| ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE...

20
MOREIRA DE CÓNEGOS Rua Laurinda F. Magalhães, nº 42 Telefone 253 563 250 S. MARTINHO DO CAMPO Av. Manuel Dias Machado, 283 Telemóvel: 919 366 189 VILA DAS AVES Rua D.Nuno Álvares Pereira, 27 (Largo da Mariana) Telefone: 252 941 316 entre MARGENS QUINZENAL | 11 JANEIRO 2018 | N.º 596 DIRETOR: AMÉRICO LUÍS FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO Câmara assume gestão das estações de Santo Tirso e de Vila das Aves PÁGINAS CENTRAIS O que trará 2018 no sapatinho? DESTAQUE | PÁGINA 4 E 5 Obras a concluir e a anunciar. Manutenções ou descidas de di- visão. Em época de prognósticos, o Entre Margens entra no novo ano a olhar par o futuro. Orçamento e plano para 2018 aprovado por unanimidade em sessão que foi mais contenciosa nas alterações de regimento do que nas opções políticas. Unanimidade em Assembleia morna ATUALIDADE | PÁGINA 08 Centenas contra fecho dos CTT Plano de reestruturação da empre- sa prevê o encerramento de vinte e duas lojas em todo país, lista que inclui Riba de Ave. Cerca de tre- zentas pessoas saíram à rua em protesto no passado sábado. Rui Horta em destaque na edição de 2018 do GUIdance Festival de Dança Contemporânea de Guimarães começa a 1 de fe- vereiro com a estreia em solo nacional de “Autobiography” de Wayne McGregor”. RIBA DE AVE | PÁGINA 13 CULTURA | PÁGINA 14 E 15

Transcript of | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE...

Page 1: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

MOREIRA DE CÓNEGOSRua Laurinda F. Magalhães, nº 42

Telefone 253 563 250

S. MARTINHO DO CAMPOAv. Manuel Dias Machado, 283

Telemóvel: 919 366 189

VILA DAS AVESRua D.Nuno Álvares Pereira, 27

(Largo da Mariana)Telefone: 252 941 316

entreMARGENSQUINZENAL | 11 JANEIRO 2018 | N.º 596 DIRETOR: AMÉRICO LUÍS FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

Câmaraassumegestão dasestações deSanto Tirsoe de Vila das Aves

PÁGINAS CENTRAIS

O que trará2018 nosapatinho?

DESTAQUE | PÁGINA 4 E 5

Obras a concluir e a anunciar.Manutenções ou descidas de di-visão. Em época de prognósticos,o Entre Margens entra no novoano a olhar par o futuro.

Orçamento e plano para 2018aprovado por unanimidade emsessão que foi mais contenciosanas alterações de regimento doque nas opções políticas.

Unanimidadeem Assembleiamorna

ATUALIDADE | PÁGINA 08

Centenascontrafechodos CTTPlano de reestruturação da empre-sa prevê o encerramento de vintee duas lojas em todo país, lista queinclui Riba de Ave. Cerca de tre-zentas pessoas saíram à rua emprotesto no passado sábado.

Rui Horta emdestaque naedição de 2018 doGUIdanceFestival de Dança Contemporâneade Guimarães começa a 1 de fe-vereiro com a estreia em solonacional de “Autobiography” deWayne McGregor”.

RIBA DE AVE | PÁGINA 13

CULTURA | PÁGINA 14 E 15

Page 2: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 11 JANEIRO 2018

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens.

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nesta primeirasaída de janeiro foi o nosso estimado assinante Mário Vasco Brandão Pereira

Marques, residente na rua Silva Araújo, em Vila das Aves.

||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

O início dos anos 70 trouxe muitasmudanças para os Tyrannosaurus Rex.A entrada na nova década coinci-diu, praticamente, com três factos deextrema importância para o grupo bri-tânico: simplificaram o nome para T.Rex, transitaram de um folk hippiepara uma sonoridade mais eléctricae deixaram de ser um duo, duplican-do o número da formação. Por isso,os amplificadores que vemos na capade “Electric Warrior” ilustram bem aatitude mais enérgica adoptada. Noentanto, quando a agulha começa apercorrer os sulcos do vinil percebe-mos que o ritmo não é desenfreado.A faixa de abertura, “Mambo Sun”,transborda sensualidade. À medidaque avançamos, notamos que este tra-balho de 1971 é homogéneo. Atéas que pisam o risco da fronteira –“Lean Woman Blues” e “Rip Off” – con-seguem integrar-se no contexto. Umaantecipa o grande êxito “Bang a Gong(Get It On)” e a outra, a entrar noproto-punk, exibe-se de um modomais agressivo e quase caótico. A má-

quina está bem oleada. Encontramosum forte equilíbrio entre os momen-tos tranquilos e os mais opulentos,sendo “Cosmic Dancer” um bom exem-plo. Os coros dispersos pelas músi-cas e a guitarra envolvente de “Mo-nolith” fecham os nossos destaques.

A exuberância do compositor eguitarrista Marc Bolan (o segundonome resulta da aglutinação de BobDylan) ganhou volume nas actuaçõesao vivo. O glam rock estava em ebu-lição. Atrás de roupas aparatosas,purpurinas e visuais andróginos, es-condia-se um músico que procuravaafincadamente o estrelato. Conseguiu,principalmente no seu país, uma his-teria que agora, à distância, nos pa-rece exclusiva dos Beatles. Se virmoso concerto de 1972 em Wembley (ac-tualmente disponível no YouTube),testemunhamos os gritos loucos dopúblico. Curiosamente, Ringo Starrestava lá a preparar o documentário“Born to Boogie”.

Os T. Rex influenciaram muitos ar-tistas e deixaram um rasto de cone-xões vasto. Talvez a mais evidenteesteja relacionada com o amigo e ri-val David Bowie. Tocaram juntos epartilharam o mesmo produtor, TonyVisconti. Em 1977, Bolan sofreu umacidente de carro, falecendo no lo-cal. Tinha apenas 29 anos. |||||

SANTO TIRSO

EXPOSIÇÃO | VILA DAS AVES

Pioneiros doglam rock

“África, conjunto de cheiros, cores esons que despertam os sentidos, nãodeixando indiferente quem por lápassa”. É assim que a pintora LeonorSousa define o continente que servede tema à exposição “África Minha”,que ficará patente no Centro Cultu-ral até 24 de fevereiro.

Através da pintura e de uma for-ma eclética, Leonor Sousa dá corpoaos seus pensamentos e sentimen-tos, tendo os pincéis ou mesmo aspróprias mãos como instrumentos.

Entre o figurativo e o abstrato, asobras de Leonor Sousa estão agora

patentes em Vila das Aves. A pintoranasceu em Vagos a 30 de abril de1961 e concluiu o ensino secundá-rio na área das Artes do Liceu Dr.Manuel Laranjeira em Espinho, cida-de onde cresceu. Desde a adoles-cência que a sua intuição, gosto ecuriosidade fizeram-na despertar parao mundo das artes, em particular apintura.

O seu currículo conta já com vá-rias exposições, algumas individuais,outras coletivas, tanto em Portugalcomo lá fora, nomeadamente França,Itália, Suíça, Espanha e Brasil. |||||

A Casa de Chá, em Santo Tirso,será palco da próxima iniciati-va “De conto a conto…” pro-movida pela Câmara Munici-pal. E desta vez traz um convi-dado especial, Thomas Bakk.Verdadeiro viajante, ThomasBakk traz na mala muitas his-tórias para contar, sobre os lu-gares por onde andou, as per-sonagens que encontrou etudo o que passou, numa fan-tástica aventura no tempo.

Thomas Bakk é um con-tautor, autor, contador de his-tórias, ator e dramaturgo, comum longo percurso como ar-tista performativo, com obraspublicadas e peças encenadasem Portugal, Brasil e Angola. Foiguionista da Rede Globo eatualmente dedica-se à narra-ção de histórias da sua auto-ria, nomeadamente da chama-da literatura de cordel. Estainicativa tem entrada livre. |||||

Dentro de portas -Literatura decordel namala deviagens deThomas Bakk

Os T. Rex influencia-ram muitos artistase deixaram um rastode conexões vasto.Talvez a mais evi-dente esteja relacio-nada com o amigo erival David Bowie.

As cores de Áfricaem exposiçãode Leonor SousaA PARTIR DO PRÓXIMO SÁBADO, O CENTRO CULTURALMUNICIPAL DE VILA DAS AVES ACOLHE A EXPOSIÇÃO“ÁFRICA MINHA”, DA PINTORA LEONOR SOUSA.A MOSTRA FICA PATENTE ATÉ AO FINAL DO PRÓXIMO MÊS

- “Electric Warrior”

Page 3: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

ENTRE MARGENS | 11 JANEIRO 2018 | 03

Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda.Av. Comendador Silva Araújo, nº 3594795-003 Vila das AvesTel/Fax: 252 941 105TLM: 919 696 844Email: [email protected] www.cinaves.com

SEXTA, DIA 12 SÁBADO, DIA 16Aguaceiros. Vento fraco.Max. 13º / min. 2º

Aguaceiros. Vento fraco.Máx. 12º / min. 5º

Aguaceiros. Vento fraco.Máx. 12º / min. 4º

DOMINGO, DIA 17

A felicidade é algo quese multiplicaquando se divide

FAMALICÃO | RECITAL

FAMALICÃO | MÚSICA

Recital de piano a quatromãos em Famalicão

Schubert, Gershwin, Brahms e Busonisão os compositores em destaqueno recital de piano a quatro mãosagendado para este sábado, na Casadas Artes de Famalicão. As mãos,neste caso, são de Maria do CéuCamposinhos e Shao Xiao-Ling. Comum percurso de mais de uma déca-da, as duas tem atuado em diversoslocais, como no Festival Internacio-nal de música de Aveiro e AtneuComercial do Porto, entre outros.Duas histórias que se cruzam, ten-do como ponto convergente a pia-nista e pedagoga Helena Sá e Costade quem foram ambas discípulas.

A história do piano a quatromãos, uma das formas mais aprecia-

MARIA DO CÉU CAMPOSINHOS E SHAO XIAO-LING SÃO AS PROTAGONISTAS DE UMRECITAL DE PIANO A QUATRO MÃOS, PARA OUVIR ESTE SÁBADO, NA CASA DAS ARTES

Em dois anos e meio, Débora Um-belino levou o seu projeto solitá-rio de exploração de sons, Surma,até sete países em mais de 150concertos. Tinha apenas o single“Maasai” quando começou a gra-var o disco de estreia e todo ocaminho traçado até aquela alturalhe parecia um período zero quea tinha deixado apenas com von-tade de avançar ainda mais numademanda cada vez mais sua.

Enquanto one woman bandque domina teclas, voz, cordas, pe-dais e botões, e não se deixa fi-car num ou noutro género musi-cal, Surma preparou o seu registode estreia “Antwerpen” como seestivesse num laboratório. O dis-co foi lançado em outubro doano passado e a crítica fez-lhe osmelhores elogios. Saiba porquê,este sábado, no café-concerto daCasa das Artes de Famalicão, apartir das 23h30. Os bilhetes cus-tam 3 euros (1,5 com desconto) |||||

das e difundidas da música de câ-mara, remonta à Inglaterra do Sécu-lo XVII. Cem anos depois, no sécu-lo XVIII, aparecem obras para cravocompostas por Johann Christian(1735-1782), filho de J.S. Bach, paradois instrumentistas. Com o desen-volvimento do piano e o aumentode sua tessitura, o uso do instru-mento por dois músicos foi facilita-do e incentivado.

Algumas teorias dizem que o sur-gimento do formato piano a quatromãos teve grande dose de neces-sidade social: numa época em queas oportunidades de aproximaçãoentre jovens de sexos opostos erambem mais limitadas, tocar um mes-

mo instrumento possibilitava um con-tacto físico e um entrelaçar de mãos,mesmo quando a música não exigia.

Com o advento do Romantismo,o piano assumiu um lugar ímpar napreferência do público e naturalmen-te, o repertório do género ampliou-se. O nome de F. Schubert (1797-1828) impõe-se como alicerce e ins-piração. A sua obra para piano aquatro mãos é provavelmente, a maisvasta, comparada à de outros gran-des compositores.

O recital de Maria do Céu Cam-posinhos e Shao Xiao-Ling está mar-cado para as 21h30 deste sábado,13 de janeiro. Os bilhetes custam 4euros (2 euros com desconto). |||||

Surma revelaem Famalicãodiscode estreia

Esta sexta-feira, o auditório da Bibli-oteca Municipal de Santo Tirso aco-lhe o habitual concerto do ano novo,promovido pela Câmara Municipal deSanto Tirso. E à semelhança do anoanterior, é protagonista deste espec-táculo o Ensemble de Violoncelos deSanta Cristina, dirigido pelo violon-celista David Cruz.

“Marchas e Danças ao Ano Novo”dá o mote para este concerto de ce-lebração do novo ano, que integraainda como convidados especiais osGaiteiros da Ponte Velha. Um espetá-culo que se fará entre o erudito e opopular, numa proposta diferente tra-zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa Cristinae a Associação Cultural Tirsense.

De acordo com o programa doconcerto, revelado esta semana narenovada agenda cultura do municí-pio, fazem parte obras de Manuel deFalla, de Tchaikovsky e, entre outros,de Serguei Prokofiev. O concerto teminício às 21h30 e a entrada é livre. |||||

SANTO TIRSO | MÚSICA

Concerto deAno Novo naBibliotecaMunicipal

Page 4: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

04 | ENTRE MARGENS | 11 JANEIRO 2018

DESTAQUE

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

O célebre físico norte-americano NeildeGrasse Tyson todos os anos, pon-tualmente como um relógio, utiliza asua conta no twitter para fazer a se-guinte observação: “O Ano Novo nocalendário Gregoriano é um eventoarbitrário, porque não é baseado emqualquer evento astronómico de signi-ficância.” Tyson fá-lo em tom jocoso,no fundo tentando desmistificar umdia a que se atribui demasiada relevân-cia simbólica, que ao longo dos tem-pos se foi transformando numa es-pécie de Cabo da Boa Esperança, umadata que serve de antes e depois, umabarreira psicológica marcada no calen-dário. Tempo de reflexão e previsão,

O que trará2018 nosapatinho?OBRAS A CONCLUIR E A ANUNCIAR. MANUTENÇÕES OUDESCIDAS DE DIVISÃO. SURPRESAS. EM ÉPOCA DEPROGNÓSTICOS, O ENTRE MARGENS ENTRA NO NOVO ANO AOLHAR PAR O FUTURO. 2018 ESTÁ AQUI.

num limbo entre memórias e sonhos.Aqui no Entre Margens decidimos

antever, baseados nos dados que te-mos neste momento ao nosso dispor,aquelas que serão as histórias que vãomarcar o ano que ainda agora se ini-ciou. Não é especulação, vamos cha-mar-lhe um exercício de extrapolação.

OBRAS QUE AVANÇAM EOUTRAS QUE CHEGAM AO FIMDurante décadas o nó do ‘Barreiro’foi um ponto negro no percurso naEN-105. É uma zona absolutamentefundamental na circulação rodoviá-ria, de confluência do trânsito ligeirode toda a zona nascente do conce-lho de Santo Tirso e dos pesadosque fornecem o tecido económicodos vales do Ave e Vizela.

Depois de anos de avanços e re-cuos, de soluções mais ou menosdrásticas e de um constante ping-pong político, 2018 vai finalmente sero ano de resolução de um problemacom barbas. O ‘Barreiro’ como é co-nhecido vai passar a ser uma rotunda,em forma de bolacha, nem mais, ealterar completamente o desenho dazona baixa de São Tomé de Negrelos.

Quando em dezembro de 2016Joaquim Couto desvendou o proje-to, seguiu-se um coro de críticas dosmoradores e comerciantes da Rua do

Espírito Santo que viam cortado o seuacesso direto à estrada nacional e odesenho invulgar da solução da ro-tunda também não fez muitos simpa-tizantes. Certo é que a obra foi emfrente e a maioria dos negrelensesparece satisfeita. Os trabalhos come-çaram em pleno verão pré-eleitoral e,quer Joaquim Couto, quer RobertoFigueiredo venceram de forma robus-ta o sufrágio de outubro passado.

Com a travessia pela Ponte do Espí-rito Santo requalificada desde mea-dos de novembro, o ‘Barreiro’ podeagora avançar com a urgência queuma obra desta envergadura o devefazer. O relógio está a contar e ânsiada população pela solução definitivaaumenta a cada segundo que passa.

Aliás, a fronteira entre São Toméde Negrelos e Vila das Aves, pontode contacto e também de conflitos,do passado e não só, vai ser palco deinúmeras intervenções num futuroque se espera não muito longínquo,às quais 2018 servirá de alavanca.

E tudo começa e termina no par-que do Verdeal. Há vinte anos umoutdoor da autarquia anunciava asintenções de criar um parque de lazerna quinta do verdeal, nas margensdo Vizela. A história é sobejamenteconhecida, mas saltando para o tem-po presente até hoje ideias forammuitas, ação no terreno inexistente.No ano transato, Joaquim Couto veio

à Vila das Aves apresentar um estudoprévio daquilo que são as intençõesdo Município para o espaço, surpre-endendo os presentes com o anún-cio de que o Parque do Verdeal vaiincluir ambas as margens do rio e, porconsequência, as duas freguesias.

Que intenções e ideias existem,não é novidade. Já no passado as hou-ve. Mas aquando da passagem dagestão da estação de caminhos-de-ferro de Vila das Aves para a Câma-ra, o presidente revelou que preten-de incluir o edifício, hoje fechado eabandonado, no futuro parque o queaumenta exponencialmente as hipó-teses de um final feliz para as ambi-ções avenses com mais de duas dé-cadas. Mais para o final do ano o pro-jeto que se deseja final para o Par-que deverá ser apresentado e, pelomenos, deixar as populações sonha-rem com algo ligeiramente mais tan-gível do que um terreno ‘a monte’.

A passagem da gestão das esta-ções de comboios (Vila das Aves eSanto Tirso) abre um conjunto depossibilidades que até agora eram im-possíveis de concretizar. Objetivonúmero um é, claro, abrir os espaçospara os utentes dos comboios. De-pois, dar vida a dois espaços mortosde há anos a esta parte e com elesas zonas que os envolvem. Há muitopara se fazer neste campo, mas 2018promete desenvolvimentos se não

Page 5: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

ENTRE MARGENS | 11 JANEIRO 2018 | 05

definitivos, pelo menos relevantes.A cidade de Santo Tirso, também

ela, terá em 2018 um ano de vira-gem para aquelas que são as opçõesestratégicas do executivo de JoaquimCouto tem para a cidade. Nos últimosmeses a discussão pública tem-se fo-cado nos planos que a câmara divul-gou para a reformulação do LargoCoronel Baptista Coelho e da praçaConde São Bento. Foram organizadassessões públicas de esclarecimento,há uma petição online a decorrer, con-tudo a história ainda vai no prólogo.Recentemente, Joaquim Couto afirmouque “os projetista vão ter em conta aspreocupações das pessoas”. Na ver-dade tudo não passa ainda um con-junto de intenções e estudos prévi-os, mas o aperitivo demonstrou quea comunidade está atenta, o que ésempre de louvar. O projeto final para

ambos os espaços deverá ver a luzdo dia na segunda metade do ano.

Em execução encontra-se já a ViaPanorâmica, projeto que vai alterarsignificativamente a circulação auto-móvel dentro da cidade, em especiala ligação à Fábrica de Santo Thyrso, àestação de caminhos-de-ferro numcorredor que atravessa a Quinta deFora até ao Museu Internacional deEscultura Contemporânea (MIEC). Aconclusão da empreitada está agen-dada para o verão.

No mesmo sentido, o Centro deArtes Alberto Carneiro está neste mo-mento em construção num quartei-rão da Fábrica de Santo Thyrso. O es-paço surge no seguimento de acor-do entre o Município e o artista paracedência de parte do seu espólio queservirá de acervo permanente do no-vo centro. A primeira pedra foi lança-da em setembro passado o que co-loca o final de 15 meses de obrasmesmo no final deste ano.

O Mercado também será requalifi-cado e em 2018 as novidades serãomuitas neste campo. O projeto nestemomento em desenvolvimento pelaarquiteta espanhola Laura Alvarezdeve ser dado a conhecer ainda esteano, depois dos estudos que a câ-mara trouxe a público em 2016.

Para os próximos meses estão pre-vistas iniciarem-se obras na zona deFrádegas, na reformulação daquela im-portante entrada na cidade de SantoTirso que resulta de um acordo com aInfraestruturas de Portugal (IP). No mes-mo âmbito, a Câmara vai avançar coma criação de um novo acesso a Fontis-cos e a reformulação do nó da Ermidajunto ao acesso à autoestrada.

O parque escolar tem sido o focode uma forte requalificação e as in-tervenções nesta área vão continuarem 2018. Em Vila das Aves, a EscolaBásica Quintão 2 encontra-se no ceiode uma requalificação profunda queterminará em meados deste ano, sen-do que se seguirá a EB 2, 3.

Quanto ao desporto, após umano de conquistas marcantes e úni-

das Aves tem efetuado uma épocaem montanha-russa. O talento existee é possível vislumbrar-lhe o cerneem flashes aqui e ali, mas a inconsis-tência tem destroçado aspirações. Asoportunidades de golo surgem comalguma facilidade e, depois do em-pate caseiro frente ao Porto e das vitó-rias que se seguiram, a equipa pare-cia embalada para atingir outro pata-mar. Mas nada disso se concretizou.

O CD Aves é décimo sexto classi-ficado da Liga NOS com catorze pon-tos no final da primeira volta do cam-peonato. A segunda volta adivinha-se intensa e a colocar os nervos emfranja aos adeptos avenses. A ma-nutenção seria um feito inédito e, ànossa escala, monumental.

Já a secção feminina de voleibolcontinua a sua caminhada imparávelagora na II Divisão. A subida ao prin-cipal escalão parece estar ali mesmoao alcance e as comandadas de Ma-nuel Barbosa têm sido implacáveis nocampeonato. O caminho está traça-do e tudo indica que as alegrias vãocontinuar.

Ainda na esfera do clube, a ques-tão do Centro de Estágio vai certa-mente ser central. As obras estão pa-radas, existe um relvado sintético jáinstalado. O futuro próximo da obraé nebuloso e 2018 adivinha-se quentenesta vertente.

Só no final do jogo se confirmamou não os prognósticos, parafrase-ando João Pinto, ex-capitão do FCPorto. Neste tempo de esperança naincerteza do futuro ficam as promes-sas e as ideias para a posteridade. Sêbem-vindo, 2018. |||||

cas, os prognósticos para 2018 sãomais reservados. As históricas subi-das de divisão que deram alegriasincalculáveis aos avenses encontram-se em situações delicadas. No futsal,a liga Sportzone tem sido imperdoá-vel para as cores do Desportivo. OAves é último classificado, com duasvitórias em dezassete jogos, a seispontos da linha de água quando ain-da faltam nove jornadas para o finalda fase regular.

Na equipa júnior o cenário é ligei-ramente melhor. Os miúdos avensessão penúltimos classificados com de-zanove pontos em dezoito jornadase encontram-se próximos do grandecorpo de equipas que compõem azona norte da primeira divisão. ODesportivo certamente disputará oplay-off para evitar a despromoção.

A equipa principal do Desportivo

Para os próximos me-ses estão previstas inici-arem-se obras nazona de Frádegas, nareformulação daquelaimportante entrada nacidade de Santo Tirso.

NAS IMAGENS, O PROJETODE REQUALIFICAÇÃO DO NÓDE FRÁDEGAS, DO CENTRODE ESTÁGIO DO CLUBEDESPORTIVO DAS AVES EAINDA DO ESPÓLIOESCULTÓRICO DE ALBERTOCARNEIRO QUE DARÁORIGEM A CENTRO DEARTES A CONSTRUIR NAFÁBRICA DE SANTO THYRSO.

Page 6: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

06 | ENTRE MARGENS | 11 JANEIRO 2018

OPINIAO~

Meu CaroIrmão e Amigo

Antes de tudo o mais, a minha ale-gria pela tua existência, Irmão maisvelho e meu Amigo do coração.

Ao leres estas linhas não te preo-cupes em saber quem sou porque soutudo o que te rodeia e contigo cons-tituímos esta Terra magnífica.

Alegro-me com as tuas alegrias esofro com os teus sofrimentos.

Ainda que não acredites, acho quetudo o que existe faz parte de umtodo criado com um objectivo. Cadaser criado existe para esse objectivo.Se alguma coisa corre mal para um, éo todo que se vai ressentir. Não hápartes dispensáveis nesse todo.

Tu, caro Irmão e Amigo és um des-se todo, como eu, aliás. Não te admi-res, por isso, que queira o teu bem,mas que o teu bem seja ainda o bemde todos os outros uns… Só faremos eestaremos no Bem quando todos esti-vermos bem. É uma utopia? Onde es-taríamos nós, Humanidade, se nãofôssemos atrás das utopias? A felicida-de não é, afinal, também uma utopia?É para o bem de todos que, cada umde nós, com os talentos que nos fo-ram dados, deve viver e trabalhar.

Então, caro Irmão e Amigo deviaser esse o objectivo maior da nossaexistência – ajudar a que todos pos-sam estar bem.

Já sofreste muito Irmão e Amigo e

José Machado

A administração da Cooperativa Cultural de Entre os Aves, propri-etária do jornal Entre Margens, pede a compreensão de todos osassinantes para os novos valores da assinatura anual do jornal,que entram em vigor no início do ano corrente: 16 euros para osassinantes em Portugal, 30 euros para os do resto da Europa e 33para os do resto do mundo.

Um aumento de preço é sempre um contratempo mas, nestecaso, irá verificar-se um maior número de edições anual, vistotermos alterado a periodicidade do jornal, que passou a ser umquinzenário, em vez de bimensal. Na prática, isso significa que osnossos assinantes receberão num ano mais duas edições do queaquilo que era habitual, resultando assim num valor mais baixopor cada edição (no caso dos assinantes em Portugal) ou numvalor praticamente igual no caso dos assinantes no estrangeiro.

Pretendemos continuar a oferecer um produto bem feito, agra-dável e que deixe o leitor satisfeito e informado e temos projetosfuturos de desenvolvimento de que iremos dando notícia. Deixa-nos muito sensibilizado o carinho de muitos dos assinantes pelonosso jornal, que tantas vezes sentimos quando aparecem a pagara assinatura anual. Gostaríamos de alargar o sentimento de “pos-se” dos assinantes relativamente ao jornal, criando na Cooperati-va Cultural uma categoria de cooperadores honorários. A ideia, adesenvolver, passaria pelo pagamento anual de um pequenocontributo financeiro extra para o desenvolvimento do projetodo Entre Margens, dando a esses cooperadores honorários o di-reito a participar num Conselho Geral cujo objetivo seria debatere definir as linhas orientadoras do jornal Entre Margens nas suasvertentes impressa e digital.

Teremos muito gosto em receber comentários dos nossos assi-nantes a esta ideia de transformar os leitores em proprietários doseu jornal.

Pela administração,Américo Luís Fernandes

Aos assinantes doEntre Margens

eu sofri contigo, podes crer. Podescrer também que o sofrimento nos édado não como um castigo, mas comouma oportunidade de sermos maishumanos (e mais divinos). Saibamo-lo aproveitar para sermos mais sensí-veis ao sofrimento do Outro, para abrir-mos o nosso coração ao ar puro dosbons sentimentos, das boas acções.

O sofrimento só é verdadeiramen-te mau quando nos aniquila, nos fe-cha o coração ao amor, à solidarieda-de, à humildade, ao despojamento,a novos horizontes na nossa vida, ho-rizontes que nada nem ninguémpode limitar.

Esta carta, caro Irmão e Amigo temuma finalidade: apelar à tua enormeforça interior para pôr os teus talentosdefinitivamente ao serviço da Huma-nidade, para abrir o teu coração aoOutro, seja ele quem for que necessi-te de ajuda, para colocar os teus bra-ços ao serviço de causas verdadeira-mente úteis para que o bem de to-dos possa ser um dia alcançado. Eque contribuição podes tu dar!

Não pactues com a inveja, a igno-mínia, a mentira, a injustiça, seja emque área for. Nisso, faz-te radical!

Alguns deixar-te-ão; tu deixarás ou-tros. Dirão ainda outros que “amalucas-te”! A maioria esmagadora, essa estarácontigo, talvez silenciosa, mas estará.

Há duas coisas, no entanto, que nãonos permitem ver, muitas vezes, ondeestá a verdade e a justiça: o desejodo ter e do poder! Só rejeitando-os,ou dominando-os se consegue a liber-dade necessária para as ver com ni-tidez. Mas cuidado: aceitá-las é, qua-se sempre, meio caminho andadopara sermos dominados por elas!

Caro Irmão e Amigo é tempo dever a tua luz brilhar, a luz imensa deum Homem de Bem, totalmente de-dicado à defesa da verdade, da justi-ça, da fraternidade solidária. Uma luzincómoda, desinstaladora, política,religiosa e socialmente incorrecta. Étempo de ver permanentemente natua boca um sorriso de alegria.

É essa luz, é esse sorriso que to-dos os teus Irmãos e Amigos comoeu desejam ver, seguir e agradecer.

Podes crer que, bem maior que astuas empresas, as personalidades quete bajulam, são as lágrimas de grati-dão daqueles a quem, algum dia,mataste a fome, libertaste da injusti-ça, defendeste da mentira.

Chegou a hora meu bom Irmão eAmigo. Coragem!

Sempre contigoFica bem.

O sofrimento só é ver-dadeiramente mauquando nos aniquila,nos fecha o coração aoamor, à solidariedade,à humildade, ao despo-jamento, a novoshorizontes na nossavida, horizontesque nada nemninguém pode limitar.

“Pretendemos continuar a oferecerum produto bem feito, agradávele que deixe o leitor satisfeito einformado e temos projetosfuturos de desenvolvimentode que iremos dando notícia.

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: QUINZENAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 16 EUROS / EUROPA - 30,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 33,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA CCEA: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES (PRESIDENTE); LUDOVINA

SILVA E JOSÉ ALVES DE CARVALHO (VOGAIS).

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, Nº 234 (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE)

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES.

REDAÇÃO: PAULO R. SILVA E LUDOVINA SILVA.

O ESTATUTO EDITORIAL DO ENTRE MARGENS PODE SER LIDO EM: HTTPS://

JORNALENTREMARGENS.WORDPRESS.COM/ESTATUTO-EDITORIAL/

COLABORADORES: JOSÉ PACHECO, JOSÉ PEREIRA MACHADO, TIAGO GROSSO, NUNO MOTA, MIGUEL MIRANDA,

ADÉLIO CASTRO, FELISBELA FREITAS, FELISBELA LUÍS FREITAS, HUGO RAJÃO, ASSUNÇÃO LINO, CELSO CAMPOS, ELSA

CARVALHO, LUÍS AMÉRICO FERNANDES.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO.

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS.

COBRANÇAS/DISTRIBUIÇÃO E PUBLICIDADE: MANUEL AZEVEDO.

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA DE S. BRÁS, 1 - GUALTAR 4710 -073 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 596 - 11 JANEIRO 2018

Page 7: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

ENTRE MARGENS | 11 JANEIRO 2018 | 07

CARTOON // VAMOS A VER...

Ser canhoto ou esquerdino está hojepraticamente despido de carga nega-tiva… mas quando eu era criança eraum enorme estigma. Sofri muito porisso… além das palmadas da mãe… quedoíam, mas não muito, fui alvo de hu-milhações e escárnio público na esco-la. Se fosse hoje diríamos que era bul-lying, mas, há 50 anos, era normal.

Eu era uma espécie de “ave rara”,um erro da natureza que tinha de sercorrigido. A minha professora da en-tão chamada Escola Primária, uma mu-lher execrável (é a primeira vez que oescrevo e admito, pois foi sempre umamulher muito admirada pela comu-nidade pela mão firme que exibia jun-to das crianças) parecia ter prazer emmostrar publicamente as minhas li-mitações nos trabalhos manuais, queme obrigava a fazer com a mão direi-ta, assim como exibir a minha cali-grafia, absolutamente ilegível, tambémresultado do uso da mão direita. Ho-je sabemos que obrigar as crianças amudar as suas preferências lateraispode ter desvantagens, como dificul-dades em distinguir a direita da es-querda, transtornos na escrita ou até,dislexia. Eu tenho claramente dificul-dades em distinguir direita e esquer-da… (não nas opções políticas !!!).

A Escola Primária foi uma suces-são de insucessos, quatro longos anosde angústias, em que na fila dos “mei-os burros”, militei com muitas lágri-mas à mistura. Curiosamente esta tor-tura não me matou a vontade de sa-ber, nem me transformou em alguémque odiasse a escola e com insucessoescolar a longo prazo… pelo contrário,foi nela que passei toda a minha vida,tive muitos sucessos e amo com pai-xão a profissão de professora.

Vem este texto a propósito do pra-zer que recentemente tive, de comera sopa ao lado de uma canhota comoeu. Pela primeira vez o meu cotovelonão embarrou no parceiro e não tivede me desculpar. Claro que hoje sercanhoto já não é relevante, os paisaceitam bem e até acham graça aofacto de a criança usar a mão esquer-

Ser canhoto

Mais uma vez, a morte resolveu darsinal de vida... e arrancou-nos a Rosa.E, como rameira cínica, sádica e im-placável que é, fê-lo de novo, naépoca natalícia.

Esta Rosa, era mãe da mulher daminha vida e avó das minhas filhase por isso, era mãe de praticamentetudo que tenho e sou.

Mas era muito mais, que o muitoque isso era... Ela era uma serena for-ça da natureza, que se reerguia sem-pre, a cada novo tranco da vida, quepeitou tantas vezes a morte que nosconvenceu que esta última maleita,seria mais uma das muitas que játinha posto para trás das costas.

Ela nasceu e viveu uma boa par-te da sua vida no “Puto” como eraconhecido o pequeno Portugal eu-ropeu, na altura triste, cinzento e defuturos nevoentos. Já casada e comfilhos, tal como muitas outras Rosas,arrostou adamastores sempre reno-vados e demandou o mar oceanoprocurando num pedaço do Portu-gal ultramarino, um futuro luminosopara si e para os seus. E foi em An-gola, um vasto pedaço de chão, úbe-re, vibrante, rico de diamantes, pe-tróleo, história, tradição e acima detudo de sonhos, que recomeçou a

O perfume da Rosasua vida e reconstruiu o seu mundo.

No entanto, como todos os paraí-sos, também este tinha a sua maçã...E, como sempre, os homens, apesardos repetidos e aflitivos gritos daHistória, abocanharam-na sôfregos,cegos de orgulho e ganância... E emlugar de partilhar aquele vasto chão,as mútuas riquezas, os saberes, a cul-tura e a história, terçaram armas e tro-caram tiros e bombas. E a Rosa viu,como muitas outras Rosas de cá ede lá, o seu mundo feito em peda-ços, numa imensa e mútua tragédia.

E de novo no Puto, sozinha, de-sempregada, com pouco mais queas roupas do corpo, quatro filhos, omarido e o filho mais velho perdi-dos algures em Africa, a Rosa, maisuma vez, enclavinhou as unhas noslombos da vida e recomeçou comurgência, com o quase nada nadaque tinha à mão, que o futuro dosfilhos não esperava.

E a seu tempo, com muito traba-lho, determinação e sofrimento, aRosa recuperou o seu filho maisvelho, o seu marido e construiu umnovo ninho no velho mundo.

E quando a vida já rolava, maisou menos em velocidade de cruzei-ro e eu conspirava para lhe levar umafilha, a morte, sempre ela, arreba-nhou-lhe o marido. E mais uma veza vida ficou-lhe em pantanas.

Mas a verdade é que também des-ta feita não a prostou, nem vergou.

Mas as linhas com que coseu estenovo recomeço, obrigaram-na a ela ea mim a partilhar a filha que eu queriasó para mim e ela, coitada, pagou

isso com língua de palmo, porque àconta disso, teve de me aturar, literal-mente, até ao seu último suspiro.

Enfrentou a velhice e a doença coma resiliente serenidade concedidaapenas aos afortunados que alcan-çam uma inabalável, indiscutível eindiscutida fé.

Até muito próximo do fim, enclavi-nhando, agora, a sua mão na minhae fazendo ouvidos de mercador àsdores das artroses, às armadilhas dascataratas e às partidas do cérebro,fazia orgulhosamente sem bengala,o seu passeio lúdico-fisioterapêuticoaté ao fundo do quintal, cada diamais distante e penoso.

Sem queixumes nem revoltas, lu-tou até ao derradeiro sopro, que lhequebrou o corpo mas não o espírito.

Espero um dia ser abençoadocom uma centelha, por mínima queseja, da desconcertante serenidadecom que enfrentou a morte de váriosdos seus entes queridos e com queviveu os seus últimos momentos.

Penso que todos nós tivemos, ounos cruzamos com uma Rosa, quepoderá até chamar-se Dália, Marga-rida, Rosalinda, ou Florinda... Prestoaqui a todas elas, mulheres de têm-pera rija, na pessoa da nossa Rosa,o meu sentido tributo.

Tenho a certeza que mesmo quea rameira maldita a arranque outrasmil vezes, jamais conseguirá arrancar-nos o seu perfume. O perfume daRosa continuará a perfumar para sem-pre a nossa jornada.

Votos que este novo ano, seja omelhor de todos. |||||

Adélio Castro Maria Antónia Brandão

da para fazer tudo, desde pegar nacolher da sopa, a escrever ou cortarqualquer coisa. Há até quem julgue,pois alguns estudos das neurociên-cias apontam para isso, que os ca-nhotos, os que “usam a mão do dia-bo” pensam mais criativamente, usammais o pensamento divergente, o quepermite responder melhor aos desa-fios dos tempos modernos.

No entanto, penso que os esquer-dinos ainda não procuram materialadequado às suas necessidades, o mer-cado oferece todo o tipo de produtos,desde canetas, tesouras, afia-lápis, fa-cas para cortar pão, passando por reló-gios específicos para esquerdinos eaté acessórios de cozinha, equipamentode golfe, roupa ou ratos para compu-tador. A vida de um canhoto pode ago-ra ser bem mais fácil do que no passa-do, os professores e os pais das crian-ças, agora mais informados e atentos,podem ajudar ao seu desenvolvimen-to harmonioso e equilibrado. Ser ca-nhoto não é mais motivo de angús-tias e sofrimentos. Ainda bem! ||||||

Os esquerdinos aindanão procuram materialadequado às suas ne-cessidades, mas o mer-cado oferece todo o tipode produtos...”.

“Sem queixumes nem revoltas, lutouaté ao derradeiro sopro, que lhequebrou o corpo mas não o espírito.ADÉLIO CASTRO

Page 8: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

08 | ENTRE MARGENS | 11 JANEIRO 2018

ATUALIDADE

www.ortoneves.pt

VILA DAS AVES | ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS

A disputada eleição do início do mêscontinua a dar que falar. Na primeiraassembleia-geral após a reeleição deCarlos Valente como presidente da di-reção, realizada a 19 de dezembro, adiscussão foi acesa, sobretudo no quediz respeito aos acontecimentos quemarcaram todo o processo eleitoral.

Com a presença em bom númerode sócios ligados à lista liderada porJoaquim Pereira, também ele presen-te, o plano de atividades para o anode 2018 acabou por ser aprovado pormaioria, com a abstenção destes. Emdeclaração de voto, José Bento, expli-cou que se absteve porque os docu-mentos votados não foram disponibili-zados com tempo para consulta prévia.

Em exposição do plano de ativida-des, Carlos Valente assinalou que asprioridades para o próximo ano sãoa renovação dos balneários, masculi-no e feminino, a criação de uma zonade prontidão, a reabilitação da cen-tral telefónica e a possibilidade decompra de um camião cisterna demaior capacidade que já está assina-lado, mas que dependerá das condi-ções do negócio.

No âmbito do orçamento, o técni-co de contas responsável, BenjamimCunha anunciou que está previsto,em 2018, os gastos serem de 883mil euros e os proveitos de 921 mil,o que significa um saldo positivo arondar os 38 mil euros. De notarainda que, do valor total, os gastos

REUNIÃO PARA APROVAÇÃO DO PLANO DE ATIVIDADES PARA 2018 AQUECEU COM A DISCUSSÃO EMTORNO DO PROCESSO ELEITORAL. REVISÃO DOS ESTATUTOS ESTÁ EM CIMA DA MESA.

Balanço pós-eleitoral marcaAssembleia dos Bombeiros

com pessoal equivalem a 492 mileuros, sendo que do lado da receitaestão previstos 65 mil euros em quo-tas e 270 mil euros da Clínica deFisioterapia.

O ATO ELEITORAL E AS ALTE-RAÇÕES DE ESTATUTOO nível da discussão mudou quan-do o assunto passou a ser o ato elei-toral, ainda fresco na memória detodos os presentes. Fernando Silva,vice-presidente no anterior manda-to, abriu o livro e questionou a dire-ção sobre os acontecimentos do dia1 de dezembro. Numa longa interven-ção, o ex-membro da direção dirigiu-se a Carlos Valente e a AdalbertoCarneiro, não só pela forma como aseleições decorreram no próprio dia,nomeadamente quanto à presença deseguranças privados e à questão donúmero de urnas e mesas de voto,mas sobretudo no modo como o pro-cesso foi conduzido, incluindo a datada realização das eleições e o acessoaos documentos e cadernos eleitorais.

Fernando Silva aproveitou aindaa ocasião para interpelar Carlos Va-lente sobre as suas palavras na en-trevista que concedeu ao Entre Mar-gens. “Quando saí de vice-presiden-te fiz questão de não fazer chinfrimao contrário do que se possa imagi-nar, nunca falei publicamente sobrea minha saída”, afirmou, consideran-do que o presidente da direção men-

tiu quando disse que “falou com todosos elementos demissionários da an-tiga direção e ninguém lhe disse nada”.

Em resposta, Adalberto Carneiro,quanto à questão estatutária justifi-cou-se com a interpretação jurídica elegal do que está nos estatutos. O pre-sidente da mesa da assembleia refe-riu que essa interpretação resultoude uma consulta a vários advogados,com opiniões distintas, e que portan-to está baseada na lei. “Temo que osestatutos não estão corretos e preci-sam de ser corrigidos”, concluiu.

Já Carlos Valente foi mais incisivo

Fernando GonçaloVale é o novoPresidentedos ‘Vermelhos’As eleições do passado dia 21 dedezembro elegeram o tesoureirode longa data da Associação Hu-manitária como novo Presidenteda Direção. Fernando GonçaloVale sucede assim a Asuil Dinisque decidiu não se recandidatara mais um mandato de quatroanos, abrindo caminho para a elei-ção daquele que foi tesoureiro daAssociação Humanitária duranteos últimos mandatos.

Os órgãos sociais da Associa-ção Humanitária dos BombeirosVoluntários de Santo Tirso será as-sim compostos por: Fernando Gon-çalo Vale (presidente), ArmindoMachado Balsemão (vice), JoséAugusto Ferreira (tesoureiro), Ar-tur Carneiro e Horácio Rosa (se-cretários), Joana Linhares Carnei-ro e Francisco Ferreira (vogais).

Asuil Dinis, Gil Ferreira Balse-mão, Manuel Ferreira e Isabel Rêgona mesa da assembleia-geral. Já oconselho fiscal é composto porAgostinho Ferreira, Fernando Jor-ge Moreira e Nuno Linhares.

A nova direção e órgãos soci-ais da Associação Humanitáriados Bombeiros Voluntários de San-to Tirso toma posse este sábado,dia 13 de janeiro. ||||||

nos esclarecimentos, recuando mes-mo no tempo para observar que “hou-ve um tempo em que havia dois esta-tutos, que se usavam consoante des-se mais jeito” e que é preciso decidiro que serve e o que não serve naquestão estatutária.

No que diz respeito às acusaçõesde Fernando Silva, Carlos Valente con-tra atacou o seu ex-vice, dizendo que“ser não falou para a praça públicacomo é que a sua carta de demissãoestá inteira na internet?”. A perguntaretórica advém do facto de a cópiaque existe na direção estar danificadadevido a um incidente, sendo que aúnica versão da carta na íntegra estána posse do demissionário. “Se a cartaaparece inteira no facebook deve-seunicamente ao titular da mesma”, re-torquiu. Já em resposta à questão dosseguranças, Carlos Valente assegu-rou que foram contratadas para agili-zar o processo de votação que teriasido muito mais moroso se não ti-vessem presentes, dado que erampessoas com experiência neste tipode eventos.

Antes, o sócio e bombeiro LuísSilva propôs que fosse discutida seri-amente a passagem de todos os bom-beiros a sócios o que, segundo CarlosValente, pode ser uma realidade, ga-rantindo ainda que será formada umaequipa para estudar e apresentar umaalteração dos estatutos da Associa-ção Humanitária. ||||||

O nível da discussãomudou quando o as-sunto passou a ser oato eleitoral, aindafresco na memória detodos os presentes.Fernando Silva, vice-presidente no anteriormandato, questionou adireção sobre a formacomo as eleições decor-reram, mas sobretudono modo como o pro-cesso foi conduzido,incluindo o acessoaos documentose cadernos eleitorais.

BOMBEIROS | ELEIÇÕES

Page 9: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

ENTRE MARGENS | 11 JANEIRO 2018| 09

VILA DAS AVES | ASSEMBLEIA DE FREGUESIA

||||| TEXTEXTEXTEXTEXTTTTTOOOOO: : : : : PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Com os votos favoráveis da oposi-ção, o orçamento e Plano Plurianualde Atividades (PPI) foram unânimespara os deputados. Neste sentido, aassembleia aprovou aquilo que consi-derou ser uma extensão das opçõesestratégicas até aqui seguidas. Segun-do a posição dos deputados da co-ligação Por Todos Nós, este “PPI émuito parecido aquele que apresen-taríamos se estivéssemos desse lado,portanto votamos favoravelmente.”

Adalberto Carneiro, dando voz àorientação da oposição, referiu queespera que o executivo seja bem-su-cedido naquilo a que se propõe, masavisou “nunca um executivo da Jun-ta da Vila das Aves, das mais diver-sas cores políticas, acabou um man-dato sem razões de queixa da Câ-mara Municipal.”

Após o primeiro trimestre à frentedos destinos da Junta de Freguesia,os deputados do PS elogiaram o com-portamento do executivo durante este

tempo. Tiago Sampaio congratulou ajunta pelo dia aberto do AIVA, gran-de promessa eleitoral de JoaquimFaria, enquanto Maria Celesteenalteceu as atividades do “Aves emNatal” e Cristina Valente o diálogocom a comunidade.

Do lado da oposição, AntónioCosta trouxe à assembleia um con-junto de preocupações, e, não sen-do novas algumas delas, insistiu naimportância de a junta as equacionar.A limpeza das ruas, um dos seusgrandes cavalos de batalha dos últi-mos anos, continua a preocupar, re-feriu, bem como o muro do cemité-rio, que já levara Joaquim Carneiro,habitual destas assembleias, a inter-vir no período do público.

Joaquim Faria recebeu com ironiaas questões levantadas por AntónioCosta: “nota-se que o deputado An-tónio Costa está sempre na oposição,já estava há quatro anos e hoje voltaa estar.” O presidente referiu que noque diz respeito às limpezas tem tido“um feedback positivo” das pessoas,

sobretudo a limpeza do adro da igreja.Relativamente às obras iniciadas

em setembro pelo anterior executivo,questão levantada pelo deputadoPaulo Pinheiro (PS), Joaquim Faria es-clareceu que a intervenção na “ruada Bela Vista vai parar porque nãotem projeto, não tem saneamento,não tem águas pluviais, portanto vaiparar durante alguns meses até searranjar uma solução.”

Na assembleia foi dado a conhecero protocolo que atribui a responsabili-dade de realização do “Aves em Mo-vimento”, corrida já com duas edi-ções que rapidamente se tornou umsucesso, à Associação Avense – aa78deixando de ser responsabilidade daJunta de Freguesia. Segundo o presi-dente, “a junta está aqui para apoiaras associações locais”, o que motivouuma resposta de Elisabete Roque Fa-ria, cujo executivo tinha realizado asegunda edição da prova. “A junta nãose sente com capacidade de realizara atividade”, atacou a ex-presidente.

O regimento da assembleia de fre-

guesia foi ligeiramente alterado paraque, segundo Jorge Machado, fiqueem conformidade com a lei. Assim, operíodo do público deixará de seposicionar no período antes da or-dem do dia, como já era tradição naVila das Aves, e passará para o finalda reunião magna (ver caixa). Os de-putados da coligação opuseram-se aesta alteração, mas a sua propostafoi rejeitada pela maioria socialista naAssembleia de Freguesia. |||||

QUE DIZ A LEI SOBREO PERÍODODO PÚBLICO?

A lei 75/2013, que define o regi-me jurídico das autarquias locais,estabelece no seu artigo 49 que“ As sessões dos órgãos delibe-rativos das autarquias locais sãopúblicas, sendo fixado, nos termosdo regimento, um período paraintervenção e esclarecimento aopúblico”. E o artigo 10 do mesmodiploma legal diz que compete àAssembleia de Freguesia “elabo-rar e aprovar o seu regimento”.Trata-se de um período autóno-mo que a Assembleia tanto pode-rá fixar antes ou no fim do perío-do de antes da ordem do diacomo no fim do período de or-dem do dia de cada sessão. |||||

ORÇAMENTO E PLANO PARA 2018 APROVADO POR UNANIMIDADE EM SESSÃO QUE FOI MAISCONTENCIOSA NAS ALTERAÇÕES DE REGIMENTO DO QUE NAS OPÇÕES POLÍTICAS.

Unanimidade em Assembleia morna

“Nunca um executivo da Junta da Vila das Aves,das mais diversas cores políticas, acabou ummandato sem razões de queixa da Câmara Municipal.”“ADALBERTO CARNEIRO

Page 10: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

10 | ENTRE MARGENS | 11 JANEIRO 2018

ATUALIDADE

ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS | VILA DAS AVES E SANTO TIRSO

Estações comvida econvidativas:será agora?

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

O editorial do Entre Margens de 31de janeiro de 2004 apresenta comotítulo “Estações com vida e convidati-vas, para quando?”. A Linha de Gui-marães, requalificada, tinha sido inau-gurada a 18 de janeiro e nem duassemanas tinham passado ainda!

A certo ponto do texto, escrevia odiretor do jornal: “se as estações nãoforem atraentes, com vida, movimen-to e circulação, em breve estaciona-rão num marasmo comovedor e setornarão “apeadeiros” que, como ou-

CÂMARA DE SANTO TIRSO APROVA PROTOCOLO COM IPPATRIMÓNIO(INFRAESTRUTURAS DE PORTUGAL) PARA ASSUMIR AGESTÃO DAS ESTAÇÕES DE SANTO TIRSO E DE VILA DAS AVES

A ENTÃO NOVA ESTAÇÃO FERROVIÁ-RIA DE VILA DAS AVES, INAU-GURADA EM JANEIRO DE 2004

tros desaparecidos, o tempo se encar-regará de inutilizar”.

O editorial do Entre Margens temaspeto de profecia que o tempo veioa confirmar, pois que, o melhor quese pode dizer é que os comboios daLinha de Guimarães param em apea-deiros a que que chamam estações,apeadeiros que têm estruturas deestações mas não podem ser consi-deradas verdadeiras estações. Passa-ram 14 anos e se o movimento decomboios e de passageiros tem vindoa crescer, fazendo acreditar que o in-vestimento foi acertado, não se podedizer o mesmo do investimento emedifícios de apoio. Fora o que respeitaàs necessidades de edifícios técnicos,todos os restantes podem considerar-se, pelo menos atendendo à utilida-de que tiveram até hoje, supérfluos.

Centremo-nos no caso da Estaçãode Vila das Aves. Durante algum tem-po ainda funcionou o bar, por conces-são que obrigava à abertura da salade espera e sanitários. Circunstânci-as várias conduziram ao seu fecho, nãotendo sido a isso alheio o facto de omaior movimento de passageirosocorrer na plataforma do lado opos-to ao bar, pois é na linha 2 que paramos comboios destinados ao Porto egrande parte dos que daí regressam.Há, assim, um desfasamento entre aorganização da linha e as infraestru-turas de apoio. De facto, só fará sen-tido usar a sala de espera, ao abrigodo frio e do vento, se o comboio quese espera vier a estacionar ali ao pé.

Também o acesso à estação tem

vindo a ser feito, preferencialmente,pelo lado norte pelas mesmas razões,tal como a máquina automática debilheteira só aí se justificava. Pode por-tanto dizer-se que se criou uma infra-estrutura de apoio que é demasiadogrande para as necessidades e se pro-moveu uma gestão da linha que re-tirou a essa infraestrutura toda a pos-sibilidade de ter alguma utilidade.

Perante o total fracasso da estra-tégia dos caminhos-de-ferro no querespeita ao uso das estações para afunção para que foram projetadas, sur-ge agora a possibilidade de transfe-rir para a Câmara Municipal a respon-sabilidade de as fazer funcionar. Refe-rimo-nos ao caso das estações deSanto Tirso e de Vila das Aves e semque haja informações sobre a eventua-lidade de Caniços vir a ser geridapela Câmara de Famalicão e a de Lor-delo pela Câmara de Guimarães. Nãodeixa de ser estranho que estaçõesnovas, do século vinte e um, possamvir a ter destino idêntico ao das esta-ções centenárias, servindo de base ainstituições de carácter cultural e re-creativo, por atribuição da autarquiamunicipal, como prevê o protocolo.A outra hipótese é a de instalaçãode serviços municipais.

A Estação de Vila das Aves, cujaconstrução “roubou” parte da áreadestinada ao prometido Parque doVerdeal, pode vir a servir de apoio aeste, como afirmou Joaquim Coutona reunião que aprovou o protoco-lo. Mas isso é secundário, como ésecundário ter ou não ter ocupados

Page 11: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

ENTRE MARGENS | 11 JANEIRO 2018 | 11

O melhor que sepode dizer é queos comboios daLinha deGuimarãesparam emapeadeiros aque quechamamestações,apeadeiros quetêm estruturasde estaçõesmas não podemser consideradasverdadeirasestações.

outros espaços. Fundamental é ga-rantir aos passageiros alguma como-didade no acesso à estação (estaci-onamento incluído), no acesso aosbilhetes (máquina de bilhete e apoioao seu uso) e na espera (sala de es-pera aberta, funcional e próxima daplataforma mais utilizada). E isso sóserá possível com a utilização prefe-rencial da linha 1, que é a menosusada atualmente.

É louvável a tentativa da CâmaraMunicipal de Santo Tirso, que podevir a transformar atuais “apeadeiros”em verdadeiras estações. Mas o riscoé grande, até porque a entidade queestabelece o protocolo com a autar-quia não é a mesma que gere os com-boios e sem cedências desta, pelo quefoi dito para o caso de Vila das Aves,a probabilidade de fracasso é enorme.

ALGUNS DESTAQUES DOPROTOCOLO ENTRE ACÂMARA E A IP PATRIMÓNIO“Pelo presente contrato a IP Patrimó-nio confere ao Município do direitode utilizar (…) parte do edifício depassageiros da Estação de Vila dasAves (…) bem como a área de uso par-tilhado (…)” e “terrenos envolventes

(…) onde se inclui o Parque de estacio-namento com 78 lugares, dos quais50 deverão ficar disponíveis para osutentes do serviço ferroviário”.

“O objeto do presente contrato des-tina-se exclusivamente à instalação deserviços municipais, associações lo-cais, culturais e recreativas sem carátercomercial (…)”

“(…) o Município obriga-se ainda apreservar e manter disponível aosutentes do serviço ferroviário todosos bens identificados como “área deuso partilhado” da Estação de Viladas Aves, designadamente a sala deespera e as instalações sanitárias (…)bem como ainda as plataformas, pas-sagem superior (*) e respetivos aces-sos, devendo ainda para o efeito, pro-ceder à sua manutenção e conserva-ção, suportando todos os custos quelhe são inerentes e cumprir os horá-rios fixados nos termos da cláusuladécima terceira (…) (*sic!)

“Desde já se fixa o horário de funcio-namento da sala de espera e das ins-talações sanitárias, entre as 08h00 eas 20h00, de segunda a domingo.”

“(…) O Município pagará à IP Patrimó-nio o valor anual de 15 523 euros”

“O pagamento da contrapartida men-cionada (…) será efetuado em espéciemediante a preservação e disponibili-dade pelo Município aos utentes doserviço ferroviário de todos os bensde uso partilhado da Estação de Viladas Aves, designadamente a sala deespera e as instalações sanitárias (…) asplataformas, passagem superior (*) e res-petivos acessos (…) suportando a suamanutenção e conservação, todos oscustos que lhe são inerentes e o cum-primento dos horários fixados (…)” (*sic!)

“A contra-partida devida à IP Patrimó-nio poderá ser acrescida de um va-lor anual variável caso se verifique odesenvolvimento de alguma ativida-de geradora de receita para o Municí-pio ao abrigo do disposto no presen-te contrato. Tal valor corresponderáa um montante que fixa em 25% dasreceitas cobradas pelo Município”

UM POUCO DE HISTÓRIAO primeiro troço da Linha de Guima-rães, entre a Trofa e Vizela, foi inaugu-rado em 31 de dezembro de 1883 e

o comboio inaugural era puxado poruma locomotiva a que foi dado o nome“Negrelos”. A Guimarães, o comboiochegou passados alguns meses e a li-gação a Fafe só foi concluída em 1907.A ligação ao Porto era feita em viaestreita pela Maia e Senhora da Hora,terminando na Trindade. Na Senho-ra da Hora era feita ligação para aPóvoa de Varzim mas também se po-dia ir até à Póvoa por Famalicão, deri-vando a partir de Lousado. O canalda linha entre Famalicão e Póvoa estáa ser transformado em ciclovia. A linhaentre a Trindade e a Trofa foi encer-rada em 2001 e destinada ao Me-tro do Porto, que ainda só faz ligaçãoentre a Trindade e o Castêlo da Maia.

Atualmente a Linha de Guimarãescorresponde apenas ao troço Lousado-Guimarães, sendo utilizada a Linhado Minho entre Lousado e Porto.Nesta linha circulam comboios delongo curso (alfa e intercidades, quesó param em Santo Tirso e Trofa) ecomboios suburbanos do Porto. A vi-agem entre Vila das Aves e Porto S.Bento demora 41 minutos nos com-boios mais rápidos e 54 minutos nosmais demorados com um custo de2,65 euros por viagem. |||||

Page 12: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

12 | ENTRE MARGENS | 11 JANEIRO 2018

ATUALIDADESANTO TIRSO | CÂMARA MUNICIPAL

VILA DAS AVES | EMPRESAS

Município mantémcontribuiçãona tarifa daágua em 2018

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

As tarifas da água para 2018 foramaprovados por maioria (6-3) com aabstenção dos vereadores da coliga-ção Por Todos Nós, que em declara-ção de voto sublinham que “esta re-dução do tarifário da águia fica aquémdaquilo que seria o pretendido e ne-cessário para a população”.

Do lado socialista, a declaração devoto realça o facto de “a Câmara Mu-nicipal continuar em 2018 a compar-ticipar a redução do tarifário da águapara famílias e empresas.” No totalsaem do orçamento municipal cercade 245 mil euros anuais para “sal-vaguardar os interesses da popula-ção e das empresas do concelho.

O contrato entre a Câmara Muni-cipal e a Infraestruturas de Portugal(IP) para subconcessão da gestão dasestações de caminhos-de-ferro de San-to Tirso e Vila das Aves à autarquiafoi aprovado por unanimidade dosvereadores do executivo, acarretandoum encargo de trinta mil euros anu-ais para a autarquia. Joaquim Coutopretende que ambas as estações es-

EXECUTIVO APROVOU TARIFAS DA ÁGUA PARA O PRÓXIMOANO E A PASSAGEM DA GESTÃO DAS ESTAÇÕES DECAMINHOS-DE-FERRO DE SANTO TIRSO E VILA DAS AVESPARA A CAMARÁRIA MUNICIPAL

tejam abertas ao público no segun-do semestre de 2018, sendo queestes primeiros seis meses do ano aCâmara estudará a melhor forma dedar vida a dois espaços “abandona-dos” nos últimos anos por parte dasentidades nacionais.

Com os votos favoráveis dos ve-readores da oposição, Joaquim Coutoesclareceu ainda que a Câmara fica-rá responsável pela gestão dos par-ques de estacionamento e que os edi-fícios serão ocupados por associaçõeslocais e serviços municipais de modoa devolver às populações serviços fun-damentais para quem utiliza os cami-nhos de ferro nas suas deslocações.

No período antes da ordem dodia, Andreia Neto questionou Joa-quim Couto sobre a contestação quetem surgido em torno dos planos daCâmara Municipal para intervençãono Largo Coronel Baptista Coelho ePraça Conde São Bento. A líder dosvereadores da coligação pretendeusaber se a câmara dará ouvidos aosapelos dos moradores e comercian-tes e se já existe data para apresenta-ção de um projeto final.

O presidente da Câmara remeteuas respostas para o comunicado dacâmara sobre as sessões de esclare-cimento levadas a cabo durante omês de dezembro, mas adiantou que“as reflexões tiradas dessas sessõesserão absorvidas pelos projetistas”, ati-rando a data do concurso públicopara o segundo semestre de 2018.“Mais importante que o interesseparticular, está o interesse público epenso que, neste caso, as pessoas setêm importado mais com o primeirodo que com o segundo”, concluiuJoaquim Couto. |||||

ESCRITURADA FINALMENTE A AQUISIÇÃO DE UMA PARCELA DA ANTIGAFÁBRICA DE FIAÇÃO E TECIDOS, O INVESTIMENTO VAI AVANÇAR

Casa dos Reclamos anunciafuturas instalaçõesna antiga Fiatece

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Os grandes paineis colocados nasparedes da antiga Fiatece não pas-sam despercebidos, ou não fosse aCasa dos Reclamos especialista nestetipo de publicidade. Uma parte damensagem é direta e clara, referin-do-se às futuras instalações. A ou-tra parte é uma foto antiga, tiradaali mesmo, com a legenda “há 46anos não imaginávamos que o fu-turo da Casa dos Reclamos passavapor aqui”. Bem certo é que, nessaaltura, nem sequer pensariam quehaveria uma empresa com esse de-sígnio. Mas ela aí está, para vir aimplantar-se no espaço onde dan-tes jovens fiandeiras e tecedeiras ga-nhavam o seu sustento e onde, nofim da jornada, poderiam encontrarà espera, na saída do portão, umnamorado…

Miguel Abreu, há algum tempoatrás e a propósito já deste investi-mento e falando da forma como

surgiu a ideia, referiu ao Entre Mar-gens: “lembro-me das histórias domeu pai, que ia para lá brincar, maslembro-me, sobretudo, de uma foto,que penso que será a primeira fotoque o meu pai tirou com a minhamãe, junto ao portão da Fiatece.”

É essa fotografia que retrata osjovens de há 46 anos, FranciscoAbreu Luís e Maria Alice FerreiraMartins, cujo empenho e dedica-ção deram origem à Casa dos Re-clamos. É certamente uma homena-gem que os filhos Miguel e IsabelAbreu, os continuadores da empre-sa lhes prestam ao apostar no de-senvolvimento e crescimento daCasa dos Reclamos, superando to-das as vicissitudes resultantes doincêndio que há pouco mais de doisanos destruiu completamente as ins-talações da firma junto ao EstádioDesde essa altura a Casa dos Re-clamos tem funcionado em instala-ções provisórias junto da Rua daPonte da Pinguela. |||||

Os jovens de há 46anos, Francisco

Abreu Luís e MariaAlice FerreiraMartins, cujo

empenho e dedica-ção deram origemà Casa dos Recla-

mos, surgem nestaimagem que agoraserve para anunci-

ar a mudançade instalações.

Page 13: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

RIBA DE AVE | MANIFESTAÇÃO

ENTRE MARGENS | 11 JANEIRO 2018| 13

Já pedimos uma reunião com a administração dos CTT e estouconvencida que vamos conseguir convencê-los a manter oserviço e, porque não, até trazer mais serviços para este espaço”.

Centenas nas ruas contra oencerramento dos CTT

||||| tEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Mais um capítulo na tormentosa his-tória recente de Riba de Ave. Depoisdo encerramento do balcão da Cai-xa Geral de Depósitos e da periclitan-te situação das escolas da vila, foi avez dos CTT incluir a loja na listabalcões a fechar como parte inte-grante do plano de reestruturaçãoda empresa para os próximos anos.O serviço, com cerca de oitenta anosde história na vila, pode ter assimchegado a um inglório fim.

A vigília do passado sábado jun-tou algumas centenas de pessoasem frente à loja dos CTT para mos-trar o descontentamento da popu-lação em relação ao encerramentoanunciado pela empresa no iníciode janeiro.

Susana Pereira, presidente da Jun-ta de Freguesia de Riba de Ave, consi-dera o encerramento dos serviços “umacontrariedade para as famílias e paraas empresas” que vem no seguimen-

PLANO DE REESTRUTURAÇÃO DA EMPRESA PREVÊ O ENCERRAMENTO DE VINTEE DUAS LOJAS EM TODO PAÍS, LISTA QUE INCLUI RIBA DE AVE. CERCA DETREZENTAS PESSOAS SAÍRAM À RUA EM PROTESTO NO PASSADO SÁBADO.

Melhoramentosda EN-14avançam

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Paulo Cunha, presidente da Câmarade Famalicão mostrou-se satisfeitopela contratualização de uma obra hámuito ansiada pelos empresários daregião, uma vez que vai per-mitir “umacréscimo de atividade económica,produtividade e empregabilidade”.

O contrato no valor de 3,3 mi-lhões de euros contempla a duplica-ção da EN14, entre a rotunda sul davariante nascente a Famalicão e olugar de Vitória e ainda a beneficiaçãodo troço entre Vitória e de Santana,em Ribeirão. Neste lugar vai nasceruma nova rotunda que vai assegurara articulação com a futura via de aces-so à Área Empresarial de Lousado,empreitada a realizar pela autarquiade famalicense.

“Queremos acabar com este pro-blema de mais de duas décadas daNacional 14 e das condições parcasdaquela estrada”, referiu Pedro Mar-ques, Ministro do Planeamento e Infra-estruturas. “Queremos dar mais con-dições da atratividade deste territó-rio para que ele possa ter mais em-presas e mais desenvolvimento eco-nómico e mais emprego. Para que issopossa acontecer precisamos de umavia que substitua uma via tão estran-gulada como a EN-14”, acrescentou.

O presidente da Câmara de Fama-licão relevou a importância daqueledia, já que “há mais de 25 anos quea intervenção na EN-14 é uma legíti-ma pretensão dos famalicenses”. “Estenão foi o primeiro passo mas é umpasso muito importante, concretizam-se argumentos que de facto a obravai começar”, sublinhou.

A obra prevê o alargamento daplataforma para 2x2 vias com sepa-rador central, a reabilitação integral dopavimento e a instalação de semáfo-

O MINISTRO DO PLANEAMENTO E INFRAESTRUTURASDESLOCOU-SE A FAMALICÃO PARA ASSINAR OS CONTRATOSDE MELHORIA DA ‘NACIONAL’ E DOS ACESSOS ÀS ZONASINDUSTRIAIS DE LOUSADO E RIBEIRÃO.

ros para controlo de velocidade e tra-vessia de peões, entre outros trabalhos.

No caso da beneficiação do troçoentre Santana e Vitória a obra con-siste na reabilitação integral do pavi-mento, na construção de novos pas-seios e reabilitação dos existentes ea reformulação e melhoria das con-dições de articulação com rede viá-ria municipal existente.

A EN-14 regista uma taxa médiadiária de circulação de 25 mil veícu-los, sendo 6% deles pesados, sendoque estão também em marcha inter-venções na zona da Maia e da Trofa.

A intervenção hoje contratualizadatem como prazo de conclusão o iní-cio de 2019, sendo que a data apon-tada para o arranque da obra é oprimeiro trimestre de 2019, após ovisto do Tribunal de Contas.

Quanto aos interesses de SantoTirso no acesso da variante à EN-14à autoestrada A3, a posição da Câ-mara Municipal liderada com JoaquimCouto mantém-se, uma vez que nadaainda está fechado. As reuniões con-tinuam e a ambição do Município éque a variante não termine na Trofamas se prolongue até Santo Tirso demodo a servir os interesses das em-presas aqui instaladas. |||||

VALE DO AVE | MOBILIDADE

to de uma série de acontecimentosque tem afetado a vila. Depois dadecisão sobre os contratos das es-colas que afetou de forma decisivaa comunidade escolar ribadavense,as más notícias têm sido sucessivas.

Quanto ao balcão dos correios,a presidente de junta, ladeada pe-los colegas autarcas vizinhos queusufruem do serviço, afirma confi-antemente que é “muito concorrido,há sempre filas e nós sabemos quedá lucro”, portanto, diz, “não perce-ber os critérios utilizados pela em-presa para tomar esta decisão.”

José Maria Fernandes era crian-ça quando os serviços dos correiosse mudaram para o edifício que atual-mente ocupam há mais de seis dé-cadas. “Lembro-me de ser miúdo eassistir à inauguração dos correiosaqui neste sítio”, confessou ao EntreMargens rodeado pelas pessoas quefaziam parte do protesto. “Ainda estasemana estive à conversa com umafuncionária que esteve na abertura

e ainda está viva que chorou quan-do soube da notícia.”

O serviço dos correios está inti-mamente ligado ao crescimento davila de Riba de Ave durante o sécu-lo XX. Este encerramento a juntarao já supracitado marca simbolica-mente o fim de uma era que nin-guém quer ver desaparecer. MasSusana Pereira não vai ficar de bra-ços cruzados.

“Já pedimos uma reunião com aadministração dos CTT e estou con-vencida que vamos conseguir con-vencê-los a manter o serviço aqui e,porque não, até trazer mais serviçospara este espaço”. O atual balcãopresta uma grande variedade de ser-viços e serve cerca de vinte mil pes-soas das áreas vizinhas. “Como sepode verificar é um edifício bonito,com bons acessos, num lugar privi-legiado da vila e com acesso às fre-guesias vizinhas”, acrescentou a pre-sidente de junta. “Por isso tem tudopara funcionar bem”, concluiu. ||||||

SUSANA PEREIRA, PRESIDENTE DE JUNTA DE RIBA DE AVE

Page 14: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

14 | ENTRE MARGENS | 11 JANEIRO 2018

CULTURANa Casa de Chá hácultura paratodos os gostos

“O GUIdance não é sóum festival, é a afirmaçãoda identidadede uma cidade”

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

“Isto começa no corpo”, começou pordizer Rui Torrinha, diretor artístico doGUIdance, que pela oitava vez vai

OITAVA EDIÇÃO DO FESTIVAL INTERNACIONAL DE DANÇA CONTEM-PORÂNEA TEM RUI HORTA COMO NOME DE PROA E UM “SUPERALINHAMENTO” COM ALGUMAS DAS MELHORES CRIAÇÕES DO MOMENTO.

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Em comunicado pode ler-se “tem-se procurado criar uma programa-ção cultural regular que consiste nacriação de exposições durante oano, assim como apresentações oulançamentos de livros” que ficamdisponíveis na biblioteca do espa-ço. Com o objetivo de “divulgar osprodutos tradicionais e regionais”,a Casa de Chá tem recebido desdemaio passado, no segundo sábadode cada mês, os Mercadinhos, das10h às 18h, sendo que o últimosábado é dedicado à saúde, emparceria com as Termas das Caldasda Saúde, visando “debater, mos-trar e permitir às pessoas modos eformas de cuidar da saúde.”

Assim, a Casa de Chá apresen-ta uma programação repleta para oprimeiro trimestre de 2018, conju-gando todas as suas facetas nummenu constante e regular.

Em janeiro, a partir do dia 5, es-tará patente no a exposição de pin-tura de Elisabete Leal, artista natu-ral de São Tomé de Negrelos. A 13de janeiro, a iniciativa “De conto aconto… entre pontos” da BibliotecaMunicipal realiza-se na Casa de Cháe dia 19 do mesmo mês, Maria Oli-

ARTES PLÁSTICAS, LITERATURA E BEM-ESTAR CONVIVEMCOM A BELEZA NATURAL DE UM DOS ESPAÇOSHISTÓRICOS DA CIDADE DE SANTO TIRSO.

Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

José Miguel Torres

MassagistaRecuperação Física

Rua de Romão 183 | Vila das AvesTelm.: 93 332 02 93 | Telf.: 252 871 386

veira apresenta o seu livro “Do Ou-tro Lado”, pelas 22 horas. O Espa-ço Saúde de janeiro, realizado nodia 27, será subordinado ao temaSão Valentim.

Para o mês de fevereiro, está pre-parado para dia 6 de manhã, aapresentação do livro “O Que Há...Na Barriga do Meu Pai?” de FabíolaLopes, sendo que na mesma sema-na, no sábado dia 10 de fevereiro,será realizado um Espetáculo Multi-disciplinar. No dia 23, às 22 horasé inaugurada a exposição de foto-grafia de Eduardo Pereira que esta-rá patente até 26 de março. O Es-paço Saúde de dia 24 será dedica-do ao Dia do Pai.

Para março estão designadas arealização de mais um EspetáculoMultidisciplinar e a apresentação dolivro “Os contos do meu pai”, pri-meira de três partes de uma anto-logia dedicada à família, constituí-da por dez contos da responsabili-dade de dez autores diferentes, nofim de semana de 16 e 17 março.Na Sexta, dia 30, às 22h CarlosCorreia inaugura a sua exposiçãona Casa de Chá que estará patenteaté dia 23 de abril. A fechar o mês,o Espaço da Saúde realizar-se-ácomo “Especial Primavera”. |||||

PROGRAMAÇÃO DO PRIMEIRO TRIMESTRE

trazer a Guimarães nomes maiores dadança contemporânea nacional e in-ternacional. No total, espalhados pe-los oito dias do festival, serão noveespetáculos, duas masterclass, deba-

NA IMAGEM, “AUTOBIOGRAPHY” DEWAYNE MCGREGOR CUJA ESTREIANACIONAL TERÁ LUGAR EMGUIMARÃES NO DIA 1 DE FEVEREIRO

GUIMARÃES | FESTIVAL INTERNACIONAL DE DANÇA CONTEMPORÂNEA

Page 15: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

ENTRE MARGENS | 11 JANEIRO 2018 | 15

MACHADO & LOBÃO, LDA.

Telefone: 252 872 305 | Fax: 252 941 681 | Rua António Abreu Machado -4795-034 Vila das Aves | [email protected]

TECTOS FALSOS | DIVISÓRIAS |APLICAÇÕES EM GESSO |

DECORAÇÕES

ELECTRICIDADE AUTO | MECÂNICA GERAL | TACÓGRAFOS | LIMITADORES DE VELOCIDADE | ALARMES | AUTO-RÁDIOS

Av. 27 de Maio, 817 | Vila de Negrelos - Telf.: 252 870 870 - Fax: 252 870 879 | E-mail: [email protected]ço de colisão: Pq Industrial Mide | Lordelo | Tel. 252 843 383 | Email: [email protected]

no pequeno auditório, mais um re-gresso aguardado desta vez da con-ceituada Vera Mantero com “O Lim-po e o Sujo” onde corpos educadose deseducados “expurgam, limpam eexpulsam as contaminações do inte-rior dos seus corpos” à medida que“manuseiam objetos, palavras, movi-mentos e intensidades.”

Joana von Mayer Trindade &Hugo Calhim Cristovão apresentamno dia 3, 18h30, no Black Box doCentro Internacional de Artes JoséGuimarães (CIAJG) o espetáculo inti-tulado “Da insaciabilidade no casoou mesmo tempo um milagre”, umapeça que parte de Almada Negreirospara uma “coreografia focada no ex-cesso, na sobreposição de padrões.”

No mesmo dia, pelas 21h30, é avez de um dos nomes de destaquedo GUIdance se apresentar ao pú-blico vimaranense. Rui Horta, nomemaior da dança nacional e internaci-onal, estreia no palco do grande au-ditório CCVF, “Humanário”, criaçãocompletamente nova que “nasce deum olhar muito forte sobre este terri-tório”, afirmou Rui Torrinha.

O espetáculo inédito versa preci-samente sobre as temáticas chave doGUIdance, uma vez que mistura cor-pos amadores e profissionais da re-gião para criar numa teia de sentidose abordagens sociológicas da regiãoe da cidade que, segundo o criador,presente na conferência de impren-sa de apresentação do festival, pre-tende refletir “sobre a humanidade.É o retrato sobre o indivíduo. Quecelebra as pessoas na plenitude dasua beleza e curiosidade humana”.

O aclamado criador volta ao pal-co no recomeço do festival, a 7 defevereiro, na Black Box do CIAJG, pararepor o seu espetáculo solitário “Ves-pa” onde mais uma vez releva a suarelação com a cidade de Guimarães.“As pessoas já me cumprimentamquando passo na rua”, afirmou. “Pas-sei 15 dias em cuecas no Vila Florquando andava a ensaiar a Vespa”,

acrescentou Rui Horta em tom joco-so usando este exemplo para de-monstrar a ligação íntima que tem coma comunidade

“A programação do festival éexcecional”, elogiou Rui Horta, “o queme deixa numa posição de fragilida-de de alguém que se vem confrontarcom os melhores.” O criador aplau-diu ainda a capacidade do festivalem atrair nomes como a MarleneMonteiro Freitas que, segundo o pró-prio, “está a reescrever a história dadança contemporânea mundial” esobe ao palco do pequeno auditóriodo CCVF no dia 9 de fevereiro, às21h30 com o espetáculo “Jaguar”.

Outro dos grandes focos do GUI-dance, versão 2018, é o espaço paracriadores gregos com duas peças emcartaz, na perspetiva de alargar a ideiade “território”. Primeiro no dia 8, pe-las 21h30 no grande auditório, apeça “Cementary” de Partícia Arpegi eno dia 10, no black box do CIAJG,às 18h30, “Titans” de Euripides Las-karidis, surge no programa como o“objeto mais estranho, mais visual,que nos leva a questionar”, referiu odiretor do festival.

Para Rui Horta, esta ligação comos “gregos é bestial”, porque vem noseguimento da entreajuda que de-correu nos tempos da crise financei-ra e está agora a dar resultados.“Quando Portugal e Grécia estão jun-tos a celebrar os seus artistas, algode importante acontece”, acrescentou

A fechar o cartaz do GUIdance2018, no serão do dia 10 de feve-reiro, pelas 21h30, o grande auditó-rio do CCVF recebe o regresso daaclamada companhia belga PeepingTom com o espetáculo “Vader”, quereflete sobre “a decadência, o vazio,a indiferença e a fúria quando a vita-lidade nos abandona”.

A oitava edição do GUIdancedecorre de 1 a 10 de fevereiro nacidade de Guimarães. Os bilhetes jáestão à venda. Mais informação emwww.ccvf.pt |||||

tes e conversas com criadores e oenvolvimento da comunidade atra-vés dos embaixadores da dança, RuiHorta e Joana von Mayer Trindade.

A abrir o certame, dia 1 de feve-reiro no grande guditório do CentroCultural Vila Flor (CCVF), WayneMcGregor regressa à cidade-berçocom a estreia em solo nacional dapeça “Autobiography”. No espetáculoaclamado pela crítica especializada poronde passou, McGregor sequenciouo seu genoma humano, converten-do-o em algoritmos que dão origemaos movimentos coreografados.

O espetáculo de abertura é, aliás,sintomático em relação à abordagemtemática que o GUIdance exploranesta edição, “da ancestralidade àcriação de futuros”, com um olhar so-ciológico, quase antropológico, sobrea história da dança contemporâneae do meio que a envolve, neste casoa cidade de Guimarães e o que elarepresenta.

No dia seguinte, 2 de fevereiro,

INICIATIVA VISA APOIAR OS ESTUDANTESNA PRÓXIMA ÉPOCA DE EXAMES

A pensar na próxima época de exa-mes, a Biblioteca Municipal de San-to Tirso alargou o horário de fun-cionamento. O horário especial es-tará em vigor até 28 de fevereiro,sendo que neste período o espaçocultural funcionará todos os diasúteis, até às 20h00. Ao sábado, aBiblioteca também estará aberta,entre 10h00 e as 18h00.

Segundo nota de imprensa di-vulgada esta semana pela CâmaraMunicipal, “só na primeira semanade 2018, e já com horário alarga-do, a Biblioteca Municipal recebeu2100 utilizadores, sendo por issoespaço público privilegiado no quetoca ao apoio ao estudo”.

ENCONTRO COM ANAMARGARIDA CARVALHOA Biblioteca Municipal de SantoTirso é também um lugar de en-contros com escritores. E já estasexta-feira, 10 de Janeiro, recebe

Ana Margarida Carvalho para umaconversa descontraída com jovense adultos em torno dos seus livros.Ana Margarida de Carvalho é jor-nalista e escritora. Nasceu em Lis-boa, onde se licenciou em Direito,tendo focado a sua atividade pro-fissional no jornalismo, assinandoreportagens que lhe valeram setedos mais prestigiados prémios dojornalismo português.

Em 2013, publicou o seu primei-ro romance “Que Importa a Fúriado Mar”, que venceu por unanimi-dade o Grande Prémio de Roman-ce e Novela APE/DGLAB. Seguiu-se “Não se Pode Morar nos Olhosde um Gato”, vencedor do PrémioManuel Boaventura. Em 2017, a au-tora lançou o seu primeiro livro denão-ficção “Julgamentos que Mu-daram a História” (Desassossego)e o seu primeiro livro de contos“Pequenos Delírios Domésticos” (Re-lógio d’Água). |||||

SANTO TIRSO | BIBLIOTECA MUNICIPAL

Biblioteca Municipalcom horárioalargado até fevereiro

A programação do festival é excecional,o que me deixa numa posição defragilidade de alguém que sevem confrontar com os melhores.”RUI HORTA, COREÓGRAFO

Page 16: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

16 | ENTRE MARGENS | 11 JANEIRO 2018

DESPORTO

Funerária das AvesAlves da Costa

Telef. 252 941 467Telem. 914 880 299Telem. 916 018 195

Serviço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanente

Tlf: 252 871 309 Fax: 252 080 893 | [email protected]

CHAPEIRO | PINTURA | MECÂNICA GERAL

Rua Ponte da Pinguela, nº 224 | Vila das Aves

Rivalidaderegional acabaem derrota

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Duelo de vizinhos com a rivalidadeà flor da pele. Duas equipas em posi-ções complicadas na tabela classifi-ca-tiva a precisar de pontos. As listasverticais encarnadas do Desportivocontra xadrez verde do Moreirensenum jogo que, para os adeptos deambas as equipas, vale mais do queos três pontos em disputa. É a rivali-dade que agora se renova no princi-pal escalão do futebol nacional.

O Aves até entrou melhor na par-tida. Amílton e Salvador Agra nas alascomeçaram endiabrados e causaramvárias dores de cabeça à defensivaforasteira. Do Moreirense pouco sevia, mas aos 19’ na sequência de umlance de bola parada cobrada por Rú-ben Lima, a defesa do Aves não resol-ve o assunto e a bola acaba por sobrarpara Arsénio que no limite da peque-na área inaugurou o marcador.

O resultado era enganador, masa partir daí o Aves ressentiu-se. Aturma de Lito Vidigal ainda domina-va a posse de bola, no entanto asocasiões de perigo iam escassean-do. Paulo Machado era o mais escla-recido da equipa avense e ia muni-ciando as suas iniciativas ofensivas.

Apesar do controlo da bola, como passar dos minutos o contra golpedos visitantes ia-se tornando maisperigoso, apanhando invariavelmen-te a linha defensiva do Aves desposi-cionada. Aos 24’ Aouacheria sur-giu com muito perigo e desenvenci-lhou-se de dois adversários, mas re-matou para as mãos Quim.

FUTEBOL | LIGA NOS

O SEMPRE QUENTE DÉRBI COM O MOREIRENSEAZEDOU PARA AS CORES AVENSES COM A DERROTA EMCASA POR 1-2. EQUIPA DE LITO VIDIGAL ESTÁ NUMAFASE PERICLITANTE, MAS AINDA FOI A CHAVES BUSCARUM EMPATE. DESPORTIVO TERMINA A PRIMEIRA VOLTAACIMA DA LINHA DE ÁGUA.

18 - V. SETÚBAL17 12 17 - ESTORIL17 12

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - FC PORTO 17 45

2 - SPORTING 17 43

3 - BENFICA 17 40

4 - BRAGA 17 375 - MARÍTIMO 17 27

7 - V. GUIMARÃES 17 23

9 - BOAVISTA 17 21

10 - TONDELA 17 19

11 - BELENENSES 17 19

6 - RIO AVE 17 27

17

13 - FEIRENSE 17 17

16 - CD AVES

17 1414 - PAÇOS DE FERREIRA

17 14 15 - MOREIRENSE17 14

12 - PORTIMONENSE 17 18

238 - CHAVES

BRAGA 2 - RIO AVE 1

CHAVES 1 - CD AVES 1

MOREIRENSE 0 - BENFICA 2

SPORTING 5 - MARÍTIMO 0FC PORTO 4 - V. GUIMRÃES 2

ESTORIL 0 - FEIRENSE 2

CHAVES - V. GUIMARÃES

PAÇOS FERREIRA - MARÍTIMO

PAÇOS FERREIRA 1 - PORTIMONENSE 1

BOAVISTA - PORTIMONENSETONDELA - FEIRENSEBELENENSES - RIO AVE

SPORTING - CD AVES

BRAGA - BENFICA

JORNADA 17 - RESULTADOS

MOREIRENSE - V. SETÚBAL

TONDELA 1 - V. SETÚBAL 1BELENENSES 1 - BOAVISTA 1

ESTORIL - FC PORTO PRÓ

XIM

A JO

RNAD

A 12

A 1

5 JA

NEIR

O

O maior balde de água fria, numfim de tarde já por si gelado, aconte-ceu à passagem do minuto 39’, quan-do mais uma vez num lance de bolaparada, a defesa do CD Aves vaciloue após um primeiro toque de cabeça,Derley coloca a bola dentro da pró-pria baliza. 0-2 para o Moreirense.

Descontente com a atuação da suaequipa, Lito Vidigal não esperou pelointervalo para fazer alterações. Ime-diatamente retirou Vítor Gomes decampo e fez entrar Arango e reforçara frente de ataque.

O segundo tempo teve menos rit-mo e menos ocasiões. Arango cor-respondeu a um livre de Nildo Petroli-na, mas a defesa avense ia compro-metendo a cada lance, deixando Quimdesamparado. Lito colocou mais armasde fogo na frente de ataque. RetirouAgra e colocou Falcone em jogo, paratentar replicar a partida frente ao Fei-rense, mas com pouco efeito.

Arango ia tentando remar contraa maré com a ajuda de Paulo Macha-do, mas o Desportivo das Aves apre-sentou pouco na etapa complemen-tar. Só que aos 76’, Amílton tirou umcruzamento em direção da baliza eJhonatan saiu aos papéis e introdu-

No final da pri-meira volta, oDesportivo dasAves encontra-seno 16º lugar daLiga NOS mesmoacima da linhade água comcatorze pontos.No dia 14, aequipa doDesportivo deslo-ca-se a Alvaladepara defrontar oSporting.

Page 17: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

Rua António Abreu Machado, nº111 | 4795-034 AVESTELEF/ FAX 252 872023 | email: [email protected]

MONTAGENS ELÉCTRICAS

MONTAGENS TELECOMUNICAÇÕES

PROJECTOS E ASSESSORIA TÉCNICA

ASSISTÊNCIA E MANUTENÇÃOGANHE UM ALMOÇO

PARA 2 PESSOASNO RESTAURANTE:

Tenha a suaassinatura em dia e

Estrela do Monte

ENTRE MARGENS |11 JANEIRO 2018 | 17

VOLEIBOL

Invencibilidade continua

FUTSALFC Tirsensecelebrou 80anos de histórias

Histórico do futebol nacional fes-tejou o octogésimo aniversáriocom a presença do presidente daFederação Portuguesa de Futebol,Fernando Gomes. “É uma honrae um orgulho para a FPF estar pre-sente na celebração de um clubecom esta história”, afirmou numdiscurso onde passou revista aopassado dourado do clube.

Em noite de gala e de celebra-ção, o clube prestou homenagema atletas e dirigentes que ao lon-go da sua história contribuírampara os seus feitos. O ponto altoocorreu com o tributo a AlbertoFesta, ícone do clube que, enquan-to jogador representou a seleçãonacional e competiu no campeo-nato do mundo de Inglaterra em1966, na equipa carinhosamentechamada de ‘magriços’.

Para o presente e o futuro é aposta

CLUBE JUNTOU MAIS DE SEISCENTAS PESSOAS EMJANTAR NA FÁBRICA DE SANTO THYRSO.

+ D

ESPO

RTO CAMPEONATO DE PORTUGAL (SÉRIE A)

- Jornada 14: Atl. Arcos 1-1 S. Martinho- Jornada 15: S. Martinho 4 – 1 BragançaClassificação: São Martinho 5º

DIVISÃO ELITE – AF PORTO (SÉRIE 2)- Jornada 13: Tirsense 1-1 Vila Meã- Jornada 13: Lixa 2-1 FC Vilarinho- Jornada 16: Penafiel B 0-2 FC Vilarinho- Jornada 16: Tirsense 1-0 BarrosasClassificação: Tirsense 6º; Vilarinho 10º

Divisão de Honra – AF Porto (Série 2)- Jornada 15: UD Valonguense 3-2 Tirsense B- Jornada 16: Bougadense 3-0 Tirsense BClassificação: Tirsense B 13º

1ª DIVISÃO – AF PORTO (SÉRIE 2)- Jornada 14: CCD Sobrosa 3-1 UDS Roriz- Jornada 15: UDS Roriz 2 -0 ASS NevogildeClassificação: UDS Roriz 12º

2ª DIVISÃO – AF PORTO (SÉRIE 1)- Jornada 12: Aliança de Gandra B 0 - 1 Monte Córdova- Jornada 13: Monte Córdova 1-4 Inter MilheirósClassificação: Monte Córdova 9º

Frente ao Unidos Pinheirense, oDesportivo das Aves somou mais umaderrota ao perder em Gondomar, noPavilhão Municipal de Valbom por 3-1. A equipa da casa marcou primeiroaos 5’ por Hélder Ferreira e aumen-tou a vantagem ainda na primeiraparte por Willian Carioca aos 17’. Nasegunda metade, Freddy aos 35’ fezo terceiro golo e no minuto seguinteIsmael Ferreira reduziu.

Na última jornada disputada em2017, o Aves recebeu e perdeu com o

Burinhosa por esclarecedores 1-6. Pe-los visitantes faturaram Nino, PorfírioLeitão, Pimpolho, Espanhol e Filipinhocom Guedes a atenuar o resultado.

Na jornada 15, o Desportivo foi aCarcavelos defrontar o Quinta dosLombos, somando mais uma derrota,desta vez pela margem mais reduzida,4-2 a favor dos anfitriões. Deixaramo seu nome no marcador AlesandroAlmeida, Manuel Mesquita, BrunoMartins e Ivo Oliveira. Pelo Aves mar-cou Rafael Lopes por duas vezes. |||||

CD Aves afunda-se na classificação

Atletas avenses mantém a liderançainvicta da sua série da II Divisão doCampeonato Nacional ao venceremo AAS Mamede por 3-1.

O Desportivo somou assim a oita-va vitória consecutiva, num encontromuito equilibrado desde a primeirapartida. Apesar de estarmos já qualifi-cados para a 2ª fase, o cansaço senti-do e a boa réplica do adversário, asatletas aos comandos de Manuel Bar-

bo-sa foram suficientemente competen-tes para sair mais uma vez vencedoras.

Os parciais de 25-19; 28-26; 21-25; 25-12 demonstram o equilíbrioda partida disputada em São Mame-de. De salientar que nesta altura daépoca, o Aves é a única equipa femi-nina das divisões fechadas (I e II Di-visão) que mantém a invencibilidade,tendo cedido apenas 3 sets nos 8 jo-gos disputados neste campeonato. |||||

ziu a bola na própria baliza. Um lan-ce absolutamente caricato.

Lito lançou Ryan Gauld para darfrescura ao momento de criação, masaté ao final do encontro pouco maisse viu. O Moreirense venceu o due-lo entre adversários diretos na lutapela manutenção e baralhou as con-tas no final da tabela classificativa.

A deslocação a Chaves para aúltima partida da primeira volta re-sultou num empate que, dadas ascircunstâncias do encontro, valeu umponto precioso que quebrou o ciclonegativo do Desportivo.

Em jogo disputado à hora de almo-ço de domingo, quem teve mais fomede bola foi o Chaves, dominando aposse de bola e o número de ocasi-ões criadas. O Aves posicionou-se naexpectativa e foi eficaz. Muito eficaz.

A jogar com três centrais, a figurados de Vila das Aves acabou por serQuim que ia segurando, como po-dia, o Desportivo no encontro comparadas consecutivas.

Contra a onda da partida, o Avesadiantou-se mesmo no marcador. Apósuma bela jogada de Sami, que se de-senvencilhou de três adversários, abriupara Mama Baldé que cruzou comconta, peso e medida para a cabeçade Derley, em cima do minuto 45’.

Na segunda parte, o Chaves pres-sionou ainda mais conseguiu retrairo Desportivo no seu meio-campo,mas com pouco espaço para criardesequilíbrios, as oportunidades fo-ram mais raras para os da casa. Sóao minuto 79’, o Chaves conseguiualcançar a merecida igualdade nomarcador, com Willian Oliveiracorrespondeu a uma bola parada ecabecear para dentro da baliza.

No final da primeira volta, o Des-portivo das Aves encontra-se no 16ºlugar da Liga NOS mesmo acima dalinha de água com catorze pontos.Na próxima jornada, a equipa doDesportivo desloca-se a Alvalade paradefrontar o Sporting no dia 14 dejaneiro pelas 20h15. |||||

é a formação e o desenvolvimen-to das camadas jovens, na tentati-va de voltar a envolver a cidade ea população nos projetos futuros,ou seja, reaproximar os adeptosdo seu clube.

Para Fernando Matos, presiden-te do FC Tirsense, “o que mais mecustou quando cheguei foi perce-ber não existe nada com o nomedo clube”, e como tal o primeiropasso deve tratar do processo doEstádio e, em parceria com o FCRebordões, a criação daquilo a quechama a cidade do futebol.

Enquanto presidente da Câma-ra, Joaquim Couto aproveitou aocasião para saudar a história da-quele que considera “o mais im-portante e representativo clube domunicípio” e sublinhar a impor-tância das políticas desportivas le-vadas a cabo pela autarquia. |||||

Joaquim Couto aproveitou a ocasiãopara saudar a história daquele queconsidera “o mais importante erepresentativo clube do município”

Page 18: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

VILA DAS AVES

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

Maria Lima de Araújo (Esposa do Sr. José da Costa Jácome)

A família participa o falecimento da sua ente querida, natural deGondizalves - Braga, com 85 anos de idade, falecida no Hospital de V.N. Famalicão no dia 28 de Dezembro de 2017.O funeral realizou-se nodia 30 de Dezembro, na Capela Mortuária de Vila das Aves, para a IgrejaMatriz, indo de seguida a sepultar no Cemitério de Vila das Aves.Suafamília renova os sinceros agradecimentos pela participação no fune-ral e missa de 7º. Dia.Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido, natural deLordelo, com 91 anos de idade, falecido na sua residência no dia 31de Dezembro de 2017.O funeral realizou-se no dia 1 de Janeiro, naCapela Mortuária da Vila de Lordelo, para a Igreja Paroquial, indode seguida a sepultar no Cemitério da Vila de Lordelo.Sua famíliarenova os sinceros agradecimentos pela participação no funeral emissa de 7º. Dia.

VILA DAS AVES

Manuel Dias Machado

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

VILA DELORDELO

Arnaldo Martins Pereira

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

Laurinda Ferreira

A família participa o falecimento da sua ente querida, natural de Lordelo,com 90 anos de idade, falecida na sua residência no dia 23 de Dezembro de2017.O funeral realizou-se no dia 25 de Dezembro, na Capela Mortuária deVila das Aves, para a Igreja Matriz, indo de seguida a sepultar no Cemitériode Vila das Aves. Sua família renova os sinceros agradecimentos pela parti-cipação no funeral e na missa de 7º dia.

(Sogra do Sr. Francisco da Adega de Quintão)

A família participa o falecimento do seu ente querido, natural de Cal-das de Vizela (S. Miguel), com 82 anos de idade, falecido na sua resi-dência no dia 24 de Dezembro de 2017.O funeral realizou-se no dia 25de Dezembro, na Capela Mortuária de Vila das Aves, para a Igreja Ma-triz, indo de seguida a sepultar no Cemitério de Vila das Aves.Sua família renova os sinceros agradecimentos pela participação no fune-ral e missa de 7º. dia.

S. TOMÉ DE NEGRELOS

Álvaro Coelho Fructuoso(Álvaro Arcipreste)

Funeral a cargo de: Agência Funeráriade Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu entequerido, natural de S. Tomé de Negrelos, com95 anos de idade, falecido no Hospital de V.N. Famalicão no dia 16 de Dezembro de 2017.O funeral realizou-se no dia 18 de Dezembro,na Casa Mortuária da Vila de S. Tomé deNegrelos, para a Igreja Paroquial, indo deseguida a sepultar no Cemitério da Vila de S.Tomé de Negrelos.Sua família renova os sin-ceros agradecimentos pela participação nofuneral e missa de 7º. Dia.

BAIRR0

Américo Ferreira Rios

Funeral a cargo de: AgênciaFunerária de Abílio Godinho

A família participa o falecimento doseu ente querido, natural de Bairro,com 88 anos de idade, falecido noHospital de V. N. Famalicão no dia 31de Dezembro de 2017.O funeral reali-zou-se no dia 1 de Janeiro, na IgrejaAntiga de São Pedro de Bairro,indo deseguida a sepultar no Cemitério deBairro.Sua família renova os sincerosagradecimentos pela participação nofuneral e missa de 7º. Dia.

AGRADECIMENTO

VILA DAS AVES

Manuel Ferreira Moreira

Agradecimento

Sua família vam assim, muito sensibilizada, agradecer a todos quese associaram à sua dor, e pelas provas de carinho e amizade que lhesforam endereçadas aquando do falecimento do seu ente querido.A Família.Funeral a cargo de: Agência Funerária Santos Godinho, L.da- Vila das Aves - Telf.: 252 872 140.

2 de julho de 1937 - 25 de dezembro de 2017

ENTREMARGENSAssine edivulgue

Page 19: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa
Page 20: | ENTRE MARGENS 11 JANEIRO 2018 FIM DE SEMANA02jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2018/01/entre-margen… · zida pela Associação Cultural Musi-cal dos Violoncelos de Santa

t. 252 941 021

Osteopatia | Sacro-craniana | Somato-emocionalMesoterapia | Biomagnetismo

Mário Andrade D.O.

Podologia | ReflexologiaDr. Sérgio Marques

Psicologia | Reiki | HipnoseDrª Glória Silva

TRADIÇÃO QUE PARECIA PERDIDA FOI REAVIVADA PELOSMORADORES DA BARCA. O ‘VELHO’ ESTEVE EM CÂMARA ARDENTE AFOI A ENTERRAR NUMA CERIMÓNIA QUE JUNTOU DEZENAS DEPESSOAS NA NOITE DE PASSAGEM DE ANO

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

“Tudo começou numa brincadeira”,revelou Rosário Matos, responsávelpela organização do evento. “Isto jáera uma tradição antiga dos nossosavós, que agora fomos buscar.”

A tradição do enterro do velhopertencia ao centro da vila, mas queentretanto se foi perdendo. Em 2012,

2017 foi a‘enterrar’ para darlugar a 2018

20 | ENTRE MARGENS | 11 JANEIRO 2018

A FECHARPróxima edição

do Entre Margensnas bancas a25 de janeiro

os habitantes do bairro social da Barcadecidiram pegar nas histórias queforam ouvindo enquanto crescerame torna-las realidade. “Esteve paradacerca 20 anos e agora recomeçouconnosco aqui.”

A organização de quatro pessoascomeçou em setembro e em novem-bro já tinham acumulado os apoiosnecessários. “No dia 23 abrimos aquium cafezinho, pusemos o Pai Natal narua a distribuir rebuçados e doces àscrianças da Barca, fizemos um pedi-tório para a ajuda do fogo-de-artifí-cio e dos materiais necessários parafazer o Velho”, continuou RosárioMatos que salientou ainda o apoioda funerária Abílio Godinho.

O ‘Velho’ que vai a enterrar é feitona “hora”. “Arranjamos um fato euma camisa, enchemos com desper-dícios de uma fábrica até o corpo ficarformado. A cabeça também é enchidada mesma forma e depois arranja-mos uma máscara sempre diferente

do carnaval do ano que passou.”Assim, na noite de passagem de

ano as pessoas juntam-se nas proxi-midades da capela improvisada parao efeito para que às 23 horas saia ocortejo que percorre a zona da Barcaaté ao Restaurante Estrela do Montee regressa pelo café Europa nova-mente até à capela.

“As pessoas vestem-se de preto,rezam o terço e choram durante ocaminho, arranjamos roupa de pa-dre para alguns, como um verdadei-ro funeral.” Na chegada da procis-são e à falta de sino, o carro funerá-rio buzina. Á passagem da meia-noi-te “solta-se o fogo-de-artifício, abre-se o champanhe, o bolo-rei e no finaldo fogo, queima-se mesmo o velho.”

A edição deste ano contou coma presença de Joaquim Faria, presi-dente de junta da Vila das Aves que,segundo Rosário Matos da organi-zação ajudou para que o evento serealizasse. “Este ano foi mais organi-zado, o pr3esidente ajudou-nos maisdo que pedimos, participou e veiovisitar-nos.” ||||||

Rio Ave e Desportivo das Avesjogaram ontem o apuramentopara as meias-finais da prova. Ojogo teve lugar no Estádio dosArcos, em Vila do Conde e deledaremos notícia na próxima edi-ção do Entre Margens. Entretan-to, esteja atento à página dofacebook do jornal para se man-ter atualizado desta e de outrasnotícias. |||||

FUTEBOL – TAÇA DEPORTUGAL