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MOREIRA DE CÓNEGOS Rua Laurinda F. Magalhães, nº 42 Telefone 253 563 250 S. MARTINHO DO CAMPO Av. Manuel Dias Machado, 283 Telemóvel: 919 366 189 VILA DAS AVES Rua D.Nuno Álvares Pereira, 27 (Largo da Mariana) Telefone: 252 941 316 entre MARGENS BIMENSÁRIO | 29 JUNHO 2017 | N.º 585 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO Coligação quer ligar Lagoncinha a Vila das Aves com percurso pedonal Romeu Lima é escolha socialista para defrontar atual presidente de Vilarinho AUTÁRQUICAS 2017 | PÁG.S 12 E 13 TITULAR DA SELEÇÃO SUB-20 NO MUNDIAL Diogo Costa vai representar Portugal no europeu de sub-19 Centro Cultural assinala 12 anos com música, teatro e artes- plásticas PÁG.S 2 E 3 ENTREVISTA A JOAQUIM COUTO “Alguma vez me viram, como deputado, fazer as figuras que faz a deputada Andreia Neto nos atos públicos?” “O que fiz eu enquanto presidente da câmara? A coesão, a união” PÁGINAS 4-7

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MOREIRA DE CÓNEGOSRua Laurinda F. Magalhães, nº 42

Telefone 253 563 250

S. MARTINHO DO CAMPOAv. Manuel Dias Machado, 283

Telemóvel: 919 366 189

VILA DAS AVESRua D.Nuno Álvares Pereira, 27

(Largo da Mariana)Telefone: 252 941 316

entreMARGENSBIMENSÁRIO | 29 JUNHO 2017 | N.º 585 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

Coligação quer ligarLagoncinha aVila das Aves compercurso pedonalRomeu Lima é escolha socialista paradefrontar atual presidente de Vilarinho

AUTÁRQUICAS 2017 | PÁG.S 12 E 13

TITULAR DA SELEÇÃO SUB-20 NO MUNDIAL

Diogo Costa vairepresentar Portugal no

europeu de sub-19

CentroCulturalassinala12 anoscommúsica,teatroe artes-plásticasPÁG.S 2 E 3

ENTREVISTA A JOAQUIM COUTO

“Alguma vez me viram,como deputado, fazeras figuras que faz adeputada AndreiaNeto nos atos públicos?”

“O que fiz eu enquantopresidente

da câmara?A coesão, a união”

PÁGINAS 4-7

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FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 29 JUNHO 2017

||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Ao quinto álbum, PJ Harvey aproxima-se das massas. Ganha novas audi-ências sem comprometer a essência dasua música. Longe do seu territórionatural, olha para o mainstream semmedo, num desafio que comprova asua honestidade artística. Tal como nosregistos anteriores, é directa e arro-jada. Aprimora a sofisticação e es-tampa o seu carimbo mais luminosoem detrimento da sua espiral maisatormentada. O público gostou e acrítica especializada saudou “StoriesFrom The City, Stories From The Sea”como um monumento do rock alter-nativo. As distinções apareceram semgrande surpresa. Ganhou o MercuryMusic Prize, tornando-se a primeiraartista feminina a solo a consegui-loe, uma década depois, repetiu o feitocom o seu “Let England Shake”. Aproeza fica ainda mais admirável aosaber-se que, até hoje, foi a única avencer esse prémio duas vezes.

Neste trabalho de 2000 existem

referências a Nova Iorque, não sendoesse o centro temático. Tendo vividona cidade americana, a inglesa assu-miu as influências, mas negou a BigApple como o núcleo principal. PollyJean, Mick Harvey (colaborador deNick Cave) e Rob Ellis, os três multi-instrumentistas, privilegiam as cançõesem relação às atmosferas. Dão-lhesmais polimento em vez de as escure-cerem com ruídos. A intenção de cri-ar melodias mais cristalinas deixa acompositora mais vulnerável, mas elanão vacila. “Good Fortune” e “This IsLove” transpiram atitude e maturida-de. Já tínhamos calculado isso com acapa, mas quando vemos os vídeospromocionais ficamos com mais cer-tezas. Assistimos a uma aliança entreuma invulgar sensualidade e uma for-te confiança. À guitarra cheia de este-roides acrescenta-se uma voz exube-rante e segura. O dueto com ThomYorke dos Radiohead, “This Mess We’reIn”, é o maior chamariz. Resulta mui-to bem porque nenhum deles se escon-de. Conciliam os seus saberes em prolda música final e a harmonia encon-trada é encantadora. Este pode aténem ser o melhor disco de PJ Har-vey,mas o risco de exposição foi eleva-do. A sua paixão e entrega não deixa-ram que fosse um passo em falso. |||||

Esteroidese maturidadefeminina

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens.

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nesta segundasaída de junho foi o nosso estimado assinante Manuel Orlando Machado

Antunes, residente na travessa Monte da Barca, em Vila das Aves.

VILA DAS AVES | CCMVADentro de portas - “Stories FromThe City, Stories From The Sea”

Longe do seu terri-tório natural, PJHarvey olha parao mainstreamsem medo, numdesafio que com-prova a sua hones-tidade artística.

Centro Cultural assinala12.º aniversáriocom música,teatro e artes-plásticas

Esta sexta-feira, a partir das 21h30, aPraceta das Fontainhas acolhe umconcerto algo inesperado, tendo comoprotagonista a Banda Sinfónica Cam-pesina Friburguense, que nos chegade Nova Friburgo, Rio de Janeiro.

Considerada Património Histórico

INICIATIVA COMEÇA ESTA SEXTA-FEIRA COM A ATUAÇÃO DE BANDA SINFÓNICABRASILEIRA. NO SÁBADO, HÁ TEATRO PARA OS MAIS NOVOS (COM A PIN-TURA DE MIRÓ EM DESTAQUE), ARTES PLÁSTICAS E MÚSICA NO PÁTIO.NA SEGUNDA, 3 DE JULHO, UMA DAS MAIORES E MAIS CONTROVERSASCÓMICAS BATALHAS DO SEXO SOBE AO PALCO COM A PEÇA “A FERA AMANSADA”

Cultural do Estado do Rio de Janeiro,a banda sinfónica foi fundada por umgrupo de republicanos e abolicionistasliderados pelo Major Augusto Mar-ques Braga em janeiro de 1870. A ban-da é presença constante nos aconte-cimentos mais significativos da vida

BANDA SINFÓNICA CAMPESINAFRIBURGUENSE (IMAGEM EMBAIXO) E O ESPETÁCULO MIRA!MIRA! MIRÓ MIRANDO!” SÃODOIS DOS EVENTOS AGENDADOSPARA ESTE FIM DE SEMANA

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SEXTA, DIA 30 SÁBADO, DIA 01Aguaceiros. Vento moderado.Max. 21º / min. 11º

Céu pouco nublado. Ventomoderado. Máx. 25º / min. 11º

Céu limpo. Vento fraco.Máx. 31º / min. 13º

DOMINGO, DIA 02

ENTRE MARGENS | 29 JUNHO 2017 | 03

Dra. Lídia LeitePediatriaDra. Ana LanzinhaGinecologiae Obstetrícia

Contactos: 252 874 508 /932 056 797Edifício Torre 2º F -Fontainhas - Vila das Aves

ENTREMARGENS

Assine edivulgue

Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

Quem no verão colhe,no inverno come

música ao vivo, que dialoga com o es-paço envolvente e onde os atores des-cobrem, jogam e subvertem objetos doquotidiano, convertendo-os em per-sonagens e formas animadas para con-tracenarem em conjunto. Dois atores,uma atriz, uma bailarina e um músico,contracenam com imagens, marione-tas, objetos e formas animadas. Umjogo cénico multifacetado, frenético,divertido e poético.

A PINTURA DE ROSA VAZ E O JAZZDO VIBRAFONISTA FILIPE FREITASUma hora e meia depois, já na salade exposições do CCMVA, é inaugu-rada a mostra de pintura “Perspetivasem Conversa” de Rosa Vaz. Com maisde 25 anos de carreira, a autora reú-ne em traços soltos o melhor das raí-zes africanas. As suas raízes (Rosa Vazé natura de Malange, Angola) e oregisto e movimento das cidadestemperam as suas temáticas, exal-tando os vermelhos e laranjas, osazuis e os ocres, castanhos e ama-relos como de sílabas pintadas se

tratasse. Rosa Vaz expõe há mais deduas décadas e está representada emvárias coleções particulares e públi-cas, em Portugal e noutros países. NoCentro Cultural, a exposição “Perspe-tivas em Conversa” mantém-se até dia31 de agosto.

Inaugurada a exposição de RosaVaz, o programa comemorativo doCCMVA prossegue no pátio em tonsde jazz, a partir das 18h30, com o RuiFilipe Freitas Sexteto. Concerto deapresentação de “Axis Mundi” discode estreia deste sexteto liderado pelovibrafonista que lhe dá nome, tradu-zido numa jornada jazzística feita desobriedade e êxtase e que tem comofim último a partilha do imagináriomusical dos músicos que integram ogrupo, nomedamente José Pedro Co-elho (saxofone tenor e clarinete-bai-xo), João Mortágua (saxofone alto esaxofone soprano), Mané Fernandes(guitarra), Filipe Teixeira (contrabaixo)e João Martins (bateria).

GUERRA DOS SEXOSPara o fim dos festejos, promovidos pelaCâmara Municipal de Santo Tirso, jáno dia 3 de julho (data da inaugura-ção do Centro Cultural), regressa oteatro, desta vez para adultos, com apeça “A Fera Amansada”; baseada naobra homónima de William Shaçkes-peare e com encenação de John Mo-wat, esta é considerada uma das mai-ores e mais controversas cómicas ba-talhas do sexo. A farsa gira à voltado cortejar de Petruquio (um caçadorde fortunas), e de Catarina, uma mu-lher temperamental e de pelo na venta.Inicialmente, Catarina não se mostrainteressada no namoro, mas Petru-quio sedu-la com uma série de tru-ques psicológicos até ela se sentirimpelida a casar com ele.

Levada a cena pela Companhia Jan-gada Teatro, a peça tem entrada livre,mas sujeita à lotação da sala e medi-ante levantamento de bilhete, dispo-nível na Loja Interativa de Turismo(Santo Tirso) e no CCMVA. |||||

e história de Nova Friburgo, bem comoem apresentações internacionais.

A presença em Vila das Aves daBanda Sinfónica Campesina Fribur-guense faz-se no âmbito da gemina-ção entre Santo Tirso e Nova Friburgo,integrando, por outro lado, o progra-ma comemorativo dos 12 anos doCentro Cultural. Agendado para as21h30 desta sexta-feira (30 de ju-nho), neste concerto, aos 50 elemen-tos que compõem a banda brasileira,juntam-se ainda os cerca de 40 ele-mentos da Filarmónica Boa VontadeLorvanense de Penacova.

MÚSICA PARA BEBÉS E MIRÓNo sábado, 1 de julho, o dia começacom um convite para que pais e fi-lhos partam à descoberta e à partilhade linguagens musicais e visuais, numambiente em que o ritmo e a alegriaserão uma constante. “Minnie Mi’s”(assim se chama esta iniciativa) é mú-sica com bebés, crianças e pais emduas sessões: às 10h00 para crian-ças dos 0 aos 36 meses, e às 11h30,para crianças dos 3 aos 6 anos.

À tarde, pelas 16 horas, os maisnovos são ainda convidados par as-sistir à peça “Mira! Mira! Miró Miran-do!” (às 16h00, na Praceta das Fontai-nhas). Trata-se de um espetáculo ins-pirado na obra do pintor catalão JoanMiró, que explora perfomaticamenteo seu universo pictórico. Teatro físicoe sem palavras, interpelando váriasdisciplinas das artes de palco, com

A PARTIR DE SHAKESPEARE,A PEÇA “A FERA AMANSADA”É APRESENTADA NASEGUNDA-FEIRA, DIA3 DE JULHO, ÀS 21H30

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AUTÁRQUICAS 2017

04 | ENTRE MARGENS | 29 JUNHO 2017

ENTREVISTA

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Aponta o dedo à candidata concor-rente, que acusa de “não conhecer oconcelho”. Fala nas “picardias” comElisabete Faria, na alteração do candi-dato a Vilarinho, no cineteatro, nosprocessos referentes ao lixo, nos bom-beiros e na relação com a oposição.Joaquim Couto não deixou nada pordizer numa entrevista em tom de con-versa onde o presidente faz tambémum balanço do primeiro mandato.

“O que fiz euenquantopresidenteda câmara?A coesão, a união”É PRESIDENTE DA CÂMARA E PRESIDENTE DA CONCELHIA DO PS DE SANTOTIRSO E É EM AMBAS AS QUALIDADES QUE RESPONDE, DE FORMA ABERTA EDESCONTRAIDA, A MUITAS DAS POLÉMICAS QUE TÊM INUNDADO OCONCELHO. JOAQUIM COUTO PRESIDENTE É TAMBÉM O PRIMEIROCANDIDATO À CÂMARA MUNICIPAL ENTREVISTADO PELO ENTRE MARGENS.

Vilarinho vou adjudicá-lo esta sema-na, sendo que as obras começam adez de julho. Já antes tínhamos feitouma obra de recuperação dos bal-neários logo no princípio do man-dato, desenvolvemos um conjunto deobras junto à Igreja. Cedemos-lhe aescola de Paradela para que ele pu-desse lá instalar as associações. Elefazia um discurso duplo, o nosso re-lacionamento aqui na câmara até eracordial e razoável e depois lá nãodizia a mesma coisa e atribuía a cul-pa de tudo o que acontecia de malem Vilarinho à câmara municipal.

E a Estrada Municipal 513, é paraavançar ou não? Porque chegou areferir que dependia de uma con-versação com Vizela...A EM-513 implicava um protocolocom a Câmara Municipal de Vizelaque está trabalhado e resolvido. Masdepois, no meio disto tudo, face aoorçamento municipal e face à dispo-nibilidade financeira, o que ficou de-cidido é que iríamos pavimentar aque-la faixa que fica no inverno cheia deágua e enlameada e resolver provi-soriamente o aparcamento dos ca-miões TIR. E as prioridades seriam osintético de Vilarinho, são 260 mileuros, avançar com o concurso da es-trada de Paradela, cerca de 700 mileuros, mais a rede de esgotos. Ou seja,ele precipitou-se. As coisas estão a an-dar, porventura não com a celeridadeque gostaríamos, mas os compromis-sos que estabeleci estão a andar.

O nome de Romeu Lima esteve emcima da mesa para ser candidato háquatro anos?Não, mentira. Há quatro anos quemera o presidente da Comissão Políti-ca? Era o engº Castro Fernandes, nãoera o Joaquim Couto. Portanto, per-gunte ao engº Castro Fernandes sehá quatro anos o Romeu Lima esteveem cima da mesa. É que eu não sei,não era presidente da concelhia.

Jorge Faria refere ainda que o RomeuLima é funcionário da câmara muni-cipal. Que vantagens a freguesia po-derá ter com um candidato que é fun-cionário da autarquia?Pois não sei, temos aqui mais. Temosum funcionário que é presidente dajunta de freguesia de Louro e outrosfuncionários que são autarcas em vá-rias freguesias, como é óbvio não temqualquer influência.

Jorge Faria levantou a questão deque o seu apoio à Eng.ª Ana MariaFerreira nas primárias concelhias

Comecemos pela questão de Vila-rinho...A questão de Vilarinho não temgrande importância política. No últi-mo trimestre do ano passado, deacordo com uma orientação políticanacional escolhemos os candidatosàs juntas de freguesia que foramaprovados com 97% em votação se-creta na comissão política concelhia,onde estava obviamente o presiden-te da junta de Vilarinho. Essa orien-tação nacional dizia que os candi-datos que tivessem mandatos a fa-zer, seriam naturalmente os candida-tos. No princípio deste ano fizemosvárias reuniões, sendo que nunca foidemonstrado da parte do sr. Presi-dente da junta a intenção de desistirde ser candidato. Recentemente, jáem março, numa reunião ele disseque tinha problemas de saúde e dei-xou em aberto a possibilidade de nãoser candidato. Tudo isto espoletouquando ele fez uma reunião, agorasabe-se, secreta em Vilarinho com ele-mentos da sua confiança – o secretá-rio, tesoureiro, presidente da assem-bleia, sr. Armindo Vieira e mais um

outro senhor que, teoricamente erao núcleo duro de confiança dele eportanto falou à vontade, dizendoclaramente na reunião “Eu não soucandidato pelo partido socialista, vouconcorrer como independente e estadecisão é irrevogável”.

Antes de vos comunicar?Antes de nos comunicar. Como é quesei disto? Um dos elementos presen-tes, sr. Armindo Vieira, antigo presi-dente da junta, disse que não o apoi-ava como independente e pressio-nou-o para ele comunicar à conce-lhia. Ele hesitou mas em maio, veio àcâmara, teve uma reunião comigo ecom o vereador Alberto Costa, cor-dialmente, e comunicou que não eracandidato. Tudo bem.

Que motivos apresentava para de-clinar o convite para ser candidato?Motivos particulares. Eu não questi-onei muito sobre essa matéria, por-que acho que se não quer, não quer,paciência, temos que arranjar outrocandidato. Foi isto que se passou. Masmesmo não sendo nosso candidato,continua a ser o presidente de junta,portanto institucionalmente, a câma-ra continua a respeitá-lo e continuaa lidar com a junta de freguesia emcondições de igualdade.

Mas acha que há algum fundamentonas várias acusações que lhe faz, no-meadamente no que diz respeito asubsídios, a Estrada Municipal 513...Não tem qualquer fundamento. Euacho até que houve alguma precipi-tação da parte dele, porque eu nãofaço compromissos que não cumpro.Vocês são órgãos de comunicaçãosocial podem atestar isso. Posso dizerque me vou esforçar, posso atrasar-me até nos compromissos, mas nãofalhei nenhum e tenho a consciênciatranquila de que, a nível político, essaé uma marca do meu executivo. Elequeixa-se de um conjunto de buro-cracias que são normais, de pedirsubsídios à câmara, ele recebeu vári-os. Depois há outra coisa que ele jádevia ter tempo de entender, e quepelos vistos não quis. Desde que setoma uma decisão política de fazeruma coisa qualquer decorrem mui-tos meses e ele durante estes anosandou a hesitar entre se a priorida-de era a estrada 513, ou estrada deParadela, se era o cemitério, a rua daPitança, o sintético do Vilarinho, de-pois era aqui e acolá. Ele próprio di-ficultou um bocado as coisas. Nãocolaborou noutras. A Estrada de Para-dela está a concurso, o sintético do

JOAQUIM COUTO: POSSO DIZERCOM CLAREZA E OBJETIVIDADE,PORQUE FIZ O LEVANTAMENTO DASPOLÍTICAS SOCIAIS, QUE OMUNICÍPIO DE SANTO TIRSO É,NESTE CONTEXTO, O CAMPEÃO DASPOLÍTICAS SOCIAIS.

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ENTRE MARGENS | 29 JUNHO 2017 | 05

“satisfeitos com isto? Não, não estamossatisfeitos. Porque, mesmo estandocom uma taxa de desemprego abai-xo dos 10 por cento, continuamos ater problemas que gostaríamos de re-solver. Como melhorar a performancedos desempregados com mais de 45anos e no desemprego jovem alta-mente qualificado.

Mesmo com todas estas medidas,como é que se consegue uma execu-ção orçamental “histórica”?Só tomando compromissos para osquais temos meios financeiros parafazer. Nós já reduzimos a nossa dívi-da em mais de 12 milhões de euros.A câmara municipal tem um rácio defuncionários, número de funcionári-

poderá ter estado na origem de umadivisão no partido. Estas afirmaçõestêm algum fundamento?Não, a prática demonstra isso. A AnaMaria é minha vice-presidente, quelógica tem esse argumento? É efabula-ção, é uma psicopatia política da par-te dele. O que fiz eu enquanto presi-dente da câmara e da concelhia? Acoesão, a união e hoje posso dizerque tenho o partido coeso.

Ao longo destes três anos e meio fa-lou sempre da intenção de estabele-cer proximidade com as juntas defreguesia. Este é um acontecimentoisolado?Sim, completamente isolado. É umaquestão isolada, excecional e mesmoassim não interfere nem interferirá atéao final do mandato com relaciona-mento entre a câmara, a junta de fre-guesia e as instituições todas da fre-guesia de Vilarinho.

Uma das suas grandes apostas foramas políticas de coesão social. Tive-ram os resultados esperados no ter-reno?Eu estou muito agradado porque nocaso da coesão social desenvolvemosum conjunto de políticas de amorte-cedores sociais que toda a gente co-nhece, que permitiram globalmenteque a crise social que se vivia em 2013não tivesse o impacto negativo queteve noutros municípios aqui à volta.Posso dizer com clareza e objetividade,porque fiz o levantamento das políti-cas sociais, que o Município de San-to Tirso é, neste contexto, o campeãodas políticas sociais. De tal ordem queda inventa-riação dessas políticas, ne-nhum município chega sequer a me-tade daquilo que estamos a fazer.

E que papel teve a Câmara Municipalna descida do desemprego?Quando iniciamos e colocamos aspolíticas de coesão em marcha, fize-mos alguns estudos, fizemos um pla-no de marketing territorial para saberquais as políticas, na área da cultura,turismo e da competitividade intermu-nicipal, para perceber quais seriam maisdiferenciadores em relação aos nos-sos vizinhos. Conciliamos as políticasmunicipais de coesão social, com aprocura de emprego e investimento,com as políticas nacionais para as mes-mas áreas e conseguimos de facto umresultado, uma baixa do desempregode 52 por cento que é inédita, pensoeu até a nível nacional. Não conhe-ço um único município que em trêsanos e meio tenha tido uma tão drás-tica descida do desemprego. Estamos

os para a população, dos mais baixosdo país. Não é uma política de ago-ra, tem 30 anos. Hoje temos uma má-quina administrativa e técnica de exce-lente qualidade, concessionamos al-guns serviços que eram economica-mente pouco viáveis, mas o núcleoduro para além de ter um rácio ótimo,tem um número muito elevado detécnicos superiores e 12º ano. Nóspróprios somos um exemplo da absor-ção de pessoas com deficiência paratrabalhar, somos um exemplo no equi-líbrio de género, porque a maioriadas chefias são mulheres, somos umexemplo de técnicos superiores numaempresa e somos também em termosde eficácia e produtividade um bomexemplo de uma instituição pública.

Um assunto que está na ordem dodia tem que ver com os bombeiros,que esforço financeiro tem a autar-quia dedicado neste sentido?Sobre esse assunto há muita poeirano ar. É bom que se diga o seguinte:fui eu quem instituiu o Dia Municipaldo Bombeiro. Fui eu, enquanto presi-dente da câmara, que cedi o terrenopara os Bombeiros Vermelhos, quecedi o terreno e fiz aqueles arranjospara os bombeiros das Aves, aindano século passado, dei um grandeapoio aos Bombeiros Amarelos. Acu-sar-me de dar pouca atenção aosbombeiros, não aceito. E que venhao primeiro dizer-me isso frontalmen-te, olhos nos olhos, porque demons-trarei que isso é mentira. Nós temosque ser razoáveis e disciplinados.

De acordo com a lei, o financia-mento das corporações de bombei-ros é do Estado, não é das CâmarasMunicipais. Ainda o afirmou aqui re-centemente a Liga dos BombeirosNacional e a Federação dos bombei-ros. Isso não significa que a CâmaraMunicipal não apoie. Apoiamos.

No último dia Municipal do Bombei-ro, o comandante Joaquim Soutodecidiu tomar uma posição públicarelativamente a um incidente queenvolveu a Dra. Andreia Neto. Ten-do sido deputado, como é que viutoda esta situação?É muito simples. Já fui deputado duasvezes. Fui eleito em 1995 e 2005.Alguma vez viram o deputado Joa-quim Couto fazer as figuras que faz adeputada Andreia Neto nos atospúblicos? Não, não viram.

“Alguma vez me viram,como deputado, fazeras figuras que faz adeputada AndreiaNeto nos atos públicos?”

Não conheço um único município queem três anos e meio tenha tido umatão drástica descida do desemprego.”

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“Está a referir-se concretamente a quê?A deputada Andreia Neto pensa quevem aqui aos atos públicos represen-tar o Parlamento, o que não é verda-de. O Parlamento quando quer, man-da alguém em sua representação,normalmente comunica às instituiçõese à câmara, por parte do Presidenteda Assembleia da República, a dizerque no ato público x enviará o sr.deputado y para representar o parla-mento. E é bom que se diga que osdeputados são de caráter nacional,eleitos por distritos, não por conce-lho. Não há deputados concelhiosno Parlamento. Não há. Portanto, quan-do a sra. deputada chega aqui, estána qualidade de cidadã, quanto mui-to na qualidade de candidata. Maseu lembro que fui candidato em 2013e nem a Câmara de então, nem asinstituições do concelho me convi-daram como candidato. Por que car-ga de água vai agora ser diferente?

Isso explica o incidente que aconte-ceu o ano passado em São Martinhodo Campo, na inauguração da Av.Dias Machado em que a deputadaficou de pé?Ficou de pé porque quis. Ela estavalá na qualidade de cidadã nascidaem São Martinho do Campo, residen-te em Guimarães. Portanto, não tinhaque ter nenhuma especificação. Ela éque quis fazer aquele show-off. Have-rá uma ou outra pessoa que penseque terá razão, a maioria penso quenão. E até não lhe fica muito bemfazer algumas dessas coisas que faz.

No caso dos bombeiros, já queestamos a falar disso, estava acerta-do no protocolo com as direções dosbombeiros quais eram as entidadese qual seria o protocolo a seguir. Nãoestava lá a sra. deputada Andreia Ne-to, nem a cidadã Andreia Neto. Senão estava o que levou o Dr. Souto aquebrar o que estava combinado an-teriormente? Aparentemente, ele éque saberá explicar. E depois fez aque-le comunicado, mas tem uma expli-

cação. Houve um jantar e toda a gen-te viu, quer o Altino Osório, quer aAndreia Neto de volta do dr. Soutodurante uma hora a pressioná-lo parafazer um comunicado sobre essa his-tória. Terá sido dito nessa altura quehá uma promessa por parte de AltinoOsório ou alguém ligado a ele, às suasempresas ou à Andreia Neto, parafornecer viaturas aos bombeiros ver-melhos. Vamos ver no aniversário dosbombeiros, que é em julho, se apare-ce ou não a viatura. Se aparecer aviatura pode estar aí uma explicaçãopara o comunicado do Dr. Souto.

Como reage a algumas acusações quetêm vindo a público por parte daColigação sobre o facto de gastarcerca de 3000 euros por dia em pro-paganda?Não faz sentido nenhum. A câmaratem que publicar editais, tem de darinformação aos munícipes através daRevista Municipal ou outros meios,tem de publicar em Diário da Repú-blica um conjunto vário de coisas. Sóque de acordo com o Orçamento Mu-nicipal há um único item onde lá vaicair tudo, seja publicações em Diárioda República, seja prestações de ser-viços. Tudo o que diga respeito a co-municação e imagem, impressão, dis-tribuição, produção de tudo, vai lácair. Eles acham que isso é tudo pro-paganda. Se é, onde é que ela está?Digam, mostrem-me onde está a pro-paganda. Se estão a referir-se ao queacabei de dizer, é a verdade, se estãoa referir-se a outra coisa, que digam.Por exemplo, a colocação de outdoorsé informação municipal. O pagamentode alguns eventos como o MercadoNazareno ou o Natal na Praça, asfestas de São Bento, tudo isso faz parteda atividade de promoção do turis-mo e da cultura. Gostariam eles queeu inaugurasse uma exposição noMuseu e não tivesse catálogos, quenão houvesse publicidade. Tudo issofaz parte de uma atividade normalde uma câmara. Aparentemente, oque a oposição gostaria era que vol-tássemos ao tempo de Salazar e ti-véssemos uma câmara que apenaspassasse licença de uso e porte dearma, licenças das motoretas e dasbicicletas e multava os carros de bois.

O PS tem feito finca-pé relativamen-te ao facto de a coligação se “apro-priar” de muitas das ideias que fo-ram lançando em 2013. Que ideiassão essas?Já conheço algumas. Desde logo o tí-tulo, o nosso programa era ‘10 Ideias,100 Medidas’ e eles aparecem agora

com dez compromissos. A semelhan-ça é óbvia. Depois dentro desse pa-cote apresentaram três: rede viáriamunicipal, uma zona empresarial emÁgua Longa e o corredor do Rio.

Comecemos pela Rede Viária Mu-nicipal. O PDM que está em vigor de-fine qual é a rede viária fundamen-tal. Tudo o que eles disseram está lá.Está planeado. O que significa queeles não conhecem a atividade dacâmara, não leem as atas, não sabemnada do que se passa no nossomunicípio e portanto travestiram assuas propostas de documentos dacâmara municipal e de ideias de ou-tros Municípios em que algumas des-sas coisas estão por fazer.

A zona empresarial de Água Lon-ga que apresentaram é um absurdo.É uma loucura. Porquê? Porque fo-ram propor uma zona empresarial emcima de uma zona florestal e de re-serva ecológica. Ignorância completa.Segundo erro: não consultaram aspopulações nem a junta de fregue-sia, que estão irritadíssimas. Terceiroaspeto: já existe no PDM, na limita-ção de Água Longa com Agrela, umaampla zona empresarial.

Quanto à questão do rio. Há 30anos que os executivos de Santo Tirsodefiniram como prioridade a aproxi-mação da cidade ao rio. Foi feito umplano – o PUMA (Plano de Urbani-zação das Margens do Ave) -, em ci-ma desse plano o executivo anteriordesenvolveu o PRU (Plano de Rege-neração Urbana), com o passadiço ea recuperação da Fábrica do Teles.Entretanto fizemos o plano de recu-peração das margens do rio Ave, pro-grama de despoluição que demorouimenso tempo. Em cima disso esta en-xertado um plano de recuperação dasmargens do rio Vizela. Há um progra-ma idêntico para as margens do Leça.Entretanto está em marcha a comprados terrenos para prolongar o par-que do matadouro até ao rio Ave.Depois disto tudo, vir apresentar comonovidade a aproximação da cidadeao rio e dinamizar o corredor do rio...Realmente, mais uma vez, maus con-selheiros, ignorância do que se pas-sa e falta de experiência política.

Na última entrevista ao Entre Margensreferia a importância de colocar ocineteatro em discussão pública. Emque ponto está esse processo?Há alguns projetos de reconversão erequalificação dos espaços da cidadeque deverão ser colocados em dis-cussão pública para ajudar a Câma-ra a decidir. Nesse caso está o cine-teatro. O projeto que foi apresenta-

do [pela candidata da oposição] é oprojeto que existe na Câmara Muni-cipal. Não se percebe muito bem co-mo é que a candidata da oposiçãoapresenta como seu um projeto queé da Câmara Municipal. Deve ter umaexplicação qualquer, não sei. Esseprojeto foi desenvolvido no manda-to anterior, custa 6 milhões de euros,e o nosso entendimento é que, nes-te mandato, não é uma prioridadeabsoluta. É necessário uma sala deespetáculos, sim, e temos a intençãode a fazer no próximo mandato, masa questão que se coloca é: com esteprojeto que custa 6 milhões de eurosou com um projeto reformulado, even-tualmente mais barato? Essa é umadiscussão que vamos fazer no iníciodo próximo mandato. Mas se a senho-ra candidata tem já financiamento pa-ra ele porque é que não diz qual é?Se for aceitável, obviamente que a Câ-mara estará disponível para avançar.Neste momento, de acordo com asprioridades, não temos hipótese ne-nhuma de avançar com a obra. O cine-teatro não é candidatável a fundoscomunitários, não sei onde é que asenhora deputada diz que vai buscaro dinheiro, ou à banca ou a alguminvestidor privado. Diz-se que é acom-panhada por um grande financiador,pode ser que esteja aí a solução.

Nessa mesma entrevista referia queoposição optava muitas vezes pelo‘bota-abaixo’. Ainda mantém essaopinião?Depende da oposição, a oposição dosatuais vereadores da Câmara foi me-lhorando e tornando-se mais cons-trutiva, mais colaborativa à medida queo mandato foi avançando. Eu presu-mo que como não nos conhecíamos,a informação que tinham do passa-do não era a informação mais corretasobre a personalidade política dopresidente da Câmara. À medida queo tempo foi avançando, foram con-cluindo que aquilo que porventuralhes venderam antes de 2013 erafalso, não era verdade. Daí que hojeas reuniões de Câmara decorramcom maior cordialidade, com maiorconfiança política e as deliberações daCâmara são praticamente todas apro-vadas por unanimidade. Eu sei, e épúblico, que a candidata da oposiçãonão gosta e não quereria que fosseeste o registo mas isso é um proble-ma interno entre os senhores verea-dores do PSD e a direção da comis-são política. E eu não me meto nisso.

Do que é que se orgulha de ter feitoneste mandato?

Acusar-me de dar poucaatenção aos bombeiros,não aceito. E que venhao primeiro dizer-meisso frontalmente,olhos nos olhos, por-que demonstrarei queisso é mentira.”

Aparentemente, o que aoposição gostaria eraque voltássemos aotempo de Salazar etivéssemos uma câmaraque apenas passasselicença de uso e portede arma.”

É necessário uma salade espetáculos, sim, etemos a intenção de afazer no próximomandato, mas aquestão que se coloca é:com este projeto quecusta 6 milhões deeuros ou com umprojeto reformulado,eventualmente maisbarato? Essa é umadiscussão que va-mos fazer no iníciodo próximo mandato.”

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ENTREVISTA

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“ENTRE MARGENS | 29 JUNHO 2017 | 07

Orgulho-me de manter um bom re-lacionamento institucional com todaa gente, à direita e à esquerda, e pen-so que, sem falsa modéstia é reco-nhecido publicamente como positi-vo. Depois, orgulho-me de ter con-seguido que a crise que se abateuem 2013 sobre o país e sobre o con-celho, em Santo Tirso tenha sido mui-to amortecida pela consciência soci-al e pela sensibilidade social que oexecutivo, comigo à frente, teve, comresultados francamente positivos.

Tem algum arrependimento?Tenho. Houve coisas que gostaria deter feito e não fiz. Gostaria de terreformulação o nó da A3 em SantoTirso, não consegui, por circunstân-cias várias. Não consegui ainda quea variante à N14 que liga Maia, Trofae Santo Tirso tenha uma ligação àA3. E gostaria que as iniciativas inter-municipais tivessem avançado mais,porque eu acho que há um conjun-to grande de políticas municipais quesó têm vantagem em ser desenvolvi-das em grupo.

Vila das Aves tem uma hostilidadecom a Câmara Municipal ou é a Câ-mara Municipal que tem uma hosti-lidade com Vila das Aves?Nem uma coisa nem outra. Há, por-ventura, algum discurso e algumapicardia mais acentuada por parte dasenhora presidente da junta, que nãose pode confundir com a populaçãode Vila das Aves. É a senhora presi-dente da junta, movida também, pro-vavelmente, por maus conselhos depessoas que gravitam à volta dela. Eé por isso que há o boato de que asinterferências exteriores na atividadeda junta são efetivas. Mas eu não ex-ploro muito isso, é uma constataçãoque ouço, nunca lhe perguntei direta-mente, não tenho que me meter nisso.

Mas a Assembleia de Freguesia deVila das Aves tem sido muito críticano que diz respeito aos investimen-tos que vão sendo levados a cabo.Que apreciação lhe merecem estescomentários?Eu acho que não têm razão. Vila dasAves é a freguesia do município quemais rapidamente se urbanizou emais próxima está de uma pequenacidade. Se compararmos os equipa-mentos e infraestruturas de todas asfreguesias do concelho, concluiremosrapidamente que é a Vila das Avesque está melhor. Não fui eu que fizas leis, mas a verdade é que os go-vernos deram muitas competências àsjuntas de freguesia mas não as do-

taram dos meios financeiros neces-sários, o que significa que são as câ-maras municipais que acabam por sero principal financiador das juntas defreguesia. Perguntem à Associação Na-cional de Freguesias, que municípiostratam as juntas de freguesia como aCâmara de Santo Tirso. Nós transfe-rimos para as juntas mais do dobrodaquilo que o Estado lhes transfere.

Quanto ao apoio social, a popu-lação da Vila das Aves beneficia ob-viamente das medidas sociais muni-cipais. Muitas vezes as pessoas achamque o que conta é o buraco, a rua, opasseio e o jardim. Isto não é a parteimportante da despesa da CâmaraMunicipal na freguesia, mas mesmoassim fizemos a rua dos Aves, a av.Conde Vizela, a recuperação da ruaSilva Araújo, estão para avançar osWC’s do cemitério e estamos a fazertudo o possível para apoiar a SADdo Aves em todos os seus investi-mentos. Apoiamos os bombeiros daterra, quero apresentar o parque doVerdeal reformulado, no final destemês ou princípio do próximo. Desen-volvi um trabalho para que fosse en-volvida a margem esquerda do rioVizela, não sei se as pessoas o que-rem, vamos discutir isso publicamen-te, se quiserem querem, se não qui-serem, ótimo para mim que gastomenos dinheiro. Iniciamos a pontesobre o rio Vizela, mandei pôr umaponte pedonal porque haverá um mo-mento em que as pessoas não vãopoder passar por causa das obras.Demos a escola de Cense para insta-larem a Universidade Sénior e temoso Centro Cultural de Vila das Avescom uma atividade intensa. Algumafreguesia tem um centro cultural comoo de Vila das Aves? Não, mas a juntade freguesia não liga nenhum àquilo.Agora, há muitas coisas para fazerainda? Há e para isso é que a gentecá está no próximo mandato.

Muito falada foi também a apresen-tação de uma importante obra paraVila das Aves, a ponte do EspíritoSanto, em S. Tomé de Negrelos. Queleitura se pode fazer da escolha dolocal tendo em conta o passado re-cente das duas freguesias?A ponte é metade de S. Tomé de Ne-grelos e a outra metade é de Vila dasAves e a maioria das obras, inclusivea demolição de uma casa, é do ladode S. Tome de Negrelos. A senhorapresidente da Junta foi convidada parair e não foi, mas porquê? Será que asenhora presidente da junta e a po-pulação da Vila das Aves não vaiquerer um parque interfreguesias, vai

querer só em Vila das Aves? Se ca-lhar vai querer. Mas as crianças e osjovens de S. Tomé e Rebordões nãovão às escolas de Vila das Aves? Enão vêm crianças da Vila das Avespara a escola da Ponte? Onde é queestá o problema? Só na cabeça dealgumas pessoas. A minha intenção,de boa-fé, é que o rio seja um elo deunião e não um elo de separação.

Os moradores e os comerciantes daRua do Espírito Santo têm-se mostra-do desagradados com encerramen-to previsto da ligação ao Barreiro...Vai ser encerrada. Não há possibili-dade de alterar. O projeto foi feito,aquilo é um terreno com cotas muitodifíceis. O desnível é tanto que nãopermite fazer a ligação e é uma impo-sição das Infraestruturas de Portugal.

Reuniram com os representantes dosmoradores e comerciantes da rua?Sim. Inclusivamente está a ser desen-volvido um projeto de requalificaçãoda rua do Espírito Santo e eles vãoficar muito melhor do que estavamanteriormente. Não se entende oporque da precipitação e a agressi-vidade por parte de algumas pessoasdali da rua que estão a ser instrumen-talizadas sob o ponto de vista parti-dário, pelo PSD. Mas eu sei que es-tou a fazer, sob o ponto de vista téc-nico e político, a melhor solução.

As futuras instalações da empresaHotelar, na Fábrica do Rio Vizela,foram tidas em conta no projeto darua Silva Araújo?Foi previsto. Antes de avançarmos coma obra da Silva Araújo, foi pondera-do se tínhamos que alterar o projetoou não e a solução técnica, urbanís-tica e de projeto que foi sugerida econsensualizada não interfere com aobra que está desenvolvida. Será fei-ta uma nova abertura, serão feitas al-gumas obras a cargo da empresa quevai instalar-se mas de acordo com ainformação técnica e urbanística queeu tenho, não havia necessidade dealterar o projeto da rua.

Mas se se vai instalar lá a Hotelar,por onde vão passar os camiões?Passam pela mesma rua. É preferenci-almente urbana mas se tiver que passarum camião ou dois ou dez, passam.

E a estação de Caminhos-de-ferro queagora está quase abandonada podevir a ser gerida pela Câmara?Vai ser gerida pela câmara municipal,quer a de Santo Tirso, quer a de Viladas Aves. Está a ser objeto de um

decidido a favor da Câmara. Recebe-mos muito recentemente um parecerda procuradoria da república a darcem por cento de razão à câmara, por-tanto muito provavelmente, a câmaravai sair vencedora deste processo eas decisões anteriores das instânciasanteriores não vão avançar.

E como é que vê as notícias recentesque dão conta do envolvimento doadministrador da ECOREDE no pro-cesso “ajuste secreto”?Vejo com tranquilidade. Não sei oconteúdo do envolvimento nesseprocesso. No que diz respeito à Eco-rede, Ecoambiente em Santo Tirso, oprocesso sob o ponto de vista jurídi-co-legal está direitinho, temos esteprocesso em tribunal e o que o fordecidido acataremos.

Qual é sua opinião sobre a comuni-cação social do concelho?Eu acho que, globalmente, é boa. Ti-rando um pasquim que da pelo nomede “Notícias de Santo Tirso”, que édesonesto, diria até criminoso. Ago-ra relativamente aos outros órgãosde comunicação social, não tenhonada a apontar.

Foi isso que justificou o discurso ace-so sobre a imprensa que teve recen-temente num ato de pré-campanha?Foi. Para distinguir o trigo do joio,porque as pessoas são levadas a pen-sar que são todos iguais. Os jornaistêm as suas orientações editoriais, sãomais ou menos independentes aquie acolá. De um modo geral são equi-librados. Agora aquele não tem ne-nhum equilíbrio, aquilo é um pasquimque o PSD utiliza como propaganda,que tem um preço mas é distribuídogratuitamente. A câmara já moveu vá-rios processos, já fizemos queixa à ERC,no Ministério Público e na Comissãoda Carteira dos Jornalistas. Já houveprocessos de contra-ordenação, apa-rentemente nada tem sido suficientepara parar a saga de um pasquim. |||||

diálogo com a IP para passar a ges-tão para o âmbito da Câmara Muni-cipal. Se conseguirmos vamos fazerduas coisas: regularizar o trânsito queestaciona junto dos estabelecimen-tos e lhes cria alguma dificuldade egerir a estação como ela deve sergerida e dinamizada.

Falou no apoio dado ao Clube Des-portivo das Aves. Porque é que háum atraso no licenciamento do Cen-tro de Estágios?Porque eles não entregam os papéis.É muito simples, o projetista e eles têmdemorado a entregar toda a docu-mentação necessária, algumas coisas,com boa vontade e com sentido pú-blico de responsabilidade vamos dei-xando avançar, com o compromissode que as coisas se resolvem a poste-riori, mas há fases em que não é viá-vel. Recentemente tinham aí umas li-cenças para levantar, mas como nãovieram pagar como é que podemosposso passar licenças?

O Ministro da Saúde anunciou a re-qualificação do Hospital Conde S.Bento. Em que ponto está esse pro-cesso?Está quase. A reversão do hospitaldeu-se no início deste governo, ogoverno tem vindo a trabalhar com acâmara em três áreas: dotação dohospital de recursos humanos sufi-cientes, um conjunto de equipamen-tos que foram comprados, a recupe-ração dos blocos operatórios queestavam todos desengonçados. Nóspróprios demos um apoio para a re-modelação de um edifício que vai serinaugurado muito brevemente. De-pois foi feito um plano por parte dohospital para recuperação do edifí-cio antigo, recuperação da medicinae de construção de um edifício deraiz lá no meio. Esse plano está a serdialogado entre o hospital, a ARS eo governo. Eu tenho acompanhadoessas negociações e está tudo bemencaminhado.

Tendo em conta a candidatura con-junta do Mosteiro de Santo Tirso apatrimónio da UNESCO, podemosassumir que a candidatura a soloapresentada em 2013 foi reprovada?Não foi aprovada.

Em relação à recolha dos resíduos,em que estado se encontram os pro-cessos entrepostos pela SUMA e aFerrovial?Os processos estão no Supremo Tri-bunal Administrativo e temos boasexpetativas de que o processo será

Perguntem à Anafre que municípios tratam asjuntas de freguesia como a Câmara de SantoTirso. Nós transferimos para as juntas maisdo dobro daquilo que o Estado lhes transfere.”.

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OPINIAO

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO. VOGAIS: JOAQUIM FANZERES E JOSÉ MACHADO.

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, Nº 234 (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE)

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES (TE - 1172). CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO,

LUÍS ANTÓNIO MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, PAULO R. SILVA, LUDOVINA SILVA,

ELSA CARVALHO (C.P.N.º 9845).

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PACHECO, JOSÉ PEREIRA MACHADO, TIAGO GROSSO, AMÉRICO LUÍS FERNANDES,

PEDRO FONSECA, NUNO MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ADÉLIO CASTRO, CATARINA

GONÇALVES, FELISBELA FREITAS E FELISBELA LUÍS FREITAS.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

COBRANÇAS/DISTRIBUIÇÃO E PUBLICIDADE: MANUEL AZEVEDO

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 585 - 29 JUNHO 2017

Não é todos os dias que nos chegaum livro desejado, muito menos umabiografia e, neste caso de um avenseque, em princípios do século vinte,resolve deixar a apagada e vil tristezado quotidiano para rumar ao Extre-

Biografia de um cidadãoavense que se destacouem Macau entre 1901 e 1931

MANUEL DA SILVA MENDES

cia e desejo de não ficar eternamen-te a aturar rapazes”, naturalmente co-mo professor no liceu. No “Macaen-se” de 11.7.1920, como que autojusti-ficando a sua e a inépcia lusitanapara tais tarefas, afirma ironicamente:“Fizemos excelente figura como des-cobridores, demos memorável lamba-da em pretos, moiros e índios masfomos desastrados em administrar”.Contudo, o seu currículo político-ad-ministrativo fica claramente demons-trado neste parágrafo conclusivo dapágª 53: ”Nos 30 anos que viveuem Macau, MSM desempenhou di-versos cargos: Administrador do Con-celho, Juiz e delegado Procurador daRepública, membro do Concelho deProvíncia do Governo de Macau…vereador do Leal Senado… etc… Se-gundo uma notícia do jornal “A Vozde Macau”(3. 1.1932) foi ainda Pre-sidente do Leal Senado, facto que nãose comprovou durante as pesquisas,sendo de admitir que possa ter exer-cido a presidência interinamente.”

Por último apraz-me realçar a exal-tação e o orgulho com que a neta,Maria Isabel Mendes Guedes Qui-nhones de Portugal de Silveira, (pelocasamento de MSM com uma senho-ra alemã que fora precetora dos filhosde Bernardino Machado, de quem teveuma filha) e a bisneta ,Maria dosAnjos Nunes da Silva Mendes, (esta,pelo lado de um filho de MSM, Lin-dolfo da Silva Mendes, nascido deuma relação prématrimonial entre MSMe Felismina Rosa de Jesus), acompa-nharam a edição desta Biografia, dei-xando na obra testemunhos relevan-tes sobre este familiar que, para osmuitos que cá ficaram, se tornou qua-se um “foragido”. Abrir esta Biografiapoderá ser assim como que “abriruma Caixa de Pandora”, nas palavrasfelizes da bisneta que nunca se resig-nou com os tabus e os segredos deum mal amado na família e, levadapor uma boa estrela de amante daarte e do orientalismo, não se can-sou de restaurar a sua boa fama. |||||

todos os obstáculos e a obra foi final-mente lançada, com todo o êxito, namais recente Feira do Livro de Lisboa.

Já não é a primeira vez, nem seráa última, que o nosso Jornal e algunsdos seus diretores se prestam a rele-var a personalidade polifacetada desteavense que, vencendo as contingên-cias de uma existência pacata em S.Miguel das Aves e Vila Nova de Fa-malicão se prestou a ser um cidadãomacaense, colecionador de arte chi-nesa, contribuindo como poucos paraa boa influência que a cultura portu-guesa deixou nos três primeiros de-cénios deste século que foi o últimoda sua administração colonial.

Pois este homem que, de certo mo-do se autoexilou para Macau em1901 a conselho de mons. SantosViegas, presidente da Câmara de De-putados, conselheiro de El-Rey DomCarlos e abade de S. Tiago de Antasque, segundo palavras escritas porMSM, “era meu amigo mas doía-lheporém… que andasse metido na repu-blicanice (se bem que só muito vela-da e polidamente me dissesse coisaque significasse querer atrair-me aoseu partido). Fulano bem podia serum deputado regenerador (dizia eleàs vezes aos amigos; mas, a mim não)”.Bernardino Machado, outro do seusamigos famalicenses que veio a ser,por duas vezes (1915 e 1923) Presi-dente do novo Regime Republicano,em 1915, terá solicitado a MSM paraaceitar a sua designação para Gover-nador de Macau, recusando tal hon-ra, apesar de, em carta que este lhedirigiu felicitando-o pela sua nome-ação e pela boa recetividade que onovo regime tivera na China, lhe haverindiciado que gostaria de vir a ocu-par “um lugar consular ou diplomá-tico no Extremo-Oriente”, acentuan-do até a mais valia do “conhecimen-to que tenho da vida e da língua chine-sa”, não se afirmando, no entanto,”um pretendente d’esses que afligemos ministros”, alegando preferencial-mente uma “questão de conveniên-

Luís Américo FernandesO DIRETOR

mo-Oriente, justamente para Macau.Recebemos há dias “a Biografia deManuel da Silva Mendes” (MSM), nu-ma excelente edição da autoria dolicenciado em comunicação social ejornalista, João F.O. Botas, que tem jáobra de investigação notável sobreaquela província portuguesa. Esta edi-ção, que teve o apoio do Instituto Cul-tural do Governo de Macau, foi, emdada altura, promovida através de crow-dfunding, ao qual aderi desde a pri-meira hora e que acabou por não terseguimento. Apesar de tudo, o seuautor teve a capacidade de levar aofim a iniciativa editorial, superando

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CARTOON // VAMOS A VER...

ENTRE MARGENS | 29 JUNHO 2017 | 09

Engenharia Social emface da desgraça

Circula pelas redes sociais uma peti-ção para que os reclusos procedamà limpeza das matas. Simultaneamen-te outros sugerem que se estendatambém aos beneficiários do Ren-dimento Social de Inserção.

Fazer engenharia social em faceda desgraça não é, de todo, umapretensão nova. Sempre que uma tra-gédia ocorre, eis que surgem comela os abutres da moral, na maioriadas vezes camuflados por detrás doteclado, com a alegada solução paratodos os males, que mais não é doque a reprodução, no âmbito políti-co, dos seus mais afincados precon-ceitos. Estou certo que a maioria dapopulação não partilha destas idei-as, no entanto, o número dos quea elas aderem não deixa de ser preo-cupante. Nesse sentido, é importantedesmistificá-las.

Quanto à primeira, um escravoconsiste em alguém a quem é nega-do, à partida ou posteriormente, o es-tatuto de pessoa, e, portanto, todosos direitos fundamentais a si associa-dos. Enviar compulsivamente reclu-sos para as matas trata-se exatamen-

Nós e os outros

te de uma forma de escravatura,sendo, portanto, como é óbvio, in-coadunável com uma sociedade de-cente e democrática. Estes veem tem-porariamente, de acordo com o qua-dro jurídico, a liberdade restringidacomo punição alusiva, em proporçãoà sua gravidade, ao delito que come-teram, mas não passam por isso, emmomento algum, a ser, simplesmente,coisas relativamente às quais os ou-tros possam dispor a seu bel-prazer.

Já a segunda corresponde a umatendência, comum na sociedadeportuguesa, para culpabilizar a po-breza a que subjaz a apologia mo-ralista do mérito. Ao abrigo da últi-ma, a posição que um indivíduoocupa na sociedade, boa ou má,deriva inteiramente da sua respon-sabilidade, isto é, do esforço quededicou, ou pelo contrário, abdicoude dedicar. Posto isto, só existe de-semprego voluntário, pelo que to-dos os beneficiários do RSI não sóprescindem de participar no siste-ma cooperativo como usufruem, ile-gitimamente, dos seus frutos. Assimsendo, direcioná-los, sob pena dedeixarem de receber a prestação emcausa, para a floresta seria uma boamaneira de finalmente colocá-los a“fazer alguma coisa de útil”.

Vamos por partes. Em primeirolugar, tal conceção olvida comple-tamente o papel das circunstâncias,nomeadamente, as assimetrias, inter-pessoais, com que partem os indiví-

duos. Por exemplo, hoje são inúme-ros os estudos que apontam a he-rança como um fator muito mais pre-ponderante na acumulação de ri-queza, e na perpetuação das desi-gualdades (esta é, aliás, a tese doeconomista Thomas Piketty), do queo mérito individual. Além do mais,depois da crise de 2008 e perantea ameaça do desemprego tecnológi-co é no mínimo bizarro continuar aaceitar esta premissa.

Em segundo, por vezes tambémassociado ao problema do desem-prego tecnológico, a contestação aotrabalho como mecanismo privilegi-ado de distribuição vai ganhandoforça, tanto na academia como foradela, estando o debate longe de fina-lizado. Refiro-me sobretudo aos defe-nsores de um Rendimento BásicoIncondicional. À parte disso, o dever,ou não, de assistência, dada a suacomplexidade, merece uma discus-são séria e profunda, não podendoser reduzia a um mero preconceito.

Finalmente, o que se pede não éa atribuição de um posto de traba-lho, de acordo com todas normaslegais estabelecidas - mínimo sala-rial, limite de horas, proteção social,subsídios de férias e natal, etc. Oque se pretende é que exerçam umafunção simplesmente em troca doRSI, cujo valor é muito abaixo dosalário mínimo nacional. Em síntese,uma forma de escravatura e sobreisso não preciso de me repetir. |||||

“Fazer engenharia social em face da desgraça não é, de todo,uma pretensão nova. Sempre que uma tragédiaocorre, eis que surgem com ela os abutres da moral,na maioria das vezes camuflados por detrás do teclado...”HUGO RAJÃO

Isentar-nos de culpa parece ser umaforma de arte que tem vindo a serpopularizada com a integração de umnúmero cada vez maior de pessoasnas redes sociais.

Na verdade, penso que já seja al-go que vem de tempos longínquos.Como quase tudo aquilo a que se as-siste hoje em dia em termos de com-portamento humano, as bases que ojustificam estão enraizadas na condi-ção de ser-se Homem. Todavia, emestufas de opiniões como são as redessociais, o teclado atua como uma lenteque magnifica as atitudes que, nou-tros contextos, tomariam uma posi-ção (ligeiramente) mais escondida.

No caso da culpa das coisas, umapequena viagem pelos comentáriosem publicações de páginas de notí-cias revela que a culpa é sempre da-queles que são diferentes de nós. Sesou pobre, a culpa é dos ricos; se soufuncionário privado, a culpa é dosdo público; se sou pai, a culpa é daescola; se sou doente, a culpa é dosmédicos e dos enfermeiros. Invariavel-mente, porém, a culpa é sempre dospolíticos que até deviam ter ido apa-gar o fogo em Pedrógão.

E é aqui que acontece a isençãopessoal: a culpa é dos outros, os ou-tros que façam. Eu já faço muito, osoutros que trabalhem. Eu estou cer-to, os outros que se corrijam e sejamresponsabilizados. Eu estar errado?

Eu ou os do meu grupo de pessoasterem feito algo de mal? Impossível.

Em parte, esta atitude vem da nos-sa necessidade de atenção: se eu dis-cordar de alguém, se expuser uma opi-nião inflamada, tenho muito mais olhosvirados para mim e respostas a apare-cerem-me no ecrã do que se concor-dar com o que está a ser dito. Contu-do, existe algo mais que justifica agirdesta forma constantemente: um dis-tanciamento entre nós e os outros.

Proponho a questão: “O leitor acha-se mais ou menos inteligente e infor-mado que a maioria das pessoas?”.Se respondeu que sim, reflita agorasobre quantas pessoas teriam respon-dido da mesma forma e quantas teri-am respondido que não. É a este dis-tanciamento que me refiro. Existe o “eu”e o “eles” e o “eu” é, frequentemente,inconscientemente, superior. |||||

...a culpa é sempredaqueles que sãodiferentes de nós. Sesou pobre, a culpa edos ricos...”.

Hugo Rajão

Tiago Grosso

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ATUALIDADE

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Vila Nova do Campo regressou àIdade Média por um dia. A EscolaBásica Integrada foi o ponto de con-vergência de toda a comunidade es-

‘O Regresso do Bispo’saiu à rua emVila Nova do CampoNEM OS TERMÓMETROS A ESCALDAR IMPEDIRAM O CORTEJO DA QUARTA EDIÇÃODA FEIRA MEDIEVAL DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SÃO MARTINHO DOCAMPO DE SAIR À RUA. NO TOTAL, PERTO DE MIL FIGURANTES DESFILARAM NOEVENTO QUE MARCOU O ENCERRAMENTO DO ANO LETIVO.

Agradeço a oportunidade para usufruirdeste espaço para expressar a minha opi-nião, a minha visão, do Desfile Medievaldo dia 17 em S. Martinho do Campo.

Sou Mãe, e como todas as mães souresponsável pelo bem-estar e pela felici-dade do meu filho. (...)

Sou a mãe que corre diariamente paraentregar o filho na escola sem atrasos,que quando acorda abre a janela paraanalisar o tempo e vestir o filho de for-ma apropriada, que olha para o relógioe mesmo atrasada tem sempre uns se-gundos extras para mais um abraço, paramais um beijo e que chega ao fim do diaexausta mas a morrer de saudades da-quele abraço. Não sou uma mãe perfeitamas diariamente esforço-me por propor-cionar a melhor educação, segurança efelicidade ao maior tesouro que possuo.

O mesmo se exige da escola, uma boaeducação aliada à segurança. E no pas-sado dia 17 isso não aconteceu! Assisti aum completo fiasco, a um desfile de ner-vos de educadores preocupados com asegurança e hidratação dos seus alunos.Na verdade é de louvar o trabalho dosprofessores ali presentes, que fizeram osfatos medievais e que tentaram de todasas formas, sem sucesso, adiar o horáriodo desfile para horas mais suportáveis.

Questiono do porquê do sem suces-so. Os alertas da proteção civil foram insu-ficientes? Previsão de temperatura supe-rior a 38 graus não foi motivo suficientepara o senhor Diretor do Agrupamentoalterar a realização do desfile? Porquê?Toda a gente entenderia a alteração ho-rária, principalmente os que são pais!

Crianças do ensino pré-escolar, pri-márias, indefesas, a desfilar numa tardede sábado debaixo de um sol abrasador,não é de forma alguma uma decisão quepossa ser entendida por qualquer pai oumãe naquele dia. No final do desfile,assisti a um corre-corre de pais exaustose indignados, que agarraram nos seustesouros e foram para casa sem paciên-cia para ajudarem e usufruírem da res-tante festa, que certamente deu muito tra-balho a preparar.

Talvez sirva de lição ao Sr. Diretor doAgrupamento, e numa próxima, decidaque a segurança e bem-estar dos alunosé superior a qualquer outra burocracia.

Entrego o meu tesouro na escola di-ariamente convicta que estará seguro... Es-tará Sr. Diretor? ||||| VERAVERAVERAVERAVERA SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

CARTAS AO DIRETOR

um desfile denervos debaixo demuito calor

colar do Agrupamento de Escolaspara celebrar o encerramento das ati-vidades do presente ano letivo como envolvimento de toda a comuni-dade envolvente.

Para além do desfile que avançou

pela principal avenida da vila, as ins-talações da Escola Básica Integradatrajaram de época transformaram-senuma verdadeira aldeia medieval, re-cebendo tendas representantes doassociativismo local e artesãos de umpouco de todo o concelho.

Como referia José Queijo Barbo-sa em antecipação, o evento “é esteano bem mais rico que no ano ante-rior”, contando com a presença degrupos de bombos, porta-estandar-tes e todas as tradicionais persona-gens de recriações medievais, dasordens militares às clericais, bem co-mo a presença dos noivos a cavalo.

Ao longo da tarde e princípio danoite, o prato forte do programa re-caiu na recriação de um casamentomedieval, para além da tradicionalanimação de “rua” que incluiu dan-ças de época, trovadores e bobos dacorte, terminando com a encenaçãoda queima da bruxa.

A temática deste ano remeteu, nãosó para a primeira edição do evento,em que o próprio diretor figurou co-mo Bispo titular das festividades, comopara a edição transata em que umantigo aluno do agrupamento tomouas rédeas da personagem para cele-brar um casamento de época inspira-do em D. João I e D. Filipa de Lencastre.

A iniciativa do Agrupamento deEscolas de S. Martinho de final deano tem vindo a tomar várias formasao longo dos anos mais recentes, vol-tando à designação de “Um dia naIdade Média” por uma última vez, de-pois de ter passado por “Multifesta”(2012 e 2013) e “Viver Portugal”(2014 e 2015). |||||

VILA NOVA DO CAMPO | FEIRA MEDIEVAL

NEM AS ALTAS TEMPERATU-RAS DEMOVERAM QUEIJOBARBOSA DO SEUHABITUAL DISFARCE

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ENTRE MARGENS | 29 JUNHO 2017 | 11

Concessão intermunicipalde transportespúblicos poderá serrealidade já em 2019

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Joaquim Couto, Paulo Cunha e Sér-gio Humberto sentaram-se à mesa eassinaram o documento que dá oprimeiro passo no sentido da orga-nização intermunicipal das redes detransportes. “Um bom exemplo da-quilo que se deve fazer em termosde otimização de recursos”, desta-cou Joaquim Couto, autarca de San-to Tirso, “em que três Municípiosconseguiram convergir porque per-ceberam que isso era importante”,sublinhou, por sua vez Paulo Cu-nha, edil famalicense.

O estudo que este protocolo ofi-cialmente inicia terá como objetivosfundamentais “perceber como é queas deslocações das pessoas se fazemneste território” que compreende duaszonas administrativas distintas, a

PROTOCOLO ASSINADO NO PASSADO DIA 19 ENTRE OS MUNICÍPIOS DE SANTO TIRSO,FAMALICÃO E TROFA PREVÊ A REALIZAÇÃO DE UM ESTUDO QUE ENQUADRARÁFUTURA ENTIDADE DE GESTÃO INTERMUNICIPAL DE TRANSPORTES URBANOS

O PROJETO DA UCC PROVIDA (UNIDADE DE CUIDADOS NACOMUNIDADE) DO CENTRO DE SAÚDE DE NEGRELOSPRETENDE PROPORCIONAR TEMPO LIVRE AOSCUIDADORES INFORMAIS DE IDOSOS DEPENDENTES.

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Um estudo realizado a 156 “cuida-dores informais” no território abran-gido pelo “UCC Provida” (Rebordões,S. Tomé de Negrelos, Vila das Aves,Roriz, Vilarinho e Vila Nova do Cam-po) revelou que “as pessoas não remu-neradas a cuidar de alguém” são maio-ritariamente do sexo feminino, entreaos 55-64 anos e possuem o 1º ciclode escolaridade, prestando este tipode cuidados há menos de 5 anos.

Neste âmbito, é de salientar queos cuidadores informais “desempe-nham um papel de sublime importân-cia”, num contexto global caracteriza-do pelo aumento da população ido-sa, em especial do número de idososdependentes, pessoas que, não sen-do remuneradas, cuidam de alguém.

“Os cuidadores informais vivem noseu dia-a-dia muito desafios quer doponto de vista físico quer emocional,que, em alguns casos pode progre-dir para um cenário designado porsobrecarga”, esclareceu a informaçãodivulgada à imprensa.

Deste modo, o fenómeno sobrecar-ga foi evidenciado em 67,9% dos inqui-ridos que citam as “restrições na vidasocial”, as “exigências de ordem físicada prestação de cuidados” e a “reação

à prestação de cuidados” como fato-res mais relevantes para evidenciarem.

O projeto “Tempo de Retribuir”pretende ajudar estas pessoas, crian-do uma bolsa de voluntários que“possam estar no lar do cuidador, jun-to da pessoa dependente”, entre umaa duas horas permitindo ao cuidadorobter aquilo que qualquer um dácomo garantido, o tempo pessoal.

No sentido de divulgação e expla-nação de dúvidas relativas ao proje-to, o UCC Provida no Centro de Saú-de de S. Tomé de Negrelos realizaráduas sessões de esclarecimento, parapossíveis voluntários e cuidadores,nos dias 12 e 20 de julho respetiva-mente, sempre pelas 14 horas. |||||

“Tempo de Retribuir” quermelhorar vida dosque cuidam dos outros

ESTUDO | SAÚDE

Área Metropolitana do Porto e a Co-munidade Intermunicipal do Ave.Joaquim Couto assinala que a solu-ção encontrada irá ao encontro dasnecessidades das populações, arti-culando “várias soluções de trans-portes públicos.”

A possibilidade foi aberta quandoa lei que regia e regulamentava ostransportes foi revista, passando a res-ponsabilidade do governo central pa-ra os municípios. Mudança fundamen-tal, na opinião de Joaquim Couto,que considera que a gestão dos trans-portes públicos deve ser “efetuadapor quem melhor conhece os terri-tórios e as necessidades das popula-ções,” neste caso as autarquias.

Sérgio Humberto, presidente domunicípio da Trofa, referiu o déficedo sistema de transportes numa re-gião que contribui decisivamente pa-

ra o produto interno bruto nacional(PIB), e que o país” não pode come-ter os mesmos erros do passado”.

O autarca de Santo Tirso salien-tou que a forma de responder a essedesafio foi “encontrar uma formula-ção política que satisfizesse esteobjetivo e, depois, a sustentação téc-nica que permita chegar a esseobjetivo”. “Em 2019”, refer JoaquimCouto, é provável que nós tenha-mos uma nova concessão intermu-nicipal de transportes”.

Mas as convergências entre ostrês municípios não se ficam pelaquestão dos transportes públicos. Noquadro dos fundos comunitários doNorte 2020 existe uma forte apos-ta no urbanismo e sustentabilidadeambiental, requalificação das cida-des, exploração de espaços verdese ciclovias. |||||

MOBILIDADE

Joaquim Couto, Paulo Cunha e Sérgio Humbertosentaram-se à mesa e assinaram o documentoque dá o primeiro passo no sentido da organizaçãointermunicipal das redes de transportes.

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AUTÁRQUICAS 2017

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Coligação quer ligarLagoncinha aVila das Aves compercurso pedonal

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

A ideia é unir a Ponte da Lagoncinhaa Vila das Aves fazendo das margensdo rio uma via pedonal e ciclável, pas-sando por Santo Tirso, Burgães, Re-bordões, S. Tomé de Negrelos, Pal-meira, Areias, Lama e Sequeirô. O com-promisso foi apresentado pela líderda coligação Andreia Neto, no pas-sado dia 20, no Passeio dos Frades,onde explicou que o compromissopretende, por um lado, a “valoriza-

DEPOIS DAS VIAS URBANAS, AS PEDONAIS E CICLÁVEIS. O MAISRECENTE COMPROMISSO DA COLIGAÇÃO ‘POR TODOS NÓS’ QUERUNIR DEZ FREGUESIAS DO CONCELHO, AO LONGO DE 10QUILÓMETROS E FOMENTAR A “COESÃO TERRITORIAL”.

ATUALIDADE

ção ambiental”, por outro o “fomen-to da segurança e da acessibilidadepara todos”. O objetivo, assegura, éaumentar o “usufruto público dasáreas ribeirinhas de domínio hídricopúblico”, recorrendo a um “diminutoimpacto construtivo”, assente sobre-tudo na valorização e limpeza dasmargens. “Queremos deixar de ladoos passadiços, queremos menosconstrução, queremos aproveitar a na-tureza e o que de belo tem o nossoconcelho”, adianta Andreia Neto.

A candidata da coligação asse-gura ter o ‘dever’ de dizer o que “estábem feito no concelho” e, por issomesmo, garante que os novos “per-cursos completam fragmentos já exis-tentes e que dão sentido a uma redede opções pedonais e cicláveis comgrande capacidade de atração depúblico regional e turístico”.

“Estamos a falar de um projeto es-tratégico concebido a pensar em todoo concelho mas também a pensar emcada uma das freguesias”, explicouAndreia Neto, sublinhando que a co-ligação que lidera não é ‘tímida doscompromissos” que assume e que“arrisca as soluções necessárias paraprojetos estratégicos”. Sobre os recen-tes comunicados socialistas sobre aalegada “apropriação de ideias”, a

candidata da coligação garante que“não apresenta aquilo que já está pro-metido” e remata: “todos os comuni-cados que o partido socialista temapresentado opinando sobre os nos-sos projetos, na minha opinião, sãocomunicados que apenas e só valo-rizam todo o trabalho que a coliga-ção por todos nos tem apresentado”.

Os 10 quilómetros de percursodesenhado pela coligação incluem ousufruto público da “ínsua” com tra-vessia também para o Monte da Tor-re e o acesso de Rabada (Parque Mu-nicipal Sara Moreira) às freguesias deAlém Rio e travessia em Vila das Aves(Cense). O plano inclui ainda a conti-nuação do “Passeio dos Frades” até Ra-bada e extensão dos percursos ribei-rinhos da Rabada para montante. |||||

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ENTRE MARGENS | 29 JUNHO 2017 | 13

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VILA DAS AVES (EM FRENTE AO MERCADO)

Quero deixar o mundo um poucomelhor do que o encontrei. E se não for omundo que seja este nosso Vilarinho”.“ROMEU LIMA, CANDIDATO DO PS À JUNTA DE VILARINHO

AUTÁRQUICAS 2017

Romeu Lima é escolha socialistapara defrontar atual presidente

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Perante um salão cheio de apoiantesentusiastas, Romeu Lima surgiu con-fiante, com discurso afiado e asser-tivo. “O vale nascente ganha a partirde hoje uma nova voz, a de Vilari-nho”, declarou o arquiteto atualmentea exercer a profissão no departamentode urbanismo e ambiente na Câma-ra Municipal de Santo Tirso.

O candidato escolhido pelo PS/Santo Tirso terá como adversário oatual presidente da junta, Jorge Faria,que há quatro anos venceu as elei-ções pelas cores socialistas e que re-centemente anunciou renunciar aoapoio do partido, recandidatando-secomo independente. “Não ando, neman-darei a deambular conforme derjeito”, atacou Romeu Lima, afirmando-se como “socialista desde pequenino.”

Ainda sobre a polémica com Jor-ge Faria, o líder da comissão políticado PS/Santo Tirso, Joaquim Couto, re-provou a atitude “desleal” de alguémque, “pela calada, sem ética, de ummodo imoral e sem justificação evi-dente do ponto de vista político, sepreparava para apresentar uma can-didatura independente, deixandoo nosso partido sem candidato emVilarinho, o que seria inédito.”

Joaquim Couto salientou as qua-lidades humanas de Romeu Lima, dassuas raízes humildes à “capacidadede trabalhar para os outros, de procu-

APÓS A DESISTÊNCIA DE JORGE FARIA EM RECANDIDATAR-SE PELO PS À JUNTA DE VILARINHO, O PARTIDO ‘ROSA’ RA-PIDAMENTE AVANÇOU COM ROMEU LIMA COMO CANDIDATO A DISPUTAR AS ELEIÇÕES COM O ATUAL PRESIDENTE.

rar consensos e de interagir com to-dos”, um homem “virado para o fu-turo, que vai trazer grandes benefíci-os para a freguesia.”

O próprio candidato apresentou-se como homem do povo: “a popula-ção de Vilarinho conhece-me”, afir-mou, “sabe da minha participação navida da comunidade, nas associaçõesou nas atividades da paróquia. Sabedo meu trajeto profissional, como ar-quiteto, que traz valor acrescentadoà gestão da freguesia, sabe da minhaexperiência autárquica”, garantindoque quer ser “um presidente de tra-

balho e de afetos, próximo das pes-soas e das associações, atento aosseus problemas e disponível para aju-dar a comunidade”.

“Quero deixar o mundo um pou-co melhor do que o encontrei. E senão for o mundo que seja este nos-so Vilarinho”, sugeriu Romeu Lima an-tes de enumerar aquelas que serãoas suas prioridades para a campa-nha eleitoral que se avizinha. Da es-trada de Paradela à Estrada Munici-pal 513. “Sim, senhor Presidente que-remos tudo, porque não há tempopara menos”, concluiu. |||||

A Fábrica de Santo Thyrso foi o localescolhido para a apresentação darecandidatura de Joaquim Couto àpresidência da Câmara Municipal deSanto Tirso. A inicativa está marcadapara as 16h30.

“Com a consciência do dever cum-prido” e motivado por “desafios im-portantes para vencer, em nome deuma qualidade de vida cada vezmelhor”, Joaquim Couto terá a seulado o presidente do PS, Carlos César,assim como outros dirigentes nacio-nais do partido, deputados e autarcas,diversas personalidades do concelhode Santo Tirso.

Joaquim Couto apresenta-se a umsegundo mandato consecutivo napresidência da Câmara Municipal sobo lema “Santo Tirso em boas mãos”,tendo por objetivo central prosseguiro trabalho iniciado em 2013, susten-tado nas políticas sociais e no apoioao investimento e ao emprego.

“Quatro anos depois, valeu a penao trabalho realizado. Todos os indi-cadores revelam que estamos no ru-mo certo. O desemprego desceu maisde 50 por cento, as pessoas vivemmelhor e há mais oportunidades paraos jovens”, afirma Joaquim Coutonuma carta-convite enviada nos últi-mos dias à população de Santo Tirso.

Segundo o candidato socialista,“Santo Tirso é hoje reconhecido co-mo um município amigo das famíliase das empresas”, mas é também “ummunicípio que também faz obra, rea-lista e responsável, sempre dialoga-da com os presidentes de Junta, paramelhor responder às verdadeiras ne-cessidades das freguesias”. |||||

AUTÁRQUICAS 2017

Joaquim Coutoapresentarecandidaturaeste domingo

DEPOIS DE JORGE FARIATER RECUSADO UMARECANDIDATURA À JUNTA DEVILARINHO PELO PS (FARIASEGUE COMO INDEPENDEN-TE), A ESCOLHA DOSSOCIALISTAS RECAIU EMROMEU LIMA (NA FOTO)

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ATUALIDADE

||||| TEXTO: ASSUNÇÃASSUNÇÃASSUNÇÃASSUNÇÃASSUNÇÃOOOOO LINOLINOLINOLINOLINO

Realizou-se, no passado dia 9 dejunho nas instalações da Fábrica deSanto Thyrso, um jantar comemorati-vo dos 120 anos do Colégio SantaTeresa de Jesus. Cerca de 600 pesso-as - religiosas teresianas, autorida-des locais, antigos e atuais alunos ealunas, professores e outros colabo-radores - marcaram presença no even-to que se estendeu por várias horasde petiscos e animado convívio.

Depois das danças, poemas e can-tares de alunos e visitantes, aqueles

Teresianas comemoram os120 anos do primeiroColégio em Santo Tirso

brindando os presentes com as suasgraças, estes trazendo à memória ou-tras “prendas”, foram, pela Irmã Con-ceição Marques, Diretora Titular doCSTJ, apresentados os Prémios deMérito Ir. Júlia Azevedo Mendes deCarvalho (Artes Visuais e Literatura)e Ir. Norberta Andrade Oliveira (Quí-mica, Matemática e Ciências Naturais).

Os prémios de mérito já existiam,apadrinhados pela “APESCOST”, As-sociação de Pais e Encarregados deEducação do Colégio, que continuaa fazê-lo, a novidade é a atribuiçãodos nomes das duas ilustres Teresia-nas, tirsenses de nascimento: a IrmãJúlia de S. Miguel das Aves, a IrmãNorberta de Santo Tirso.

A memória destas mulheres bri-lhantes, cultas e dedicadas à causada educação fica assim ligada aosmais novos e às suas conquistas aca-démicas, numa homenagem justa,digna e prestigiante, especialmenteporque vivemos tempos em que a Cul-tura, a Arte, a Ciência carecem de aten-ção. Distinguir os melhores de nós évalorizar toda a sociedade, parabénsaos jovens premiados!

E o Colégio? Em épocas em que

o ensino era restrito, quando a mai-oria da população era analfabeta, ascomunidades religiosas exerciam oseu ministério em locais onde o po-der político não investia. O Colégioda Ordem fundada por Enrique deOssó sob a égide de Santa Teresa deJesus, a primeira Doutora da Igreja, ins-talou-se inicialmente em edifício cons-truído propositadamente para o efei-to, em Santa Cristina do Couto, porvontade do pároco José Vicente Cor-reia de Abreu e inaugurado, com pom-pa e circunstância, a 10 de janeiro de1897. Chamava-se, então Colégio deNossa Senhora do Carmo e funcio-nou com alunas internas e externas.

Com as medidas anticlericais da1ª República (1910-1926) o colégiofoi selado e o edifício vendido emhasta pública, tendo as religiosas se-guido para o Brasil. O regresso deu-se em 1936, para instalações provi-das por duas antigas alunas, da pres-tigiada família tirsense Campos Miran-da, no seu palacete da rua Sousa Tre-pa, na Vila de Santo Tirso. Aí cresceu,de forma que, em 1947 tinha já maisde 100 alunas, do pré-escolar aoentão chamado 2º Ciclo Liceal (atual3º Ciclo). Em 1956 mudou-se paraas nobres instalações da rua Comen-dador António Maria Lopes e nes-ses terrenos se expandiu no iníciodos anos sessenta do século XX, coma construção do edifício de quatroandares que se impõe na paisagemurbana e que tem vindo a ser reajus-tado às suas necessidades.

Sendo uma instituição que edu-cou já cinco gerações, gente de mui-tas partes do país (que não só do con-celho), raparigas e também rapazes,cabe-nos deixar uma palavra de re-conhecimento e gratidão pelo notá-vel desempenho em “educar o Ho-mem integral, segundo o modelo dohumanismo cristão e da fraternidadeuniversal”, nas palavras do Fundador,Padre Henrique de Ossó. |||||

FÁBRICA DE SANTO THYRSO ACOLHEU JANTAR COMEMORATIVODOS 120 ANOS DO COLÉGIO DE SANTA TERESA DE JESUS

SANTO TIRSO | EDUCAÇÃO

EM ÉPOCAS EM QUE O ENSINOERA RESTRITO, QUANDO AMAIORIA DA POPULAÇÃO ERAANALFABETA, AS COMUNIDADESRELIGIOSAS EXERCIAM O SEUMINISTÉRIO EM LOCAIS ONDE OPODER POLÍTICO NÃO INVESTIA.

Está a nascer no Agrupamento deEscolas D. Afonso Henriques umnovo projeto que promete levar osjovens frequentadores de cursosprofissionais a experiências além-fronteiras. Financiado pelo Erasmus+, o projeto já está em andamen-to e os primeiros alunos rumam aEspanha já no próximo ano.

“O projeto contempla três alu-nos de cada curso profissional queterão um estágio de cerca de ummês em contexto de trabalho emEspanha”, explica Maria AntóniaBrandão professora do agrupa-mento e uma das responsáveis pe-lo projeto. Ao todo são três oscursos abrangidos pela iniciativaque se assemelha ao programaErasmus levada a cabo no ensinosuperior. “Estes três cursos vao es-tagiar em empresas de diferentestipologias enquadradas em cadauma das suas áreas e vão desen-volver um trabalho que já foi deli-neado com a agência europeia pa-ra concluírem o estagio com apro-veitamento”, explica Rui Vieira, quejuntamente com Maria AntóniaBrandão e Paulo Costa, está en-volvido no projeto desde o inicio.

Esta é, de resto, para Maria An-tónia Brandão uma forma de “in-ternacionalização do agrupamen-to, de alargamento de horizontes”e, ao mesmo tempo, uma forma decombater o estigma e os estereó-tipos ligados ao ensino profissio-nal, de modo a “transformar os cur-sos profissionais numa primeiraescolha”. “Nós precisamos de pes-soas competentes, com formaçãoprofissional adequada aos desa-fios e às novas tarefas que ai es-tão”, acrescenta. “Está mais do queestudado que os alunos que par-ticipam em projetos de mobilida-de tem muito maior empregabili-dade e tem uma maior possibili-dade de fazer escolhas e traba-lhar ate no estrangeiro porque játem uma bagagem muito maior”,acrescenta Rui Vieira.

A seleção dos candidatos co-meça em janeiro de 2018 e a par-tida esta prevista para junho. |||||

ESDAH emEspanha paraprojeto doERASMUS +

EDUCAÇÃO

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ENTRE MARGENS | 29 JUNHO 2017 | 15

www.ortoneves.pt

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

José Pereira Machado foi diretor dojornal Entre Margens nos anos no-venta do século passado e, comoconfessa no prefácio, foi nesse perí-odo que escreveu e publicou umasérie de textos sobre pessoas e or-ganizações que fizeram a história daVila das Aves, em duas rubricasintituladas “Do fundo do baú” e“Histórias que fizeram História”. Al-guns anos passados, o professor Jo-sé Machado reuniu esses textosnum “livro artesanal”, de páginas fo-tocopiadas mas encadernado a pre-ceito. Dessa edição foram feitos al-gumas dezenas de exemplares.

O que foi agora dado à estampaé uma nova edição desse trabalho,com alterações e sobretudo commelhorias ao nível da reproduçãodas fotografias e ainda acrescentosde texto e imagens. O livro está or-ganizado segundo os temas: os he-róis da “pedibola”, os ases do pedale das motas, o folclore e os con-juntos musicais.

“Este trabalho pretende ser ape-nas um modesto contributo para quemulheres e homens que fizeram his-tória nesta terra não desapareçam,inexoravelmente esquecidos pelausura do tempo”, escreve o autor, naintrodução. No prefácio, o primeirodiretor do Entre Margens, Adolfo

José P. Machadolançou um novo livrosobre Vila das Aves“DO FUNDO DO BAÚ” É UMA RECOLHA DE TEXTOSPUBLICADOS NO ENTRE MARGENS

Queirós, aponta a “recordação des-tas diversas vidas e esperanças quetemos a alegria de poder ler e releraqui” como lembrança “às muitasoutras de hoje que têm a obrigaçãode continuar”.

Felicitando o seu colaborador eantigo diretor pela valiosa iniciativa,o jornal a cujo “baú” de 30 anosde edições já é possível arrancarestas e outras histórias, deseja oêxito da edição cujos réditos serãodestinados a fins benemerentes. |||||

CULTURA | LIVROS

Livro reúne textos sobrepessoas e organizaçõesque fizeram a his-tória da Vila das Aves

Grupo Etnográficofoi à SuíçahomenagearBasílio Barros

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“Espetacular. Não há palavras para des-crever a homenagem que fizeram ao Ba-sílio”, foi assim que Paula Soares, diretora

do Grupo Etnográfico das Aves, descre-veu a experiência na Suíça.

Um convite feito com três anos de an-tecedência resultou numa viagem prepa-rada ao cêntimo desde então, com o quecada um podia dar. No total cerca de doismil quilómetros, um autocarro, 55 pes-soas, 47 delas do Grupo Etnográfico,acompanhados pelo secretário da Fede-ração Folclore, Carlos Manuel Saraiva -cinco dias de estadia em Aarburg, Suíça,terra de emigrantes portugueses com oobjetivo de homenagear Basílio Barros.

Ao périplo juntaram-se Elisabete Fa-ria, presidente da junta de freguesia deVila das Aves e Carlos Valente ex-autarcaavense, que em jeito de surpresa segui-ram de avião e acompanharam a comitiva.

O XVI Festival Folclore de Aarburg eo Grupo Folclórico Português local servi-ram de anfitrião ao “comovente” tributoa um “avense que nunca esqueceu a suaterra e do Grupo Etnográfico” onde cres-ceu, dizia Paula Soares ainda notoriamen-te emocionada pelos eventos dessa noite.

Basílio Barros juntou duas comuni-dades, separadas territorialmente, agre-gadas pela cultura. Obra feita. |||||

VIAGEM DE CINCO DIAS A AARBURG SERVIU DEHOMENAGEM A UM “AVENSE EXTRAORDINÁRIO” NAHORA DO REGRESSO A PORTUGAL.

GRUPO ETNOGRÁFICO DAS AVES

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O Entre Margens e a notícia sobre“Incidente protocolar do Dia doBombeiro” que originou direito deresposta da Câmara Municipal

Na edição anterior deste jornal foipublicado um “Direito de respostae retificação”, da Câmara Municipalde Santo Tirso, relativo ao texto como título “Incidente protocolar man-cha cerimónia” e relacionado como Dia Municipal do Bombeiro.

Não sendo possível ao jornal, porimposição legal, apresentar qualquercomentário sobre o assunto na mes-ma edição em que é publicado umtexto ao abrigo do direito de respos-ta, só agora podemos esclarecer osleitores sobre as circunstâncias emque foi publicado aquele texto.

Assim, cumpre-nos esclarecer queem cima do fecho da edição doEntre Margens em que foi publicadaa reportagem sobre o Dia do Bom-beiro, foi recebido na redação, porcorreio eletrónico, um comunicadodo Comandante dos Bombeiros Vo-luntários de Santo Tirso que deuorigem ao texto em causa.

Os factos (o incidente propria-mente dito) referidos nesse comu-nicado eram bem conhecidos nojornal e tinham sido comprovadospor várias testemunhas presenciais,apesar de não terem sido testemu-nhados pela jornalista que escre-veu o texto sobre a cerimónia. Aforma assertiva, determinada e vee-mente como Joaquim Souto, coman-dante da corporação organizadorado Dia do Bombeiro, assumiu a de-fesa das tradições e do protocolodos bombeiros, assim como as des-

No intuito de obter um esclarecimen-to completo do incidente do Dia Mu-nicipal do Bombeiro, o Entre Margenscolocou a Joaquim Souto, comandan-te dos “Vermelhos”, um conjunto dequestões que se afiguram óbvias paraquem lê o “direito de resposta” daCâmara. Assim, quanto à existênciade um guião da cerimónia aprovadopor todas as entidades envolvidas ese tal guião nomeava ou excluíaquem receberia as honras protocola-res, responde o comandante: - “Nunca foi discutido entre a Câma-ra Municipal e as Corporações deBombeiros quem, nas cerimónias doDia Municipal do Bombeiro, recebia,e muito menos quem deixava de rece-ber, honras protocolares, questão quesempre foi pacífica e deixada a cargodos responsáveis dos bombeiros.

- Neste ano de 2017 sucedeu que,no dia 18 de Maio, pelas 18:20 ho-ras, a Srª Coordenadora Municipalda Protecção Civil enviou ao Presi-dente da Direcção dos BombeirosVoluntários de Santo Tirso e a mimComandante, com conhecimento aoSr. Vereador Alberto Costa, um e-mailcom o “alinhamento das Comemora-ções do Dia Municipal do Bombeiro”e que, de tal alinhamento, concreta-mente no ponto que respeita à re-cepção às entidades, constavam, sobo título “Individualidades” os nomesdos Presidentes das três AssociaçõesHumanitárias do Concelho, do re-presentante da Federação dos Bom-beiros do Distrito do Porto, do repre-sentante da Liga dos Bombeiros Por-

vice presidentes disso incumbidos eque as honras devidas a um deputa-do dependem apenas dessa condi-ção e que “não só o respeito e a boaeducação, como a Lei das Precedên-cias do Protocolo de Estado impõemque sejam tratados como tal, com ousem convite formal”. E conclui dizen-do que “ainda que o convite ou faltadele tivesse alguma relevância, a ver-dade é que ele existiu: no ano de2017 o convite à srª. Deputada An-dreia Neto foi da Associação Huma-nitária dos Bombeiros Voluntários deSanto Tirso, por lhe ter cabido a fun-ção de mandatária para a organiza-ção das cerimónias”.

Quanto às referências à “frustradatentativa de partidarizar o Dia Muni-cipal do Bombeiro”, Joaquim Soutorefuta e devolve a acusação (“quemescreveu isso devia trocá-lo por miú-dos para se perceber exatamente oque quer dizer e com que fundamen-tos o afirma”), garantindo que “en-quanto tiver as responsabilidades quetenho nos bombeiros nunca me ca-larei sempre que alguém, seja quemfor e de que cor for” os pretenderusar para as guerrilhas político-parti-dárias eleitoralistas.

Parece claro, sobretudo quando seconhece o passado de participaçãocívica do comandante Joaquim Souto(um mandato na Assembleia Muni-cipal, dois como Presidente da Juntade Guimarei e dois como Presidenteda Assembleia da mesma freguesia,sempre nas listas do Partido Socialis-ta, como independente) que tal acu-sação não é carapuça que lhe sirva.“Não tive nem tenho militância parti-dária e há muito que estou desiludi-do com os partidos. Respeito-os masnão me identifico com nenhum, ape-nas com causas, valores e instituiçõescomo as nossas corporações de bom-beiros voluntários em que, aqui sim,milito de alma e coração”, escreveu ocomandante. |||||

Umesclarecimentonecessário sobreuma notícia

tugueses e do Presidente da CâmaraMunicipal, sem qualquer indicação deque apenas essas pessoas iriam re-ceber as honras protocolares.

- Foi a primeira vez que tal sucedeue, pela minha parte, interpretei essegesto como gentileza da Srª Coor-denadora que tem demonstradoinvulgar empenho em colaborar comos bombeiros, empenho que, de res-to, é recíproco. Comigo nunca qual-quer responsável político da Câmarafalou sobre a quem se prestaria ounão prestaria honras protocolares etodos sabiam que era a mim, comoComandante, que caberia conduziressa parte das cerimónias.

- Ao contrário do que afirmou a Câ-mara Municipal no uso do seu direitode resposta e rectificação, é falso quetal “alinhamento” tenha sido “apro-vado, não apenas por uma entidademas por todas as entidades envolvi-das na organização do Dia Munici-pal do Bombeiro” ou que tal tenhasido “amplamente consensualizadocom as três corporações de bombei-ros”. Aliás, aos Bombeiros VoluntáriosTirsenses e aos Bombeiros Voluntáriosde Vila das Aves nem sequer foi dadoconhecimento de tal documento. E não só é falso como nem sepercebe que razões imporiam ouaconselhariam uma alteração ao quesempre foi feito. Ainda por cima de-pois do que aconteceu em 2016 emVila das Aves e que referi na minhaposição pública.”

À questão de saber se as honras pro-tocolares devidas a um deputado danação dependem de se encontrar ounão em representação do órgão aque pertencem ou de ter ou não sidoformalmente convidado, JoaquimSouto esclarece que Andreia Netonunca poderia estar em representa-ção da Assembleia da República, vis-to esta só poder ser protocolarmenterepresentada pelo seu presidente ou

ComandanteJoaquim Soutorefuta CâmaraMunicipal

culpas públicas que apresentava àdeputada Andreia Neto, deram-nosa perceção de que o episódio, pelosignificado que lhe era assim atri-buído, devia ter referência na edi-ção do jornal.

A questão do contraditório, queo texto de resposta da Câmara refe-re e enfatiza, foi avaliada mas a imi-nência do fecho da edição impediao seu exercício. Releve-se, no entan-to, que com os factos comprovados,o contraditório não era imperiosorelativamente ao que se passou masapenas em relação às razões oucondições que os justificam e à in-terpretação de eventuais reações deentidades referidas. E nada impedi-ria uma apresentação posterior detodas as justificações do vereadorvisado ou mesmo da Câmara.

Por isso, quando vem invocar, que“não lhe tendo sido dada oportuni-dade de dar a sua versão dos fac-tos a Câmara Municipal não tem ou-tro qualquer meio que não seja oexercício do direito de resposta parase fazer ouvir”, a Câmara esquecedeliberadamente que sempre tevetoda a abertura para a difusão dassuas posições e passa ao lado dacomunicação que o Entre Margenslhe enviou a 1 de junho, na sequên-cia da receção de uma primeira ver-são do direito de resposta. Nessacomunicação, elaborada tendo emvista as recomendações da Entida-de Reguladora sobre o exercício dosdireitos de resposta e/ou de retifica-ção, era oferecida a possibilidade derealizarmos uma entrevista com overeador Alberto Costa sobre o as-sunto ou de publicar um texto queeste expusesse a sua posição. |||||

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Sofia Ferreira Barbosa tem 21 anos eé natural de Vila das Aves. Frequentao curso de Ciências da Educação naFaculdade de Psicologia e de Ciênci-as da Educação na Universidade doPorto. Sofia Barbosa faz parte da re-cém criada Alarido – AssociaçãoCultural.

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?De mais eventos culturais, mas tam-bém de uma maior participação eadesão por parte do público aos even-tos já existentes e aos que surgirem.

O que gostava de ver no Centro Cul-tural de Vila das Aves?Penso que, à parte dos concertos quetêm havido, o Centro Cultural está mui-to virado para o público infantil, gosta-ria talvez de ver uma agenda culturalmais variada com espetáculos de tea-tro, dança, audiovisuais e dando opor-tunidades aos artistas do concelho.

Qual das prometidas obras cama-rárias sente mais falta?Não sei quais foram as obras cama-rárias prometidas...

Qual o seu palpite para o início dasobras do cineteatro de Santo Tirso?Pois, não sei. Mas é imperativo quecomecem.

“Faria um abaixo-assinado parao Cine Aves reabrir”

Eu gostava de ser presidente da Câ-mara por um dia para…Tendo em conta que é apenas umdia, dedicava-o a ouvir o que as pes-soas têm a dizer, não os queixumesque isso é o que mais há, mas as idei-as e sugestões que têm para tornarmelhor o concelho de Santo Tirso.

A Casa de chá, no Parque D. Maria IIdá-lhe vontade de tomar um Xanaxou um Dom Pérignon?Na Casa de Chá? Um chá.

Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que…A festa de S. João nas Aves era enor-me, com barraquinhas e carroceis atéà escola das Fontaínhas.

Eu faria um abaixo-assinado para…O Cine Aves reabrir. Faz-nos falta umasala daquelas dimensões, e refletin-do no que já foi o Cine Aves, pensoque poderia voltar para o mapa cul-tural do concelho.

Onde se comem os melhores jesuí-tas?Na Confeitaria Moura, quando ain-da os há.

Eu pagava para…Assistir a uma mudança na Escola. Jáchega de termos escolas do século

XIX, professores do século XX e alu-nos do século XXI.

Em que década vai o PSD conquistara Câmara de Santo Tirso?Bonita questão.

Com quem é que nunca iria à bola(ou à missa)?Com o Sr. Padre Fernando.

INUQÉRITO A SOFIA FERREIRA BARBOSA,ELEMENTO DA ALARIDO - ASSOCIAÇÃO CULTURAL

Sabe o nome da diretora do CentroCultural de Vila das Aves?Não, nem eu nem metade de Viladas Aves.

Quantas vezes já esteve em Rabada?Se aquelas visitas com a escola con-tarem, umas 4.

Depois do Parque da Rabada, do ri-beiro do Matadouro e do AmieiroGalego, que outro nome lhe ocorrepara um novo parque no concelho?É fazer um concurso e que vença opior.

Gostava que o Couto fosse interrom-pido?Não vejo razões para tal, se lá estátem o direito a cumprir com o tempoque lhe foi concedido.

A quem dava com um pau de selfie?A quem inventou o pau de selfie.

Santo Tirso tem ‘pedalada’ para tan-ta festa?Santo Tirso tem “pedalada” para o quecom ele quisermos fazer. Importa épensar o que fazer, tendo em contaos diferentes públicos e as diferentesáreas.

A quem oferecia uma medalha demérito?“Abaixo a meritocracia!” |||||

Penso que, à parte dosconcertos que têm havi-do, o Centro Culturalestá muito virado parao público infantil,gostaria de ver umaagenda cultural maisvariada com espe-tácu-los de teatro,dança, audiovisuais...”.

ENTRE MARGENS | 29 JUNHO 2017 | 17

INQUERITO´́́́́

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18 | ENTRE MARGENS | 29 JUNHO 2017

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A EDIÇÃO INAUGURAL DA COMPETIÇÃO FOIUM ADMIRÁVEL SUCESSO QUE DE 9 A 18 DEJUNHO REVOLUCIONOU A PRACETA DAS FONTAINHAS.

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Voleibol de praia na Vila das Aves. “Umaideia maluca” como todos confessavampreviamente que rapidamente deixou deser uma dúvida para passar a ser umacerteza. Primeiro chegaram os camiõescom a areia. Depois as bancadas. E numápice, a ampla praça transformou-se numaarena desportiva. Ao longo de 10 dias,o vólei jogou-se ali, no coração da Vila

Cinco mil pessoaspassarampelo primeiro‘Aves Beach Volley’

das Aves, entre a junta de freguesia e oCentro Cultural Municipal, ladeado porbares, cafés, esplanadas e apartamentoscom vista privilegiada para a ação.

No total mais de seiscentos pratican-tes dos mais variados quadrantes passa-ram pela “Arena das Fontainhas”, de con-sagrados do panorama nacional, aos paise filhos. De jovens jogadores das esco-las da Vila, aos mais veteranos, passan-do pelas formações competitivas do CDAves, recém-consagradas campeãs em anode regresso da modalidade ao clube.

O ‘Aves Beach Volley’ foi um sucessoporque não se fechou em si mesmo. Abriu-se e acolheu o que esteve à sua volta.De facto, para além da componente com-petitiva, é inegável a vertente comunitáriade um evento como este. Não só porocupar um espaço público tão proemi-nente no centro da vila, mas por envolverum conjunto de coletividades e institui-ções em torno de uma atividade des-por-tiva considerada alternativa. Uma inicia-tiva que demonstra a “apetência e pro-pensão da Vila das Aves para eventosde cariz desportivo”. O público apareceue todos os dias pintou as bancadas. Parao ano quer-se mais, público e competição.

Pelo sucesso desta primeira edição, acoorganização entre a Associação Avensee a Câmara Municipal de Santo Tirso temcaminho aberto para regressar. ||||||

ASSOCIAÇÃO AVENSE

O avense Diogo Costa, guarda-re-des do FC Porto, foi titular da seleçãoportuguesa sub-20 na fase final docampeonato mundial desta catego-ria que decorreu na Coreia entre 20de maio e 11 de junho. A equipa na-cional portuguesa chegou aos quar-tos-de-final da competição, tendosido arredado das meias-finais peloUruguai, nas grandes penalidades,depois de terem chegado ao fim doprolongamento empatados a duasbolas. Diogo Costa jogou todos osjogos desta fase final. O atleta, que

conta apenas 17 anos, foi chamadoagora a disputar a fase final do cam-peonato europeu de sub-19, que sedisputa na Geórgia a partir do dia 2de julho. São adversários de Portu-gal, na fase de grupos, a Geórgia, aRepública Checa e a Suécia.

Recorde-se que Diogo Costa foicampeão europeu do escalão sub-17 no ano passado e já conta 37internalizações em jogos oficiais daseleção, o que prenuncia um futurobrilhante para o jovem guarda-redes.||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

TITULAR DA SELEÇÃO SUB-20 NO MUNDIAL

Diogo Costa vairepresentar Portugal noeuropeu de sub-19

XII TORNEIO DE KARATÉ DE BARCELOS

O Karaté Shotokan de Vila das Avesconseguiu três lugares no pódio nacompetição de Barcelos. Emma Bar-ros saiu vitoriosa das provas de katase kumite em iniciados femininos, sen-do que Bruno Barroso conquistou o

terceiro lugar em kumite dos cade-tes masculinos com mais de 63 kg.

A 12ª edição do torneio da cida-de minhota juntou no pavilhão mu-nicipal de Barcelos mais de 400 atle-tas de todos os escalões etários. |||||

Emma Barros comduas vitórias

O ‘AVES BEACH VOLLEY’FOI UM SUCESSOPORQUE NÃO SE FECHOUEM SI MESMO. ABRIU-SEE ACOLHEU O QUEESTEVE À SUA VOLTA.FOTO: VASCO OLIVEIRA

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ENTRE MARGENS | 29 JUNHO 2017 | 19

Desportivodo Vale doAve promoveFutsalinfantilO Grupo Desportivo Vale do Ave(GDVA) realizou no passado mêsde maio três eventos visando apromoção do futsal e o convíviojunto dos alunos mais jovens doAgrupamento de Escolas D. Afon-so Henriques. Foram mais de 60participantes com idades compre-endidas entre os 4 e os 9 anos!O GDVA esteve primeiro no Jar-dim de Infância das Fontaínhas,em Vila das Aves e depois naEscola Básica de S. Tomé de Ne-grelos. A última destas atividadesfoi no passado dia 24, na EscolaBásica de Bom Nome. Nos even-tos participaram também jogado-res e o corpo técnico do clube.Foram momentos de boa dispo-sição, alegria e partilha.

Na próxima época o clube vaifazer funcionar a escola de futsalGDVA, escalão de iniciação aofutsal (para nascidos até 2007)e terá três equipas a competir noscampeonatos da Associação deFutebol do Porto: Infantis, Juvenise Juniores. O GDVA convida to-dos os interessados a virem mos-trar o seu talento. Os treinos daescola de futsal GDVA e dos in-fantis decorrem à quarta-feira (das18 às 19h), dos juvenis à terça-feira (18-19h), e dos juniores àquarta-feira (19-20h), todos noPavilhão Desportivo da Escola Se-cundária D. Afonso Henriques, emVila das Aves. |||||

AVES | FUTSAL HORÓSCOPOZODÍACO

Por: Maria Helena ||||| [email protected]

PRIMEIRA QUINZENA DE JULHO DE 2017CARNEIRO CARNEIRO CARNEIRO CARNEIRO CARNEIRO (21/03 (21/03 (21/03 (21/03 (21/03 AAAAA 20/04) 20/04) 20/04) 20/04) 20/04)Carta Dominante: O Louco, que significa Ex-centricidade. Amor: No que se refere ao amor,seja responsável. Não faça alguém sofrer pelasua falta de atenção. Saúde: Tenha mais cuida-dos consigo e com a sua saúde. Dinheiro: Apesarde não dar muita importância aos bens materi-ais, esforce-se por conseguir um aumento de sa-lário. Se mostrar empenho verá que consegue.Pensamento positivo: Vivo o presente com con-fiança!TOURO TOURO TOURO TOURO TOURO (21/4 a 20/05)(21/4 a 20/05)(21/4 a 20/05)(21/4 a 20/05)(21/4 a 20/05)Carta Dominante: 7 de Copas, que significa So-nhos Premonitórios. Amor: Surpreenda o seuamor com uma viagem que vos permitirá par-tilhar maior intimidade. Está a fazer falta àvossa relação uma maior convivência a dois,sem interferência de outras pessoas. Saúde:Cuide da sua alimentação. Dinheiro: Reco-nheça o seu verdadeiro valor. Não permita queo subvalorizem nem que abusem da sua boavontade. Pensamento positivo: Eu tenho pensa-mentos positivos e a Luz invade a minha vida!GÉMEOS GÉMEOS GÉMEOS GÉMEOS GÉMEOS (21/5 a 20/06)(21/5 a 20/06)(21/5 a 20/06)(21/5 a 20/06)(21/5 a 20/06)Carta Dominante: A Torre, que significa Convic-ções Erradas, Colapso. Amor: O seu par poderáexigir-lhe mais atenção. Procure ser um pou-co mais carinhoso. Por vezes está tãoembrenhado nos seus próprios projectos quese esquece de quem tanto lhe quer. Saúde:Tendência para as alergias. Previna-se ante-cipadamente. Dinheiro: Poderá ter de reajustara sua forma de trabalhar. Elabore uma estraté-gia que lhe permita adaptar-se às novas realida-des da sua empresa. Pensamento positivo: pro-curo ser compreensivo com todas as pessoas queme rodeiam.CARANGUEJOCARANGUEJOCARANGUEJOCARANGUEJOCARANGUEJO (21/06 a 21/07) (21/06 a 21/07) (21/06 a 21/07) (21/06 a 21/07) (21/06 a 21/07)Carta Dominante: 3 de Espadas, que significaAmizade, Equilíbrio. Amor: A sua cara-metadevai dar-lhe provas do amor que tem por si. Vaisentir-se muito feliz, aproveite este períodode romance e amor. Saúde: Poderão surgiralguns problemas relacionados com a colu-na. Dinheiro: Faça valer os seus pontos de vistade uma forma civilizada. Não exija fazer preva-lecer a sua opinião, saiba ouvir. Pensamento

positivo: O Amor invade o meu coração.LEÃOLEÃOLEÃOLEÃOLEÃO (22/07 a 22/08) (22/07 a 22/08) (22/07 a 22/08) (22/07 a 22/08) (22/07 a 22/08)Carta Dominante: Valete de Copas, que significaLealdade, Reflexão. Amor: Poderá sentir necessi-dade de fazer um balanço da sua relação amo-rosa e perceber que afinal não valeu a penater lutado tanto. Procure acima de tudo a suafelicidade, seja com quem for. Saúde: Pensemais em si e cuide da sua saúde. Dinheiro:Período protegido profissionalmente. Apresenteos seus projectos com segurança. Pensamentopositivo: Eu sei que posso mudar a minha vida.VIRGEMVIRGEMVIRGEMVIRGEMVIRGEM (23/08 a 22/09) (23/08 a 22/09) (23/08 a 22/09) (23/08 a 22/09) (23/08 a 22/09)Carta Dominante: Ás de Espadas, que significaSucesso. Amor: Poderá conhecer alguém que ofará pôr em causa a sua actual relação amorosa.Pense bem nas consequências dos seus actos an-tes de se lançar de cabeça na paixão. Saúde: Du-rante este período a tendência é para que tudocorra bem no domínio físico. Dinheiro: Definaos seus projectos e ponha-os em prática. O suces-so financeiro está favorecido, por isso não tenhamedo de arriscar. Pensamento positivo: Souoptimista, espero que me aconteça o melhor!BALANÇABALANÇABALANÇABALANÇABALANÇA (23/06 a 22/10) (23/06 a 22/10) (23/06 a 22/10) (23/06 a 22/10) (23/06 a 22/10)Carta Dominante: A Papisa, que significa Es-tabilidade, Estudo e Mistério. Amor: Poderáconhecer alguém que o deixará completa-mente apaixonado. Avance com prudência,procure conhecer melhor a pessoa antes de seenvolver. Saúde: Evite alimentos demasiadosalgados. Dinheiro: Período de estabilidadefinanceira, contudo guarde algum dinheiroporque pode vir a precisar. Pensamento positivo:Eu tenho força mesmo nos momentos mais di-fíceis!ESCORPIÃOESCORPIÃOESCORPIÃOESCORPIÃOESCORPIÃO (23/10 a 21/11) (23/10 a 21/11) (23/10 a 21/11) (23/10 a 21/11) (23/10 a 21/11)Carta Dominante: Rainha de Ouros, que signi-fica Ambição, Poder. Amor: Esteja atento ao seucoração e siga a sua intuição. Não fuja doamor, ele vai correr atrás de si. Saúde: Duran-te esta quinzena estará mais susceptível a so-frer pequenos acidentes domésticos. Acautele-se.Dinheiro: Boas oportunidades para iniciar umnegócio na área do turismo. Pensamento positi-vo: Eu acredito que todos os desgostos são passa-geiros, e todos os problemas têm solução.

SAGITÁRIOSAGITÁRIOSAGITÁRIOSAGITÁRIOSAGITÁRIO (22/11 a 21/12) (22/11 a 21/12) (22/11 a 21/12) (22/11 a 21/12) (22/11 a 21/12)Carta Dominante: 6 de Copas, que significa Nos-talgia. Amor: Poderá sentir-se um pouco melan-cólico e com saudades de um amor que o mar-cou muito no passado. Seja mais optimista econcentre-se no que o presente lhe está a ofe-recer. Saúde: Período agitado e esgotante. Di-nheiro: Esteja atento à sua conta bancária efaça os possíveis por controlar os gastos. Nãoestará com uma boa capacidade de gestão,por isso peça ajuda nesse sentido a alguém dasua confiança. Pensamento positivo: O Amorenche de alegria o meu coração!CAPRICÓRNIOCAPRICÓRNIOCAPRICÓRNIOCAPRICÓRNIOCAPRICÓRNIO (22/12 a 20/01) (22/12 a 20/01) (22/12 a 20/01) (22/12 a 20/01) (22/12 a 20/01)Carta Dominante: O Mágico, que significa Ha-bilidade. Amor: Não se isole nem se feche dentrode si mesmo. Abra as portas do seu coração aoamor. Mostre a pessoa maravilhosa que é, epode fazer alguém muito feliz. Saúde: Ten-dência para o desgaste físico. Dinheiro: Esta-bilidade financeira. Aproveite para fazer algu-mas compras ou investir em melhoramentospara a sua casa. Pensamento positivo: Vivo deacordo com a minha consciência.AQUÁRIO AQUÁRIO AQUÁRIO AQUÁRIO AQUÁRIO (21/01 a 19/02)(21/01 a 19/02)(21/01 a 19/02)(21/01 a 19/02)(21/01 a 19/02)Carta Dominante: 8 de Ouros, que significa Es-forço Pessoal. Amor: Preocupe-se mais com obem-estar da sua família. Esteja mais pre-sente. Saúde: O bom humor e o optimismopautarão a sua vida. Dinheiro: Viverá um mo-mento de prosperidade, no entanto procure nãoemprestar dinheiro a alguém em quem não con-fie plenamente, oiça a sua intuição. Pensamen-to positivo: O meu único Juiz é Deus.PEIXESPEIXESPEIXESPEIXESPEIXES (20/02 a 20/03) (20/02 a 20/03) (20/02 a 20/03) (20/02 a 20/03) (20/02 a 20/03)Carta Dominante: Rainha de Espadas, que sig-nifica Melancolia, Separação. Amor: Uma sepa-ração forçada poderá fazer com que sinta faltado carinho e conforto da sua família. Procureser mais auto-confiante e seguro de si mesmo.Saúde: Não faça esforços desnecessários. Dinhei-ro: Poderá receber um convite para chefiarum departamento. Pense bem se pretende ta-manha responsabilidade. Pensamento positi-vo: Esforço-me por dar o meu melhor todos osdias. Eu concluo tudo aquilo que começo, soupersistente.

VacinaçãoAntirrábicaDurante o mês de julho, um pou-co por todo o concelho vai serpossível vacinar os animais, comode resto acontece todos os anos.Já este sábado, dia 1, em Vilarinho,poderá vacinar o seu animal pe-las 15 horas, na Junta de Fregue-sia e em Paradela, pelas 16h00. S.Mamede de Negrelos e S. Salva-dor do Campo têm disponível avacinação também no dia 1 pe-las 17h e 18h, junto à Casa Ve-lhos e à Igreja. Dia 8 poderá diri-gir-se a S. Tomé de Negrelos e S.Martinho do Campo. A primeira,na Escola Básica, pelas 15h30, asegunda, junto à igreja, às 16h30.Em Roriz e Vila das Aves poderávacinar o seu animal no dia 15,às 15 h na junta de freguesia eem Vila das Aves, junto à igreja,pelas 17h. Dia 19 é dedicado aSanto Tirso, às 11h junto à igrejae às 14h30 no mercado munici-pal. Palmeira, Sequeirô, Lama eAreias têm vacinação disponívelno dia 22. Em Sequeirô Lama eAreias, terá lugar nas juntas de fre-guesia, pelas 15h30, 17h e 18h.Já na palmeira decorrerá junto àigreja, às 14h30. Dia 29 é a vezde Monte Córdova. Nas Alminhas,pelas 9h30, junto ao cemitériopelas 10h30, na capela de SantaLúzia, pelas 11h30 e no Largo Re-dundo pelas 12h30. No mesmodia decorre também a vacinaçãoem Rebordões. Às 15h na escolaprimária e às 16h na Junta de Fre-guesia. Em Burgães acontece nomesmo dia, pelas 17h na Abelhae às 18h no Lugar Laje. |||||

SANTO TIRSO

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20 | ENTRE MARGENS | 29 JUNHO 2017

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do Entre Margensnas bancas

a 13 de julho

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA

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Celebra este ano, oficialmente, 40 anosde existência, mas a Associação Huma-nitária dos Bombeiros de Vila das Avesjá dava os primeiros passos anos antes.Em 1975, seis ‘avenses de gema’, “pen-saram em adquirir uma ambulância nosentido de efetuar transportes de sinis-trados desta terra ao hospital”. AntónioMarques, Augusto Machado, Lino Cos-ta, Manuel Pinheiro, Manuel Ribeiro eAntónio Fernandes juntaram esforços, le-varam a cabo reuniões, realizaram tor-neios, jogos de chincalhão, de malha,ciclismo, motocross. “Precisávamos arran-

A génese dosBombeirosde Vila das Aves

jar dinheiro”, explica António Fernandes,o único dos seis que ainda se encontravivo. Mais tarde, a ajuda começou a sernecessária e ao grupo juntaram-se mais16 nomes, “no sentido de dar sequênciae auxilio ao projetado”. Instalaram o quar-tel provisório no edifício da antiga juntade freguesia de Vila das Aves e entre os,agora, vinte e dois sócios fundadores sor-tearam os números de sócios da futuraAssociação.

Coube em sorte ao Comendador Jo-aquim Ferreira de Abreu o número um.António Fernandes lembra toda a ajudapor ele dada. “Ajudou-nos desde o princí-pio, pôs tudo à disposição, arranjou-nos

uma ambulância, esteve sempre connosco”.“Foi em 2/07/77, no Palácio da Junta

de Freguesia de Vila das Aves, na respe--tiva biblioteca e na presença do Exmo.Dr. José António Pereira Serra, notário no1º cartório notarial do concelho do con-celho de Santo Tirso que teve lugar acriação oficial da Associação Humanitá-ria das Aves”, lê-se no documento daaltura. A primeira corporação tinha pou-co mais de 20 bombeiros, todos volun-tários. A formação foi dada por corpora-ções de fora do concelho e António Fer-nandes garante que “ainda há bombeiroaqui da primeira hora”. “O Belmiro Vieira,que era comandante, juntamente com amulher, quando havia qualquer coisa eles

saíam com a ambulância”, lembra.Com o aumento dos anos da Associ-

ação aumentava também o número derecursos disponíveis, os carros, as ambu-lâncias, a corporação. A junta de fregue-sia ofereceria, em junho de 1979, “1600metros quadrados de terreno, próximosda escola primária da Ponte, para ali seredificado o quartel dos bombeiros vo-luntários de Vila das Aves”. A novadireção chegaria nos anos 80. AntónioFernandes assegura que durante cercade 30 anos, a direção nunca prestouqualquer reconhecimento aos fundado-res. “Com este novo presidente é quecomeçou a haver homenagem, o Carlosé que decidiu homenagear e colocar umagaleria com as fotos de todos os funda-dores no quartel, porque não existia”,salienta.

A Associação Humanitária dos Bom-beiros de Vila das Aves comemora estedomingo, dia 2, 40 anos. As históriasdos fundadores, dos bombeiros, e detodos os que por ali passaram ao longode mais de quatro décadas voltará a con-tar-se e se há coisa que AntónioFernandes tem certeza é que, por maistrabalho que o início tenha dado, pormais difícil que tenha sido, “valeu a pena,valeu sempre a pena”. |||||