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Revista Eletrônica Inspirar [recurso eletrônico] - Curitiba:R454 Faculdade Inspirar, 2016

Trimestral, Suplemento 2, v. 11, n, 4, out/nov/dez 2016 .ISSN 2175-537XModo de acesso: www.inspirar.com.br

1. Saúde - Periódicos.CDD 610CDU 614

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A REVISTAA Revista Eletrônica da Inspirar é um periódico de acesso aberto, gratuito e bimestral, destinado à divulgação arbitrada da produção científica na área de Ciências da Saúde, de autores brasileiros e de outros, contribuindo, desta forma, para o crescimento e desenvolvimento da produção científica.

MISSÃOPublicação de artigos científicos que contribuam para a expansão do conhecimento da área da saúde, baseados em princípios éticos.

OBJETIVOPropiciar meios de socialização do conhecimento construído, tendo em vista o estimulo à inves-tigação científica e ao debate acadêmico.

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CONSELHO EDITORIALCONSELHO DE CURSO DE FISIOTERAPIA

Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – DEFITOFaculdade de Filosofia e Ciências (FFC – Unesp – Marilia)

COORDENAÇÃO GERALProf. Dr. Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin (Unesp – Marília)

COORDENAÇÃO CIENTIFICAProfa. Dra. Flavia Roberta Faganela Navega (Unesp – Marília)

COMISSÃO ORGANIZADORAAline Prieto de Barros Silveira

Angelica Cristina da CruzAna Paulo de Toledo

Anne Michelli Gomes Gonçalves FontesBeatriz Mendes Tozim

Carolina Favarin SoaresCaroline Baldini PrudencioFernanda Rinaldi Sangalli

Gianluca Loyolla Montanari LemeGuilherme Thomaz Aquino Nava

Juliana Lôbo FroioJuliane Borba Garbo

Lais Regina Barreto de BorbaCarla Tolentino dos Reis

Letícia Santana de OliveiraMarcel Jean Pierre Masse Araya.

Mariana Cristina da SilvaNatália Moya Rodrigues Pereira

Patrícia de Aguiar YamadaPatricia Sandei Galvao Moreira

Valdirene Tenório da Costa Alegria

EDITORESProf. Dr. Esperidião Elias Aquim - PR

Prof. MSc. Marcelo Márcio Xavier - PR

COORDENAÇÃO EDITORIALProfa. Dra. Angélica Lodovico - [email protected]

EDITORAÇÃO ELETRÔNICAJessica Melo - [email protected]

FORMAÇÕES PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOSTodo o material a ser publicado deve ser submetido online através do site:

www.inspirar.com.br/revista

I.P. (Informação Publicitária): As informações são de responsabilidade dos anunciantes.

© Faculdade Inspirar - Nenhuma parte dessa publicação pode ser reproduzida, arquivada ou distribuída por qualquer meio, eletrônico, mecânico, fotocópia ou outro, sem a permissão escrita do proprietário do copyright Inspirar. O editor não assume qualquer responsabilidade por eventual prejuízo a pessoas ou propriedades ligado à confiabilidade dos produtos, métodos, instruções ou idéias expostas no material publicado. Apesar de todo o material publicitário estar em conformidade com os padrões de ética da saúde, sua inserção na revista não é uma garantia ou endosso da qualidade ou valor do produto ou das asserções de seu fabricante.

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COMISSÃO CIENTÍFICAAlexandre Ricardo Pepe Ambrozin

Cristiane Rodrigues PedroniMarcelo Tavella Navega

Marcos Eduardo ScheicherRobison José Quitério

Ana Elisa Zuliane Stroppa MarquesMary Ellen Morcelli

Andréia Naomi SankakoMárcia Faganello

Doralice Fernanda da Silva RaquelBeatriz Mendes TozimÂngela Kazue Morita

Natanael Teixeira Alves de SousaDeborah Hebling Spinoso

Mariana Almeida

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SUMÁRIOIMPACTO FISIOTERAPIA AQUÁTICA NA DOR CRÔNICA E APTIDÃO FÍSICA EM IDOSOS COM GONARTROSE: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO .......14

FISIOTERAPIA AQUÁTICA NA APTIDÃO FUNCIONAL EM IDOSOS: ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO ALEATÓRIO ............................................................16

REPERCUSSÃO DO PADRÃO VENTILATÓRIO ASSOCIADO À MOBILIZAÇÃO PRECOCE EM PÓS OPERATÓRIO DE CIRURGIA ABDOMINAL ..................18

ESTUDO DO TEMPO GASTO COM EXERCÍCIOS DURANTE A FISIOTERAPIA NO FORMATO DE CIRCUITO DE TREINAMENTO EM HEMIPARÉTICOS ....20

PREVALECÊNCIA DE LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM ATLETAS RE-CREACIONAIS ..................................................................................................22

AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO DE GESTANTES EM ACOMPANHAMENTO FISIOTERAPÊUTICO .............................................24

AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO CORPORAL EM CRIANÇAS COM TRANSTOR-NO DO ESPECTRO AUTISTA ...........................................................................26

INFLUÊNCIA DO MÉTODO PILATES E HASTE OSCILATÓRIA NA MARCHA DE IDOSAS ........................................................................................................28

AVALIAÇÃO PULMONAR APÓS TREINAMENTO FÍSICO PREVENTIVO EM RATOS COM HIPERTENSÃO PULMONAR .....................................................29

CORRELAÇÃO ENTRE NÍVEIS DE CREATINA QUINASE E 1 RM APÓS SES-SÃO DE EXERCÍCIO RESISTIDO MÁXIMO: UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMI-ZADO. ................................................................................................................31

USO DE MEDICAMENTOS POR PACIENTES COM INCONTINÊNCIA URINÁ-RIA ATENDIDOS EM UM SETOR DE FISIOTERAPIA EM UROGINECOLOGIA ...33

PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL E CONTROLE NEURAL DA FRE-QUÊNCIA CARDÍACA DE CRIANÇAS OBESAS. ............................................35

TEMPO DE ALEITAMENTO MATERNO COMO FATOR DE RISCO PARA OBE-SIDADE INFANTIL E SUA INFLUÊNCIA SOBRE A MODULAÇÃO AUTONÔMI-CA CARDÍACA. .................................................................................................37

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APREENSÕES DE PAIS DE CRIANÇAS COM DESENVOLVIMENTO ATÍPICO DIANTE DA TRANSMISSÃO DO DIAGNÓSTICO ...........................................39

EFICÁCIA DO USO DO THERATOG NA POSTURA DE UMA CRIANÇA COM MICROCEFALIA ................................................................................................41

PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO EM PACIENTES ACOMETIDOS COM DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA ..................................................................43

NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA E EM PACIENTES COM DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA ..................................................................45

EFEITO DO ESTÍMULO AUDITIVO DURANTE TREINO DE MARCHA EM ES-TEIRA SOBRE A VELOCIDADE DA MARCHA EM SOLO DE PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON ................................................................................47

EFEITO DO TREINO DE MARCHA COM SUPORTE PARCIAL DE PESO SO-BRE O RISCO DE QUEDAS E MOBILIDADE DE PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON ...............................................................................................49

EFEITOS DA RADIOFREQUÊNCIA MONOPOLAR DE 27,12 MHZ NO TRATA-MENTO DA FIBROMIALGIA: ESTUDO PILOTO ..............................................51

PREVALÊNCIA DE MEDO DE QUEDA EM PACIENTES COM ARTRITE REU-MATOIDE E FATORES PARA SEU DESENVOLVIMENTO ..............................53

AJUSTE PARASSIMPÁTICO DA FREQUENCIA CARDÍACA DE INDIVÍDUOS DIABÉTICOS TIPO 2 NO EXERCÍCIO RESISTIDO DINÂMICO ......................55

RESPOSTAS DA PRESSÃO ARTERIAL DE DIABÉTICOS DO TIPO 2 A DIFE-RENTES INTENSIDADES DE EXERCÍCIO RESISTIDO ..................................57

VELOCIDADE DA MARCHA DE IDOSOS COM DOENÇA DE PARKINSON DU-RANTE A SIMULAÇÃO DE TRAVESSIA DE RUA ...........................................59

INFLUÊNCIA DA ASSIMETRIA DE FORÇA DO QUADRÍCEPS NA MOBILIDA-DE FUNCIONAL EM INDIVÍDUOS COM OSTEOATRITE DE JOELHO ..........61

MOBILIDADE E CAPACIDADE FUNCIONAL APÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ....................................................................................................63

COMPRIMENTO DE PASSO DE IDOSOS COM DOENÇA DE PARKINSON DU-RANTE A SIMULAÇÃO DE TRAVESSIA DE RUA ...........................................64

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AVALIAÇÃO DOS PÉS EM INDIVÍDUOS COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 NO AMBULATÓRIO MÉDICO DE ESPECIALIDADES DE BAURU-SP ...........66

RAZÃO ELETROMIOGRÁFICA DOS MÚSCULOS PERIESCAPULARES EM INDIVÍDUOS ASSINTOMÁTICOS COM E SEM DISCINESE. ..........................68

EFEITO DA BANDAGEM ELÁSTICA NA ELETROMIOGRAFIA DE ATLETAS DO CROSSFIT DURANTE GESTOS ESPORTIVOS .......................................70

CONHECIMENTO SOBRE A DOENÇA E QUALIDADE DE VIDA DE PACIEN-TES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE ..72

EFEITOS DA DESSATURAÇÃO DE OXIGÊNIO NO EQUILÍBRIO DE PORTA-DORES DE OBSTRUÇÃO CRÔNICA AO FLUXO AÉREO ..............................74

AVALIAÇÃO DO EFEITO DA PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO SOBRE O ES-TRESSE OXIDATIVO EM RATAS PRENHES ...................................................75

AVALIAÇÃO DA ACESSIBILIDADE NO CENTRO DE ESTUDOS DA EDUCA-ÇÃO E DA SAÚDE – CEES: UNESP – CAMPUS DE MARÍLIA .......................77

DETECCÇÃO E INTERVENÇÃO PRECOCE: IDADE QUE PREMATUROS SÃO ENCAMINHADOS PARA TRATAMENTO EM UM SERVIÇO DE FISIOTERAPIA 79

FUNÇÃO SENSÓRIO-MOTORA E COORDENAÇÃO NA HEMIPARESIA ......81EFEITO DO MÉTODO PILATES NA FORÇA DOS MÚSCULOS PARAVERTE-BRAIS EM IDOSAS. ..........................................................................................83

TEMPO DE VENTILAÇÃO NÃO-INVASIVA EM PACIENTES COM EDEMA AGU-DO PULMONAR ................................................................................................85

AVALIAÇÃO DO EFEITO DA PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO SOBRE A BIO-DISPONIBILIDADE DE ÓXIDO NÍTRICO EM RATAS PRENHES ....................86

ATIVIDADE FÍSICA E MODULAÇÃO AUTONÔMICA DA FREQUÊNCIA CARDÍ-ACA EM MULHERES PÓS-MENOPAUSA COM DIABETES TIPO 2 ..............88

CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS ANTES E DEPOIS DO TREINAMENTO EM ESTEIRA ERGOMÉTRICA .........................90

CARACTERIZAÇÃO DA DESTREZA DE MEMBROS SUPERIORES DE HEMI-PARÉTICOS SUBMETIDOS A FISIOTERAPIA EM GRUPO ............................92

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MATURAÇÃO SEXUAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS ........94

EFEITOS DA IMERSÃO EM ÁGUA FRIA NA RECUPERAÇÃO APÓS EXERCÍ-CIO EM PARÂMETROS CARDIOVASCULARES .............................................96

FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM PACIENTES SUBMETIDOS A CI-RURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO E TROCA VALVAR ..98

ANÁLISE DOS EFEITOS DE DIFERENTES POSTURAS SOBRE A MUSCULA-TURA ESTABILIZADORA LOMBAR ..............................................................100

EFEITOS DE SEIS SEMANAS DE TREINAMENTO PLIOMÉTRICO NA CAPA-CIDADE DE ENDURANCE E DESEMPENHO DO SALTO VERTICAL EM ATLE-TAS AMADORES .............................................................................................102

EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO INTERVALADO NA APTIDÃO FÍSICA EM PARTICIPANTES COM SÍNDROME METABÓLICA ................................104

EFEITOS DE SEIS SEMANAS DE TREINAMENTO PLIOMÉTRICO NA MODU-LAÇÃO AUTONÔMICA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DE ATLETAS AMADO-RES .................................................................................................................106

AJUSTES AUTONÔMICOS DA PRESSÃO ARTERIAL DIASTÓLICA DE DIABÉ-TICOS AO TESTE DE PREENSÃO MANUAL ................................................108

AJUSTES AUTONÔMICOS DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DE DIABÉTICOS DURANTE A MANOBRA PARA ACENTUAR A ARRITMIA SINUSAL RESPIRA-TÓRIA .............................................................................................................110

ANÁLISE DESCRITIVA DA CAPACIDADE FUNCIONAL E DAS FORÇAS DE PREENSÃO MANUAL E DE PINÇA EM MULHERES COM ARTRITE REUMA-TOIDE ...............................................................................................................112

EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO INTERVALADO SOBRE CONCEN-TRAÇÕES SÉRICAS DE ALANINA AMINOTRANSFERASE (AST) EM PACIEN-TES COM SÍNDROME METABÓLICA. ...........................................................114

CORRELAÇÃO ENTRE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE MULHERES COM ARTRITE REUMATOIDE ......................116

FATOR DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR: CRANIOESTENOSE ........................................................................................118

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AJUSTES DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA E DA FREQUÊNCIA CARDÍA-CA DE CRIANÇAS OBESAS AO TESTE DE MUDANÇA POSTURAL ATIVA 120INTENSIDADE DE ESFORÇO NA REABILITAÇÃO CARDÍACA COM APLICA-ÇÃO DE REALIDADE VIRTUAL .....................................................................122

PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO METABÓLICOS PARA DOENÇA CARDIOCIRCULATÓRIO EM CRIANÇAS OBESAS .....................................124

INFLUÊNCIA DA DUPLA TAREFA COTIDIANA SOBRE A LARGURA DE PAS-SO DE IDOSOS COM DOENÇA DE PARKINSON .........................................126

FUNÇÃO SENSÓRIO-MOTORA E COORDENAÇÃO NA HEMIPARESIA ....128EXERCÍCIO AERÓBIO E DENSIDADE MINERAL ÓSSEA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE ...........................................129

EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO INTERVALADO NA APTIDÃO FÍSICA EM PARTICIPANTES COM SÍNDROME METABÓLICA ................................131

PREVALECÊNCIA DE LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM ATLETAS RECREACIONAIS ..........................................................................................133

EFEITO AGUDO DA HIDROTERAPIA NA VARIABILIDADE DA FRENQUÊNCIA CARDÍACA EM MULHERES MENOUPAUSADAS COM RISCO CARDIOVASCULAR ..................................................................................................................134

TERAPIA COMBINADA NO TRATAMENTO DERMATO FUNCIONAL DE GOR-DURA LOCALIZADA NO PÓS-PARTO: RELATO DE CASO ........................135

AVALIAÇÃO DA PERDA DE URINA EM GESTANTES SUBMETIDAS A HIDRO-TERAPIA ..........................................................................................................137

PILATES NA FORÇA MUSCULAR E FLEXIBILIDADE DE UNIVERSITÁRIOS ..139

AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO PULMONAR, RESPOSTA AO EXERCÍCIO E QUALI-DADE DE VIDA EM PACIENTE COM SÍNDROME DE KARTAGENER – RELA-TO DE CASO ...................................................................................................140

CONDIÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA E MUSCULAR DE PACIENTES COM CÂNCER ABDOMINAL CANDIDATOS A CIRURGIA .....................................142

EXERCÍCIOS DE LIAN GONG NA ASMA: RELATO DE CASO ....................144

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EFEITOS DA DESSATURAÇÃO DE OXIGÊNIO NO EQUILÍBRIO DE PORTA-DORES DE OBSTRUÇÃO CRÔNICA AO FLUXO AÉREO ............................146

EFEITOS DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO EM ESTEIRA ERGONOMÉ-TRICA NA MOBILIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS 147

EFEITO IMEDIATO DE EXERCÍCIOS DO MÉTODO PILATES SOBRE O PA-DRÃO DE CO-CONTRAÇÃO DOS MÚSCULOS ESTABILIZADORES DO TRONCO ..........................................................................................................149

OBESIDADE INFANTIL E QUALIDADE DE VIDA ..........................................151EFEITO DO TESTE DE PREENSÃO MANUAL SOBRE A MODULAÇÃO AUTO-NÔMICA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM HOMENS NORMOTENSOS E PRÉ--HIPERTENSOS ...............................................................................................153

DINÂMICA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM HOMENS EUTRÓFICOS E COM SOBREPESO APÓS TESTE DE PREENSÃO MANUAL ..............................155

EFEITOS DO TREINO EM ESTEIRA NA MOBILIDADE FUNCIONAL DE EM IN-DIVÍDUOS COM PARKINSON ........................................................................157

ANALISE DA INFLUENCIA DO “KINESIO TAPING” SOBRE AS CARACTERÍS-TICAS CINÉTICAS DA MARCHA EM INDIVÍDUOS HEMIPARÉTICOS ........159

INFLUÊNCIA DA IDADE, SEXO E OBESIDADE INFANTIL SOBRE A MODULA-ÇÃO PARASSIMPÁTICA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA ..............................161

AVALIAÇÃO DA FORÇA DOS MÚSCULOS DE CORE UTILIZANDO UM DINA-MÔMETRO MANUAL ̶ CONFIABILIDADE ENTRE SESSÕES .....................163

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EDITORIAL

Prezados Congressistas,

Mais um ano o Curso de Fisioterapia da Unesp de Marília, promove o VI CONGRESSO DE FISIOTERAPIA, evento que aconteceu de 24 a 26 de novembro 2016 na Faculdade de Filosofia e Ciência. Este evento já é tradicional na região já que muitas instituições e estudantes aguardam a realização do mesmo. O evento é a oportunidade de sair da rotina das salas de aulas e vivenciar um ambiente diferente de conhecimento e amizade, permitindo ouvir outros profissionais ganhar novos e aprimorar antigos conhecimentos. A programação incluiu discussões e temas atuais em diferentes áreas da Fisioterapia englobando aspectos de avaliação, diagnóstico e reabilitação fí-sica. A programação contou ainda com apresentações de trabalhos científicos, que visou divulgar as produções de conhecimentos e recursos tecnológicos para o desenvolvimento da fisioterapia, produzidas nas diferentes instituições de ensino de graduação e pós-graduação da Marília e Região. O evento contou com quatro cursos de oito horas, sete palestras e quatro mesas redon-das, além de um evento paralelo “Pesquisas para boas práticas em Fisioterapia”. O Congresso de Fisioterapia da Unesp de Marília tem prazer de receber nossos convidados e congressistas.

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PROGRAMAÇÃO

24/11/2016 (1º dia)

Local: Campus I da Unesp – Central de Salas de Aula de Fisioterapia e Terapia Ocupacional

08h00 – 12h00

MINICURSO 1: Princípios do Pilates - Prof. Paulo José Sinatora – Proprietário da Clinica “Es-paço Vargas Sinatora”

MINICURSO 2: Principais métodos de tratamento em Hidroterapia Prof. Leandro Regnato de Oliveira Galvão (Faculdades Anhanguera de Bauru; Curso de Especialização em Ortopedia e Traumatologia da Universidade Sagrado Coração – USC – Bauru.

MINICURSO 3: Reabilitação Vestibular Prof. Dr. Marcos Seizo Kishi– Docente do curso de Fi-sioterapia da Universidade Federal de Uberlândia - UFU

MINICURSO 4: Reabilitação Pulmonar Profa. Dra. Roberta Munhoz Manzano– Docente do curso de Fisioterapia da Faculdades Integradas de Bauru - FIB

Local: Auditório Mestre Xidieh

14h00 – 14h30 - Credenciamento e entrega de Material14h30 – 15h00 - Solenidade de Abertura

Dr. Marcelo Tavela Navega - Diretor da FFC/UNESPDra. Angélica MérciaPasconBrabosa - Chefe do DEFITDr. Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin - Coordenadora Geral do EventoDra. Flavia Roberta Faganello Navega – Coordenadora Cientifica do Evento

15h00– 16h00 - Olimpíada 2016 - A atuação da fisioterapia no maior evento esportivo do mundoProf. José Bassan Franco (Sócio Proprietário da Clinica Reability de Bauru; Membro da Sociedade nacional de Fisioterapia Esportiva)

16h30 – 17h30 - Relação paciente e profissional da saúde: gerar confiança de forma estra-tégicaArtur Ambrozin (Coordenador de Gestão da Performance Total, especialista em Liderança, MBAs em Gestão Empresarial e Projetos)

18h - Workshop Satélite: “Raciocínio Osteopático no atendimento de Fisioterapia” Prof. Bruno Moreno - Coordenador Osteopatia EBRAFIM

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25/11/2016 (2º dia)

Anfiteatro Bloco de Atividades Didáticas

“Pesquisas para boas práticas em Fisioterapia”

08h00– 10h00 - Princípios básicos de bioestatística aplicados a pesquisa em fisioterapia Prof. Dr. Carlos Roberto Padovani (Professor Titular e Livre-Docência do Departamento de Esta-tística do Instituto de Biociências da UNESP – Botucatu).

10h30 – 12h00 - Buscando artigo cientifico: qual é a melhor estratégia?Profa. Ms. Gabriela Andrade Piemonte ( Professora da Universidade do Oeste Paulista)

Anfiteatro Bloco de Atividades Didáticas

13h30 - 14h30 – Apresentação de Temas Livre

14h30 - 15h30 - Fisioterapia na Atenção Básica à SaúdeProf. Dr. Paulo Roberto Rocha Júnior (Professor das Faculdades Adamantinenses Integradas - FAI, da Universidade Paulista - UNIP - Assis e do curso de Pós-graduação em Saúde Coletiva do Instituto Rhema de Ensino - Arapongas/PR)

16h00 – 18h00 - INTERDICIPLINARIDADE NO TRATAMENTO DA DIABETES TIPO I EM CRIANÇAS

Novas Tendências no Tratamento da Diabetes tipo I em crianças – Dra. Jesselina Francisco dos Santos Haber(Especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Docente da Faculdade de Medicina de Marilia - Unimar. Coorde-nadora do Grupo de Diabetes Melitus1. Médica na Clinica Adib Haber).

Treinamento físico em portadores de Diabetes tipo I; Cristiano Sales da Silva (Mestre em Bio-engenharia. Pesquisador em Fisiologia Cardiovascular na Área de Sistema Nervoso Autonômico).

Nutrição em crianças com diabetes tipo I – Camila Maria de Arruda (Docente da Universidade de Marília – Unimar; Centro Universitário de Adamantina - Unifai)

18h - 19h – Apresentação de Temas LivreSala 64 - Bloco de Atividades Didáticas

13h30 - 14h30 – Apresentação de Temas Livre

14h30 - 15h30 – A estimulação elétrica neuromuscular é capaz de alterar a performance de atlteas de alto rendimento? Prof. Ms. Natanael Teixeira (Professor da Universidade Estadual Paulista – Unesp – Marilia)

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16h00 – 18h00 - INTERDICIPLINARIDADE NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE PARKISON

Tratamento medicamentoso da doença de parkinson: o que tem de novo? – Dra. Tania No-varetti (Médica Neurologia do Hospital da Unimar)

Atividade Fisica em paciente com DP - Fabio Barbieri- Faculdade de Ciências - UNESP/Bauru

Abordagem Psicológica do paciente com DP – Janaina Barbosa de Oliveira – Faculdade de Filosofia e Ciências (UNESP / Marilia)

18h - 19h – Apresentação de Temas Livre

26/11/2016 (3º dia)

Local: Campus I da Unesp

Anfiteatro Bloco de Atividades Didáticas

08h00 – 09h00 – Apresentação de Temas Livre

09h00–10h00 - Treinamento Resistido no paciente DPOC e ICCProfa. Dra. Renata Gonçalves Mendes (Universidade Federal de São Carlos)

10h30 – 12h00 – Dupla Tarefa em IdososProfa Dra. Karina Gramany Say (Universidade Federal de São Carlos)

13h30 - 14h30 – Apresentação de Temas Livre

14h30 - 16h30 – CONDUTAS DE AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DO PACIENTE COM DOEN-ÇAS PULMONAR CRÔNICA

Avaliação Cardiorespiratória do Paciente Pneumopata crônico - Profa. Dra. Renata Gonçalves Mendes (Universidade Federal de São Carlos)

Uso da Variabilidade da Frequencia cardiaca com criterio para pescrição do exercicios no DPOC – Prof. Dr. Vitor Engrácia Valenti (Universidade Estadual Paulista – Unesp Marília)

O treinamento com resistência elástica em paciente com DPOC – Profa. Dra. Ercy Mara Cipulo Ramos (Universidade Estadual Paulista – Unesp Presidente Prudente)

Sala 64 Bloco de Atividades Didáticas

08h00 – 09h00 – Apresentação de Temas Livre

09h00–10h00 – Abordagem fisioterapeutica no controle postural de idosos. Profa. Dra. Daniela Cristina Carvalho de Abreu (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto)

10h30 – 12h00 – Avaliação da Mecânica Respiratória Prof. Dr. Bruno Martinelli (Universidade do Sagrado Coração - USC)

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13h30 - 14h30 – Apresentação de Temas Livre

14h30 - 16h30 – Mesa redonda “Papel do Fisioterapeuta na prevenção e tratamento das le-sões do esporte”

Prevenção e tratamento de lesões no BasqueteProf. Rogério Lourenço – Fisioterapeuta do Bauru Basket

Prevenção e tratamento de lesões no VoleibolProf. Felipe Guilherme Leite de Campos - Fisioterapeuta da Equipe de Voleibol Masculino de Suzano

Prevenção e tratamento de lesões no CrossfitProf. André dos Santos – Fisioterapeuta do Campeão Brasileiro de Crossfiti Anderon PrimoAnfiteatro Bloco de Atividades Didáticas

16h30 – Premiação dos Temas Livre e Encerramento do Evento

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IMPACTO FISIOTERAPIA AQUÁTICA NA DOR CRÔNICA E APTIDÃO FÍSICA EM IDOSOS COM GONARTROSE:

ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO

Aquatic physical therapy impact on chronic pain and functional fitness in older people with gonarthrosis: randomized controlled

trial

Guilherme Eleutério Alcalde1, Bruna Pianna1, Thais Caroline Pereira dos Santos1, Ana Carolina Fonseca2, Thaís Fernanda Bôscoa2, Mirella Regina Gonçalves2, Ana Laura de Oliveira Garcia2, Camila Giacóia Bezerra Sajeras2, Ana Elisa Santiago de Jesus2, Geraldo Marco Rosa Júnior3, Eduardo Aguilar Arca3

1. Pós-graduando do Programa de Mestrado em Fisioterapia. Universidade do Sagrado Coração - USC. Bauru. SP. Brasil. 2. Graduando em Fisioterapia. Universidade do Sagrado Coração - USC. Bauru. SP. 3. Docente do Programa de Mestrado em Fisioterapia. Universidade do Sagrado Coração - USC. Bauru. SP.

Agência financiadora: CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

Palavras-chave: Hidroterapia. Dor crônica. Osteoartrite.

RESUMO

A fisioterapia aquática é uma medida terapêutica que promove benefícios a curto prazo para idosos com gonartrose, sendo a opção de tratamento mais adequada para esta condição reumática. O objetivo do estudo foi investigar os efeitos de um programa de fisioterapia aquática na intensidade da dor crônica e aptidão física em idosos com gonartrose. Trata-se de um ensaio clínico contro-lado aleatório, paralelo, dois braços, aberto, com idosos com gonartrose. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética, sob número do parecer 1.131.248. Os voluntários foram alocados em dois grupos: grupo aquático - GA (n=18), que foram submetidos à intervenção e grupo controle - GC (n=15), que não foram submetidos a nenhum tipo de intervenção. A coleta de dados constituiu da avaliação da percepção da dor através da escala visual analógica com aplicação de estímulo nociceptivo por meio de um dolorímetro em quatro pontos anatômicos previamente definidos no joelho, testes de aptidão física e aplicação do questionário WOMAC, nos momentos pré e pós-intervenção aquática. O programa teve duração de 12 semanas, com periodicidade de três vezes semanas e 40 minutos por sessão e foi constituído por exercícios aeróbicos e funcionais em forma de circuito de treinamento. Os dados paramétricos foram expressos em média e desvio padrão, sendo utilizado o teste t de Student para duas amostras independentes para comparação dos grupos e duas amostras pareadas para comparação dos momentos. Para a análise das me-didas repetidas foi utilizada a ANOVA com post-hoc de Tukey. Os dados não paramétricos foram expressos em mediana, valores máximos e mínimos. Para comparação dos grupos foi utilizado o teste de Mann-Whitney e para comparação dos momentos foi aplicado o teste de Wilcoxon. Em todos os testes, foi considerado resultado estatisticamente significante quando p < 0,05. Houve redução da intensidade da dor nas interlinhas articulares e côndilo femoral medial do joelho es-querdo, aumento da flexibilidade, melhora do equilíbrio dinâmico, domínios dor e função física do WOMAC. A não padronização de um período de uma semana para adaptação e familiariza-

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ção das atividades no ambiente aquático é considerada uma limitação do estudo. No entanto, as propriedades físicas da água aliada aos exercícios, contribuíram na redução da dor crônica e melhora das aptidões físicas, tornando o estudo relevante para prática clínica. Conclui-se que a fisioterapia aquática promoveu redução da intensidade da dor crônica e melhora das aptidões físicas em idosos com gonartrose.

REFERÊNCIAS

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FISIOTERAPIA AQUÁTICA NA APTIDÃO FUNCIONAL EM IDOSOS: ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO ALEATÓRIO

Aquatic physical therapy on functional fitness in older people: randomized controlled trial

Bruna Pianna1, Mariana Bigheti Busch2, Bianca Ferdin Carnavale3, Guilherme Eleutério Alcalde1, Alexandre Daré de Almeida, Ana Carolina Fonseca4, Camila Gimenes5, Sílvia Regina Barrile5, Eduardo Aguilar Arca5

1.Discentes do Programa de Mestrado em Fisioterapia da Universidade do Sagrado Coração - USC. Bauru. SP. Brasil. 2. Pós-graduanda Lato Sensu em Fisioterapia Musculoesquelética da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo -FCMSCSP. São Paulo. SP. Brasil. 3. Programa de Mestrado em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar. São Carlos. SP. Brasil. 4. Bolsista de Iniciação Científica do Fundo de Amparo à Pesquisa da Univer-sidade do Sagrado Coração - FAP/USC. Bauru. SP. Brasil. 5. Docentes do Programa de Mestrado em Fisioterapia da USC. Bauru. SP. Brasil.

Palavras-chave: Hidroterapia, Equilíbrio postural, Idoso

Devido ao processo de envelhecimento ocorre um declínio na aptidão funcional, como a flexibi-lidade e o equilíbrio, que podem acarretar em limitações nas atividades cotidianas. Neste con-texto, a fisioterapia aquática é considerada uma medida terapêutica segura e eficaz na melhora da aptidão funcional, pois os exercícios são realizados com baixa sobrecarga articular e risco reduzido de lesões musculoesqueléticas. O objetivo do estudo foi verificar a influência de um programa de fisioterapia aquática no equilíbrio e flexibilidade de idosos. Trata-se de um ensaio clínico controlado aleatório, paralelo, dois braços, aberto. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (parecer no 382.234). Participaram 25 idosos hígidos, com boa adaptação ao meio líquido e sem nenhuma contraindicação da fisioterapia aquática. Para avaliar o equilíbrio foi aplicada a escala de Berg e para mesurar a flexibilidade foi utilizado o teste de sentar e alcançar. Os voluntários foram divididos de maneira aleatória em dois grupos: aquático (n = 15) e controle (n = 10). O protocolo de intervenção aquática teve duração de 12 semanas, com a temperatura da água mantida a 32º C. Foi constituído por três etapas: 1 - Aquecimento: alongamento de membro inferior e superior; 2 – Treinamento resistido e 3- Desaquecimento. Para análise da normalidade dos dados foi aplicado do teste de Shapiro-Wilk. Os dados obtidos foram expressos em média e desvio padrão, para análise estatística foi utilizado o teste t de Student para amostras pareadas e independentes, considerando α = 5%. Houve aumento da flexibilidade de 14,5 ± 8,7 cm na pré para 15,9 ± 8,3 cm na pós-intervenção aquática, porém não houve modificações no equilíbrio em ambos os grupos. O aumento da flexibilidade é atribuído ao protocolo de intervenção aquática, que foi fundamentado nas propriedades físicas da água, sua capacidade térmica e princípios de treinamento resistido. O estudo apresentou algumas limitações como a seleção dos voluntários que inicialmente foram classificados com baixo risco de quedas, devido ao escore máximo da escala de Berg. Contudo, a fisioterapia aquática pode ser utilizada para prevenir o risco de quedas nesta população. Além dos resultados satisfatórios, considera-se a relevância clínica da pesquisa, em virtude da sua aplicabilidade prática, reprodutibilidade, boa adesão e aceitação por parte dos voluntários. Conclui-se que o programa de fisioterapia aquática é efetivo no aumento da flexibili-dade e manutenção do equilíbrio, sendo indicado para a promoção da saúde funcional em idosos.

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REFERÊNCIAS

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REPERCUSSÃO DO PADRÃO VENTILATÓRIO ASSOCIADO À MOBILIZAÇÃO PRECOCE EM PÓS OPERATÓRIO DE

CIRURGIA ABDOMINAL

Rebound standard ventilation associated to mobilize in early post operative abdominal surgery

KAWAKAMI, Débora Mayumi de Oliveira[1], GRANDE, Guilherme Henrique Dalaqua[1], CARRILHO, Ana Maria[1], MENOSSE, Gabriela Ribeiro[1], PADULLA, Susimary Aparecida Trevisan[2], PINTO, Rafael Zambeli[2].

1 Aluno de Especialização/Residência em Fisioterapia Hospitalar da FCT/UNESP, Presidente Prudente.2Docente do Departamento de Fisioterapia – FCT/UNESP, Presidente Prudente.

Agência de Fomento: PIBIC

Faculdade de Ciências e Tecnologias. Universidade Estadual Paulista-UNESP. Fisioterapia. Pre-sidente Prudente. São Paulo. Brasil.E-mail: [email protected]

Palavras-chave: padrão ventilatório, mobilização precoce, laparotomia.

Introdução: Em casos de câncer em região abdominal, existe a opção pela retirada do tumor através da laparotomia[1], no entanto, por ser próxima ao pulmão e muitas vezes seccionar múscu-los responsáveis pela respiração, causa alterações no padrão respiratório[2]. Este tipo de cirurgia compromete o padrão respiratório e a complacência torácopulmonar, originando complicações como a atelectasia, além de complicações devido ao imobilismo no leito[3]. Neste caso, a fisiotera-pia vem atuar principalmente com propósitos de reexpansão pulmonar e mobilização precoce[4,5]. Embora existam estudos relacionados as técnicas de fisioterapia respiratória em casos de cirurgia abdominal, nenhum deles associou técnicas respiratórias com a mobilização precoce que é de grande importância para prevenção de complicações circulatórias, da mesma forma, nenhum estudo teve relação com pacientes oncológicos, que apresentam debilidade sistêmica.

Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a repercussão da utilização do padrão ventilatório associado a mobilização precoce nos níveis de mobilidade toracoabdominal e ansiedade e de-pressão.

Metodologia: Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da insti tuição CAAE50604315.9.0000.5402 - Número do Parecer: 1.332.970. Foram coletados 13 pacientes, aleatorizados em G1 (controle-recebiam mobilização precoce) e G2 (recebiam mobilização pre-coce e padrão ventilatório), os pacientes eram avaliados no primeiro dia de pós operatório quanto a cirtometria toracoabdonial (mamilar, xifoide e umbilical) e questionário HADS (ansiedade e depressão hospitalar) e realizavam fisioterapia duas vezes ao dia durante cinco dias. A análise dos dados foi realizada pelo programa SPSS 17.0 atribuindo-se o nível de significância de 5% (p<0.05). Foi realizado uma estatística descritiva para caracterização da amostra. Para a compa-ração intra-grupo foi utilizado o teste T pareado e para a comparação entre grupos foi utilziada a Análise de Variância (ANOVA). Resultados: Não foram encontradas diferenças estatísticas na

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análise entre os grupos, porém na análise intra grupos, houve redução do nível de depressão e aumento da mobilidade em região mamilar e umbilical no grupo padrão ventilatório, além disso, no grupo mobilização precoce houve aumento na mobilidade umbilical.

Discussão: A redução de depressão no grupo que realizou padrão ventilatório, pode ser justifica-da por estudo em que que o uso de fármacos pode estar associado à terapia que utilize técnica respiratória de relaxamento[6]. Em relação a mobilidade toracoabdominal observada em ambos os grupos pode ser explicada pela mobilização precoce causar aumento do trabalho respirató-rio gerando inspirações profundas, levando ao aumento da expansibilidade toracoabdominal[7]. Conclusão: Devido ao pequeno tamanho amostral, são necessários mais estudos voltados para pacientes oncológicos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ESTUDO DO TEMPO GASTO COM EXERCÍCIOS DURANTE A FISIOTERAPIA NO FORMATO DE CIRCUITO DE

TREINAMENTO EM HEMIPARÉTICOS

Study of the time spent with exercises during the physiotherapy in the format of training circuit in hemiparetics

Andressa Sampaio Pereira1, Ana Flávia Balotari Botta1, Danilo Bravo de Freitas1, Isabella Cristina Leoci1, Mariana Bósio Mathias1, Heloísa Balotari Valente1, Carla de Oliveira Carletti2, Fabiana Araújo Silva2, )!Mileide Cristina Stoco de Oliveira2, Vanessa Niens Van Den Broek2, Lúcia Martins Barbatto3, Tânia Cristina Bofi3, Augusto Cesinando de Carvalho3.

1Graduação em Fisioterapia. ² Programa de Pós Graduação. ³Departamento de Fisioterapia - FCT, UNESP, Presidente Prudente. SP. Brasil.

Introdução: Pacientes hemiparéticos tratados em centros de reabilitação passam muito tempo inativos durante a sessão e, consequentemente, exercem poucas atividades funcionais, chegando a 40% desse tempo em inatividade ou descanso, sendo que a reabilitação deve ser estruturada para fornecer um maior tempo de treino possível. Terapias com maiores intensidades proporcio-nam melhores resultados1, havendo evidências de que a Fisioterapia de Grupo em Circuito de Treinamento (FGCT) é eficaz em aumentar a quantidade de tempo ativo dos participantes durante a terapia2. O objetivo deste estudo foi avaliar tempo gasto com exercícios durante a FGCT em hemiparéticos.

Metodologia: Este estudo foi realizado com hemiparéticos crônicos em tratamento com sessões de FGCT no Centro de Atendimento de Fisioterapia e Reabilitação da UNESP, campus de Presi-dente Prudente. As sessões foram filmadas com uma câmera apoiada num tripé. Os tempos de exercícios ativos e o tempo de inatividade foram analisados e computados.

Resultados: Foram incluídos 12 hemiparéticos, com idade média de 64±10,55anos. A análise dos vídeos revelou que os pacientes apresentaram uma média de 64,06 ± 4,88% do tempo reali-zando exercícios ativos e 35,90 ± 4,85% do tempo inativos. A análise estatística revelou diferença significante entre os tempos (p≤ 0,05).

Discussão: Com este estudo pode-se observar que os participantes passaram parte do tempo inativos e essa proporção de tempo da terapia em que os participantes não estavam realizando exercícios foi semelhante aos achados apresentados por uma revisão sistemática, onde 40% do tempo das sessões de fisioterapia os pacientes ficaram inativos ou descansando e 60% fisicamen-te ativos2. Em outro estudo, foram utilizadas gravações em vídeos para comparar o tempo ativo dos pacientes submetidos a FGCT e fisioterapia convencional, os resultados mostraram que as duas modalidades terapêuticas tiveram uma percentagem semelhante no tempo em que estavam fisicamente ativos, todavia a duração da terapia em FGCT foi maior3. A FGCT tem se mostrado mais eficaz que a fisioterapia convencional em promover a independência na marcha, o que pode ser explicado pela quantidade significativamente maior de tempo gasto na prática de caminhada. A estrutura da FGCT incentiva uma maior autonomia dos participantes com maior resolução de problemas e independência, além de ser um método de terapia alternativa por propiciar maior duração em práticas ativas4. Conclusão: O tempo gasto com exercícios ativos durante a FGCT permite que os hemiparéticos crônicos passem mais tempo em tarefas ativas.

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Referências

1-English C, Hillier S, Kaur G, Hundertmark L.People with stroke spend more time in active task practice,but similar time in walking practice,when physiotherapy rehabilitation is provided in circuit classes compared to individual therapy sessions:an observational study.JournalofPhysiotherapy.Epub2014 Apr24.

2-Kaur G, English C, Hillier S.How Physically Active Are People with Stroke in Physiotherapy Sessions Aimed at Improving Motor Function?A Systematic Review.Stroke.Research andTreat-ment.2012Jan12.

3-Elson T, English C, Hillier S.How much physical activity do people recovering from stroke do during physiotherapy sessions?International.Journal of Therapy andRehabilitation.2009;16(2):78–84.

4- English CK, Hillier SL, Stiller KR, Warden-Flood A. Circuit class therapy versus individual phys-iotherapy sessions during inpatient stroke rehabilitation: A controlled trial (vol 88, pg 955, 2007). Arch Phys Med Rehab. 2007 Oct;88(10):1364-.

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PREVALECÊNCIA DE LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM ATLETAS RECREACIONAIS

Victor Hugo Nascimento¹, Jefferson Marinho de Souza², Luiz Felipe Marques Novaes³, Marcos Vinicius Vadette Lopes4, Weber Gutemberg Alves de Oliveira5

Universidade do Oeste Paulista–UNOESTE. Presidente Prudente. São Paulo. Brasil.

Palavras-chaves: prevalência; lesões; fatores de risco; futebol.

Introdução: O futebol é o esporte mais praticado em todo mundo em diversas faixas etárias (1). Sendo popular no Brasil e de fácil acesso, o futebol tem como características ser um esporte de contato físico, movimentos rápidos, impulsão, aceleração e desaceleração e, mudança constante e rápida de direção. Esses fatores sustentam a afirmação de que indivíduos que praticam futebol, como outros esportes coletivos, ter como consequência uma susceptibilidade aumentada a lesões (2-4). A pratica de atividades recreativas, ou esportes, é de imensa importância para um enve-lhecimento saudável (5,6), mas se faz necessário constar que a prática pelo individuo dentro do esporte, já na fase adulta de forma recreacional, pode aumentar o risco de lesões(7). O objetivo do estudo foi identificar a prevalência de lesões musculoesqueléticas em adultos frequentadores do clube de campo no município de Presidente Prudente.

Metodologia: Realizado através de um questionário, desenvolvido pelos próprios pesquisadores, contendo questões abertas e fechadas, sobre histórico de lesões dentro da prática esportiva. Como analise estatística realizada uma abordagem de caráter epidemiológico, descritivo e transversal, em atletas recreacionais apenas do sexo masculino, com idade superior de 45 anos. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa protocolo n°3043.

Resultados: Avaliados 122 indivíduos, contatou a média de idade em 53,85±6,90 anos. No total diante as analise de dados foram encontradas 159 lesões, representando 55,97% lesões articu-lares e 31,44% lesões musculares. Os subtipos de lesões em maior quantidade em lesões por estiramento, com 48 casos, e ruptura, com 57 casos. De acordo com a estrutura corpórea dos analisados através do questionário, as lesões ocorreram em sua maioria nos membros inferiores com uma diferença existente do joelho para os demais locais anatômicos, com 68 relatos.

DiscussãoOs achados principais deste estudo, apontam que, as lesões ocorreram com maior frequência nos membros inferiores, o que Nascimento e Takanashi et al também observaram em seu estu-do de revisão de literatura, abordando uma faixa etária diferente, com até 35 anos de idade(1). Destaca-se no estudo as lesões articulares, seguido das musculares, que são mais vezes descri-tas pelos praticantes de futebol analisados. Dentro dos subtipos de classificação dessas lesões constatou-se estiramento, posteriormente ruptura. E, por fim, locais com maior prevalência, com uma notável o joelho, logo após vem o tornozelo como local mais lesionado nesse esporte, o que corrobora com dados da literatura (8).

Conclusão: Conclui-se que, existe alta prevalência de lesões em atletas recreacionais na faixa etária analisada.

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Referências:

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AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO DE GESTANTES EM ACOMPANHAMENTO

FISIOTERAPÊUTICO

Evaluation of levels of anxiety and depression of pregnat women undergoing physiotherapy monitored

Letícia Gomes Costa1, Nicoli Amanda Dias da Silva2, Gabriela Andrade Piemonte Lopes3

Faculdade de Ciências da Saúde. Universidade do Oeste Paulista-Unoeste. Presidente Prudente. SP. Brasil;Faculdade de Ciências da Saúde. Universidade do Oeste Paulista-Unoeste. Presidente Prudente. SP. Brasil;Faculdade de Ciências da Saúde. Universidade do Oeste Paulista-Unoeste. Presidente Prudente. SP. Brasil.Palavras Chaves: Ansiedade. Depressão. Gravidez.

Introdução: A ansiedade e a depressão na gestação acomete mulheres com gravidez de alto risco, sem apoio familiar ou do parceiro e que na maioria das vezes não planejaram a gravidez. A atuação fisioterapêutica assume uma grande importância, principalmente na diminuição dos desconfortos musculoesqueléticos presentes, contribuindo para o bem-estar geral e para a pre-paração do corpo para o parto.

Objetivo: Avaliar e identificar os sinais e sintomas da ansiedade e depressão em gestantes, e além disso comparar estes níveis entre gestantes primigestas e multigestas.

Métodos: Estudo Transversal foi realizado no setor de ginecologia e obstetrícia em uma clínica escola de Fisioterapia do interior do estado de São Paulo. Após a aprovação pelo Comitê de Ética, com o Protocolo 3036, as gestantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram avaliadas na clínica escola de fisioterapia de uma instituição privada 18 gestantes com idade acima de 18 anos, aplicando a Escala Hospitalar de ansiedade e depressão (HAD).

Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas nos níveis de ansiedade e depres-são nas gestantes avaliadas e nem em comparação entre primigestas e multigestas (p>0,05). Conclusão: Concluiu-se que não houve diferença significativa entre gestantes primigestas e mul-tigestas submetidas à hidroterapia em relação a alterações nos sinais e sintomas de ansiedade e depressão. Observou-se que este estudo foi capaz de mostrar que a hidroterapia pode manter estáveis os níveis destes sintomas em período gestacional.

Referências:

1-Baptista MN, Baptista ASD, Torres ECR. Associação entre suporte social, depressão e ansiedade em gestantes, PISC- Revista de Psicologia do Vetor Editora. 2006 jan-jun; 7(1);40-41.

2-Ferreira CR, Orsini MC, Vieira CR, do Amarante Paffaro AM, Silva RR. Prevalence of anx-iety symptoms and depression in the third gestational trimester. Arch Gynecol Obstet. 2015 May;291(5):999- 1003.

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3-Alder J, Fink N, Bitzer J, Hösli I, Holzgreve W. Depression and anxiety during pregnancy: A risk factor for obstetric, fetal and neonatal outcome? A critical review of the literature. J Matern Fetal Neonatal Med. 2007 Mar;20(3):189-209.

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5-Smith SA, Michel Y. A pilot study on the effects of aquatic exercises on discomforts of pregnancy. J Obstet Gynecol Neonatal Nurs. 2006 MayJun;35(3):315-23.

6-Ward EJ, McIntyre A, van Kessel G, Hague WM. Immediate blood pressure changes and aquatic physiotherapy. Hypertens Pregnancy. 2005;24(2):93-102.

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AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO CORPORAL EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Evaluation of the body balance in children with autism spectrum disorder

Caroline Nunes Gonzaga1, Mileide Cristina Stoco de Oliveira2, Larissa Borba André2, Silas de Oliveira Damasceno3, Augusto Cesinando Carvalho4, Tania Cristina Bofi4. 1Discente do Curso de Fisioterapia - UNESP – Presidente Prudente. SP. Brasil. 2Discente do Pro-grama de Pós Graduação- Residência em Fisioterapia – UNESP- Presidente Prudente. 3Discente do Programa de Pós Graduação de Lato Senso em Fisioterapia – UNESP – Presidente Prudente. 4Docente do Departamento de Fisioterapia – UNESP – Presidente Prudente. SP. Brasil

Palavras chaves: equilíbrio postural, transtorno autístico e avaliação.

Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é descrito como uma perturbação que acomete principalmente o desenvolvimento neurológico, com origem ainda desconhecida, mas presente desde os primeiros meses de vida1. Todavia, as disfunções do processamento sensorial (DPS) estão cada vez mais frequentes em crianças com TEA tendo prevalência de 42% a 88%². Esses problemas desencadeiam reações atípicas do sistema vestibular, proprioceptivo e tátil, o que explica o déficit na integração sensorial desses indivíduos³. Desse modo, pode-se destacar o equilíbrio, uma área motora, mas com base sensorial. Por isso, o objetivo do trabalho é analisar o equilíbrio estático em crianças com diagnóstico de TEA.

Metodologia: Trata-se de uma pesquisa do tipo descritiva analítica. Participaram deste estudo 10 crianças (9 meninos e 1 menina), com a idade média de 60±15,71 meses, frequentadoras do Laboratório de Psicomotricidade e do Centro de Estudos e Atendimentos em Fisioterapia e Reabilitação da Universidade Estadual Paulista (FCT/UNESP) de Presidente Prudente. Os pais das crianças assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, cujo número do protocolo está sob o CAAE: 22974713.7.0000.5402. Utilizou--se como instrumento a Escala de Desenvolvimento Motor (EDM) para avaliar o equilíbrio, que é composta por diversas baterias de testes que avaliam sete áreas do desenvolvimento: motricidade fina, motricidade global, equilíbrio, esquema corporal/rapidez, organização espacial, linguagem/organização temporal e a lateralidade dos membros e dos olhos, e engloba a faixa etária de 2 a 11 anos de idade, além de apresentar ordem de aplicação baseada nas idades cronológicas que aumenta gradativamente o nível de dificuldade das tarefas juntamente com a idade4.

Resultados: Das crianças avaliadas 100% apresentaram atrasos significativos, bem abaixo da idade cronológica, sendo 80% classificados na escala de desenvolvimento como muito inferior e 20% como normal baixo, com média de atraso de 28,8 ± 14,51 meses. Discussão: Estudos que utilizaram o mesmo instrumento para avaliar o equilíbrio de autistas reportaram dados semelhan-tes com os apresentados na presente pesquisa, apontando atraso significativo na idade motora, atrasos estes, sempre superiores a 12 meses5,6. Considerando que o equilíbrio é uma função importante que envolve a capacidade de controle postural adequada, interferindo nos movimentos amplos e finos, assim como na aquisição da escrita, leitura e consequentemente linguagem7, é de suma importância sua avaliação e acompanhamento nessa população.

Conclusão: Todas as crianças avaliadas no presente estudo apresentaram atrasos significativos

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no equilíbrio estático.

Referências:

1. Soares AM, Cavalcante JLN. Avaliação do Comportamento Motor em Crianças com Trans-torno do Espectro do Autismo: uma Revisão Sistemática. Revista Brasileira de Educação Es-pecial, [s.l.], v. 21, n. 3, p.445-458, set. 2015. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s1413-65382115000300010.

2. Reis HIS, Pereira APS, Almeida LS. Construção e Validação de um Instrumento de Avaliação do Perfil Desenvolvimental de Crianças Com Perturbação do Espectro do Autismo. Revista Brasileira de Educação Especial, Marilia, v. 19, n. 2, p.183-194, 2013.

3. Gomes UNG. Desordem do Processamento Sensorial (DPS) em Crianças com Desordem do Espectro do Autismo (DEA): Abordagem das Técnicas de Integração Sensorial [internet]. [Acesso em 2016 out 28]. Disponível em: www.fisioweb.com.br.

4. Neto FR. Manual de avaliação motora. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.

5. Okuda PM, Misquiatti ARN, Capellini SA. Caracterização do perfil motor de escolares com trans-torno autístico. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 23, n. 38, p. 443-454, set./dez, 2010.

6. Neto FR, Amaro KN, Santos APM, Xavier RFC, Echevarrieta JC, Medeiros DL, Gomes LJ. Efeitos da intervenção motora em uma criança com transtorno do espectro do autismo. Revista Temas sobre Desenvolvimento, v. 19, n.105, p. 110-114, 2013.

7. Fonseca V. Manual de observação psicomotora: significação psiconeurológica dos fatores psicomotores. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

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INFLUÊNCIA DO MÉTODO PILATES E HASTE OSCILATÓRIA NA MARCHA DE IDOSAS

Influence of Pilates and Oscillatory Pole in gait of older women

Rafael Lima de Oliveira1, Marcelo Tavella Navega1, Mary Hellen Morcelli1 1.Faculdade de Filosofia e Ciências.Universidade Estadual Paulista-UNESP.Marília.SP.BrasilPalavras-chave:MARCHA, IDOSO

Agências Financiadoras:CNPq;CAPES

Introdução: A marcha caracteriza-se por ser uma atividade cotidiana e está diretamente relacio-nada a mobilidade de idosos. Por isso a realização de exercícios físicos que busquem melhora da marcha é extremamente importante. Desta forma, destaca-se o método Pilates e treinamento com haste oscilatória. O presente estudo objetivou avaliar a cinemática da marcha de idosas sub-metidas a esses dois treinamentos. Metodologia: Participaram 21 idosas divididas em 2 grupos: grupo Pilates (GP,n=12) e grupo Haste Oscilatória (GH,n=9) (CEP 037/2012). As idosas foram submetidas a avaliação cinética da marcha em esteira ergométrica no período pré e pós treino. Para a avaliação da marcha foi utilizado um sistema de 7 câmeras (Vicon®) e dois footswitches (Noraxon®). As variáveis analisadas foram: comprimento do passo, deslocamento ântero-posterior do tronco (DT), velocidade de marcha e ângulo do quadril no momento do toque do calcâneo e no desprendimento do hálux. Os grupos receberam seus respectivos treinos durante 8 semanas consecutivas. Na análise estatística foi aplicado o teste two-way MANCOVA mista (Grupo X Ava-liação), considerando a idade como covariável e realizado o cálculo do effect size. Resultados: Não foi observada interação Grupo X Avaliação. Nas comparações pareadas foi observada uma redução de 21% no DT (p=0,037) no período pós-treino comparado ao pré-treino. O effect size mostrou que o GP apresentou moderada magnitude para DT (d=1,36) comparando o pré e pós treino, enquanto o GH não apresentou uma relevante magnitude (d=0,12). Conclusão: O treina-mento com método Pilates tende a reduzir o DT de forma mais eficiente do que o treinamento com Haste Oscilatória em idosas, sugerindo melhora da estabilidade na marcha após o treinamento.

Referências:

Hallal CZ, Marques NR, Goncalves M (2010)a O uso da vibração como método auxiliar no treina-mento de capacidades físicas: uma revisão da literatura. Motriz 16(2): 527-533.

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Tikkanen P, Nykänen I, Lönnroos E, et al. (2012) Physical activity at age of 20-64 years and mo-bility and muscle strength in old age: a community-based study. J Gerontol A Biol Sci Med Sci 67(8): 905-910

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AVALIAÇÃO PULMONAR APÓS TREINAMENTO FÍSICO PREVENTIVO EM RATOS COM HIPERTENSÃO PULMONAR

Francilene Lima Agostinho de Souza1, Kécia Chayane Santos da Silva1, Letícia Estevam Engel1, Ana Karenina Dias de Almeida Sabela1, Renata Calciolari Rossi e Silva1, Thaoan Bruno Mariano1, André Casanova de Oliveira1, Francis Lopes Pacagnelli1

1Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE. Presidente Prudente.SP. Brasil.

Agência financiadora: CNPQ: bolsa de mestrado Prosup e Unoeste

Keywords: hipertensão pulmonar; exercício; ratos

Introdução:AHipertensão Arterial Pulmonar (HAP) afeta milhares de pessoas no mundoe esti-ma-se que a sobrevida é de torno de 55% a 65% em 3 anos (Vaillancourt et al 2014). Estratégias terapêuticas como o exercício físico nesta doença de forma precoce podem amenizar as alterações pulmonares e assim melhorar a função cardíaca (Arena et al 2015).

Objetivo: Avaliar os efeitos do treinamento físico (TF) preventivo nos aspectos morfológicos dos pulmões de ratos com HAP e disfunção ventricular direita.

Métodos Foram utilizados 32 ratos Wistar machos divididos 4 grupos de 8 ratos: grupo sedentário controle (S); grupo treinamento controle (T); grupo sedentário monocrotalina(M); grupo treinamen-to monocrotalina (TM). O protocolo de TF preventivo foi realizado em esteira por 13 semanas, 5 vezes/semana, sendo as duas primeiras semanas de adaptação com duração de 15 minutos à 45 minutos e velocidade da esteira de 0,6 km/h à 0,9 km/h e no treinamento a duração aumentou para 60 minutos e a velocidade para 1,1km/h (Pacagnelli et al 2016). A HAP foi induzida pela aplicação da monocrotalina com consequente disfunção ventricular direita na décima semana após o exercício e os animais controles foram submetidos a aplicação de solução salina. Foram realizados dois testes do limiar do lactato. Ao final da décima terceira semana foi realizado o ecocardiograma em todos os animais, estes foram eutanasiados e o pulmão foi armazenado para análise morfológica. O pulmão foi corado por hematoxilina e eosina e a espessura da parede da artéria pulmonar, o diâmetro interno e externo do pulmão foram avaliados.Para normalidade foi utilizado o teste de Shapiro Wilk, e os grupos foram comparados por ANOVA (One Way) seguido pós teste de Student-Newman-Keuls ou o teste de Kruskal-Wallis (p<0,05).

Resultados: Os parâmetros ecocardiográficos mostram aumento da pressão arterial pulmonar e piora funcional do VD nos animais que receberam monocrotalina e melhora com o exercício. Não houve diferenças estatísticas na espessura da parede, na área interna e externa do vaso.

Discussão: Por se tratar da fase inicial de HAP não foram constatadas alterações vasculares pulmonares.Outros mecanismos pulmonares devem ser estudados na HAP como processo infla-matório e estresse oxidativo (Buyset al 2015).Conclusão: O treino preventivo não foi capaz de amenizar as alterações morfológicas arteriais pulmonares.

Referências Bibliográficas:

Arena R, Cahalin LP, Borghi-Silva A, Myers J.The Effect of Exercise Training on the Pulmonary Arterial System in Patients with Pulmonary Hypertension.ProgCardiovasc Dis. 2015; 57(5):480-8.

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Buys R,Avila A, CornelissenVA. Exercise training improves physical fitness in patients with pul-monary arterial hypertension: a systematicreview and meta-analysis of controlled trials. BMC Pulmonary Medicine. 2015;15 (1) .

Pacagnelli FL, KarêninaADAS, Okoshi K, Mariano TB, Campos DCS, Carvalho RF,Cicogna ACand Vanderlei LCM. Preventive aerobic training exerts a cardioprotective effect on rats treated with monocrotaline. Int. J. Exp. Path. (2016);97, 238–47.

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CORRELAÇÃO ENTRE NÍVEIS DE CREATINA QUINASE E 1 RM APÓS SESSÃO DE EXERCÍCIO RESISTIDO MÁXIMO:

UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO.

Correlation between creatine kinase levels and 1RM after maxi-mum resistance exercise session: a randomized controlled trial.

Gabriela Carrion Caldeira Ribeiro¹, Jaqueline Santos Silva1, Aline Castilho de Almeida2, Aryane Flauzino Machado1, Jéssica Kirsch Micheletti1, Jayme Netto Junior1, Carlos Marcelo Pastre1

Faculdade de Ciências e Tecnologia. Universidade Estadual Paulista – UNESP. Presidente Pru-dente, SP, Brasil.Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR. São Carlos, SP, Brasil.

Palavras-chave: creatina quinase; exercício resistido; dano muscular.

INTRODUÇÃOO exercício resistido é realizado no sentido de otimizar as funções musculares, no intuito de pre-venir lesões e melhorar a performance, promovendo manutenção dos bons níveis de saúde(1-3). Porém, o exercício resistido também pode provocar lesões deletérias, entre elas destaca-se o dano muscular, responsável por déficits clínicos e funcionais. Logo, parece pertinente investigar a relação destas respostas, e a associação do marcador de lesão sanguíneo CK com respostas clínicas e funcionais, as quais podem colaborar para o entendimento da real magnitude sobre interpretação de sinais clássicos em ambiente clínico, contribuindo para nortear as ações de campo. O objetivo do estudo foi analisar a associação e correlação entre sinal funcional (força muscular) e o comportamento dos níveis de CK, após uma sessão de exercício resistido máximo.

MÉTODOSO estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências e Tecnologia - FCT/UNESP (processo 20/2010). Os participantes (n=24) foram submetidos a uma única sessão de exercício de força máxima loca-lizada. Foram coletados dados de força muscular e amostras sanguíneas para análise de CK nos momentos basal, 24, 48, 72 e 96 horas após a realização da sessão, sendo a mesma classificada em três formas: CK1, CK2 e CK3. Para análise da associação entre comportamento de níveis de CK, variáveis clínicas e funcionais foi utilizado o teste de Odds Ratio e intervalo de confiança de 95%. Para os valores brutos foi utilizado o teste de Pearson conforme a normalidade dos dados.

RESULTADOSNão houve diferença estatisticamente significante na correlação dos níveis de CK com a variável força, após uma única sessão de exercício de força máxima localizada.

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Figura 1 – Correlação de Pearson (r) entre o comportamento da permeabilidade celular (CK) e a dinamometria (Figura 1A) e o teste de 1 RM (Figura 1B).

DISCUSSÃO: Na análise da força, não houve correlação com as três formas de classificação de CK. Os achados repercutem sobre uma situação problema, na qual se observou aumento das variáveis clínicas e funcionais mediante ao exercício, entretanto, não houve correlação com o marcador sanguíneo CK. Assim, a carga máxima, parece ser segura para a realização de exercício.

CONCLUSÃO: O estudo conclui que a carga utilizada não foi capaz de induzir efeitos negativos significativos clínicos e funcionais, sugerindo um intervalo seguro para execução de atividade.

REFERÊNCIAS

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USO DE MEDICAMENTOS POR PACIENTES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA ATENDIDOS EM UM SETOR DE

FISIOTERAPIA EM UROGINECOLOGIA

Profile of medicine drugs used by patients of Physical Therapy in Urogynecology

Mariana Minghetti1, Edna Maria Do Carmo1, Alessandra Madia Mantovani1

1Departamento de Fisioterapia. Faculdade de Ciências e Tecnologias (FCT). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Presidente Prudente, SP. BrasilPalavras Chave: Incontinência urinária, Medicamentos, Fisioterapia em Ginecologia

Introdução: A incontinência urinária (IU) é um importante problema social de etiologia multifato-rial. Compromete, principalmente, o sexo feminino e o tratamento da IU pode ser conservador ou cirúrgico1,2. Alguns medicamentos são incorporados ao tratamento para o controle de sintomas, além de outros que são utilizados para o tratamento de doenças associadas os quais podem in-fluenciar a perda de urina3. Objetivo: analisar o perfil sociodemográfico, clínico e medicamentoso de pacientes com IU atendidos em um setor de fisioterapia em uroginecologia.

Método: Estudo observacional descritivo com base de dados retrospectivo por meio de consulta de prontuários. Conta com 29 pacientes, com idade média de 64 anos, atendidos no setor de fisioterapia em uroginecologia no primeiro semestre de 2016, com diagnóstico de IU. Foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da FCT/UNESP (processo: 021688/2015).

Resultados: Em relação ao consumo de medicamentos, 90% dos indivíduos relataram utilizar algum tipo de medicamento. As mulheres apresentaram um consumo significativamente maior de medicamentos (p=0,046). Pode-se observar um maior consumo de medicamentos correspon-dentes ao aparelho cardiovascular e sistema nervoso.

Discussão: Na amostra foi superior a prevalência de idosos e mulheres, fato que concorda com outros estudos que a IU afeta significativamente esta faixa etária, sendo a idade considerada o principal fator de risco para a IU feminina4. Provavelmente, neste período as estruturas musculares e ligamentares sofrem algumas perdas funcionais que favorecem a instalação da IU5. Determi-nados medicamentos podem contribuir para a manutenção e/ou agravamento dos quadros de IU pois alguns, como os simpaticomiméticos e parasimpaticolíticos, atuam no trato urinário inferior e podem alterar a função vesical piorando ou contribuindo para o agravamento da perda uriná-ria6. Neste estudo, os medicamentos mais utilizados corresponderam ao tratamento do aparelho cardiovascular e sistema nervoso os quais já possuem na literatura relação com agravamento do quadro de IU7.

Conclusão: A maioria dos pacientes com IU relatam consumir medicamentos de rotina (não necessariamente relacionados ao sistema geniturinário) e os principais tipos de medicamentos utilizados correspondem àqueles direcionados ao tratamento do aparelho cardiovascular e sistema nervoso. Dessa forma, é possível estender o entendimento da evolução dos diferentes quadros de IU feminina e masculina refletindo sobre o consumo de medicamentos ao qual os pacientes são constantemente expostos.

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Referências

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Butler RN, Maybe JI, Montella JM, Young GGPH. Urinary incontinence: primary care therapies for the older woman. Geriatrics. 1999;54(11):31-44

Butler RN, Maby JI, Montella JM, Young GPH. Urinary Incontinence: primary care therapies for the older woman. Geriatrics 1999; 54(11):31-44.

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PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL E CONTROLE NEURAL DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DE CRIANÇAS

OBESAS.

Percentage of body fat and control nerve of heart rate of obese children.

Mariana Cristina da Silva1, Juliana Lôbo Froio2, Fernanda Regina de Morais2, Luciana L. M. Pfei-fer3. Robison José Quitério1,2

1. Laboratório de Investigação em Biocomunicação, Exercício Físico e Modulação Autonômica. Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista- UNESP. Marília.SP. Brasil 2. Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Humano e Tecnologias. Instituto de Biociên-cias- UNESP. Rio Claro. SP. Brasil. 3. Centro de Obesidade Infantil (CAOIM) de Marilia. Secretaria Municipal de Saúde. Marília. SP. Brasil.

Agência financiadora: FAPESP e CNPQ.

Palavras chave: Obesidade, frequência cardíaca, sistema nervoso autônomo.

INTRODUÇÃO: O índice de massa corporal é bom indicador do estado nutricional, mas não total-mente correlacionado com a gordura corporal, pois não distingue massa gorda da magra. Assim, métodos que decompõe esses componentes são mais indicados1, dentre as quais inclui-se a bioimpedância. Como o acumulo de tecido adiposo pode estar associado a disfunções na modu-lação autonômica da frequência cardíaca2,3, o objetivo desse estudo é investigar se há correlação entre o percentual de gordura corporal e os índices de variabilidade da frequência cardíaca. A identificação precoce dessas alterações são de fundamental importância para a implementação de ações preventivas.

METODOLOGIA: O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (1114/2014). Foram avaliados 40 crianças obesas (GO= IMC > percentil 97) e 40 crianças eutróficas (GE = IMC < percentil 85), com idade entre 7 e 12 anos, de ambos os sexos. Para determinar o percentual (%) da massa gorda foi utilizado o método por bioimpedância tetrapolar (Biodynamics 450, Shoreline, USA). Os intervalos RR (iRR) foram registrados continuamente (Polar RS800CX, Polar Electro Oy, Kempele, Finland) durante 10 minutos na posição sentada, em ventilação espontânea. Foram calculados os índices lineares da FC no domínio do tempo: iRR (ms), SDNN (ms), média da FC (bpm), RMSSD (ms), pNN50 (%) e da frequência: HF (ms2), LF (ms2), LF/HF (ms2). Estatística: testes T pareado ou de Mann-Whitney; Correlação de Pearson ou Sperman, de acordo com pres-suposto de normalidade. Nível de significância: p < 0,05.

RESULTADOS: Dados dos grupos obeso e eutrófico, respectivamente: Idade = 122,77 ± 15,91 e 120,75 ± 16,14; Porcentagem de massa gorda: 32,95 ± 6,26 e 19,47 ± 4,37; iRR (ms): 699,08 ± 85,23 e 696,95 ± 90,51. O percentual de gordura não se correlacionou significativamente com os índices de VFC (p>0,5).

DISCUSSÃO: Estudos recentes que verificaram correlação entre obesidade e alterações da VFC utilizaram o método de avaliação pelo IMC4,5,6. No presente estudo não foram encontradas diferenças significativas para os índices da VFC entre os grupos estudados, bem como não foi encontrado correlação entre o percentual de massa gorda com esses índices.

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CONCLUSÃO: A modulação simpática e parassimpática da frequência cardíaca não se correla-ciona com o percentual de massa gorda de crianças eutróficas e obesas.AGRADECIMENTOS: FAPESP, CNPQ, Centro de Atenção a Obesidade Infantil de Marilia, à Secretaria de Saúde de Marília e ao LIBEM.

REFERÊNCIAS:

ABESO- Diretrizes brasileiras da obesidade- Associação brasileira para o estudo da obesidade e da síndrome metabólica. São Paulo, 3º edição, 2009.

Grassi F, et al- Heart rate, sympathetic cardiovascular influences, and the metabolic syndrome- Progress in Cardiovascular Diseases. 2009; 52 (1): 31–37.

Thayer J F, et al- The relationship of autonomic imbalance, heart rate variability and cardiovascular disease risk factors- International Journal of Cardiology. 2010; 141: 122–131.

Rabbia FSB, et al- Assessment of cardiac autonomic modulation during adolescent obesity- Obesity Research, 2003; 11: 541-548.

Vanderlei L- Geometric indexes of heart rate variability in obese and eutrophic children- Arq Bras Cardiol. 2010; 95 (1): 35-40.

Latchman P L, et al- Impaired autonomic function in normotensive obese children- Clinical Auto-nomic Research. 2011; 21: 319–23.

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TEMPO DE ALEITAMENTO MATERNO COMO FATOR DE RISCO PARA OBESIDADE INFANTIL E SUA INFLUÊNCIA

SOBRE A MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDÍACA.

Breast feeding as a predictor for obesity in childhood and effects on heart rate modulation.

Fernanda Regina de Moraes1,2, Juliana Lôbo Froio1,3, Mariana Cristina da Silva3, Emilia Ba-tagelo3, Amanda Persson Mascari3, Eduardo Federighi Baisi Chagas3, Luciana Mara Camargo Pfeifer4, Aparecida Maria Catai5, Robison José Quitério1,3.

1 Instituto de Biociências. PPG Desenvolvimento Humano e Tecnologias. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Rio Claro. SP. Brasil. 2 Departamento de Ciências da Saúde. Universidade de Uberaba - UNIUBE. Uberaba. MG. Brasil. 3 Laboratório de Biocomunicação, Exercício Físico e Modulação Autonômica Cardíaca (LIBEM). Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Marília. SP Brasil. 4 Centro de Atendimento à Obesidade Infantil de Marília - CAOIM. Marília. SP. Brasil. 5 Departamento de Fisioterapia. Universidade Federal de São Carlos - UFSCar. São Carlos. SP. Brasil.

Agências Financiadoras: CAPES, CNPQ e FAPESP.

Palavras chave: Obesidade Infantil. Aleitamento Materno. Controle da Frequência Cardíaca.

Introdução: A Organização Mundial da Saúde refere que a amamentação materna exclusiva, até pelo menos seis meses de vida, é um fator protetor contra obesidade infantil, pois o leite materno fornece nutrientes, fatores de crescimento e componentes imunológicos, necessários à completa saúde infantil, além de favorecer um adequado imprinting metabólico1,2,3. A criança com excesso de peso está sujeita a consequências imediatas e tardias, como o comprometimento do controle autonômico cardíaco4. O objetivo do presente estudo foi avaliar o tempo de aleitamento materno em crianças obesas e eutróficas e associá-lo a presença do excesso de peso e a análise da mo-dulação autonômica da frequência cardíaca.

Metodologia: CEP 374/09; Foram avaliadas 160 crianças (100 obesas e 60 eutróficas). Os pais ou responsáveis foram entrevistados quanto ao tempo de amamentação materna, e as crianças foram submetidas a exame antropométrico e avaliação da modulação autonômica cardíaca (repouso supino por 20 minutos, para registro dos intervalos R-R - iRR). Os iRR foram avaliados quanto à variabilidade por métodos lineares (RMSSD, pNN50) e não lineares (Taxa de Recorrência e índi-ces da Análise Simbólica). Os dados foram submetidos a testes de distribuição da normalidade, para comparação e correlação entre os grupos (SPSS®, p=0,05).

Resultados: As crianças obesas apresentaram menor tempo de exposição ao aleitamento ma-terno, comparada às eutróficas, e esse tempo foi um importante fator de risco para a presença de obesidade infantil, uma vez que apresentou correlações significativas com os indicadores antro-pométricos de excesso de peso e de distribuição da gordura corporal. O tempo de amamentação também apresentou correlações significativas com os índices de análise da variabilidade da fre-quência cardíaca (VFC), sugerindo que quanto menor o período de amamentação, menor a VFC.Discussão: O tempo de amamentação está associado inversamente com a obesidade infantil5,6,7. As primeiras experiências nutricionais do indivíduo podem afetar sua suscetibilidade para doen-ças crônicas, tais como a obesidade, isso tem recebido a denominação de imprinting metabólico.

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A composição única do leite materno implica no processo de imprinting metabólico, alterando o número e/ou tamanho dos adipócitos ou induzindo ao fenômeno de diferenciação metabólica8.Conclusão: Esforços devem ser realizados no sentido de estimular a amamentação, pois trata-se de uma estratégia útil para a prevenção de obesidade infantil, além de agregar outros benefícios como melhor controle autonômico cardíaco. Agradecimentos: Coordenação do Centro de Atendimento à Obesidade Infantil de Marília (CAOIM), Agências de Fomento, e ao LIBEM/UNESP-Marília.

Referências

1 Waterland RA., Garza C. Potential mechanisms of metabolic imprinting that lead to chronic dis-ease. Am J Clin Nutr. 1999; 69: 179-97.

2 Wagner CL. Amniotic fluid and human milk: a continuum of effect? J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2002; 34(5): 513.

3 World Health Organization (WHO). Promoting proper feeding for infants and young children. Jan 2004; [citado 22.08.2014]. Disponível em: http://www.who.int/nutrition/topics/infantfeeding/en/.

4 Daniels SR. The Consequences of Childhood Overweight and Obesity. The Future of Children. 2006; 16(1): 47-67.

5 Mozetic RM, Silva SDC, Ganen AP. A importância da nutrição nos primeiros mil dias. REAS - Revista Eletrônica Acervo Saúde. 2016; 8(2): 876-884.

6 Twells L., Newhook LA. Can exclusive breastfeeding reduce the likehood of childhood obesity in some regions of Canada? Can J Public Health. 2010; 101(1): 36-39.

7 Armstrong J., Reilly J.J. (Child Health Information Team). Breastfeeding and lowering the risk of childhood obesity. Lancet. 2002; 359: 2003–2004.

8 Balaban G., Silva GAP. Efeito protetor do aleitamento materno contra a obesidade infantil. J. Pediatr. Rio de Janeiro, 2004; 80(1): 7-16.

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APREENSÕES DE PAIS DE CRIANÇAS COM DESENVOLVIMENTO ATÍPICO DIANTE DA TRANSMISSÃO

DO DIAGNÓSTICO

Children of Parents with Seizures Atypical Forward Development of Diagnosis of Transmission

Isabela Bortolim Frasson1, Lúcia Martins Barbatto2.

1 Graduanda do Curso de Fisioterapia da FCT/UNESP, 2 Professora Doutora do Curso de Fisio-terapia da FCT/UNESP.Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Presidente Prudente. SP. Brasil

Palavras chave: Criança, Pais, Desenvolvimento atípico.

Introdução: As famílias de crianças com desenvolvimento atípico vivenciam situações de caráter estrutural e emocional. Buscam esclarecimentos sobre a doença e futuro como forma de amenizar suas angústias. A transmissão do diagnóstico influencia a ótica dos familiares sobre sua criança. Transmitido de forma adequada contribui para o desenvolvimento do bebê, prepara e esclarece dúvidas. Entretanto esta não é a realidade, aumentando o sofrimento no processo de aceitação do filho. O fisioterapeuta, neste contexto, é fundamental para orientar e dar suporte à família na nova realidade.

Objetivo: Levantar as apreensões enfrentadas pelos pais diante da transmissão do diagnóstico dos filhos com desenvolvimento atípico.

Metodologia: Estudo descritivo qualitativo, utilizando questionário semiestruturado, com pais de crianças com desenvolvimento atípico (n=6). CEP (57922716.1.0000.5402), entrevistas realizadas no Centro de Estudos e Atendimento em Fisioterapia e Reabilitação e Laboratório de Psicomotri-cidade-FCT/UNESP. Categorias extraídas a partir do método de análise de Bardin.

Resultados: Categoria: Como receberam as informações no ato do diagnóstico: pelos pediatras do hospital; perto de familiares/amigos; para a mãe/pai separadamente, 24 horas após o nascimento do bebê; diretamente sem apoio emocional e com suporte emocional. Todos julgaram as informa-ções insuficientes. Sentimentos do momento: 11% choro, não aceitação, susto, questionamento a Deus, culpa; 5% tranquilidade, dor, “sem chão”, preocupação com risco de vida, medo, angústia, rejeição, insegurança e tristeza. Expectativas relacionadas à transmissão do diagnóstico: 3 sobre estudos e independência; 2 futuro profissional; 1 andar, cursar uma faculdade, curso técnico, ser uma pessoa “normal”, vida social e desenvolvimento. Atualmente, 3 participantes não relataram nenhum sentimento; 1 relata dor; 2 sentem ansiedade e incerteza do futuro e 1 questiona Deus. Conhecimento sobre a Fisioterapia: encaminhados pelo médico responsável ou por familiares ou amigos.

Discussão: Há consenso na literatura que a notícia deve ser dada aos pais, de forma objetiva e clara, para discutir e sanar suas dúvidas. Entretanto, há falta de conhecimento sobre os sentimentos vivenciados por parte dos profissionais que transmitem a informação. Frente à notícia, surgem o choque, o medo, a dor e ansiedade quanto ao futuro da criança. Segundo relatos, o fisioterapeuta

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e a equipe multiprofissional preparados, ajudam a entender e a lidar com as angústias e receios que cercam a nova realidade da família. Conclusão: Os profissionais responsáveis pela transmissão do diagnóstico devem estar preparados para esse momento delicado, contribuir para melhorar desenvolvimento da criança, ressaltar a importância da equipe multiprofissional como suporte psicossocial à família e esclarecer dúvidas frequentes desses pais.

Referências

Hoher SP, Wagner ADL. A transmissão do diagnóstico e de orientações a pais de crianças com necessidades especiais: a questão da formação profissional. 23 (2) I 113-125; 2006.

Petean EBL, Pina-Neto JM. Investigação em aconselhamento genético: Impacto da primeira no-tícia – a reação dos pais à deficiência. Medicina: 288-295; 1998.

Brunhara F, Petean EBL: Mães e filhos especiais: Reações, sentimentos e explicações à deficiên-cia da criança. FFCLRP-USP, Rib. Preto; 1999.

Omote S. Reações de Mães de Deficientes Mentais ao Reconhecimento da Torres LMG. Materni-dade e síndrome de Down: um estudo sobre o sentimento vinculado ao diagnóstico. Universidade Federal do Rio Grande do Norte-Natal; 2009

Aprendizagem, comportamento e emoções na infância e adolescência: uma visão transdisciplinar / organização: Elisabete Castelon Konkiewitz – Dourados MS: Ed. UFGD, 2013. 312p.

Buscaglia LF. Os deficientes e seus pais. Rio de Janeiro:Record; 1993.

Camara RH. Análise de conteúdo: da teoria à prática em pesquisas sociais aplicadas às organi-zações. Revista interinstitucional de psicologia; 2013.

Vash CL. Enfrentando a deficiência: a manifestação, a psicologia, a reabilitação. São Paulo: Pio-neira; 1988.

Souza LG. Cuidando do filho com deficiência mental: desvelamentos de vivências de pais no seu ser-com-o-filho [dissertação]. Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; 2003.

Pedroso CNLS, Félix MA. Percepção dos pais diante do diagnóstico e da abordagem fisioterapêu-tica de crianças com paralisia cerebral. Revista Ciência & Saúde, Porto Alegre, v. 7, n. 2, p.61-70, mai./ago. 2014.

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EFICÁCIA DO USO DO THERATOG NA POSTURA DE UMA CRIANÇA COM MICROCEFALIA

Efficiency of theratog use in posture of a child with microcephaly

Aline da Mata e Silva¹, Andréia Naomi Sankako², Lígia Maria Presumido Braccialli³.

1, 2, 3. Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Marília. SP. Brasil

Palavras-chave: Microcefalia; Theratog; Controle postural.

Introdução: A microcefalia se caracteriza como uma alteração neurológica, em que a cabeça e o cérebro de uma criança são significativamente menores do que os das outras da mesma faixa etária. Ainda que não haja tratamento específico para a microcefalia, o encaminhamento precoce dos bebês nascidos com esta doença para atendimentos especializados de estimulação precoce são essenciais para o seu desenvolvimento, pois se sabe que as crianças com alto risco de distúrbios do desenvolvimento tais como alterações neurológicas, ou outras, apresentam fre-quentemente atraso no desenvolvimento postural e em outros sistemas. Atualmente o Theratog tem sido usado como recurso para melhorar o posicionamento e controle postural de crianças durante o atendimento fisioterapêutico. Este trabalho teve por objetivo verificar a influência do uso do Theratog na distribuição de pressão e controle postural, na posição sentada, de uma criança com microcefalia. Promovendo assim conhecimentos sobre os benefícios ou não em relação ao uso deste recurso para profissionais que atendem crianças com a patologia referida, ou demais patologias

Metodologia: A amostra do estudo foi composta por um paciente com 20 meses de idade atendido no Serviço de Estimulação Precoce do Centro de Estudos da Educação e da Saúde (CEES) da UNESP - Marília, com diagnóstico médico de microcefalia congênita. Os pais da criança recebe-ram informações para a participação no estudo e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, no qual constavam informações éticas da pesquisa. Para verificar a distribuição de pressão e o controle postural do participante na posição sentada, utilizou-se a manta Conformat da marca Tekscan com sensores de mapeamento de pressão, e também o software Alcimagem 2.1. Os dados analisados neste estudo foram centro de força, área de contato, pressão de contato, pico de pressão de contato, e análise postural com e sem o uso do Theratog, sendo calculado o índice de melhora clínica a partir dos resultados obtidos.

Resultados: Os resultados indicaram melhora clínica em relação ao ângulo da coluna torácica (15,84%), protusão de cabeça (0,53%), área de contato (4,69%), pico de pressão (140,91%) e pressão de contato (63,16%); e piora clínica no alinhamento do ombro (8,87%).

Discussão: O theratog pode ser considerado um recurso importante para tratamento dessas crianças, considerando que um posicionamento adequado pode promover grandes benefícios ao indivíduo com atraso no desenvolvimento.

Conclusão: Pôde-se concluir que o participante apresentou melhor alinhamento postural e na distribuição de pressão com o uso do Theratog.

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REFERÊNCIAS

ALGRA MH. Typical and atypical development of reaching and postural control in infancy. Deve-lopmental medicine & child neurology. 2013; 55 (4): 5-8.

FALLANG B, OIEN I, HELLEM E, SAUGSTAD OD, ALGRA MH. Quality of reaching and postural control in young preterm infants is related to neuromotor outcome at 6 years. Pediatric Research. 2005; 58: 347–53.

NUNES ML, CARLINI CR, MARINOWIC D, NETO FK, FIORI HH, SCOTTA MC, ZANELLA PLA, SODER RB, COSTA JC. Microcephaly and Zika vírus: a clinical and epidemiological analysis of the current outbreak in Brazil. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro. 2016; 92 (3): 230-40.

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PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO EM PACIENTES ACOMETIDOS COM DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA

Prevalence of risk factors in patients affected with coronary ar-tery disease

Glauco César da Conceição Canella¹; Márcia Maria Faganello1; Jéssica Guimarães Al-Lage1; Robison José Quitério1,2.

¹Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Universidade Estadual Paulista, Marília – SP; 2 PPG Desenvolvimento Humano e Tecnologias. Universidade Estadual Paulista, Rio Claro – SP.

Agência Financiadora: Pró-reitoria de extensão UNESPPalavras chaves: fatores de risco, doenças cardiovasculares, miocárdio.

Introdução: A doença arterial coronariana (DAC) é mais comumente devida à obstrução das artérias coronárias por uma placa ateromatosa1. O risco da DAC pode ser avaliado pelo somató-rio dos eventos desencadeantes diversos fatores agravantes como: sedentarismo, hipertensão arterial, diabetes mellitus, tabagismo, obesidade, entre outros fatores2.

Objetivo: O objetivo desse estudo é investigar a prevalência de fatores de risco em pacientes acometidos com doença arterial coronariana estável.

Metodologia: CEP: 1.779.423/2016, a amostra foi composta por 23 indivíduos, sendo 6 mulhe-res e 17 homens, com idade de 59,3±10,4 anos, índice de massa corporal (IMC) 27,9±4,9m2, acometidos com doença arterial coronária e com indicação de cirurgia de revascularização do miocárdio inseridos num programa de reabilitação cardiovascular. Os resultados são apresentados em percentual (%) de ocorrência.

Resultados: Idade 59,3±10,4 anos, IMC: 27,9±4,9m2. Os fatores de risco associados para DAC foram: hipertensão arterial sistêmica (HAS) = 78,26%; Diabetes Mellitus = 52,17%; Hipercoles-terolemia: 14,28%; Hipertrigliceridemia: 4,76%. Índice de massa corporal: sobrepeso = 47,82%, obesidade grau 1: 28,57% e obesidade grau 2: 4,76%.

Discussão: Em nosso estudo evidenciamos que a hipertensão arterial, diabetes mellitus e a obesidade corroboram para o acometimento da DAC. A estimativa do risco de doença arteros-clerótica pode ser causado individualmente e pelo siniergismo dos fatores de risco para a doença cardiovascular3. Esse estudo se torna essencial pela necessidade de identificar os fatores de risco e assim realizar ações para minimizar estes agravos nestes pacientes.

Conclusão: Diante disto podemos concluir que a hipertensão arterial e o diabetes mellitus asso-ciado a um IMC elevado, contribui diretamente para o aparecimento da doença arterial coronária.Agradecimentos: Ao Serviço de Cirurgia Cardíaca da Santa Casa de Marília e ao Laboratório de Investigação em Biocomunicação, Exercício Físico e Modulação Autonômica Cardíaca (LIBEM).

Referências

1 Selwyn, A. P.; Braunwald, E. Ischemic heart disease. In: KASPER, D. L.; BRAUNWALD, E., et al (Ed.). Harrison’s Principles of Internal Medicine. 16th ed. New York: McGraw-Hill, 2005.

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2 Diamond GA, Forrester JS. Analysis of probability as an aid the clinical diagnosis of coronary-ar-tery disease. N Engl J Med. 1979;300(24):1350-8.

3 Cesar LA, Ferreira JF, Armaganijan D, Gowdak LH, Mansur AP, Bodanese LC, et al. Diretriz de Doença Coronária Estável. Arq Bras Cardiol 2014; 103 (Supl.2): 1-59.

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NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA E EM PACIENTES COM DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA

Glauco César da Conceição Canella¹; Márcia Maria Faganello1; Jéssica Guimarães Al-Lage1; Robison José Quitério1,2. ¹Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Universidade Estadual Paulista, Marília – SP; 2 PPG Desenvolvimento Humano e Tecnologias. Universidade Estadual Paulista, Rio Claro – SP.

Agência Financiadora: Pró-reitoria de extensão UNESPPalavras chaves: fatores de risco, qualidade de vida, doenças cardiovasculares

Introdução: a doença arterial coronária (DAC) causa impacto importante sobre a saúde e con-sequentemente na qualidade de vida do individuo1. Tem sido apontado que a prática regular de atividade física ajuda no retardo do agravamento da DAC e trazem adaptações musculoesque-léticas e metabólicas que favorecem a capacidade funcional do individuo.

Objetivo: Analisar se o nível de atividade física habitual se relaciona com estado geral de saúde (EGS) e capacidade funcional (CF).

Métodologia: CEP: 1.779.423/2016. A amostra foi composta por 17 indivíduos, sendo 5 mulhe-res e 12 homens, com idade de 60,8±10,2 anos, índice de massa corporal (IMC) 28,2±4,8m2. A qualidade de vida foi avaliada através do questionário Short form health survey (SF-36)2, sendo utilizados apenas os escores de estado geral de saúde (EGS) e capacidade funcional (CF). O nível de atividade física habitual foi avaliado pelo questionário BAECKE3 que observa a atividade física ocupacional (AFL), exercício físico de lazer (EFL), atividade física de lazer de locomoção (ALL) e escore total (ET). Foi aplicado o teste de correlação de Pearson; significância adotada foi de 5% (p<0,05).

Resultados: o nível de atividade física (BAECKE) se correlacionou positiva e significativamente com o estado geral de saúde (P=0,04), porém houve correlação com a capacidade funcional (P=0,16).

Discussão: Diante dos resultados, fica evidente que os pacientes com doença arterial coronária possuem uma alteração na qualidade vida significativa após as mudanças de hábitos junto com a prática de atividade física. Esse estudo se torna necessário, uma vez que o nível de atividade física se correlaciona diretamente com eventos cardiovasculares, e saber estes níveis contribuem diretamente na reabilitação física e metabólica destes indivíduos.

Conclusão: Indivíduos com maior nível de atividade física apresenta melhor estado geral de saúde, independente da capacidade funcional identificada no questionário de qualidade de vida SF-36.Agradecimentos: Ao Serviço de Cirurgia Cardíaca da Santa Casa de Marília e ao Laboratório de Investigação em Biocomunicação, Exercício Físico e Modulação Autonômica Cardíaca (LIBEM).

Referências

1 Cesar LA, Ferreira JF, Armaganijan D, Gowdak LH, Mansur AP, Bodanese LC, et al. Diretriz de Doença Coronária Estável. Arq Bras Cardiol 2014; 103 (Supl.2): 1-59.

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2 Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W, Meinão I, Quaresma MR. Tradução para a língua portu-guesa do questionário genérico de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Revista Brasileira de Reumatologia. 1999;39(3):143-150.

3 Baecke JA, Burema J, Frijters JE. A short questionnaire for the measurement of habitual physical activity in epidemiological studies. Am J Clin Nutr 1982;36:936-42.

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EFEITO DO ESTÍMULO AUDITIVO DURANTE TREINO DE MARCHA EM ESTEIRA SOBRE A VELOCIDADE DA MARCHA EM SOLO DE PACIENTES COM DOENÇA DE

PARKINSON

Effect of auditory stimulus in the treadmill training on the gait speed soil in patients with Parkinson’s disease

Maira Peloggia Cursino¹, Doralice Fernanda da Silva Raquel¹, Flávia Roberta Faganello Navega1,2.

1. Instituto de Biociências. Universidade Estadual Paulista – UNESP. Rio Claro. SP. Brasil2. Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Marília. SP. Brasil

Agência financiadora: Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior – CAPES

Palavras-chave: Doença de Parkinson, Caminhada. Introdução: Distúrbios da marcha são um dos incapacitantes sintomas da Doença de Parkin-son (DP), entre eles, velocidade de marcha (VM) reduzida1. Treinar em esteira é promissor para reabilitação, pois, além de ser acessível, pode melhorar a VM2. Estímulos auditivos (EA) podem reduzir o tempo para os músculos responderem a um comando motor e otimizar o movimento3,4. O objetivo foi analisar os efeitos do treino de marcha com EA em esteira sobre a VM em solo de pacientes com DP.

Metodologia: Comitê de Ética em Pesquisa (0967/2014). Participaram 14 indivíduos, com diag-nóstico de DP idiopática, classificados até III da escala de Hoehn Yahr5, divididos igualmente em: grupo EA (GEA), idade média 70(7.23) e grupo controle (GC), idade média 72(10.52). No primeiro dia realizaram o teste de caminhada de 10m para avaliar a VM6, a seleção da VM em esteira e a familiarização com o treino, que foi realizado três vezes por semana, por 30 minutos, durante seis semanas consecutivas. A intervenção foi realizada numa esteira ergométrica com uso do cinto de segurança conectado a um cabo de aço fixado numa estrutura metálica. No segundo dia, o GEA treinou com velocidade pré-determinada associada à EA advindos de um metrônomo ajustado numa frequência 20% menor que a frequência de passo média da marcha em esteira. O GC realizou os mesmos procedimentos do GEA, porém sem EA. A cada duas semanas foram reavaliados. Foi realizada análise estatística ANOVA Medidas Repetidas Two Way com post Hoc de Bonferroni pelo software PASW statistics 18.0® e a magnitude do efeito (d) comparando o momento inicial e final usando as médias e desvio padrão.

Resultados: A velocidade média e o desvio padrão inicial e final para o grupo GEA foram respec-tivamente 1.16(0.08) e 1.24(0.06) (p=0.017; d=1.11) e para o GC, 0.99(0.11), 1.09(0.09) (d=0.99).

Discussão: O GEA apresentou maior VM quando comparado ao GC. A diminuição da VM é in-terpretada como um mecanismo compensatório para a manutenção do equilíbrio7. Visto que com três anos de diagnóstico 85% dos indivíduos com DP provavelmente desenvolvem problemas na marcha e o risco de quedas pode ser aumentado, os tratamentos têm sido direcionados para que eles mantenham a marcha independente8. Aumentar a VM ocorre na tentativa de adequar os passos na medida apropriada para o indivíduo, normalizando-os9 e tornando a marcha mais eficiente e segura.

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Conclusão: Para a amostra, o treino de marcha com EA em esteira apresentou melhora na VM em solo.

Referências:

1- Bello O, Sanchez JA, Lopez-Alonso V, Márquez G, Morenilla L, Castro X, et al. The effects of treadmill or overground walking training program on gait in Parkinson’s disease. Gait Posture. 2013; 38(4): 590-595.

2 - Harris-Love ML, Macko RF, Whitall J, Forrester LW. Improved hemiparetic muscle activation in treadmill versus overground walking. Neurorehabil Neural Repair. 2004;18(3):154-60.

3- Del Olmo MF, Cudeiro J. Temporal variability of gait in Parkinson disease: effects of a rehabilita-tion programme based on rhythmic sound cues. Parkinsonism Relat Disord. 2005 Jan;11(1):25-33.

4- Suteerawattananon M, Morris GS, Etnyre BR, Jankovic J, Protas EJ. Effects of visual and audi-tory cues on gait in individuals with Parkinson’s disease. J Neurol Sci. 2004 Apr 15;219(1-2):63-9.

5- Hoehn MM, Yahr MD. Parkinsonism: onset, progression and mortality. Neurology 1967; 17: 427-42.

6- Novaes RD, Miranda AS, Dourado VZ. Velocidade usual da marcha em brasileiros de meia idade e idosos. Rev Bras Fisioter. 2011 mar/abr;15(2):117-22

7- Stolze H, Klebe S, Baecker C, Zechlin C, Friege L, Pohle S, et al. Prevalence of gait disorders in hospitalized neurological patients. Mov Disord. 2005; 20(1): 89-94.

8- Matsumoto L, Magalhães G, Antunes GL, Torriani-Pasin C. Efeitos do estímulo acústico rítmico na marcha de pacientes com Doença de Parkinson. Rev Neurocienc. 2014; 22(3): 404-409.

9- Dias NP, Fraga DA, Cacho EWA, Oberg TD. Treino de marcha com pistas visuais no paciente com Doença de Parkinson. Fisioter Mov 2005; 18(4): 43-51.

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EFEITO DO TREINO DE MARCHA COM SUPORTE PARCIAL DE PESO SOBRE O RISCO DE QUEDAS E MOBILIDADE DE

PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON

Gait training effect with partial weight-bearing on the risk of falls and mobility of patients with Parkinson’s disease

Maira Peloggia Cursino¹, Doralice Fernanda da Silva Raquel¹, Flávia Roberta Faganello Navega1,2.

1. Instituto de Biociências. Universidade Estadual Paulista – UNESP. Rio Claro. SP. Brasil2. Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Marília. SP. Brasil

Agência financiadora: Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior – CAPES

Palavras-chave: Caminhada, Limitação da Mobilidade, Acidentes por quedas Introdução: Alterações da marcha e no equilíbrio são um dos incapacitantes sintomas da doença de Parkinson (DP) que podem aumentar o risco de quedas afetando a independência e a intera-ção social1,2. Treinar em esteira, além de acessível na maioria das clínicas, associado ao suporte parcial de peso (SPP) é considerado promissor para deambulação de Parkinsonianos, pois se relaciona com a melhora da mobilidade e do equilíbrio3. O objetivo foi analisar os efeitos do treino de marcha com SPP em esteira sobre o risco de quedas e mobilidade de pacientes com DP.

Metodologia: Comitê de Ética em Pesquisa (0967/2014). Participaram 14 indivíduos, com diag-nóstico de DP idiopática, classificados até III na escala de Hoehn Yahr4, divididos igualmente em: grupo com SPP (GSPP), idade média 63.29(11.06) e grupo controle (GC), idade média 72(10,52). No primeiro dia, realizaram o “Timed up and go” (TUG)5, desenvolvido para avaliar o risco de que-das e mobilidade6, a seleção da velocidade da marcha em solo7, a velocidade de preferência em esteira e a familiarização com o treino, que foi realizado três vezes por semana, por 30 minutos, durante seis semanas. A intervenção foi realizada numa esteira ergométrica com uso do cinto de segurança conectado a um cabo de aço fixado numa estrutura metálica. No segundo dia, o GSPP treinou com 20% de SPP3,8 em velocidade pré-determinada. O GC realizou os mesmos procedimentos, porém sem o SPP. A cada duas semanas foram reavaliados. Análise estatística foi ANOVA Medidas Repetidas Two Way com post Hoc de Bonferroni por meio do software PASW statistics 18.0® e a magnitude do efeito (d) comparando o momento inicial e final usando as mé-dias e desvio padrão.

Resultados: Não houve diferença significativa entre os grupos. O tempo médio e desvio padrão inicial e final do TUG para o GSPP foram respectivamente 11.93(0.87), 11.21(0.75) (d=0.88) e para o GC 16.53(2.56), 14.32(1.90) (d=0.96).

Discussão: Os grupos apresentaram grande magnitude de efeito (d≥ 0,80) para o TUG, sugerindo que o treino em esteira com e sem SPP pode melhorar mobilidade e diminuir o risco de quedas. O TUG é válido e confiável para pessoas com DP9. A literatura10 apresenta valor preditivo de que-das de 12,47s para idosos brasileiros residentes na comunidade; com isso, o GC é considerado caidor, e o GSPP, não caidor. Conclusão: Para essa amostra, o treino de marcha em esteira com o SPP apresentou efeito na execução do TUG de indivíduos com DP.

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Referências:

1- Lees AJ, Hardy J, Revesz T. Parkinson’s disease. Lancet. 2009 Jun13; 373(9680):2055-66.

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3- Ganesan M, Sathyaprabha TN, Gupta A, Pal PK. Effect of partial weight-supported treadmill gait training on balance in patients with Parkinson disease. PM R. 2014 Jan;6(1):22-33.

4- Hoehn MM, Yahr MD. Parkinsonism: onset, progression and mortality. Neurology 1967; 17: 427-42.

5- Bohannon RW. Reference values for the timed up and go test: a descriptive meta-analysis. J Geriatr Phys Ther. 2006;29(2):64-8.

6- Bohannon RW. Reference values for the timed up and go test: a descriptive meta-analysis. J Geriatr Phys Ther. 2006;29(2):64-8.

7- Novaes RD, Miranda AS, Dourado VZ. Velocidade usual da marcha em brasileiros de meia idade e idosos. Rev Bras Fisioter. 2011 mar/abr;15(2):117-22

8- Miyai I, Fujimoto Y, Yamamoto H, Ueda Y, Saito T, Nozaki S, et al. Long-term effect of body weight-supported treadmill training in Parkinson’s disease: A randomized controlled trial. Arch Phys Med Rehabil. 2002;83:1370-1373.

9- Morris S, Morris ME, Iansek R. Reliability of measurements obtained with the Timed “Up & Go” Test in people with Parkinson disease. Phys Ther. 2001;81:810–818.

10- Alexandre TS, Meira DM, Rico NC, Mizuta SK. Accuracy of Timed Up and Go Test for screening risk of falls among community-dwelling elderly. Rev Bras Fisioter. 2012; 16(5), 381-388.

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EFEITOS DA RADIOFREQUÊNCIA MONOPOLAR DE 27,12 MHZ NO TRATAMENTO DA FIBROMIALGIA: ESTUDO

PILOTO

Effects of the 27.12 MHz monopolar radiofrequency in the treat-ment of the Fibromyalgia: pilot study

Caroline Nogueira da Silva1, Luana Ramalho Gomes Pianez2, Renata Michelini Guidi3, Estela Maria Correia Sant’Ana4

1.Instituto de Biociências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Rio Claro. SP. Brasil2,3,4. Centro de Estudos e Formação Avançada-CEFAI. Amparo. SP. Brasil

Palavras chaves: eletroterapia, dor crônica, fibromialgia

Introdução: Indivíduos com Fibromialgia (FM) apresentam dor musculoesquelética crônica di-fusa associada a distúrbios do sono, fadiga, rigidez matinal; interferindo na qualidade de vida1,2. Recursos eletroterapêuticos que produzem calor são utilizados na clínica na redução de quadros álgicos. A radiofrequência monopolar (RFM) é um recurso que leva ao aquecimento tecidual, porem há poucos estudos que investigam os efeitos em indivíduos com fibromialgia.3 O objetivo do estudo foi verificar os efeitos da aplicação de RFM no tratamento da dor em mulheres com FM, por meio da avaliação da intensidade da dor, número de tender points e qualidade de vida no pré e pós-tratamento.

Metodologia: Participaram 5 voluntárias (50 ± 7 anos) com diagnóstico de fibromialgia, submetidas a 10 sessões (intervalo de 7 dias) de RFM Hooke® da marca Ibramed (frequência de 27,12 MHz e aplicador monopolar) com potência de 40 watts até atingir 38,5°C, com posterior redução para 25 watts (termômetro IR) durante 5 mim sobre os pontos álgicos. Todas as participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o estudo foi aprovado no Comitê de Ética Local (CAAE: 01366812.9.0000.5490). Variáveis avaliadas: qualidade de vida global (Fibromyalgia Impact Questionnaire, 0 a 100 – FIQ)4, intensidade da dor (Escala Visual Analógica da dor 0 a 10 – EVA)5, quantidade de analgésicos consumidos diariamente, número de trigger points, grau de satisfação (0 a 4) e tolerância (0 a 3). Para comparação dos resultados pré e pós tratamento utilizou-se a análise estatística: teste t Student com nível de significância de 5%, considerando p<0,05.

Resultados: Os resultados mostraram significativa redução no score do FIQ após o tratamento (p<0,01), redução na intensidade da dor (p<0,02), diminuição no número de trigger points (p=0,00) e diminuição da quantidade de analgésicos ingeridos (p<0,02). Além disso, os resultados apre-sentaram grau de satisfação de 3,8 ± 0,5 e grau de tolerância de 2,6 ± 0,6 ao tratamento.

Discussão: A redução da dor observada nos resultados mostra a influência da RFM no aumento do aporte sanguíneo tecidual, o qual apresenta-se comprometido na fibromialgia6. A melhora na qualidade de vida e a redução na quantidade de analgésicos ingeridos sugerem que os efeitos analgésicos não são apenas momentâneos, de acordo com os achados de Ferreira e colabora-dores7.

Conclusão: O tratamento da RFM mostrou ser efetivo na redução da dor e na melhora da qua-lidade de vida em pacientes com FM. Esta modalidade de tratamento pode ser indicada como

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terapia complementar para pacientes diagnosticados com FM.

Referências

1 Goldenberg DL: Fibromyalgia syndrome: an emerging but controversial condition. A JAMA. 1987; 257: 2782-2787.

2 Artinez JE, Panossian C, Gavioli F.Estudo comparativo das características clínicas e abordagem de pacientes com fibromialgia atendidos em serviço público de reumatologia e em consultório particular. Rev. Bras. Reumatol.[online]. 2006; 46(1):32-36.

3,7Ferreira FS, Polachini CRN, Agne JE, Miozzo AP, Plachi F, Rossato MG.Effect of monopolar radiofrequency on pain and functional capacity of women with fibromyalgia[abstract]. Fisioter.Bras. 2012;13(1):43-48

4 Marques AP, Santos AMB, Assumpção A, Matsutani LA, Lage LV, Pereira CAB. Validação da Ver-são Brasileira do Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ). Rev Bras Reumatol, 2006; 46(1):24-31.

5 Ferraz MB, Quaresma MR, Aquino RL, Atra E, Tugwell P, Goldsmyth C. Reliability of pain scales in the assessment of literate and illiterate patients with rheumatoid arthritis. J Rheumatol. 1990;17(8):1022-4.

6 Matsuda JB, Barbosa FR, Morel LJF, França ZC, Zingaretti SM, Silva LM et al. Polimorfismos dos genes do receptor de serotonina (5-HT2A) e da catecol-O-metiltransferase (COMT): fatores desencadeantes da fibromialgia? Rev Bras Reumatol 2010;50(2):141-5

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PREVALÊNCIA DE MEDO DE QUEDA EM PACIENTES COM ARTRITE REUMATOIDE E FATORES

PARA SEU DESENVOLVIMENTO

Prevalence of fear of fall in rheumatoid arthritis patients and fac-tors for their development

Mariana de Almeida Lourenço1, Bruna dos Santos Carmo2, Graziela Sferra da Silva2, Flávia Vilas Boas Ortiz Carli3, Marcos Renato de Assis2.

Instituto de Biociências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Rio Claro. SP. BrasilFaculdade de Medicina de Marília – FAMEMA. Marília. SP. BrasilUniversidade de Marília – UNIMAR. Marília. SP. Brasil

Apoio Financeiro: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Palavras Chave: Artrite reumatoide; Acidentes por quedas; Medo

Introdução: Pacientes com artrite reumatoide (AR) apresentam frequência elevada de quedas e de medo de cair, que podem levar a prejuízos físicos, funcionais e psicossociais. O aumento da atividade da doença e a diminuição da capacidade física-funcional podem levar ao surgimento do medo de quedas. O objetivo foi analisar a prevalência de medo de queda em pacientes com AR e a incidência de casos novos de medo de queda no período de 1 ano.

Metodologia: Estudo longitudinal com amostra de 86 pacientes com AR acompanhados no Ser-viço de Reumatologia da Faculdade de Medicina de Marília avaliados 2 vezes com intervalo de 1 ano. Aprovação feita pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob protocolo 672/12. Estatística descritiva com teste T pareado (P < 0,05).

Resultados: Amostra composta principalmente por mulheres (88,4%), etnia branca (62,8%), casada (60,5%) com idade média de 55 (±11,8) anos. O medo de cair foi relatado por 72,1% dos pacientes na primeira avaliação e em 75,5% após 1 ano. Sete pacientes passaram a ter medo de queda durante o acompanhamento e não houve diferença clinicamente significativa em suas me-didas de capacidade funcional (Health Assessment Questionnaire), atividade da doença (Disease Activity Score – DAS28) e testes físicos (Timed Up and Go, Escala de Equilíbrio de Berg, Teste de Caminhada de 6 Minutos e Short Physical Performance Battery). Apenas 1 destes pacientes sofreu uma queda neste período.

Discussão: A ausência de alterações físico-funcionais em indivíduos que desenvolveram medo de queda em um ano sugere que o medo não decorre necessariamente da queda, conforme o que se aponta na literatura. O estudo tem como limitações a pequena amostra de pacientes que desenvolveram medo de queda e a falta de avaliação de fatores comportamentais e emocionais possivelmente envolvidos. Outros estudos são necessários para explorar as relações entre medo de queda e ocorrência de queda na AR, bem como os fatores associados, para se desenvolver estratégias de prevenção e redução de ambas as condições.

Conclusão: A ocorrência do medo de quedas na amostra com AR foi acima do encontrado na literature. Os pacientes que passaram a ter medo não mostraram diferença significativa em as-

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pectos físicos, funcionais e atividade da doença.

Referências:

Fessel KD, Nevitt MC. Correlates of fear of falling and activity limitation among persons with rheu-matoid arthritis. Arthritis Care Res. 1997;10(4):222–8

Friedman SM, Munoz B, West SK, Ruben GS, Fried LP. Falls and Fear of Falling : Which Comes First? A Longitudinal Secondary Prevention. J Am Geriatr Soc. 2002;50(8):1329–35. Furuya T, Yamagiwa K, Ikai T, Inoue E, Taniguchi A, Momohara S, et al. Associated factors for falls and fear of falling in Japanese patients with rheumatoid arthritis. Clin Rheumatol. 2009;28(11):1325–30

Lourenço MA, Roma I, Assis MR. Ocorrência de quedas e sua associação com testes físicos, ca-pacidade funcional e aspectos clínicos e demográficos em pacientes com artrite reumatoide. Rev Bras Reumatol [Internet]. 2016;(xx):4–10. Available from: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0482500416300791

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AJUSTE PARASSIMPÁTICO DA FREQUENCIA CARDÍACA DE INDIVÍDUOS DIABÉTICOS TIPO 2 NO EXERCÍCIO

RESISTIDO DINÂMICO

Parasympathetic adjustments of heart rate of diabetics type 2 individuals in the dynamic resistance exercise

Angé l i ca C r i s t i ane da C ruz ¹ ; C r i s t i ano Sa les da S i l va ¹ , 2 ; Ped ro Hen r i -q u e R o d r i g u e s ¹ , P a u l i n e R o m u a l d o C o g o 3 , R o b i s o n J o s é Q u i t é r i o ¹ , 3 ;

1.Instituto de Biociências. UNESP, Rio Claro. SP. Brasil. 2. Universidade Federal do Piauí (UFPI) 3. Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Marília. SP. Brasil

Palavras Chave: Variabilidade da frequência cardíaca, Diabetes Mellitus, Exercício resistido.

Introdução: Indivíduos com Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM-T2) podem apresentar alterações do sistema nervoso autônomo (SNA) durante o repouso e exercício físico. A investigação da modula-ção simpática e parassimpática pode ser realizada através do cálculo dos índices de variabilidade da frequência cardíaca (VFC). O conhecimento dessa dinâmica autonômica contribui para maior eficácia e segurança do exercício físico.

Objetivos: Analisar os ajustes parassimpáticos da modulação autonômica da frequência cardíaca de indivíduos diabéticos durante o exercício resistido dinâmico (ERD).

Métodos: CEP: 083602/2016. Foram avaliados 6 mulheres e 4 homens, com DM-T2 com medi-cação otimizada. Foram submetidos a 20 repetições de extensão de joelho em posição sentada (3s para cada movimento completo = 1 minuto), em 2 intensidades: 20% e 30% da força máxima, com intervalo de 4 minutos entre os testes. Os intervalos R-R (ms) foram registrados durante um minuto de repouso e durante exercício, utilizando-se um monitor cardíaco (Polar RS800). Foi calculado o índice de VFC representativo da modulação parassimpática, SD1, dos 30s finais do repouso e do exercício. A magnitude dos ajustes foi calculada de modo percentual. Para comparar as respectivas variáveis nas intensidades 20 e 30 foi aplicado o teste t-Student, dados paramé-tricos (GraphPadPrism5.0); nível significância 5%.

Resultados: idade = 61,5±9,7 anos; Valores de SD1 na condição de Rep e durante ERD (percen-tual de variação que alterou em relação repouso), respectivamente: 20% = -14,25±34,96 e 30% = -21,43±27,57. Não houve uma diferença significativamente estatística entre as intensidades estudadas.

Discussão: Nos nossos resultados encontramos que 20% e 30% de uma repetição máxima causou uma resposta similar da modulação parassimpática da frequência cardíaca, o que con-corda com estudo de Schroeder e colaboradores (2005), Liao e colaboradores (1998) e Howora e colaboradores (1997) que discorrem sobre o possível comprometimento do SNA em indivíduos diabéticos levando assim, a uma redução da VFC e respostas atenuadas desse sistema quando submetido a exercício físico.

Conclusão: A atividade da modulação vagal da frequência cardíaca foi similar nas duas intensi-dades estudadas.

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movimento & saúde • REVISTAINSPIRAR

Referências:

Schroeder EB, Chambles LE, Prineas RJ, Evans GW, Rosamond GW, Heiss G. Diabetes, glucose, insulin, and heart rate variability. Diabetes Care, 2005; 28(3):668-4.

Howorka K, Pumprla J, Haber P, Koller- Strametz J, Mondrzyk J, Schabmann A. Effects of phys-ical training on heart rater variability in diabetics patients with various degree of cardiovascular autonomic neuropathy. Cardiovasc Res. 1997; 34:206-4.

Liao D, Sloan RP, Cascio WE, Folsom A, Liese AD, Evans GW, et al. Multiple metabolic syndrome is associated with lower heart rate variability. Diabetes Care. 1998; 21(12):2116-28.

Task Force of the European Society of Cardiology and the North American Society of Pacing and Electrophysiology. Heart rate variability: standards of measurements, physiological interpretation and clinical use. Circulation. 1996; 93:1043-1065.

Tulppo MP, Hughson RL, Makikallio TH, Airaksinen KE, Seppanen T, Huikuri HV. Effects of exer-cise and passive head-up tilt on fractal and complexity properties of heart rate dynamics. Am. J. Physiol. Heart Circ. Physiol. 2001;280 (H1081–H1087).

Figueroa A, Baynard T., Fernhall B., Carhart R, Kanaley JA. Endurance training improves post-ex-ercise cardiac autonomic modulation in obese women with and without type 2 diabetes. Eur J ApplPhysiol. 2007 Jul;100 (4) 437-44.

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RESPOSTAS DA PRESSÃO ARTERIAL DE DIABÉTICOS DO TIPO 2 A DIFERENTES INTENSIDADES DE EXERCÍCIO

RESISTIDO

Blood pressure response in diabetics type 2 to different resistan-ce exercise intensities

A n g é l i c a C r i s t i a n e d a C r u z ¹ ; C r i s t i a n o S a l e s d a S i l v a ¹ , 2; P e d r o H e n r i -q u e R o d r i g u e s ¹ , P a u l i n e R o m u a l d o C o g o 3 , R o b i s o n J o s é Q u i t é r i o ¹ , 3 ;

1.Instituto de Biociências. UNESP, Rio Claro. SP. Brasil. 2. Universidade Federal do Piauí (UFPI) 3. Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Marília. SP. Brasil

Palavras Chave: Pressão arterial, Diabetes Mellitus, Exercício resistido.

Introdução: Exercício resistido dinâmico (ERD) é recomendado como componente importante na recuperação e prevenção de doenças cardiovasculares e metabólicas. Porém, em virtude das alterações do metabolismo glicêmico e em muitos casos, do sistema nervoso autônomo, diabéticos podem apresentar alterações nos ajustes fisiológicos durante ERD inclusive da pressão arterial (PA). O conhecimento desses ajustes é fundamental para não colocar paciente em risco durante a prática dessa modalidade de exercício.

Objetivo: Investigar os ajustes da PA durante o ERD progressivo em diabéticos.

Metodologia: CEP: 083602/2016. A amostra estudada foi de 6 mulheres e 4 homens com DM2 medicação otimizada. Foram submetidos a 20 repetições de extensão de joelho na postura sentada, com velocidade 3s cada movimento completo, em 3 intensidades: 20% (E20%), 30% (E30%) e 50% (E50%) da repetição máxima (RM). Foi dado intervalo de 4 minutos entre as intensidades . A pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foram mensuradas no repouso pré teste (Rep), e no final do esforço (E) pelo método auscultatório. Para comparar os valores de PA nas duas condições (Rep e E) na mesma intensidade foi aplicado teste t-Student ou Wilcoxon de acordo com o pressuposto de normalidade. Para comparar as três intensidades, foi utilizado o teste ANOVA. Para todas as análises foi utilizado o programa GraphPadPrism5.0 com nível significância 5%.

Resultados: idade = 61,5±9,7 anos; PA nas condições de Rep e E, respectivamente: PAS E20% = 128,40±13,91 e 150,80±20,63. PAS E30% = 125,50±9,45 e 151,40±30,16. PAS E50% = 128,22±9,92 e 167,56±32,16. PAD E20% = 82,50±8,05 e 98,40±17,67. PAD E30%=80,30±7,54 e 96,10±17,28. PAD E50% = 84,11±6,94 e 108,78±23,92. Tanto a PAS quanto a PAD aumentaram de modo significativo (P<0,05) quando comparados valores de repouso com as respectivas res-postas ao exercício. A PAS e PAD foram similares nas 3 intensidades estudadas (P>0,05).

Discussão: os resultados desse estudo demostram um aumento significativo na PA o que pode ser explicado pela ação do sistema nervoso simpático que atua na liberação de catecolaminas e afeta a permeabilidade ao sódio e ao cálcio no músculo cardíaco e na resistência vascular pe-riférica. Esses achados concordam com outros estudos na literatura que também demostraram uma elevação significativa na PA durante o ERD.

Conclusão: ERD de extensão do joelho em indivíduos diabéticos causa sobrecarga pressórica significativa, em relação repouso. Já os ajustes da PAD e PAS são similares nas duas intensida-

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des estudadas.

Referências: Macdougall JD, Tuxen D, Sale DG, Moroz JR, Sutton JR (1985). Arterial blood pressure response to heavy resistance exercise. J Appl Physiol. 1985; 58 (3):785-90. Polito, MD; Farinatti, PTV. Comportamento da pressão arterial após exercícios contra-resistência: uma revisão sistemática sobre variáveis determinantes e possíveis mecanismos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 2006; 12(6):386-392.

Polito, MD; Farinatti, PTV. Respostas de frequência cardíaca, pressão arterial e duplo-produto ao exercício contra-resistência: uma revisão da literatura. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto. 2003; 3(1):79-91.

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VELOCIDADE DA MARCHA DE IDOSOS COM DOENÇA DE PARKINSON DURANTE A SIMULAÇÃO DE TRAVESSIA DE

RUA

Gait velocity of elderly with Parkinson’s disease during street crossing simulation

Carolina Favarin Soares1, Késia Maísa do Amaral Felipe1, Patrícia de Aguiar Yamada1, Flávia Roberta Faganello Navega2

1. Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Humano e Tecnologias, Universidade Es-tadual Paulista – UNESP, Rio Claro, SP, Brasil2. Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista – UNESP, Marília, SP, Brasil

Palavras-chave: Doença de Parkinson, Marcha.

Os acidentes de trânsito envolvendo pedestres acometem a população idosa levando a um alto índice de incapacidades e óbitos1. No Brasil, os idosos representam 30% das vítimas de atropelamento2,3. Indivíduos com Doença de Parkinson (DP) possuem o risco de atropelamento aumentado por apresentarem distúrbios motores somados aos declínios do envelhecimento4,5,6. Partindo do princípio que a situação de travessia de rua exige a realização de uma marcha eficiente e tomada de decisão rápida, prejudicada na Doença de Parkinson, se faz necessário identificar os parâmetros cinemáticos da marcha a fim de criar novas estratégias de tratamento além de diminuir gastos públicos.Visto isso, o objetivo do estudo foi identificar alterações na velocidade da marcha de idosos sem e com Doença de Parkinson durante a simulação de situações coti-dianas de travessia de rua. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Local (nº1.299.753). Participaram do estudo 40 indivíduos, de ambos os sexos, os quais foram divididos em dois grupos: grupo controle (GC, n=20) e grupo de idosos com Doença de Parkinson (GIDP, n=20). A avaliação da marcha ocorreu sob três condições distintas: marcha habitual (C1), marcha com simulação de travessia de rua (C2) e marcha com simulação de travessia de rua com tempo do semáforo reduzido (C3). Em cada uma das condições cada voluntário caminhou sobre a passarela por três vezes consecutivas. Para a coleta dos dados de velocidade de mar-cha foi utilizado o sistema GAITRite®. Para a simulação das situações cotidianas de travessia de rua foi utilizado um projetor de imagens (Dell®) e um simulador de semáforo de pedestres. As análises estatísticas foram realizadas por meio do programa PASW statistics 18.0® (SPSS). Em todos os testes estatísticos foi adotado o nível de significância de p<0.05. Na comparação intergrupos a velocidade do GIDP foi significativamente menor na C1 (p=0.002), C2 (p=0.008) e C3 (p=0.001). A velocidade de marcha de idosos com DP foi significativamente menor que a de idosos sem a DP em todas as condições. A velocidade tem sido considerada como uma variável cinemática importante por ser preditora do desempenho funcional e da capacidade de realizar AVDs7. O declínio da velocidade deve-se à diminuição da elasticidade dos músculos, da redução da mobilidade articular e da força muscular, fatores presentes em indivíduos com DP8. O presente estudo demonstrou que na condição de simulação de travessia de rua indivíduos com DP possuem velocidade de marcha menor do que idosos sem a doença9,10.

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Referências

1.Waiselfisz JJ. Mapa da Violência. Centro Brasileiro de Estudos Latino Americanos, Rio de Ja-neiro, 2013. Disponível em: http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2013/mapa2013_transito.pdf

2.Santanna RM. Mobilidade e segurança no trânsito da população idosa: um estudo descritivo sobre a percepção de pedestres idosos e de especialistas em engenharia de tráfego. Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE, 2006.

3.Mitchell, C. G. B. The licensing and safety of older drivers in Britain. Accident Analysisand Pre-vention; 50:732-741, 2013.

4.Peel NM. Epidemiology of Falls in Older Age. Canadian Journal on Aging; 30(1):7-19, 2011.

5.Bock O. Dual-task costs whie walking increase in old age for some, but not for other tasks: an experimental study of healthy young and elderly persons. Journal of Neuroengineering and Re-habilitation; 5(27):1-9, 2008

6.Rodriguez, K. L., Roemmich, R. T., Cam B., Fregly, B. J., Hass, C. J. Persons with Parkinson’s disease exhibit decreased neuromuscular complexity during gait. Clin. Neurophysiol.; 124(7):1390-1397, 2013.

7.Hardy SE, Perera S, Roumani YF, Chandler JM, Studenski SA. Improvement in usual gaitspeed-predictsbettersurvival in olderadults. J AmGeriatr Soc. 55(11):1727-34, 2007.

8.Vieira ER, Lim H-H, Brunt D, Hallal CZ, Kinsey L, Errington L, Gonçalves M. Temporo-spatial gait parameters during street crossing conditions: A comparison between younger and older adults. Gait Posture (GAIPOS-4365; No. of Pages 6), 2014.

9.Judge J, Davis RB, Ounpuu S. Age-associated reduction in step length: testing the importance of hip and ankle kinetics. Gait Posture. 1995;3(2):81.

10.Pijnappels M, Bobbert MF, van Dieën JH. Changes in walking pattern caused by the possibility of a tripping reaction. Gait Posture. 2001;14(1)11-8.

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INFLUÊNCIA DA ASSIMETRIA DE FORÇA DO QUADRÍCEPS NA MOBILIDADE FUNCIONAL EM INDIVÍDUOS COM

OSTEOATRITE DE JOELHO

Influence of quadriceps force asymmetry in functional mobiliy of individuals with knee osteoarthritis.

Caio Giorgetto Leite1, Deborah Hebling Spinoso1, Marcelo Tavella Navega1

1Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Marília. SP. Brasil

Palavras-chave: Torque. Marcha. Osteoartrite.

INTRODUÇÃOIndivíduos com osteoartrite de joelho (OAJ) apresentam como principal sintoma redução do torque máximo do quadríceps no membro acometido1. Esta redução afeta a velocidade habitual de mar-cha (VHM), que quando diminuída (<1.0m/s) causa limitação funcional, maior risco de quedas e hospitalização2. Entretanto, a relação da força do membro acometido e saudável com mobilidade funcional não está clara. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar a influência da assimetria de força do quadríceps na mobilidade funcional, avaliada por meio da velocidade de marcha, em indivíduos com OAJ.

MÉTODOS

Sujeitos: Vinte indivíduos com diagnóstico radiológico de OAJ e vinte sem histórico de alterações crônico-degenerativas em membros inferiores.

Procedimentos: o torque extensor do joelho foi avaliado utilizando célula de carga (Noraxon®). Os voluntários foram posicionados na cadeira extensora com o joelho a 90º de flexão e a avaliação, feita bilateralmente em ambos os grupos, foi constituída de 3 contrações isométricas voluntárias máximas de 5 segundos3. Para mensuração da VHM, os indivíduos percorrem uma passarela de 14 metros, caminhando na velocidade habitual.

Análise de dados: O pico de torque foi considerado o maior valor de torque após o início da contração muscular e os dados foram normalizados pelo peso corporal. Velocidade de marcha: média de três tentativas.

Análise estatística: teste T Student, nível de significância de p<0.05 e correlação de Pearson.

RESULTADOS

A VHM do grupo OAJ foi 14,7% menor em relação ao grupo saudável (p = 0.02). O torque ex-tensor no membro acometido do grupo OAJ apresentou redução de 46,4% em relação ao grupo saudável (p < 0.001). A diferença de força entre os membros inferiores do grupo com OAJ foi de 39,4%. Houve correlação entre assimetria de força do quadríceps e velocidade de marcha (r = -0,324, p = 0.04).

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DISCUSSÃO: A VHM é reconhecida como indicador de habilidade funcional, assim como a força dos extensores do joelho. Achados deste estudo mostraram que ambas variáveis apresentam-se reduzidas na população com OAJ, além de estarem relacionadas, colaborando com os achados de Barbat-Artigas e colaboradores (2016). Além disso, identificou-se correlação negativa entre assimetria de força do músculo quadríceps e VHM. Neste sentido, o treino de força muscular em ambos os membros inferiores mostra-se importante para estes indivíduos, uma vez que o aumento do torque dos extensores pode aumentar a VHM e, consequentemente, a mobilidade funcional.

CONCLUSÃO: A assimetria de força dos membros inferiores está diretamente relacionada com a diminuição da mobilidade funcional em indivíduos com OAJ

REFERÊNCIAS:

Hassan BS, Mockett S, Doherty M. Static postural sway, proprioception, and maximal voluntary quadriceps contraction in patients with knee osteoarthritis and normal control subjects. Ann Rheum Dis. 2001 Nov 15. 60(6): 612-618.Barbat-Artigas S, et al. Muscle Strength and Body Weight Mediate the Relationship Between Physical Activity and Usual Gait Speed. J Am Med Dir Ass. 2016 Aug 21. 17(11): 1031-1036.Hartmann A, et al. Reproducibility of an isokinetic strength-testing protocol of the knee and ankle in older adults. Geront. 2008 Nov 10. 55(3): 259-268.Aguiar GC, et al. Effects of resistance training in individuals with knee osteoarthritis. Fisioter Mov. 2016 Jul 06. 29(3): 589-596.

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MOBILIDADE E CAPACIDADE FUNCIONAL APÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

Luana Martins de Paula1, Juliana Gonçalves Finoti1, Paloma Pellosi1, Débora Vasconcelos Ve-rissimo1, Thayná Maiolini Araujo1, Mariana Oliveira Santos1, Renata Aparecida de Oliveira Lima1, Deborah Cristina Gonçalves Luiz Fernani1,2, Maria Tereza Artero Prado1,2.

1-Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente, SP-Brasil.2-Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP-Brasil.

Palavras-chave: marcha, acidente vascular cerebral.

Introdução: Acidente Vascular Encefálico (AVE) apresenta a marcha como função mais afetada. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi analisar a mobilidade e capacidade funcional de indiví-duos após AVE.

Metodologia: Foram avaliados 32 indivíduos com sequela de AVE (12 do sexo feminino e 20 do masculino; média de idade de 56,47±12,54 anos) (nº de CAAE: 51844115.5.0000.5515). Para análise da mobilidade funcional foram utilizados: Teste de caminhada de 10 metros (TC10metros) e Time up & go (TUG); para verificação da capacidade funcional: Teste de caminhada de 6 minutos (TC6min). Os resultados finais foram expressos em média e desvio padrão

Resultados: Os indivíduos no TC10 metros foram classificados com deambulação comunitária (média de 0,94 m/s) e no TUG, a amostra foi classificada como independente para marcha (mé-dia de 15,67 segundos). No TC6min, os indivíduos obtiveram média de 240,24 metros (média do valor predito de 531,10 metros).

Discussão: No estudo de Scalzo et al.1, a amostra apresentou a classificação de deambulação comunitária limitada no TC10 metros, diferente deste estudo. No TUG a amostra foi classificada como independente nesta pesquisa, corroborando com Santos et al.3, que utilizaram o mesmo instrumento e relataram o bom equilíbrio destes. Também foi verificado déficit da capacidade funcional neste estudo e Ottoboni et al.2 explicam que este déficit é causado pelas anormalidades cinesiológicas da marcha destas pessoas.

Conclusão: Os indivíduos com sequela de AVE avaliados apresentaram boa mobilidade, porém com déficit da capacidade funcional.

Referências:

1. Scalzo PL, Zambaldi PA, Rosa DA, Souza DS, Ramos TX, Magalhães V. Efeito de um treina-mento específico de equilíbrio em hemiplégicos crônicos. Rev Neurociência 2011;19(1):90-7.

2. Ottoboni C, Fontes SV, Fukujima MM. Estudo comparativo entre marcha normal e a de pacien-tes hemiparéticos por acidente vascular encefálico: aspectos biomecânicos. Rev. Neurociências 2002;10(1):10-6.

3. Santos DG, Pegoraro AS, Abrantes CV, Jakaitis F, Gusman S, Bifulco CS. Avaliação da mobili-dade funcional do paciente com sequela de AVC após tratamento na piscina terapêutica, utilizando o teste Timed Up and Go. Rev. Einstein. 2011;9(3Pt1):302-6.

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COMPRIMENTO DE PASSO DE IDOSOS COM DOENÇA DE PARKINSON DURANTE A SIMULAÇÃO DE TRAVESSIA DE

RUA

Step lenght of elderly with Parkinson’s disease during street crossing simulation

Aline Prieto de Barros Silveira1, Késia Maísa do Amaral Felipe1, Patrícia de Aguiar Yamada1, Flávia Roberta Faganello Navega2

1. Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Humano e Tecnologias, Universidade Es-tadual Paulista – UNESP, Rio Claro, SP, Brasil2. Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista – UNESP, Marília, SP, Brasil

Palavras-chave: Doença de Parkinson, Marcha.

Introdução: Acidentes de trânsito envolvendo pedestres ocorrem em sua maioria durante a tra-vessia de rua1. O número de vítimas fatais por atropelamento é maior na faixa etária acima de 60 anos2. Visto isso, indivíduos com Doença Parkinson (DP) demonstram grande risco para sofrer acidentes de trânsito, pois além dos déficits ocasionados pelo processo de envelhecimento, eles apresentam grandes distúrbios do movimento ocasionados pela doença3,4. A avaliação cinemáti-ca da marcha pode fornecer informações sobre possíveis alterações e colaborar para a criação de políticas públicas de educação no trânsito e tempo de travessia dos semáforos de pedestres. Sendo assim, o objetivo do estudo foi identificar alterações no comprimento de passo de idosos com Doença de Parkinson durante a simulação de travessia de rua.

Metodologia: O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Local (nº 1.299.753). Participaram do estudo 40 indivíduos, de ambos os sexos, divididos em dois grupos: grupo controle (GC, n=20) e grupo de idosos com Doença de Parkinson (GIDP, n=20). A avaliação da marcha ocorreu sob três condições distintas: marcha habitual (C1), marcha com simulação de travessia de rua (C2) e marcha com simulação de travessia de rua com tempo do semáforo reduzi-do (C3). Em cada uma das condições cada voluntário caminhou sobre a passarela por três vezes consecutivas. Para a coleta dos dados de comprimento de passo foi utilizado o sistema GAITRite®. Para a simulação das situações de travessia de rua foi utilizado um projetor de imagens (Dell®) e um simulador de semáforo de pedestres. As análises estatísticas foram realizadas por meio do programa PASW statistics 18.0® (SPSS). Em todos os testes estatísticos foi adotado p<0.05.

Resultados: Na comparação intergrupos, o comprimento de passo do GIDP foi menor na C1 (p=0.015) e C2 (p=0.025). Na comparação intragrupo, pode-se observar um aumento significativo do comprimento de passo a cada condição em ambos os grupos, ou seja, C3>C2>C1.

Discussão: Em nosso estudo, indivíduos com DP apresentaram menor comprimento de passo que idosos sem a doença. Isso pode ser devido ao fato de que indivíduos com DP apresentam sintomas motores que dificultam a realização dos movimentos5. Além disso, a rigidez muscular, perda de mobilidade articular e redução da potência muscular do quadril e joelho também levam à passos mais curtos6.

Conclusão: Indivíduos com DP apresentam menor comprimento de passo que idosos sem a

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doença na marcha habitual e durante simulação de travessia de rua.

Referências:

1- Hatfield J, Murphy S. The effects of mobile phone use on pedestrian crossing behaviour at signalised unsignalised intersections. Accid Anal Prev. 2007; 39:197-205.

2- Waiselfisz JJ. Mapa da Violência 2013. Acidentes de Trânsito e Motocicletas [internet]. Rio de Janeiro: Centro Brasileiro de Estudos Latino Americanos; 2013. Disponível em: http://www.ma-padaviolencia.org.br/pdf2013/mapa2013_transito.pdf.

3- Santanna RM. Mobilidade e segurança no trânsito da população idosa: um estudo descritivo sobre a percepção de pedestres idosos e de especialistas em engenharia de tráfego [Tese]. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro; 2006.

4- Rodriguez KL, Roemmich RT, Cam B, Fregly BJ, Hass CJ. Persons with Parkinson’s disease exhibit decreased neuromuscular complexity during gait. Clin.Neurophysiol. 2013; 124(7):1390-1397.

5- Parkinson J. An essay on the shaking palsy. J Neuropsychiatry Clin Neurosci. 2002; 14 (2): 223-236.

6- Elble RJ, Thomas SS, Higgins C, Colliver J. Stride-dependent changes in gait of older people. J Neurol. 1991; 238:1-5.

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AVALIAÇÃO DOS PÉS EM INDIVÍDUOS COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 NO AMBULATÓRIO MÉDICO DE

ESPECIALIDADES DE BAURU-SP

Evaluation feet in individuals with diabetes mellitus type 2 in spe-cialized medical clinic of Bauru city

Camila Afonso de Souza1, Roberta Munhoz Manzano1, Beatriz Cristina Murari Nogueira1, Camila Gimenes2

1Departamento de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Bauru. Bauru. SP. Brasil.2Departamento de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Bauru. Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Sagrado Coração. Bauru. SP. Brasil.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus, Neuropatia Diabética. Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma patologia com alta prevalência, sendo considerado um grave problema de saúde devido às suas complicações (1,2). A neuropatia diabética (ND) é a complicação microvascular mais frequente, levando a danos motores, funcionais e sensoriais, sendo a grande responsável pelo aparecimento das úlceras nos membros inferiores (3). O objetivo deste estudo foi avaliar os pés de indivíduos com DM tipo 2 (DM2) verificando os que possuíam fatores de risco preditivos de ulcerações nos pés.

Metodologia: Estudo transversal com sujeitos com DM2, acima de 40 anos, ambos os sexos, em tratamento no Ambulatório Médico de Especialidades, na cidade de Bauru/SP. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (parecer 1.529.986). Foram coletados dados socio-demográficos em entrevista dirigida; realizado o exame clínico dos pés; avaliação da sensibilidade protetora plantar através do Monofilamento de Semmes-Weinstein - 10g (kit sorri®); aplicado o Escore de Comprometimento Neuropático (ECN) verificando o reflexo aquileu e as sensibilidades vibratória, dolorosa e térmica; aplicado o Escore de Sintomas Neuropáticos (ESN) avaliando os sintomas neuropáticos nos membros inferiores. A combinação dos escores levou ao diagnóstico da Neuropatia Diabética Periférica (NDP). Os dados foram apresentados de forma descritiva.

Resultados: 66 indivíduos (48 mulheres), com idade 62 (56 - 65) anos. O tempo de diagnóstico de DM2 foi de 8,5 (5 - 14) anos. Ao exame físico, deformidades osteoarticulares foram encontradas em 20% dos avaliados; a rachadura foi a alteração mais frequente (88%) e as menos frequentes foram micose interdigital e ausência de pelos (13,5%). Na avaliação da sensibilidade protetora plantar houve alteração em 32 (48,5%) avaliados. O ECN foi constatado presente em 32 (48,5%) sujeitos, o ESN em 39 (59%) e a combinação dos escores diagnosticaram 22 (33%) indivíduos com NDP.

Discussão: As alterações observadas na inspeção clínica indicaram sinais de pé neuropático e insuficiência arterial. Os resultados obtidos na avaliação de sensibilidade protetora plantar apro-ximaram-se de outros estudos (4, 5, 6, 7). O diagnóstico de NDP assemelhou-se às pesquisas de Santos et al. (8) e Moreira et al. (9). As alterações neurológicas e vasculares em extremidades são os dois principais fatores para ulcerações nos pés (10).

Conclusão: A maior parte dos indivíduos estudados possuía fatores de riscos preditivos para de-senvolvimento de úlceras nos pés. A identificação das alterações sensitivas, o controle adequado

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da patologia e a prática do autocuidado podem influenciar diretamente na prevenção das úlceras.

Referências:

1.Petermann XB, Machado IS, Pimentel BN, Miolo SB, Martins LR, Fedosse E. Epidemiologia e cuidado à Diabetes Mellitus praticado na Atenção Primária à Saúde: uma revisão narrativa. Re-vista Saúde. 2015; 41(1): 49-6.

2.Cubas MR, Santos OM, Retzlaff EMA, Telma HLC, Andrade IPS, Moser ADL, et al. Pé diabéti-co: orientações e conhecimento sobre cuidados preventivos. Fisioterapia em Movimento. 2013; 26(3): 647-5.

3. Mendonça SS, Morais JS, Moura MCGG. Proposta de um protocolo de avaliação fisioterapêutica para os pés de diabéticos. Fisioterapia em Movimento. 2011; 24 (2): 285-98.

4.Bezerra GC, Santos ICRV, Lima JC, Souza MAO. Avaliação do risco para desenvolver pé diabético na atenção básica. Revista Estima. 2015; 13 (3).

5.Carmo TMD, Almeida JC, Carmo DR, Godoi MS, Silva MC, Carmo TJD. Monofilamento de Semmes-Weinstein: uma avaliação da sensibilidade protetora dos pés na prevenção da úlcera plantar entre pacientes diabéticos. Ciência et Praxis. 2015; 8 (15): 29-34.

6.Alencar LL, Torres MV, Santos AMBS, Santos MB, Santiago AKC, Barbosa APB. Perfil epide-miológico de idosos com diabetes mellitus tipo 2 cadastrados na estratégia saúde da família. Revista Eletrônica Gestão & Saúde. 2014. [acesso em 26 set 2016]: 2972-89. Disponível em: http://gestaoesaude.unb.br/index.php/gestaoesaude/article/view/977

7.Macedo A, Campos C, Correia J, Gomes P. Pé em risco aumentado de ulceração em doentes com diabetes mellitus tipo 2. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar. 2010; 26(2): 159-68.

8.Santos HC, Ronson MF, Oliveira CSS, Hohl A, Coral MHC, Colombo BS, et al. Escores de neuro-patia periférica em diabéticos. Revista Sociedade Brasileira de Clínica Médica. 2015; 13(1): 40-5.

9.Moreira RO, Amâncio APRL, Brum HR, Vasconcelos DL, Nascimento GF. Sintomas depressivos e qualidade de vida em pacientes diabéticos tipo 2 com polineuropatia distal diabética. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia. 2009; 59(9): 1103-11.

10.BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: Manual do pé diabético. Brasília, 2016.

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RAZÃO ELETROMIOGRÁFICA DOS MÚSCULOS PERIESCAPULARES EM INDIVÍDUOS ASSINTOMÁTICOS

COM E SEM DISCINESE.

Electromyographic ratio of the periscapular muscles in asymp-tomatic individuals with and without dyskinesis

Ricardo José Tecchio Serrão1, Nise Ribeiro Marques2, Gabriel Paglioni Garcia1, Caio Leite Gior-getto3, Camilla Zamfolini Hallal1

1Universidade Federal de Uberlândia – UFU. Uberlândia. MG, Brasil; 2Universidade do Sagrado Coração – USC. Bauru. SP. Brasil; Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Marília. SP. Brasil³

Agencia financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Palavras Chave: eletromiografia. escápula. cinemática.

Introdução: A hiperativação de trapézio superior (TS) concomitantemente a baixa ativação de trapézio inferior (TI) e serrátil anterior (SA) é considerada a principal causa da discinese escapular¹. Porém, alguns artigos também apontaram que indivíduos com sintomas dolorosos apresentam alta razão TS/TI2,3 bem como baixa razão TI/SA3. Considerando que a discinese está altamente relacionada com disfunções do ombro4, o entendimento de suas alterações eletromiográficas em indivíduos assintomáticos se faz importante para trabalhos preventivos. Tendo isso em vista, o objetivo do presente estudo é avaliar a razão eletromiográficas entre TS/TI, TS/SA e TI/SA em voluntários com e sem discinese escapular assintomáticos.

Métodos: O presente estudo foi aprovado em comitê de ética e pesquisa local (nº do processo 097704/2015). Participaram da pesquisa 35 voluntários não engajados em tratamento para dis-funções do ombro, sem cirurgia prévia e lesões no complexo articular do ombro divididos em dois grupos: grupo com discinese (GD, n = 18) e grupo controle (GC, n = 17). Os sinais eletromiográficos (EMG) foram coletados por um módulo de aquisição de sinais biológicos (Noraxon, Arizona, EUA) com 1000 Hz de frequência de amostragem, modo de rejeição comum de 90 dB e ganho total de 2000 vezes (20 no pré-amplificador e 100 no amplificador) durante 10 movimentos de scaption realizados com carga de 5% do peso corporal, onde o ritmo do movimento foi padronizado por um metrônomo em 23 bpm. Os eletrodos foram posicionados segundo orientações da SENIAM5 para TS e TI e de estudo pregresso para SA6. Os sinais EMG foram filtrados, suavizados e retificados para a criação de um envoltório linear e a média foi normalizada pela média de três contrações isométricas voluntárias máximas. Para a análise estatística foi utilizado o teste de t-Student para amostras independentes. O nível de significância foi de p < 0,05.

Resultado: A razão TS/SA foi 109% maior para o GD quando comparado ao GC (p=0,002).

Discussão: A alta razão entre TS/SA para voluntários com discinese assintomáticos encontrada no presente estudo pode ocorrer devido a excessiva ativação de TS bem como baixa ativação de SA e nos evidencia que se comporta de maneira diferente entre indivíduos sintomáticos e assin-tomáticos, uma vez que Michene (2016)2 constatou alta razão TS/TI, bem como Cools (2007)3, e baixa razão TI/SA para voluntários com dor subacromial.

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Conclusão: Indivíduos assintomáticos com discinese escapular apresentam maior razão de ati-vação EMG entre TS/SA quando comparados a indivíduos assintomáticos sem discinese.

Agradecimentos: CAPES e CROSSFIT Marília.

Referências Bibliográficas:

Kibler, W. B. et al. Clinical implications of scapular dyskinesis in shoulder injury: the 2013 consensus statement from the ‘scapular summit’. British journal of sports medicine, 2013-092425,.

Michener, L. A., Sharma, S., Cools, A. M., & Timmons, M. K.. Relative scapular muscle activity ratios are altered in subacromial pain syndrome. Journal of Shoulder and Elbow Surgery, 2016;25(11): 1861-7.

Cools, A. M., Witvrouw, E. E., Mahieu, N. N., & Danneels, L. A. Isokinetic scapular muscle perfor-mance in overhead athletes with and without impingement symptoms. Journal of athletic training, 2005; 40(2): 104.

W a r n e r J . J , M i c h e l i L . J . , A r s l a n i a n L . E . , K e n n e d y J . , Kennedy R.Clinical Orthopaedics and Related Research 1992;285:191-9.

HERMENS, H. J. et al. European recommendations for surface electromyography. Roessingh Research and Development, v. 8, n. 2, p. 13-54, 1999.

P i r a u á A L T . J o u r n a l o f E l e c t r o m y o g r a p h y a n d Kinesiology 2014;24(5):675-81.

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EFEITO DA BANDAGEM ELÁSTICA NA ELETROMIOGRAFIA DE ATLETAS DO CROSSFIT DURANTE GESTOS

ESPORTIVOS

Effect of elastic bandage on electromyography during sporting gestures in Crossfit athletes

Ricardo José Tecchio Serrão1, Gabriel Paglioni Garcia1, Nise Ribeiro Marques2,Caio Leite Gior-getto3, Camilla Zamfolini Hallal1

1.Universidade Federal de Uberlândia – UFU. Uberlândia. MG. Brasil, 2. Universidade do Sagrado Coração – USC. Bauru. SP. Brasil, 3. Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Marília. SP. Brasil

Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).Palavras chaves: Eletromiografia. Tornozelo. Lesões.

Introdução: A bandagem elástica pode melhorar a mecânica de movimento por meio da estimu-lação cutânea de mecanorreceptores que estimulam as respostas do sistema nervoso central e aumentam a excitabilidade muscular¹. Estudos pregressos têm demonstrado aumento da atividade eletromiográfica com o uso da bandagem elástica 2,3. Contudo, ainda não está claro qual o papel desta intervenção terapêutica na prevenção de lesões desportivas como o entorse de tornozelo.

Objetivo: Analisar efeito da bandagem elástica na ativação dos músculos estabilizadores do tornozelo durante gestos esportivos em atletas de Crossfit.

Metodologia: O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa Local (número do processo: 073586/2015). Participaram do estudo 21 atletas de ambos os sexos, idade entre 18 e 35 anos e ausência de histórico de lesão nos membros inferiores nos três meses pregressos ao estudo. Primeiramente, foram realizados: anamnese, testes ortopédicos específicos (teste de gaveta e inclinação talar), contrações isométricas voluntárias máximas (CIVM) de cada músculo para normalização do sinal eletromiográfico (EMG)4 e familiarização dos seguintes gestos: marcha, salto vertical e mudança de direção. Para a coleta de dados, os voluntários realizavam os gestos esportivos com e sem bandagem elástica e para a captação do sinal de EMG foram considerados os sinais dos músculos: gastrocnêmio medial e tibial anterior. Os sinais EMG foram filtrados por um filtro passa-banda de 20-500 Hz, retificado pelo método de onda inteira, suavizado por um filtro passa baixa Butterworth de 4ª ordem com frequência de corte de 6 Hz para criação do envoltório linear. Para a análise estatística foram utilizados os testes ANOVA one-way medidas repetidas e post hoc de Bonferroni. O nível de significância foi ajustado em p < 0,05.

Resultados: Durante o gesto de mudança de direção ocorreu um aumento da ativação eletro-miografia de gastrocnêmio medial na condição com bandagem elástica (p = 0,001).

Discussão: O aumento da ativação do gastrocnêmio medial resulta em uma maior rigidez, com isso ocorre um aumento na estabilidade do tornozelo e reduz a chance de ocorrer um entorse5.

Conclusão: A bandagem elástica aumentou a atividade EMG do músculo gastrocnêmio medial. Com isso a bandagem elástica pode ser um recurso terapêutico preventivo de lesões em atletas.

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Entretanto, são necessários mais estudos, que investiguem o papel da bandagem elástica na cinemática do movimento para que se confirme tal papel preventivo.

Agradecimentos: CAPES e CROSSFIT Marília.

Referências Bibliográficas

1-Gómez-soriano J et al. The effects of Kinesio taping on muscle tone in healthy subjects: a dou-ble-blind, placebo controlled crossover trial. Manual Ther. 2014; 19(2): 131-36. 2-Hsu, Y et al. The effects of taping on scapular kinematics and muscle performance in baseball players with shoulder impingement syndrome. J Electromyogr Kines. 2009; 19 (6): 1092-99.3- Huang, C et al. Effect of the Kinesio tape to muscle activity and vertical jump performance in healthy inactive people. Biomed Eng Online. 2011; 10(1): 70.

4- Kendall FP, Mccreay EK, PROVANCE PG. Músculos: provas e funções, 4ª edição. São Paulo: Manole, 1995. 453 p.

5- Iida, Y et al. Activity modulations of trunk and lower limb muscles during impact-absorbing land-ing. J Electromyogr Kines. 2011; 21(4): 602-09.

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CONHECIMENTO SOBRE A DOENÇA E QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2

SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE

Knowledge about the disease and quality of life of patients with type 2 diabetes mellitus undergoing hemodialysis

Beatriz Cristina Murari Nogueira¹, Clara Suemi da Costa Rosa², Adhonas Viana1, Camila Afonso de Souza¹, Simone da Silva Kral1, Roberta Munhoz Manzano1; Camila Gimenes3 ¹Departamento de fisioterapia. Faculdades Integradas de Bauru. Bauru. SP. Brasil.² Instituto de Biociências. Universidade Estadual Paulista – UNESP. Rio Claro. SP. Brasil3Departamento de fisioterapia. Faculdades integradas de Bauru e Universidade do Sagrado Co-ração. Bauru. SP. Brasil. e-mail: [email protected]

Palavras-Chave: Diabetes Mellitus. Diálise Renal. Qualidade de Vida.

Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) pode causar nefropatia crônica, cujo tratamento é a he-modiálise (HD), possibilitando prolongar a vida dos pacientes, porém interferindo na qualidade de vida (QV) 1,2. O objetivo desse estudo foi analisar QV e conhecimento sobre a doença de diabéticos em HD.

Métodos: estudo transversal, aprovado pelo Comitê de ética em pesquisa (parecer número 1.511.476), com diabéticos tipo 2, adultos, ambos os sexos, submetidos à HD no Hospital Es-tadual de Bauru - SP. Foram coletadas informações sociodemográficas, dados antropométricos e co-morbidades, e aplicados questionários específicos para DM, validados e traduzidos: D-39 (Questionário de Avaliação de Diabetes) que contempla a auto percepção da QV e da gravidade do DM, e o DKN-A (Diabetes Knowledge Scale Questionnaire) que avalia aspectos de conhe-cimento geral do DM. Os dados foram apresentados de forma descritiva e para correlacionar o tempo de HD com os escores dos questionários foi realizada a Correlação de Spearman (p˂0,05), com o programa SPSS 20.0.

Resultados: Foram estudados 54 indivíduos (34 homens), idade 62±9 anos, predominância da etnia branca e baixa escolaridade, obesos e sedentários 46% diagnóstico de DM há mais de 10 anos, 69% em HD há mais de um ano, a hipertensão arterial estava presente em 98% dos pa-cientes. No D-39 o escore foi 166 (125–206) indicando comprometimento na QV com pior resul-tado no domínio energia e mobilidade, e no DKN-A a pontuação atingida foi de 7 (3-8), indicando baixo conhecimento, especialmente nos domínios fisiologia básica e gerenciamento da doença. Encontrou-se correlação negativa entre DKN-A e o tempo de HD (p=0,032, r= - 0,291).

Discussão: No presente estudo observou-se baixo conhecimento em relação ao DM, com a maioria dos escores menores que oito o que corrobora com outros estudos3,4,5, e indica resulta-do insatisfatório para a compreensão e adoção de práticas de autocuidado. Já o D-39 mostrou piores resultados no domínio “Energia e Mobilidade”, concordando com outro estudo6. A correla-ção negativa entre DKN-A e tempo de HD nos leva a refletir que conhecendo menos a doença, e cuidando-se menos, o indivíduo inicia o tratamento de HD mais precocemente7. Conhecendo melhor estes pacientes podemos intervir de forma mais eficaz em seu tratamento, com objetivo

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de diminuir a incidência das doenças crônicas advindas ao DM.

Conclusão: Os indivíduos estudados apresentaram comprometimento na QV e baixo conheci-mento quanto ao DM.

Referências:

1.GHANNADI S, AMOUZEGAR A, AMARI P, KARBALAEIFAR R, TAHMASEBINEJAD Z, ARDE-BILI SK. Evaluating the Effect of Knowledge, Attitude, and Practice on Self-Management in Type 2 Diabetic Patients on Dialysis. Journal of Diabetes Research. 2016;10(1):114-119.

2.CASTRO EK, GROSS CQ. Percepção sobre a doença renal crônica de pacientes em hemodiá-lise: Revisão Sistemática. Revista Salud & Sociedad. 2013;4(1):70-89.

3.RODRIGUES FFL, SANTOS MA, TEIXEIRA CRS, GONELA JT, ZANETTI ML. Relação entre conhecimento, atitude, escolaridade e tempo de doença em indivíduos com diabetes mellitus. Revista Acta Paul. Enferm. 2012;25(2):284-290.

4.SILVA DAR, LUTKMEIER R, MORAES M.A, SOUZA EN. Knowledge about diabetes in patien-tes hospitalized for heart disease: a descriptive research. Online Brazilian Journal of nursing, 2013. Disponivel em: < http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/3876> acesso em: 22 de Setembro 2013.

5.OLIVEIRA KCS, ZANETTI ML. Conhecimento e atitude de usuários com diabetes mellitus em um serviço de atenção básica à saúde. Revista Esc. Enferm. USP. 2011;45(4):862 – 868.

6.ZULIAN, L. R.; SANTOS, M. A.; VERAS, V. S.; RODRIGUES, F. F. L.; ARRELIAS, C. C. A.; ZA-NETTI, M. L. Qualidade de vida de pacientes com diabetes utilizando o instrumento Diabetes 39 (D-39). Revista Gaúcha de Enfermagem. 2013;34(3):138-46, 2013.

7. OLIVEIRA FC, SOARES AC, ALVES MDS. Autocuidado do nefropata diabético. Revista bra-sileira de enfermagem. 2010;63(6):946-49.

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EFEITOS DA DESSATURAÇÃO DE OXIGÊNIO NO EQUILÍBRIO DE PORTADORES DE OBSTRUÇÃO CRÔNICA

AO FLUXO AÉREOMarília Tadayeski Peyres1, Fabiana Sera Kim3, Andressa Mayra Lima1, Valdirene Tenorio da Costa Alegria2,3; Roberta Munhoz Manzano4; Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin1,3

1 – Curso de Fisioterapia – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” - Unesp – Campus Marília – São Paulo – Brasil.2 – Fisioterapeuta do Hospital das Clinicas e Santa Casa – Marília – São Paulo Brasil.3 – Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Humano e Novas tecnologias – Universida-de Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” - Unesp – Campus Rio Claro – São Paulo – Brasil.4 – Curso de Fisioterapia – Faculdades Integradas de Bauru – FIB – Bauru – São Paulo – Brasil.

PALAVRAS CHAVE: Saturação de Oxigênio, Equilíbrio Postural; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

RESUMOA doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é caracterizada por limitação ao fluxo aéreo, que pode levar a alterações musculoesqueléticas e por esta última alteração no equilíbrio. Pacientes com DPOC podem apresentar dessaturação ao exercício: este fator pode também levar dese-quilíbrio nestes pacientes?

Objetivo: Avaliar os efeitos da dessaturação de oxigênio no equilíbrio de pacientes com DPOC.

Método: Aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP-2014-968), 6 sujeitos (3 homens e 3 mulheres) com 64,83±7,73 anos e diagnóstico de DPOC, foram submetidos a anamnese, espi-rometria, Teste de Caminhada de 6 Minutos (TC6), Incremental Shuttle Walking Test e Teste de Escada (TEsc). Aqueles que dessaturaram foram submetidos ao Teste Ergométrico em esteira e Avaliação do Equilíbrio Estático em plataforma de força. A saturação de oxigênio antes e após os testes de esforço foi comparada utilizando o Teste t pareado e as medidas de equilíbrios antes e depois da dessaturação pelo Teste de Friedman para medidas repetidas (p<0,05).

Resultados: Função pulmonar compatível com obstrução ao fluxo aéreo - VEF1 75,16±32,91% e relação VEF1/CVF 64,67±6,42%) e dessaturação em todos os testes de campo exceto no Teste de Caminhada de 6 minutos. As variáveis obtidas na plataforma de força não apresentaram diferença.

Conclusão: Não houve alteração do equilíbrio em pacientes com dessaturação após teste de esforço.

Referências

1. Pauwels RA, Buist AS, Calverley PMA, Jenkins CR, Hurd SS. Global Strategy for the Di-agnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Pulmonary Disease. Am J Respir Crit Care Med. 2001 Apr;163(5):1256–76.

2. Rodrigues SL, Silva CAM e, Amorim CF, Lima4 T, Ribeiro FA, Viegas CA de A. Correlação entre hipoxemia moderada e função muscular esquelética periférica na doença pulmonar obstru-tiva crónica – Estudo-piloto. Rev Port Pneumol. Elsevier; 2008;14(6):769–85.

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AVALIAÇÃO DO EFEITO DA PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO SOBRE O ESTRESSE OXIDATIVO EM RATAS

PRENHES

Evaluation of physical exercise practice effect on oxidative stress in pregnant rats

Bruna Bologna Catinelli¹, Victória Silva de Paula¹, Angélica Mercia Pascon Barbosa¹, Patricia de Souza Rossignoli¹.

1Faculdade de Filosofia e Ciências. UNESP. Marília. SP. Brasil.

Palavras-chave: exercício; prenhez; radicais livres.

Introdução: A prática de exercício físico é recomendada durante a gestação1, e tem potencial para aumentar a defesa antioxidante2. Nesse sentido, o objetivo foi avaliar o efeito da prática de exercício físico sobre o estresse oxidativo na gestação.

Metodologia: ratas Wistar prenhes do Grupo Exercício (GE; n=6) foram submetidas ao exercício em ambiente aquático, de intensidade moderada, iniciando no sétimo dia de prenhez, enquanto as ratas prenhes do Grupo Sedentário (GS; n=6) tiveram apenas contato com a água3. Amostras de sangue foram obtidas para a quantificação de radicais livres e antioxidantes pelas técnicas “Thio-barbituric Acid Reactive Substances” (TBARS)4 e “Ferric reducing – antioxidant power” (FRAP)5, respectivamente. Aplicou-se o teste t de Student (significância p<0,05). Aprovação Comitê de Ética n°1183/16.

Resultados: A geração de radicais livres foi de 65,68±20,13 µM (n=6) para o GS e 159,0±26,53 µM (n=4) para o GE (p<0,05). Já a geração de antioxidantes foi de 1028±59,34 µM (n=4) para o GS e 1003±61,95 µM (n=5) para o GE

Discussão: O protocolo executado aumentou a geração de radicais livres, sem aumento para-lelo das defesas antioxidantes. No entanto, a literatura descreve impacto positivo deste tipo de exercício sobre outras variáveis bioquímicas, em ratas prenhes diabéticas3.

Conclusão: O protocolo de exercício físico em ambiente aquático, de intensidade moderada, a partir do sétimo dia de prenhez, não foi capaz de aumentar a defesa antioxidante em ratas prenhes.

Referências:

¹ KATZ, Jane. Exercícios aquáticos na gravidez. Editora Manole Ltda,1999.

² SCNEIDER CD, OLIVEIRA AR. Radicais livres de oxigênio e exercício: mecanismos de formação e adaptação ao treinamento físico. Rev. Bras. Med. Esporte 10: 308-313, 2004.

³ VOLPATO, Gustavo Tadeu et al. Avaliação do efeito do exercício físico no metabolismo de ratas diabéticas prenhes. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 12, n. 5, p. 229-233, 2006.4 YAGI, K. Simple assay for the level of total lipid peroxides in serum or plasma. Methods

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Mol Biol. 1998; 108:101-6. 5 BENZIE I F F; STRAIN J J. The Ferric Reducing Ability of Plasma (FRAP) as a measure of ‘‘Antioxidant Power’’: The FRAP Assay. Analytical Biochemistry 239: 70–76, 1996.

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AVALIAÇÃO DA ACESSIBILIDADE NO CENTRO DE ESTUDOS DA EDUCAÇÃO E DA SAÚDE – CEES: UNESP –

CAMPUS DE MARÍLIA

Accessibility Evaluation of the Research Centre for Education and Health – CEES: UNESP – Campus de Marília.

GABRIELA PERARDT; EDUARDO JOSÉ MANZINI.

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP. Marília – SP, Brasil.

Apoio: Secretária Estadual de Saúde – CNPQ.

Palavras chaves: Acessibilidade, estabelecimento de saúde, educação especial.

RESUMO

Introdução: A acessibilidade está profundamente relacionada ao fornecimento de condições às pessoas com deficiência ou que apresentem mobilidade reduzida para a utilização com segurança e autonomia, sendo ela total ou assistida, dos espaços públicos ou coletivos. Para garantir que os ambientes enquadrem-se nos padrões de acessibilidade, os projetos devem seguir normas específicas de acordo com o estabelecimento. Sob essa ótica, este estudo propôs investigar o tema acessibilidade e as normas existentes para um estabelecimento de saúde.

Metodologia: As rotas de acesso foram identificadas in loco, visitando os espaços físicos do Centro de Estudos da Educação e da Saúde – CEES. Acredita-se que por intermédio das rotas torne-se menos complexo designar os caminhos percorridos pelos usuários. Dessa forma foram definidas 20 rotas a serem avaliadas, elencando os espaços que encontram-se presentes na maior parte dos estabelecimentos.

Resultados: Foram avaliadas as áreas de acesso: embarque e desembarque de ambulâncias e as áreas de circulação horizontais: corredores, rampas e portas. Observou-se que vários dos espaços encontram-se inadequados não estando em consonância com o que preconiza a Agên-cia Nacional de Vigilância Sanitária e a Associação Brasileira de Normas e Técnicas as quais embasaram as avaliações.

Discussão: O prédio do CEES é uma construção recente que possuí embasamento técnico for-necido pelas leis tanto para a avaliação de acessibilidade em edificações em geral, como para a avaliação de projetos físicos em estabelecimentos de saúde. Conclusão: Conclui-se dessa forma que a existência de conhecimento técnico promovida pelas leis que embasam essa pesquisa não foram suficientes para que a construção do novo prédio eliminasse as limitações arquitetônicas. Essas limitações promovem barreiras aos seus usuários dificultando o acesso de uma comunidade usuária que em sua maioria necessita de condições facilitadoras e não dificultadoras como as que lhe foram impostas. Ressalta-se que a literatura em sua maioria avalia ambientes educacionais, necessitando assim de novas pesquisas que avaliem a acessibilidade em estabelecimentos de saúde visto sua importância e a restrição da literatura nesse aspecto.

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Referências:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC 50: Regulamento técnico para Planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. BRASIL: ANVISA, 2002.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.

AUDI EMM, MANZINI EJ.Protocolo para avaliação de acessibilidade em escolas do Ensino Fun-damental: um guia para gestores e educadores. Marília: ABPEE, 2006.

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DETECCÇÃO E INTERVENÇÃO PRECOCE: IDADE QUE PREMATUROS SÃO ENCAMINHADOS PARA TRATAMENTO

EM UM SERVIÇO DE FISIOTERAPIA

Detection and early intervention: Age that are premature submit-ted for treatment in a physical therapy service

Andressa Sampaio Pereira¹, Katiane Mayara Guerrero¹, Silas de Oliveira Damasceno¹, Larissa Borba André¹, Mileide C. Stoco de Oliveira¹, Augusto Cesinando de Carvalho¹, Tânia Cristina Bofi¹

¹Faculdade de Ciências e Tecnologias. Universidade Estadual Paulista – FCT/UNESP. Presidente Prudente. SP. Brasil

Palavras-chave: prematuridade, fisioterapia, intervenção precoce

Introdução: Com os avanços da medicina em termos de cuidados intensivos nas unidades neo-natais, a sobrevivência de recém-nascidos pré-termo tem se elevado, porém, tem aumentado a probabilidade desses bebês apresentarem problemas no seu desenvolvimento neuromotor se comparados aos nascidos a termo. Além disso, prematuros são mais propensos a apresentarem deficiências cognitivas e motoras desenvolvendo problemas no desempenho escolar quando atinge essa idade¹. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi avaliar a idade em que bebês pré-termo são encaminhados para o atendimento e acompanhamento em uma clínica de fisioterapia.

Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo longitudinal aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (n°644.408) de acordo com os Critérios da Ética em Pesquisa com Se-res Humanos conforme Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. A pesquisa foi realizada no município de Presidente Prudente - SP no Centro de Estudos e Atendimento em Fisioterapia e Reabilitação – CEAFIR. A amostra foi composta por bebês prematuros que deram entrada no setor de neurologia, entre os anos de 2013 a 2016. Para realizar a coleta de dados, foram averiguados prontuários quanto à data de nascimento e o dia do cadastro de cada criança com diagnóstico de prematuridade.

Resultado: A amostra foi composta por 26 crianças de 0 a 18 meses, com média de idade de 6,53±3,67 meses. A idade em mês que os bebês foram encaminhados para atendimento foi 3 meses (23,07%), seguidos dos 5 meses (19,23%), 6 meses (15,38%), 10 meses (11,53%) e 9 meses (7,69%), respectivamente. As idades de 7, 8, 14 e 18 meses, apresentaram percentil de 3,84% cada.

Discussão: O atendimento precoce aos recém-nascidos reflete na minimização de fatores que interferem no desenvolvimento motor dessas crianças². Esses bebês apresentam várias modifica-ções em seu corpo, devido ao fato das funções e sistemas não estarem completamente formados, incluindo o Sistema Nervoso Central que vai ter seu processo maturacional, principalmente nos dois primeiros anos de vida. Neste sentido, a identificação precoce dessas condições e o enca-minhamento desses bebês para serviços especializados possibilitam um trabalho preventivo e minimizam as chances de risco biopsicossocial³.

Conclusão: Sendo assim, pode-se concluir que as crianças foram encaminhadas com 3 meses ou mais para avaliação e tratamento fisioterapêutico, podendo assim, inferir que o encaminhamento

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desses bebês o quanto antes é de extrema importância para o desenvolvimento neuropsicomotor dos mesmos ao longo da vida.

Referências

Lima, MCP et al. Avaliação do desenvolvimento neuromotor de crianças nascidas a termo e pré-termo nos primeiros seis meses de vida -. Fisioterapia Brasil – Vol. 14 – Num. 3 - maio/junho de 2013

Fernandes, PRS; Serrano AMSPH, Barba PD. Diálogos sobre a intervenção precoce. Journal of Research in Special Educational Needs, Vol.16; Num. S1; 2016. 373–377

Brasil. Ministério da Ação Social/ Coordenadoria Nacional para integração da Pessoa Portadora de deficiência (1992). Política Nacional de prevenção das deficiências. Brasília: MAS/COR.

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FUNÇÃO SENSÓRIO-MOTORA E COORDENAÇÃO NA HEMIPARESIA

Sensory-motor function and coordination in hemiparesis

Angélica Bologna Raposo1, Thayná Maiolini Araujo1, Paloma Pellosi1, Luana Martins de Paula1,

Juliana Gonçalves Finoti1, Débora Vasconcelos Verissimo1, Mariana Oliveira Santos1, Renata Apa-recida de Oliveira Lima1, Deborah Cristina Gonçalves Luiz Fernani1,2, Maria Tereza Artero Prado1,2.

1-Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente, SP-Brasil.2-Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP-Brasil.

Palavras-chave: acidente vascular cerebral, paresia, destreza motora.

INTRODUÇÃO: Após o Acidente Vascular Encefálico (AVE) o indivíduo apresenta perdas nos do-mínios físicos, cognitivos e/ou comportamental1. Deste modo, o objetivo desse estudo foi verificar a função sensório-motora e coordenação de indivíduos com hemiparesia.

MÉTODOS: Estudo transversal (n° de CAAE 51844115.5.0000.5515), no qual foram avaliados 37 indivíduos com hemiparesia por AVE, pela Escala de Fugl Meyer (EFM)2 e Lower Extremity Motor Coordination Test (LEMOCOT)3. Os resultados foram expressos em média e desvio padrão.

RESULTADOS: Foi verificado baixa pontuação na EFM (percentual de recuperação de 76,37±17,61%) e déficit da coordenação de ambos os lados do corpo pelo LEMOCOT (média de acertos do lado não parético: 25,46±10,97, com média do valor predito de 33,56±5,16; média de acertos do lado parético: 12,11±9,57, com valor predito de 31,72±4,67).

DISCUSSÃO: Nesse estudo, foi verificado baixa pontuação na EFM e déficit em todos os domí-nios da escala. Estes achados, corroboram com o estudo de Teles et al.4, que utilizaram o mesmo instrumento, e também verificaram déficit da função sensório-motora. Além disso, neste estudo foi observado o déficit da coordenação de membros inferiores de ambos os lados do corpo, cer-tificando que o AVE, pode prejudicar globalmente o indivíduo, com comprometimento da marcha e na realização das atividades de vida diária.

CONCLUSÃO: Os indivíduos com hemiparesia avaliados, apresentaram déficit da função sensó-rio-motora e da coordenação de membros inferiores, de ambos os lados do corpo.

REFERÊNCIAS

1. Terranova TT, Alvieri FO, Almeida MD, Ayres VM, Cruz SF, Milazzotto MV et al. Chronic cerebral vascular accident: rehabilitation. Acta Fisiatr. 2012;19(2):50-9.

2. Maki T, Quagliato EMAB, Cacho EWA, Paz LPS, Nascimento NH, Inoue MMEA, Viana MA. Estudo de confiabilidade da aplicação da Escala de Fugl-Meyer no Brasil. Rev Bras Fisioter. 2006;10(2):177-83.

3. Pinheiro MB, Scianni AA, Ada L, Faria CD, Teixeira-Salmela LF. Reference Values and Psy-chometric Properties of the Lower Extremity Motor Coordination Test. Arch Phys Med Rehabil. 2014;95:1490-7.

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4. Teles MS, Gusmão C. Avaliação funcional de pacientes com Acidente Vascular Cerebral utili-zando o protocolo de Fugl-Meyer. Rev. Neurocienc. 2012;20(1):42-9.

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EFEITO DO MÉTODO PILATES NA FORÇA DOS MÚSCULOS PARAVERTEBRAIS EM IDOSAS.

Effect of the Pilates method on strength paraspinal muscle in el-derly women.

Beatriz Mendes Tozim1, Guilherme Thomaz de Aquino Nava1; Ana Eliza Zuliani Stroppa-Marques2, Marcelo Tavella Navega2.

1 Instituto de Biociências / Universidade Estadual Paulista (UNESP / Rio Claro);2 Faculdade de Filosofia e Ciências / Universidade Estadual Paulista (UNESP / Marília)

PALAVRAS CHAVES: idoso, força muscular, fisioterapia.

INTRODUÇÃO: O envelhecimento está aumentando1 e uma das características do envelhecimento é a diminuição da força muscular, que ocorre pelo déficit de recrutamento e disparo das unidades motoras, diminuição da massa muscular e modificação da porcentagem dos tecidos contráteis2. A atividade física pode minimizar os prejuízos relacionados ao envelhecimento, sendo que o método Pilates (MP) é uma alternativa3. Com isto, o objetivo do presente estudo é verificar o efeito do MP na força dos músculos paravertebrais em idosas.

MÉTODOS: O presente estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa (no 054.272) e todas as participantes assinaram o termo de consentimento livre esclarecido. Participaram da pesqui-sa 28 idosas, divididas aleatoriamente, em dois grupos, Grupo Controle (GC, n=14) e o Grupo Pilates (GP, n=14). O GP realizou 16 sessões com duração de uma hora, durante oito semanas. O GC participou de quatro palestras sendo estas a cada 15 dias, abordando os temas sobre o envelhecimento. A avaliação foi composta por uma ficha com dados pessoais e avaliação da for-ça dos músculos da região lombar por meio do dinamômetro lombar4. Para a análise dos dados foi utilizado para teste de normalidade de Shapiro-wilk e Análise de Variância (ANOVA) medidas repetidas com pos hoc Bonferoni, (p<0,05).

RESULTADOS: Os grupos são homogêneos quanto a idade (GP=66,71±3,56; GC= 68± 4,66; p=0,42, F=0,67) e Índice de massa corpórea (GP=30,12±16,33; GC=29,08±5,25; p=0,69, F=0,17). Os resultados de força muscular mostraram diferença significativa na interação avaliação (p=0,011, F=7,421) e interação avaliaçãoXgrupo (p=0,039, F=4,701), isto mostra que o GP apresentou diferença significativa (p= 0,002) ao comparar a avaliação (44,28±13,47 Kg.F) e reavaliação (50,57±11,14 Kg.F), não ocorreu o mesmo no grupo GC ao comparar a avaliação (44,78±14,11 Kg.F) e a reavaliação (45,50±12,28 Kg.F).

DISCUSSÃO: O resultado nos mostra que o MP foi eficaz na melhora da força dos músculos paravertebrais em idosas. Acredita-se que isto ocorra devido ao MP propor o desenvolvimento de força dos músculos do abdômen, pelve e quadril5, a partir do bom funcionamento do centro de força que é definido como o núcleo do corpo que é formado pelos músculos abdominais anterio-res e posteriores, flexores e extensores de quadril e assoalho pélvico evitando deformações da coluna vertebral e gerando uma base estável para os movimentos6.

CONCLUSÃO: Podemos concluir que o MP é eficaz na melhora da força dos músculos do tronco em idosas.

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REFERENCIAS

1 Kernkamp CL, Costa CKF, Massuda EM, Silva ES, Yamaguchi MU, Bernuci MP. Perfil de morbi-dade e gastos hospitalares com idosos no Paraná, Brasil, entre 2008 e 2012. Cad. Saúde Pública 2016; 32(7): 1-14.

2 Davini R, Nunes C V. Alterações no sistema neuromuscular decorrentes do envelhecimento e o papel do exercício físico na manutenção da força muscular em indivíduos idosos. Rev bras fisiot 2003; 7 (3): 201-207.

3 Johnson E G, Larsen A, Ozawa H, Wilson C A, Kennedy K L. The effects of Pilates-based exer-cise on dynamic balance in healthy adults. J Bodyw Mov Ther 2007;11:238–42.

4 Cavazzotto TG, Tratis L, Ferreira AS, Fernandes RA, Queiroga MR. Desempenho em testes de força estática: comparação entre trabalhadores hipertensos e normotensos. Rev Assoc Medica Bras 2012; 58 (5): 574-579.

5 Yu JL, Lee GC. Effect of core stability training using pilates on lower extremity muscle strength and postural stability in healthy subjects. Isok Exerc Scien 2012; 20: 141–146.

6 Willson JD, Dougherty CP, Ireland ML Davis IM. Core Stability and Its Relationship to Lower Extremity Function and Injury. J Amer Acad Orth Surg 2005; 13 (5): 316-325.

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TEMPO DE VENTILAÇÃO NÃO-INVASIVA EM PACIENTES COM EDEMA AGUDO PULMONAR

Angélica Bologna Raposo1, Claudio Spínola Najas2,4, Flavio Danilo Mungo Pissulin2,5, Natália de Souza Pontes3; Fabio José da Costa6, Jéssica Mello Galhardo7, Rafael Barreira Fernandes7

1. Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente, SP-Brasil.2. Docente da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), Hospital Regional de Presidente Prudente-SP3. Mestranda em Fisioterapia na Universidade Estadual Paulista (FCT-UNESP)4. Doutorando em Fisiopatologia da Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Botucatu (FM-B-UNESP)5. Doutorando em Bases Gerais da Cirurgia da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB-UNESP)6. Mestrando em Ciencia Animal (UNOESTE)7. Fisioterapeuta Hospital Regional de Presidente Prudente-SP

Palavras-Chave: Edema agudo pulmonar, ventilação não- invasiva.

RESUMOINTRODUÇÃO: O Edema Agudo Pulmonar causa uma instabilidade hemodinâmica grave, onde seus principais sintomas são: dispnéia, taquipnéia e expectoração sanguinolenta e espumosa. Nesses pacientes estão sendo utilizados a ventilação não-invasiva com pressão positiva contínua nas vias aéreas superiores para ajuda na recuperação mais rapidamente. Surgiu essa proposta de trabalho para mensurar o tempo da estabilização hemodinâmica após o uso de ventilação não-invasiva em pacientes com Edema Agudo de Pulmão. Dessa forma, o objetivo desde estudo foi mensurar o tempo médio que ocorre a estabilização hemodinâmica com o uso da ventilação não-invasiva.

MÉTODO: Este estudo trata-se de uma pesquisa quantitativa onde foram avaliados 30 sujeitos que estavam internados no Hospital Regional de Presidente Prudente e diagnosticados com edema agudo pulmonar, independentemente do sexo, etnia e classe social. Foi utilizado uma ficha de avaliação contendo sinais vitais e realizado a técnica com ventilação não- invasiva no Reanimador de Muller® - ENGESP. A análise estatística foi feita através da correlação por Spearman, pois os dados não foram paramétricos.

RESULTADOS: Foi observado que o tempo de estabilidade hemodinâmica com o uso de venti-lação não-invasiva é de 27,17 minutos.

CONCLUSÃO: Obteve diminuição de intubação orotraqueal e consequentemente melhora do quadro hemodinâmico.

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AVALIAÇÃO DO EFEITO DA PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO SOBRE A BIODISPONIBILIDADE DE ÓXIDO

NÍTRICO EM RATAS PRENHES

Evaluation of physical exercise practice effect on nitric oxide bio-availability in pregnant rats

Victória Silva de Paula¹, Bruna Bologna Catinelli1, Angelica Mercia Pascon Barbosa¹, Patrícia de Souza Rossignoli1

1Faculdade de Filosofia e Ciências. UNESP. Marília. SP. Brasil

Palavras chave: Exercício, prenhez; oxido nítrico.

Introdução: Na gestação ocorre redução da resistência vascular, resultando em vasodilatação1. Exercícios aeróbicos são benéficos2 e têm potencial para aprimorar a vasodilatação3. Nesse sen-tido, o objetivo foi avaliar o efeito da prática de exercício físico sobre a geração de óxido nítrico, um potente vasodilatador.

Metodologia: ratas Wistar prenhes do Grupo Exercício (GE; n=6) foram submetidas ao exercício em ambiente aquático, de intensidade moderada, a partir do sétimo dia de prenhez, enquanto as ratas prenhes do Grupo Sedentário (GS; n=6) tiveram apenas contato com água4. Amostras de sangue foram obtidas para a quantificação de óxido nítrico pela reação de Griess5. Aplicou-se o teste t de Student (significância p<0,05). Aprovação Comitê de Ética n°1183/16.

Resultados: A quantificação de nitrito no GS foi de 32,32±5,913 µM (n=6) e no GE foi de 38,66±11,27 µM (n=5).

Discussão: O protocolo de exercício físico executado não foi capaz de aumentar a biodispo-nibilidade de óxido nítrico em ratas prenhes, não tendo impacto positivo sobre este aspecto da vasodilatação. No entanto, a literatura descreve impacto positivo deste tipo de exercício sobre outras variáveis bioquímicas, em ratas prenhes diabéticas4. Conclusão: O protocolo de exercício físico em ambiente aquático, de intensidade moderada, a partir do sétimo dia de prenhez, não foi capaz de aumentar a biodisponibilidade de óxido nítrico em ratas prenhes.

Referências:

¹ VAN DRONGELEN J, HOOIJMANS CR, LOTGERING FK, SMITS P, SPAANDERMAN ME. Adaptive changes of mesenteric arteries in pregnancy: a meta-analysis. Am J Physiol Heart Circ Physiol 303: H639–H657, 2012.

² KATZ, Jane. Exercícios aquáticos na gravidez. Editora Manole Ltda, 1999.

³ HILLSLEY, M.V.; TARBELL, J.M. Oscillatory shear alters endothelial hydraulic conductivity and nitric oxide levels. Biochem. Biophys. Res. Commun. v.293, p.1466-71, 2002.

4 VOLPATO, Gustavo Tadeu et al. Avaliação do efeito do exercício físico no metabolismo de ratas diabéticas prenhes. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 12, n. 5, p. 229-233, 2006.

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5 TITHERADGE, M.A. The enzymatic measurement of nitrate and nitrite. In: Nitric Oxide Proto-cols (Methods in Molecular Biology), Edited by: Michael A. Titheradge. Humana Press Inc., Totowa, NL. Vol. 100, 83-91, 1998.

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ATIVIDADE FÍSICA E MODULAÇÃO AUTONÔMICA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM MULHERES PÓS-

MENOPAUSA COM DIABETES TIPO 2

Physical activity and autonomical modulation of cardiac fre-quency in post-menopause women with type 2 diabetes 2

Eduardo Federighi Baisi Chagas¹,², Pedro Henrique Rodrigues2, Cristiano Sales da Silva2, Robison José Quitério2,3

Universidade de Marília. Departamento de Educação Física. UNIMAR, Marília/SP.PPG Desenvolvimento Humano e Tecnologias. Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro/SP.3 - Laboratório de Biocomunicação, Exercício Físico e Modulação Autonômica da Frequência Cardíaca. Faculdade de Filosofia e Ciências, UNESP, Marília/SP.

Palavras chave: envelhecimento, exercício, sistema nervoso

Introdução: O exercício físico modula o controle autonômico cardíaco diminuindo a influência simpática e provocando maior modulação vagal, afetando positivamente o prognóstico de uma variedade de morbidades1. O sedentarismo vai além da ausência d exercício físico, mas se in-tensifica com a interrupção da vida laboral e o desinteresse para atividades de lazer, que, por sua vez, refletem numa maior dependência para a realização das atividades da vida cotidiana2,3. Desta forma, o objetivo do estudo foi analisar a correlação entre a o padrão de atividade física habitual e a modulação autonômica da frequência cardíaca em mulheres pós-menopausa com Diabetes Tipo 2 (DM2).

Metodologia: aprovada pelo Comitê (protocolo n° 992.073/2015). A amostra de 44 mulheres com idade entre 51 a 82 anos, com diagnóstico de Diabetes Tipo 2 e sem menstruar a 12 meses. A atividade física habitual (AFH),foi estimada pelo questionário de Baecke4,5, que avalia atividades físicas ocupacionais (AFO), no exercício físico e laser (EFL), nas atividades físicas de lazer e locomoção (ALL) e na atividade física local (AFT). A modulação autonômica foi avaliada através da análise da variabilidade da frequência (VFC) em 20 minutos de repouso na posição supina6. Foi aplicado o teste de Spearman para a análise da correlação.Resultados: Foi verificado correlação significativa da AFO com MeanRR (r=0,335; p= 0,026), MeanHR (r=-0,329; p=0,029) e com SD1 (ms) (r=0,298; p=0,049), indicando que o aumento do escore de atividades ocupacionais se relacionado a redução da frequência cardíaca de repouso (MeanHR) e aumento dos intervalos R-R (MeanRR) e dos valores de SD1 (ms) relacionado a modulação vagal. O escore de AFT apresentou correlação significativa com LF (nu) (r=-0,295; p=0,050), com HF (nu) (r=0,299; p=0,048) e com a razão LF/HF, indicando que o aumento dos escores totais de atividade física se relaciona com o aumento da modulação vagal (HF) e redução da atividade simpática (LF) e do balanço simpato-vagal (LF/HF).

Discussão: Sandercock et al7 observou correlação positiva entre o AFH e o aumento dos interva-los RR (MeanRR). Soares-Miranda et al8, observou que uma maior AFH se relacionava à índices mais favoráveis da função autonômica. Os valores elevados de densidade de potência espectral de alta frequência (HF) representam fator de proteção em idosos9,10.

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CONCLUSÃO: Embora o escore de EFL não tenha apresentado correlação com a melhoria da modulação autonômica, o aumento dos escores de AFO e AFT indicam uma melhoria na modu-lação autonômica da frequência cardíaca de mulheres pós-menopausa com Diabetes tipo 2.

REFERÊNCIAS

ROUTLEDGE, F.S.; et al. Improvements in heart rate variability with exercise therapy. Can J Car-diol, v.26, n.6, 2010

BENEDETTI, B., BINOTTO, A., PETROSK, L., GONÇALVES, T. Atividade Física e Prevalência de Quedas em Idosos Residentes no Sul do Brasil. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. v.1; n.2; p.:455-485, 2008

PADOIN, P.G,; GONÇALVES, M.P.; TALITHA COMARU, T.; ANTÔNIO MARCOS VARGAS DA SILVA, A.M.V. Análise comparativa entre idosos praticantes de exercício físico e sedentários quanto ao risco de quedas. O Mundo da Saúde , São Paulo. v.43; n. 2; p: 158-164, 2010.

BAECKE, J.A.H.; BUREMA, J.; FRIJTERS, J.E.R. A short questionare for the measurement of habitual physical activity in epidemiological studies. The Americam Journal of Clinical Nutrition. v.36; p.: 936-942, 1982.

FLORINDO, A.A.; LATORRE, M.R.D.O. Validação e reprodutibilidade do questionário de Baecke de avaliação da atividade física habitual em homens adultos. Rev Bras Med Esporte. v.9; n.3; p.: 121-128, 2003.

TASK FORCE of the European Society of Cardiology and the North American Society of Pacing and Electrophysiology. Heart rate variability: standards of measurements, physiological interpre-tation and clinical use. Circulation, v. 93, p. 1043-1065, 1996.

SANDERCOCK GR, HARDY-SHEPHERD D, NUNAN D, BRODIE D. The relationshipsbetween self-assessed habitual physical activity and non-invasive measures of cardiac autonomic modu-lation in young healthy volunteers.J Sports Sci. 2008;26:1171–1177.

SOARES-MIRANDA L, STEIN PK, IMAMURA F, SATTELMAIR J, LEMAITRE RN, SISCOVICK DS, MOTA J, MOZAFFARIAN D. Trans-fatty acid consumption and heart rate variability in 2 separate cohorts of older and younger adults.Circ Arrhythm Electrophysiol. 2012;5:728–738.

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MEERSMAN, R.E.; STEIN, P.K. Vagal modulation and aging. Biological Psychology, v.74, p.165–173, 2007.

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CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS ANTES E DEPOIS DO TREINAMENTO EM ESTEIRA ERGOMÉTRICA

Functional capacity of institutionalized elderly before and after training on a treadmill

Natalia Moya Rodrigues Pereira¹; Marcel Jean Pierre Massè Araya¹; Marcos Eduardo Scheicher¹,2

¹Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Humano e Tecnologias, Instituto de Biociências – UNESP - Rio Claro-SP, Brasil2 Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Faculdade de Filosofia e Ciências/UNESP, Marília-SP, Brasil

Palavras chave: institucionalização, esteira ergométrica e equilíbrio postural

Introdução: A institucionalização aumenta os riscos de quedas, pois esses idosos têm menos oportunidades de participar de forma independente nas tarefas de vida diária, com efeitos deleté-rios nas perdas fisiológicas do envelhecimento, comprometendo a marcha e o equilíbrio (1,2). O treino de marcha em esteira ergométrica vem aumentando em populações com certas patologias com melhora na velocidade e na cadência do passo, promovendo benefícios no equilíbrio postural e biomecânica da marcha (3). Objetivo: Avaliar os efeitos de um programa de caminhada em esteira ergométrica no equilíbrio e na mobilidade de idosos institucionalizados.

Metodologia: Participaram 5 idosos institucionalizados da cidade de Marília-SP, ambos os sexos, com 60 anos ou mais, sem déficit cognitivo, comprometimento físico e/ou funcionais que limitas-sem a marcha na esteira. O projeto foi no Comitê de Ética na Pesquisa da UNESP - Campus de Marília-SP (Processo 1.779.430). A capacidade funcional foi avaliada pelo Teste da Caminhada de 6 minutos (TC6min). O treino de caminhada em esteira foi realizado duas vezes por semana, por cinco semanas, iniciando com um aquecimento, seguido de vinte minutos de treino na esteira e finalizado com alongamentos e relaxamento. As avaliações foram feitas antes e após o período de treinamento. Durante as sessões foram controlado os sinais vitais.

Resultados: Entre os cinco avaliados, os valores médios da Velocidade (VM) pelo TC6min antes: 0,91+0,25 m/s e depois:1,07+0,25 m/s (p=0,01) e a distância em metros antes: 330,86+91,08 m/s e depois: 385,34+93.16 m/s (p = 0,01).

Discussão: Os resultados mostraram que ocorreu uma melhora nos valores do TC6min, tanto na distância percorrida, como na velocidade média de marcha. Essa melhora pode ter ocorrido por causa de adaptações dos parâmetros cardiovasculares e/ou musculoesqueléticos, melhorando a qualidade motora da marcha. A velocidade de marcha é um preditor de declínio funcional, inca-pacidade, mortalidade, institucionalização e hospitalização na população idosa (3,4). O aumento nesse parâmetro se reflete na diminuição na ocorrência de morbidades, traduzindo em melhora na qualidade de vida do idoso. A repetição das atividades feita pela esteira, em uma velocidade con-fortável, mas contínua, pode ter contribuído para a melhora nos parâmetros avaliados, reforçando o potencial terapêutico do treino em esteira na melhora da marcha em idosos institucionalizados.

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Conclusão: O treino em esteira mostrou melhora no equilíbrio e na mobilidade de idosos insti-tucionalizados.

Agradecimentos: À empresa Movement® – Equipamentos Fitness, pela doação da esteira e ao Asilo São Vicente de Paulo por permitir a realização da pesquisa.

Referências

ABREU, R. S.; NAVES, E. L. MA. Análise cinemática da marcha em esteira por meio de ci-clogramas em jovens e idosos de ambos os gêneros. [s.l: s.n.].

OLIVEIRA, K. G. F. DE; et al. Prevalência De Fatores De Risco De Queda Em Idosos Institucio-nalizados Do Município De Cachoeira. Revista Brasileira de Saúde Funcional, p. 44–51, 2014.

RAQUEL, A.; LINDQUIST, R. Treino em esteira com suporte parcial de peso associado à estimu-lação elétrica funcional melhora a marcha de hemiparéticos crônicos. n. Estudo 1, 2005.

MACIEL, M. Atividade física e funcionalidade do idoso. Motriz, v. 16, n. 4, p. 1024–1032, 2010

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CARACTERIZAÇÃO DA DESTREZA DE MEMBROS SUPERIORES DE HEMIPARÉTICOS SUBMETIDOS A

FISIOTERAPIA EM GRUPO

Dexterity characterization of the upper extremity hemiparesis in physical therapy group

Isabella Cristina Leoci1, Mileide Cristina Stoco de Oliveira 2, Andressa Sampaio Pereira1, Lucia Martins Barbatto3, Tania Cristina Bofi3, Augusto Cesinando de Carvalho3.

Graduação em Fisioterapia1, Residente de Fisioterapia em Reabilitação Física na Área da Neu-rologia2, Docente3, Departamento de Fisioterapia da Faculdade de Ciências e Tecnologia, Univer-sidade Estadual Paulista (UNESP), Presidente Prudente, SP.

INTRODUÇÃO: O acidente vascular cerebral (AVC) é a terceira causa de morte mundial, e a pri-meira no Brasil(1) sendo responsável por grande número de pacientes com sequelas neurológicas e considerado uma das doenças mais incapacitantes. Dentre os distúrbios gerados, a hemiparesia é um dos comprometimentos mais evidentes e se refere ao enfraquecimento muscular, deficiência motora e espasticidade no hemicorpo contralateral à lesão cerebral(2). A deficiência do membro superior de pacientes hemiparéticos requer muita atenção e cuidado dentro do processo de reabi-litação, visto que é um componente significativo para independência funcional. O objetivo principal desta pesquisa foi caracterizar a destreza motora funcional de membros superiores de hemiplé-gicos crônicos submetidos fisioterapia em grupo no formato de circuito de treinamento (FGCT).

METODOLOGIA: Este estudo clínico observacional foi realizado com hemiparéticos crônicos em tratamento com sessões de FGCT no Centro de Atendimento de Fisioterapia e Reabilita-ção da UNESP, campus de Presidente Prudente. Todos os voluntários assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido aprovado pelo Comitê de Ética da FCT (Número CAAE: 55629516.7.0000.5402). A caracterização foi realizada a partir avaliação utilizando: a- escala de Ashworth Modificada (AEM) (3), , b- o teste de caixa de blocos (TCB)(4), e nine hole peg test (NHPT) (5).

RESULTADOS: Participaram do estudo 18 hemiparéticos, com idade média de 59 ± 12 anos, sendo 9 do gênero masculino e 9 do gênero feminino. A escala de AEM demonstrou que 8 pa-cientes apresentam grau 1, com grau 1+ foram 3 pacientes, 1 paciente com grau 2 ao passo que com 3 foram 5 e com grau 4 foi apenas 1. O TCB demonstrou que os pacientes foram capazes de transportar 23 ± 16,80 blocos do lado hemiparético e 44 ± 8,85 do lado sadio. O tempo médio do NHPT foi de 19 ± 19,19 segundos para o lado parético e 25 ± 5,13 segundos para o lado sadio.

DISCUSSÃO: Esta pesquisa apresentou a partir de instrumentos clínicos de medida a diferença entre os hemicorpos. A avaliação precisa do membro superior permite determinar estratégias te-rapêuticas apropriadas e, sobretudo, discutir expectativas quanto à recuperação funcional junto ao paciente.

CONCLUSÃO: A destreza do membro superior parético de hemiparéticos crônicos submetidos a fisioterapia em formato de circuito de treinamento é menor do lado não parético.

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REFERÊNCIAS:

1. Polese JC, Tonial A, Jung FK, Mazuco R, Oliveira SGd, Schuster RC. Avaliação da funcio-nalidade de indivíduos acometidos por Acidente Vascular Encefálico. Rev Neurocienc. 2008;16:4.

2. Soares AV, Kerscher C, Uhlig L, Domenech SC, Júnior NGB. Dinamometria de preensão manual como parâmetro de avaliação funcional do membro superior de pacientes hemiparéticos por acidente vascular cerebral. Fisioterapia e Pesquisa. 2011;18:5.

3. Gregson JM, Leathley M, Moore AP, Sharma AK, Smith TL, Watkins CL. Reliability of the Tone Assessment Scale and the modified Ashworth scale as clinical tools for assessing poststroke spasticity. Arch Phys Med Rehab. 1999 Sep;80(9):1013-6.

4. Mathiowetz VG, Volland G, Kashman N, Weber K. Adult norms for the box and block tests of manual dexterity. Am J Occup Ther. 1985;39:6.

5. Mathiowetz V, Weber K, Kashman N, Volland G. Adult Norms for the Nine Hole Peg Test of Finger Dexterity.

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MATURAÇÃO SEXUAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS

Sexual maturation in obese children and adolescents

Amanda Persson Mascari¹, Fernanda Regina de Moraes1,², Juliana Lôbo Froio1,², Mariana Cristina da Silva¹, Emilia Batagelo¹, Luciana Mara Camargo Pfeifer3, Robison José Quitério1,²

1 – Laboratório de Biocomunicação, Exercício Físico e Modulação Autonômica da Frequência Cardíaca. Faculdade de Filosofia e Ciências, UNESP, Marília/SP.2 - PPG Desenvolvimento Humano e Tecnologias. Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro/SP.3 - Centro de Obesidade Infantil de Marilia, Secretaria Municipal de Saúde, Marília/ SP.

Agência Financiadora: CAPES, CNPQ e FAPESP.

Palavras chave: Obesidade pediátrica, sobrepeso, saúde pública.

Introdução: A obesidade destaca-se como uma das mais alarmantes doenças que atinge níveis epidêmicos¹, trazendo consigo uma série de comorbidades e desordens fisiológicas². Em meninas, conduz a um início precoce da puberdade e em meninos, o início da puberdade demonstra uma variação considerável, com a obesidade conduzindo a maturação precoce ou atraso puberal³. Objetivo: investigar nível de maturação sexual em crianças e adolescentes obesos.

Metodologia: CEP 374/09; foram avaliados 58 meninos e 42 meninas obesos (OMS, 2007), com idade entre seis e 15 anos de idade, cidade de Marília/SP. Para o estadiamento do nível de maturação sexual utilizou-se o método proposto por Tanner (1962). Dados serão apresentados de modo descritivo: percentual de ocorrência.

Resultados: A idade média encontrada foi em meninos = 10,10 ± 2,0; meninas = 9,47 ± 1,9 (p>0,05). Obtivemos que o percentual de indivíduos na faixa de maturação sexual abaixo, dentro do esperado e acima, foi, em meninos: quanto à genitália = 0%, 42,1% e 57,9%; quanto à pelos = 0%, 12,1% e 87,9%; e em meninas quanto à mamas = 0%, 30,9% e 69,1%; e quanto à pelos = 0%, 45,2% e 54,8%, respectivamente.

Discussão: No presente estudo verificou-se que a maioria das crianças obesas, tanto meninas como meninos, apresentam maturação sexual acima do esperado, o que corrobora com outros estudos4,5,6,7. O tecido adiposo, nas meninas, atua como uma glândula hormonal secundária, que influencia a síntese e liberação de hormônios, tais como estrogênio, antecipando a menarca. Por outro lado, Buyken, Karaolis-Danckert e Remer (2009)8 sugerem que a composição corporal pré puberal não se associa ao início precoce da puberdade.

Conclusão: A obesidade acelera o processo de maturação sexual de um alto percentual de crianças e adolescentes.

Agradecimentos: à coordenação do CAOIM, às agências de fomento e ao LIBEM.

Referências:

1 Wieting, JM. Cause and effect in childhood obesity: Solutions for a national epidemic. J Am Osteopath Assoc. 2008. Oct; 108:545-552.

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2 Maggio ABR, Martin XE, Gasser CS, Gal-Duding C, Beghetti M, Farpour-Lambert NJ, et al. Medical and non-medical complications among children and adolescents with excessive body weight. Geneva, Switzerland. BMC Pediatrics. 2014.

3 Slyper, AH. Childhood Obesity, Adipose Tissue Distribution, and the Pediatric Practitioner. Pedia-trics, v. 102, n. 1. 1998. Disponível em: http://www.pediatrics.org/cgi/content/full/102/1/e4. Acesso em: 31 outubro 2016.

4 Frisch, R.E. The right weight: body fat, menarche, and fertility. Nutrition, v. 12, p. 452–453. 1996. GAFFNEY, K. et al.

5 Wajchenberg, BL. Subcutaneous and visceral adipose tissue: their relation to the metabolic syndrome. Endocrine Reviews, v. 21, p. 697–738. 2000.

6 Pinto, WJ. A função endócrina do tecido adiposo. Rev. Fac. Ciênc. Méd., Sorocaba, v. 16, n. 3, p. 111 - 120, 2014.

7 DAI, YL et al. Association between obesity and sexual maturation in Chinese children: a muti-center study. Int J Obes. Oct. 2014, London. v. 38, n. 10, p. 1312-1316.

8 Buyken, A.E, Karaolis-Danckert, N, Remer T. Association of prepubertal body composition in healthy girls and boys with the timing of early and late pubertal markers. Am J Clin Nutr. 2009. v. 89, p. 221–30.

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EFEITOS DA IMERSÃO EM ÁGUA FRIA NA RECUPERAÇÃO APÓS EXERCÍCIO EM PARÂMETROS

CARDIOVASCULARES

Effects of immersion in cold water in recovery after exercise at parameters cardiovascular

Jhenifer Moterani1, Jaqueline Santos Silva1, Franciele Marques Vanderlei1, Jayme Netto Junior1, Carlos Marcelo Pastre1

Faculdade de Ciências e Tecnologias. Universidade Estadual Paulista – UNESP. Presidente Pru-dente. SP. Brasil

Palavras Chave:, Placebo, exercício, atletas.

Introdução: A imersão em água fria (IAF) é utilizada no âmbito esportivo como técnica de re-cuperação pós-exercício. Os efeitos da técnica atuam sobre diversos parâmetros, dentre eles: clínicos, funcionais, metabólicos, autonômicos e/ou cardiovascular. Os objetivos desse estudo foi comparar parâmetros cardiovasculares da IAF como técnica recuperativa à uma condição placebo, em atletas de alto rendimento.

Métodos: 10 atletas de alto rendimento, do sexo masculino, praticantes de atletismo, com idade entre 18 e 30 anos foram submetidos a um ensaio clínico randomizado cruzado, de 6 semanas. Os participantes foram alocados de forma randomizada em dois grupos: grupo placebo GP (n = 10), submetido a uma intervenção recuperativa considerada placebo por 15 minutos a uma temperatura de 27ºC ± 1ºC e grupo experimental GE (n = 10), submetido a uma intervenção recuperativa por meio da IAF por 15 minutos a temperatura de 13ºC ± 1ºC. A pressão arterial (PA) e a frequência cardíaca (FC) foram mensuradas nos momentos pré-intervenção (basal) e após período de intervenção por meio de um estetoscópio e esfigmomanômetro aneroide e de um frequencímetro cardíaco (Polar Electro Oy, Kempele, Finland – modelo RS800cx), respecti-vamente. Todos os procedimentos utilizados foram submetidos ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual Paulista – FCT/UNESP por meio da Plataforma Brasil. Número do protocolo: 44591115.0.0000.5402

Resultados: Houve diferença estatística do momento basal em relação ao momento final apenas para a variável pressão arterial diastólica (PAD) no grupo IAF onde, os valores apresentaram diminuição no final do período de duas semanas de intervenção (p=0,0331). Em média, o grupo IAF apresentou diminuição nos valores da PAD, sendo estes no momento basal (73,75 ± 7,44) e final(68,75 ± 8,34). Para as demais variáveis não houve diferença estatisticamente significante. Discussão: O estudo de Buchheit M et. Al realizou a IAF, em 10 ciclistas do sexo masculino, por 5 minutos, a 14 ° como recuperação pós exercício supramáximo em um cicloergómetro e, comparado ao grupo controle a variável FC não teve redução significativa, corroborando com os dados do presente estudo. Poucos estudos exploram a recuperação de parâmetros cardiores-pirartórios após IAF e Placebo, os maiores enfoques são direcionados para variáveis clínicas, funcionais e psicológicas, dificultando comparações mais amplas.

Conclusão: A IAF reduziu a PAD em atletas de alto rendimento. A FC não apresentou diferença estatística entre as técnicas aplicadas.

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Referências:

Buchheit M, Peiffer JJ, Abbiss CR, Laursen PB. Effect of cold water immersion on postexercise parasympathetic reactivation. Am J Physiol Heart Circ Physiol.2009; 296(2):421-27.

Bailey DM, Erith SJ, Griffin PJ, Dowson A, Brewer DS, Gant N, et al. Influence of cold-water im-mersion on indices of muscle damage followind proloned intermittente shuttle running. J Sports Sci. 2007; 25(11):1163-70.

Wilcock IM, Cronim JB, Hing WA. Physiological response to water immersion: a method for sport recovery? Sports Med. 2006; 36(9):747-65.

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FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO

MIOCÁRDIO E TROCA VALVAR

Respiratory muscle strength in patients submitted to myocardial revascularization and valve replacement

Márcia Maria Faganello1; Jéssica Guimarães Al Lage2; Glauco César da Conceição Canella1; Robison José Quitério1,3

1. Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista – UNESP. Marília. SP. Brasil2. Santa Casa de Misericórdia de Marília. Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Esta-dual Paulista – UNESP. Marília. SP. Brasil3. PPG em Desenvolvimento Humano e Tecnologias. Instituto de Biociências. UNESP, Rio Claro. SP. Brasil

Palavras chaves: Cirurgia Torácica / Cardiac Surgery / Força muscular / Muscle strength / Mús-culos respiratórios / Respiratory muscles

Introdução: Estudos mostram diversas alterações pulmonares no pós-operatório de cirurgia cardíaca, manifestadas pelas alterações na mecânica respiratória, destacando-se aquelas re-lacionadas aos músculos respiratórios. A redução da força muscular inspiratória e expiratória contribuem para o aumento da incidência de atelectasias no pós-operatório, hipoxemia e tosse ineficaz (1). Este trabalho tem por objetivo avaliar força muscular respiratória dos pacientes em pós-operatórios de cirurgia eletiva de revascularização do miocárdio e troca valvar na Santa Casa de Misericórdia de Marília, SP.

Metodologia: CEP: 1.779.423/2016. A amostra compõe 25 indivíduos (68% do sexo masculino) em pós esternotomia mediana para revascularização do miocárdio ou troca valvar submetidos a fisioterapia respiratória na fase hospitalar. A idade média dos participante é 55,68±15,73. Foram medidas as pressões máximas inspiratória (PI max) e expiratória (PE max) com o manovacuô-metro analógico. Os valores previstos foram calculados segundo os valores de referência (2). Estatística: teste de Mann-Whitney. Nível de significância: 5%.

Resultados: Dados absolutos obtidos, previstos e diferença percentual, respectivamente: PI max = 82,96 cmH2O e 96,86 cmH2O (P = 15%); PE max = 92,08 cmH2O e 140,73 cmH2O (P = 35%).

Discussão: No presente estudo, assim como outros (3-5), a força muscular está altamente pre-judicada após a cirurgia cardíaca. A fraqueza muscular respiratória pode aumentar a incidência de pneumonias nosocomiais, atelectasias, infecções respiratórias bem como o tempo de hospi-talização, sendo de fundamental importância avaliar e acompanhar a evolução da mesma.

Conclusões: Pacientes com esternotomia mediana para revascularização miocárdica e troca valvar apresentam diminuição da PI max e da PE max em 15% e 35% respectivamente.

Agradecimentos: Ao Laboratório de Investigação em Biocomunicação, Exercício Físico e Modu-lação Autonômica Cardíaca (LIBEM).

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Referências:

1. Elias D.G, Costa D., Oishi J. et al. Efeitos do treinamento muscular respiratório no pré e pós--operatório de cirurgia cardíaca. Rev Bras Fisiot, 2000;12:9-18.

2. Souza R.B. Pressões respiratórias estáticas máximas. J Pneumol, 2002 28(Supl 3)

3. Barbosa R.A.G, Carmona M.J.C - Avaliação da função pulmonar em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea. Rev Bras Anestesiol,

4. Guedes, G.P, Barbosa, Y.R.A, Holanda, G. Correlação entre força muscular respiratória e tempo de internação pós-operatório. Fisioter Mov. 2009 out/dez;22(4):605-614

5. Ragnarsdottir M, KrustjAnsdittir A, Ingvarsdottir I et al. Short-term changes in pulmonary func-tion and respiratory movements after cardiac surgery via median sternotomy. Scand Cardiovasc J, 2004;38:46-52.

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ANÁLISE DOS EFEITOS DE DIFERENTES POSTURAS SOBRE A MUSCULATURA ESTABILIZADORA LOMBAR

Analysis of the effects of different postures on stabilizing low back muscles

Caroline Nogueira da Silva1, Cristiane Rodrigues Pedroni2, Ana Elisa Zuliani Stroppa Marques3, Marcelo Tavella Navega4.

1,4.Instituto de Biociências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Rio Claro. SP. Brasil2,3,4. Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Marília. SP. Brasil

Agência financiadora: CNPq/PIBIC

Palavras-chave: vibração, eletromiografia, biomecânica

Introdução: A lombalgia inespecífica é uma disfunção musculoesquelética com alta incidência, cujos indivíduos apresentam alterações estabilidade tronco1. Exercícios que proporcionem a esta-bilização cruciais na prevenção e tratamento desses distúrbios2. O objetivo do estudo foi verificar o efeito de diferentes posturas sobre a atividade eletromiografica dos músculos estabilizadores em indivíduos com e sem lombalgia.

Metodologia: Participaram do estudo 21 jovens, universitárias, com idade 21,90 anos (±2,18) e IMC 22,18 (±2,53), divididas em dois grupos, sendo 11 do grupo GDL (grupo dor lombar) e 10 do grupo GSDL (grupo sem dor lombar). Todas as participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o estudo foi aprovado no Comitê de Ética Local (1071/2014). Para a coleta dos dados, as voluntárias foram posicionadas em base confortável, por 10segundos, em 3 con-dições diferentes: superfície rígida, com os membros superiores (MMSS) livres ao lado do tronco (br), com posicionamento da haste oscilatória (brh) e com oscilação da mesma (bro).O ritmo de movimentação da haste pelos MMSS foi controlado por um metrônomo ajustado em 5 Hz (300 bpm)3. Cada posicionamento foi repetido duas vezes. Os dados eletromiográficos foram coletados utilizando eletrodos de superfície nos músculos multífido (MU), iliocostal(IL), obliquo interno (OI) e obliquo externo. Para a análise dos dados foram utilizados: Shapiro-Wilk (normalidade) e Análise de variância (ANOVA) com medidas repetidas. Foi considerado significativo p<0,05.

Resultados: Os resultados demonstraram que os músculos posteriores do tronco (IL e MU) au-mentam a atividade elétrica de forma significativa (p<0,00) frente às instabilidades tanto no grupo GDL e GSDL. Já nos músculos anteriores (OI e OE) o aumento da atividade elétrica é evidenciado apenas quando ocorre a oscilação da haste em indivíduos com dor lombar.

Discussão: Acredita-se que o deslocamento antero-posterior causado pela oscilação da haste oscilatória induz modificações no centro de gravidade, no qual a busca pelo equilíbrio, leva a maiores ativações dos músculos estabilizados lombares posteriores(MU e Il),enquanto a ativida-de elétrica OI e OE encontrada no GDL demonstrou o atraso na ativação frente às instabilidades corroborando com achados prévios da literatura4,5,6.

Conclusão: Frente às instabilidades posturais, os músculos posteriores são ativados em ambos os grupos de forma crescente. Já os músculos anteriores apresentam ganho crescente apenas

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no GSDL e se demonstram maior atividade nos indivíduos com dor lombar apenas quando ocorre oscilação.

Referências

1Allison GT, Morris SL, Lay B. Feedforward responses of transversus abdominis are directional-ly specific and act asymmetrically: implications for core stability theories. J Orthop Sports Phys Ther.2008; 38(5):228-3.

2Volpato CP, Fernandes SW, Carvalho NAA, Freitas DG. Exercícios de estabilização segmentar lombar na lombalgia: revisão sistemática da literatura. Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa São Paulo. 2012;57(1): 35-40.

3Moreside J M, Vera-Garcia FJ, Mcgill SM. Trunk muscle activation patterns, lumbar compressive forces, an spine stability when using the Bodyblade. Physical Therapy Journal. 2007; 87 (2):153-164.

4Marques RM, Hallal CZ, Golçalves, M. Padrão de co-ativação dos músculos do tronco durante exercícios com haste oscilatória. Motriz. 2012;18(2):245-252.

5Pañego MM, Vera-García FJ, Sánchez-Zuriaga D, SARTI-MARTÍNEZ MA. Electromyographic studies in abdominal exercises: a literature synthesis. Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics. 2009; 32(3):232-44.

6Herbert WJ, Heiss DG, Basso DM. Influence of feedback schedule in motor performance and learning of a lumbar multifidus muscle task using rehabilitative ultrasound imaging: a randomized clinical trial. Phys Ther. 2008; 88(2):261-9.

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EFEITOS DE SEIS SEMANAS DE TREINAMENTO PLIOMÉTRICO NA CAPACIDADE DE ENDURANCE E DESEMPENHO DO SALTO VERTICAL EM ATLETAS

AMADORES

Effects of six weeks of plyometric training on endurance capacity and vertical jump performance of amateur atlhetes

Y a g o M e d e i r o s D u t r a 1 , R a m o n H a n d e r s o n G o m e s Te l e s 1 , A l i -ce Aragão de Araú jo 1, Vin íc ius Saura Cardoso 1, Cr is t iano Sa les S i lva . 1,2 ,3

1 Curso de Graduação em Fisioterapia. Universidade Federal Piauí – UFPI.Parnaíba. PI.2 Pós-Graduação, Instituto de Biociências. UNESP, Rio Claro/ SP. 3Laboratório de Investigação em Biocomunicação, Exercício Físico e Modulação Autonômica (LIBEM), Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Palavras chaves: Exercício; Adaptação fisiológica; Desempenho atlético.

IntroduçãoEstudos apontam resultados controversos sobre a eficácia da pliometria sobre a melhora da capa-cidade de endurance1, o estudo teve como objetivo investigar os efeitos do treino pliométrico (PT) na performance do salto vertical e capacidade de endurance em jogadores amadores de futebol.

Métodos Dezesseis sujeitos foram aleatoriamente divididos em grupo controle (GC) (n=8) e grupo treinado (GT) (n=8). O GT foi submetido a seis semanas de intervenção, 18 treinos pliométricos combi-nado à exercícios de corrida e agilidade. O GC manteve a rotina padrão de treinamento durante o mesmo período sem a implementação do PT. Os grupos foram avaliados antes e após as seis semanas utilizando protocolo incremental de Bruce para mensuração do VO2 pico, medida indireta, e plataforma de força BIOMEC 400, EMG System® para análise da performance do salto vertical. Para a comparação entre grupos pré e pós as 6 semanas utilizou-se o teste ANOVA two-way e para a comparação intra-grupo utilizou-se o teste t de student para amostras pareadas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI (CEP N°1.088.299)

ResultadosApesar de não haver diferença entre os grupos em ambos os momentos, o GT apresentou um incremento no VO2pico (30,76 ± 10,79; 45,63 ± 8,41, p=0,002), altura do salto (0,27 ± 0,05m; 0,32 ± 0,06m, p=0,03) e energia cinética positiva (210,1 ± 36,61J; 240,6 ± 18,03J, p=0,02). Não ocorreram alterações significativas na força de reação ao solo e potência do salto. O GC não apresentou modificação nas variáveis estudadas nos momentos pré e pós.

DiscussãoA melhor utilização ciclo alongamento-encurtamento provavelmente é a responsável pelo aumento da altura do salto do GT após o treinamento1, e por terem uma duração média de 30 minutos, envolvendo atividades de sprint e corrida, o protocolo de treino foi capaz de promover adaptações no metabolismo aeróbio2 resultando em um aumento do VO2 pico.

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Conclusão

Seis semanas de TP foi eficaz para melhora do condicionamento cardiorrespiratório e capacidades físicas específicas relacionadas ao salto.

Referências 1- Markovic G, Jukic I, Milanovi D, Metikos D. Effects of sprint and plyometric training on mus-cle function and athletic performance. Journal of Strength and Conditioning Research 2007; 21:543-549.

2- Joyner, M.J., Coyle, E.F. Endurance exercise performance: the physiology of champions. J Physiol 2008; 586:35–44.

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EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO INTERVALADO NA APTIDÃO FÍSICA EM PARTICIPANTES COM SÍNDROME

METABÓLICA

Effects of aerobic interval training on physical fitness in partici-pants with Metabolic Syndrome

Caio Ferreira Ripper1, Carlos Iván Mesa Castrillón1, Stephanie Nogueira Linares¹, Maria Paula Ferreira de Figueiredo¹, Rodolfo Augusto Travagin Miranda1, Nilton Mantovani Júnior1, Franciele Marques Vanderlei¹, Larissa Rodrigues Souto¹, Carlos Marcelo Pastre1, Jayme Netto Júnior1

1 Faculdade de Ciências e Tecnologia. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP. Presidente Prudente. SP. Brasil

Palavras-chave: Síndrome X Metabólica; Exercício; Aptidão física.

Introdução: O termo síndrome metabólica (SM) corresponde a um conjunto de fatores de risco para doenças cardiovasculares, são eles: circunferência abdominal >90 cm em homens e >80 cm em mulheres, hiperglicemia em jejum >100 mg/dL, pressão arterial elevada (sistólica: >130 mmHg e diastólica >85 mmHg), diminuição de HDL-c(<40 mg/dL homens, <50 mg/dL mulheres), triglicerídeos >150 mg/dL.1 Sabe-se que a população com SM possui uma diminuição da capaci-dade funcional2 que está relacionada ao envelhecimento e outras doenças crônicas3,4, portanto o objetivo do estudo é verificar os efeitos do treinamento aeróbio intervalado na aptidão física de participantes com SM.

Métodos: O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa, registro 48288415.2.0000.5402. Amostra composta por 20 voluntários de ambos os sexos que foram diagnosticados com SM, randomizados em grupo controle (GC) e treinamento aeróbio intervalado (TAI), o TAI consiste em um treinamento com 16 semanas de duração sendo 3 recuperativas. Fase adaptativa: 1ª à 5ª semana (20%-39% da frequência cardíaca reserva (FCR)), Fase Intermediária: 6ª à 9ª semana (40%-59% da FCR) e a fase avançada: 10ª à 13ª semana (60%-90% FCR). Nos momentos pré e pós intervenção, os grupos realizaram testes que avaliaram a aptidão física2: agilidade e equilí-brio dinâmico (AGIL), coordenação (COO), flexibilidade (FLEX), resistência de força de membros superiores (RESIFORMS), capacidade aeróbia e habilidade de andar (CA) e teste de caminhada de 6 minutos5. Análise estatística: teste de normalidade Kolmogorov-smirnov, test t de student dependente e independente foram analisados no software SPSS.

Resultados: Não houve diferença estatística significante entre os grupos, porém houve uma melhora significativa estatisticamente no grupo TAI para COO, RESISFORMS e AGIL no período pós-intervenção.

Discussão: Segundo resultados podemos verificar que o treinamento aeróbio intervalado, espe-cialmente em alta intensidade tem benefícios sobre a aptidão física, esses desfechos estão em linha com o estudo de Vieira et al2 que diz também que a avaliação funcional ajuda a determinar o declínio da aptidão física de pessoas com SM, encorajando, assim, intervenções com a aplicação de exercícios físicos. O baixo número da amostra pode ser um fator limitante para a pesquisa.

Conclusão: Não houve diferença estatística entre os grupos nas variáveis de aptidão física, porém

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houve melhora significante nas variáveis COO, RESISFORMS e AGIL do grupo TAI.

Referências:

1.Alberti KGMM, Eckel RH, Grundy SM, Zimmet PZ, Cleeman JI, Donato KA, Fruchart JC, James WPT, Loria CM, Smith SC. Harmonizing the Metabolic Syndrome A Joint Interim Statement of the International Diabetes Federation Task Force on Epidemiology and Prevention; National Heart, Lung, and Blood Institute; American Heart Association; World Heart Federation; International Ath-erosclerosis Society; and International Association for the Study of Obesity 2009 120:1640-1645.

2.Vieira DCL, Tibana RA, Nascimento VTDC, Farias DL, Silva AO, Teixeira TG, Fonseca RMC, Oliveira RJ, Mendes FAS, Martins WR, Funghetto SS, Karnikowski MGO, Navalta JW, Prestes J. Decreased functional capacity and muscle strength in elderly women with metabolic syndrome. Dove Press journal: Clinical Interventions in Aging 2013:8 1377-1386.

3. Zhuo, Q. Yang W, Chen J, Wang Y. Metabolic syndrome meets osteoarthritis. Nat. Rev. Rheu-matol. 8, 729–737 (2012).

4. Cruz-Jentoft A, Baeyens J, Bauer J, Boirie Y, Cederholm T, Landi F, Martin F, Michel, J-P, Rolland Y, Schneider S, Topinkova E, Vandewoude M, Zamboni M. Sarcopenia: European consensus on definition and diagnosis. Report of the European Working Group on Sarcopenia in Older People. Age and Ageing 2010; 39: 412–423.

5. ATS Statement: Guidelines for the Six-Minute Walk Test. Am J Respir Crit Care Med Vol 166. pp 111–117, 2002.

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EFEITOS DE SEIS SEMANAS DE TREINAMENTO PLIOMÉTRICO NA MODULAÇÃO AUTONÔMICA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DE ATLETAS AMADORES

Effects of six weeks of plyometric training on cardiac modulation’s heart rate of amateur atlhetes

Ramon Handerson Gomes Teles1, Yago Medeiros Dutra1, Alice Aragão de Araújo1, Vinícius Sau-ra Cardoso1, Cristiano Sales Silva.1,2,3

1 Curso de Graduação em Fisioterapia. Universidade Federal Piauí – UFPI.Parnaíba. PI.2 Pós-Graduação, Instituto de Biociências. UNESP, Rio Claro/ SP. 3Laboratório de Investigação em Biocomunicação, Exercício Físico e Modulação Autonômica (LIBEM), Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Palavras chaves: Exercício; Coração; Adaptação fisiológica.

IntroduçãoSabendo-se da capacidade do exercício físico em alterar a modulação autonômica cardíaca1, esse estudo investigou os efeitos de seis semanas de treinamento pliométrico (TP) sobre a mo-dulação autonômica da frequência cardíaca de jogadores amadores de futebol através da análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em repouso.

Métodos Dezesseis sujeitos foram aleatoriamente divididos em grupo controle (GC) (n=8) e grupo treinado (GT) (n=8). O GT realizou durante 6 semanas, 18 treinos pliométricos combinado à exercícios de corrida e agilidade. O GC continuou com a rotina de treinos durante o mesmo período. Os grupos foram avaliados antes e após as 6 semanas. Para a captação dos intervalos R-R (ms), batimento a batimento, foi utilizado um monitor cardíaco da marca Polar® modelo RS800. A VFC foi analisa-da no domínio do tempo e frequência utilizando-se o software Kubios HRV®. (CEP N°1.088.299).

ResultadosApesar de um aumento em alguns índices como o RMSSD (pré= 56,87 ±33,66 e pós = 66,36 ± 34.17), SD1 (pré = 40,11 ± 47,07 ± 24.13), HF m/s2 (pré= 1151 ± 1335 e pós=1645 ± 1338) e a po-tência total em m/s2 (2721 ± 2480 e pós = 4048 ± 2304) no GT, não houve alterações significativas (p>0,05) quando comparados os achados intra-grupo e entre grupos em ambos os momentos.

Discussão O exercício regular é capaz de promover adaptações autonômicas do controle cardiovascular, com destaque ao aumento da participação do sistema parassimpático sobre a modulação da frequência cardíaca em repouso, entretanto, essas adaptações parecem ser dependentes da modalidade de exercício realizada, 1,2, assim como, da duração do período de treinamento que no presente estudo foi de apenas seis semanas e pode ter sido insuficiente para promover essas adaptações. ConclusãoSeis semanas de TP combinado à sprints e treino de agilidade não foi eficaz para modificar a modulação autonômica da frequência cardíaca.

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Referências: 1- Da Silva VP, de Oliveira NA, Silveira H, Mello RGT, Deslandes AC. Heart Rate Variability Indexes as a Marker of Chronic Adaptation in Athletes: A Systematic Review. Ann Noninvasive Electrocardiol 2015; 20:108–118.

2- Cooke WH, Carter JR. Strength training does not affect vagal-cardiac control or cardiovagal baroreflex sensitivity in young healthy subjects. . Eur J Appl Physiol 2005; 93:719-25.

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AJUSTES AUTONÔMICOS DA PRESSÃO ARTERIAL DIASTÓLICA DE DIABÉTICOS AO TESTE DE PREENSÃO

MANUAL

(Autonomic adjustment of diastolic blood pressure in diabetics to handgrip test)

Pauline Romualdo Cogo1, Cristiano Sales da Silva2,3, Angélica Cristiane da Cruz2, Pedro Henrique Rodrigues4, Mariele Rodrigues Stuqui1, Robison José Quitério1,2

Laboratório de Biocomunicação, Exercício Físico e Modulação autonômica Cardíaca. Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Marília. SP. Brasil. 2. PPG De-senvolvimento Humano e Tecnologias. Instituto de Biociências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Rio Claro. SP. Brasil. 3.Universidade Federal do Piauí – UFPI. Parnaíba. PI. 4.Univer-sidade de Marília – UNIMAR. Marília. SP. Brasil

Agência Financiadora: FAPESP

Palavras chave: parassimpático, diabetes mellitus, sistema nervoso autônomo.

INTRODUÇÃO: A hiperglicemia, característica da diabetes tipo 2 (DM-2), pode promover disfunção do sistema nervoso autônomo (SNA)1,2 e tem sido verificado que com disfunção desse sistema contribui para alterações nos ajustes da pressão arterial3 Objetivo: investigar os ajustes autonô-micos da pressão arterial diastólica (PAD) ao exercício isométrico em diabéticos .

METODOLOGIA: Doze adultos com DM-2 foram submetidos ao teste de preensão manual (handgrip) com intensidade de 30% da contração voluntária máxima durante 60 segundos (North Coasttm Hydraulic Hand Dynamometer). A pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foram medidas antes e durante a execução do teste e a diferença PAD obtida no repouso e exercício foi utilizada para classificação da resposta autonômica: Normal ≥ 16 mmHg; limítrofe = 11 a 15 mmHg; anormal ≤ 10 mmHg4. Os dados serão apresentados em valores médios e desvio padrão, em distribuição absoluta e percentual.

RESULTADOS: Idade (anos) = 58,8±9,7; Teste de 30%CVM (preensão manual): Normal = 1 (8%); Limítrofe = 2 (17%) e Anormal = 9 (75%).

DISCUSSÃO: Os resultados do presente estudo corroboram com os encontrados em estudo anterior5, que descrevem resposta anormal ao teste de preensão manual em diabéticos. Tal in-formação é muito importante, visto que, o teste estudado aponta possíveis alterações no SNA simpático5 e trás implicações para as atividades de vida diária e prescrição de exercícios. Sabe se também que distúrbios no SNA contribuem para aumento no risco de morte cardiovascular em diabéticos tipo 26.

CONCLUSÃO: A grande maioria dos diabéticos apresentam alteração na resposta autonômica da PA durante o teste de preensão manual.

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REFERÊNCIAS

Molitch ME, Defronzo RA, Franz MJ, Keane W, Mogensen CE et al. Nephropathy in diabetes. Diabetes care. 2004; 27: S79-83.

Dimitropoulos G, Tahrani AA, Stevens MJ. Cardiac autonomic neuropathy in patients with diabetes mellitus. World Journal of Diabetes. 2014; 5(1):17- 39.

EWING, D. J; CAMPBELL, I. W; CLARKE, B. F. The natural history of diabetic autonomic neurop-athy. QJM: An International Journal of Medicine.1980; 193: 95-108.

EWING, D.J. et.al. The Value of Cardiovascular Autonomic Function Tests: 10 Years Experience in Diabetes. Diabetes Care. 1985; 8(5): 491-498.

Jyotsna,V.P. et al.Prevalence and pattern of cardiac autonomic dysfunction innewly detected type 2 diabetes mellitus Diabetes research and clinical practice. 2009;83: 83-88.

Gerritsen, J. Impaired Autonomic Function is Associated with Increased Mortality, Especially in Subjects With Diabetes, Hypertension, or a History of Cardiovascular Disease. Diabetes Care, 2001; 24:1793–1798.

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AJUSTES AUTONÔMICOS DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DE DIABÉTICOS DURANTE A MANOBRA PARA ACENTUAR A

ARRITMIA SINUSAL RESPIRATÓRIA

(Autonomic adjustments of heart rate of diabetics during respira-tory sinus arrhythmia)

Pauline Romualdo Cogo1, Cristiano Sales da Silva2,3, Angélica Cristiane da Cruz2, Pedro Henrique Rodrigues4, Mariele Rodrigues Stuqui1, Robison José Quitério1,2

Laboratório de Biocomunicação, Exercício Físico e Modulação autonômica Cardíaca. Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Marília. SP. Brasil. 2. PPG De-senvolvimento Humano e Tecnologias. Instituto de Biociências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Rio Claro. SP. Brasil. 3.Universidade Federal do Piauí – UFPI. Parnaíba. PI. 4.Univer-sidade de Marília – UNIMAR. Marília. SP. Brasil

Agência Financiadora: FAPESP

Palavras chave: parassimpático, diabetes mellitus, sistema nervoso autônomo.

INTRODUÇÃO: A Diabetes Tipo 2 (DM-2) pode causar comprometimento neurocardíaco pa-rassimpático em decorrência da hiperglicemia1,2. O teste denominado Manobra de Acentuação da Arritmia Sinusal Respiratória (MASR) é utilizado para verificação do possível acometimento autonômico vagal3. Objetivo: investigar a modulação autonômica da frequência cardíaca em dia-béticos do tipo 2.

METODOLOGIA: CEP: 1106/2014.

Amostra: Foram registrados os intervalos R-R (ms) (Polar RS800) de 12 adultos diabéticos du-rante um minuto de repouso, quatro minutos de MASR (seis ciclos respiratórios por minuto)4 e um minuto de recuperação na postura sentada. Foi calculada a diferença entre a média da FC no pico da expiração e a média da FC no pico da inspiração. Valores de referência: normal ≥ 15 bpm; Limítrofe entre 11 e 14 bpm; Anormal ≤ 10 bpm4.

RESULTADOS: Idade (anos) = 58,8±9,7; Ocorrência absoluta e percentual em cada nível de classificação: Normal = 3 (25%); Limítrofe=3 (25%) e Anormal = 6 (50%).

DISCUSSÃO: Nossos resultados apontam uma menor eficiência de resposta a esta manobra em diabéticos demonstrando possível comprometimento parassimpático5,6. Estudo anterior apontou que o mau controle glicêmico está associado à menor resposta à MARS7. A informação encontrada é importante, pois, distúrbios no SNA contribuem para aumento no risco de morte cardiovascular em diabéticos tipo 2.

CONCLUSÃO: Diabéticos apresentam alta prevalência de alteração no componente parassim-pático do SNA.

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REFERÊNCIAS

Molitch ME, Defronzo RA, Franz MJ, Keane W, Mogensen CE et al. Nephropathy in diabetes. Diabetes care. 2004; 27: S79-83.

Dimitropoulos G, Tahrani AA, Stevens MJ. Cardiac autonomic neuropathy in patients with diabetes mellitus. World Journal of Diabetes. 2014; 5(1):17- 39.

Hilz, M.J; Dütsch, M. Quantitative Studies of Autonomic Function. Muscle Nerve 33: 6–20, 2006.Ewing, D.J. et.al. The Value of Cardiovascular Autonomic Function Tests: 10 Years Experience in Diabetes. Diabetes Care. 1985; 8(5): 491-498

Sukla, P. et al. Assessment of the cardiac autonomic neuropathy among the known diabetics and age matched controls using noninvasive cardiovascular reflex tests in a South Indian population: A case–controlstudy. Avicenna Journal of Medicine. 2016; 6(3): 81-85.

Jyotsna,V.P. et al. Prevalence and pattern of cardiac autonomic dysfunction innewly detected type 2 diabetes mellitus Diabetes research and clinical practice. 2009;83: 83-88.

MasI, C.M. et al. Respiratory Sinus Arrhythmia and Diseases of Aging: Obesity, Diabetes Mellitus, and Hypertension. Biol Psychol. 2007; 74(2): 212–223.

Gerritsen, J. Impaired Autonomic Function is Associated with Increased Mortality, Especially in Subjects With Diabetes, Hypertension, or a History of Cardiovascular Disease. Diabetes Care, 2001; 24:1793–1798.

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ANÁLISE DESCRITIVA DA CAPACIDADE FUNCIONAL E DAS FORÇAS DE PREENSÃO MANUAL E DE PINÇA EM

MULHERES COM ARTRITE REUMATOIDE

Descriptive analysis of funcional capacity and grip and pinch in women with rheumatoid arthritis

Graziela Sferra da Silva1, Marcos Renato de Assis1

1. Faculdade de Medicina de Marília - FAMEMA. Marília. SP. Brasil.

Apoio Financeiro: Coordenação de Aperfeiçoamento de pessoal de Nível Superior (CAPES)Palavras Chave: artrite reumatoide; força da mão; debilidade muscular.

Introdução: A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune sistêmica e inflamatória das arti-culações, principalmente das mãos e dos pés. Essas características levam a importante limitação funcional, perda da força de preensão manual (FP) e de pinça. O objetivo do presente estudo foi realizar uma análise descritiva da capacidade funcional e das forças de preensão manual e de pinças em mulheres com AR.

Metodologia: Estudo transversal com amostra composta por 107 mulheres com AR em acom-panhamento no Ambulatório de reumatologia da Faculdade de Medicina de Marília, avaliadas no período de setembro de 2015 a julho de 2016. Aprovação pelo Comitê de Ética da Instituição CAAE: 45124815.8.0000.5413. As pacientes foram submetidas às seguintes avaliações: a) Disease Activity Score (DAS-28)para atividade da doença, b) Health Assessment Questionnaire (HAQ), c) Cochin Hand Functional Scale Questionnaire (CHFS) e d) Disability of arm, shoulder and hand (DASH) para capacidade funcional, e) dinamômetro Jamar® para FP e f) dinamômetro pinch gauge da marca B&L Engineering® para força de pinças bidigital (BI), tridigital (TR) e pulpolateral (PL). Foi realizada estatística descritiva e teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov.

Resultados: Foram observados médias de idade de 56,97(±10,57) anos, índice de massa corporal 28,58(±5,83) kg/m2 e 63% brancas. A mediana da duração da doença foi de 10[5-16] anos e a atividade da doença foi em média moderada (3,03±1,35). O lado direito foi o dominante em 93,5% dos casos e cerca de 13,1% já haviam realizado infiltração em mãos e/ou punhos. Foi observada incapacidade funcional levea moderada conforme os valores HAQ 1,00[0,37-1,87], CFHS 10,00[2-29] e DASH 20,83[8,33-45]. O valor médio das forças (kgf), foram FPD 15,91(±7,08), FPE 15,81 (±7,21); BID 3,22(±1,40); BIE 3,12(±1,42); TRD 4,25(±1,74); TRE 4,25(±1,90); PLD 5,58(±2,00); PLE 5,24(±2,00).

Discussão: Os valores de FP encontrados neste estudo são cerca de 50% menores que o de mulheres saudáveis brasileiras, no estudo de Caporrino et al., cujos valores foram de 31,6 kgf à direita e 28,4 kgf à esquerda. Os valores também estão reduzidos em comparação aos apresen-tados na metanálise de Bohannon et al., com 42 a 46% de diferença. As avaliações da capaci-dade funcional e das forças de preensão devem ser feitas no contexto de reabilitação usando-se ferramentas de aplicação fácil, rápida e confiável, capazes de detectar diferenças entre antes e depois do tratamento.

Conclusão: Este estudo mostrou redução de FP e pinça em pacientes brasileiras com AR com

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diferentes prejuízos na capacidade funcional e oferece parâmetros de referência para interpreta-ção de medidas de força isométrica nesta população.

Agradecimentos: Setor de Coluna Vertebral, procedimentos e Reabilitação em reumatologia da Unifesp por ceder os aparelhos de dinamometria.

Referências

Shiratori AP, Iop RR, Borges Júnior NG, Domenech SC, Gevaerd MS. Protocolos de avaliação da força de preensão manual em indivíduos com artrite reumatoide: revisão sistemática. Rev Bras Reumatol. 2014;54(2):140-47. Vaz AE, Faria Júnior WA, Ferreira C, Lazarski S, Carmo HF, Rocha Sobrinho HM. Perfil epidemio-lógico e clínico de pacientes portadores de artrite reumatóide em um hospital escola de medicina em Goiana, Goiás, Brasil. Medicina (Ribeirão Preto) 2013;46(2):141-53.

Mota LMH, Cruz BA, Brenol CV, Pereira IA, Rezende-Fronza LS, Bertolo MB, Freitas MVC, Silva NA, Louzada-Júnior P, Giorgi RDN, Lima RAC, Pinheiro GRC. Consenso 2012 da Sociedade Brasileira de Reumatologia para o tratamento da artrite reumatoide. Rev Bras Reumatol. 2012;52(2):135-74.

Louzada-Júnior P, Souza BDB, Toledo RA, Ciconelli RM. Análise descritiva das características demográficas e clínicas de pacientes com artrite reumatoide no estado de São Paulo, Brasil. Rev Bras Reumatol. 2007;47(2):84-90.

Bohannon RW, Peolsson A, Massy-Westropp N, Desrosiers J, Bear-Lehman J. Refence values for adult grip strength measured with a jamar dynamometer: a descriptive meta-analysis. Physio-therapy. 2006;92:11-15.

Caporrino FA, Faloppa F, Santos JBC, Réssio C, Soares FHC, Nakachima LR, Segre NG. Estudo populacional da força de preensão palmar com dinamômetro Jamar. Rev Bras Ortop. 1998;33(2):150-4.

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EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO INTERVALADO SOBRE CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE ALANINA AMINOTRANSFERASE (AST) EM PACIENTES COM

SÍNDROME METABÓLICA.

Effects of aerobic training on merger interval serum alanine ami-notransferase (AST) in patients with metabolic syndrome

Lucas Hyan Costa Messias1, Rodolfo Augusto Travagin Miranda1, Stephanie Nogueira Linares1, Lais Manata Vanzella1, Carlos Ivan Mesa Castrillon1, Maria Paula Ferreira de Figueiredo1, Carlos Marcelo Pastre1, Jayme Netto Júnior1.

1 Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho- Pre-sidente Prudente.

Introdução: Considerada como principal contribuinte para o desenvolvimento de doenças crôni-cas não transmissíveis, a inatividade física possui uma prevalência de 70% em grandes centros urbanos(1). Dentre as doenças crônicas de grande impacto, a Síndrome Metabólica (Smet) des-taca-se pela presença concomitante de fatores de risco cardiovasculares e diabetes tipo II. Além disso, nota-se nesta população alterações na concentração sérica de alanina aminotransferase, uma enzima hepática de dano celular relacionada ao diagnóstico de esteatose hepática. Por ou-tro lado, sabe-se que o exercício físico regular, em específico o treinamento aeróbio, é um fator importante no tratamento e prevenção de desordens metabólicas(2)(3).

Objetivo: Analisar e comparar os efeitos do treinamento aeróbio intervalado (TAI) sobre concen-trações séricas de Alanina Aminotransferase (ALT) em pacientes com Smet.

Métodos: A amostra foi composta por 12 participantes de ambos os sexos com idade entre 40 e 60 anos, com diagnóstico de SMet de acordo com a International Diabetes Federation - IDF. Os participantes foram randomizados em dois grupos de 6 participantes: TAI e grupo controle (GC), o qual não realizou nenhum tipo de intervenção. O grupo TAI realizou um programa de treinamento três vezes por semana durante 16 semanas, totalizando 39 sessões. Vale ressaltar que 3 semanas (5ª, 11ª e 14ª) foram de caráter recuperativo, isto é, não houve treinamento. Análises sanguíneas pré e pós treinamento foram realizadas e mensuradas pelo método Cinético U.V-IFCC, demons-trados em unidades por litro. Os dados em análise apresentaram distribuição normal por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov, e utilizando-se test t de student dependente e independente na comparação intra e inter grupos, respectivamente.

Resultados: Apenas o grupo TAI apresentou diferença estatisticamente significante intra grupo [TAI (pré: 35.75 ± 13.40; pós: 26.43 ± 7.64); CG (pré: 30.46 ± 12.82; pós: 25.70 ± 9.60]. Não houve diferença entre grupos (P = 0.88).

Discussão: Embora o treinamento não tenha demonstrado diferença entre grupos, os resultados integram a literatura de maneira positiva, vista a escassez de estudos que abordam a temática treinamento, biomarcadores e desordens metabólicas. Além disso, o presente estudo não cor-robora os achados de De Oliveira VN et al(4). ao realizarem 12 semanas de treinamento aeróbio em diabéticos tipo II e não observar diferenças após o período de intervenção (pré:15.90±5.16;

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pós:15.18±3.81);

Conclusão: Conclui-se que 16 semanas de TAI foram efetivas em diminuir concentrações séri-cas de ALT em indivíduos com Smet. Palavras-chave: Alanina Transaminase, Síndrome X metabólica, Diabetes Mellitus.

REFERÊNCIAS

P i n t o C G , M a r e g a M , C a r v a l h o J A , C a r m o n a F G , L o p e s C E , C e s c h i -ni FL, Bocalini DS, Figueira Junior AJ, Atividade física como fator de proteção para o desenvolvimento de esteatose hepática não alcoólica einstein. 2015;13(1):34-40

Belmonte MA, Aoki MS, Tavares FL, Seelaender MC. Rat myocellular and perimysial intra-muscular triacyglycerol: a histological approach. Med Sci Sports Exerc. 2004;36(1): 60-7

Lira FS. Regulação do metabolismo Hepático de Lipídios: Impacto do exercício Físico sobre a es-teatose hepática não-alcoólica. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. 2010;9(1):132-5.

de Oliveira VN, Bessa A, Jorge ML, Oliveira RJ, de Mello MT, De Agostini GG, et al. The effect of different training programs on antioxidant status, oxidative stress, and metabolic control in type 2 diabetes. Applied physiology, nutrition, and metabolism = Physiologie appliquee, nutrition et metabolisme. 2012;37(2):334-44.

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CORRELAÇÃO ENTRE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE MULHERES COM

ARTRITE REUMATOIDE

Correlation between assessment tools for functional capacity of women with rheumatoid arthritis

Graziela Sferra da Silva1, Mariana de Almeida Lourenço2, Marcos Renato de Assis1

1. Faculdade de Medicina de Marília - FAMEMA. Marília. SP. Brasil.2. Instituto de Biociências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Rio Claro. SP. Brasil.

Apoio Financeiro: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Palavras Chave: artrite reumatoide; avaliação da deficiência.

Introdução: A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune inflamatória sistêmica crônica e progressiva com acometimento predominante em mãos que pode levar a deformidades, diminuição de força muscular e grande prejuízo funcional. O objetivo do presente estudo foi correlacionar 3 questionários de avaliação da funcionalidade aplicados em mulheres com AR.

Metodologia: Estudo transversal, com amostra composta por 107 mulheres com AR, acompa-nhadas no Ambulatório de Reumatologia da Famema, entre o período de setembro de 2015 e julho de 2016. Às pacientes foram aplicados Health Assessment Questionnaire (HAQ), Disability of the arm, shoulder and hand (DASH) e Cochin Hand Functional Scale Questionnaire (CHFS). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição CAAE: 45124815.0000.5413. Foi rea-lizada estatística descritiva, teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov e teste de correlação de Spearman, com significância de 5%.

Resultados: A maioria da amostra era casada (64,5%), raça branca (50,5%), com dominância em mão direita (93,5%) e idade média de 56,97(±10,57) anos. Os valores de mediana (P25-P75) foram HAQ 1,00(0,37-1,87), CHFS 10,00(2-29) e DASH 20,83(8,33-45), o que caracteriza prejuízo leve a moderado da capacidade funcional. Foram encontradas correlações fortes e significantes entre os instrumentos de avaliação funcional HAQ e DASH (0,816, p<0,000), HAQ e CHFS (0,735, p<0,000) e DASH e CHFS (0,790, p<0,000).

Discussão: A avaliação de atividades de vida diária e pessoal pelo HAQ mostrou forte correlação com o teste DASH, construído para avaliar pacientes com problemas em membros superiores, e com o CHFS, elaborado para medir a capacidade funcional da mão. Isso confirma o papel fun-damental de mãos e dedo na funcionalidade.Conclusão: A capacidade funcional de mulheres com AR avaliadas pelos instrumentos HAQ, DASH e CHFS oferecem resultados semelhantes.

Agradecimentos: Setor de Coluna Vertebral, Procedimentos e Reabilitação em Reumatologia a Unifesp por ceder os aparelhos de dinamometria.

Referências

Chiari A, Sardim CCS, Natour J. Translation, cultural adaptation and reproducibility of the Cochin

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Hand Functional Scale Questionnaire for Brazil. Clinics 2011;66(5):731-36.Corbacho MI, Dapueto JJ. Avaliação da capacidade funcional e da qualidade de vida de pacientes com artrite reumatoide. Rev Bras Reumatol. 2010;50(1):31-43.

Oku EC, Pinheiro GRC, Araújo PMP. Instrumentos de avaliação funcional da mão em pacientes com artrite reumatoide. Fisioter Mov. 2009;22(2):221-28.

Bruce B, Fries JF. The Health Assessment Questionnaire (HAQ). Clin Exp Rheumatol. 2005;23(5):14-8.

Orfale AG, Araújo PMP, Ferraz MB, Natour J. Translation into Brazilian Portuguese, cultural ad-aptation and evaluation of the reliability of the Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand Ques-tionnaire. Braz J Med Biol Res. 2005;38(2):293-302.

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FATOR DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR: CRANIOESTENOSE

Risk factor for Neuropsychomotor developmental:craniosynostosis

Silas de Oliveira Damasceno¹, Larissa Borba André², Mileide Cristina Stoco de Oliveira², Caroline Nunes Gonzaga³, Katiane Mayara Guerrero¹, Isabela Bortolim Frasson³, Magda Campos Curcino¹, Augusto Cesinando de Carvalho4,Tânia Cristina Bofi4.

1Discente do Programa de Pós Graduação de Lato Sensu em Fisioterapia – UNESP – Presidente Prudente. SP. Brasil. 2Discente do Programa de Pós Graduação- Residência em Fisioterapia – UNESP- Presidente Prudente. SP. Brasil. ³Discente do Curso de Fisioterapia - UNESP – Presi-dente Prudente. SP. Brasil. 4Docente do Departamento de Fisioterapia – UNESP – Presidente Prudente. SP. Brasil.

Palavras-chave: prematuridade, cranioestenose, intervenção precoce.

Introdução: A prematuridade é ocasionada por motivos multifatoriais e influi diretamente na dinâmica familiar e no processo de intervenção¹. É designado prematuro, o recém-nascido que nasce antes da 37ª semana de gestação, o que leva a interrupção normativa do desenvolvimen-to fetal e que também, se estende após o nascimento². Neste sentido, uma avaliação holística em crianças prematuras se faz necessário, o que inclui a fontanela³. Logo, apreciar a fontanela e suas possíveis alterações surte como pressuposto avaliativo antecipatório de comorbidades. Entretanto, apesar da semiologia clínica inerente às crianças ser complexa, este aspecto deve ser bem delimitado. Baseada nesta vertente, o objetivo deste estudo foi avaliar a fontanela de prematuros que procuraram um serviço de fisioterapia.

Metodologia: Trata-se de uma pesquisa transversal e de caráter quantitativa. Participaram deste estudo 26 crianças (15 meninos e 11 meninas) com média de idade de 6,53±3,67 meses atendi-dos no Laboratório de Psicomotricidade e do Centro de Estudos e Atendimentos em Fisioterapia e Reabilitação da Universidade Estadual Paulista (FCT/UNESP) de Presidente Prudente/SP. Os responsáveis pelas crianças assinaram a participação dos menores por meio do Termo de Con-sentimento Livre e Esclarecido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da universidade su-pracitada, cujo protocolo é nº 644.408. Os participantes, inicialmente, eram submetidos ao exame físico por um profissional de Neuropediatria capacitado para tal avaliação, e se este identificasse qualquer suspeita da cranioestenose, o avaliado era encaminhado para o exame de imagem. A confirmação foi procedida pelo laudo médico.

Resultados: Dentre a população analisada, 6 participantes (23,07%) apresentaram fechamento prematuro da fontanela, onde estes continham média de idade de 23,83±12,49 meses e idade gestacional de 32,33±4,67 meses.

Discussão: A cranioestenose ou craniossinostose prematura tem suma relevância nos primeiros meses de vida, pois este compreende um período de evolução crescente do encéfalo4, embora na literatura nacional este seja um assunto pouco explorado5 é primordial a intervenção precoce, além de disponibilizar recursos para os pais dessas crianças6. Este pensamento vai de encontro com os achados nesta pesquisa, uma vez que, estas crianças são estimuladas por uma equipe multidisciplinar e os pais são orientados a seguirem recomendações que impulsionam o desen-

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volvimento de seus filhos.

Conclusão: Conclui-se que a intervenção precoce frente a um atendimento entre as especiali-dades, surge como proposta fundamental às crianças com cranioestenose e consequentemente nos desvios de seus desenvolvimentos neuropsicomotores. Espera-se, também, novos estudos que abordem e elucidem este assunto proposto.

Referências:

1. Ramos HAC, Cuman RKN. Fatores de risco para prematuridade: Pesquisa documental. Esc Anna Nery Rev Enferm 2009 abr-jun; 13 (2): 297-304.

2. Ramos JGL, Martins SHC, Valério EG, Muller ALL. Nascimento pré-termo. In: Freitas F, Martins SHC, Ramos JGL, Magalhães JÁ. Rotinas em obstetrícia. Porto Alegre(RS): Artmed; 2001.p. 69 – 80.

3. Funayama CAR. Exame neurológico em crianças. Simpósio: Semiologia Especializada. Medi-cina, Ribeirão Preto, 29: 32-43, jan/mar. 1996.

4. Almeida GM, Barros NG. Craniostenose: Tratamento cirúrgico. Arq. Neuro-psiquiat. São Paulo. Vol 23, nº4. Dezembro, 1965.

5. Austregésilo A, Fortes AB . Sobre um caso heredo-familiar de disostose crânio-facial. Impr. méd. (Ri o de Janeiro) 16: 213-217, 1940.

6. Amiralian MLTM, Anauate C. A importância da intervenção precoce com pais de bebês que nascem com alguma deficiência. Editora EFPR Educar, Curitiba, n. 30, p. 197-210, 2007.

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AJUSTES DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA E DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DE CRIANÇAS OBESAS AO

TESTE DE MUDANÇA POSTURAL ATIVA

Blood pressure systolic adjustments and heart rate of obese chil-dren to change postural active test

Juliana Lôbo Froio¹,², Mariana Cristina da Silva², Emilia Batagelo², Amanda Persson Mascari², Eduardo Federighi Baisi Chagas¹,², Luciana Mara Camargo Pfeifer3, Robison José Quitério1,²

1 – PPG Desenvolvimento Humano e Tecnologias. Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro/SP. 2 - Laboratório de Biocomunicação, Exercício Físico e Modulação Autonômica da Frequência Cardíaca. Faculdade de Filosofia e Ciências, UNESP, Marília/SP. 3 - Centro de Obesidade Infantil de Marilia, Secretaria Municipal de Saúde, Marília/ SP.

Agência Financiadora: CAPES, CNPQ e FAPESP.

Palavras chave: pressão arterial, frequência cardíaca, obesidade infantil.

Introdução: A mudança da posição supina para a posição ortostática gera uma modificação da atividade reflexa autonômica com o propósito de manter a pressão arterial dentro de interva-lo adequado à homeostase1. Através, principalmente, do barorreflexo arterial, ocorre ativação simpática e inibição vagal, desencadeando aumento da frequência cardíaca (FC)2,3. Portanto, a Manobra Postural Ativa (MPA) tem como importância clínica a detecção de alguns tipos de res-postas anormais ao estresse ortostático e relacionadas à hipotensão postural4, e outras altera-ções autonômicas5. Tanto em repouso em supino, quanto na mudança e permanência na posição bípede, a FC das crianças obesas apresenta-se maior quando comparada às eutróficas6. Diante destas considerações, o presente estudo poderá produzir conhecimentos úteis na investigação dos efeitos crônicos da obesidade sobre a manobra postural ativa de crianças obesas. O objetivo do estudo foi investigar os ajustes da pressão arterial sistólica (PAS) e FC de repouso em supino e ortostatismo em crianças obesas e eutróficas.

Metodologia: Aprovado pelo Comitê de Ética (CEP 1114/2014); avaliados 46 escolares de Marília/SP, de sete a doze anos de idade, que não faziam uso de medicamentos regularmente, dividi-dos igualmente nos grupos e eutróficos6. O procedimento experimental foi realizado no período vespertino. Após permanecer em repouso em supino, por quinze minutos, o indivíduo ficou em pé ativamente e permaneceu assim por mais cinco minutos. A PA foi medida em supino e entre 90o e 120o segundos na postura em pé e calculada a diferença entre os dois valores de PAS. Os intervalos RR e a FC foram registrados continuamente (Cardiofrequencímetro Polar S810) e cal-culada a diferença entre a média do iRR em supino e o menor iRR entre o 5º e o 20º batimentos obtidos na postura em pé.

Resultados: dados dos grupos eutróficos e obesos, respectivamente: idade (meses) =122,1+15,4 e 120,8+13,6; Variação da FC= 45,4± 6,7 e 37,0± 16,2 (p>0,05). Variação da PAS: 5,6 ±9,3 e 6,3 ± 6,6 (p>0,05).

Discussão: A MPA promove estimulação autonômica, estimulando o aumento da FC e da PA6,7. Porém, os dados do presente estudo indicam que esses mecanismos autonômicos não estão alterados em crianças e adolescentes obesos.

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Conclusão: crianças e adolescentes obesos não apresentam alterações nos ajustes da FC e da PAS durante MPA. Agradecimentos: à coordenação do CAOIM, às agências de fomento e ao LIBEM.

Referências:

Guyton AC, John EH. Textbook of Medical Physiology. Elsevier, 2006; 1600: 19103-2899.Junior PG. Análise da regulação autonômica cardiovascular por modelamento MVAR de variáveis fisiológicas não invasivamente amostradas [Tese de Doutorado]. Universidade Federal de Santa Catarina. 2013.

Neto, E.J. Contribuição dos grandes vasos arteriais na adaptação cardiovascular a ortostase. Arq. bras. Cardiol. 2016; 87(2): 209-222.

Castro CLB, Da-Nóbrega ACL, De-Araújo CGS. Testes Autonômicos Cardiovasculares. Uma Revisão Crítica. Parte 11. Arq Bras Cardiol. 1992; 59(2): 152.

Paschoal MA, Fernandes FC. Variabilidade da frequência cardíaca em diferentes faixas etárias. Revista Brasileira de Fisioterapia. 20016; 10(4).

Ancona MC et al. Variabilidade de frequência cardíaca em crianças eutróficas e obesas nas po-sições supina e bípede. Revista de Ciências Médicas. 2012; 18(2): 69-79.

Cole TJ, Bellizzi MC, Flegal KM, Dietz WH. Establishing a standard definition for child overweight and obesity worldwide: international survey. British Medical journal (BMJ). 2000; 320:1240–1243.

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INTENSIDADE DE ESFORÇO NA REABILITAÇÃO CARDÍACA COM APLICAÇÃO DE REALIDADE VIRTUAL

Effort intensity in cardiac rehabilitation with virtual reality appli-cation

Maiara Almeida Aldá1, Angélica Bologna Raposo1, João Pedro Lucas Neves Silva1, Bianca Pinhal Galindo1, Márcia Rodrigues Costa Franco2, Renata Aparecida de Oliveira Lima1, Luiz Carlos Mar-ques Vanderlei2, Ana Paula Coelho Freire1, Robson Augusto Siscoutto1, Francis Lopes Pacagnelli1

Faculdade de Fisioterapia. Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE. Presidente Prudente. SP. BrasilFaculdade de Fisioterapia. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Presidente Prudente. SP. Brasil

Palavras-chave: Terapia de Exposição à Realidade Virtual. Modalidades de Fisioterapia. Doenças Cardiovasculares.

INTRODUÇÃO: Muitos sobrevivem a doenças cardiovasculares, comprovando-se a necessidade de uma intervenção adequada. No atual contexto tecnológico, recursos terapêuticos têm sido ad-juvantes à reabilitação, tal como a Realidade Virtual (RV). Porém sua eficácia depende do ganho de condicionamento aeróbico através da manutenção de uma intensidade de esforço ideal.

OBJETIVO: Analisar a manutenção da intensidade do exercício através da frequência cardíaca (FC) na reabilitação cardiovascular fisioterapêutica com aplicação da RV.

MÉTODOS: Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE:51960515.1.0000.5515), no qual foram avaliados 10 indivíduos de ambos sexos, em 12 sessões de fisioterapia com dura-ção de 50 minutos. A RV foi implementada por meio do Xbox 360® com Kinect™, com uso dos jogos YourShape™ e Just Dance™. Durante a sessão, a FC foi mensurada a cada 10 minutos e comparada à FC de treinamento calculada através da fórmula de Karvonen.

RESULTADOS: Durante as sessões 3,3±8,02% atingiu a FC de treinamento nos 5 momen-tos; 11,5±13,63% atingiu em 4 momentos da sessão; 14,7±15,44% atingiu em 3 momentos; 22,3±16,64% atingiu em 2 momentos; 19,6±15,15% atingiu em apenas 1 momento; e 26,5±24% não atingiu a FC de treinamento em nenhum momento da terapia.

DISCUSSÃO: A reabilitação cardiovascular compreende a prescrição de exercício aeróbico con-tínuo que eleve e mantenha a FC na intensidade ideal, o que não foi observado na terapia.

CONCLUSÃO: A RV pode ser aplicada a cardiopatas, desde que haja manutenção da intensidade de esforço para não comprometer a eficácia do tratamento.

REFERÊNCIAS:

Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Doenças crônico-degenerativas e obesidade: estratégia mundial sobre alimentação saudável, atividade física e saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; 2003.Rodrigues GA et al. Acute cardiovascular responses while playing virtual games simulated by

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Nintendo Wii(®). J Phys Ther Sci. 2015;27(9):2849-51.

Herdy AH et al. Diretriz sul-americana de prevenção e reabilitação cardiovascular. Arq Bras Car-diol. 2014;103(2) Supl. 1.

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PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO METABÓLICOS PARA DOENÇA CARDIOCIRCULATÓRIO EM CRIANÇAS

OBESAS

Risk factors prevalence in obese children

Mayara Aparecida Domingues Vieira¹, Juliana Lôbo Froio1,², Eduardo Federighi Baisi Chagas1,², Mariana Cristina da Silva¹, Emilia Batagelo¹, Amanda Persson Mascari¹, Fernanda Regina de Moraes2, Luciana Mara Camargo Pfeifer3, Robison José Quitério1,²

1 – Laboratório de Biocomunicação, Exercício Físico e Modulação Autonômica da Frequência Cardíaca. Faculdade de Filosofia e Ciências, UNESP, Marília/SP. 2 - PPG Desenvolvimento Humano e Tecnologias. Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro/SP. 3 - Centro de Obesidade Infantil de Marilia, Secretaria Municipal de Saúde, Marília/ SP.

Agência Financiadora: CAPES, CNPQ e FAPESP.

Palavras chave: obesidade; infarto do miocárdio; fatores de risco.

Introdução: O excesso de gordura corporal, principalmente abdominal altera o perfil lipídico, pressão arterial e pode causar hiperinsulinemia, as quais podem aumentar a probabilidade de eventos cardiovasculares1,2. A obesidade é um fator de risco que desencadeia dislipidemia, ou seja, gera um aumento da lipoproteína LDL-c, triglicerídeos e diminuição do HDL-c3. Assim tanto a obesidade quanto os fatores associados a obesidade devem ser identificados e tratados preco-cemente para diminuir os agravos a saúde do indivíduo4. O objetivo desse estudo é investigar a prevalência de fatores de risco cardiovasculares em escolares obesos do município de Marília/SP.

Metodologia: CEP: 1114/2014; foram avaliadas 67 crianças obesas5 de Marília/SP, de sete a doze anos de idade, que não faziam uso de medicamentos. Exames laboratoriais (12h jejum) e respectivos valores considerados como alterados: triglicérides (TG ≥ 130 mg/dL), colesterol total (CT≥ 170 mg/dL), lipoproteína de alta densidade colesterol (HDL-C <45 mg/dL), a lipoproteína de baixa densidade colesterol (LDL-C: ≥ 130 mg/dl) e glicemia (≥ 100 mg/dL). Ocorrência de fatores alterados será apresentada de forma descritiva (percentual).

Resultados: Idade: 7 a 12 anos; TG = 27 %; CT = 52%; HDL = 64%; LDL-C = 25 %; glicemia = 6%.

Discussão: Muitas comorbidades associadas à obesidade, que se pensava serem aplicáveis somente aos adultos, são agora vistas com frequência cada vez maior em crianças. O tecido adi-poso produz numerosos hormônios e citocinas que possuem um importante papel na patogênese e desenvolvimento de complicações da obesidade, tanto em adultos, quanto em crianças6. No presente estudo, por ordem de ocorrência, os fatores alterados encontrados foram HDL-C, CT, TG, LDL-C e glicemia. Segundo a literatura7 os dados mais prevalentes são HDL-c e triglicérides. Sabe-se que as crianças são mais vulneráveis a um conjunto único de problemas relacionados à obesidade porque seus organismos estão em processo de crescimento e desenvolvimento8.

Conclusão: Crianças e adolescentes obesos apresentam altas prevalências de fatores de risco metabólicos para doenças cardiocirculatórias, são que as duas alterações mais prevalentes são baixo HDL-c e hipercoleterolemia.

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Agradecimentos: à coordenação do CAOIM, às agencias de fomento e ao LIBEM.

Referências: (máximo 10, Vancouver)

1- Sociedade Brasileira de Cardiologia. III Diretrizes Brasileiras Sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Arq Bras Cardiol. 2001;77(Suppl. III):1-40.

2- Sociedade Brasileira de Cardiologia. IV Diretrizes Brasileiras Sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Arq Bras Cardiol. 2007;88 (Suppl. I):1-19.

3- PIRES, Antonio; MARTINS, Paula; PEREIRA, Ana Margarida.; SILVA, Patricia V.; MARINHO, Joana; MARQUES, Margarida et al; Insulin resistance, dyslipidemia and cardiovascular changes in a group of obese children. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2015; 104(4): 2066-273

4- PERGHER, Rafael N. Q.; MELO, Maria E.; HALPERN, Alfredo; MANCINI, Marcio C.; Liga de Obesidade Infantil. Is a diagnosis of metabolic syndrome applicable to children. Jornal de Pe-diatria, 2010; 86 (2): 101-108.

5- Organização Mundial da Saúde – OMS. World Health Organization. Growth reference 5-19 years. 2007; Disponível em: <http://www.who.int/growthref/en/>. Acessado em: outubro 2016.

6- ARSLAN, Nur; ERDUR, Baris; AYDIN, Adem. Hormones and Cytokines in Childhood Obesity. Indian Pediatrics; 2010; 47(17): 829-839.

7- Diretrizes brasileiras de obesidade. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO). 2016; 4:136-137. Disponível em: < http://www.abeso.org.br/diretrizes>. Acessado em: outubro 2016.

8- DANIELS, Stephen R. The Consequences of Childhood Overweight and Obesity. The Future of Children; 2006; 16(1): 47-67.

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INFLUÊNCIA DA DUPLA TAREFA COTIDIANA SOBRE A LARGURA DE PASSO DE IDOSOS COM DOENÇA DE

PARKINSON

Influence of everyday dual task on step width of elderly with Parkinson’s Disease

Carolina Favarin Soares1, Patrícia de Aguiar Yamada1, Késia Maísa do Amaral1, Aline Prieto de Barros Silveira1, Flávia Roberta Faganello-Navega2

1 Instituto de Biociências. Universidade Estadual Paulista – UNESP. Rio Claro. SP. Brasil2 Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista – UNESP. Marília. SP. Brasil.

Palavras-chaves: doença de Parkinson, cinemática, atividade dupla.

A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa e crônica, a qual apresenta entre os principais prejuízos motores, alterações posturais e da marcha1. Estudos têm demonstrado a incapacidade de indivíduos com DP em realizar atividades de dupla tarefa, devido à falha no controle dos movimentos automáticos, podendo resultar em alterações no padrão da marcha, predispondo-os a um maior risco de quedas2. Entretanto, situações de risco parecem ser mais bem identificadas durante condições que melhor representam as atividades diárias do indivíduo, uma vez que trata-se de tarefas que estes estão expostos constantemente3. Deste modo, o pre-sente estudo teve por objetivo verificar a influência da dupla tarefa cotidiana sobre a largura de passo de idosos com DP. Participaram do estudo 20 indivíduos de ambos os sexos, com idades entre 60 e 80 anos, os quais foram distribuídos em grupo controle, constituído de idosos sem alterações neurológicas (GC, n=10) e grupo com DP (GDP, n=10), constituído de idosos com diagnóstico médico de DP. A avaliação da largura de passo foi realizada pelo sistema GAITRite® durante três diferentes condições: marcha sem dupla tarefa, marcha carregando sacolas com peso e marcha falando ao celular. (CEP- 1.299.720). Para análise estatística foi aplicado o teste Anova Two-Way Medidas Repetidas com post Hoc de Bonferroni, considerando p<0,05. O GDP apresentou aumento significativo da largura de passo durante a condição de marcha falando ao celular em relação à marcha normal (p= 0,019). Ambos os grupos apresentaram redução desta variável durante a marcha carregando sacolas com peso, porém tal redução apenas foi signifi-cativa no GDP (p= 0,001). O aumento da largura de passo durante a marcha falando ao celular demonstra que tal condição gera maior instabilidade em idosos com DP, uma vez que o aumento da largura de passo indica redução de equilíbrio durante a marcha, decorrente de uma instabili-dade médio-lateral4. A redução da largura de passo em ambos os grupos pode ser explicada pelo tipo da tarefa realizada, a qual inclui segurar duas sacolas ao lado do corpo, o que possivelmente limita a abdução dos membros inferiores. No entanto, a redução significativa apenas no GDP su-gere uma incapacidade de modular a largura de passo, indicando que estes se apresentam mais instáveis e sob maior risco de quedas quando expostos a este tipo de tarefa5. Portanto, a dupla tarefa cotidiana é capaz de influenciar a largura de passo em idosos com DP.

Referências

1. Morris ME, Iansek R, Matyas TA, Summers JJ. The patogenesis of gait hypokinesia in Parkin-son’s disease. Brain 1994; 117:1169-1181.

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2. Stegemoller EL, Wilson JP, Hazamy A, Shelley MC, Okun MS, Altmann LJP, Hass CJ. Associa-tions between cognitive and gait performance during single- and dual-task walking in people with Parkinson disease. Physical Therapy 2014; 94(6): 757-766.

3. Geurts AC, Mulder TW, Nienhuis B. From the analysis of movements to the analysis of skills. J Rehabil Sci 1991;4:9–12.

4. Bloem BR, Grimbergen YA, van Dijk JG, Munneke M. The “posture second” strategy: a review of wrong priorities in Parkinson’s disease. J Neurol Sci 2006; 248(1-2):196-204.

5. Rochester L, Galna B, Lord S, Burn D. The nature of dual-task interference during gait in incident Parkinson’s disease. Neuroscience 2014; 18;265:83-94.

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FUNÇÃO SENSÓRIO-MOTORA E COORDENAÇÃO NA HEMIPARESIA

Angélica Bologna Raposo1, Thayná Maiolini Araujo1, Paloma Pellosi1, Luana Martins de Paula1,

Juliana Gonçalves Finoti1, Débora Vasconcelos Verissimo1, Mariana Oliveira Santos1, Renata Apa-recida de Oliveira Lima1, Deborah Cristina Gonçalves Luiz Fernani1,2, Maria Tereza Artero Prado1,2.

1-Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente, SP-Brasil.2-Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP-Brasil.

Palavras-chave: acidente vascular cerebral, paresia, destreza motora.

INTRODUÇÃO: Após o Acidente Vascular Encefálico (AVE) o indivíduo apresenta perdas nos do-mínios físicos, cognitivos e/ou comportamental1. Deste modo, o objetivo desse estudo foi verificar a função sensório-motora e coordenação de indivíduos com hemiparesia

MÉTODOS: Estudo transversal (n° de CAAE 51844115.5.0000.5515), no qual foram avaliados 37 indivíduos com hemiparesia por AVE, pela Escala de Fugl Meyer (EFM)2 e Lower Extremity Motor Coordination Test (LEMOCOT)3. Os resultados foram expressos em média e desvio padrão.

RESULTADOS: Foi verificado baixa pontuação na EFM (percentual de recuperação de 76,37±17,61%) e déficit da coordenação de ambos os lados do corpo pelo LEMOCOT (média de acertos do lado não parético: 25,46±10,97, com média do valor predito de 33,56±5,16; média de acertos do lado parético: 12,11±9,57, com valor predito de 31,72±4,67).

DISCUSSÃO: Nesse estudo, foi verificado baixa pontuação na EFM e déficit em todos os domí-nios da escala. Estes achados, corroboram com o estudo de Teles et al.4, que utilizaram o mesmo instrumento, e também verificaram déficit da função sensório-motora. Além disso, neste estudo foi observado o déficit da coordenação de membros inferiores de ambos os lados do corpo, cer-tificando que o AVE, pode prejudicar globalmente o indivíduo, com comprometimento da marcha e na realização das atividades de vida diária.

CONCLUSÃO: Os indivíduos com hemiparesia avaliados, apresentaram déficit da função sensó-rio-motora e da coordenação de membros inferiores, de ambos os lados do corpo.

REFERÊNCIAS

1. Terranova TT, Alvieri FO, Almeida MD, Ayres VM, Cruz SF, Milazzotto MV et al. Chronic cerebral vascular accident: rehabilitation. Acta Fisiatr. 2012;19(2):50-9.

2. Maki T, Quagliato EMAB, Cacho EWA, Paz LPS, Nascimento NH, Inoue MMEA, Viana MA. Estudo de confiabilidade da aplicação da Escala de Fugl-Meyer no Brasil. Rev Bras Fisioter. 2006;10(2):177-83.

3. Pinheiro MB, Scianni AA, Ada L, Faria CD, Teixeira-Salmela LF. Reference Values and Psy-chometric Properties of the Lower Extremity Motor Coordination Test. Arch Phys Med Rehabil. 2014;95:1490-7.

4. Teles MS, Gusmão C. Avaliação funcional de pacientes com Acidente Vascular Cerebral utili-zando o protocolo de Fugl-Meyer. Rev. Neurocienc. 2012;20(1):42-9.

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EXERCÍCIO AERÓBIO E DENSIDADE MINERAL ÓSSEA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM

HEMODIÁLISE

Aerobic exercise and bone density in patients with chronic kid-ney disease in hemodialysis

Simone da Silva Kral1, Beatriz Cristina Murari Nogueira1, Adhonas Castanheira Viana1 Isabela Trindade Martins Amaro1 Tatiane Yumi Mizuno1, Celio Guilherme Lombardi Daibem1

¹Departamento de Fisioterapia. Faculdades Integradas de Bauru. Bauru. SP. Brasil.e-mail: [email protected]

Palavras-Chave: Doença Renal Crônica; Exercício; Densidade Óssea.

Introdução: A doença renal crônica (DRC) se caracteriza pela destruição progressiva de néfrons1. Em estágio dialítico apresenta várias manifestações sistêmicas, entre elas a perda da densidade mineral óssea (DMO)2. A literatura demonstra que diferentes protocolos de exercícios têm sido testados nos pacientes em hemodiálise, porém não há consenso sobre qual a melhor modalidade a ser recomendada3. O objetivo desse estudo foi verificar o efeito de 12 semanas de exercício aeróbio na DMO de doentes renais crônicos em hemodiálise.

Métodos: O presente estudo experimental e prospectivo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, processo: 02564112.2.0000.5423. Foram incluídos neste trabalho indivíduos voluntários adultos, com doença renal crônica e em hemodiálise há pelo menos três meses, independente do sexo ou idade. O exercício aeróbio foi realizado nas primeiras duas horas da sessão de he-modiálise, três vezes na semana, com um ciclo ergômetro portátil, com duração de 12 semanas. Para avaliação da DMO, foi realizado o método da técnica de absorciometria de raio-x de dupla energia, mais conhecido como DEXA.

Resultados: Fizeram parte da amostra três mulheres (50%) e três homens (50%), com idade média de 54,83±16,87 anos e tempo de hemodiálise de 34,33±39,48 meses. Entre os momentos pré e pós exercícios observou-se aumento do T-score em 4 indivíduos, sendo que em 1 indivíduo não apresentou alteração e em outro houve diminuição, com tendência de melhora da média geral.

Discussão: Segundo Marchand4, a atividade física aeróbia, quando vigorosa, exerce um estímulo mecânico favorável sobre os ossos, sendo eficiente no aumento da densidade mineral óssea total, principalmente ao nível trocantérico. Porém, o American College of Sports Medicine5 recomenda como prescrição de exercício para auxiliar a preservar a saúde óssea durante fase adulta, ati-vidades que tenham resistência e saltos com intensidade que variam de moderada a alta, duas a três vezes por semana. Como limitações desse estudo, apontamos o tamanho reduzido da amostra e ausência de um grupo controle. Ainda poderiam ter sido testadas outras modalidades de exercício, como o resistido. Sugerimos para estudos futuros, verificar a associação do nível de atividade física e a DMO em renais crônicos após intervenção com exercício aeróbio, e avaliar o impacto dos exercícios no metabolismo ósseo por meio de marcadores bioquímicos.

Conclusão: O presente estudo verificou que houve tendência para melhora na DMO nos doentes renais crônicos em hemodiálise com 12 semanas de exercício aeróbio.

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Referências:

1 STEVENS A, LOWE J, Patologia. 2ª Ed. Barueri: Manole, 2002.

2 SOARES KTA, VIESSER MV, RZNISKI TAB, BRUM EP. Eficácia de um protocolo de exercícios físicos em pacientes com insuficiência renal crônica, durante o tratamento de hemodiálise, ava-liada pelo SF-36. Fisioter Mov. 2011;24(1):133-40.

3 JOHANSEN, K. L. Exercise in the end-stage renal disease population. J Am Soc Nephrol. 2007;18(6):1845-54.

4 MARCHAND, E. A. A.; Exercício e Saúde Óssea. Revista Digital – Buenos Aires. 2001; 6(33).

5 ACSM – American College of Sports Medicine: position stand: Physical Activity and Bone Health. Official Journal of the American College of Sports Medicine, 2004;36(11):1985-96.

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EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO INTERVALADO NA APTIDÃO FÍSICA EM PARTICIPANTES COM SÍNDROME

METABÓLICA

Effects of aerobic interval training on physical fitness in partici-pants with Metabolic Syndrome

Caio Ferreira Ripper1, Carlos Iván Mesa Castrillón1, Stephanie Nogueira Linares¹, Maria Paula Ferreira de Figueiredo¹, Rodolfo Augusto Travagin Miranda1, Nilton Mantovani Júnior1, Franciele Marques Vanderlei¹, Larissa Rodrigues Souto¹, Carlos Marcelo Pastre1, Jayme Netto Júnior1

1 Faculdade de Ciências e Tecnologia. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP. Presidente Prudente. SP. Brasil

Palavras-chave: Síndrome X Metabólica; Exercício; Aptidão física.

Introdução: O termo síndrome metabólica (SM) corresponde a um conjunto de fatores de risco para doenças cardiovasculares, são eles: circunferência abdominal >90 cm em homens e >80 cm em mulheres, hiperglicemia em jejum >100 mg/dL, pressão arterial elevada (sistólica: >130 mmHg e diastólica >85 mmHg), diminuição de HDL-c(<40 mg/dL homens, <50 mg/dL mulheres), triglicerídeos >150 mg/dL.1 Sabe-se que a população com SM possui uma diminuição da capaci-dade funcional2 que está relacionada ao envelhecimento e outras doenças crônicas3,4, portanto o objetivo do estudo é verificar os efeitos do treinamento aeróbio intervalado na aptidão física de participantes com SM.

Métodos: O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa, registro 48288415.2.0000.5402. Amostra composta por 20 voluntários de ambos os sexos que foram diagnosticados com SM, randomizados em grupo controle (GC) e treinamento aeróbio intervalado (TAI), o TAI consiste em um treinamento com 16 semanas de duração sendo 3 recuperativas. Fase adaptativa: 1ª à 5ª semana (20%-39% da frequência cardíaca reserva (FCR)), Fase Intermediária: 6ª à 9ª semana (40%-59% da FCR) e a fase avançada: 10ª à 13ª semana (60%-90% FCR). Nos momentos pré e pós intervenção, os grupos realizaram testes que avaliaram a aptidão física2: agilidade e equilí-brio dinâmico (AGIL), coordenação (COO), flexibilidade (FLEX), resistência de força de membros superiores (RESIFORMS), capacidade aeróbia e habilidade de andar (CA) e teste de caminhada de 6 minutos5. Análise estatística: teste de normalidade Kolmogorov-smirnov, test t de student dependente e independente foram analisados no software SPSS.

Resultados: Não houve diferença estatística significante entre os grupos, porém houve uma melhora significativa estatisticamente no grupo TAI para COO, RESISFORMS e AGIL no período pós-intervenção.

Discussão: Segundo resultados podemos verificar que o treinamento aeróbio intervalado, espe-cialmente em alta intensidade tem benefícios sobre a aptidão física, esses desfechos estão em linha com o estudo de Vieira et al2 que diz também que a avaliação funcional ajuda a determinar o declínio da aptidão física de pessoas com SM, encorajando, assim, intervenções com a aplicação de exercícios físicos. O baixo número da amostra pode ser um fator limitante para a pesquisa.

Conclusão: Não houve diferença estatística entre os grupos nas variáveis de aptidão física, porém

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houve melhora significante nas variáveis COO, RESISFORMS e AGIL do grupo TAI.

Referências:

1.Alberti KGMM, Eckel RH, Grundy SM, Zimmet PZ, Cleeman JI, Donato KA, Fruchart JC, James WPT, Loria CM, Smith SC. Harmonizing the Metabolic Syndrome A Joint Interim Statement of the International Diabetes Federation Task Force on Epidemiology and Prevention; National Heart, Lung, and Blood Institute; American Heart Association; World Heart Federation; International Ath-erosclerosis Society; and International Association for the Study of Obesity 2009 120:1640-1645.

2.Vieira DCL, Tibana RA, Nascimento VTDC, Farias DL, Silva AO, Teixeira TG, Fonseca RMC, Oliveira RJ, Mendes FAS, Martins WR, Funghetto SS, Karnikowski MGO, Navalta JW, Prestes J. Decreased functional capacity and muscle strength in elderly women with metabolic syndrome. Dove Press journal: Clinical Interventions in Aging 2013:8 1377-1386.

3. Zhuo, Q. Yang W, Chen J, Wang Y. Metabolic syndrome meets osteoarthritis. Nat. Rev. Rheu-matol. 8, 729–737 (2012).

4. Cruz-Jentoft A, Baeyens J, Bauer J, Boirie Y, Cederholm T, Landi F, Martin F, Michel, J-P, Rolland Y, Schneider S, Topinkova E, Vandewoude M, Zamboni M. Sarcopenia: European consensus on definition and diagnosis. Report of the European Working Group on Sarcopenia in Older People. Age and Ageing 2010; 39: 412–423.

5. ATS Statement: Guidelines for the Six-Minute Walk Test. Am J Respir Crit Care Med Vol 166. pp 111–117, 2002.

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PREVALÊNCIA DE LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM ATLETAS RECREACIONAIS

Victor Hugo Nascimento¹, Jefferson Marinho de Souza², Luiz Felipe Marques Novaes³, Marcos Vinicius Vadette Lopes4, Weber Gutemberg Alves de Oliveira5

Universidade do Oeste Paulista–UNOESTE. Presidente Prudente. SP. Brasil.

Palavras-chaves: prevalência; lesões; futebol.

O futebol, esporte popular no Brasil, tem como características o contato físico, explosão e movi-mentos rápidos, impulsão, aceleração e desaceleração, mudança constante e rápida de direção, sustentando assim a afirmação de que como outros esportes coletivos, existe uma susceptibilidade aumentada a lesões (1,2). A prática de jogos ou atividades recreativas, é de imensa importância para um envelhecimento saudável (3,4), entretanto, a prática do esporte já na fase adulta e de forma recreacional, pode aumentar ainda mais o risco de lesões (5). O estudo transversal des-critivo incluiu 122 homens, por meio da aplicação de questionários para participantes com idade superior a 45 anos que praticam de futebol. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa proto-colo n°3043. Constatou a média de idade em 53,85±6,90 anos. No total diante as analise, foram encontradas 159 lesões, representando 55,97% lesões articulares e 31,44% lesões musculares. Os subtipos de lesões por estiramento, com 48 casos, e ruptura, com 57 casos. De acordo com localidade da estrutura corpórea, as lesões ocorreram em sua maioria nos membros inferiores com uma diferença do joelho para os demais locais, com 68 relatos. O presente estudo corrobora com pesquisas anteriores (1), quando identificado prevalência de lesões em membros inferiores. Conclui-se que, existe alta prevalência de lesões em atletas recreacionais na faixa etária analisada.

Referências:

1. Almeida PSM, Scotta ÂP, Pimentel B de M, Batista S, Sampaio YR. Incidência de lesão mus-culoesquelética em jogadores de futebol. Rev Bras Med Esporte. 2013;19(2):112–5.

2. Lawrence DW, Hutchison MG, Comper P. Descriptive Epidemiology of Musculoskeletal Injuries and Concussions in the National Football League, 2012-2014. Orthop J Sport Med. 2015;3(5):2012–4.

3. De Castro MR, Lima LHR, Duarte ER. Jogos recreativos para a terceira idade: uma análise a partir da percepção dos idosos. Rev Bras Ciências do Esporte. Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte; 2015;38(3)283-89.

4. Mauren da Silva Salin, Mazo GZ, Cardozo AS, Garcia GDS. Atividade Física para idosos: dire-trizes para implantação de programas e ações. Rev bras geriatr. 2011;14(2):197–208.

5. Hespanhol Junior LC, Costa LOP, Carvalho ACA, Lopes AD. Perfil das características do trei-namento e associação com lesões musculoesqueleticas prévias em corredores recreacionais: um estudo transversal. Brazilian J Phys Ther. 2012;16(1):46–53.

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EFEITO AGUDO DA HIDROTERAPIA NA VARIABILIDADE DA FRENQUÊNCIA CARDÍACA EM MULHERES

MENOUPAUSADAS COM RISCO CARDIOVASCULAR

Elaine A. Honda1, Priscila F. Correia1, Ana Paula C.F. Freire1,3, Ana Clara C.R. Gonçalves2,3, Maria Tereza A. Prado1,2, Gabriela A. P. Lopes1

E-mail: [email protected]

Instituições: 1Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente/SP, Brasil, 2Faculdade de Me-dicina do ABC, Santo André/SP, Brasil, 3Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho/SP, Presidente Prudente, Brasil.

INTRODUÇÃO: A menopausa é uma fase biológica da vida da mulher onde ocorre a diminuição fisiológica da função ovariana e alterações endócrinas, somáticas e psíquicas. A hidroterapia é um recurso fisioterapêutico empregado para controlar a efeito das mudanças funcionais cardíacas decorrentes da menopausa.

OBJETIVOS: Investigar o efeito agudo da hidroterapia na variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em mulheres menopausadas com riscos cardiovasculares.

MÉTODO: Estudo transversal que avaliou a variabilidade da frequência cardíaca pelos índices no domínio da frequência de 6 mulheres menopausadas, com média de idade de 69,16±7,44 anos, antes e após uma sessão de hidroterapia com duração de 40 minutos. Os dados inicias e finais da VFC foram comparados por meio do teste t pareado.

RESULTADOS: Não houve diferença significativa no comportamento da frequência cardíaca (p=0,8176), PAS (p=0,6109) e PAD (p=0,363) quando comparado antes e após intervenção. Quanto à variabilidade da frequência cardíaca, não foram observadas alterações significativas nos índices do domínio de frequência LF (p=0,556) que representa atividade predominantemente simpática e HF (p=0,556) que representa atividade parassimpática.

DISCUSSÃO: Acredita-se que este fato possa estar relacionado com as características do exer-cício prescrito, intensidade e duração.

CONCLUSÃO: Conclui-se que o exercício realizado em água não promoveu comportamentos inadequados das variáveis cardiovasculares e dos índices da VFC. O período de recuperação foi suficiente para os parâmetros retornarem à condição de repouso, assegurando uma atividade segura a uma população que apresenta risco cardiovasculares.

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TERAPIA COMBINADA NO TRATAMENTO DERMATO FUNCIONAL DE GORDURA LOCALIZADA NO PÓS-PARTO:

RELATO DE CASO

Combination Therapy in Functional Dermatological Treatment of Localized Fat Postpartum: report of case

Gabriele de Santana Silva1, Fernanda Fogaça da Silva1, Gabriela Andrade Piemonte Lopes1, Bruna Corral Garcia de Araújo1

Faculdade de Ciências da Saúde – Fisioterapia. Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE. Presidente Prudente. SP. Brasil

Palavras-chave: Gordura. Período pós-parto. Terapia Combinada.

Introdução: A gordura localizada causada pela gravidez é uma das reclamações mais comuns relatadas pelas mulheres que procuram a Fisioterapia Dermato-Funcional.1 Existem tratamentos para combatê-la, como a Terapia Combinada Heccus®IBRAMED, que alia um ultrassom á uma corrente polarizada, estimulando a lipólise, a contração muscular e o sistema linfático.2 Este estudo visou informar mulheres sobre um tratamento de gordura localizada, e pela terapia combinada ser um tratamento escasso na literatura. O objetivo foi avaliar a eficácia da Terapia Combinada no tratamento da gordura localizada na região abdominal de mulheres no período pós-parto.

Metodologia: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob protocolo n°51939115.0.0000.5515 e a coleta de dados foi feita após assinatura do Termo de Consentimen-to Livre e Esclarecido das voluntárias, sob Resolução 466/2012. Foi incluída uma mulher, de 25 anos, sedentária, que apresentava gordura localizada abdominal, com dois meses de pós-parto. Para a coleta de dados foi utilizada a Ficha de Anamnese Corporal CK®, medidas de perimetria3

e adipometria4, Bioimpedância3, Índice de Massa Corporal (IMC)3 e fotografia. A participante foi submetida a 12 sessões; e o tratamento utilizado foi a Terapia Combinada Heccus®. 2

Resultados: Houve redução em todos os itens avaliados. No registro fotográfico não houve di-ferença significante.

Discussão: Neste estudo foi observada redução dos parâmetros avaliados. Sant’ana (2010)5 realizou uma busca de achados científicos para a utilização combinada de ultrassom e corren-te terapêutica no tratamento da gordura localizada e celulite por meio de revisão bibliográfica. Concluindo que tais estudos asseguram a utilidade da Terapia Combinada Heccus® em todas as formas de tratamento, mostrando sua eficácia na gordura localizada.5 O presente estudo corro-bora com o achado apresentado. Uma das limitações desse estudo é a pequena amostra. Seria interessante realizar novos estudos com uma amostra maior para melhor eficácia no tratamento, também porque percebe-se escassez de estudos na literatura utilizando a Terapia Combinada na redução de gordura localizada.

Conclusão: Conclui-se que a Terapia Combinada Heccus® foi eficaz na redução de gordura localizada da região abdominal de uma mulher que está no período pós-parto.

Agradecimentos: Agradeço a todos que contribuíram no decorrer desta jornada: A Deus, a quem

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devo minha vida. A minha família e amigos pelo apoio. Á Orientadora Profª Bruna Corral Garcia de Oliveira, á Co-orientadora Profª Gabriela Andrade Piemonte Lopes e ás colaboradoras Bianca Pinhal Galindo e Débora Messias da Silva.

Referências:

1 Silva JGM, Filoni E, Fitz FF. Fisioterapia no tratamento das disfunções estéticas corporais – re-visão de literatura. MTP&RehabJournal. 2014; 12:979-1012.

2 Raíssa Biff Costa RB, Garcez VF, Silva GMA, Cristofolli L, Panichella EG, Nascimento MCAM, Limana MD. Efeitos das terapias combinadas ultrassom + Corrente Aussie e ultrassom + Corrente Estereodinâmica no tratamento de gordura abdominal: estudo de casos. Rev. Bras. Pesq. Saúde. 2014; 16(4):136-144.

3 Santos IMNSR, Sarruf FD, Balogh TS, Pinto CASO, Kaneko TM, Baby AR, Velasco MVR. Hidro-lipodistrofia ginoide: aspectos gerais e metodologias de avaliação da eficácia. Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde. 2011; 36(2):85-94.

4 Albertin MA, Bertucci DR. Comparação entre os métodos de bioimpedância e dobras cutâneas por meio da estimativa do percentual de gordura. Rev Bras Reabilitação e Atividade Física. 2015; 4(1):45-51.

5 Sant’Ana EMC. Fundamentação teórica para terapia combinada HECCUS® - Ultrassom e Cor-rente Aussie no tratamento da lipodistrofia ginóide e da gordura localizada. Revista Brasileira de Ciência & Estética. 2010; 1(1):1-15.

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AVALIAÇÃO DA PERDA DE URINA EM GESTANTES SUBMETIDAS A HIDROTERAPIA

Avaliation of urine loss in pregnants submitted to hidrotherapy

Geovana Brigatti Pereira1, Yara Soares Martin1, Jady Souza Silva1, Paula dos Santos Gardenal1, Angélica Mércia Pascon Barbosa2, Caroline Baldini Prudencio3, Carlos Isaías Sartorão Filho3, Fabiane Pinheiro3, Sthefanie Kenickel Nunes3, Tatiana de Oliveira Ireno Zulim3, Tawana Pascon3, Gabriela Andrade Piemonte Lopes1.

Faculdade de Ciências da Saúde – Fisioterapia. Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE. Presidente Prudente, SP, BrasilFaculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Marília, SP- Brasil.Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Botucatu, SP- Brasil.

Palavras-chave: Gestantes. Distúrbios do Assoalho Pélvico. Hidroterapia.

Introdução: O parto vaginal e a gestação são fatores considerados de grande predisposição para o surgimento de disfunções dos músculos do assoalho pélvico, sendo a mais decorrente a incontinência urinaria, o que em grande maioria afeta a qualidade de vida das gestantes negati-vamente. O estudo teve como objetivo avaliar a perda de urina durante a gestação de mulheres submetidas a hidroterapia.

Metodologia: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) (CAAE: 53192916.0.0000.5515.), sendo esta uma Unidade Coparticipante junto ao projeto de pesquisa (CAAE: 40418215.8.0000.5411). O estudo foi composto por um grupo, com 7 gestantes, entre a 19ª e 31ª semana gestacional, acima de 18 anos de idade, os instrumentos utilizados foram Urinary Incontinence Severity Index – ISI e International Consultation on Incontinence Question-naire – Short Form (ICIQ-SF). O tratamento hidroterápico foi composto em média por 8 sessões, 50 minutos cada, duas vezes semanais e realizadas na piscina terapêutica. A normalidade dos dados foi avaliada pelo teste Kolmogorov-Smirnov e sendo não paramétricos, os valores pré e pós-tratamento, foi utilizado o teste de Wilcoxon. Para a análise de correlação foi utilizado o tes-te de Pearson para dados normais e o teste de Spearman para dados não normais. O valor de significância utilizado foi de p<0,05.

Resultados: O presente estudo apontou que não houve diferença significante quando compara-do a avaliação inicial e a final nas variáveis analisadas. Todavia observou-se diferenças quando avaliadas individualmente a perda de urina.

Discussão: Alguns autores observaram alterações fisiológicas no MAP em gestantes primigestas do ponto de vista mecânico, como o tamanho e o peso do útero e o seu conteúdo gerando um aumento da pressão sobre a bexiga, ocasionando a diminuição da capacidade vesical. Sobre o período gestacional, é encontrado na literatura prevalências para o desenvolvimento de inconti-nência urinária de aproximadamente 15% no 1º trimestre, evoluindo para 35% no 2º trimestre e 40% no 3º trimestre. Apesar do presente estudo não apresentar significância estatística, pode-se observar que o tratamento hidroterápico associado ao fortalecimento do MAP é algo benéfico no tratamento da IU, observando-se uma melhora clínica. Conclusão: Concluímos que o tratamento hidroterápico é eficaz na prevenção e tratamento das disfunções do assoalho pélvico durante a

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gestação.

Referências:

1. Thorp, J.M.; Norton, P. A.; Wall, L. L.; Kuller, J. A.; Eucker, B.; Wells E. Urinary incontinence in pregnancy and the puerperium: a prospective study. Am J Obstet Gynecol. 1999; 181(2):266-73.

2.Tamanini, J. T.; Dambros, M., D’Ancona, C. A.; Palma, P. C., Rodrigues Netto, N. Jr. Validation of the “International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form” (ICIQ-SF) for Por-tuguese. Rev Saude Publica. 2004 Jun;38(3):438-44.

3. Junior, L. G. A.; Brauns I. S. D. Modalidades terapêuticas para recuperação da musculatura do assoalho pélvico da mulher. Nova Fisio, Revista Digital. Rio de Janeiro, Brasil, Ano 16, nº 90, Jan/Fev de 2013. Disponível em:< http://www.novafisio.com.br/modalidades-terapeuticas-para--recuperacao-da- musculatura-do-assoalho-pelvico-da-mulher/>. Acesso em: 23 de março 2016.

4. Moccellin, A. S.; Rett, M. T.; Driusso, P. Incontinência urinária na gestação: implicações na qualidade de vida. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, 14 (2): 147-154 abr. / jun., 2014.

5. Beleza, A. C. S.; Aveiro, M. C.; Silva, M. E. S. Sinais e sintomas de disfunção do trato urinário inferior em gestantes de um município do interior do estado de São Paulo. Fisioterapia Brasil - Volume 14 - Número 1 - janeiro/fevereiro de 2013.

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PILATES NA FORÇA MUSCULAR E FLEXIBILIDADE DE UNIVERSITÁRIOS

Pilates in muscle strength and flexibility in college students

Maiara Almeida Aldá1, Mariana Lamber dos Santos1, Mariana Fernandes Pellosi1, Aline da Silva Oliveira1, Lorena Pereira Araujo1, Jefferson Marinho de Souza1, Maria Tereza Artero Prado1,2, Deborah Cristina Gonçalves Luiz Fernani1,2

Faculdade de Fisioterapia. Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE. Presidente Prudente. SP. BrasilLaboratório Delineamento de Escrita Cientifica. Faculdade de Medicina do ABC – FMABC. Santo André. SP. Brasil

Palavras-chave: Flexibilidade, Força muscular.

Introdução: Estilo de vida sedentário apresenta-se forte no dia a dia de jovens, principalmente em universitários1. Como Pilates proporciona benefícios na flexibilidade, na endurance e resistência abdominal2, e atualmente é um método popular, este pode ser um meio atrativo para a prática de exercício físico. Objetivo: analisar a eficácia do método Pilates na flexibilidade e força muscular em universitários não praticantes de atividade física.

Metodologia: Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 51843215.8.0000.5515), no qual participaram 5 universitários não praticantes de atividade física com idade média de 19,66±2,09 anos, que realizaram exercícios do Pilates3 duas vezes semanais, durante 45 minutos (32 sessões). Para avaliação antes a após intervenção foi mensurada a flexibilidade pelo teste banco de Wells e para força abdominal teste abdominal de 1 minuto e teste de prancha.

Resultados: Verificaram-se melhora significativa da força abdominal após intervenção no teste abdominal (p=0,0355) e no teste de prancha (p=0,0355), já na flexibilidade houve melhora, porém sem significância estatística (p=0,0585).

Discussão: Estudos apresentam melhora significativa na flexibilidade e na força muscular ab-dominal2. Embora neste estudo seja observado melhora significativa apenas da força abdominal, na flexibilidade também houve um aumento. Fator importante verificado no presente estudo foi a conclusão de toda a intervenção de poucos universitários, demonstrando uma difícil adesão desse público, provavelmente por ainda não ter experimentado dos efeitos deletérios da inatividade física.

Conclusão: O método Pilates é eficaz para produzir melhora da força abdominal de universitários, não sendo conclusiva a aparente melhora na flexibilidade.

Referências: Santos LR et al. Analise do sedentarismo em estudantes universitários. Rev enferm UERJ. 2014;22(3):416-21.

Kibar S et al. Is pilates exercise program effective on balance, flexibility and muscle endurance? Randomized, controlled study. J Sports Med Phys Fitness. 2015.

Sinzato CR et al. Efeitos de 20 sessões do método Pilates no alinhamento postural e flexibilidade de mulheres jovens: estudo piloto. Fisioter Pesq. 2013;20(2):143-150.

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AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO PULMONAR, RESPOSTA AO EXERCÍCIO E QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTE COM

SÍNDROME DE KARTAGENER – RELATO DE CASO

Pulmonary function assessment, response to exercise and quali-ty of life in patient with Kartagener’s syndrome – Case Report

Adhonas Castanheira Viana1, Beatriz Cristina Murari Nogueira1, Blenda Ribeiro de Campos Schi-rato1, Isabela Trindade Martins Amaro1, Simone da Silva Kral1 Roberta Munhoz Manzano1, Camila Gimenes2

¹Departamento de fisioterapia. Faculdades Integradas de Bauru. Bauru. SP. Brasil.2Departamento de fisioterapia. Faculdades Integradas de Bauru e Universidade do Sagrado Co-ração. Bauru. SP. Brasil.

Palavras-Chave:. Terapia Respiratória; Terapia por Exercício; Síndrome de Kartagener.

Resumo

Introdução: A Síndrome de Kartagener é uma doença autossômica recessiva rara, caracterizada por Sittus Inversus e discinesia ciliar1. O portador desta enfermidade poderá apresentar sinusite e bronquiectasia2,3. Desse modo, o objetivo deste estudo é avaliar a função pulmonar, a resposta ao exercício e a qualidade de vida após sessões de fisioterapia em uma paciente com diagnostico clínico de Síndrome de Kartagener.

Métodos: O estudo foi realizado na clínica de FIB e aprovado pelo Comitê de Ética da FIB com o número de protocolo: 54031216.7.0000.5423. Foi estudado um indivíduo do sexo feminino, por-tador de Síndrome de Kartagener, com idade de 43 anos. O protocolo fisioterapêutico constou de 20 sessões, duas vezes por semana, por meio de exercícios resistidos para membros superiores e inferiores, exercícios aeróbios, cinesioterapia respiratória e manobras de higiene brônquica. As variáveis observadas pré e pós intervenção fisioterapêutica foram, força muscular respiratória (PImáx e PEmáx), prova de função pulmonar (espirometria), teste de caminhada de seis minutos (TC6’) e qualidade de vida (Questionário de Qualidade de Vida SF-36; Questionário de St George para doenças pulmonares.)

Resultado: Após a aplicação do protocolo fisioterapêutico, houve aumento na PEmáx de 100 para 110, CVF de 63% para 94%, VEF1 de 57% para 78%, VEF1% de 71% para 83%, PFE de 270 para 285 e TC6’ de 522m para 609m. Referente ao SF-36 houve aumento em todos os do-mínios exceto no domínio “saúde mental”. No questionário SGRQ houve a diminuição em todos os domínios indicando assim a melhora na QV.

Discussão: Em um estudo de caso realizado anteriormente com uma paciente com Síndrome de Kartagener a fisioterapia respiratória melhorou a força muscular respiratória, o pico de fluxo expiratório, o teste de caminhada de 6 minutos e a cirtometria4. Outro relato de caso realizado com uma paciente de 52 anos a fisioterapia respiratória melhorou a saturação, frequência cardíaca, força muscular respiratória e pico de fluxo expiratório5. Conclusão: De acordo com o presente estudo, concluiu-se que houve melhora dos resultados das variáveis analisadas, demonstrando a importância da intervenção fisioterapêutica em um portador da Síndrome de Kartagener.

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Referências:

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2. OLM MAK, ADDE FV, FILHO LVFS, RODRIGUES JC. Discinesia ciliar primária: quando o pe-diatra deve suspeitar e como diagnosticar?. Rev. Paul Pediatr. 2007;25(4):371-376.

3. SANTOS JWA, WALDOW A, FIGUEIREDO CWC, KLEINUBING DR, BARROS SS. Discinesia ciliar primária. J Pneumol. 2001;27(5):262-268.

4. SILVA BG, MARTINS AR, SAAD IAB. Aplicação de um protocolo fisioterapêutico na Síndrome de Kartagener: estudo de caso. Arq Ciênc Saúde UNIPAR. 2010;14(2):139-143.

5. SEDENHO AR, NEGRINI F, FERRARI-MESQUITA RA, SAMPAIO LMM. Efeitos da fisioterapia respiratória na síndrome de kartagener: estudo de caso. ConScientiae Saude. 2008,7(2):217-220.

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CONDIÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA E MUSCULAR DE PACIENTES COM CÂNCER ABDOMINAL CANDIDATOS A

CIRURGIA

Cardiopulmonary and muscular condition in patients with abdo-minal cancer candidates for surgery

Patrícia Sandei Galvão Moreira1, Tom Vasconcellos Yamamoto2, Roberta Munhoz Manzano3, Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin4

1 Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista - UNESP – Campus de Rio Claro, SP, Brasil;2 Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista - UNESP – Campus de Ma-rília, SP, Brasil;3 Faculdade Integrada de Bauru – Bauru, SP, Brasil;4 Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista - UNESP – Campus de Ma-rília, SP, Brasil

Palavras-chave: Teste de função respiratória, teste de esforço, neoplasia.

Introdução: Diminuição das reservas cardiopulmonares aumentam os riscos de morbimortalidade em pacientes cirúrgicos. As cirurgias podem levar a complicações pulmonares pós-operatórias (CPP), pois interferem na função muscular e na mecânica respiratória. São considerados fatores de risco para CPP: idade, função pulmonar, troca gasosa, doença pulmonar crônica, tabagismo e estado nutricional, além de alguns testes de esforço que avaliam a capacidade aeróbia(1-4)

Os testes cardiopulmonares podem identificar alterações no transporte de oxigênio e na reserva funcional e assim o risco pré-operatório(5). O objetivo desse estudo foi avaliar se a doença on-cológica afeta a função cardiorrespiratória e a força muscular em pacientes com indicação de tratamento cirúrgico.

Metodologia: Esse projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, nº 105.023. Incluiu-se 16 pacientes no grupo experimental (GE) com diagnóstico de câncer e 16 pacientes saudáveis no grupo controle (GC), os quais passaram por anamnese, testes de esforço, teste da função pulmonar e teste de força de preensão manual. Os dados foram apresentados em média e desvio padrão ou em mediana. Utilizou-se os testes t de student, teste de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis. Considerou-se estatisticamente significante p<0,05

Resultados: Dados significantes para peso, VEF1 do predito, dinamometria, Pemáx real e predito, TC6 real e predito.

Discussão: Uma alteração comum no paciente cirúrgico é diminuição da VEF1, principalmente decorrentes de atelectasias e da diminuição do desempenho da musculatura respiratória(6–8). Nos resultados do estudo o valor de VEF1 foi menor no GE, mostrando que no pós-operatório a chance de alteração desta variável é maior. Quando comparadas as distâncias entre os grupos no TC6, observou-se significância estatística, sendo que o GE caminhou menos do que o GC. A literatura mostra que pacientes submetidos à cirurgia abdominal apresentam diminuição da distância per-corrida no TC6(9), condizendo com os dados do estudo. Considerando que uma opção terapêutica para esses pacientes é a cirurgia, eles iniciam o pré-operatório com maior risco cirúrgico. Já os valores de PEmáx mostraram-se menores no GE. Uma das possíveis hipóteses para isso é

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a dor abdominal, decorrente da doença oncológica, podendo estar presente em mais de 47% de pacientes oncológicos(10). O estudo não considerou comorbidades, medicação em uso dos pacientes, presença e grau de dor e acompanhamento no período pós-operatório. Esse trabalho aplica-se na área hospitalar, podendo auxiliar na identificação de riscos aos pacientes cirúrgicos.

Conclusão: A força muscular expiratória, assim como, a função pulmonar estão diminuídas no paciente oncológico candidato a tratamento cirúrgico.

Agradecimentos: A todos os profissionais envolvidos para o desenvolvimento dessa pesquisa.

Referências:

1. Galvan CCR, Cataneo AJM. Effect of respiratory muscle training on pulmonary function in preoperative preparation of tobacco smokers. Acta Cir Bras. 2007 Apr;22(2):98–104.

2. du Moulin M, Taube K, Wegscheider K, Behnke M, van den Bussche H. Home-Based Exercise Training as Maintenance after Outpatient Pulmonary Rehabilitation. Respiration. 2009;77(2):139–45.

3. Wynne R, Botti M. Postoperative pulmonary dysfunction in adults after cardiac surgery with cardiopulmonary bypass: clinical significance and implications for practice. Am J Crit Care. 2004 Sep;13(5):384–93.

4. Qaseem A, Snow V, Fitterman N, Hornbake ER, Lawrence VA, Smetana GW, et al. Risk assessment for and strategies to reduce perioperative pulmonary complications for patients un-dergoing noncardiothoracic surgery: a guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2006 Apr 18;144(8):575–80.

5. Ambrozin ARP, Cataneo DC, Arruda KA, Cataneo AJM. Time in the stair-climbing test as a predictor of thoracotomy postoperative complications. J Thorac Cardiovasc Surg. 2013 Apr;145(4):1093–7.

6. Dureuil B, Cantineau JP, Desmonts JM. Effects of upper or lower abdominal surgery on diaphragmatic function. Br J Anaesth. 1987 Oct;59(10):1230–5.

7. Arruda KA, Cataneo DC, Cataneo AJM. Surgical risk tests related to cardiopulmonary postoperative complications: comparison between upper abdominal and thoracic surgery. Acta Cir Bras. 2013 Jun;28(6):458–66.

8. Schauer PR, Luna J, Ghiatas AA, Glen ME, Warren JM, Sirinek KR. Pulmonary function after laparoscopic cholecystectomy. Surgery. 1993 Aug;114(2):389–97; discussion 397–9.

9. Bluman LG, Mosca L, Newman N, Simon DG. Preoperative smoking habits and postoper-ative pulmonary complications. Chest. 1998 Apr;113(4):883–9.

10. Lamino D de A, Mota DDC de F, Pimenta CA de M. Prevalência e comorbidade de dor e fadiga em mulheres com câncer de mama. Rev da Esc Enferm da USP. 2011 Apr;45(2):508–14.

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EXERCÍCIOS DE LIAN GONG NA ASMA: RELATO DE CASO

Lian Gong exercises in asthma: Case Report

Ana Paula de Toledo1, Camila Gimenes2, Roberta Munhoz Manzano2, Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin3,

Instituo de Biociências, Universidade Estadual Paulista- UNESP- Campus de Rio Claro, SP, Brasil 1Faculdades Integradas de Bauru, Bauru, SP, Brasil 2

Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista - UNESP- Marília, SP, Brasil 3

Palavras-Chave: Asma; Lian Gong; Terapia por exercício.

Introdução: A dispneia, intolerância ao exercício e redução do estado geral de saúde causados pela asma levam ao descondicionamento do sistema cardiorrespiratório, diminuição da força muscular, e quando não controlada, interfere na qualidade de vida (1). O Lian Gong (LG), prática que integra múltiplos componentes, como eficiência musculoesquelética, controle da respiração, concentração mental, interação psicossocial, é considerado um método alternativo de exercício físico aeróbio (2).

Justificativa: A reabilitação pulmonar, busca interferir no ciclo de dispneia associada à inatividade, melhorando a capacidade funcional, reduzindo o nível de dependência do paciente em relação aos cuidados médicos e atitude positiva frente à doença (3). Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do programa de exercício LG na função pulmonar, qualidade de vida e resposta ao exercício em uma paciente com asma.

Metodologia: O presente estudo é um relato de caso, aprovado pelo Comitê de Ética em Pes-quisa, com número de parecer 1.001.397. Na avaliação foi registrada idade, sexo, presença de comorbidades e o índice de massa corporal, FC, SpO2, FR, pressão arterial, dispneia avaliada através da Escala de Borg Modificada. Para análise das variáveis foram realizados espirometria; teste de caminhada de seis minutos (TC6) (4), manovacuometria (4), PeakFlow e Questionário de Qualidade de Vida (SF-36) (5). Os testes e parâmetros foram realizados antes e após 24 sessões de LG com duração de 30 minutos, duas vezes por semana, totalizando 12 semanas de tratamento.

Resultados: Houve melhora na função pulmonar, na capacidade funcional e na qualidade de vida.

Discussão: A American Thoracic Society (ATS) em conjunto com a European Respiratory Society (ERS), indica terapias especificas que incluem, não só exercícios, mas educação e mudança de comportamento (6). Os movimentos coordenados com a respiração, no LG, induzem a melhora na função respiratória e também ao relaxamento físico e mental, onde os pacientes vivenciam um processo educativo corporal, adotando posturas mais eficientes, diminuindo gasto energético, redução de sintomas, proporcionando maior autonomia e estímulo à participação nas questões relacionadas a própria saúde, assumindo atitudes de auto cuidado e prevenção de recaídas (7). A limitação do presente estudo foi a escassez de publicações avaliando a eficácia da técnica na asma, evidenciando a necessidade de novos estudos com maior número de pacientes, porém pode ser incorporado à prática clínica, como adjuvante de outras terapias.

Conclusão: Observamos melhora na função pulmonar, na capacidade funcional e na qualidade de vida do paciente.

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Referências:

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2. Bassi SF, Aoki T, Assako M, Matsuo F, Maria I, Rollo N. As Contribuições das Práticas Corporais da Medicina Tradicional Chinesa para os Sujeitos Participantes. Coleciona SUS (Brasil). 2006; (s.n.): 65–7.

3. Zanchet RC, Viegas CAA, Lima T. A eficácia da reabilitação pulmonar na capacidade de exercício, força da musculatura inspiratória e qualidade de vida de portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica. J Bras Pneumol. 2005;31:118–24.

4. Crapo RO, Casaburi R, Coates AL, Enright PL, MacIntyre NR, McKay RT. ATS statement: Guidelines for the six-minute walk test. Am J Respir Crit Care Med. 2002;166(1):111–7.

5. Buss AS., Silva LMC da; Estudo comparativo entre dois questionários de qualidade de vida em pacientes com DPOC. J Bras Pneumol. 2009; 35(4):318–24.

6. Spruit MA, Singh SJ, Garvey C, Zu Wallack R, Nici L, Rochester C. An official American thoracic society/European respiratory society statement: Key concepts and advances in pulmonary rehabilitation. Am J Respir Crit Care Med. 2013;188(8):13–64.

7. Rodrigues C, Junior B. O Lian Gong Como Prática Instituinte De Promoção Da Saúde No Município De Amparo; [Tese]. Campinas: Universidade de Campinas; 2010.

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EFEITOS DA DESSATURAÇÃO DE OXIGÊNIO NO EQUILÍBRIO DE PORTADORES DE OBSTRUÇÃO CRÔNICA

AO FLUXO AÉREOMarília Tadayeski Peyres1, Fabiana Sera Kim3, Andressa Mayra Lima1, Valdirene Tenorio da Costa Alegria2,3; Roberta Munhoz Manzano4; Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin1,3

1 – Curso de Fisioterapia – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” - Unesp – Campus Marília – São Paulo – Brasil.2 – Fisioterapeuta do Hospital das Clinicas e Santa Casa – Marília – São Paulo Brasil.3 – Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Humano e Novas tecnologias – Universida-de Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” - Unesp – Campus Rio Claro – São Paulo – Brasil.4 – Curso de Fisioterapia – Faculdades Integradas de Bauru – FIB – Bauru – São Paulo – Brasil.

PALAVRAS CHAVE: Saturação de Oxigênio, Equilíbrio Postural; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

RESUMO: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é caracterizada por limitação ao fluxo aéreo, que pode levar a alterações musculoesqueléticas e por esta última alteração no equilíbrio. Pacientes com DPOC podem apresentar dessaturação ao exercício: este fator pode também levar desequilíbrio nestes pacientes?

Objetivo: Avaliar os efeitos da dessaturação de oxigênio no equilíbrio de pacientes com DPOC.

Método: Aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP-2014-968), 6 sujeitos (3 homens e 3 mulheres) com 64,83±7,73 anos e diagnóstico de DPOC, foram submetidos a anamnese, espi-rometria, Teste de Caminhada de 6 Minutos (TC6), Incremental Shuttle Walking Test e Teste de Escada (TEsc). Aqueles que dessaturaram foram submetidos ao Teste Ergométrico em esteira e Avaliação do Equilíbrio Estático em plataforma de força. A saturação de oxigênio antes e após os testes de esforço foi comparada utilizando o Teste t pareado e as medidas de equilíbrios antes e depois da dessaturação pelo Teste de Friedman para medidas repetidas (p<0,05).

Resultados: Função pulmonar compatível com obstrução ao fluxo aéreo - VEF1 75,16±32,91% e relação VEF1/CVF 64,67±6,42%) e dessaturação em todos os testes de campo exceto no Teste de Caminhada de 6 minutos. As variáveis obtidas na plataforma de força não apresentaram diferença.

Conclusão: Não houve alteração do equilíbrio em pacientes com dessaturação após teste de esforço.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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EFEITOS DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO EM ESTEIRA ERGONOMÉTRICA NA MOBILIDADE FUNCIONAL

DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Effects of a program treadmill training on functional mobility of institutionalized elderly

Araya M. J. P. M.¹; Pereira N. M. R1; Scheicher M. E.1,2

¹ Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Humano e Tecnologias – Instituto de Biociências – UNESP - Rio Claro-SP, Brasil

2 Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Faculdade de Filosofia e Ciências – UNESP – Marília-SP, Brasil

Palavras-chaves: Instituição de Longa Permanência para Idosos; Saúde do Idoso Instituciona-lizado; Idoso; Envelhecimento.

Introdução: O número de população idosa no mundo está aumentando consideravelmente nos últimos anos, e representam grandes desafios para a sociedade, profissionais e pesquisadores da área da saúde. O processo de envelhecimento biológico determina alterações multissistêmicas, que causam limitações às atividades da vida diária realizadas pelos idosos. A institucionalização pode influenciar na redução da mobilidade funcional, devido à diminuição do nível de atividade física, sendo um problema significativo para muitos idosos que aumenta a probabilidade deles sofrerem uma queda, tornando-se importante a procura de estratégias de intervenção para pre-servar/melhorar a saúde do idoso institucionalizado.

Objetivo: Avaliar o efeito de um programa de caminhada em esteira ergonométrica na mobilidade funcional de idosos institucionalizados.

Métodos: Foi realizado um estudo experimental e longitudinal de desenho do tipo A-B-A numa amostra composta por cinco idosos (78,8±7,5 anos) residentes em uma Instituição de Longa Permanência (ILPIs) do município de Marília-SP, os quais participaram de um treinamento de caminhada em esteira ergométrica em um período de cinco semanas, duas vezes/semana. Foi aplicado o teste de mobilidade funcional Timed Up and Go (TUG) antes e após a intervenção, o qual permite perceber a mobilidade e o risco de queda a que um idoso está sujeito, mediante o tempo de execução do mesmo.

Resultados: Os dados coletados foram analisados estatisticamente, obtendo-se as médias, mínimos, máximos e desvio padrão. Ao avaliar o escore obtido no TUG antes e depois do treino na esteira, foi encontrada uma diferença significativa (p = 0,02) e clinicamente significativa no tempo de realização do TUG (Pré: 11,71±3,04s; após 5 semanas: 9,86±2,21s), indicando melhor mobilidade funcional e menor risco de queda.

Discussão: Os resultados mostraram que ocorreu uma melhora nos valores do teste TUG. Essa melhora pode ter ocorrido por causa de adaptações dos parâmetros musculoesqueléticos, melho-rando a qualidade motora da marcha. O teste é um preditor de declínio funcional, incapacidade, mortalidade, institucionalização e hospitalização na população idosa. A melhora nesse parâmetro

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se reflete na diminuição na ocorrência de morbidades, traduzindo em melhora na qualidade de vida do idoso. A repetição das atividades feita pela esteira, em uma velocidade confortável, po-rém contínua, pode ter contribuído para a melhora no teste, reforçando o potencial terapêutico do treino em esteira na melhora da marcha em idosos institucionalizados.

AgradecimentosÀ empresa Movement® – Equipamentos Fitness, pela doação da esteira e ao Asilo São Vicente de Paulo por permitir a realização da pesquisa.

Referências

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5. Oliveira VC de S, Furtado F. Instrumentos de avaliação do equilíbrio e mobilidade funcional entre idosos brasileiros ativos sem e com baixo risco para quedas. V Simpósio Pesqui e Inovação / IV Semin Iniciação Científica do IF Sudeste MG - Câmpus Barb [Internet]. 2014;1(1). Available from: http://ojs.barbacena.ifsudestemg.edu.br/index.php/SPV/article/view/46

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EFEITO IMEDIATO DE EXERCÍCIOS DO MÉTODO PILATES SOBRE O PADRÃO DE CO-CONTRAÇÃO DOS MÚSCULOS

ESTABILIZADORES DO TRONCO

Imediatte effect of Pilates method exercises on trunk stabilizer muscles cocontraction pattern

Aline Prieto de Barros Silveira1, Laura Zanforlin Nagel2, Dayane Dias Pereira2, Angela Kazue Morita2, Deborah Hebling Spinoso2, Marcelo Tavella Navega2, Nise Ribeiro Marques3

1. Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Humano e Tecnologias, Universidade Es-tadual Paulista – UNESP, Rio Claro, SP, Brasil2. Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista – UNESP, Marília, SP, Brasil3. Universidade Sagrado Coração - USC, Bauru, SP, Brasil

Palavras-chave: Método Pilates, Eletromiografia, Dor lombar.

Introdução: A dor lombar é uma disfunção musculoesquelética que tem alta incidência na po-pulação1. Estudos indicam uma forte relação entre anormalidades na co-contração muscular e o surgimento da dor lombar crônica de origem inespecífica2,3. Atualmente, os exercícios de esta-bilização segmentar lombo-pélvica, tais como os do Método Pilates, são apontados como ideais para o tratamento desse tipo de disfunção4,5. Porém, a transferência da aprendizagem motora, proporcionada pelos exercícios do método Pilates, para atividades funcionais, como, por exemplo, a sustentação isométrica de cargas pelos músculos extensores do tronco ainda não é conhecida.

Objetivo: Analisar o efeito imediato de uma sessão de exercícios do Método Pilates no padrão de co-contração (agonista/antagonista) dos músculos superficiais e profundos do tronco em indi-víduos com e sem dor lombar inespecífica.

Materiais e Métodos: Participaram do estudo indivíduos adultos, de ambos os gêneros, com idade entre 19-59 anos, divididos em: grupo sem dor lombar (GSL, n=10); e um grupo com dor lombar (GDL, n= 10). No primeiro dia foram coletadas as medidas antropométricas e feita a familiarização com os exercícios do método Pilates. No dia seguinte, foram coletados os sinais eletromiográfi-cos bilateriais dos músculos oblíquo interno, iliocostal lombar, múltifido lombar e reto abdominal durante as contrações isométricas voluntárias máximas e durante o teste de Biering-Sorensen antes e após a realização do protocolo de 30 minutos de exercícios do Método Pilates. Para a análise estatística o nível de significância foi ajustado em p < 0,05.

Resultados: A co-contração entre reto abdominal/iliocostal lombar direitos e reto abdominal/iliocos-tal esquerdos foram, respectivamente, 54,05% e 57,29% menor após a aplicação dos exercícios do Método Pilates no grupo com dor lombar (p= 0,037; p= 0,023).

Discussão: Estudos pregressos encontraram uma diminuição da co-contração dos músculos profundos e um aumento da co-contração dos músculos superficiais do tronco em indivíduos com dor lombar como forma de adaptação funcional6,7,8. Os exercícios do método Pilates possuem a intenção de promover uma modificação na programação neuromuscular. Este novo padrão pode, de acordo com nossos resultados, ter reduzido a necessidade de recrutamento da musculatura superficial de tronco como mecanismo compensatório para manter a estabilidade da região lombar durante o teste de resistência muscular localizada dos eretores da espinha.

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Conclusão: Uma sessão de treinamento com exercícios do Método Pilates foi capaz de reduzir a co-contração entre os músculos superficiais do tronco durante o teste de resistência muscular localizada dos eretores da espinha em indivíduos com dor lombar crônica inespecífica.

Referências:

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3- Van dieen JH, Cholewicki J, Radebold A. Trunk muscle recruitment patterns in patients with low back enhance the stability of lumbar spine. Spine. 2003; 28(8):834-841.

4- Franca FJR, Burke TN, Claret DC, Marques AP. Estabilização segmentar da coluna lombar nas lombalgias: uma revisão bibliográfica e um programa de exercícios. Fisioter Pesq. 2008; 15(2):200-206.

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7- Butler HL, Hubley-Kozey CL, Kozey JW. Changes in electromyographic activity of trunk muscles within the sub-acute phase for individuals deemed recovered from a low back injury. J Electromyogr Kines. 2013; 23(2):369-377.

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OBESIDADE INFANTIL E QUALIDADE DE VIDA

Childhood obesity and quality of life

Emilia Batagelo1, Juliana Lôbo Froio2, Mariana Cristina da Silva1, Amanda Person Mascari1, Lu-ciana L. M. Pfeifer3, Fernanda Regina de Moraes2, Robison José Quitério1,2

1. Laboratório de Investigação em Biocomunicação, Exercício Físico e Modulação Autonômica. Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista- UNESP. Marília.SP. Brasil 2. Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Humano e Tecnologias. Instituto de Bio-ciências - UNESP. Rio Claro. SP. Brasil. 3. Centro de Obesidade Infantil (CAOIM) de Marilia. Secretaria Municipal de Saúde. Marília. SP. Brasil.

Agência financiadora: FAPESP, CAPES e CNPQ.

Palavras chave: obesidade, qualidade de vida, criança.

Introdução: A prevalência de obesidade tem aumentado de modo alarmante nos últimos anos1,2 tornando-se um grave problema de saúde pública, com graves consequências para qualidade de vida2,3 As percepções de crianças e adolescentes são influenciadas por diversos fatores, como características da própria criança e da família e o estado socioeconômico. Isolamento social, po-breza, violência e conflitos interpessoais entre membros da família, elevados níveis de estresse e falta de suporte social estão associados a problemas de comportamento4. Portanto, o objetivo desse estudo é investigar o impacto da obesidade sobre a qualidade de vida em crianças e ado-lescentes obesos.

Metodologia: Comitê de Ética em Pesquisa = protocolo nº 1114/2014. Foi avaliada a qualidade de vida, por meio do Questionário de Qualidade de Vida Infantil – AUQEI5 de 38 obesos de ambos os sexos, classificadas de acordo percentil do índice de massa corporal6, com idade entre seis e 12 anos. A nota de corte para a qualidade de vida foi 48, abaixo da qual foi considerada prejudicada7. Estatística: ocorrência do escore de qualidade de vida será apresentada em valores percentuais e será aplicado teste de correlação de Spearman. Significância estatística: P<0,05.

Resultados: Idade = 114,4+14,7 anos; Indivíduos com qualidade de vida prejudicada = 21,1%. Dados do teste de correlação entre idade e escore de qualidade de vida: r = -0,11; p = 0,48; In-tervalo de confiança (95%) = -0,42 e 0,22.

Discussão: A criança, em seu contínuo processo de desenvolvimento e crescimento, ao apresentar alterações físicas, corporais ou comportamentais que imponham limites de oportunidades para vivenciar situações que lhe permitam agir e descobrir o mundo, podem levá-la a uma perda do sentimento de segurança e dano ao próprio desenvolvimento, refletindo, consequentemente, em sua qualidade de vida8, o que apoia os resultados encontrados no presente estudo e na pesquisa realizada por Duarte e Giuliano9.

Conclusão: a qualidade de vida, avaliada através de questionário de auto percepção, está pre-judicada em uma parcela importante das crianças e adolescentes obesos e a mesma não se correlaciona com a idade.

Agradecimentos: à coordenação do CAOIM, às agências de fomento e ao LIBEM.

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EFEITO DO TESTE DE PREENSÃO MANUAL SOBRE A MODULAÇÃO AUTONÔMICA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA

EM HOMENS NORMOTENSOS E PRÉ-HIPERTENSOS

Effect of the handgrip test on the heart rate autonomic modula-tion in normotensive and prehypertensive men

Anne Michelli Gomes Gonçalves Fontes¹, Letícia Santana de Oliveira¹, Vitor Engrácia Valenti2.

1Faculdade de Ciências e Tecnologia. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Presidente Pru-dente. SP. Brasil. 2Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Marília. SP. Brasil

Palavras-chave: Sistema nervoso autônomo. Pressão arterial. Contração isométrica.

Introdução: O teste de preensão manual é um teste de ativação autonômica que fornece infor-mações relevantes do sistema nervoso autônomo do indivíduo1. A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é uma medida que avalia a regulação autonômica cardíaca em humanos2. Entre os fatores que influenciam essa regulação a pressão arterial (PA) se destaca3. Porém, não está claro se índivíduos com diferentes faixas de pressão arterial podem apresentar respostas diferen-tes. Objetivo: Analisar a modulação autonômica da frequência cardíaca após o teste de preensão manual em homens normotensos e pré-hipertensos.

Métodos: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (385/2011). Participaram 22 homens saudáveis com idade entre 18 e 25 anos, não sendo incluídos sujeitos com distúrbios neurológicos, cardiorrespiratórios, musculoesqueléticos e demais comprometimentos que im-pediam a realização dos procedimentos, uso de medicamentos que influenciavam a regulação autonômica cardíaca, fumantes. Os sujeitos foram divididos em quatro grupos de acordo com a PA4: G1 com PA sistólica <120 mmHg (n=12; 110+4mmHg inicial; 112+7mmHg final), G2 com PA sistólica >120 mmHg (n=10; 123+11mmHg inicial; 125+7 mmHg final), G3 com PA diastólica <80 mmHg (n=12; 70+7mmHg inicial; 69+6 mmHg final) e G4 com PA diastólica >80 mmHg (n=13; 78+8mmHg inicial; 77+10mmHg final). O protocolo de avaliação consistiu em repouso durante 10 minutos, em seguida foi realizado com o membro dominante o teste de preensão manual durante 3 minutos com 30% da força máxima relativa a cada indivíduo, seguido por 10 minutos de repouso. Foram analisados os índices lineares da VFC no domínio do tempo, da frequência e índices geométricos nos períodos antes e após o teste. Para a análise estatística, a normalidade foi determinada pelo teste de Shapiro Wilk. Para as distribuições paramétricas foi utilizado o Teste T e para as distribuições não-paramétricas foi utilizado o Teste de Wilcoxon. Valores de p<0,05 foram considerados significantes.

Resultados: Apenas G2 apresentou diferença estatisticamente significante com aumento da mo-dulação global (SDNN: p=0,04; SD2: p=0,03) no período de recuperação comparado ao repouso inicial.

Discussão: Vários estudos mostraram o efeito fisiológico do teste de preensão manual5-7. En-tretanto em indivíduos pré-hipertensos e hipertensos essas respostas são controversas8-10. A compreensão da resposta fisiológica nesses indivíduos é importante para o desenvolvimento de futuras terapias com o objetivo de prevenir o desenvolvimento de distúrbios do sistema cardio-vascular e agravamento da condição clínica.

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Conclusão: Homens pré-hipertensos com PA sistólica >120 mmHg apresentaram aumento da modulação autonômica da frequência cardíaca após o teste de preensão manual.

Referências:

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DINÂMICA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM HOMENS EUTRÓFICOS E COM SOBREPESO APÓS TESTE DE

PREENSÃO MANUAL

Dynamics of heart frequency in eutrophic and with overweight men after handgrip test

Anne Michelli Gomes Gonçalves Fontes¹, Letícia Santana de Oliveira¹, Vitor Engrácia Valenti2. 1

Faculdade de Ciências e Tecnologia. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Presidente Pru-dente. SP. Brasil. 2Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Marília. SP. Brasil.

Palavras-chave: Sistema cardiovascular. Contração Isométrica. Índice de Massa Corporal.

Introdução: A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é uma medida simples e não invasi-va utilizada para avaliar a regulação autonômica cardíaca1. Dentre os fatores que influenciam essa regulação está incluído o índice de massa corporal (IMC)2. O teste de preensão manual é um teste reconhecido na literatura e utilizado na área da pesquisa cardiovascular para avaliar a função autonômica cardíaca3. Porém não está claro as respostas fisiológicas em indivíduos com diferentes faixas de IMC.

Objetivo: Analisar a resposta autonômica da frequência cardíaca induzida pelo teste de preensão manual em homens eutróficos e com sobrepeso.

Materiais e Métodos: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (385/2011). Partici-param do estudo 18 homens saudáveis com idade entre 18 e 25 anos, não sendo incluídos sujeitos com distúrbios cardiorrespiratórios, neurológicos, musculoesqueléticos, endócrinos, metabólicos e demais comprometimentos que impediam a realização dos procedimentos, uso de medicamen-tos que influenciavam a regulação autonômica cardíaca e fumantes. Os sujeitos foram divididos em dois grupos de acordo com o IMC4: G1 com IMC<25 kg/m2 (n=8; 19,5+0,7anos; 21,8+1,6kg/m2) e G2 com IMC entre 25-30 kg/m2 (n=10; 21,8+3,2anos; 29,2+3,0kg/m2). O protocolo de ava-liação consistiu em repouso durante 10 minutos; após este período os sujeitos realizaram com o membro dominante o teste de preensão manual durante 3 minutos com 30% da força máxima relativa a cada sujeito, seguido por 10 minutos de repouso. Foram analisados os índices lineares da VFC no domínio do tempo, da frequência e índices geométricos nos períodos antes e após o teste. Para a análise estatística, a normalidade foi determinada pelo teste de Shapiro Wilk. Para as distribuições paramétricas foi utilizado o Teste T e para as distribuições não-paramétricas foi utilizado o Teste de Wilcoxon. Valores de p<0,05 foram considerados significantes.

Resultados: No G1 não houve alterações estatisticamente significantes (p>0,05). No G2 houve aumento da modulação parassimpática e global no período de recuperação comparado ao repouso inicial (RMSSD: p=0,046; TINN: p=0,028; SD1: p=0,046).

Discussão: Estudos já demonstraram que a obesidade está associada à anormalidades no con-trole autonômico cardíaco5,6. Entretanto em indivíduos com sobrepeso e obesos as respostas fisiológicas ao teste de preensão manual são controversas7,8. Novos estudos com uma maior população e maiores medidas da função do sistema nervoso autônomo são necessários para

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confirmar esses resultados e possibilitar assim o desenvolvimento de futuras terapias.Conclusão: Indivíduos com sobrepeso apresentaram respostas mais intensas da dinâmica da frequência cardíaca após o teste de preensão manual.

Referências:

Vanderlei LC, Pastre CM, Hoshi RA, Carvalho TD, Godoy MF. Basic notions of heart rate variability and its clinical applicability. Rev Bras Cir Cardiovasc 2009 Apr-Jun;24(2):205-17.

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Castro CLB, Nobrega ACL, Araujo CGS. Testes Autonômicos Cardiovasculares. Uma Revisão Crítica. Parte II. Arq Bras Cardiol 1992 Mar;59(2):151-158.

World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a World Health Organization Consultation. Geneva: WHO. WHO Obesity Technical Report Series, 2000; 284:256.

Damodaran A, B. Kabali. Autonomic dysfunction in central obesity. World Journal of Medical Sci-ences. 2013;8(2):118–122.

Laederach-Hofmann K, Mussgay L, Rúddel H. Autonomic cardiovascular regulation in obesity. J Endocrinol 2000 Jan;164(1):59-66.

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EFEITOS DO TREINO EM ESTEIRA NA MOBILIDADE FUNCIONAL DE EM INDIVÍDUOS COM PARKINSON

Effects of training in running machineon the functional mobility of individuals with Parkinson.

Doralice Fernanda da Silva Raquel1; Maira Peloggia Cursino1; Flávia Roberta Faganello Navega2

1 Instituto de Biociências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Rio Claro. SP. Brasil2 Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Marília. SP. Brasil

Palavras-chave: teste de esforço, doença de Parkinson, exercício físico.

Introdução: A Doença de Parkinson provoca distúrbios progressivos que limitam a mobilidade funcional e contribuem para baixo condicionamento cardiorrespiratório. O objetivo desse estudo foi comparar os efeitos do treino de marcha em esteira no desempenho do teste de caminhada de 6 minutos em indivíduos com Doença de Parkinson.

Metodologia: O estudo teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, parecer: 0967/2014. A amostra foi composta por indivíduos com Doença de Parkinson idiopática com idade superior a 40 anos, classificados nos estágios de I a III da escala de Hoehn Yahr. Foram avaliadas saturação de oxigênio, pressão arterial sistólica e diastólica, frequência respiratória e frequência cardíaca ao início e término de cada teste. O Teste de Caminhada de seis minutos foi realizado antes e ao final do treino de marcha em esteira realizado três vezes por semana durante seis semanas consecutivas. Cada sessão de treinamento terá 30 minutos de duração. As avaliações em inter-venções foram realizadas na fase “on” dos medicamentos para Doença de Parkinson. As variáveis foram comparadas por meio do Teste.

Resultados: A distância obtida no Teste de Caminhada de seis minutos foi 377,4±102,2m. Foi observado aumento quando comparadas as distâncias no teste antes e após o treino de marcha em esteira (p<0,01), porém, as variáveis frequência cardíaca, frequência respiratória e pressão arterial não aumentaram significativamente.

Discussão: As variáveis frequência cardíaca, frequência respiratória e pressão arterial não au-mentaram significativamente após a realização do teste em nenhum dos dois momentos avaliados, sugerindo que o aumento na distância percorrida no teste seja devido ao à melhora na mobilidade funcional destes indivíduos e não pela melhora cardiorrespiratória. Como limitações do estudo apontamos a não utilização de outro teste específico para avaliação da mobilidade funcional além do Teste de Caminhada de seis minutos. O estudo realizado sugere que em indivíduos com doença de Parkinson, o Teste de caminhada de seis minutos pode ser utilizado como alternativa para avaliação da capacidade funcional.

Conclusão: Após o treino de marcha em esteira, os indivíduos apresentaram aumento significativo na distância percorrida no Teste de Caminhada de seis minutos.

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Referências:

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Souza RG, Borges V, Silva SM, Ferraz HB. Quality of life scale in Parkinson’s disease PDQ-39 - (brazilian portuguese version) to assess patients with and without levodopa motor fluctuation. Arq Neuropsiquiatr. 2007. 65; 3b: 787-91.

Paterson KL, Hill KD. Gait variability in younger and older adult women is altered by over-ground walking protocol. Age Ageing. 2009. 38; 6: 45-8.

Miyai I, Fujimoto Y, Yamamoto H, et al. Long-term effect of body weight-supported treadmill training in Parkinson’s disease: a randomized controlled trial. Arch Phys Med Rehabil. 2002. 83: 1370-1373.

Miyai I, Fujimoto Y, Yamamoto H, Ueda Y, et al. Treadmill training with body weight support: its effect on Parkinson’s disease. Arch Phys Med Rehabil. 2000. 81: 849-852.

American Thoracic Society. ATS Statement: guidelines for the six – minute walk test am j respir crit care med. 2002.166: 111–117.Bello O, Sanchez JA, Lopez-Alonso V, et al. The effects of treadmill or overground walking training program on gait in Parkinson’s disease; gait posture. 2013. 38; 4: 590-5.

Bello O, Sanchez JA, Fernandez-del-olmo M. Treadmill walking in parkinson’s disease patients: adaptation and generalization effect. Mov disord. 2008.15; 23(9): 1243-9.

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ANALISE DA INFLUENCIA DO “KINESIO TAPING” SOBRE AS CARACTERÍSTICAS CINÉTICAS DA MARCHA EM

INDIVÍDUOS HEMIPARÉTICOS

Analysis of the influence of the “kinesio taping” on the kinetic characteristics of the gait in stroke patients

Juliane Borba Garbo1, Leonardo da Cunha Vilela Costa1, Raphael Cardoso Morales1, Patrícia de Aguiar Yamada2, Késia Maísa do Amaral Felipe2, Ana Elisa Zuliani Stroppa Marques1, Flávia Roberta Faganello Navega1.

Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista - UNESP. Marília. SP. Brasil.Faculdade de Filosofia Ciências e Letras. Universidade Estadual Paulista – UNESP. Rio Claro. SP. Brasil.

Palavras chaves: Acidente vascular encefálico, Paresia, Marcha.

Introdução: Indivíduos que sobrevivem ao Acidente Vascular Encefálico (AVE) apresentam sequelas físicas bastante limitantes. Entre os déficits motores, a hemiparesia é um importante limitador, levando a alterações na marcha1,2. Diversas técnicas terapêuticas visam melhora da marcha desses indivíduos, entre eles a bandagem funcional, ela aumenta a circulação sanguínea local, diminui dor, edema e não restringe movimentos articulares3,4. Poucos estudos analisam a influência da Kinesio Taping (KT) na marcha de hemiparéticos, portanto o objetivo do presente estudo foi analisar os efeitos da KT aplicada no músculo Tibial Anterior (TA) nas variáveis cinéticas da marcha, na mobilidade e na performance física de indivíduos hemiparéticos.

Metodologia: Foram inclusos 11 indivíduos do sexo masculino com hemiparesia, com 30 anos ou mais, com marcha independente. Todos os parâmetros foram avaliados com e sem o uso do KT aplicada no músculo TA. A mobilidade e o equilíbrio foram avaliados pelo teste Timed Up Go (TUG), a performance física do indivíduo pelo Short Physical Performance Battery (SPPB), e a avaliação cinética da marcha pela plataforma de força AMTI®, as análises estatísticas foram realizadas pelo teste ANOVA, com nível de significância p<0,05.

Resultados: O uso da bandagem funcional em hemiparéticos não trouxe alterações significati-vas na mobilidade (p=0,178), na performance física (p=1,000) e nas variáveis cinéticas ( fase de contato p=0,212; fase de impulso p=0,121).

Discussão: Os resultados deste estudo corroboram aos de Comin et al (2015), onde não encon-traram melhora significativa na marcha de hemiparéticos com o uso do KT. A falta de significân-cia na cinética indica que a bandagem no músculo TA não foi suficiente para aumentar a força muscular desses indivíduos, uma vez que segundo La Roche et al (2011) a força de reação do solo é resultante da força muscular de membros inferiores. A não alteração das variáveis contato e impulso também indicam falta de mobilidade desses indivíduos confirmada neste estudo por meio do TUG e SPPB. A ausência de significância na diferença das variáveis avaliadas pode estar relacionado à: avaliação do efeito agudo da intervenção, não associação da técnica com exercícios terapêuticos, aplicação da bandagem em apenas um músculo e uma amostra reduzida.

Conclusão: O uso do KT no músculo TA não foi suficiente para promover melhora imediata na cinética da marcha, na mobilidade e na performance física.

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Referências:

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Teixeira-Salmela LF, Lima RCM, Lima LAO, Morais SG, Goulart F; Assimetria e desempenho funcional em hemiplégicos crônicos antes e após programa de treinamento em academia. Rev Bras Fisioter. 2005;9(2):227-33.

GONZÁLEZ-IGLESIAS, J, et al; Short-term effects of cervical kinesio taping on pain and cervical range of motion in patients with acute whiplash injury: a randomized clinical trial. Journal of Or-thopaedic & Sports Physical Therapy, 2009, 39.7: 515-521.

De Hoyo, M, et al; Immediate effect of kinesio taping on muscle response in young elite soccer players. J Sport Rehabil, 2013, 22.1: 53-58.

Comin, MR, Souza, RB de, Pereira, DM, Efeito do Uso da Bandagem Elástica Funcional (Kinesio Taping®) no Padrão de Marcha em Hemiparéticos Vítimas de Acidente Vascular Encefálico. En-saios Cienc., Cienc. Biol. Agrar. Saúde, 2015; v. 19, n. 4, p. 157-162.

LaROCHE, DP, Millett, ED, Kralian, RJ; Low strength is related to diminished ground reaction forces and walking performance in older women. Gait & Posture, 2011; v. 33, p. 668-672.

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INFLUÊNCIA DA IDADE, SEXO E OBESIDADE INFANTIL SOBRE A MODULAÇÃO PARASSIMPÁTICA DA

FREQUÊNCIA CARDÍACA

Influence of age, sex and childhood obesity on parasympathetic modulation of heart rate

Fabiana de Morais Felix1, Juliana Lôbo Froio1,2, Mariana Cristina da Silva, Luciana Mara Camargo Pfeifer3, Eduardo Federighi Baisi Chagas1,2, Robison José Quitério1,2

1- Laboratório de Biocomunicação, Exercício Físico e Modulação Autonômica da Frequência Cardíaca. Faculdade de Filosofia e Ciências, UNESP, Marília/SP.2 - PPG Desenvolvimento Humano e Tecnologias. Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro/SP.3 - Centro de Obesidade Infantil de Marília, Secretaria Municipal de Saúde, Marília/ [email protected]

Agência de Fomento a Pesquisa: CAPES, CNPQ e FAPESP

Palavras chaves: obesidade, frequência cardíaca, criança.

Introdução: Está bem estabelecido que crianças apresentam diminuição da atividade parassim-pática1. Já em relação a influência do sexo sobre essa modulação os dados são controversos. Alguns referem que há diferenças2, já outros encontraram menor modulação vagal em meninas3. Esses fatores tornam-se mais complexos de serem investigados quando associados à obesida-de, que também constitui-se uma causa de distúrbios autonômicos cardíacos4. Dessa maneira, o objetivo deste trabalho é investigar se a obesidade infantil altera a modulação parassimpática da freqüência cardíaca (FC) e se esse índice está associado à idade e sexo.

Metodologia: CEP nº 1114/2014; foram avaliados 23 eutróficos (percentil 3º a 85º) e 23 obesos (percentil > 97º)5, de sete a doze anos de idade, que não faziam uso de medicamentos. Foi cal-culada a raiz quadrada da média dos quadrados das diferenças entre os intervalos normais su-cessivos (RMSSD), expresso em milissegundos, que representa ramo parassimpático (Software Kubios HRV®, versão 2.0, Finland) de 256 intervalos R-R registrados em repouso, decúbito dorsal, no período vespertino, durante respiração espontânea. Estatística: Kruskal-Wallis e Correlação de Spearman (IBM SPSS®). Significância estatística: 5%.

Resultados: Dados dos grupos eutrófico (meninas e meninos) e obeso (meninas e meninos), respectivamente: idade (meses) = 125+10,8, 119,9+18,3, 123,7+12,6 e 118,5+14,4 (p=0,86); RMSSD (ms) = 48,4+24,5, 49,6+26,7, 43,3+25,7 e 53,1+29,8 (p=0,58). Correlação entre idade e RMSSD: r = 0,15; p = 0,30. Discussão: O sistema nervoso autônomo fornece importante contri-buição no controle energético corporal e desempenha um papel na fisiopatologia da obesidade, de forma que alterações na atividade do sistema nervoso simpático são associadas ao início e desenvolvimento da obesidade6. Entretanto, no presente estudo não foi observada diferença entre os grupos obesos e eutróficos. A obesidade em garotas conduz a um início precoce da puberdade, associada a presença da menarca precoce. Em contraste com as meninas, o início da puberdade nos meninos mostra uma variação considerável, com a obesidade conduzindo a ambos: maturação precoce ou atraso puberal. Alguns casos de obesidade grave em garotos

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podem suprimir o tempo de maturação puberal7. Essas mudanças e diferenças hormonais entre os sexos, poderiam explicar as diferenças na modulação da frequência cardíaca8, o que não foi confirmado no presente estudo e por Dursun et al. (2014).

Conclusão: A modulação autonômica da FC em repouso está preservada em crianças e adoles-cestes obesos entre 6 e 12 anos de idade. Apresenta-se similar entre os sexos e não se altera nessa faixa etária.

Agradecimentos: Ao Libem, coordenação do CAOIM e agências financiadoras.

Referências Bibliográficas:

Goto M, Nagashima M, Baba R, Nagano Y, Yokota M, Nishibata K et al. Analysis of heart rate vari-ability demonstrates effects of development on vagal modulation of heart rate in healthy children. J Pediatr. 1997; 130(5):725-9.

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Michels N, Clays E, De Buyzere M, Huybrechts I, Marild S, Vanaelst B et al. Determinants and refer-ence values of short-term heart rate variability in children. Eur J Appl Physiol. 2013; 113(6):1477-88.

Rabbone I, Bobbio A, Rabbia F, Bertello MA, Ignaccolo MG, Saglio E et al. Early cardiovascular autonomic dysfunction, β cell function and insulin resistance in obese adolescents. Acta Biomed. 2009; 80(1):29-35.

Organização Mundial da Saúde – OMS. World Health Organization. Growth reference 5-19 years. 2007; Disponível em: <http://www.who.int/growthref/en/>. Acessado em: outubro 2016.

Peterson HR, Rothschild M, Weinberg CR, Fell RD, McLeish KR, Pfeifer MA. Body fat and the activity of the autonomic nervous system. N Engl J Med. 1988; 318(17):1077-83.

Slyper AH. Childhood obesity, adipose tissue distribution, and the pediatric practitioner. Pediatrics. 1998; 102(1):e4.

Vanderlei LC, Pastre CM, Freitas Júnior IF, Godoy MF. Analysis of cardiac autonomic modulation in obese and eutrophic children. Clinics. 2010; 65(8):789-92.

Dursun H, Kilicaslan B, Aydin M. The assessment of cardiac autonomic functions in adolescents with a family history of premature atherosclerosis. Clinics. 2014; 69(12):823-7

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AVALIAÇÃO DA FORÇA DOS MÚSCULOS DE CORE UTILIZANDO UM DINAMÔMETRO MANUAL ˗̶

CONFIABILIDADE ENTRE SESSÕES

Core strength assessment using a handheld dynamometer ˗̶ Between-sessions reliability

Bruna S. V. Oliveira1, Tamires M. Siqueira1, Marieli M. Ramos1, Letícia Carnaz1, Fábio V. Serrão2, Gisele G. Zanca1,3

1 Universidade do Sagrado Coração - USC. Bauru. SP. Brasil2 Universidade Federal de São Carlos - UFSCar. São Carlos. SP. Brasil3 Faculdade das Américas - FAM. São Paulo. SP. BrasilE-mail: [email protected]

Palavras-chave: Força muscular. Dinamômetro de Força Muscular. Reprodutibilidade dos Testes.Apoio financeiro: FAPESP (Processo 2016/01300-6)

Introdução: A musculatura da região lombar, também denominada core, é fundamental para garan-tir a estabilidade do tronco e, consequentente, de membros em diversas atividades, principalmente esportivas1. Testes de resistência durante contrações isométricas são comumente empregados para avaliação do core2. Entretanto, a estabilidade de core envolve, além de resistência, força muscular3. O dinamômetro manual é uma ferramenta que fornece uma medida objetiva e acessível da força muscular, para uso em ambiente clínico. Apesar de sua relevância, encontramos apenas um estudo que avaliou a confiabilidade entre-sessões desta medida e apenas dos flexores laterais de tronco na posição sentada, utilizando resistência manual4.

Objetivo: Determinar a confiabilidade entre-sessões da avaliação de força máxima da musculatura de core utilizando um dinamômetro manual.

Métodos: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (1.031.228). Dez homens sadios (21,1±2,9 anos) foram avaliados em duas sessões, com uma semana de intervalo entre elas. Para cada grupo muscular, foram realizadas 3 contrações isométricas máximas, com 5 s cada e 30 s entre elas. O dinamômetro manual Lafayette foi posicionado na região proximal do tronco com uma faixa de nylon posicionada sobre ele e fixada à maca, para oferecer resistência. Outra faixa foi utilizada para estabilização dos membros inferiores durante o teste. Os músculos extensores do tronco foram avaliados com os sujeitos em decúbito ventral, com os braços atrás da cabeça; os músculos flexores anteriores do tronco, com os sujeitos em decúbito dorsal, com os braços cruzados em frente ao tórax; e os flexores laterais do tronco, com o sujeito em decúbito lateral, com os braços cruzados em frente ao tórax. A média dos picos de força de cada grupo muscular, em cada sessão, foi utilizada para o cálculo do índice de correlação intraclasse (ICC) modelo (2,3), no software SPSS 17.

Resultados: O ICC foi excelente para flexores de tronco (0,83), flexores laterais de tronco (0,96 e 0,87, para o lado dominante e não-dominante, respectivamente) e bom para extensores de tronco (0,67).

Discussão: Os resultados demonstram que a avaliação de força dos músculos de core é uma

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medida reprodutível em sujeitos sadios. Neste estudo, optamos por utilizar faixas para oferecer resistência padronizada e maior estabilização durante os testes, semelhante a um estudo prévio que encontrou boa confiabilidade intra-sessão para flexores e extensores5. Conclusão: O di-namômetro manual pode ser utilizado na avaliação de força da musculatura de core, auxiliando assim na identificação de déficits e acompanhamento de intervenções.

Referências:

1. Kibler WB, Press J, Sciascia A. The role of core stability in athletic function. Sports Med. 2006;36(3):189-98.

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3. Waldhelm A, Li L. Endurance tests are the most reliable core stability related measurements. J Sport Health Sci. 2012; 1:121-128.

4. Newman BL, Pollock CL, Hunt MA. Reliability of Measurement of Maximal Isometric Lateral Trunk-Flexion Strength in Athletes Using Handheld Dynamometry. J Sport Rehab. 2012.

5. Nakagawa TH, Maciel CD, Serrão FV. Trunk biomechanics and its association with hip and knee kinematics in patients with and without patellofemoral pain. Man Ther. 2015;20(1):189-93.

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