
4.2.5. Área de Ensino Religioso ...................................................................................................................... 5844.2.5.1 Ensino Religioso ............................................................................................................................... 585
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................601
SIGLAS ..............................................................................................................................................612
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APRESENTAÇÃO
Em dezembro de 2017, ocorreu a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), referente às etapas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, contendo o conjunto progressivo de aprendizagens essenciais que todos (as) os (as) alunos (as) têm
o direito de desenvolver ao longo dessas etapas da educação básica. Por meio de um pacto colaborativo, Ministério da Educação (MEC), Conselho Nacional de Se-
cretários de Educação (CONSED), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME), União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME) e Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação (FNCEE), estabelecido no início de 2018, as redes de ensino começaram o pro-cesso de implementação da BNCC, iniciando o percurso de (re)elaboração de sua proposta curricular.
O estado do Ceará, que, reconhecidamente, apresenta um forte histórico de regime de colabo-ração e de avanços educacionais frutos dessa união entre o estado e seus municípios pela garantia do direito de aprender de cada aluno (a) na idade certa, desenvolveu, durante o ano em curso, um grande processo participativo para a construção de um documento curricular que fosse referência para a escola no que concerne à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental.
Assim, é com grande satisfação que apresentamos o resultado desse processo de construção conjunta, envolvendo os municípios, gestores (as), professores (as), estudiosos (as) e muitos (as) que têm na educação o processo por excelência para a formação integral de crianças e adolescentes. Além de consulta pública, da escuta direta de professores e professoras, o documento teve a leitura crítica de especialistas das diferentes etapas/componentes curriculares.
Sob a intitulação de Documento Curricular Referencial do Ceará (DCRC), o mesmo busca apontar caminhos para que o currículo das escolas cearenses seja vivo e prazeroso, de modo a asse-gurar as aprendizagens essenciais e indispensáveis a todas as crianças e adolescentes, cumprindo de forma efetiva com o compromisso assumido pelo estado do Ceará que é o direito de aprender na idade certa. Com base no documento, as redes de ensino e instituições escolares públicas e privadas contarão com uma referência estadual para elaboração ou adequação de suas propostas pedagógicas.
O DCRC constitui, portanto, a consolidação de uma ação articulada e integrada para fortalecer o protagonismo dos (as) docentes, de seus alunos e suas alunas em cada sala de aula do nosso Ceará, e a reafirmação do compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, mais equânime e igualitária.
Rogers Vasconcelos Mendes José Marques Aurélio de Souza Secretário da Educação do Ceará Presidente da UNDIME-CE
“Fé na vida, fé no homem, fé no que virá. Nós podemos tudo, nós podemos mais,
Vamos lá fazer o que será.” Gonzaguinha
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INTRODUÇÃO
O Documento Curricular Referencial do Ceara (doravante, DCRC) é constituído por diretrizes e linhas de ação básicas que configuram o Projeto Curricular do Estado do Ceará. Contamos com todos para torná-lo realidade na sala de aula, por meio das
instituições educacionais cearenses públicas e privadas, de forma a assegurar o direito de aprender das/dos estudantes da Educação Infantil e do Ensino Fundamental — anos iniciais e finais.
Mais do que um referencial norteador dos compromissos que devem ser assumidos pelas gestoras/pelos gestores do estado e dos municípios que o integram, este documento representa a decisão política das educadoras/dos educadores cearenses sobre a escola democrática, com quali-dade social, que precisa ser garantida às crianças, aos adolescentes, aos jovens e adultos do Ceará.
Cumpre salientar que o documento em pauta foi construído à luz da Base Nacional Comum Curricular (doravante, BNCC), mas incorpora, na sua estrutura, itens que se propõem a favorecer uma compreensão mais precisa do que é pretendido; e, na definição de objeto de conhecimento específi-co do nosso povo, acrescenta aqueles que aprofundam a identidade cearense. Buscamos, assim, pro-mover o conhecimento de aspectos importantes para a cultura e a história do estado, valorizando-os como instrumentos de sensibilização da/do educanda/educando para o maior respeito e amor pela terra, seja aquela que lhe viu nascer ou aquela que lhe assegura abrigo.
Tendo em vista a sua elaboração à luz da BNCC, vale também para este Referencial o que diz o Ministério da Educação MEC sobre a mencionada Base:
“é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). Este documento normativo aplica-se exclusivamente à educação escolar”.
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Uma vez marcado o compromisso com a BNCC, no que tange aos posicionamentos teóricos e metodológicos mais gerais, passamos a tratar do DCRC, marcando nossas especificidades e assumin-do a continuidade do nosso trabalho em realização ao longo dos anos.
Nesse sentido, o DCRC objetiva garantir, aos estudantes e às/aos estudantes, o direito de aprender um conjunto fundamental de conhecimentos e habilidades comuns — de norte a sul do estado, nas escolas públicas e privadas, urbanas e rurais. Pretendemos, por meio das orientações aqui apresentadas, reduzir as desigualdades educacionais existentes no Ceará, nivelando e, principalmen-te, elevando a qualidade do ensino. Como consequência da ação educacional a ser desencadeada, também, temos a intenção de formar estudantes com habilidades e conhecimentos considerados essenciais para o século XXI, incentivando a modernização dos recursos e das práticas pedagógicas e promovendo a atualização do corpo docente das instituições de ensino. Esse documento está ali-nhado à determinação pedagógica assumida pelo estado quanto à aprendizagem na idade certa, desde o processo de alfabetização às demais aprendizagens essenciais subsequentes.
Propomos, para este novo cenário mundial, formar pessoas capazes de desenvolver competên-cias e habilidades que as tornem criativas, analítico-críticas, participativas, abertas ao novo, colabora-tivas, resilientes, produtivas, que saibam se comunicar, lidar com as informações em um mundo cada vez mais interconectado, atuar com discernimento e responsabilidade nos contextos das culturas digitais. Formar, portanto, pessoas capazes de utilizar conhecimentos para resolver problemas, tomar decisões, ser proativas, buscar soluções, conviver e aprender com as diferenças e as diversidades.
Ademais, este documento pretende contribuir para que seja superada a fragmentação das po-líticas educacionais. Por essa razão, ele pode cooperar com o fortalecimento do Regime de Colabo-ração entre as três instâncias do governo e, sobretudo, pode ser um efetivo balizador da construção da educação com qualidade social que se deseja e a que a/o estudante cearense merece. O DCRC defende que essa educação com qualidade social não pode ser privilégio de alguns; mas um direito a ser assegurado a todas/todos. Cumpre garantir oportunidades iguais para todas/todos, como forma de fazer acontecer a justiça social.
Diante do exposto, fica claro que o conteúdo deste documento abre caminhos para que as/os profissionais da educação, notadamente a professora/o professor, com sua competência, criatividade e compromisso, encontre nele uma bússola para o planejamento e execução de práticas docentes mais dinâmicas, interessantes e facilitadoras da aprendizagem do aluno. Com este procedimento, por certo, professoras/professores e profissionais de suporte à docência se descobrirão no importante papel de educadores, participantes de um presente alvissareiro, autoras/autores, do descortinar de novos tempos.
Para torná-lo, então, mais facilmente manuseável, sem perda da essência que um documento referencial precisa ter, ele está estruturado em quatro partes:
Parte I – Contexto Estadual, Histórico, Marcos Legais e PrincípiosNa primeira parte, fazemos, de forma sintética, uma contextualização do estado do Ceará. Abor-
damos desafios a serem enfrentados com vistas ao seu desenvolvimento, como aspectos de sua de-mografia. Mostramos uma noção pragmática do semiárido, a distribuição funcional e pessoal da renda e analisamos a importância do conhecimento nas sociedades modernas. Apresentado um pouco da história da elaboração de currículos no estado, destacamos os principais marcos legais que norteiam o DCRC e, ainda, estabelecemos princípios norteadores da ação educacional a ser desenvolvida.
Parte II – Pressupostos Teóricos, Epistemológicos e PolíticosNa segunda parte, apresentamos a fundamentação pedagógica que destaca o compromisso
do documento com a formação humana integral. Conceituamos competência, habilidade e operação
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cognitiva. Abordamos concepções pedagógicas que devem nortear o desenvolvimento curricular a partir das seguintes inquietudes: que seres humanos devem ser formados? Que tipo de sociedade deve ser construída? Qual educação deve ser desenvolvida? Como são concebidos o currículo, o co-nhecimento, a criança, as infâncias, as adolescências? Como perceber a escola, a sala de aula, a pro-fessora/o professor, a aluna/o aluno, o ensino, a aprendizagem, as competências socioemocionais, as competências gerais a serem trabalhadas, a avaliação da aprendizagem? Também tratamos da articulação curricular entre as etapas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental e apresentamos, sucintamente, as modalidades de ensino a serem desenvolvidas.
Parte III – Temas Integradores: Abordagem Transversal Na terceira parte, apresentamos os temas integradores: Educação em Direitos Humanos, Di-
reitos das Crianças e dos Adolescentes, Educação para a Paz, Educação em Saúde e Cuidados Emo-cionais, Educação Alimentar e Nutricional, Educação Ambiental, Educação para o Trânsito, Educação Patrimonial, Educação Financeira, Educação Fiscal e Cidadania, Educação das Relações Étnico-Raciais, Relações de Gênero, Cultura Digital, Educação Territorial e Educação para o envelhecimento, respeito e valorização das pessoas idosas, importantes para a formação cidadã das/dos educandos.
Parte IV – Etapas de EnsinoNa quarta parte, apresentamos, inicialmente, a Educação Infantil, visto ser a primeira etapa da
Educação Básica. Destacamos que a organização curricular desta etapa de ensino salienta os direitos das crianças em termos de aprendizagens e desenvolvimento. Definimos os objetivos que concreti-zam possibilidades de ação das crianças em uma organização curricular por campos de experiência. Neste sentido, acolhemos as experiências das crianças e as articulamos ao repertório cultural que compõem as práticas sociais, favorecendo que sejam observadas as formas como as crianças inte-ragem e constroem significados sobre si mesmas e sobre o mundo em que vivem. Ressaltamos que os eixos norteadores das propostas pedagógicas da Educação Infantil, as interações e a brincadeira — mencionados nas Orientações Curriculares para a Educação Infantil Cearense (2011), continuam sendo reconhecidos como meios que favorecem a aprendizagem e o desenvolvimento dos bebês e das crianças. Completamos a programação da Educação Infantil, detalhando a proposta de ação em uma planilha que especifica, por faixa de idade, os direitos de aprendizagem, os campos de experiên-cia, os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, a organização e integração das experiências.
A seguir, apresentamos a Etapa do Ensino Fundamental com detalhamento que se alinha à estruturação da BNCC: Áreas do Conhecimento, Competências Específicas da Área, Componentes Curriculares da Área e Competências Específicas do Componente. Na abordagem de cada Área, o documento traz, inicialmente, um texto introdutório que apresenta a Área e seus Componentes Cur-riculares. Em seguida, detalha o organizador curricular contendo, para cada ano/anos da etapa, as se-guintes especificações: Unidades Temáticas/ Campos de atuação, Objetos de Conhecimento, Objetos Específicos, Habilidades, Relação intracomponente (relação entre as habilidades dentro do mesmo componente curricular) e relação intercomponente (relação com as habilidades dos outros compo-nentes curriculares do Ensino Fundamental). A última coluna diz respeito à Competência Específica do Componente Curricular.
O DCRC é, portanto, um documento minucioso que tem a intenção de abrir inúmeras oportu-nidades ao docente para ser, cada vez mais, dinâmico e bem-sucedido no desempenho do seu papel. É importante lembrarmos que sempre haverá espaços para adequações que enriqueçam e tornem significativas as experiências docentes.
O documento está estruturado da seguinte forma:
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Direitos de aprendizagem e desenvolvimento Áreas do Conhecimento
Componentes curriculares
Campos de experiências Competências específicas de área
Competências específicas do componente
EDUCAÇÃO INFANTIL ENSINO FUNDAMENTAL
Bebês (0-1 a 6m)
Crianças bem
pequenas (1 a 7m - 3 a 11m)
Crianças pequenas (4a - 5a
11m)Anos Iniciais Anos finais
ETAPAS DE ENSINO
Fonte: BNCC Ampliada
ESTRUTURA DO DCRC
Parte I - Contexto Estadual, Histórico, Marcos Legais e PrincípiosParte II - Pressupostos Teóricos, Epistemológicos e PolíticosParte III - Termas integradores: abordagem transversalParte IV - Etapas de Ensino
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EDUCAÇÃO INFANTIL
DIREITOS DE APRENDIZAGEM
E DESENVOLVIMENTO
CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS
Conviver Brincar
ParticipaExplorarExpressar
Conhecer-Se
• O Eu, O Outro e O Nós• Traço, Sons, Cores e Formas• Corpo, Gestos e Movimento• Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação• Espaços,Tempos, Quantidades, Relações e Transformações
Bebês (0-1 a 6m)
Crianças pequenas
(4a - 5a 11m)
De acordo com os eixos estruturantes da BNCC para a Educação Infantil, interações e brinca-deiras, seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento são assegurados aos bebês e crianças nesta Etapa. E a partir destes, são estabelecidos cinco campos de experiências concretas da vida cotidiana e seus saberes, que se entrelaçam com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural.
A organização e integra-ção das experiências incluem orientações metodológicas que preveem diversificadas possibi-lidades: de interação ( criança/ crianças; professor/professora e outros profissionais da escola.); de escolhas e produção pelas crianças; de escuta e respeito aos seus interesses e ritmos; de diálogo e negociação; de diversi-dade de brincadeiras e situações desafiadoras envolvendo formas diferentes de representação (em diversas linguagens) que incenti-vam a ação criativa e exploratória das crianças.
Para cada campo de experiência saõ definidos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que apresentam as aprendiza-gens essenciais a ser asseguradas a esse público infantil, sempre considerando as interaçoes e a brincadeira como eixos norteadores.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
ORGANIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS
Crianças bem pequenas
(1 a 7m - 3 a 11m)
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Vejamos o exemplo:
FAIXA ETÁRIA
DIREITOS
CAMPOS DE EXPERIÊNCIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
DESENVOLVIMENTO
ORGANIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO DAS
EXPERIÊNCIAS
Bebês (0-1A 6M)
Brincar, Conviver, Explorar, Participar, Expressar e Conhecer-se.
O eu, o outro e o nós
(EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
Práticas pedagógicas que possibilitem o acolhimento dos bebês em momentos de choro, apatia, raiva, birra, ciúmes, ajudando-os a procurar outras formas de lidar com seus sentimentos e aten-dendo suas necessidades de contato físico afetuoso, conforto, acalanto e bem-estar;
Como é possível observar no exemplo apresentadao, cada objetivo de aprendizagem e desen-volvimento é identificado por um código alfanumérico cuja composição é explicada a seguir:
O primeiro par de letras indica a etapa de educação infantil
O primeiro par de números indica o grupo por faixa etária
01 - Bebê(Zero a 1 ano e 6 meses)
02 - Crianças bem pequenas(1 anos e 7 meses a 3 anos e 7 meses)
03 - Crianças pequenas(1 anos e 7 meses a 3 anos e 7 meses)
O último par de números indica a posição da habilidade na numeração sequencial do campo de experiências para cada grupo/faixa etária
O segundo par de letras indica o campo de experiências.EO: O Eu, o outro e o NósCG: Corpo, gestos e movimentoTS: Traços, sons, cores e formasEF: Escuta, fala, pensamentos e ImaginaçãoEF: Espaços. tempos, quantidades, relações e transformações
E I 0 2 T S 0 1
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ENSINO FUNDAMENTAL
Competências Especificas da
Área
Componentescurriculares
Competências Específicas do Componente
Anos Iniciais
UNIDADES
TEMÁTICAS
OBJETOS
ESPECÍFICOS
RELAÇÃO
INTERCOMPONENTES (RELAÇÃO ENTRE COMPONENTES)
Anos Finais
OBJETOS DE
CONHECIMENTO
HABILIDADES
Áreas do Conhecimento
Cada área de conhecimento apresenta competências específicas da área. A progressão das aprendizagens de habilidades, em cada componente curricular, contribui para o desenvolvimento dessas competências ao longo dos nove anos do Ensino Fundamental.
Para cada componente curricular também são definidas competên-cias específicas que, de igual modo, devem ser desenvolvidas durante essa etapa de escolarização, nos anos iniciais e finais.
Para assegurar o desenvolvimento dessas competências específicas, cada componente curricular apresenta um conjunto de habilidades relacionadas a diferentes objetos de conhecimento, organiza-dos em unidades temáticas (ou campos de atuação, no caso de LP). Tais objetos de conhecimento, compreendidos como conteúdos, conceitos e processos, são detalhados nos objetos específicos.
Com o intuito de fortalecer a progressão na organização das aprendizagens ao longo do processo de escolarização, apresentamos uma coluna referente a relação das habilidades dentro do mesmo componente curricular ( Relação intracomponente) e na relação com outras habilidades dos outros componentes curriculares ( Relação intercomponentes).
Fonte: Adaptado de BNCC, 2017
RELAÇÃO INTRACOMPONTES(RELAÇÃO DENTRO DO
PRÓPRIO COMPONENTE)
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HABILIDADES
OBJETOS ESPECÍFICOS
OBJETOS DE CONHECIMENTO
UNIDADES TEMÁTICAS
RELAÇÃO INTRACOMPONENTES
RELAÇÃO INTERCOMPONENTES
Características dos Materiais.
Identificação das substâncias que compõem os objetos do cotidia-no. Composição química dos materiais. Relação das características e composição dos materiais com suas aplicações no cotidiano. Estra-tégias de reutilização, reciclagem e descarte adequado dos mate-riais. Criação de objetos artísticos a partir de materiais do cotidiano.
(EF01CI01) Comparar características de diferente materiais presentes em objetos de uso cotidiano, discutindo sua origem, os modos como são descartados e como podem ser usados de forma mais consciente
(EF02CI01), Relação entre habilidades dentro do mesmo componente curricular.(EF02CI02)
(EF02CI01), Relação com habilidades de outro componente curricular.(EF89EF19)
Matéria e Energia
Vejamos o exemplo:
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As habilidades definidas para cada ano expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas às alunas/aos alunos e alunas durante esse percurso formativo, nos diversos contextos escolares. De acordo com a BNCC, em cada componente curricular as habilidades são identificadas por um código alfanumérico. Quando uma habilidade for específica do DCRC terá o código CE, conforme exemplo retirado do Componente de Ciências (EF01CI07CE).
O primeiro par de letras indica a etapa de Ensino Fundamental
O primeiro par de números indica o ano (01 a 09) a que se refere a habilidade, ou, no caso de língua portuguesa, arte e educação física, o bloco de anos como segue:
Língua Portuguesa/ Arte
15 = 1º ao 5º ano
69 = 6º ao 9º ano
Língua Portuguesa/ Educação Física
12 = 1º e 2º anos
35 = 3º ao 5º ano
67 = 6º e 7º anos
Quando o código referente à habilidade apresenta o “CE” no final, indica que esta habilidade é específica do estado do Ceará. As habilidades da BNCC não apresentam este último par de letras.
O último par de números indica a posição da habilidade na numeração sequencial do ano ou do bloco de anos
O segundo par de letras indica o componente curricular:
AR = Arte
CI = Ciências
EF = Educação Física
ER = Ensino Religioso
GE = Geografia
HI = História
LI = Língua Inglesa
LP = Língua Portuguesa
E F 0 1 C I 0 7 C E
Fonte: Adaptado de BNCC, 2017
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1 Contexto Estadual, Histórico, Marcos Legais e PrincípiosPARTE I
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30 PARTE I
A parte I do Documento Curricular de Referência do Ceará é constituída de um pano-rama do Estado cearense que ressalta fatias do percurso histórico da Educação, em seus Marcos Teóricos e Princípios. Nesse resgate, sobressaem as mais significativas
decisões tomadas pela Secretaria da Educação. São decisões que nos mostram que o caminho a se-guir foi e vem sendo desenhado e que precisamos tão somente continuar avançando melhorar onde necessário for.
1.1. Contexto Estadual: foco no Ceará do
Conhecimento
O Plano de Gestão (2015/2018) resultou de amplo processo de participação popular. A partir do documento “Diretrizes Gerais para a Elaboração de um Plano de Governo”, contendo formula-ções sobre problemas e demandas em diferentes níveis e áreas de atuação, as cidadãs/os cidadãos cearenses foram mobilizadas/dos a participar da construção do referido documento. Para isso, fo-ram utilizadas diversas metodologias que favoreceram a escuta das reivindicações feitas em todo o território cearense. Houve um debate qualificado com a participação de técnicos, lideranças e sociedade civil. Tal atitude abriu espaço para uma ação participativa na definição dos compromissos que foram estabelecidos.
No Plano que resultou desse processo de planejamento participativo, foi feita uma análise sobre o desenvolvimento do estado do Ceará, presente no tema “Elementos para pensar o Desen-volvimento do Estado do Ceará”, e foram definidas prioridades para o estado representadas no item “Ceará que Queremos”. Nele, são abordados “Os 7 Cearás” com base em estudo realizado sobre os desafios do estado e da sociedade, destacando os desafios da sustentação econômica e do desen-volvimento.
Neste aspecto, destacamos que:
a) Por um lado, mostra a análise comparativa das pirâmides etárias dos anos de 2002 e 2012 e o gradual processo de estreitamento da base da pirâmide, como reflexo da queda da taxa de fecun-didade, contribuindo para a diminuição da proporção de crianças e jovens na população. Por outro lado, são analisadas a redução da taxa de mortalidade e a consequente elevação da expectativa de vida. Isso provoca o alargamento do topo da pirâmide, em decorrência de um significativo aumento da participação da população de 65 anos ou mais. É constatado, então, que, a exemplo do que está ocorrendo com a população brasileira e com a de outros países em desenvolvimento, a população cearense também está vivenciando um processo de envelhecimento. Esses dois fenômenos, redu-ção da proporção de jovens e envelhecimento da população, deverão ensejar mudanças significati-vas nas políticas públicas, especialmente aquelas voltadas para a área da Educação.
b) A abordagem sobre o semiárido ressalta a noção pragmática de região adotada onde ocorrem secas prolongadas. A ideia de seca que está posta considera:
“desde a falta de precipitação, deficiência de umidade no solo agrícola, quebra de produção agro-pecuária até impactos sociais e econômicos negativos, tais como o empobrecimento e a depen-dência dos agricultores de base familiar e o consequente êxodo rural que atinge, principalmente, a juventude.” (CEARÁ, 2014, p. 23)
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311. CONTEXTO ESTADUAL, HISTÓRICO, MARCOS LEGAIS E PRINCÍPIOS
Como forma de enfrentamento dessa realidade, observamos que:
”Inovações em tecnologias sociais, técnicas e estratégias de convivência com o Semiárido devem ser qualificadas e universalizadas para se tornarem um instrumento efetivo de melhoria da renda e da qualidade de vida de milhões de pessoas que atualmente sofrem com os desafios da seca. Somente com o fortalecimento de políticas públicas de convivência com o Semiárido, o Estado do Ceará conseguirá adaptar-se e utilizar-se dos consideráveis potenciais do Bioma Caatinga e da sua ampla e única biodiversidade funcional, seja ela forrageira, medicinal ou ainda madeireira.” (CEARÁ, 2014, p. 159)
c) A análise da distribuição funcional e pessoal da renda, como um dos desafios que o estado enfrenta para o seu desenvolvimento. Sobre este fato está expresso que:
“O Ceará é o 13º PIB do país, mas, em termos per capita, apenas o 23º. E mais: o rendimento e o grau de formalização do trabalho estão entre os mais baixos entre os estados brasileiros. Com isso, é impossível haver desenvolvimento. Diante desse quadro, fazer crescer e, mais que isso, expandir e diversificar a economia é tarefa árdua e difícil para qualquer governo. Para que isso aconteça, neste mundo de acirrada competição econômica, é imprescindível o incremento da produtividade e, por consequência, da qualificação profissional.” (CEARÁ, 2014, p. 25)
Além destes destaques, é importante explicitar que sobressai, no texto do Plano, o consenso sobre a compreensão de que o Governo precisa não só prestar os serviços básicos, mas criar condi-ções para a produção da riqueza e sua distribuição na sociedade. Aliada a este entendimento está a convicção de que, nas sociedades modernas, o conhecimento é um fator eficaz para a criação de riqueza e para a inclusão social que a disseminação desse conhecimento proporciona. Nesse sentido, vale, então, a afirmação de Stiglitz constante no referido Plano:
“A criação de uma sociedade do conhecimento é mais apta a produzir aumento no padrão de vida do que incrementos pontuais na eficiência da economia ou a adoção de medidas como o sacrifício do consumo no presente como meio de aumentar o aporte de capital. E isto é ainda mais verdadeiro para países em desenvolvimento. Grande parte da diferença entre esses países e países desenvolvidos é causada por diferenças no conhecimento.” (STIGLITZ, 2000)
Diante dessa compreensão e do papel que a educação assume no contexto do Plano de Go-verno em tela, julgamos necessário contextualizar o “Ceará do Conhecimento” como balizador da busca de consonância com o desenvolvimento curricular a ser desencadeado com este documento referencial.
Está explícito no próprio Plano que:
“o primeiro passo para a construção, entre nós, de uma sociedade do conhecimento está na Edu-cação Básica de qualidade. Isso por si só já constitui uma revolução, tal o desafio. Um desafio que não podemos deixar de enfrentar. Um desafio que juntos enfrentaremos.” (CEARÁ, 2014, p. 32)
Propomos, portanto, que, por meio do eixo “Ceará do Conhecimento”, possamos lançar ba-ses sólidas para a construção de uma sociedade do conhecimento no estado. E, com esta medida, possamos introduzir, de forma efetiva, os pilares de uma economia moderna, de uma economia do Século XXI. Acreditamos que é esta a única forma de dar um salto de qualidade no perfil econômico
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32 PARTE I
do Ceará. Portanto, seguir tal entendimento pode aumentar a participação do estado no PIB do país, estagnado na casa dos 2% há algumas décadas.
Conforme diz o Plano, por certo, esta proposta constitui uma verdadeira revolução na política de desenvolvimento econômico e social do Ceará.
“Uma política que põe o conhecimento e a educação do cidadão em seu centro e que só poderá ser bem-sucedida com a pactuação efetiva e a adesão decidida das forças empresariais produtivas do Ceará, do seu setor acadêmico, dos educadores e da sociedade em geral.” (CEARÁ, 2014, p. 179)
Ademais, ela cumpre a compreensão de que a adoção dessa diretriz traduz uma tarefa que exige o envolvimento de grande parcela da sociedade e abrange um amplo espectro. Esta proposta vai da educação básica à pesquisa científica, e desta à inovação, passando pela cultura, pela educação profissional e formação do trabalhador. Os efeitos da produção do conhecimento e de sua ampla difusão atingem praticamente todas as áreas da vida social,
“indo do aumento da produtividade nas atividades econômicas à melhoria da prestação de serviços pelo Estado e do aprimoramento do exercício da cidadania a uma apropriação mais equânime e generalizada dos bens culturais e da riqueza material. (...) sua realização não se pode encerrar nos limites de um mandato.” (CEARÁ, 2014, p. 32)
Integram, por conseguinte, o “Ceará do Conhecimento” as seguintes áreas: Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, Ensino Superior, Educação Profissional e Cultura.
1.2. Currículo Escolar no Ceará
Pensar caminhos que sinalizem para a melhoria de vida da população brasileira sempre impli-cará em voltar-se para o fortalecimento da Educação. Dentre as diversas possibilidades de abertura desses caminhos, o desejo histórico de um currículo base e, ao mesmo tempo, o respeito e valoriza-ção das singularidades locais e regionais estão presentes.
Na década de 1990, o Ministério da Educação publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Com o objetivo de oferecer diretrizes e referenciais para reorientação do desenvolvimento curricular no Ensino Fundamental. Por essa razão os PCNs eram destinados às secretarias de educa-ção, escolas e instituições formadoras de professoras e professores, o que favoreceu a promoção de discussões em todo o Brasil, como forma de que, nos diferentes estados e municípios, resultassem propostas curriculares regionais que se concretizassem em projetos educativos nas escolas e nas salas de aula.
No Ceará, entre 1995 e 2001, sob a égide de uma política educacional norteada pelos eixos TODOS PELA EDUCAÇÃO, EDUCAÇÃO DE QUALIDADE e EDUCAÇÃO PARA TODOS, é posta em exe-cução a diretriz:
“a escola como ponto de partida de toda ação pedagógica, propõe sua autonomia e, ao mesmo tempo, identifica, na parceria com os municípios o caminho para viabilizar o regime de colaboração entre União, Estado e Municípios” (VIEIRA, 2002, p. 360).
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331. CONTEXTO ESTADUAL, HISTÓRICO, MARCOS LEGAIS E PRINCÍPIOS
Com esse entendimento, a discussão dos PCN, no estado, deu origem aos Referenciais Curri-culares Básicos (RCB). De sua elaboração, participaram representantes de professores com exercício em escola, Centros Regionais de Desenvolvimento da Educação (CREDE) e técnicos da SEDUC.
A elaboração dos mencionados RCB se apoiou na Proposta Curricular Oficial vigente à época, avançando da concepção curricular anterior para uma concepção global e interdisciplinar de currícu-lo. Realizamos uma adaptação dos PCN, redimensionamos a estrutura curricular para a organização do ensino em ciclos e, com referência em César Coll (1997), a escola foi orientada no sentido de per-ceber e investir no desempenho do seu papel, adotando uma visão construtivista do conhecimento e uma visão psicopedagógica na aplicação desse conhecimento, tendo-se a seguinte compreensão:
“Construtivista porque valoriza uma aprendizagem significativa e uma memorização compreen-siva. Significativa porque não-repetitiva com relação aos modos de conhecer o novo; porque valoriza os conhecimentos prévios da criança; porque questiona e respeita o significado lógico e psicológico da aprendizagem para a criança; porque valoriza os aspectos motivacionais e funcionais; significativa, enfim, porque valoriza a intensa atividade do aluno. Psicopedagógica porque diferencia os conteúdos e simultaneamente os integra em uma intenção pedagógica que, como dissemos, está sempre voltada para o crescimento do ser humano” (COLL, 1997, p.41).
Os Ciclos de Formação constituíram uma inovação, respaldada no Art. 23 da Lei Nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional). Por um lado, redimensionaram o tempo e o espaço escolar com distribuição do Ensino Fundamental de nove anos, em quatro ciclos: o 1º, com duração de três anos, para crianças de 6, 7 e 8 anos de idade, onde era consubstanciado o processo de alfa-betização; e seguiam-se o 2ª, o 3º e o 4º ciclos, cada um com duração de dois anos. Por outro lado, os ciclos fortaleceram o Projeto Escola Viva, em execução desde 1995. A sua concepção pedagógica era caracterizada por uma ação educativa alegre, interessante e prazerosa, que, ao mesmo tempo, buscava ser competente e bem-sucedida no desenvolvimento de aprendizagens significativas. Viei-ra (2002) refere-se à Escola Viva da seguinte maneira: “Trata-se de iniciativa, através da qual, a escola transforma-se em ‘polo de comunidade de aprendizagem’, potencializando o seu uso e sua função social’. (...) A autora assume que a importância do projeto Escola Viva, na aproximação escola-co-munidade, é inegável” (VIEIRA, 2002, p. 367).
Em 2011, a SEDUC realizou nova experiência no campo da ação curricular e entregou, a cada município cearense, o documento denominado “Orientações Curriculares para a Educação Infantil”. Este documento foi elaborado a partir das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, emanadas do Conselho Nacional de Educação. Esse documento resultou de uma parceria entre a Secretaria da Educação do Estado do Ceará (SEDUC) e a Coordenadoria de Educação Infantil do Ministério da Educação.
Novamente utilizamos uma metodologia participativa que contou, desta feita, com repre-sentantes da Universidade Federal do Ceará, da UNDIME-Ceará e do Fórum de Educação Infantil do Ceará, e também com representantes de professores de redes municipais. Realizamos essa ação como parte do eixo de Educação Infantil do Programa de Alfabetização na Idade Certa – PAIC, que se insere no âmbito da cooperação federativa, consolidando o regime de colaboração União/Estado do Ceará/Municípios. O foco do PAIC era, e continua sendo, a elevação do nível de aprendizagem das crianças, com forte contribuição de uma gestão compartilhada de gestoras e gestores, pro-fessoras e professores, técnicas e técnicos que assumem a (co) responsabilização de processos e resultados de suas turmas, escolas e redes.
Em 2012, com o entendimento de que se fazia necessário garantir a transição satisfatória entre a Educação Infantil e os anos iniciais do Ensino Fundamental, consideramos imprescindível
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34 PARTE I
a continuidade do projeto curricular, norteado pelas Orientações Curriculares para a Educação Infantil, entregues em 2011 aos municípios. Compreendíamos a importância dessa iniciativa como forma de garantir condições pedagógicas facilitadoras de uma ação educacional comprometida com a qualidade do ensino e da aprendizagem.
Foi quando elaboramos a “Proposta Curricular de Língua Portuguesa” e a “Proposta Curricular de Matemática – 1º ao 5º Ano do Ensino Fundamental – Estado do Ceará”. Os referidos documen-tos foram construídos de forma participativa e tiveram como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais. No processo de construção, contamos com a participação de consultoras e consultores, técnicas e técnicos e professoras/professores das redes municipais e estadual vinculados ao PAIC, durante os anos de 2012 e 2013.
Assim, a título de orientação para a construção, por cada escola, de propostas pedagógicas que assegurassem o direito de aprender de todas as crianças, em 2014, entregamos as propostas curriculares acima citadas às redes escolares. A intenção era mediar um diálogo com professoras e professores e, certamente, fazer de cada sala de aula um ambiente de efetivo compromisso com a pretendida educação de qualidade.
1.3. Currículo: Abrangência Estadual?
Ao longo de toda discussão para o estabelecimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ora em processo de implementação através do DCRC, uma questão foi recorrente: assim como a BNCC, o DCRC é um currículo ou um conjunto de diretrizes norteadoras que garantirão a qualidade da ação educacional em todo o território do Ceará? Concluiu-se que o DCRC não é um currículo, mas um instrumento que possibilita reconhecer a imensa e plural diversidade do Ceará. Reúne habilidades e competências que permitem ao professor desenvolver, nos alunos, capacida-des para participar das práticas sociais diversas, porque ele disponibiliza um conjunto de objetos de conhecimentos de que necessita o estudante em seu processo de formação humana e escolar. Tal conjunto de conhecimentos abrange todos os componentes, desde os primeiros anos do Ensino Fun-damental. É preciso dizer que a sua base norteadora se delineia na Educação Infantil. Dessa forma, assim como a BNCC, o DCRC visa seu público-alvo nos mais diferentes e longínquos rincões cearen-ses, para que a educação chegue, fazendo de cada aluna e aluno sujeitos de direitos como garante a Constituição Federal, e vale ressaltar, de direitos iguais, seja nos solos pobres ou ricos do Ceará.
Então, mediante a clareza de que o DCRC tem papel indutor, no sentido, sobretudo, de assegurar o direito a um aprendizado de qualidade para todos, é lógico concluir que cabe aos municípios seguir nesta mesma direção, sempre construindo cenários que os fortaleçam como participante de processos formativos de inteligência. Cabe, portanto, ao estado a responsabilidade de apoiar os municípios e redes de ensino com orientações que favoreçam à elaboração de pro-postas curriculares municipais e projetos pedagógicos escolares. Esperamos que seja cumprido o que estabelece o Documento e que isso resulte no desenvolvimento de concepções pedagógicas que contribuam para a construção de uma sociedade mais humana e socialmente justa, além de atendidas as especificidades regionais e locais.
Por outro prisma, cumpre reconhecer a história do estado do Ceará, no tocante à permanen-te atitude de tornar realidade o regime de colaboração com os municípios, em especial no campo da ação conjunta, voltada para a qualidade da educação ofertada. Essa ação conjunta têm-se tra-duzido, conforme apresentado anteriormente, na emissão de orientações de natureza curricular, cujos resultados têm sido muito promissores.
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351. CONTEXTO ESTADUAL, HISTÓRICO, MARCOS LEGAIS E PRINCÍPIOS
Em consequência, compreendemos que o histórico relatado no item anterior credencia o es-tado a manter o regime de colaboração com os municípios, no formato em que tem ocorrido. Está comprovado que vem sendo um processo benéfico para ambas as partes, com salutar alternância entre ensinantes e aprendentes.
No presente caso, pelo significado da ação e pela quebra de paradigmas que esperamos acontecer, como forma de garantir um projeto educativo consoante com os desejos e as necessi-dades da sociedade atual e do amanhã, propomos traçar referenciais que avancem da mera defini-ção de “o que ensinar” para o delineamento de concepções pedagógicas norteadoras da educação a ser ofertada, além da proposição de linhas de ação que se configurem estratégicas para a escola, necessárias nos tempos atuais e futuros. São, por conseguinte, referenciais que configuram uma versão preliminar de currículo, posto que elas asseguram, de um lado, espaços para o exercício pleno da autonomia de cada município e escola, com vistas às necessárias complementações para atendimento de suas especificidades. Do outro lado, elas consubstanciam um sólido arcabouço, em que os elementos indispensáveis à construção da qualidade da ação educativa, garantidora da unidade nacional e, consequentemente, da equidade em relação às alunas/aos alunos, estão dispostos e devidamente traçados, facilitando sua execução. Ademais, o regime de colaboração União/Estado/Municípios, com a atribuição de definir e operacionalizar um sistema informatizado de acompanhamento dos currículos municipais terá continuidade. O já mencionado sistema acom-panhará as orientações, desde a elaboração daquele currículo, que terá sua identidade sem perda da essência do projeto nacional, pelo município.
Com o DCRC, acreditamos garantir as bases curriculares comuns para: a) que todos os alu-nos do norte ao sul do Ceará desenvolvam as mesmas aprendizagens consideradas essenciais; b) que os aspectos da diversidade nacional, nordestina e cearense sejam explorados e respeitados; e, c) que o professor e a escola entendam ser o desenvolvimento curricular, uma efetiva vivência da busca do princípio educativo da equidade, fortalecendo-se no passo a passo da dinâmica escolar, pelo exercício da liberdade com responsabilidade.
O Documento Curricular Referencial do Estado do Ceará, portanto, sistematiza o pensa-mento de professoras/professores, gestoras/gestores, técnicas/técnicos e muitos outros interessa-dos que participaram de seu processo de construção. Além disso, orienta no sentido de que a insti-tuição escolar, efetiva executora do currículo, se sinta mobilizada e apoiada a realizar, com sucesso, a ação curricular que ela própria, em ação coletiva e a partir destes referenciais, tenha delineado. É sempre válido lembrar que este documento também representa um trabalho em desenvolvimento ao longo dos anos da História da Educação do Estado do Ceará. Logo, não estamos mudando de trilha, mas aperfeiçoando-a
1.4. Marcos Legais
No campo da Educação, um conjunto de dispositivos legais estabelece normas e mecanismos voltados para a execução de políticas públicas comprometidas com a educação de qualidade a ser ofertada à população brasileira. Toda essa legislação tem como escopo a transformação da realidade ética, social e econômica do país. Tal legislação tem como estratégia básica uma política educacional que, contando com a firme decisão política das diversas instâncias do governo e da sociedade, con-tribui para a construção de um novo paradigma de justiça social.
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36 PARTE I
Ao alinharmos o DCRC à BNCC, ancoramo-nos nas diretrizes da Constituição Federal de 1988, lei magna da nação brasileira. Nesse sentido, merecem destaque:
• o Artigo 205, que determina,
“a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” (grifo adicionado);
• o Artigo 210, que estabelece a necessidade de que sejam “fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais”.
Regulamentando estas normas constitucionais citadas, a Lei de Diretrizes e Bases da Educa-ção (LDB 9.394/96), no Inciso IV, do Artigo 9º, preconiza que cabe à União:
“estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios competências e diretrizes para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum.”
Com este artigo, através da LDB, explicitamos dois conceitos decisivos para a ação curricular. O primeiro diz respeito ao que é comum e ao que é diverso na elaboração e no desenvolvimento do currículo. Com base nisso, deixamos claro que as competências e as diretrizes são comuns e que os currículos são diversos, para atendimento das especificidades de cada ente abrangido. O segundo refere-se ao foco do currículo, preceituando que os conteúdos curriculares estão a serviço do desen-volvimento de competências.
Com base na mesma LDB, tratamos de complementações dos conceitos acima abordados, com base no caput do Artigo 26:
“Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos.”
De acordo com esta diretriz, estabelecemos a concepção de currículo contextualizado nas rea-lidades local, social, escolar e até da própria/do próprio aluna/aluno, o que é aprofundado nas Dire-trizes Curriculares Nacionais (DCN), definidas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), na década de 1990, e na sua revisão efetivada nos anos 2000.
Em 2010, quando o CNE promulgou novas DCN, foi ampliado e organizado o conceito de con-textualização, adicionando “a inclusão, a valorização das diferenças e o atendimento à pluralidade e à diversidade cultural. Isso resgatou e respeitou as várias manifestações de cada comunidade”, con-forme destaca o Parecer CNE/CEB nº 7/2010.
Seguindo os passos da BNCC, além dos marcos legais já citados, o DCRC também está respal-dado legalmente no Plano Nacional de Educação (PNE), Lei Nº 13.005/2014, que reafirma a necessi-dade de uma base nacional comum curricular para o Brasil. Aludido Plano, na Meta 7, Estratégia 7.1, prevê:
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371. CONTEXTO ESTADUAL, HISTÓRICO, MARCOS LEGAIS E PRINCÍPIOS
• Estabelecer e implantar, mediante pactuação interfederativa, diretrizes pedagógicas para a educação básica e a Base Nacional Comum dos Currículos, com direitos e ob-jetivos de aprendizagem e desenvolvimento das alunas/ dos alunos (as) para cada ano do Ensino Fundamental e Médio, respeitada a diversidade regional, estadual e local (grifo adicionado).
Conforme podemos ver, a estratégia proposta salienta o foco na aprendizagem como ele-mento da qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, já fazendo referência a direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.
Em 2017, com a alteração da LDB, por meio da Lei Nº 13.415/2017, passamos a utilizar as duas referências como finalidade da educação. É o que se verifica no caput e incisos do Artigo 35-A da mencionada lei.
“Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação, nas seguintes áreas do conhecimento:I – linguagens e suas tecnologias; II – matemática e suas tecnologias;III – ciências da natureza e suas tecnologias; IV – ciências humanas e sociais aplicadas.”
Por fim, com referência às presentes diretrizes que tratam da BNCC para o Estado do Ceará, cumpre-nos destacar o Plano Estadual de Educação (PEE), que guarda conformidade com o PNE e que, no tocante à Meta 7, assim se expressa:
Meta 7 – Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a melhorar as médias no ENEM, IDEB e PISA, garantindo a execução das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação.”
1.5. Princípios Norteadores
De início, vale salientarmos que as concepções, anteriormente apresentadas, devem ter sustentação na adoção de princípios que, mais do que propalados, sejam vivenciados no cotidiano daqueles que têm a responsabilidade de educar os cidadãos de hoje e do amanhã.
Com essa expectativa, é importante entender que princípios são preceitos, leis ou normas considerados universais que definem as regras pelas quais uma sociedade civilizada deve se orientar. São essenciais na celebração de acordos ou pactos celebrados entre cidadãos e valem nos âmbitos pessoal e institucional.
Em posicionamento que sobressai como natural, cumpre a compreensão de que o projeto educativo, que terá origem nos presentes referenciais, tem a natureza de um pacto a ser cele-brado entre os alunos, suas fa