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entre MARGENS BIMENSÁRIO | 14 NOVEMBRO 2013 | N.º 506 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected]t PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO A POESIA DE JOÃO FILIPE E OS FILMES DA DUPLA DINIS E DANIEL MACHADO CULTURA // PAG.S 14 E 15 Militantes do PS voltam às urnas e têm agora que escolher entre Jorge Gomes e Joaquim Couto EB1/JI de Santa Luzia requalificada já no próximo ano letivo EDUCAÇÃO // REQUALIFICAÇÃO ESCOLAR Desempenho das escolas melhora mas alunos continuam a ter de estudar mais RANKING 2013 // QUE LUGAR OCUPAM AS ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE SANTO TIRSO? JOAQUIM COUTO REAFIRMA EDUCAÇÃO COMO PRIORIDADE // PÁG.S 8 E 9 LÍDER DA COMISSÃO POLÍTICA CONCELHIA DO PS É ELEITO NO PRÓXIMO DIA 7 DE DEZEMBRO Livro de poesia de João Filipe é apresentado este domingo, às 17 horas EXECUTIVO DE SANTO TIRSO DESCE TAXA DE IMI MAS PSD/PPM QUERIA MAIS

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  • entreMARGENSBIMENSÁRIO | 14 NOVEMBRO 2013 | N.º 506 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDESAPARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURALDE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO A POESIA DE JOÃOFILIPE E OS FILMESDA DUPLA DINISE DANIEL MACHADOCULTURA // PAG.S 14 E 15Militantes do PS voltam às

    urnas e têm agora queescolher entre Jorge Gomes e

    Joaquim Couto

    EB1/JI de Santa Luziarequalificada jáno próximo ano letivo

    EDUCAÇÃO // REQUALIFICAÇÃO ESCOLAR

    Desempenho das escolasmelhora mas alunoscontinuam ater de estudar mais

    RANKING 2013 // QUE LUGAR OCUPAM ASESCOLAS DO MUNICÍPIO DE SANTO TIRSO?

    JOAQUIM COUTO REAFIRMA EDUCAÇÃOCOMO PRIORIDADE // PÁG.S 8 E 9

    LÍDER DA COMISSÃO POLÍTICACONCELHIA DO PS É ELEITO

    NO PRÓXIMO DIA 7 DE DEZEMBRO

    Livro de poesia de JoãoFilipe é apresentadoeste domingo, às 17 horas

    EXECUTIVO DESANTO TIRSO

    DESCE TAXA DEIMI MAS PSD/PPM

    QUERIA MAIS

  • FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 14 NOVEMBRO 2013

    GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

    DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

    No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nestaprimeira saída de novembro o foi o nosso estimado assinante José Alves de Faria,

    residente na travessa de Paradela, nº 120, em Vila das Aves.

    O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

    Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

    Um grandemestre||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

    Lou Reed morreu no passado dia 27de outubro. A perda foi grande. Embo-ra ele tivesse 71 anos e a saúde debi-litada, eu sonhava vê-lo ao vivo numgrande auditório perto de mim, comona Casa das Artes de Famalicão ouno Centro Cultural Vila Flor em Gui-marães. Vi-o na Praça Sony (Expo 98),Pavilhão Atlântico e Jardim da Sereia(Coimbra) e não chegou. Queria mais.

    O grande mestre, como gosto delhe chamar, iniciou a sua longa car-reira a solo, em 1971, depois da ex-periência com os marcantes The VelvetUnderground. O álbum homónimo,apesar de ser bastante bom, nuncafoi visto como tal pela crítica especi-alizada. Um ano depois, lançou o seumaior êxito discográfico, um dosmelhores discos de sempre. Passouo atlântico e gravou, em Londres, al-gumas das canções que ser tornari-am as suas maiores bandeiras: “PerfectDay”, “Walk on the Wild Side” e “Satel-lite of Love”. Que trio! A primeira é atípica música que não cansa; perfeitapara encaixar em inúmeras circuns-tâncias, como no filme “Trainspotting”.

    onde o Bono cantava como se fosseum dueto com a voz pré-gravada deLou Reed. “Transformer” tem só 3músicas? É claro que não. São 11 nototal. “Vicious”, a faixa de abertura,também se sobressai pelo conteúdodicotómico: conotações sadomaso-quistas (“you hit me with a flower”)cantadas com o tom arrogante típicodo nova-iorquino.

    Deixo para o final uma interessantecuriosidade: outro grande nome este-ve envolvido neste álbum. David Bowiefoi o produtor e responsável pelos ar-ranjos, juntamente com o seu compar-sa, Mick Ronson. Esta mesma duplaseria responsável por outros grandesmonumentos do glam rock. |||||

    Dentro de portas - “Transformer”

    EXPOSIÇÃO // NEPAL, AVERTICALIDADE DO SILÊNCIOFamalicão, Casa das Artes (Foyer). Atédia 21 de dezembro. Morada: av. Dr.Carlos Bacelar. 4760-103 Famalicão.

    “Os montes verdes, as planíciesamarelas, o silêncio do mar fossili-zado nas entranhas da orla cos-teira e a imensidão da gente quehabita esse pedaço de terra, man-tém vivo o pulsar da vereda ex-pansiva”. Assim escreve Pepe Brix,(fotografo nascido em 1984, naIlha de Santa Maria), a propósitoda exposição que o mesmo tempatente ao público no foyer da Casadas Artes de V. Nova de Famalicão.

    EXPOSIÇÃO // FIOS DO TEMPOVila das Aves, Centro Cultural. Até 29 denovembro. Horário: seg a sexta: 9h00-13h00 / 14h00-18h00. Morada: ruaSanto Honorato, 4795-114 Vila das Aves.

    A Exposição de Isabel MachadoGuimarães; artista-plástica e desi-gner têxtil que nos apresenta umasérie de trabalhos intitulados ‘Pre-sentiausentia’ que traduzem umaprofunda ligação ao têxtil, não ape-nas pessoal mas de toda uma co-munidade. A artista plástica falaem “depósito de memórias coleti-vas de quem viveu direta (como tra-balhador) ou indiretamente (comofamiliar, habitante) a realidade da

    Fábrica de Fiação e Tecidos do RioVizela (1846-2003)». O conjun-to das obras em exposição, na suamaioria do domínio da instalação,“traduz uma presença que nos édada por uma ausência” escrevea artista-plástica. “As pessoas ape-sar de ausentes estão presentesatravés de uma presença física deobjetos, materiais, ferramentas, má-quinas, resíduos, que fizeram partedo seu quotidiano de trabalho…”.

    CINEMA // GRAVIDADE (3D)Guimarães, Centro Cultural Vila Flor.Dia 17 novembro às 21h45. Morada:av. D. Afonso Henriques, 701. 4810-

    No que diz respeito ao meu próprioobjetivo e destino de viagem, sobre oqual tinha sido interrogado pela Cáte-dra Suprema antes da minha admis-são, era de natureza simples, ao passoque alguns outros irmãos se tinhamcolocado objetivos, que eu podia, evi-dentemente, respeitar bastante, masnão entender plenamente.

    Um grupo de membros de umaOrdem misteriosa parte numa vi-agem iniciática. O seu objetivonão é um destino real, mas atin-gir uma outra realidade - o Paísda Manhã.

    Neste percurso de autoconhe-cimento e união com o Todo,Hermann Hesse reflete sobre aexistência humana numa espéciede peregrinação interior. Pureza,Unidade, Fé e Luz são temáticaspresentes neste livro que, emborapequeno, possui muita espessura.

    Inexpugnável, belo e metafóri-co, Viagem ao País da Manhã convidao leitor a embarcar numa deman-da espiritual repleta de simbolis-mo. Esta mini-fábula revela o talen-to e mestria deste escritor que rece-beu o prémio Nobel, em 1946. |||||

    Fora de portas - Santo Tirso - Famalicão - Guimarães - Vizela431 Guimarães. Telefone: 253 424 700.

    Numa missão espacial a bordo danave Explorer, a inexperiente Dr.ªRyan Stone e o veterano Matt Ko-walski são surpreendidos com umaexplosão que os lança no espaço.No vazio, sem conseguirem con-tacto com a sua equipa de contro-lo em Houston, os dois vão lutarpela sobrevivência. George Clooneye Sandra Bullock dão vida às duasúnicas personagens de todo o fil-me. Com realização do mexicanoAlfonso Cuaron, este “thriller” psi-cológico de ficção científica abriu,fora de competição, a edição de2013 do Festival de Veneza. |||||

    Viagem ao País da manhãHermann HesseCAVALO DE FERRO

    POR // BELANITA ABREU

    A segunda é um hino cuja letra pro-vocatória escapou à censura e cujasprimeiras notas são mundialmenteconhecidas; e, finalmente, a terceira éuma bonita melodia, reciclada anosmais tarde pelos U2 no Zoo TV Tour,

    GRAVIDADE, FILME REALIZADO PELO MEXICANO ALFONSOCUARON, COM SANDRA BULLOCK, É EXIBIDO ESTEDOMINGO NO CENTRO CULTURAL VILA FLOR, EM MAISUMA SESSÃO DO CINECLUBE DE GUIMARÃES.

  • SEXTA, DIA 15 SÁBADO, DIA 16Céu muito nublado. Ventomoderado. Max: 15º / min. 6º

    Céu nublado. Vento moderado.Máx. 13º / min. 5º

    Céu nublado. Vento fraco.Máx. 12º / min. 3º

    DOMINGO, DIA 17

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    FAMALICÃO // MÚSICA

    Já não há surpresas no regressode Jay Jay Johanson. Não porqueo cantor e compositor não tenhanada mais para nos cantar, masporque há muito que os palcosnacionais o acolhem com regu-laridade, fazendo como quepremonitória uma das canções doseu álbum de estreia: “So Tell theGirls That I ’m Back in Town”.

    Estava-mos em agosto de 1996e o músico sueco apresentava-secom “Whiskey”. Desde então, Jay-Jay Johanson deu voltas e revi-ravoltas musicais. Afirmando-secom um estilo pop e uma vozmelancólica, experimentou otrip hop e a música eletrónica. Ese é um facto que o fator surpre-sa se foi desvanecendo, não é me-nos verdade que raramente desi-ludiu os seus fãs.

    Há quem diga que Ja Jay Jo-hanson é o “dandy mais cool” doplaneta e um dos mais moder-

    O regresso de JayJay JohansonACOMPANHADO AO PIANO POR ERIK JOHANSON, OMÚSICO ATUA ESTA SEXTA-FEIRA EM FAMALICÃO

    FAMALICÃO // MÚSICA

    Não há guerra de mais aparatodo que muitas mãos no mesmo prato

    nos músicos contemporâneos.Nascido na Suécia, o andróginoJay Jay já foi ovacionado em fes-tivais, recebeu belas críticas da im-prensa especializada, foi elogia-do por Françoise Hardy e do-cumentado pelo canal francêsARTE. O cantor que afirma só fa-zer boa música em momentos tris-tes e depressivos, regressa a Por-tugal (depois do concerto marca-do para esta sexta-feira em Fa-malicão, o músico apresenta-se nosábado, em Aveiro), acompanha-do ao piano por Erik Jonsson. Na‘bagagem’ traz o seu novo álbum,intitulado “Cockroach” a par da es-perada revisitação da sua carreira,onde figuram os marcantes ál-buns “Whiskey” e “Tattoo”. |||||

    MÚSICA // JAY JAY JOHANSONFamalicão, Casa das Artes (grande auditório). 15de novembro, 21h30. Bilhetes a 12 euros (6 euroscom cartão quadrilátero. Morada: av. Dr. CarlosBacelar. Parque de Sinçães. 4760-103 Famalicão.Telefone: 252 371 297. www.casadasartes.org.

    Na noite de ontem, quarta-feira, oGuimarães Jazz entrou na segundae derradeira semana de concertos efê-lo pela mão do saxofonista e com-positor Andrew D´Angelo. Para estanoite, o grande auditório do CentroCultural Vila Flor acolhe o encontrode Jack DeJohnette e Don Byron,concerto do qual se espera uma mú-sica tão expansiva quanto sincréticae inclusiva, e que contará ainda coma presença de George Colligan eJerome Harris. Na sexta-feira, maisum encontro entre dois grandes mú-sicos, o pianista e compositor Ken-ny Werner e o saxofonista DavidSanchez. Neste concerto, Werner eSanchez apresentam-se em quinteto,retomando uma colaboração fértilentre os dois músicos que começoucom o convite de Werner ao saxo-fonista porto-riquenho para integraruma formação sua que incluía o trom-petista Randy Brecker. Para encerrara edição com chave de ouro, no dia16 sobe ao palco uma das mais re-putadas orquestras de jazz do mun-

    do, a HR Big Band, de Frankfurt,dirigida artisticamente desde 2011por Jim McNeely. No concerto queapresentam nesta edição do Guima-rães Jazz, o convidado principal esolista será o guitarrista John Aber-crombie e serão da autoria deste ex-traordinário músico as composiçõesque nele irão ser interpretadas.

    Todos os concertos desta segun-da semana do festival, têm início mar-cado para as 22 horas, no GrandeAuditório do Centro Cultural VilaFlor. Quanto às atividades paralelas,destaque ainda para a Jam Sessionàs 24 horas deste sábado, que terálugar na Associação Convívio. |||||

    JAZZ // JACK DEJOHNETTE GROUPGuimarães, Centro Cultural Vila Flor. Dia 14 denovembro, às 22 horas. Bilhetes a 20 euros (10 euroscom cartão quadrilátero).

    KENNY WERNER E DAVID SACHEZGuimarães, Centro Cultural Vila Flor. Dia 15 denovembro, às 22 horas. Bilhetes a 20 euros (10 euroscom cartão quadrilátero).

    HR BIG BAND COM JOHN ABERCROMBIEGuimarães, Centro Cultural Vila Flor. Dia 16 de novem-bro, às 22 horas. Bilhetes a 20 euros (10 euros comcartão quadrilátero). Morada: av. D. Afonso Henriques,701. 4810-431 Guimarães. Telefone: 253 424 700.

    GUIMARÃES // MÚSICA

    Guimarães Jazzaté este sábadoUMA GRANDE ORQUESTRA NO ENCERRAMENTO DAEDIÇÃO 2013 DO GUIMARAES JAZZ

    No próximo sábado, a Casa do Terri-tório (no Parque da Devesa, Famali-cão) acolhe o primeiro Encontro deCantares Tradicionais realizado noconcelho, com as atuações, às 21h30,do Grupo de Cantares do Este (Braga)e de Sons do Cancioneiro (Famali-cão). A entrada é livre.

    Abordando uma perspetiva etno-musicológica e enquadrado na mú-sica cantada do Baixo Minho, os can-tares polifónicos executados na re-gião, são manifestações culturais in-timamente ligados às atividades doquotidiano rural agrícola e eram ge-ralmente executados em coletivo.Dos cantares polifónicos das lavradei-ras minhotas à música folclórica, pre-tende-se revitalizar com graciosidadee arte a etnografia. Estes cantares po-lifónicos que durante séculos, anima-ram trabalhos e serões, poderão serrecantados e apresentados como umasituação poético-musical que traz emsi a marca de uma realidade social eartística, dos sons do cancioneiropopular minhoto.

    Numa simbiose vanguardista en-tre os sons e arranjos tradicionais eeruditas, a identidade cultural famali-cense será assim realçada e revigo-rada através dos grupos Cantares doEste e Sons do Cancioneiro. |||||

    MÚSICA // ENCONTRO CANTARES TRADICIONAISFamalicão, Parque da Devesa - Casa do Território. 16de novembro, 21h30. Entrada livre. Morada: ruaFernando Mesquita-Antas, n.º 2453 - D. 4760-034Famalicão. Telefone: 252 374 184.

    Encontro deCantaresTradicionaisDOS CANTARES POLIFÓNI-COS DAS LAVRADEIRASMINHOTAS AO FOLCLORE

  • DESTAQUE04 | ENTRE MARGENS | 14 NOVEMBRO 2013

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    Num prenúncio à sua candidaturaautárquica, que as eleições primáriasde dezembro haveriam de confirmar,Joaquim Couto tentou primeiro a suasorte no confronto com Castro Fer-nandes pela liderança da ComissãoPolítica Concelhia. Estávamos em me-ados de 2012. Couto perdeu. Masvalidada, poucos meses depois, a suacandidatura autárquica e a posteriorconquista da presidência da CâmaraMunicipal de Santo Tirso Joaquim Cou-to surge agora como que o candida-to natural à sucessão de Castro Fernan-des na liderança da Comissão Políti-ca Concelhia. E fá-lo sob um lema(“Um PS Para Todos”) unificador e deestabilidade político-partidária.

    Só que Joaquim Couto não estásozinho na luta pela liderança da es-trutura local do partido. Há um ou-tro presidente na corrida: Jorge Go-mes. O antigo presidente da Junta deSanta Cristina do Couto também foia votos em setembro último conquis-tando a presidência da união de fre-guesias de Santo Tirso, Couto (S. Mi-guel e Santa Cristina) e Burgães. Fac-to que, alega o autarca local, lhe con-fere responsabilidades acrescidas, atépela dimensão da freguesia em cau-sa. Em declarações ao Entre Margens,Jorge Gomes rejeita o confronto, falaantes numa “candidatura pela positi-va”, demarcando-se apenas da candi-datura encabeçada por Joaquim Cou-to por entender que a concelhia nãodeve ser liderada pelo presidente daCâmara. “Acho que o presidente daconcelhia não deveria ser o mesmoque o presidente da Câmara, uma vezque é importante a independênciatanto de uma como de outra, para aca-bar de uma vez por todas com aque-la confusão que as pessoas fazem deque o PS é a Câmara e a Câmara é oPS. É algo que está como que institu-cionalizado há quase 30 anos. Que-ro dar uma voz diferente ao partido”.

    Já o atual presidente da Câmara

    PS // ELEIÇÕES PARA A COMISSÃO POLÍTICA CONCELHIA

    Militantes do PS voltam às urnase têm agora que escolher entreJoaquim Couto e Jorge GomesA CONCELHIA DO PS DE SANTO TIRSO VOLTA À ORDEM DO DIA E POR CONTA DE MAIS UM PROCESSOELEITORAL INTERNO. EM CAUSA ESTÁ A ESCOLHA DO SEU LÍDER, AGORA POR QUATRO ANOS.A JOAQUIM COUTO, JUNTA-SE NA CORRIDA À PRESIDÊNCIA DA ESTRUTURA LOCAL DO PARTIDO O ATUALPRESIDENTE DA UNIÃO DE FREGUESIAS DE SANTO TIRSO, JORGE GOMES

  • ENTRE MARGENS | 14 NOVEMBRO 2013 | 05

    JORGE GOMES

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    TECTOS FALSOS | DIVISÓRIAS |APLICAÇÕES EM GESSO |

    DECORAÇÕES

    Estas eleições representam“um choque com o passado”

    entende como “normal” e benéfico queum e outro sejam a mesma pessoaaté por uma “questão de estabilida-de político-partidária”. E critica quemagora se diz contra quando, alega,noutras alturas não o foram: “disponi-bilizei-me para esta candidatura e aspessoas que em tempos achavam bemque o presidente da câmara fossepresidente da concelhia, agora estãocontra. E com o ‘apoio’ do atual pre-sidente da concelhia criaram uma listaconcorrente encabeçada pelo presi-dente da União de freguesias deSanto Tirso. Não me parece a solu-ção adequada e espero que depoisdo ato eleitoral de 7 de dezembro asituação estabilize”.

    TEMPO DE UNIÃO E RENOVAÇÃODe resto, para Joaquim Couto “este éo tempo da união entre os militan-tes, no sentido de continuar a afir-mar o PS como o grande partido domunicípio de Santo Tirso”. Uma afir-mação que no entender do candida-to saiu reforçada nas últimas autár-quicas com o PS a conquistar umadiferença de 13 pontos percentuaisde distância face ao PSD. Foi, subli-nha Joaquim Couto “a maior vitóriade sempre do PS, frente ao PSD, des-de a criação do município da Trofa”.

    Jorge Gomes reconhece e subli-nha a vitória, mas os números ou asleituras possíveis das últimas autárqui-cas não o deixam tranquilo. “Foi defacto uma vitória, contudo em termosnuméricos, relembro que foi a piorvotação de que há memória para oPS: 17 mil votos nas autárquicas quan-do, por norma, é sempre acima dos20 mil. Isto faz com que esteja preo-cupado. Esta elevada abstenção deve-nos preocupar e levar a pensar naforma de atrair as pessoas novamen-te para o Partido Socialista”, diz JorgeGomes que não gostava que daquia quatro anos “esta onde de indepen-dentes fosse um perigo para o PS”.

    E, talvez por isso, o candidato à li-derança da Comissão Política Conce-

    lhia fale em “renovação” e é tendoem conta o “futuro” do partido e asua “verdadeira renovação” que sediz apresentar como candidato. “Que-ro trazer mais militantes para o deba-te político e não apenas nas ocasi-ões de lhes pedir o voto”, diz JorgeGomes. “É dever e obrigação dos lí-deres políticos valorizar os militan-tes, envolvendo-os na vida do parti-do e no debate de ideias. O PS é detodos os militantes. Para que a esta-bilidade partidária seja real é obriga-tório que todos contem!”

    Em carta dirigida aos militantestornada pública na semana passada,Joaquim Couto não difere muito dosobjetivos traçados pelo seu adversá-rio, quando refere, por exemplo, aconstrução de “um projeto no qualse façam ouvir as mais diversas opi-niões”. “Já demonstrei que sei cons-truir a abrangência essencial para aestabilidade partidária e para a de-mocracia interna”, escreve JoaquimCouto que também sublinha a apos-ta na “renovação”.

    MANDATO DE 4 ANOS PARA PREPA-RAR AS PRÓXIMAS AUTÁRQUICASÀ luz dos novos estatutos do PS aComissão Política Concelhia que sairdas eleições do próximo dia 7 dedezembro virá o seu mandato alar-gado para quatro anos. Quer isto di-zer que terá em mãos a preparaçãodas próximas eleições autárquicas.“Daqui a quatro anos, o candidatonatural é o Dr. Joaquim Couto” dizJorge Gomes recusando a ideia deque se candidata para ser candidatoa presidente de Câmara Municipal.Mas também diz que se lhe pergun-tassem há quatro anos onde estariahoje, “não diria que seria presidentede Junta da União das Freguesia deSanto Tirso”. Ou, por outras palavras,conclui o mesmo responsável políti-co: “Nunca quis ser mais do que aqui-lo que as pessoas me pediram. Masesta candidatura não passa por esseobjectivo”. ||||| *COM: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

    As eleições para a Comissão PolíticaConcelhia do PS decorrem da altera-ção dos estatutos, aprovada em me-ados do ano passado e que, em re-sumo, ditaram que os mandatos dosórgãos nacionais do PS estejam as-sociados aos ciclos eleitorais nacio-nais e os mandatos das concelhias edas secções aos ciclos eleitorais au-tárquicos”. Em consequência desta al-teração, muda também a duração dosmandatos, para um período equiva-lente aos referidos ciclos eleitorais.Com as eleições do próximo dia 7de dezembro, fica-se, por tanto, a sa-ber quem vai preparar as próximasautárquicas. É tempo a mais, entendeo ainda presidente da Comissão Po-lítica Concelhia do PS, Castro Fernan-des. “É demasiada a antecedência comque se faz este ato eleitoral e isso po-de potenciar situações de relativoabandono e desinteresse pela ativida-de eleitoral”, alega o antigo presiden-te da Câmara.

    Mas em declarações ao Entre Mar-gens Castro Fernandes mostrou-seacima de tudo preocupado com aimagem de “desunião” que o partidopassa para o exterior ao avançar-secom dois candidatos. “Quer se quei-ra quer não é incompreensível quedepois de um processo eleitoral co-mo este [autárquicas], em que o PSganhou a Câmara, que não haja acapacidade política de se realizar con-sensos e se avance unilateralmente.Isto representa um choque com opassado pois quando era eu presi-dente de Câmara e presidente da Co-missão Política Concelhia sempre pro-curei consensos”

    “Preocupa-me”, continua Castro

    Fernandes “que esteja de um lado opresidente da Câmara e, do outro,aquele que é o presidente da maiordas uniões de freguesias do conce-lho, que tem quase 30 por cento doeleitorado. Isto fragiliza o PS”. Por qualdas candidaturas vai o atual presi-dente da concelhia torcer, é a duvi-da que fica. “Vou estar atento às pro-postas e depois talvez possa tomaruma posição”, diz Castro Fernandes.“Conforme o que eu vou vendo serpublicado, admito a hipótese de mepronunciar publicamente, fundamen-talmente no sentido da defesa dosinteresses do PS de Santo Tirso e, aci-ma de tudo, do concelho”.

    Já em relação ao secretariado doPS de Vila das Aves “é claro e inequí-voco” o seu apoio a Rui Ribeiro. E istonuma altura em que se fala da hipó-tese de Sónia Martins (que integroua lista liderada por Joaquim Couto àCâmara Municipal) também avançar,para o secretariado local. Facto que oEnte Margens não conseguiu confir-mar em tempo útil. “É um homem queeu conheço há muito anos”, diz Cas-tro Fernandes ainda sobre Rui Ribei-ro destacando o seu trabalho enquan-to dirigente do PS de Vila das Aves.“Ainda bem que o partido optou maio-ritariamente que fosse ele o presiden-te da Assembleia Municipal”, concluio ex-presidente de Câmara. |||||

    CASTRO FERNANDES SOBRE AS ELEIÇÕES PARAA COMISSÃO POLÍTICA CONCELHIA

    “É demasiada a ante-cedência com que se faz este ato eleitoral”CASTRO FERNANDES, PRESIDENTE DACOMISSÃO POLÍTICA CONCELHIA DO PS

    “Disponibilizei-me paraesta candidatura e aspessoas que em temposachavam bem que opresidente da câmarafosse presidente daconcelhia, agora estãocontra. E com o ‘apoio’do atual presidente daconcelhia criaram umalista concorrenteencabeçada pelo presi-dente da União defreguesias de SantoTirso. Não me parece asolução adequada.”

    Acho que o presidenteda concelhia não deve-ria ser o mesmo que opresidente da Câmara,uma vez que é impor-tante a independênciatanto de uma comode outra, para acabarde uma vez por todascom aquela confusãoque as pessoas fazem deque o PS é a Câmarae a Câmara é o PS”.

    JOAQUIM COUTO

  • 06 | ENTRE MARGENS | 14 NOVEMBRO 2013

    OPINIAO~Reforma ou privatização?Última hora!

    Depois das espantosas revelaçõesque terão sido comunicadas a algunsterráqueos privilegiados sobre a de-missão de S. Pedro de “Homem dasChaves do Céu”, eis que outras sesucedem sobre o que se passa noAlém e que vêm confirmar o quede há muito alguns suspeitavam: oInferno já não existe!

    Todos sabemos (ou deveríamossaber…) que o Inferno terá sido cri-ado quando Lúcifer – o Anjo ama-do de Deus – se revoltou contraEle. Foi para aí, para esse ambiente,ao que se sabe de quase impossí-vel sobrevivência que este anjo eos seus seguidores foram relegadoscomo forma de castigo, de ondejamais sairão, apesar de alguns (pou-cos) admitirem que se os huma-nos tiverem muita compaixão de-les, poderão arrepender-se e seremreadmitidos à presença de Deus…

    Esta convicção, a existência do In-ferno, foi fulcral para a consolidaçãoda Igreja no mundo e os rumoresque, nas últimas décadas, nos foramchegando do Alto referindo o seuencerramento ou até a sua inexistên-cia são mais uma acha lançada parauma fogueira que, nos últimos tem-pos, tem animado as discussões en-tre os seus membros e não só.

    Perante estas revelações, aindanão desmentidas, fontes da Igrejadão conta de alguma confusão rei-nante no seu seio, a este respeito.As especulações sucedem-se e mul-

    Numa altura em que mais uma vez setraz para as primeiras páginas dosjornais os resultados das escolas emfunção dos resultados dos exames ese procura uma vez mais também in-ferir que o ensino público, pelo me-nos na escolaridade obrigatória quese estende até ao 12º ano, está feri-do de morte porque não conseguecompetir com o ensino privado ecooperativo, até o representante má-ximo da nossa educação, o ministroCrato, descambou para um rigorismomatemático nu e cru que, se não nosmata de vez, nos deixa exangues eanoréticos. Dizer como terá dito otitular da Educação que precisaría-mos de um ano sem comer para noslivrarmos da dívida pública é umadaquelas atoardas tão irresponsá-vel e insensata quanto a que profe-riu Sócrates, nos seus tempos de des-graça, de que uma dívida públicanunca se paga, mas, por este andar,pelo menos da desgraça da Educa-ção Pública não nos livra o cir-cunspeto ministro.

    Pois bem, sabemos que NunoCrato foi uma das personalidadesque mais se destacou nas críticas aum certo modelo de escola confor-mada com alguma mediocridade,quer seja a da escola “puerocêntri-ca”, aquela onde a criança se encon-tra a bel-prazer e avança a ritmosdiferenciados servida por docentes

    e pedagogias de excelência, quer atípica escola massificada com ummodelo programado para um cida-dão medianamente qualificado masainda assim padronizado em méto-dos conservadores, pouco compatí-veis com uma sociedade altamentecompetitiva e um padrão contempo-râneo ocidental assente na ciência ena tecnologia. Baseou sempre osseus argumentos numa nova culturaescolar de rigor e de exigência atra-vés da redefinição de currículos na-cionais nas disciplinas fundamen-tais, sendo que umas o são mais doque outras, e na avaliação atravésde exames nacionais no final de cadaum dos ciclos. Os padrões de com-paração para tão exigente esforçode adequação aos novos tempos sópoderiam encontrar-se nas socieda-des do norte da Europa, como a Fin-lândia e a Suécia. Esta é em resumoa herança que o atual ministro quispara o nosso país mas logo veremosse será ou não sob a sua tutela ou asua complacência que se irá proce-der ao desmantelamento da rede pú-blica ou ao seu empobrecimento,com autênticos “polvos” ou gruposprivados à escala nacional (com no-mes sonantes como GPS) interessa-dos em “requalificar”, à custa natu-ralmente do erário público, as esco-las que vão sendo assinaladas comclassificações negativas ano apósano. Vejam porém o sr, ministro daEducação e os altos responsáveis dagovernação, este sério aviso à nave-gação que nos chega da Suécia:

    “A Suécia, o país apontado comomodelo para a concessão de esco-las a privados prevista no guião dareforma do Estado, enfrenta sériosproblemas: em maio, “a JB Educa-

    tion”, a empresa que mais escolaspúblicas gere, abriu falência e dei-xou 10 mil alunos sem saber ondeprosseguir os estudos…O aconte-cimento caiu como uma bomba,com o líder da oposição a dizer quea Educação da Suécia tornou-se um“faroeste”. Apesar de não estar emcausa abandonar por completo omodelo de escolas públicas geridaspor privados que se iniciou em1992, estalou a polémica no únicopaís da OCDE em que a Educação é100% financiada pelo Estado. E pro-mete ser um dos temas quentes daslegislativas em 2014…” in, Escolasgeridas por privados dão polémica,Margarida.Davim/Sol.ptA

    Para nosso consolo e porque nemtudo neste capítulo é só desgraças,é de realçar o exemplo que nos vemde uma escola pública tirsense, aEscola Tomaz Pelayo cujo edifíciofoi recentemente qualificado à cus-ta do erário público mas cuja ima-gem de excelência começa a dar nasvistas e a atrair alunos oriundos detodo o concelho e dos concelhos vizi-nhos da Trofa, Famalicão, Lousada,Paços de Ferreira e Vizela. A EscolaTomaz Pelayo passou do 479º parao 180º lugar no ‘ranking’ elabora-do pelo Expresso/Sic com base emdados do Ministério da Educação eCiência. Questionado sobre as ra-zões para esta subida, o diretor doAgrupamento, Fernando Almeida,não fala em milagres mas sim na“humanização das relações”, frutodo “empenho” dos alunos e até de“um certo voluntarismo” dos docen-tes e funcionários. Terá que havereste suplemento de alma para rea-gir às adversidades mas isso não seráo bastante e o suficiente. |||||

    EDITORIAL // ENSINO PÚBLICO

    INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

    DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

    PERIODICIDADE: BIMENSAL

    DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

    TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

    ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

    NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO

    PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

    DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

    SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO.

    DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, S/N (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE)

    APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

    DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES. CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO, LUÍS ANTÓNIO

    MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, JOSÉ ALVES DE CARVALHO (C.P.N.º 4354),

    CATARINA SOUTINHO (C.P.N.º 1391), CELSO CAMPOS, LUDOVINA SILVA, ELSA CARVALHO (C.P.N.º 1769).

    COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PEREIRA MACHADO, JOSÉ PACHECO, ABEL RODRIGUES, PEDRO FONSECA, NUNO

    MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ALBERTO GOUVEIA, CARLA VALENTE, BELANITA ABREU,

    P.E ALEXANDRE SÁ.

    DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

    REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

    COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

    COBRANÇAS E PUBLICIDADE: LINO ALVES

    IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

    RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA

    ENTRE MARGENS - Nº 506 - 14 DE NOVEMBRO 2013

    Luís Américo FernandesO DIRETOR

    tiplicam-se. Uma delas afirma queDeus, percebendo a evolução men-tal do Homem, considerou ser tem-po de acabar com uma imagem ater-radora que não correspondia à ver-dade mas que servia para, de certaforma, controlar os instintos primá-rios da humanidade. Outra explicaque Deus terá encerrado o Infernoporque o Diabo se terá arrependi-do e pedido perdão e não terá en-contrado ninguém para o substi-tuir. Haverá ainda muitas outras, aoque nos informaram, mas uma des-perta uma certa curiosidade e tema ver com o papel que S. Pedro ti-nha como “Homem das Chaves doCéu” e que, entretanto, terá perdi-do. É que, depois de um inquéritosolicitado por Jesus Cristo sobre acorrupção, ter-se-iam encontradoimensas almas condenadas que,face aos Seus mandamentos, deve-riam ter sido, pelo contrário, glorifi-cadas e admitidos ao Céu!

    Os casos terão sido em talquantidade, que Deus só viu umcaminho imediato: acabar com olocal danado, pelo menos até re-pensar o assunto. Para já e ao quesabemos, o Purgatório mantém-se.

    Quem não terá gostado nadadesta resolução terão sido certosmembros da Igreja que sempre de-monstraram e querem continuar ademonstrar que estavam e estãoainda em sintonia perfeita e per-manente com o Deus Supremo, asSuas leis e as Suas vontades e queagora foram apanhados despreve-nidos e se mostram renitentes emadmitir uma nova realidade.

    Vamos a ver como irá evoluiresta situação tão importante paramuitos e espera-se para breve umesclarecimento mais esclarecedorvindo do Alto.|||||

    José Machado

  • ENTRE MARGENS | 14 NOVEMBRO 2013 | 07

    CARTOON // VAMOS A VER...

    Imagine que acabou de beber umcopo de água, no café que frequentaregularmente. Ao sair, o empregadoque o costuma atender chama peloseu nome, informa-lhe que houve umlapso. Diz que a água que lhe entre-gou não era a água que pediu e pedehabitualmente. Ao beber você nãonotou diferença, contudo, o emprega-do informa que se tratava de uma águaespecial. Acrescenta que esta lhe cus-tará não 1 mas 20 euros, e que, umavez que a bebeu, terá que a pagar.Acrescenta que se destinava a umcliente que vem de longe, de propó-sito, para beber essa água ‘xpto’. Re-força que, se não pagar a água, teráque ser ele, o empregado, a pagar doseu bolso, e que se assim for, deixaráde o atender no futuro. - Como reage?

    Imagino que perante este cenário,a sua reação seja: ‘Meu caro, azar davida, o erro é seu’ e acrescenta que, senão o quiser atender mais, ‘amigo, hámais cafés’. Parece- lhe bem? Seria istoque faria?

    Agora imagine que está a sair doconsultório médico onde faz trata-mentos habituais que implicam umainjeção. Antes de chegar à receção omédico intercepta o seu percurso paralhe informar que houve um lapso eque a injeção que lhe deu não era asua mas sim uma outra com caracte-rísticas superiores, muito mais cara.O médico informa-lhe que deverá irà farmácia x, comprar uma e trazê-lapara que ele a possa administrar aodoente a quem esta se destinava. -Como reage? Sem reação?

    Então o médico refere que o ou-tro doente precisa mesmo dessa me-dicação, e que no caso do senhor nãoa pagar, o médico não poderá cum-prir com o compromisso assumido como outro doente. -Ainda sem reação?

    O médico continua dizendo-lheque, mesmo não precisando de ummedicamento tão bom, este está efe-tivamente a ajudar o seu corpo. Acres-centa que, se não a pagar, terá queser ele a pagar do seu bolso e termi-

    A imprensa fez eco de um “caso decopianço”, protagonizado por alunosdo Centro de Estudos Judiciários.Cito o articulista: Esses formandos fo-ram reduzidos ao estatuto de alunos e osformadores elevados à categoria de cate-dráticos. E, assim, em vez de efectiva pre-paração profissional, o CEJ ministra umensino essencialmente teorético, em que acabeça dos formandos é atulhada comtecnicidade jurídica pelos seus omnisci-entes mestres. Não admira que, assim tra-tados, os chamados auditores de Justiça secomportem como alunos, para quem co-piar nos exames sempre foi uma espécie dedireito natural.

    Diz a sabedoria popular que cestei-ro que faz um cesto faz um cento. Quempratica a fraude numa prova, não apraticará no exercício das suas fun-ções? Temos razões para preocupar-nos com a degenerescência da ho-nestidade em pessoas encarregadasde fazer justiça, como em qualqueratividade humana. E, quando ela semanifesta na escola, talvez expliquea degenerescência restante...

    ‘Doença Crónica’na informando que, no caso de nãopagar, ele como médico terá que rea-valiar a postura que tem consigo, pos-sivelmente deixando de o seguir comomédico. - Então, como reage?

    Imagino que a sua reação seja emtudo igual à que teve com o empre-gado. Não! Então? Mas afinal o mé-dico é, ou não, um ser humano comoo empregado de café? É óbvio queno caso do médico, a sua profissãocontém um grau de responsabilida-de acrescida, contudo, são seres hu-manos e estão sujeitos a errar. E ten-do em conta que, quer num caso quernoutro, o erro resultou a seu favorporque haverá a nossa reação serdiferente? Sendo os médicos sereshumanos, porque é que a nossa so-ciedade continua a tratá-los comopessoas que não podem errar?

    Pois, mas o que me chocou nomeio disto tudo não foi o erro, foi apostura. Se errar é humano, intimidare chantagear não!

    Assisti a isto num hospital doutroconcelho mas de uma freguesia vizi-nha. Percebi que as pessoas continu-am a alterar os seus valores e princí-pios dependendo da classe profissi-onal que têm pela frente. São capa-zes de virar costas a um empregadode café deixando-o para resolver osseus problemas mas, oscilam com omedo de deixarem de ser tratadospor um médico, mesmo tendo já per-cebido que a postura deste é tudomenos profissional. Como a socie-dade não trata de arranjar uma cura,o médico intimidante que age comose estivesse a fazer um favor em re-ceber dinheiro em troca de serviçosé uma doença… Crónica...Eu sei! ||||||

    [email protected]

    Um professor-vigia de uma provanacional foi instruído pelo “manualdo aplicador” a colocar os alunos auma “distância prudente” uns dos ou-tros. Inteligente, como qualquer pro-fessor, apercebeu-se de que, semnada dizer, o não-verbal falava maisalto do que o verbal e que ele agiacomo quem considerava estar na pre-sença de seres potencialmente deso-nestos. Com tal procedimento, esta-ria a praticar o chamado “currículooculto”, a transmitir valores negativosaos alunos: mentira, deslealdade,falsidade, “espertismo”... E, como esseprofessor, para além de inteligente,é sensível, sentiu-se um ser miserável.

    Uma escola brasileira decidiu en-viar os deveres de casa através dainternet. Aqueles alunos que reali-zassem todas as tarefas seriam re-compensados com um ponto extrana média do bimestre. A “inovação”foi um sucesso enquanto durou. Cer-to dia, um professor dessa escoladescobriu que as respostas consta-vam de um site de relacionamentocriado por uma aluna. A criativa alu-na foi ameaçada e instada a retiraras respostas do site. Acabou sendosuspensa, disciplinarmente manda-da para casa.

    Li num dístico, à entrada de umhotel: “Caro hóspede, devido à triste es-tatística de três ou quatro toalhas extravi-adas por mês, estamos intensificando a

    revista após o fechamento da sua con-ta”. O absurdo virou instituição. Ha-bituámo-nos a conviver com roubose corrupções. O desrespeito pelapessoa humana banalizou-se. O paísestá imerso numa profunda crise mo-ral. Fingir que não se vê poderá consi-derar-se corrupção moral passiva.

    O Gastão é professor e homemque se diz íntegro. Um amigo do Gas-tão ganhou a eleição para a Câma-ra e convidou-o para ser o chefe dedivisão de educação, criada pelo no-vo presidente. Porém, seria neces-sário conferir seriedade à escolha.Foi aberto concurso público, concur-so universal. Supostamente, qualquercidadão, qualquer professor pode-ria concorrer. Em pé de igualdade!Falta referir que o critério básico paraadmissão a concurso foi ser titularde licenciatura em... Ciências da Reli-gião. O Gastão foi o primeiro (aliás,o único) classificado no concurso.Acrescente-se que o Gastão é pro-fessor de... Moral.

    É preciso acreditar que a crise mo-ral, em que este país está imerso (maisgrave do que a económica…), serácivicamente contrariada, debelada, masnão através da educação que aindatemos. Vale a pena acreditar que ou-tra educação é possível, cultivar aintegridade, pois, como já o velho Pla-tão nos avisava, é curta a distânciaentre a corrupção moral e atirania. |||||

    HonestidadeVós, diz Cristo, falando com os pregadores, sois o sal da terra.E chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra o que faz o sal.O efeito do sal é impedir a corrupção. Padre António Vieira

    José Pacheco

    Crónico

    Fernando Torres

    As pessoas continuam a alterar os seusvalores e princípios dependendo daclasse profissional que têm pela frente”.FERNANDO TORRES

  • 8 | ENTRE MARGENS | 14 NOVEMBRO 2013

    ATUALIDADE

    Disse e repito quetratarei todas asjuntas de freguesiaem igualdade decircunstâncias. Aquiestou, na primeirafre-guesia [cujopresidente da juntafoi eleito pelo PSD],a dar prova disso”.JOAQUIM COUTO, PRESIDENTEDA CÂMARA DE SANTO TIRSO

    Rua António Abreu Machado, nº111 | 4795-034 AVESTELEF/ FAX 252 872023 | email: [email protected]

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    ||||| TEXTO E FOTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

    A fachada tradicional da Escola EB1/JI de Santa Luzia, em Monte Córdova,as árvores da entrada e o recreio comum ligeiro declive já viram crescer mui-tos alunos. Neste momento acolhe56, 19 deles no pré-escolar e 37 noEnsino Básico, e está prestes a sofreruma transformação. Isto porque a Câ-mara Municipal tem em marcha umprojeto de requalificação dos espa-ços exteriores da escola.

    Na última segunda-feira, JoaquimCouto visitou aquele estabelecimen-to escolar, conheceu de perto as prin-cipais necessidades e apresentou oprojeto que ultrapassa os cem mil eu-ros. “A requalificação incide essenci-almente sobre o espaço exterior”, ex-plicou o presidente, “há depois um

    EB1/JI de Santa Luzia requalificadajá no próximo ano letivoPROJETO INCLUI REQUALIFICAÇÃO DA PARTE EXTERIOR DO EDIFÍCIO E ALGUNS ARRANJOS INTERIORES. A OBRARONDA OS 110 MIL EUROS E O PRESIDENTE DA CÂMARA GARANTE: “A EDUCAÇÃO É UMA PRIORIDADE”.

    outro conjunto de reparações feitasno interior, nas paredes, na eletricida-de, no soalho, na pintura. É um in-vestimento de 99 mil no exterior, mais10 mil no interior”.

    O presidente da Câmara esclare-ceu que a obra tem a duração de seismeses e deverá estar concluída noinício do próximo ano letivo. O autar-ca acredita que é “uma escola quenecessita urgentemente de uma inter-venção para dar condições mínimasde funcionamento dentro daquilo queé a media do concelho” e sublinha anecessidade de melhorias, sobretudono recreio: “é aquilo que parece, defacto mais urgente e que é uma defi-ciência na escola, o terreno tem umdeclive, não tem uma cota uniformi-zada e portanto torna muito difícil teras crianças cá fora em dia de chuva”.

    Durante a visita o presidente daCâmara sublinhou que “a educaçãoé uma prioridade” para a autarquia esublinhou “viemos a Monte Córdova,a uma escola com o presidente daJunta [Manuel] Leal e tudo isto tem,obviamente um significado”. JoaquimCouto mantem-se determinado emcumprir o que veio afirmando du-rante a campanha eleitoral e assegu-ra: “disse e repito que tratarei todas asjuntas de freguesia em igualdade decircunstâncias, aqui estou, na primei-ra freguesia, a dar prova disso”.

    O projeto para a Escola de SantaLuzia inclui uma uniformização dascotas, melhoria de acessibilidades, acriação de um parque infantil, umazona de jogos tradicionais, um cam-po de futebol de pequenas dimen-sões e uma horta pedagógica. |||||

    A Torre Sénior iniciou no passadodia 30 de outubro um ciclo de en-contros intergeracionais, em parce-ria com o Colégio ‘A Torre dos Pe-queninos’. A iniciativa pretende pro-mover a partilha de experiências, sa-beres, percursos, sensibilidades e mo-dos de estar entre idosos e os alu-nos do colégio. A abertura do ciclode atividades ficou por conta de daresidente da Torre Sénior, Ana JúliaFidalgo de Matos Pais da Silva, a quemcoube a leitura do conto “O rato docampo e o rato da cidade” da escri-tora Alice Vieira. A história foi acom-panhada pela encenação de mario-netas feitas por um grupo de ido-sos, com materiais simples. “Mostrá-mos às crianças que se pode criar,com materiais simples e com muitaimaginação, brinquedos que servemmúltiplos efeitos. Os nossos talen-tos mereceram a aprovação de todos”,diz a residente da Torre Sénior.

    Após as apresentações, iniciou-sea leitura do conto, finda a qual se ou-viram os comentários e respetivasinterpretações. As educadoras foramestimulando e sugerindo a compa-ração entre o campo e a cidade. Finali-zamos o encontro com uma cançãoe com muita alegria e boa disposição.

    Partilha, aprendizagem, olhar o ou-tro, sensibilizar para a caminhadada vida foram sentimentos semprepresentes. Os alunos prometeramretribuir a visita, certamente tambémcom as suas propostas. |||||

    Encontros intergeracionais

    TORRE SÉNIOR

    EDUCAÇÃO // REQUALIFICAÇÃO ESCOLAR

  • ENTRE MARGENS | 14 NOVEMBRO 2013 | 9

    José Miguel Torres

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    Desempenho das escolas melhora masalunos continuam a ter de estudar maisDOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE SANTO TIRSO, A ESCOLA TOMAZ PELAYO ÉUMA DAS QUE APRESENTA MAIORES MELHORIAS A NÍVEL NACIONAL

    RANKING 2013 // QUE LUGAR OCUPAM AS ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE SANTO TIRSO?

    ||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

    Os rankings das escolas tornadospúblicos nos últimos dias são váriose diferenciados consoante o órgãode comunicação social. Alteram-se asposições do ranking, em alguns ca-sos, até mesmo as médias são distin-tas e as análises são as mais variadas.Em comum têm, todos, o considerá-vel número de médias negativas emexames do 4º, do 6º, do 9º e dosecundário. Ainda assim, o rankingdisponibilizado pelo semanário Ex-presso coloca algumas das escolasdo concelho em posições de relevo.

    A Secundária Tomaz Pelayo ganha,desde logo, protagonismo ao subir299 lugares na tabela referente aosecundário e ocupa a posição nú-mero 180 do ranking geral. Ao ní-vel das escolas de Santo Tirso é ape-

    nas ultrapassada pelo privado Insti-tuto Nun’Alvres, que ocupa a posi-ção 126 e tem uma média de 10,17.Um pouco mais abaixo no ranking,no 236º lugar aparece a D. Dinis e,com uma média inferior, a Secundá-ria D. Afonso Henriques aparece co-mo o número 413. Ainda assim, asnotas dos exames do secundário pu-seram as quatro escolas do conce-lho entre as 100 melhores do distri-to do Porto, num universo de 619estabelecimentos públicos e privados.

    No Ensino Básico a situação alte-ra-se consideravelmente, nomeada-mente no que diz respeito ao rankingrelativo ao 9º ano. As duas primei-ras vezes que Santo Tirso aparece natabela é pelas mãos de duas institui-ções privadas. Primeiro com o Colé-gio de Santa Teresa de Jesus, na po-sição 102, e depois com o Colégio

    de Lourdes, na 143º posição. Com-parando os resultados deste ano comos apresentados pelo Expresso noano passado, a primeira instituiçãocai 59 lugares na tabela geral enquan-to a segunda cai 94. Ainda assim, amédia de ambas mantém-se positiva.

    A primeira Escola pública do con-celho a surgir no ranking ocupa aposição 440 e é a Escola Básica deSanto Tirso. A Escola Básica da Agrelaabandona a posição 845 que ocu-pava em 2012 e está agora em 489ºlugar. Quem também subiu no ran-king foram as Secundárias D. Dinis eTomaz Pelayo e a Escola da Ponte quesubiram 57, 350 e 126 lugares, res-petivamente, e ocupam agora as posi-ções 493, 524 e 722. De acordocom o ranking, a Escola Básica de S.Martinho do Campo ocupa agora aposição 966 e a Escola Básica de

    Vila das Aves situa-se no lugar nº1159, ambas com médias negativas.

    O colégio de Santa Teresa de Je-sus e o Colégio de Lourdes voltam aser as primeiras referências a SantoTirso que surgem no ranking referen-te aos exames de sexto ano e, junta-mente com a Escola da Ponte apre-sentam médias acima dos 3 valores.A maior subida no ranking pertenceà Escola Básica de S. Martinho doCampo, que passa do 747º lugar parao 334º. Quem também alcança umasubida considerável é a Escola Bási-ca de Santo Tirso que está agora naposição 390 (em 2012 ocupava o741º lugar).

    Nos exames relativos ao quartoano o domínio da Escola da Ponte éinquestionável. A escola ocupa a 87ºposição do ranking nacional de to-das as escolas e é a número 11 do

    distrito do Porto. O colégio de SantaTeresa de Jesus surge na posição 319,dez lugares acima da Escola Básicade Santo Tirso. As três estão entre as70 melhores do distrito e as médiascontrastam com as obtidas nas esco-las nº1 de Quintão, em Vila dasAves, que ocupa o lugar 4254, coma de Quinchães, no lugar 4311 e daLage, número 4418.

    Fazendo uma análise mais abran-gente dos rankings dos dois anos éfácil perceber que, de um modo ge-ral, as escolas do município de SantoTirso têm vindo a melhorar o desem-penho e a garantir posições cada vezmais satisatórias nas tabelas nacio-nais. Já em relação aos concelhos vi-zinhos, o destaque vai para o Exter-nato Delfim Ferreira (Riba de Ave,Famalicão) que no ranking do Secun-dário ocupa a 58º posição. ||||||

    A Secundária Tomaz Pelayo subiu299 lugares na tabela referenteao secundário e ocupa agora aposição número 180 do ranking geral.

  • 10 | ENTRE MARGENS | 14 NOVEMBRO 2013

    ATUALIDADE

    Na última reunião de câmara, realiza-da na terça-feira, dia 12, o executivoaprovou a redução do Imposto Muni-cipal sobre imoveis avaliados, de 0,4%para 0,375%, situando-se assim, 25%abaixo do limite máximo estipuladopor lei (0,5%). O presidente da Câma-ra, Joaquim Couto, garante que “estamedida tem como objetivo aliviar osorçamentos familiares” e sublinha que“esta é uma forma da autarquia assu-mir um papel amigo das famílias,ajudando a população do concelho”.

    Este era um dos compromissos deJoaquim Couto durante a candidatu-

    Taxa de IMI desce para 0,375%,PSD/PPM queria maisJOAQUIM COUTO ASSUME COMPROMISSO DE CAMPANHA E REDUZ IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS, MASOS VEREADORES DO PSD/PPM ENTENDEM QUE A CÂMARA MUNICIPAL PODIA E DEVIA IR MAIS LONGE

    ra e com a proposta de diminuiçãoda taxa aprovada, o autarca reconhe-ce que embora a evolução das recei-tas decorrentes da deliberação sejadesfavorável, “com esta decisão, aautarquia assume um esforço de re-dução de receita na ordem dos 350mil euros por ano que pretende re-cuperar com uma maior racionaliza-ção da despesa corrente”. A reduçãodo IMI vai agora ser votada na As-sembleia Municipal onde o PartidoSocialista também detém a maioria.

    Quem não ficou satisfeito com amedida foram os vereadores do PSD/

    PPM que pretendiam ver a taxa dos imo-veis avaliados reduzida para 0,35%e dos não avaliados para 0,6% (atual-mente situa-se nos 0,7%). O partidoassegura que a proposta foi rejeitadapela maioria socialista “que se limi-tou a reduzir de 0,4% para 0,375%a taxa de IMI referente aos prédiosavaliados, e manter a taxa de 0,7%para os não avaliados”. Na sua de-claração de voto, Alírio Cancelesafirmou que a proposta do PS revela-va “pouca ambição” e que não temqualquer impacto no orçamento dasfamílias, reafirmando que a câmara

    “poderia e deveria ter ido mais lon-ge”. Esta redução “não produz qual-quer efeito prático, e só se pode en-tender como uma medida para cum-prir calendário”, continuou. A ban-cada do PSD/PPM diz não compreen-der o porquê de não ter sido reduzi-da a taxa de IMI para os prédios nãoavaliados e sublinha que “JoaquimCouto e a maioria socialista descrimi-naram os tirsenses”.

    Por outro lado, Joaquim Couto pre-tende ainda, durante o ano de 2014,realizar um estudo com vista à criaçãode incentivos aos proprietários quereabilitem edifícios devolutos e quelevem a cabo a limpeza dos terrenosflorestais dos quais são possuidores.

    Na mesma reunião foi ainda apro-vada a transferência de um subsídiona ordem dos 37 mil euros para aUnião de Freguesias de Santo Tirso,Couto (Santa Cristina e S. Miguel) eBurgães referentes a obras e interven-ções que já se encontram concluí-das. Aprovada foi, ainda, a nomea-ção do vereador Alberto Costa parapresidente da direção da Cooperati-va de Apoio à Integração do Defici-ente (CAID) e de Luís Freitas parapresidente do Conselho Fiscal damesma associação.

    SUBSÍDIOS PARA AS ESCOLASNa reunião de Câmara anterior, oexecutivo tinha já deliberado a trans-ferência de verbas, nomeadamente deum subsídio de 41 mil e 350 eurospara livros e material escolar para cin-co agrupamentos de escolas do con-celho, aprovado por unanimidade.Deliberadas foram também as trans-ferências de 6,5 mil euros para a co-bertura de 1013 alunos do 1º ciclocom direito a escalões A e B e dosubsídio atribuído às escolas do pri-meiro ciclo destinado à alimentaçãodos alunos, que ronda os 267 mileuros, valor que sobe para os 403mil euros se forem englobados osalunos do Ensino Pré-Escolar quetambém recebem este subsídio. |||||

    SANTO TIRSO // REUNIÃO DE CÂMARA

    NA IMAGEM, DE VASCOOLIVEIRA, REUNIÃO DECÂMARA DE DIA 30 DEOUTUBRO, A PRIMEIRAREUNIÃO PÚBLICA DONOVO EXECUTIVO CAMARÁRIO

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    ENTRE MARGENS | 14 NOVEMBRO 2013 | 11

    CERIMÓNIA E INAUGURAÇÃO DE CONSTELAÇÃO DA FÉ VÃO MARCARCELEBRAÇÃO NO DIA 23

    ||||| TEXTO E FOTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

    O encerramento do ano da Fé que aIgreja Católica vai celebrar no dia 24deste mês será antecipado na paró-quia avense para a noite anterior, ouseja, no sábado, dia 23, a partir das20 horas, na Igreja Matriz. O progra-ma foi revelado ao Conselho PastoralParoquial no passado sábado peloMovimento Paroquial que está a or-ganizar a cerimónia.

    Logo que Bento XVI proclamou oano da Fé que a Vila das Aves temprocurado viver condignamente estacelebração, algo que começou, há cer-ca de um ano, com a simbologia dacaminhada Advento/Natal traduzidanas chamadas Estrelas da Fé. Essas noveestrelas ganharam cor e uma designa-ção, relacionada com a Palavra de Deus.

    Mais tarde, na Páscoa, foi inaugu-rado e benzido o Memorial da Fé quepretende perpetuar os nomes de lei-gos avenses já falecidos que se tor-naram exemplos de Fé. Agora estememorial será embelezado e enrique-cido com a simbologia da constela-ção da Fé que passa por integrar, jus-tamente, as nove estrelas.

    Essa celebração já há alguns me-ses que está a ser preparada e foi apre-sentada por Emília Oliveira, do Mo-vimento Paroquial. Esta responsável

    A PARÓQUIA DE VILA DAS AVES VAI ASSINALAR O ENCERRAMENTO DO ANO DA FÉ, NOPRÓXIMO DIA 23 DE NOVEMBRO, COM UMA CELEBRAÇÃO NA IGREJA MATRIZ QUETERMINARÁ COM A INAUGURAÇÃO DA CHAMADA CONSTELAÇÃO DA FÉ QUE IRÁINTEGRAR O MEMORIAL DA FÉ, QUE DESDE A PÁSCOA EMBELEZA O ADRO DA IGREJA.

    Vila das Aves preparafecho do ano da Fé

    da Fé, cada grupo será responsável pordinamizar um momento da celebra-ção, que vai incluir projeções de vídeo,leituras bíblicas, intervenções temáti-cas, evocação de sacramentos e umadramatização teatral de um conto, ter-minando, no interior da Igreja, coma exposição do Santíssimo Sacramen-to. O fecho acontece, já no adro, coma inauguração da constelação da Fé.

    A celebração irá ainda servir paraa estreia do novo sistema de projeçãofixo que será instalado nos próximosdias na Igreja Matriz e que se traduznum investimento de cerca de sete mileuros. De resto, a paróquia e o pró-prio Movimento Paroquial apelam àsolidariedade dos paroquianos, sen-do que uma das formas de colabo-rar será participar na Feira de S. Mar-tinho que vai decorrer no exterior dosalão paroquial já no próximo do-mingo e cujas receitas serão canali-zadas para esse investimento.

    Emília Oliveira fala na organizaçãodesta celebração como exemplo deque a Fé “não deve estar fechada numcofre, mas deve ser vivida e exterioriza-da”, esperando que possa “alimentarainda mais a fé de cada um”, para quefiquemos “mais ricos e mais fortes”. ||||||

    reconhece que a iniciativa “está a darmuito trabalho”, mas está com a expe-tativa em alta acreditando que a Igre-ja Matriz “vai encher” e revestir de mui-ta cor aquele espaço de culto. É quea freguesia foi dividida em nove gru-pos, cada um a representar uma es-trela, e todos os que participarem se-rão convidados a vestir uma camiso-la com a estrela da sua cor. De resto,Emília Oliveira mostrou um exemplode uma dessas camisolas.

    Além de envergarem uma estrela

    EMÍLIA OLIVEIRA EXIBEUMA DAS CAMISOLASQUE TODOS DEVEMENVERGAR NA CELEBRAÇÃO

    Em meados de outubro o InstitutoNun’Alvres participou na XXIX Ses-são de Seleção Nacional do Parla-mento Europeu dos Jovens, juntamen-te com mais oito delegações dasEscolas Secundárias Augusto Gomes(Matosinhos), José Estevão (Aveiro),Escola Secundária de Monserrate(Viana do Castelo), Padrão da Légua(Matosinhos), Senhora da Hora (Ma-tosinhos), Sever do Vouga, Escola Se-cundária Tomaz Pelayo (Santo Tirso)e uma delegação austro-polaca, con-vidada. O tema da sessão foi “O Mar”,por se tratar de Matosinhos a cida-de anfitriã, e reuniu no mesmo even-to 120 jovens provenientes não sóde Portugal, mas também de outrospaíses da União Europeia. A sessãoteve como propósito promover o de-bate sobre questões pertinentes daprópria UE e, ao mesmo tempo, a ci-dadania europeia através de uma edu-cação não-formal, do debate políticoe dos encontros multiculturais.

    O INA iniciou as suas participa-ções em Sessões do Parlamento Eu-ropeu dos Jovens em 2009 e, des-de então, tem somado várias vitóriasnos eventos em que participou, mas,acima de tudo, tem proporcionadoaos alunos uma experiência gratifi-cante e de aprendizagem prática. Daúltima sessão foram selecionados setedelegados, de entre os 72 participan-tes, que em março de 2014 repre-sentarão Portugal na ‘75th Internatio-nal Session of the European Youth Par-liament’, na Letónia, e o INA conse-guiu apurar três dos seus alunos queintegrarão a equipa portuguesa. |||||CLÁUDIACLÁUDIACLÁUDIACLÁUDIACLÁUDIA CAMPOSINHOSCAMPOSINHOSCAMPOSINHOSCAMPOSINHOSCAMPOSINHOS MAGALHÃESMAGALHÃESMAGALHÃESMAGALHÃESMAGALHÃES

    PARLAMENTOEUROPEU DOS JOVENS

    Alunos do INAvão representarPortugal

    ACIST ASSINALA CENTENÁRIOA Associação Comercial e Industrial do Concelho de Santo Tirso (ACIST) assinalaesta sexta-feira, 15 de novembro, o seu centenário com uma cerimónia comemo-rativa no âmbito da qual vai apresentar o livro “100 Anos Passados … 100Anos Futuros”. A mesma terá lugar nas instalações da ACIST, a partir das 17h45.

  • 12 | ENTRE MARGENS | 14 NOVEMBRO 2013

    ATUALIDADEÉ o primeiro artista amador a exporno Museu da Ciência e História Na-tural, em Lisboa. Nasceu em SantoTirso, foi estudar medicina para acapital, mas mantém na sua cidadede origem o seu ateliê. Aos 24 anos,Francisco Goiana da Silva tem já umcurrículo invejável. No início do pró-ximo ano vai ser o primeiro e único tir-

    sense e português a participar no Fó-rum Económico e Social, em Davos,na Suíça. A exposição “Alma” queinaugura este sábado, às 18h30, emLisboa, é apoiada pela Câmara deSanto Tirso, que garante o transportedas peças de mármore até à capital.

    “Um dos deveres do município éapoiar grandes valores da nossa cida-

    de e, por isso, tivemos a maior satis-fação em dar condições ao FranciscoGoiana da Silva para levar as suaspeças de escultura até Lisboa”, revelao presidente da autarquia, JoaquimCouto. A exposição, com curadoria dedo neurocirurgião João Lobo Antu-nes, tem um objetivo particular: anga-riar verbas para a deslocação a Davos.

    “Há um conjunto de custos associa-dos à minha participação no FórumEconómico e Social. Nesse contexto,decidi organizar esta exposição. Avenda das peças permitirá suportaressas despesas”, explica FranciscoGoiana da Silva.

    A exposição “Alma” será compostapor 12 peças em mármore, que re-

    presentam estados de espírito relaci-onados com a libertação da vida pro-fissional inerente à atividade médi-ca”, descreve o autor. A exposição es-tará patente até 23 de novembro, du-rante o horário normal de funciona-mento do Museu (dias úteis: 10h00-17h00; fins de semana: 11h00-18h00; encerra às segundas). |||||

    Artista de Santo Tirso expõe no Museu de História NaturalARTE // FRANCISCO GOIANA DA SILVA

  • ENTRE MARGENS | 14 NOVEMBRO 2013 | 13

    A celebrar as bodas de prata, a Casados Reclamos vai assinalar a data nopróximo sábado, 16 de novembro,com uma homenagem ao seu fun-dador, Francisco Abreu Luís. A ceri-mónia, a realizar nas instalações daempresa a partir das 15 horas, incluia apresentação de um livro que seráfeita na presença de várias figuras ilus-tres da região, assim como designers,arquitetos e empresários conhecidosa nível nacional.

    Sediada em Vila das Aves, a Casados Reclamos é uma empresa com 25anos de experiência, apresentandoum vasto conjunto de soluções inte-gradas para publicidade e decoração,empenas, exteriores, interiores, expo-sitores, viaturas, reclamos luminosos,impressão em rígidos e fresagem.

    A contínua aposta na qualidadee na inovação faz com que hoje amesma apresente como principaismais valias: cinco equipamentos deimpressão digital, quatro dos quaisem suportes flexíveis e um de impres-são “híbrido” UV em suportes rígidos,duas ‘plotters’ de recorte de vinil, umafrezadora 3x2m, duas laminadoras eoutros equipamentos complementa-res. Equipamentos que permitem àCasa dos Reclamos “uma alargadacapacidade de resposta em vários ti-pos de suporte”. A mesma dispõe ain-da de uma serralharia e equipas demontagem com abrangência nacional.

    Sendo uma referência no setor, aCasa dos Reclamos pauta-se por umaconstante “aposta na qualidade, va-lendo-se de um conjunto de equi-pamentos de última geração e de umaequipa de elevado nível de forma-ção”. Prova disso mesmo é a presen-ça da empresa, através dos mais vari-ados suportes e estratégias de comu-nicação de instituições como a Casada Música e o Teatro Nacional de S.João, no Porto, e de empresas que co-nhecidas e reconhecidas pelo grandepúblico tem apostado nos serviços daCasa dos Reclamos para melhor co-municar com os seus clientes. |||||

    VILA DAS AVES // EMPRESAS

    DATA É ASSINALADA NO PRÓXIMO SÁBADO,A PARTIR DAS 15 HORAS

    Casa dos Reclamosassinala 25ºaniversário comhomenagemao seu fundador

    Como tem sido hábito ao longodos seus 24 anos, o Rancho Fol-clórico S. Tiago de Rebordões vairealizar na sua sede social o ma-gusto convívio com componen-tes, sócios, familiares e amigos.

    O evento, que contará com aoferta das castanhas quentinhase do vinho novo da região, reali-za-se no próximo sábado, dia 16de Novembro, com início previs-to para as 21 horas.

    A noite promete ser diferentecom a atuação do grupo típico“Entre Vozes” que com as suascantorias levará a todos os pre-sentes a animação e o contenta-mento comuns nestes salutaresconvívios. |||||

    Rancho de S.Tiago promovemagusto

    REBORDÕES //

  • 14 | ENTRE MARGENS | 14 NOVEMBRO 2013

    CULTURALANÇAMENTO // LIVRO DE POESIA DE JOÃO FILIPE

    ||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

    Editado pela Cooperativa Cultural deEntre-os-Aves será lançado no próxi-mo dia 17 de novembro o livro “Bre-ve Tratado do Vento nas Ervas e nasPalhas”. Trata-se da mais recente in-cursão pelos domínios da poesia deJoão Filipe, pseudónimo literário deJoaquim Alberto Fernandes Moreira.Natural de Vila das Aves (1962) JoãoFilipe é autor de “Uma Casa nas Nu-vens” (2010), “Rua das PedrinhasBrancas” (2008) e “Confidências doRei David” (1985), obras às quaisjunta agora “Breve Tratado do Ventonas Ervas e nas Palhas” cuja aprese-ntação terá lugar nas antigas instala-ções da Escola da Ponte, em Vila dasAves, a partir das 17 horas.

    Neste livro, o autor faz uma brevereflexão sobre a brevidade e a passa-gem do tempo. É um livro despojadodo acessório e do artificioso. Os ver-sos são simples, aproximam-se darima e de uma certa musicalidade.Segundo o poeta “nada é assim tãoimportante, nada é mais importanteque as palhas e as ervas ao vento queobservamos num dia de verão”. Ouseja, metáfora do que é belo e eféme-ro, simples e passageiro e que JoãoFilipe perpetua no tempo através daescrita. “A poesia é uma forma deperpetuar no tempo os momentos eos lugares que habitamos. De certaforma ao registar o belo e o efémero

    A poesia como forma de perpetuar no tempoos momentos e os lugares que habitamos“BREVE TRATADO DO VENTO NAS ERVAS E NAS PALHAS”, NOVO LIVRO DE POESIA DE JOÃO FILIPE (PSEUDÓNIMO LITERÁRIO DEJOAQUIM MOREIRA) É APRESENTADO ÀS 17 HORAS DO DIA 17 DE NOVEMBRO, NAS ANTIGAS INSTALAÇÕES DA ESCOLA DA PONTE.

    Para além da escrita poética deJoão Filipe, “Breve Tratado doVento nas Ervas e nas Palhas” éilustrado, nos cinco breves poe-mas que o autor dedica a HenryDavid Thoreau, por Nuno Mota.Com formação superior em Arqui-tectura, Nuno Mota (1985), na-tural de Santa Maria da Feira, temacumulado larga experiêncianeste domínio, mas também emáreas como a da ilustração, gra-ças à qual tem mantido uma re-gular colaboração com o jornalEntre Margens. São de sua auto-ria as ilustrações de capa de al-gumas edições especiais destejornal, nomadamente as referen-tes às eleições autárquicas de2009 e 2013 e às eleições presi-dências e legislativas de 2011.Ainda neste âmbito, ilustrou econcebeu graficamente o livroinfanto-juvenil “O Planeta Cilín-drico” de Iara Magalhães.

    dedica cinco pequenos poemas, ilus-trados por Nuno Mota (ver caixa).

    “Na obra do Thoreau fascina-meo apelo da natureza, o culto da liber-dade individual perante uma socieda-de cada vez mais uniformizada e con-sumista e o lado poético e espiritualdos seus escritos”, refere João Filipeque destaca da bibliografia de Thoreaua obra “Walden ou a Vida nos Bos-ques”, em que se relata “a experiên-cia do autor que viveu isolado duran-te dois anos junto ao lago Walden”:“é um livro de referência para mimdesde que o descobri, e sendo umlivro publicado em 1854, é profun-damente atual já que faz a apologiada natureza, da ecologia e do meioambiente. A obra deste escritor ame-ricano”, continua o poeta de Vila dasAves, “é sem dúvida inspiradora paraa minha escrita e para a minha vida.Ambiciono uma vida semelhante”.

    A apresentação de “Breve Tratadodo Vento nas Ervas e nas Palhas” con-tará com a presença do autor e comas participações dos professores Pau-lo Costa e António Sousa. O progra-ma inclui também a apresentação detrês curtas-metragens realizadas porDaniel e Dinis Machado a partir dapoesia de João Filipe (ver texto aolado). A música, trazida por AntónioSousa (voz) e Carlos Carneiro (gui-tarra clássica) completa o programa.

    Entretanto, João Filipe continua aescrever: “Tenho um conjunto de tex-tos em prosa poética sobre a infânciaa que dei o nome ‘Regresso a Ítaca’que gostava de publicar. Depois to-dos os dias escrevo alguma coisa”. |||||

    pretendo guardá-lo nas palavras e as-sim saber que algo de nós permaneceque nos torna singulares e únicos”.

    Às primeiras páginas, deste novolivro de poesia, o autor começa por ci-tar Ruy Belo, junta-lhe depois Rimbaud,Raúl Brandão, James Russell Lowell,Thomas Moore e, entre outros, HenryDavid Thoreau (1817-1862), escritornorte-americano ao qual João Filipe

    CINCO POEMASILUSTRADOSPARA THOREAU

    JOÃO FILIPE: “DE CERTA FORMAAO REGISTAR O BELO E OEFÉMERO PRETENDO GUARDÁ-LONAS PALAVRAS E ASSIM SABER QUEALGO DE NÓS PERMANECE”.

    NUNO MOTA

  • ENTRE MARGENS | 14 NOVEMBRO 2013 | 15

    Para além da enorme paixãopelo cinema, Dinis e Daniel LealMachado partilham também dofacto de serem bons alunos. E àcusta disso já receberam ambosprémios de mérito escolar atri-buídos pela Câmara Municipalde Santo Tirso. O dinheiro gan-ho é investido nos filmes, peloque, diz Daniel Machado, “semo saber, a câmara municipal tempatrocinado o cinema”. Junta-sea isto uma câmara de filmar “ex-plorada ao máximo” e um paiserralheiro. Se é preciso umagrua, por exemplo, é a ele querecorrem. “O nosso pai ajuda-nos mais na vertente material, amãe é mais na logística, vai-noslevar e buscar [aos locais de fil-magens], faz-nos o comer…”. Amaior dificuldade, acaba por ser“as pessoas, os atores” pois, su-blinham, não têm como lhes pa-gar. “Era interessante conseguir-se uma mini organização de for-ma a que as pessoas interessa-das em cinema se pudessem jun-tar a nós, e nem precisam de seratores profissionais”, diz DanielMachado que atualmente, e naqualidade de ator, integra as fil-magens de “Sangue Primitivo”,com o qual esta dupla de cine-astas, chamemos-lhe assim, seocupa. O filme, anda há meses aser rodado em Barrosas. |||||

    A poesia de João Filipevista por doisjovens realizadoresDANIEL E DINIS LEAL MACHADO VÃO APRESENTAR NO PRÓXIMO DOMINGOTRÊS CURTAS-METRAGENS QUE REALIZARAM A PARTIR DA OBRA POÉTICADE JOÃO FILIPE. UM RARO MOMENTO PARA APRECIAR A OBRA DE DOISJOVENS RESIDENTES EM VILA DAS AVES, AMANTES CONFESSOS DA SÉTIMA ARTE

    ||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

    Daniel tem 19 anos e Dinis apenas17. Ambos têm de apelidos Leal Ma-chado e residem atualmente em Viladas Aves, mas, para o caso, o querealmente interessa é o amor que osdois comungam pelo cinema. No pró-ximo domingo vão dar a conhecertrês curtas-metragens que realizarama partir de outros tantos poemas ins-critos no livro “Breve Tratado do VentoNas Ervas e Nas Palhas” da autoriade João Filipe, agora editado pela Co-operativa Cultural Entre-os-Aves. Se-rão valorosos minutos de cinema -mais experimental, nuns casos, nou-tro, em pleno domínio da animação- que, esperam os autores, não se tor-nem longos. “Espero que as pessoasnão sintam o tempo. Isso é a pior coi-sa que nos pode acontecer”.

    A prova dos nove acontece en-tão no dia 17 de novembro aquandoda apresentação do referido livro.Será uma das raras apresentações dotrabalho que há já algum tempo Di-nis e Daniel Machado vão levandoa cabo. O primeiro, é na realidade ohomem da câmara de filmar. Daniel,o irmão mais velho, foi entrandonestas aventuras, primeiro como ator,depois como guionista e agora comum interesse redobrado pelas ques-tões da montagem.

    Na génese deste interesse pelasimagens em movimento, está o seucontrário: a fotografia. Foi na EB 2/3de Vila das Aves e, em particular nasaulas de fotografia do professor JoãoCarlos, que Dinis acabou por sentirum apelo maior para as imagens.Depois, a oportunidade de fazer uma‘curta’, ditou o resto. A aposentaçãodo professor deu o mote para “Me-mórias”, um exercício “emotivo” queaté teve grande impacto junto doscolegas, mas que, à distância, Dinis

    Leal Machado classifica de “fraco”.E o mesmo adjetivo serve também

    para classificar “Filosofia do Amor”.Com a participação de Daniel Macha-do como ator, o filme foi apresenta-do num pequeno festival, em Cane-las, e nessa altura “as pessoas senti-ram o tempo a passar”. “Foi um mo-mento importante” reconhece, aindaassim, Dinis Machado porque tradu-ziu o tomar de consciência de queera necessário trabalhar muito.

    E o trabalho continuou, a partir dolegado de dois grandes escritores: umaanimação a partir da obra de ManuelAntónio Pina (e que lamentavelmen-te o escritor não teve a oportunida-de de ver), e uma curta-metragem àsvoltas com os heterónimos de Pes-soa. Em “Epopeia.Pessoa” – assim sechama o filme - Daniel Machado en-trou como argumentista, ajudou naplanificação e na relação com os ato-res. Dinis Machado, “como sempre” nacâmara de filmar, reconhece a impor-

    ção, mas cuja formação de base éem filosofia. E talvez por isso, Dinisaponte outro caminho para futuro,outro percurso profissional. Mas fá-lo com algumas certezas: “se me per-guntarem se eu gostava de ser [cine-asta]? Claro que gostava. Se vou ser?Provavelmente não. Se se proporcio-nar melhor, mas de uma forma oude outra faz-se sempre”. |||||

    A AJUDA, SEM O SABER,DA AUTARQUIA EDO PAI SERRALHEIRO

    “Se me perguntarem seeu gostava de ser[cineasta]? Claro quegostava. Se vou ser?Provavelmente não. Sese proporcionar melhor,mas de uma forma oude outra faz-se sempre”.DINIS LEAL MACHADO(NA IMAGEM, À DIREITA)

    tância do filme, nomeadamente pelotrabalho em equipa, mas aponta-lhedefeitos: “É quase uma curta educativae o objetivo do cinema não é bemeducar as pessoas. É dar pontos devista, deixar as pessoas pensar…”

    O grau de exigência de ambosleva-os a um permanente questionarda obra feita, mas nunca a desistir. Enem de propósito, “Resistência doAmor”, filme realizado em 2012, aca-ba por validar essa mesma persistên-cia. O filme foi apresentado a concur-so no Festival de Curtas-metragens deVila do Conde (na secção ‘VideoRunRestart’) de onde saiu com um tercei-ro lugar. Um prémio que, diz DanielLeal Machado, foi muito importantesobretudo para o irmão que, não sen-do estudante de cinema, conseguever o seu trabalho reconhecido noâmbito de um festival em que os tra-balhos submetidos a concurso pro-vinham de pessoas formadas ou es-tudantes da sétima arte. “Foi uma provaimportante para o Dinis no sentidode saber que o seu trabalho não es-tava atrás do dos outros pelo factode não estudar cinema”, sublinha.

    Atualmente no 12º ano, Dinis nãosonha, tão pouco, fazer “disto” pro-fissão. O irmão, Daniel, já no primei-ro ano da Faculdade, também não.“Os nosso percursos académicos nãovão por aí. Fazer disto profissão é com-plicado, o que não quer dizer quenão possa acontecer”. Ambos con-cordam que a formação na área éimportante e necessária e, por isso,vão colmatando essas falhas em casa,com as leituras e as muitas aulas dis-poníveis na Internet. Mas ambos tam-bém concordam que a formação nãoé determinística. “Não é pelo factode não termos formação que nãovamos dar nada. Em quase todas asáreas há grandes cabecilhas que nãotem formação”. Dinis aponta o casode Terrence Malick, que cita vezes semconta, à medida que o vai apontan-do como o seu realizador de elei-

  • VALE DO AVE16 | ENTRE MARGENS | 14 NOVEMBRO 2013

    TROFA // ANIVERSÁRIO

    O recém-eleito presidente da Câ-mara Municipal da Trofa, Sérgio Hum-berto e os demais autarcas que in-tegram o executivo camarário vãovisitar alguns estabelecimentos deensino para, “de maneira informal,conversarem com os alunos e asalunas das escolas locais”. A inicia-tiva, intitulada “Os autarcas vão àescola” tem como propósito “aumen-tar a proximidade” entre os respon-sáveis políticos locais e “os trofensesde palmo e meio” e integra o con-junto de ações a levar a cabo entreos dias 15 e 24 de novembro paracelebrar a passagem do 15º aniver-sário do município da Trofa.

    Assim, a partir de amanhã, Trofaestará em festa e para isso são váriasas iniciativas direcionadas para toda

    Executivo vai à escola paracelebrar 15.º aniversáriodo município da Trofa

    a população a levar a cabo, tais como:espetáculos de dança, concentraçãoe passeio de veículos clássicos e an-tigos, exposição de brinquedos tra-dicionais, uma cantata de Natalinterpretada pelos Meninos Canto-res do Município da Trofa, um Con-certo pela Banda de Música da Trofa,um torneio de street basket, cami-nhadas e ainda a entrega dos Pré-mios de Mérito Escolar, aos melho-res alunos do concelho.

    Em paralelo, serão ainda revela-dos durante as comemorações do 15.ºaniversário da Trofa, os vencedoresdo Concurso Literário Lusófono daTrofa – Conto Infantil - Prémio Matil-de Rosa Araújo, edição 2013, umainiciativa que desafiou escritores detodos os todos os países de língua

    oficial portuguesa, designa-damenteTimor Leste, Brasil, S. Tomé e Principe,Moçambique, Guiné-Bissau, Ango-la e Cabo Verde, além de Portugal.

    Já o ponto alto destas comemo-rações está marcado para o dia doaniversário, 19 de novembro, feria-do municipal, com o dia grande daTrofa a começar com a cerimóniade Hastear das Bandeiras, seguin-do-se a Missa Solene, a Cerimóniados Prémios do Concurso Lusófono,a Sessão Solene Comemorativa e aTradicional Vitela Assada.

    De recordar que o concelho daTrofa foi aprovado em Assembleiada República a 19 de novembro de1998, quase uma década depoisde ter sido constituída a ComissãoPromotora do Concelho da Trofa. |||||

    FAMALICÃO // CONCURSO “O MEU PROJETOÉ EMPREENDEDOR”

    Até dia 22 de novembro, a Casa doTerritório, no Parque da Devesa, rece-be a mostra do concurso “O Meu Pro-jeto é Empreendedor 2013”. A inici-ativa, que é promovida pela RedeFamalicão Empreende, dinamizadapelo município de Famalicão em co-operação com o Centro de Emprego,a ADRAVE e cerca de 20 entidadesconcelhias, pretende fomentar o em-preendedorismo, destacando as Pro-vas de Aptidão Pedagógica mais em-preendedoras apresentadas pelos alu-nos finalistas dos cursos profissionais.

    Dos 28 projetos apresentados aolongo do último ano letivo 2012/2013foram selecionadas 11 candidaturasfinalistas que irão agora marcar pre-

    No próximo dia 25 de novembro, apartir das 14h30, a Comissão de Pro-teção de Crianças e Jovens de Vizela(CPCJ), em parceria com a CâmaraMunicipal, promove o seminário so-bre violência doméstica “Meter aColher, Pensar e Intervir na ViolênciaDoméstica”.

    Esta ação destina-se a informar,debater e discutir questões ligadas àproblemática da violência doméstica,sobretudo quando esta atinge crian-ças e jovens, de forma direta ou indi-reta, sendo dirigido à população emgeral, uma vez que esta tem sido umadas problemáticas dominantes no

    Mostra de projetosempreendedores

    sença nesta mostra de exposição doprojeto. Para este sábado (dia 16) estáagendada uma sessão de apresenta-ção dos onze projetos finalistas, coma presença do júri, escolas e empre-sários, a decorrer no auditório daCasa do Território, pelas 09h30. Asessão de encerramento para atribui-ção dos prémios aos três vencedoresirá decorrer no dia 22 de novem-bro, também na Casa do Território,pelas 21h00.

    Ao primeiro classificado será atri-buído um prémio no valor de 1000euros, ao segundo classificado umprémio no valor de 500 euros e aoterceiro classificado um prémio novalor de 250 euros. ||||||

    Vizela debateViolência Doméstica

    volume processual da referida Comis-são de Proteção de Crianças e Jovens.

    O seminário decorrerá nas insta-lações do auditório dos BombeirosVoluntários de Vizela e terá como ora-dores convidados José Freitas (Pro-curador da República), Teresa Maga-lhães (Diretora da Delegação Nortedo Instituto de Medicina Legal e Ci-ências Forenses), Paulo Alves (coman-dante da GNR do Posto Territorial deVizela) e um representante do Núcleode Investigação e de Apoio a VítimasEspecíficas. O debate será moderadopor Dora Gaspar, vereadora da Câ-mara de Vizela. A entrada é livre. ||||||

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    A ‘rivalidade’entre as asso-ciações de karatédo concelho temficado para trás”

    “ANA MONTEIRO

    Natural de Vilarinho, Ana Monteiro(1989) licenciou-se em 2011 em Edu-cação Física e Desporto pelo InstitutoSuperior da Maia ingressando nessemesmo ano no mestrado da Faculda-de de Desporto da Universidade doPorto em Atividade Física para a Tercei-ra Idade. A nível desportivo é desde1995 praticante de karaté, conseguin-do em 2006 a obtenção do 1º cin-to negro (1º Dan), auxiliando desdeentão o seu treinador e pai na trans-missão desta modalidade aos atletasdos seus clubes. Por todos os seusfeitos desportivos conseguidos atéhoje (Ana Monteiro foi já campeãnacional e medalha de ouro, prata ebronze nos campeonatos da Europade Karaté Shotokan), a atleta foi ho-menageada e condecorada várias ve-zes: em 2009 recebeu a medalhade mérito desportivo da Câmara Mu-nicipal de Santo Tirso; em 2010 foihomenageada pela Associação Re-creativa Cultural e Desportiva a Ne-grelense; e nos anos de 2011, 2012e 2013 foi homenageada pelo Cen-tro Português de Karaté. Ainda em

    “Não desejo tantomal a ninguémpara o levar abanhos no Rio Ave”INQUÉRITO A ANA MONTEIRO, ATLETA E TREINADORA DEKARATÉ, VENCEDORA DO CAMPEONATO EUROPEU DEKARATÉ SHOTOKAN. KARATECA PREMIADA EM 2009 PELACÂMARA DE SANTO TIRSO E, MAIS RECENTEMENTE, PELASJUNTAS DE S. TOMÉ DE NEGRELOS E RORIZ

    2012 recebeu a medalha de méritodesportivo da Junta de Freguesia de S.Mamede de Negrelos e em 2013 amedalha de mérito cultural e despor-tivo da Junta de Freguesia de Roriz. De que gastos já abdicou neste perí-odo de crise?Nos almoços e jantares em restauran-tes e na suspensão dos canais televi-sivos por cabo (pagos).

    Vai seguir o conselho do atual go-verno e ‘meter’ pés ao caminho àprocura de um ‘lugar ao sol’ noutropaís?Não… Não me vejo a emigrar, pensoque essa opção é a última carta pos-sível para todos os portugueses, ouseja, a necessidade extrema.

    Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que…Eram poucos os desempregados e ha-via estabilidade no trabalho.

    Eu faria um abaixo-assinado para…Ser parte integrante da lei, o político,

    como qualquer outro trabalhador, serresponsabilizado pelos erros come-tidos na sua função.

    Recentemente eleitos, o que esperados novos autarcas locais?Um maior interesse na aplicação deestratégias que promovam a melhorqualidade de vida da comunidadeidosa.

    Tem esperanças de que o karaté setorne numa modalidade olímpica?Sim, essa é a esperança de qualquerpraticante da modalidade, no entan-to não vejo com bons olhos algumasalterações aplicadas com esse intui-to, e que têm vindo a transformar abase desta arte marcial.

    Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?Apoio e condecoração dos cidadãosque contribuem para o conhecimentoda cidade, através dos seus feitos, semter à espreita as amizades partidárias. A visibilidade e os apoios ao karatésão proporcionais ao palmarés con-quistado pelos atletas locais?Sem a menor dúvida, NÃO. No en-tanto, algumas competições começamjá a ser transmitidas pelos canaistelevisivos. Ao nível dos patrocínios,estes são ainda muito escassos. E ten-do em conta a crise vivida nas em-presas, o seu efeito negativo.

    A quem oferecia uns óculos?Não oferecia porque não teria dinhei-ro para comprar.

    As associações de karaté do conce-lho comunicam umas com as outrasou é mais ‘cada uma por si’?Penso que essa “rivalidade” tem fica-do para trás.

    Quem levava a banhos nas Termasdas Caldas da Saúde e no Rio Ave?Nas termas das Caldas a minha avó,quanto ao Rio Ave, não desejo tantomal a ninguém.

    No karaté, qual elege como a suaprincipal conquista?O primeiro lugar no CampeonatoEuropeu de Karaté Shotokan.

    A quem oferecia uma medalha demérito desportivo?Ao meu treinador e também pai, portodo o trabalho conseguido nesta mo-dalidade, que com a escolaridade mí-nima conseguiu fazer grandes feitos,quer na vida profissional, quer comotreinador, conseguindo já atletas cam-peões nacionais, internacionais e tam-bém campeões Europeus. Não é sóo atleta que merece a condecoraçãomas também os treinadores, pois semdúvida são a base fundamental paraa boa preparação do atleta. |||||

  • DESPORTO18 | ENTRE MARGENS | 14 NOVEMBRO 2013

    CLASSIFICAÇÃO J P

    1 - MOREIRENSE 14 30

    2 - PENAFIEL 14 29

    3 - SPORTING B 15

    4 - FC PORTO B 15 275 - PORTIMONENSE 14 27

    7 - MARÍTIMO B 14 24

    9 - BENFICA B 15 21

    10 - LEIXÕES 15 21

    11 - CD AVES 15 20

    6 - TONDELA 15 25

    15

    13 - U. MADEIRA 15 19

    16 - OLIVEIRENSE

    15 1814 - BEIRA MAR

    15 17 15 - SC BRAGA B14 16

    12 - CHAVES 14 20

    248 - COVILHA

    MARÍTIMO B 2 - LEIXÕES 1

    OLIVEIRENSE 2 - SPORTING B 3

    UNIÃO DA MADEIRA 1 - FC PORTO B 0

    SC BRAGA B 0 - PORTIMONENSE 1COVILHÃ 1 - TROFENSE 4

    FEIRENSE 0 - FARENSE 1TONDELA 2 - BEIRA MAR 1

    JORNADA 15 - RESULTADOS

    SANTA CLARA 1 - CD AVES 2

    17 - FARENSE 14 15

    19 - ATLÉTICO CP 14 12

    22 - TROFENSE

    14 1120 - FEIRENSE

    14 10 21 - AC. VISEU15 10

    18 - SANTA CLARA 15 14

    28

    CHAVES 3 - BENFICA B 1

    AC VISEU - ATLÉTICO CP (17/11)

    MOREIRENSE - PENAFIEL (4/12)BENFICA B - OLIVEIRENSE

    SANTA CLARA - SC BRAGA B

    ATLÉTICO CP - UNIÃO DA MADEIRABEIRA MAR - CHAVESPENAFIEL - TONDELASPORTING B - FEIRENSE

    CD AVES - MARÍTIMO B

    FC PORTO B - FARENSELEIXÕES - MOREIRENSEPORTIMONENSE - COVILHÃTROFENSE - AC VISEU JO

    RNAD

    A 16

    - 2

    3 E

    24 N

    OVE

    MBR

    O 2

    013

    LIGA // RECEÇÃO AO LEIXÕES E VISITA AO SANTA CLARA

    SANTA CLARA 1 - AVES 2GOLOS: MIKE (56’), RAFAEL (62’) E PEDRO PEREIRA

    (72’). SANTA CLARA: SERGINHO, PAULO ARANTES,

    MIGUEL LOURENÇO, ACCIOLY, IGOR, SEIDDIKI, MIKE,

    MINHOCA, JOÃO VENTURA (PEDRO CERVANTES, 46’),

    HUGO SANTOS (LUCAS SOUSA, 77’) E TIAGO LEONÇO

    (JOÃO PEDRO, 46’). AVES: QUIM, LEANDRO, RAFAEL,

    JOÃO PEDRO, FÁBIO MARTINS (RENATO, 75’), LUÍS

    MANUEL, VASCO ROCHA, GROSSO (RÚBEN, 89’), PEDRO

    PEREIRA, FÁBIO MARTINS E JOÃO PAULO (ANDREW,

    70’). GOLOS: MIKE (56’), RAFAEL (62’) E PEDRO PEREI-

    RA (72’). ÁRBITRO: HUGO MIGUEL (LISBOA). CAR-

    TÕES AMARELOS: SEIDIKKI (50’), ACCIOLY (83’),

    GROSSO (83’), RENATO (84’) E LUÍS MANUEL (90+1’).

    ||||| TEXTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSFOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

    No passado domingo e no primeirotempo, o Santa Clara entrou algo apá-tico e permitiu que o adversário domi-nasse o jogo a seu belo prazer. O Avesteve mais bola, mas as oportunidadesforam repartidas. Nuno Santos rema-tou aos 12 minutos, logo a seguir foio Aves com dois remates à baliza ejá perto do fim do primeiro tempoVasco Rocha esteve perto de marcar.

    No regresso dos balneários, a equi-pa açoriana veio com maior acutilân-cia e acabou por se adiantar no mar-cador por Mike (57’), a ser servido nomiolo da área e a desfeitear o guar-dião Quim. O empate surgiu poucodepois num lance de bola parada,

    Aves somaduas vitóriasO AVES DEU UM PONTAPÉ NA CRISE CONQUISTANDO DUASIMPORTANTES VITÓRIAS DEPOIS DE UMA SÉRIE DERESULTADOS MENOS POSITIVOS. FRENTE AO LEIXÕESVENCEU POR 1-0 E NA VISITA AOS AÇORES DEPOIS DEESTAR A PERDER CONSEGUIU DAR A VOLTAR E TERMINARCOM O RESULTADO EM 1-2. O AVES SUBIU AO 11º POSTO.

    com Jorge Ribeiro a cobrar um livredescaído para o lado esquerdo doataque avense e a encontrar o gi-gante Rafael que cabeceou para ofundo da baliza açoriana.

    O Aves conseguiria dar a volta aomarcador e a chegar ao golo da vi