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SUMÁRIO

Fonética ........................................................................................................ 03

Acentuação gráfica ....................................................................................... 07

Morfologia (classes gramaticais) .................................................................. 10

Pronomes ..................................................................................................... 11

Emprego do artigo........................................................................................ 30

Uso dos tempos e modos verbais ................................................................ 33

Análise sintática interna ............................................................................... 36

Vozes verbais ................................................................................................ 43

Concordância nominal ................................................................................. 50

Concordância verbal..................................................................................... 54

Regência verbal ............................................................................................ 58

Crase ............................................................................................................. 63

Análise sintática externa .............................................................................. 67

Pontuação .................................................................................................... 73

Discurso direto e indireto ............................................................................ 82

Semântica ..................................................................................................... 84

Agrupamento de gêneros ............................................................................ 89

Coesão e Coerência ...................................................................................... 90

Dicas de interpretação de textos ................................................................. 96

A palavra Porquê ........................................................................................ 103

Gabaritos .................................................................................................... 106

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FONÉTICA

É a parte da gramática que estuda os fonemas.

FONEMAS

São os sons da fala. São sons produzidos pelo aparelho fonador com os quais se formam as palavras. São as unidades distintivas da fala.

Ex. pato, mato, gato, rato, fato

LETRA

É a representação gráfica dos fonemas. Fonemas são sons; só existem pronunciados. Letras são os sinais gráficos que representam os sons; só existem escritas.

Na língua portuguesa, existem 26 letras e com elas são representados em torno de 32 fonemas. Devido a essa diferença entre o número de letras e de fonemas, alguns “problemas” acontecem:

I. Existem letras que não representam fonema (h, m, n). Ex. hotel (5 letras; 4 fonemas) Campo (5 letras; 4 fonemas) Santo (5 letras; 4 fonemas)

II. Há casos em que duas letras representam um só fonema (dígrafos). Ex. carro (5 letras; 4 fonemas) Chaveiro (8 letras; 7 fonemas) Exceto (6 letras; 7 fonemas)

III. Uma letra pode representar dois fonemas (x). Ex. táxi (4 letras; 5 fonemas)

IV. Uma letra pode representar fonemas diferentes (g, x). Ex. gato /g/; gelo /j/ Ex. xícara /ch/; exame /z/; máximo /ss/; táxi /ks/

V. Um fonema pode ser representado de maneiras diferentes. Ex. assado, sala, cerveja, cabeça, crescer, cresço, máximo, exceto, exsudar

1. Conte o número de letras e de fonemas das palavras abaixo.

LETRAS FONEMAS

Especificidade

rescisão

Cochilar

Hibernar

Convexo

Distinguir

Ascendência

Insosso

Otimista

Nascimento

CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS

Os fonemas classificam-se em três grandes categorias: vocálicos (vogais), semivocálicos (semivogais), consonantais (consoantes).

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VOGAIS CONSOANTES

Saem livremente pela cavidade bu- cal sem encontrar obstáculos que atrapalhem a sua passagem.

Encontram obstáculos que atrapa- lham a sua passagem.

São fonemas pronunciados sem apoio.

Para serem pronunciados, preci- sam do apoio das vogais.

São fonemas silábicos (podem for- mar sílaba sozinhos)

São fonemas assilábicos (sozinhos não formam sílaba).

SEMIVOGAIS: são fonemas que se situam entre as vogais e as consoantes, que são os fonemas /i/ e /u/, quando, juntos a uma vogal, com ela formam sílaba. Ex. mágoa, jeito, céu, doido

ENCONTROS VOCÁLICOS São encontros de vogais ou semivogais que podem ocorrer na mesma sílaba ou em sílabas diferentes. Existem três tipos de encontros vocálicos: ditongos, tritongos e hiatos. DITONGO: é o encontro de uma vogal e de uma semivogal na mesma sílaba. Pode ser:

ORAL: quando o som sai exclusivamente pela boca. Ex. cai, boi, réu NASAL: quando o som é produzido pela boca e pelo nariz. Pão, põe CRESCENTE: semivogal + vogal Ex. vitória, escritório DECRESCENTE: vogal + semivogal Ex. céu, gaita

TRITONGO: é o encontro de uma semivogal + uma vogal + uma semivogal na mesma sílaba. Classifica-se em oral e nasal. Ex. Uruguai (tritongo oral) quão (tritongo nasal) HIATO: é o encontro de duas vogais em sílabas separadas. Assim, comparando-se a palavra pais (plural de pai) e país (região),verificamos que: a) Na primeira, o encontro ai soa numa só sílaba; b) Na segunda, o a pertence a uma sílaba e o í a outra.

ENCONTRO CONSONANTAL

Dá-se o nome de encontro consonantal ao agrupamento de consoantes num vocábulo.. Entre os encontros consonantais, merecem realce, pela frequência em que se apresentam aqueles inseparáveis cuja segunda consoante é l ou r. Assim:

ENCONTRO CONSONANTAL EXEMPLIFICAÇÃO

bl bloco, abluir

br branco, rubro

cl claro, tecla

cr cravo, Acre

dr dragão, vidro

fl flor, ruflar

fr francês, refrão

gl glutão, aglutinar

gr grande, regra

pl plano, triplo

pr prato, sopro

tl ........, atlas

tr tribo, atrás

vr ........., palavra

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Encontros consonantais como gn, mn, pn, ps, pt, tm e outros não aparecem em muitos vocábulos. Ex. gnomo, pneumático, ptialina Mnemônico, psicológico, tmese

Quando o encontro consonantal ocorre em sílabas distintas, pode ser chamado de acidental ou disjunto. Ex. ab – so – lu - ta – ap – to

DÍGRAFO É o encontro de duas letras que representam um só fonema. Os dígrafos da língua portuguesa são os seguintes:

DÍGRAFO EXEMPLIFICAÇÃO

ch chave, chiqueiro

lh olho, lhama

nh ninho, aranha

rr carro, arruinar

ss assim, assassino

gu gueto, guitarra

ou queijo, quiromante

sc crescer, florescer

sc cresço, nasço

xc exceto, exceção

xs exsudar

am campo, lâmpada

an cantar, santo

em empresa, emprego

en enxada, enxugar

im impuro, impróprio

in insano, insalubre

om compor, ombro

on contar, sondar

um cumprir, umbigo

un nunca, junto

EXERCÍCIOS DE AULA 2. Defina os elementos sublinhados como encontros consonantais, dígrafos ou encontros vocálicos (ditongo crescente, ditongo decrescente, tritongo, hiato). a) denúncia ____________________________________________ b) denuncia ____________________________________________ c) exceção _____________________________________________ d) farmácia ____________________________________________ e) excluir ______________________________________________ f) cansaço _____________________________________________ g) iguais _______________________________________________ h) ai __________________________________________________ i) aí ___________________________________________________ j) Brasil ________________________________________________

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QUESTÕES DE CONCURSOS 01) Considere as seguintes afirmações acerca da relação entre letras e fonemas. I – Os segmentos sublinhados em componente, acrescentariam e conhecedor representam um só fonema. II – As letras sublinhadas em ciência, sociocultural e adolescentes representam o mesmo fonema. III – As palavras holística, essencialmente e conquistas têm, cada uma delas, mais letras que fonemas. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III. 02) Assinale a alternativa em que uma das palavras deveria ser acentuada. a) recorde, austero. b) rubrica, interim. c) avaro, filantropo. d) gratuito, libido. e) ruim, pudico. 03) A pronúncia do verbo “driblar” é alterada com frequência na linguagem popular. A razão provável dessa alteração é a) o uso frequente dessa palavra em conversas a respeito de futebol. b) a semelhança entre /dr/ e a sequência inexistente em português /dl/. c) a complexidade da estrutura de complementação desse verbo. d) a complexidade do evento que o verbo descreve. e) a presença de dois encontros consonantais em uma só palavra. 04) Analisando este mote que promove a cidade de Passo Fundo, é INCORRETO afirmar que “Passo Fundo, terra de gente boa!” a) nele se registram duas palavras monossilábicas. b) nele ocorrem duas vogais nasalizadas. c) ocorre um dígrafo em “passo” e outro em “terra”. d) em quatro de suas palavras, há um número maior de letras que de fonemas. e) com exceção da preposição “de”, todas as palavras são paroxítonas. 05) Analise as afirmativas relacionadas com a constituição dos vocábulos da frase a seguir. “Há outra coisa a se dizer sobre essa questão.” I – Os vocábulos “outra” e “coisa” apresentam ditongos decrescentes. II – Os vocábulos “essa” e “questão” apresentam dígrafos. III – Os vocábulos “há” e “se” apresentam duas letras e dois fonemas. Está (ão) correta(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e III. e) apenas I e II.

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ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Poema sem Acento

O meu teclado quebrado

Exercita meu poema:

Se ele fosse acentuado,

Eu me veria em problemas.

Se essa falta me limita,

Faz, contudo, analogia

Da complexidade inscrita

Na mais simples poesia:

Muitas vezes inexiste

A palavra apropriada

Pra tamanho sentimento,

E o poema fica triste...

A rima, desamparada,

Cai, naufraga, sem acento.

Edson Peka

REGRAS DE ACENTUAÇÃO

MONOSSÍLABOS TÔNICOS: Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em A, E, O seguidos ou não de “S”. Ex. má,

más; pé, pés, só, sós.

OXÍTONAS: Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em A, E, O, EM seguidas ou não de “S”. Ex. sofá, sofás; café, cafés;

avó, avós; também, parabéns

PAROXÍTONAS: Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:

L, n, r, x, ã(s): útil, pólen, ímpar, tórax, ímã(s)

I(s), us: júri(s), vírus

Um(uns), ons: fórum(uns), nêutrons

Os: bíceps

Ditongo: sítio(s), cárie(s), órgão(s)

PROPAROXÍTONAS: Todas são acentuadas. Ex. árvore, paralelepípedo

DITONGOS ABERTOS: Acentuam-se os ditongos abertos éu, éi, ói nas palavras oxítonas. Ex. chapéu, papéis, constrói

HIATOS I e U: Acentuam-se o I e o U dos hiatos, quando forem tônicos, formarem sílaba sozinhos ou acompanhados de S,

vierem antecedidos de vogal e não vierem seguidos de NH. Ex. saída, saúde, faísca, moído. Atenção! Não se acentua o U tônico depois de um ditongo, das palavras paroxítonas.. Ex, baiuca, feiura As palavras paroxítonas que trazem I e U repetidos e em sequência não recebem acento. Ex. xiita, juuna

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ACENTO DIFERENCIAL: Esse acento se manteve nas seguintes palavras:

Pôr (verbo) ; por (preposição) Pôde(pretérito perfeito); pode (presente) Fôrma; forma (opcional)

QUESTÕES DE CONCURSOS

6) As palavras a seguir apresentam problemas de acentuação gráfica devido à sua pronúncia hesitante. O item em que estão grafadas de acordo com a norma culta é: a) Pudico, rubrica,ínterim b) Lêvedo, boemia, ibero c) Avaro, aerolito, batavo d) Filantropo, gratuito, aziago e) Álacre, ímprobo, protótipo

7) Assinale a opção em que o I e o U em hiato são acentuados em todas as palavras: a) Cairam, caires, caistes, sairam, sairdes b) Faisca, juizes, juiz, jesuita,juizo c) bau, saude, balaustre, reuno, reunem d) rainha, caique, caida, graudo, egoismo e) raizes, saistes, saimos, saida, tainha

8) Que par de palavras abaixo não tem sua acentuação gráfica justificada pela mesma regra? a) Súditos, fábrica b) Denúncia, consciência c) Está, já d) Útil, agradável e) País, saúde

9) Violência é palavra que recebe acento gráfico pela mesma razão de uma das palavras a seguir. Qual? a) Aí b) É c) Válidos d) Herói e) Vácuo

10) Assinale a opção em que todas as palavras devem ser acentuadas pelo mesmo motivo. a) Tambem, refem b) Aniversario, fortuito c) Fortuito, gratuito d) Velocidade, rubrica e) Ceu, tambem

11) Assinale a opção que traz apenas um erro de acentuação gráfica. a) Elas veem, eles mantêm, ele se contém b) Pôr, pôde, fôrma c) Graúdo, gaúcho, moínho d) Fí-lo, quí-lo, fê-lo e) Paranóia, boia, apóio

12) Assinale a opção em que todos os vocábulos são acentuados por serem oxítonos: a) Paletó, avô, jiló, pajé, café b) Parabéns, vêm, hífen, saí, oásis c) Vovô, capilé, Paraná, lápis, régua d) Amém, amável, filó, porém, além e) Caí, aí, ímã, ipê, abricó

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13) Segue a mesma regra de acentuação de país a palavra: a) Saúde b) Aliás c) Táxi d) Grêmios e) Heróis

14) Só numa série abaixo estão todas as palavras acentuadas corretamente. Assinale-a: a) Rápido, sede, côrte b) Satanás, ínterim, espécime c) Corôa, vatapá, automóvel d) Cometi, pêssegozinho, viúvo e) Lápis, rainha, côr

15) Entre as alternativas abaixo, assinale aquela em que nenhuma palavra deve ser acentuada graficamente:

a) Bonus, tenis, aquele, virus b) Repolho, cavalo, onix, grau c) Juiz, saudade, assim, flores d) Levedo, carater, condor, ontem

EXERCÍCIOS DE AULA

1. Empregue o acento gráfico quando couber. Não havendo acento gráfico, sublinhe a vogal tônica da palavra: Nota: o exercício inclui palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas: Autenticos Pantano Carater Caracteres Item Itens Interim Quilometros Textil Texteis Hifen Hifens Juri Itamarati (o) transito Orfas Avaro Fusivel Fusíveis Clímax Matine Bauru autopsia necropsia Refem Refens Bavaro alibi Chanceler Cancer Canceres recem-chegado Junior juniores Pulover Puloveres Fortuito (o) fluido curto-circuito Gratuito (é) mister (os) misteres Etiope exodo Biquini Neutron Neutrons Jeferson Cesar (o) recorde Abençoa Super-habil onus Ansias Clovis Latex Biceps (a) pegada Cartorios Coletanea Venus Tunel Tuneis Cintia Canil (os) canis sec. (século) gen. (gênero) pag. (página) Ton. (tônico) Improbo Ines Estencil Ambiguos (a) mercancia Economia (o) retros (os) retroses (o) reves (os) reveses Embriaguez Manganes Quorum mapa-mundi Burgues Burgueses Nuvem Nuvens Niquel Niqueis Sueter Sueteres alcool Alcoois Alcantara Carmem

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MORFOLOGIA (classes gramaticais)

De Gramática e de Linguagem E havia uma gramática que dizia assim: "Substantivo (concreto) é tudo quanto indica Pessoa, animal, ou coisa: João, sabiá, caneta." Eu gosto é das coisas. As coisas, sim! As pessoas atrapalham. Estão em toda parte. Multiplicam-se em excesso. As coisas são quietas. Bastam-se. Não se metem com ninguém. Uma pedra. Um armário. Um ovo. (Ovo, nem sempre, Ovo pode estar choco: é inquietante...) As coisas vivem metidas com as suas coisas. E não exigem nada. Apenas que não as tirem do lugar onde estão. E João pode neste mesmo instante vir bater à nossa porta. Para quê? não importa: João vem! E há de estar triste ou alegre, reticente ou falastrão, Amigo ou adverso...João só será definitivo Quando esticar a canela. Morre, João... Mas o bom mesmo, são os adjetivos, Os puros adjetivos isentos de qualquer objeto. Verde. Macio. Áspero. Rente. Escuro. Luminoso. Sonoro. Lento. Eu sonho Com uma linguagem composta unicamente de adjetivos Como decerto é a linguagem das plantas e dos animais. Ainda mais: Eu sonho com um poema Cujas palavras sumarentas escorram Como a polpa de um fruto maduro em tua boca, Um poema que te mate de amor Antes mesmo que tu lhe saibas o misterioso sentido: Basta provares o seu gosto... Mario Quintana

CLASSES GRAMATICAIS CLASSE FUNÇÃO EXEMPLIFICAÇÃO

substantivo Nomeia tudo (seres, animais, objetos, sentimentos, emoções, ações etc)

homem, cachorro, carinho, ansiedade, calor, Deus, alienação, saudade

artigo Define ou indefine; determina ou indetermina o substantivo

o, a, os, as, um, uma, uns, umas

pronome Acompanha ou substitui o substantivo. ele, o, a, seu, dela, este, ninguém, quanto, cujo, toda, nenhum, que, qual

adjetivo Caracteriza, qualifica o substantivo. belo, alto, amável, gordo, inteligente, feliz

numeral Indica quantidade ou ordem do substantivo.

segundo, dois terços, quinto, milésimo, quíntuplo, dobro

verbo Exprime ação, estado ou fenômeno da natureza

estudar, ser, estar, chover, gear

advérbio Indica circunstância muito, devagar, depressa, hoje, aqui, agora, ontem, calmamente, ansiosamente

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preposição Liga termos estabelecendo uma relação entre eles

de, para, por, em, diante, perante, sob, sobre

conjunção Liga orações estabelecendo uma relação entre elas.

e, porém, que,porque, de modo que, embora, como, quando

interjeição Traduz emoções. oh! ah! socorro! bravo!

PRONOMES

Pronominais

Dê-me um cigarro

Diz a gramática

Do professor e do aluno

E do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom branco

Da Nação Brasileira

Dizem todos os dias

Deixa disso camarada

Me dá um cigarro

De Pau-brasil (1925)

Oswald de Andrade

São palavras variáveis que acompanham ou substituem o substantivo.

Ex. “O homem julga que é superior à natureza, por isso o homem destrói a natureza, sem pensar que a natureza é

essencial à vida do homem.”

O homem julga que é superior à natureza, por isso ele a destrói, sem pensar que ela é essencial para sua vida.

Inicialmente, os pronomes classificam-se em duas grandes categorias:

A) pronomes adjetivos: acompanham o substantivo;

B) pronomes substantivos: substituem o substantivo.

Ex. Minha poltrona é confortável, mas prefiro a tua.

Além da classificação anterior, os

pronomes podem ser pessoais (retos

oblíquos, de tratamento); possessivos;

demonstrativos; indefinidos;

interrogativos e relativos.

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PRONOMES PESSOAIS

São pronomes que representam (substituem) as três pessoas gramaticais. Veja o quadro:

PESSOA GRAMATICAL PRONOMES PESSOAIS REPRESENTANTES

NO ATO DE COMUNICAÇÃO, REPRESENTAM A(s) PESSOA(S)

1ª do singular 1ª do plural

eu, me, mim nós, nos

que fala que falam

2ª do singular 2ª do plural

tu, te, ti vós, vos

com quem se fala com quem se fala

3ª do singular 3ª do plural

ele/ela, o/a, se, si, lhe eles/elas, os/as, se, si, lhes

de quem se fala de quem se fala

TIPOS DE PRONOMES PESSOAIS

Nas orações, os pronomes podem exercer a função de sujeito ou de complemento. Devido a essa dupla possibilidade de

função, esses pronomes se subdividem em retos e oblíquos.

Pronomes pessoais retos: desempenham a função de sujeito da oração.

Pronomes pessoais oblíquos: desempenham a função de complementos.

Exemplos: Ela trouxe o livro para eu ler.

Ela trouxe o livro para mim.

Eu me relaciono bem com meus pais.

Não há divergências entre mim e meus pais.

PRONOMES PESSOAIS RETOS PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUOS

Eu me, mim, comigo

Tu te, ti, contigo

Ele o, a, lhe, se, si, consigo

Nós nos, conosco

Vós vos, convosco

Eles os, as, lhes, se, si, consigo

*Os pronomes grifados são átonos; os demais são tônicos.

COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS

Os pronomes pessoais oblíquos átonos podem ser colocados em três posições em relação ao verbo:

Próclise: consiste em colocar o pronome antes do verbo. Ex. Ele se considera bom aluno.

Mesóclise: consiste em colocar o pronome no meio do verbo. Ex. Entregar-te-ei o documento amanhã.

Ênclise: consiste em colocar o pronome após o verbo. Ex. Espero-te em casa.

PRÓCLISE

Usa-se a próclise quando houver, na oração, palavras atrativas. As palavras que têm o poder de atrair os pronomes

oblíquos átonos são as seguintes:

Conjunções subordinativas:

Ex. Quando a encontraram, já era tarde.

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Ex. Fui abordado na rua por engano, porque me pareço com meu irmão.

Ex. Embora te obedeçam, não concordam com tuas ordens.

Ex. Caso se sintam desconfortáveis, podem afrouxar o cinto de segurança.

Pronomes Relativos (que, quem, qual, cujo, onde, como, quando, quanto):

Ex. O livro que me emprestaram está esgotado.

Ex. A mulher de quem me separei mora aqui perto.

Ex. O assunto ao qual te referes é sigiloso.

Ex. O medicamento cuja bula te mostrei é controlado.

Ex. O lugar onde a encontraram estava deserto.

Ex. Não gostaram do jeito como nos comportamos.

Ex. Precisa ser contido nos momentos quando se descontrola.

Ex. Tudo quanto te devem será pago.

Pronomes Interrogativos ( que, quem, qual, quanto)

Ex. Quem me denunciou?

Ex. Qual aluna se retirou da sala?

Ex. Que te fizeram para estares tão mal humorado?

Ex. Quanto lhe devo?

Advérbios (sem vírgula)

Ex. Aqui se ensina.

Ex. Aqui, ensina-se.

Ex. Devagar se vai longe.

Ex. Ontem lhe devolvi o documento.

Ex. Talvez nos convidem para a festa.

MESÓCLISE

Usa-se nos casos em que não for possível usar a próclise.

A mesóclise só pode ser utilizada com verbos no futuro do presente ou no futuro do pretérito do Indicativo.

Ex. Emprestarei + te o dinheiro.

Ex. Emprestar-te-ei o dinheiro.

Ex. Ajudaria + te, se pudesse.

Ex. Ajudar-te-ia se pudesse.

ÊNCLISE Utiliza-se nos demais casos, ou seja, quando não for possível usar nem a próclise nem a mesóclise.

Ex. Meu pai e seus colegas de trabalho convidaram-me para pescar.

COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS NAS LOCUÇÕES VERBAIS

VERBO + INFINITIVO VERBO + GERÚNDIO VERBO + PARTICÍPIO

As luzes se vão extinguir. As luzes se vão extinguindo. As luzes se têm extinguido.

As luzes vão-se extinguir. As luzes vão-se extinguindo. As luzes têm-se extinguido.

As luzes vão extinguir-se. As luzes vão extinguindo-se.

PRONOMES DE TRATAMENTO

São usados no tratamento cortês ou formal, cerimonioso.

No caso desses pronomes, a concordância do verbo é feita sempre com a terceira pessoa.

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Ex: Vossa Excelência precisará de meus serviços? (correto)

Ex. Vossa Excelência precisareis de meus serviços? (errado)

VOCÊ

Originou-se de Vossa Mercê, quando era usado apenas para pessoas de tratamento cerimonioso. Até chegar a você, Vossa

Mercê passou por estas formas: Vossemecê, Vosmecê e Vossancê, cujas variantes populares são Mecê, Vancê e Vassuncê.

Usa-se para pessoas que gozam de nossa intimidade.

SENHOR (e suas variações senhora, senhores, senhoras)

Usa-se para pessoas que merecem respeito ou pessoas de quem exigimos respeito. Antes de nomes, convém usar inicial

maiúscula (Sr. Luís, Sra. Luísa).

VOSSA SENHORIA (e a variação VOSSAS SENHORIAS)

Usa-se para comerciantes em geral, oficiais até a patente de coronel, chefes de sessão e funcionários de igual

categoria.

Ex. Senhora Diretora, gostaríamos de comunicar a Vossa Senhoria, que o funcionário

Ex. Paulo Rodrigues não está lotado neste setor.

VOSSA EXCELÊNCIA (e a variação VOSSAS EXCELÊNCIAS)

Usa-se para oficiais de patente superior à de coronel, senadores, deputados, embaixadores, professores de curso

superior, ministros de Estado, presidente da República (sempre por extenso) e outras autoridades de relevo social.

Ex. Comunicamos que Sua Excelência a Presidenta da República não poderá comparecer ao evento.

Ex. O Excelentíssimo Senhor Aluísio Mercadante, Ministro da Educação aprovou as mudanças realizadas neste setor.

Ex. O Excelentíssimo senhor José Genuíno informa que cumprirá seu mandato de senador até o fim.

VOSSA EMINÊNCIA (e a variação VOSSAS EMINÊNCIAS)

É usado para cardeais.

Ex. Vossa Eminência, o Cardeal Dom João Antônio Henriques, desempenhou papel fundamental na luta pelos direitos

humanos.

Ex. Gostaríamos de anunciar a presença, neste conclave, de Sua Eminência, o cardeal Dom Aluísio Alves.

VOSSA ALTEZA (e a variação VOSSAS ALTEZAS)

Usa-se para príncipes e duques.

Ex. Sua Alteza, o Príncipe William, deu um novo herdeiro à coroa.

VOSSA MAJESTADE (e a variação VOSSAS MAJESTADES)

Usa-se para reis e imperadores.

Ex. Sua Majestade, a Rainha Elizabeth, ficou feliz com a notícia de que o trono terá mais um herdeiro.

VOSSA EXCELÊNCIA REVENDÍSSIMA (e a variação VOSSAS EXCELÊNCIAS REVERENDÍSSIMAS)

Usa-se para bispos e arcebispos.

Ex. Agradecemos a presença de Vossa Excelência Reverendíssima a este evento em nossa comunidade.

VOSSA REVERENDÍSSIMA (e a variação VOSSAS REVERENDÍSSIMAS)

Usa-se para sacerdotes e religiosos em geral.

Ex. Vossas Reverendíssimas, os padres desta diocese, deverão participar de um retiro espiritual durante o carnaval.

VOSSA PATERNIDADE (e a variação VOSSAS PATERNIDADES)

Usa-se para superiores de ordens religiosas.

Ex. Solicitei a Sua Paternidade, a Madre Tereza de Jesus, permissão para sair co convento na próxima semana.

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VOSSA MAGNIFICÊNCIA (e sua variação VOSSAS MAGNIFICÊNCIAS)

Usa-se para reitores.

VOSSA MERITÍSSIMA ( e suas variações VOSSAS MERITÍSSIMAS)

Usa-se para juízes.

VOSSA SANTIDADE

Usa-se para o Papa.

VOSSA ONIPOTÊNCIA

Também sempre escrito por extenso. Usa-se para Deus.

Algumas observações: Na correspondência oficial, o vocativo empregado deve vir sempre com a palavra Senhor (Senhor Presidente,

Senhor Ministro, Senhor Diretor, Senhor Reitor etc. )

Usa-se Dom ou Dona (ambos com a mesma abreviatura (D.) junto a nome de mulher respeitosa, de pessoa ilustre,

de preferência que possua título de nobreza: D. João VI, D. Carlota Joaquina.

Quando se fala com a pessoa, usa-se Vossa.

Ex. Vossa Excelência poderia abrir mão do depoimento das testemunhas, senhora juíza?

Quando se fala da pessoa, usa-se Sua.

Ex. As testemunhas deverão permanecer no recinto, pois Sua Excelência optou por ouvi-las.

PRONOMES POSSESSIVOS São os que dão ideia de posse, em relação às pessoas do discurso, ou seja, estabelecem uma relação de posse entre

um elemento possuidor e um elemento possuído.

Quando digo meu livro, a ideia de posse é clara em relação à primeira pessoa (eu).

PESSOA PRONOME

1ª pessoa do singular meu, minha, meus, minhas

2ª pessoa do singular teu, tua, teus tuas

3ª pessoa do singular seu, sua seus suas, dele, dela, deles, delas

1ª pessoa do plural nosso, nossa, nossos, nossas

2ª pessoa do plural vosso, vossa, vossos, vossas

3ª pessoa do plural seu, sua, seus, suas, dele, dela, deles, delas

EMPREGO DOS PRONOMES POSSESSIVOS:

1) Os pronomes possessivos concordam em gênero e número com a coisa possuída, mas em pessoa com o possuidor.

Ex. Elisa chegou com seu filho. (Elisa = possuidor; filho = coisa possuída)

2) O pronome possessivo pode vir com ou sem a anteposição do artigo

Ex. minha/ a minha camisa

Tratando-se de nomes de parentesco, porém, a omissão é desejada.

Ex. Meu pai, minha mãe, meu irmão

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Na linguagem familiar, todavia, utiliza-se muito o meu pai, a minha mãe, o meu irmão, o que confere mais intimidade à

comunicação.

3) Muitas vezes, a presença do artigo antes do possessivo muda o sentido da comunicação.

Ex. Este é meu irmão. (significa que há mais de um irmão)

Ex. Este é o meu irmão. (significa que se trata de irmão único)

4) O possessivo seu (e suas variações) pode causar ambiguidade de sentido.

Ex. Manuel foi ao cinema com sua mãe. (pode ser a mãe de Manuel ou a mãe da pessoa com quem se está falando.)

Para evitar o duplo sentido, usam-se as formas dele (e variações).

Ex. Manuel foi ao cinema com a mãe dele. (ou de você, ou do senhor)

5) Os possessivos geralmente vêm antepostos ao substantivo; quando se pospõem, podem mudar de significado a expressão

de que fazem parte.

Ex. Minhas saudades de Beatriz. (= saudades que eu sinto)

Ex. Beatriz sentes saudades minhas? (= saudades que Beatriz sente)

Ex. Estou com tua foto. (a foto te pertence)

Ex. Tenho uma foto tua. (tu estás na foto)

6) Dispensa-se o possessivo antes de nomes que indicam partes do corpo, peças de vestuário e faculdades do espírito,

quando se referem ao próprio sujeito da oração; o uso do artigo, nesse caso, já denota posse. Ex.

Ex. Não abro mais a boca. (não a minha boca)

Ex. Virgílio rasgou a camisa. (não a sua camisa)

Ex. Perdemos os sentidos. (não os nossos sentidos)

7) A palavra casa, quando significa lar próprio, dispensa o possessivo.

Ex. Estou em casa (E não: Estou em minha casa)

Ex. Luís foi cedo para casa. (E não: Luís foi cedo para sua casa.)

Quando, porém, se deseja dar ênfase à expressão, ou quando é necessário discriminar a pessoa ou a coisa em referência,

então, emprega-se o possessivo.

Ex. Em minha casa é que ninguém irá cantar de galo.

8) Possessivo se usa muitas vezes não para indicar posse, mas afeto, cortesia, respeito, cálculo aproximado, ação habitual,

predileção e também ofensa, descortesia e até ironia.

Ex. Meu caro amigo!

Ex. Sente-se, minha senhora!

Ex. Minhas senhoras e meus senhores, daremos início ao debate.

Ex. Ele tem seus vinte e cinco anos.

Ex. Faço os meus exercícios de vez em quando.

Ex. O corola é meu carro!

Ex. Viu o que você fez, seu burro?

Ex. O que você fez, seu burro?

Ex. Quem é que você pensa que é, seu imbecil?

Ex. Aonde a senhora pensa que vai, minha boa menina?

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9) Seu, nas expressões seu José, seu Manuel, seu guarda, seu moço, é a redução de senhor e não se classifica, portanto,

como pronome possessivo.

10) Para reforçar o caráter de posse, costuma-se empregar próprio (ou variações) depois do possessivo.

Ex. Levei o acidentado no meu próprio carro.

Ex. Mataram-no na sua própria casa.

11) O adjetivo respectivo equivale a devido, seu, próprio. Há, portanto, redundância quando se constrói: “Colocar as coisas

nos seus respectivos lugares.” Ou seja, usa-se seus ou respectivos, mas não ambos ao mesmo tempo.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS São os que situam os seres, no tempo e no espaço, em relação às pessoas do discurso.

Quando digo este livro, estou situando o ser livro em relação à primeira pessoa (perto de mim). Se digo esse livro,

estou determinando o ser livro em relação à segunda pessoa (longe de mim, perto de outrem). Se afirmo aquele livro, estou

situando o ser livro em relação à terceira pessoa (distante da primeira e da segunda).

Emprego dos pronomes demonstrativos As palavras o, próprio, semelhante e tal (e suas variações), quando empregadas como equivalentes de um pronome

demonstrativo, serão como tal classificadas.

Ex. Nem tudo o que reluz é ouro. (o = aquilo)

Ex. A sorte é mulher, bem o demonstra. (o = isso)

Ex. A casa de José é maior que a de Paulo. (a = aquela)

Ex. Isilda mesma/própria costura seus vestidos.

Ex. Nunca vi semelhante coisa.

Ex. Tal absurdo eu não iria cometer. (tal = esse)

ESTE É usado:

a) Em relação a seres que se encontram perto do falante.

Ex. Este óculos que estou usando é multifocal.

Ex. Isto que carrego em minhas mãos pesa 10Kg.

b) em referência ao lugar em que o falante está ou àquilo que o abrange fisicamente.

Ex. Esta sala em que estou dando aula não tem ar-condicionado.

Ex. Nunca na história deste país houve tanto escândalo.

c) em referência ao ser que está em nós.

Ex. Este coração aguentará ainda quanto tempo?

Ex. Esta alma não traz pecado

d) em referência a um termo imediatamente anterior.

Ex. Consultado o juiz, este se manifestou favoravelmente a nossa causa.

Ex. A motosserra abate a árvore e esta volta a nascer.

e) em referência a um momento presente ou que ainda não passou.

Ex. Juçara, você aqui ainda a esta hora?

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Ex. Este ano está sendo muito bom para mim.

Ex. Neste dia, ano passado, estávamos juntos.

f) em referência àquilo de que estamos tratando.

Ex. Este assunto já foi discutido ontem aqui; passaremos a outro.

Ex. Tudo isto que estou dizendo já é velho.

g) Em referência ao que se vai anunciar.

Ex. Acabam de chegar estes materiais de expediente: canetas, lápis, folhas A 4 e tinta para impressora.

Ex. Uma das soluções para o problema da violência urbana é esta: aumentar o rigor na aplicação das leis.

h) em referência a tempo futuro, mas bem próximo do momento presente.

Ex. Tarifa de energia pode ser reduzida esta semana

Ex. Esta noite deverei vê-la: as saudades enormes batem muito forte.

Ex. Um dia destes ela me telefona, e o amor voltará a ter curso novamente, sem atropelos nem imprevistos de má

natureza.

i) No rosto da oração, desacompanhado de substantivo, equivale a isto.

Ex. Este é o maior problema, caro leitor.

Ex. Esta é que é a verdade, meus amigos.

ESSE É usado:

a) Em referência a seres que se encontram longe do falante e próximos do ouvinte.

Ex. Esse livro que tens na mão é bom?

Ex. Essa camisa que agora você veste foi presente dela?

b) Em referência ao lugar em que o ouvinte está ou àquilo que o abrange fisicamente.

Ex. Essa cidade não conhece progresso há décadas, rapaz. Mude-se daí!

c) em referência ao que está na outra pessoa.

Ex. Esse teu coração me traiu.

Ex. Essa alma traz inúmeros pecados.

Ex. Quantos vivem nesse país da Europa?

d) em referência àquilo que já foi mencionado.

Ex. Impunidade e corrupção: esses foram os assuntos da reunião presidencial.

Ex. O que você quer dizer com isso?

e) em referência a tempo futuro distante ou àquilo de que desejamos distância.

Ex. Meu amigo, um dia você ainda vai precisar de mim: então esse dia lhe será negro, inesquecível.

Ex. O povo já não confia nesses políticos.

Ex. Não quero mais pensar nisso.

f) Em referência a tempo passado, mas bem próximo do momento presente.

Ex. Essa noite sonhei com ela: que saudades, meu Deus!

g) em referência a tempo passado distante.

Ex. Ela então disse que me amava loucamente; essa noite não me sai da lembrança.

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Ex. Eu, que nesse tempo residia em Paris, não pensava muito na vida, porque estava levando a vida sem pensar. De

repente…

h) para dar ênfase ou melhor relevância a um ser já mencionado.

Ex. Todas as filhas de Veridiana se sentiam muito felizes, mas Susana, essa era a própria infelicidade.

I) em referência ao que já se mencionou

Ex. Liquidificador, batedeira, ventilador e aspirador de pó, esses eletrodomésticos é que estavam em oferta.

Ex. Natação, equitação e voleibol: são essas as modalidades de esporte que aqui se praticam.

Ex. Fugir aos problemas? Isso não é de meu feitio.

AQUELE a) Em referência a seres que se encontram longe tanto do falante quanto do ouvinte.

Ex. Aquele livro que está na mesa é seu, Luís?

Ex. Aquilo que eles carregam pesa 10kg.

b) Para estabelecer distinção entre duas pessoas anteriormente citadas, usa-se este para fazer referência à que foi

mencionada por último e aquele para a que foi mencionado em primeiro lugar.

Ex. Rosa e Ana são irmãs; esta é médica; aquela, advogada.

OUTROS 1) Em referência a tempo passado ou futuro, remoto ou muito longínquo.

Ex. Decidimos, então, ir a Salvador; aquelas férias se tornaram inesquecíveis. Ex. Meus amigos vão chegar à entrada da Garganta do Diabo, ao cair da tarde; naquele momento vacilarão, adentrarão ou aguardarão a luz do dia seguinte? Ex. Aquela semana toda na praia – que foi mesmo que fizemos?

2) A necessidade de ênfase poderá determinar a posposição da palavra mesmo (ou variações) a este, esse e aquele (ou variações).

Ex. Fique tranquilo, Luís: esta mesma noite você terá uma grande surpresa. Ex. Era prazeroso pensar que, naquela mesma casa, houvera eu próprio nascido trinta anos antes.

3) Pospõe-se este ou esse (ou variações) a um substantivo, geralmente repetido, para se expressar maior vivacidade ou vigor à comunicação.

Ex. Eu tinha uma ideia brilhante, magnífica, ideia essa que não me deixava pregar o olho à noite, Ex. Conheci na cidade uma pessoa interessante; pessoa esta cuja lembrança não me sai da cabeça e me faz feliz.

4) Os pronomes este, esse e aquele (ou variações), quando contraídos com a preposição de, pospostos a substantivos, usam-se apenas no plural.

Ex. Você teria coragem de proferir um palavrão desses, Ana? Ex. Com um frio deste não se pode sair de casa. Ex. Nunca vi uma coisa daquelas.

5) Tal é pronome demonstrativo, quando tomado na acepção de este, isto e esse, isso, aquele, aquilo (ou variações).

Ex. Tal era naquela época a situação do país. Ex. Não disse tal, não creio em tal, não falo mais sobre tal. Ex. Quando tal diz alguma coisa, todos ficamos sabendo.

6) Tal é pronome adjetivo, quando acompanha substantivo ou pronome e quando acompanha que, formando a expressão que tal? (= que lhe parece?)

Ex. Atitudes tais merecem severas punições. Ex. Esses tais merecem cadeia. Ex. Que tal minha mulher? Que tais meus filhos?

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7) Tal é ainda pronome adjetivo, quando correlativo de qual ou de outro tal. Suas manias são tais quais as minhas.

Ex. A mãe era tal quais as filhas. Ex. Os filhos são tais qual o pai. Ex. Tal pai, tal filho.

8) Em início de frase, nisto equivale a então, no mesmo instante.

Ex. Selma ia sair escondido de casa; nisto chegou o pai. 9) Não há propriedade no uso do mesmo (ou variações) em substituição a outro tipo de pronome ou a um substantivo, apesar de muito empregado até por escritores de renome. Assim, por exemplo:

Ex. Quero comprar o livro, mas antes preciso saber o preço do mesmo. Ex. A inauguração do cinema se deu ontem e à mesma, compareceram várias autoridades.

Muitas vezes o emprego de o mesmo (ou variações) nem é necessário para a compreensão da frase, como neste exemplo:

Ex. O acidente ocorreu ontem, e o mesmo foi presenciado por muitas pessoas. Ex. A frase sem o mesmo ficaria perfeita: Ex. O acidente ocorreu ontem e foi presenciado por muitas pessoas.

PRONOMES INDEFINIDOS

São os que se referem à terceira pessoa de modo vago ou impreciso.

Quando digo alguém entrou, uso um pronome que se refere à terceira pessoa de modo vago (alguém); trata-se,

pois, de um pronome indefinido. Quando digo todos se foram, uso um pronome que se refere à terceira pessoa de modo

impreciso (todos); é outro pronome indefinido.

Os pronomes indefinidos são os seguintes:

VARIÁVEIS

algum, certo, tanto,

nenhum, diverso, qual,

todo, vário, qualquer,

muito, outro, um (quando

isolado),

pouco, quanto

INVARIÁVEIS

algo, cada,

alguém, outrem,

nada, que,

ninguém, quem

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Certas palavras funcionam acidentalmente como pronomes indefinidos. Ex. Mais e menos (mais amor e menos

confiança), (os) demais (você fica; os demais podem sair) e um, quando associado a outro(uns gostam das loiras; outros, das

morenas).

Quando um pronome é substituído por um grupo de palavras de sentido indefinido, temos as locuções pronominais

indefinidas, de que são exemplos todo o mundo, cada um, cada qual, qualquer um, quem quer que, todo aquele que, seja

qual for, seja quem for, um ao outro, etc.

EMPREGO DOS PRONOMES INDEFINIDOS

1) O pronome algo tem significado quantitativo e equivale a alguma coisa.

Ex. Tenho algo importante para lhe dizer.

Ex. Às vezes aparece acompanhado da preposição de, com valor partitivo.

Ex. Há algo de novo no ar.

Ex. Ele nunca faz algo de útil.

Também é empregado como advérbio, equivalendo a um tanto.

Ex. Só ouvirei se o assunto for algo importante.

2) O pronome cada, que indica uma parte do todo, sem identificá-la, é sempre adjetivo.

Ex. Cada dia que nasce é uma oportunidade que Deus nos oferece para melhorarmos.

Ex. Não seguido de substantivo, deve anteceder um ou qual.

Ex. Os abacaxis custam três reais cada um. (e não cada)

Ex. Cada qual sabe onde lhe aperta o sapato.

Ex. Tem valor intensivo nesta frase e em outras semelhantes:

Ex. Este menino tem cada uma!

Ex. Antes de numeral cardinal, discrimina unidades.

Ex. Cada dois dias, ele falta à aula.

3) Qualquer, quando posposto ao substantivo, tem valor pejorativo.

Ex. Ele não quer se casar com uma mulher qualquer.

Antecedido do artigo um, ou mesmo antecedendo a este, também assume valor depreciativo.

Ex. O povo não pode eleger para presidente um qualquer (ou qualquer um).

Na linguagem jornalística, é usado impropriamente como equivalente de nenhum(a). Assim, por exemplo: Não houve

qualquer interesse do público pelo desfile.

É composto de qual + quer (do verbo querer), daí por que seu plural é quaisquer( a única palavra em português cujo plural é

feito no seu interior.

4) O pronome algum (ou variações), anteposto ao substantivo, tem sentido positivo; posposto passa a ter valor negativo.

Ex. Tenho aqui algum dinheiro.

Ex. Não tenho dinheiro algum.

5) Todo ou toda no singular e junto de artigo significa inteiro; sem artigo, equivale a qualquer. Ex. Toda a cidade está iluminada. ( a cidade inteira) Ex. Toda cidade está iluminada (qualquer cidade) Ex. No plural sempre é usado com artigo. Ex. Todas as cidades ficaram sem luz.

6) Nenhum, pronome que generaliza a negação, varia normalmente, desde que anteposto ao substantivo.

Ex. Não havia nenhumas frutas na casa. Ex. Não temos nenhuns meios de resolver isso.

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Ex. Posposto não varia em hipótese nenhuma. Ex. Não havia fruta nenhuma na cesta. Ex. Não temos recurso nenhum para resolver isso. Ex. Nenhum é contração de nem um, forma mais enfática que se refer à unidade. Compare as duas frases: Ex. Nenhum aluno passou. Ex. Nem um aluno passou. (um é numeral)

7) Certo só se classifica como pronome indefinido quando vem anteposto ao substantivo; posposto, é adjetivo, equivalendo a adequado, verdadeiro, exato.

Ex. Certas pessoas não podem ser eleitas. Ex. Precisamos eleger as pessoas certas.

No meio da frase, pode vir ou não antecedido do artigo indefinido um (ou variações), que lhe confere caráter enfático.

Ex. Então (um) certo dia, ele me procurou. Se o substantivo que o acompanha exprime qualidade ou sensação, certo atenua um pouco sua significação.

Ex. Ele tem (um) certo talento. Ex. Ele sempre se queixa de (uma) certa dorzinha na coluna.

8) Os pronomes certo e qualquer indicam ideias diferentes. Certo dá ideia particularizada e um tanto pejorativa do ser, entre

outros da mesma espécie, mas sem identificá-lo; qualquer, por seu lado, não indica particularização nenhuma nem dá ideia

pejorativa do ser.

Ex. Certas pessoas nem deveriam se candidatar. (sei quem são as pessoas, mas não quero identificá-las)

Ex. Quaisquer pessoas se candidatam hoje em dia. (sem ideia pejorativa nem de particularização)

9) Tudo é pronome que originalmente se refere apenas a coisas, mas tem sido aplicado a pessoas no português

contemporâneo)

Ex. Na adolescência, tudo são flores.

Ex. Dizem que no congresso é tudo igual.

PRONOMES INTERROGATIVOS São pronomes interrogativos os indefinidos que, quem, qual (e variação), quanto (e variações), empregados em frases

interrogativas.

Ex. Que fazer diante desta situação?

Os pronomes interrogativos podem ser utilizados em frases interrogativas diretas e indiretas.

Ex. Com quem andas?

Ex. Quero saber com quem andas.

Emprego dos pronomes interrogativos 1) O pronome quem é sempre substantivo e se refere a pessoas.

Ex. Quem chegou?

2) O pronome interrogativo que, que se refere a pessoas animais ou coisas, pode vir acompanhado de palavras reforçativas

ou de realce, para dar maior vigor à comunicação.

Ex. Que que você tem com a minha vida?

Ex. O que é que você está fazendo aí, Maria?

3) No português do Brasil, a expressão que é feito de? Ou a reduzida que é de? No sentido de onde está? se contraiu de tal

forma, que deu origem a simples palavras ou formas populares: cadê, quedê.

Ex. Cadê meus óculos? = que é feito de meus óculos?

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4) Os pronomes que e qual são indicadores de escolha ou seleção.

Ex. Que jornal deu essa notícia?

Ex. Qual a revista que trouxe isso?

A noção de escolha ou seleção se reforça com o emprego da expressão qual dos ou qual das.

Ex. Em qual dos jornais está essa notícia?

5) Os pronomes interrogativos se empregam ainda com valor exclamativo.

Ex. Quanta mentira não há num beijo!

Ex. Quanto veneno! Quanta traição!

6) Quando, como, onde e por que são advérbios interrogativos e podem aparecer tanto nas interrogativas diretas quanto

nas indiretas.

Ex. Quando chegaremos?

Ex. Não sei quando chegaremos.

PRONOMES RELATIVOS Pronomes relativos são as palavras QUE, QUEM, QUAL CUJO, QUANDO, ONDE COMO, QUANTO. Os pronomes

relativos recebem esse nome porque relacionam um termo antecedente (substantivo) a um termo consequente (verbo).

Ex. O carro QUE comprei é importado.

Ex. A cidade ONDE nasci fica no Rio Grande do Sul.

Emprego dos pronomes relativos Pronome relativo

Emprego Exemplo

QUE É chamado de pronome relativo universal porque pode fazer referência a qualquer tipo de antecedente (pessoa, animal ou coisa).

A garota que conheci mora aqui perto.

O cachorro que adotei foi vacinado.

O livro que li está esgotado.

QUEM É usado exclusivamente para fazer referência a pessoas. Vem sempre antecedido de preposição.

A mulher com quem me casei trabalha fora.

O advogado a quem confiei a causa é muito competente.

QUAL Vem sempre antecedido de artigo. Preferencialmente é usado quando vem antecedido de uma preposição com mais de uma sílaba. Também é usado para evitar possíveis ambiguidades causadas pelo quê.

O assunto sobre o qual falamos é sigiloso.

Os preconceitos contra os quais lutamos devem ser extirpados da sociedade.

Perdi a chave do cofre de joias o (a) qual havia deixado em cima da mesa.

CUJO Indica posse. Estabelece uma relação de posse entre um elemento possuidor (antecedente) e um termo possuído (consequente). Jamais vem antecedido ou precedido de artigo.

Conheci a garota cuja mãe trabalha comigo.

A praça cujas árvores são frondosas está abandonada.

Conheci a garota sobre cujo pai falávamos.

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ONDE Usado exclusivamente quando o termo antecedente indicar lugar.

O escritório onde trabalho fica no centro.

O bar aonde costumamos ir tem música ao vivo.

COMO É usado quando o termo antecedente for palavra ou expressão que indique modo.

Não gosto da maneira como vocês se comportam.

QUANDO Usado quando o termo antecedente for palavra ou expressão indicativa de tempo.

Gosto da hora quando o sol se põe.

QUANTO É usado quando o termo antecedente for um pronome indefinido.

Tudo quanto devo será pago.

EXERCÍCIOS DE AULA

1. Transcreva as frases, substituindo o que está em destaque por pronomes pessoais:

a) Se eu der minha palavra a vocês, saberei cumprir ela até o fim.

b) O ladrão pulou o muro, os policiais perseguiram o ladrão e prenderam o ladrão.

c) Tiramos uma xérox do documento, trouxemos a xérox e pusemos a xérox em cima da mesa do chefe.

d) Ela traz a alface e põe a alface na geladeira; as crianças vêm e tiram a alface da geladeira.

e) Como a filha deles chegou tarde, castigaram a filha.

2. Complete com eu ou mim, conforme convier:

a) Trouxeram um presente para _____ , mas não era para ______ abrir.

b) Meus filhos não dormem sem _____ ; não dormem sem ______ estar a seu lado.

c) Sempre houve amizade entre ______ e Isabel, mas não entre ______ e Joana.

d) Lá em casa, deixam tudo para _____ fazer, mas nunca dá para _____ fazer tudo sozinho.

e) Perguntaram o que houve entre ______ e você. Houve algo entre _____ e você?

3. Substitua o elemento que dá ideia de posse por um oblíquo:

a) Não levaram a minha bolsa porque eu estava atento.

b) Os netos tocavam de leve a sua face.

c) Ninguém haverá de calar a nossa voz.

d) O filho poupou a seus pais de mais um desgosto.

e) Quase que a onda arranca os calções das crianças.

4. Elimine os possessivos supérfluos quando for possível:

a) Vou escovar os meus dentes e lavar as minhas mãos. Você já lavou as suas?

b) Machuquei o meu dedo na máquina, mas sinto dor nas minhas costas.

c) Sujei a minha calça no carro, depois de bater a minha cabeça na porta.

d) Telefonei a Luís, mas ele não estava em sua casa.

e) Cheguei a minha casa por volta da meia-noite, trazendo o meu presente.

5. Complete as frases, usando este, esse ou aquele (ou variações), quando convier:

a) ________ guaraná que você está tomando está gelado, Carlos?

b) Não, _______ guaraná que estou tomando não está gelado.

c) Luís, vá buscar-me _____ xérox que está lá.

d) Lurdes, queria comer __________ da geladeira.

e) João convidou Laura e Pedro para ir ao cinema; ______ aceitou o convite, apressado; _______ recusou, séria.

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f) D_______ vida ninguém leva nada e n_______ vida ninguém sabe o que irá encontrar.

g) Amai-vos uns aos outros. ________ são as palavras de Cristo.

h) São _________ as palavras de Cristo; Amai-vos uns aos outros.

i) __________ vida nos reserva muitas surpresas.

j) Nunca na história d__________ país se viu tanta corrupção, tanto escândalo, tanta

cara-de-pau.

6. Corrija as frases quando for necessário:

a) Os espumantes custaram R$ 20,00 cada.

b) Estarei a seu lado até o fim, qualquer que sejam as consequências.

c) Não vejo qualquer problema em convidá-la para jantar conosco.

d) Toda cidade ficou às escuras; não se via luz em bairro nenhum.

e) Pedi cinco garrafas de cerveja; todas cinco estavam trincadas.

f) João e Pedro chegaram; todos dois são meus amigos de infância.

g) Vocês não são nenhum coitadinhos.

h) Toda cidade possui nome. Toda cidade possui casas.

i) Todo o mundo disse que viu muitos óvnis nesta região, mas até agora não vi nem um.

j) Nossa empresa não tem nenhuns meios de fazer o que vocês desejam.

7. Complete com o pronome relativo adequado:

a) Aquela moça, ______ pai é advogado, formou-se este ano.

b) Aquele homem, _____ mulher é advogada, é aposentado.

c) Terás de devolver tudo _______ roubaste.

d) Aguardo com ansiedade o momento _______ chegas.

e) O parque _______ costumo caminhar fica aqui perto.

f) Não sei exatamente o lugar _________ ele a levou.

g) Quais foram as pessoas com ________ você conversou?

h) Ele se confessou culpado à mulher perante ________ chorou.

i) O livro ________ consultei sumiu da biblioteca.

j) Perdi a chave do cofre de joias ________ havia deixado em cima da mesa.

QUESTÕES DE CONCURSOS

16) Identifique a alternativa em que o emprego do pronome fere a norma culta:

a) O livro?... Deram-mo para que o devolvesse à biblioteca.

b) Para mim, resolver este exercício é fácil.

c) Não se preocupe, querida, eu vou consigo ao aeroporto.

d) Remetemos o abaixo-assinado a Sua Excelência, o governador.

e) Ela ficou-me observando enquanto eu lia sua mão.

17) Identifique a alternativa em que há pronome adjetivo:

a) Não sei o que diz aquele anúncio.

b) Venho pensando em tudo o que ele disse.

c) De que se queixa o cliente?

d) Este livro é o que comprei ontem.

e) Pensei que fosse outra pessoa.

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18) Assinale o período em que o lhe não tem valor de pronome possessivo.

a) ... quase sentia morder-lhe a pele o frio úmido da madrugada.

b) A franja comprida ameaçava entrar-lhe pelos olhos bistrados.

c) A voz de Ângela pareceu-lhe anônima.

d) Foi de olhos baixos que lhe acendeu o cigarro.

e) Um baque metálico decepou-lhe a palavra pelo meio.

19) Assinale o item em que há erro quanto ao emprego dos pronomes se, si, consigo:

a) Feriu-se quando brincava com o revólver e o virou para si.

b) Ele demonstra que só cuida de si.

c) Quando V. Sª. Vier, traga consigo a informação pedida.

d) Ele se arroga o direito de vetar tais artigos.

e) Espere um momento, pois tenho de falar consigo.

20) Assinale a alternativa em que o pronome pessoal está empregado corretamente:

a) Este é um problema para mim resolver.

b) Entre eu e tu não há discussão.

c) A questão deve ser resolvida por eu e você.

d) É um suplício para mim viajar de avião.

e) Quando voltei a si, não sabia onde me encontrava.

21) Assinale a alternativa correta com relação ao uso do pronome pessoal:

a) Entre eu e ti existe um grande sentimento

b) Isso representa muito para mim viver.

c) Como tu, passo os momentos mais felizes.

d) Com nós é assim: não respeitou, leva sopapo.

e) Entre mim e ti há sempre harmonia.

22) Assinale a opção em que o pronome foi mal empregado:

a) Entre eu e ela nada ficou acertado.

b) Estavam falando com nós dois.

c) Aquela casa não era para mim; compra-la com que dinheiro?

d) Aquela viagem de navio, quem não a faria?

e) Viram-no passeando na praça, mas não o chamaram.

23) A alternativa em que o emprego do pronome pessoal não obedece à norma culta portuguesa é:

a) Fizeram tudo para eu ficar.

b) Ninguém lhe ouvia as queixas.

c) O vento traz consigo a tempestade.

d) Trouxemos um presente para si.

e) Não vá sem mim.

24) Assinale a opção que apresenta mau uso dos pronomes:

a) A situação com a qual lidamos parece ser semelhante àquela.

b) É excelente a solução dada pela empresa, pois esta terá maiores lucros, e aquela beneficiará os empregados.

c) Quanto aos funcionários, a pesquisa lhes fornecerá dados úteis.

d) A solução depende de ele ter boas intenções e de nos termos vontade de agir.

e) As famílias cujos os chefes estão desempregados sabem bem o que é depressão.

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25) Assinale a opção em que houve erro ao se substituir a expressão grifada pelo pronome oblíquo.

a) Estimam seu irmão = estimam-no

b) Fazer conhecidos seus costumes = fazê-los conhecidos

c) Viu os partidos de cana = viu-os

d) Sorver o ar ácido = sorver-lhe

e) O homem tirava tudo da terra = o homem tirava-lhe tudo

26) Assinale a opção em que o pronome pessoal está de acordo com a norma culta:

a) Ora, Júlia, não falei consigo?

b) Trago esta carta para si.

c) Amigos de infância, não havia segredos entre eu e o Anderson.

d) Aqueles livros todos eram para mim ler.

e) Por eu ser sempre pontual, eles não se incomodavam com minha chegada.

27) Apenas uma das alternativas abaixo está correta. Assinale-a:

a) Sabeis Vossas Excelências das vossas responsabilidades?

b) Sabem Vossas Excelências das suas responsabilidades?

c) Sabeis Vossas Excelências das suas responsabilidades?

d) Sabeis Suas Excelências das vossas responsabilidades?

e) Sabem Suas Excelências das vossas responsabilidades?

28) Fala com a gerência. Aposto que eles irão conseguir um lugar para ____ . Aliás, _____ mesmos aconteceu coisa

idêntica.

a) Ti – com nós

b) Ti – conosco

c) Si – com nós

d) Si – conosco

e) Você – conosco

29) O pronome de tratamento usado para cardeais é:

a) Vossa Santidade

b) Vossa Magnificência

c) Vossa Eminência

d) Vossa Reverendíssima

e) Vossa Paternidade

30) Assinale a opção em que o pronome oblíquo possui nítido valor possessivo:

a) Chegaram ao ônibus, sentaram-se e iniciaram a viagem.

b) Compreendo-te e considero que te será desagradável tal excursão.

c) Escutaram-nos atentamente as últimas palavras.

d) Avisar-vos-emos todas as notícias.

e) Consideramos-te pronto para a execução deste serviço.

31) Chegou Pedro, Maria e seu filho dela. O pronome possessivo está reforçado para:

a) Ênfase

b) Elegância do estilo

c) Destaque

d) Clareza

e) Figura de harmonia

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32) Brandura e grosseria, alternam-se em seu comportamento; já não o suporto, pois _____ é o traço mais

dominante; _____ , o esporádico.

a) Esse - este

b) Essa - esta

c) Aquele - esse

d) Esta - aquela

e) Esta - essa

33) Assinale a alternativa em que o pronome lhe tem valor possessivo.

a) Caiu-lhe nas mãos um elo romance de José de Alencar.

b) Dei-lhe indicações completamente seguras.

c) Basta-lhe uma palavra apenas.

d) Seus amigos escreveram-lhe um singelo poema.

e) Informaram-lhe o resultado da prova realizada ontem.

34) Assinale a alternativa em que há erro no emprego dos possessivos.

a) Nós comemoramos nosso aniversário em casa.

b) Recebemos nosso presente com entusiasmo.

c) Gostaria de saber notícias suas.

d) Minha cara colega, deixe de tolices!

e) Quando caí da moto, quebrei o meu braço.

35) Em “Ela mesma apresentou aquela proposta”, os termos em destaque são:

a) Pronome possessivo - pronome demonstrativo

b) Adjetivo - pronome demonstrativo.

c) Pronome demonstrativo - pronome possessivo

d) Advérbio - adjetivo

e) Pronome demonstrativo - pronome demonstrativo

36) Na frase Nosso lema é vencer ou vencer, a palavra destacada é:

a) Pronome substantivo possessivo

b) Pronome adjetivo possessivo

c) Pronome substantivo pessoal do caso oblíquo

d) Pronome adjetivo pessoal

e) Pronome demonstrativo

37) Ao comparar diversos rios do mundo com o Amazonas, defendia com azedume e paixão a pre-eminência

_________ sobre cada um _______ .

a) Desse - daquele

b) Daquele - destes

c) Deste - daqueles

d) Deste - desse

e) Deste - desses

38) Assinale a frase incorreta quanto ao emprego de pronomes:

a) O aluno cujo pai viajou foi reprovado naquele concurso.

b) Os próprios contribuintes sabem que não apresentaram suas declarações em tempo.

c) Ele sempre trazia consigo a foto do filho desaparecido.

d) Eu ti amo, meu amor. Quero a tua felicidade.

e) As duas equipes lutaram muito, e o jogo foi equilibrado; ganhou a que teve mais sorte.

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39) O pronome entre parênteses preenche corretamente a lacuna em todas as opções, exceto:

a) Ele entregou o livro para ____ guardar. (mim)

b) A embarcação virou com _____ três. (nós)

c) Entre _____ e ele há muitas divergências. (ti)

d) Esperávamos por papai sem o ____ não sairíamos. (qual)

e) É esta a razão por _____ lutamos. (que)

40) Ninguém atinge a perfeição alicerçado na busca por valores materiais, nem mesmo os que consideram tal

atitude um privilégio dado pela existência. Os pronomes destacados classificam-se como:

a) Indefinido - demonstrativo - relativo - demonstrativo

b) Indefinido - pessoal oblíquo - relativo - indefinido

c) De tratamento - demonstrativo - indefinido - demonstrativo

d) De tratamento - pessoal oblíquo - indefinido - demonstrativo

e) Demonstrativo - demonstrativo - relativo - demonstrativo

41) Assinale a alternativa incorreta considerando a adequação da combinação efetuada

a) O segredo, ele mo contou sem mágoa nenhuma.

b) Calmamente, ela toma do livro e no-lo traz.

c) Encontraram a joia e, sorridentes, deram-lha.

d) Minhas desculpas peço-lhas e prometo calar.

e) Pegou o livro e entregou-o-lhe, com autógrafo.

42) Em uma das alternativas, há erro quanto ao emprego do pronome:

a) A vós não vos interessa o que dizem?

b) Não há quem não concorde convosco.

c) A paz esteja convosco todos.

d) Só vós sois santo., ó Deus imortal!

e) Vossa Senhoria não se irritou com eles?

43) Nas opções abaixo, aquela em que o pronome possessivo não traz ambiguidade é:

a) O diretor comentou com a secretária que haviam recusado a sua proposta.

b) Ele foi direto a ela e pediu a sua carteira.

c) O chefe da seção anunciou à funcionária a sua demissão dela.

d) Geraldo, hoje eu vi o João com sua namorada.

e) Sabe da novidade? Luís não aceitou a sua nomeação.

44) Destaque a frase em que o pronome relativo está empregado corretamente.

a) É um cidadão em cuja honestidade se pode confiar.

b) Feliz o pai cujos os filhos são ajuizados.

c) Comprou uma casa maravilhosa cuja casa lhe custou uma fortuna.

d) Preciso de um pincel delicado, sem o cujo não poderei terminar o meu quadro.

e) Os jovens, cujos pais conversei com eles, prometeram mudar de atitude.

45) Identifique a alternativa em que todas as palavras destacadas são pronomes.

a) Um só aluno não nos prestou qualquer colaboração.

b) Quem a ajudará a alcançar todo o sucesso?

c) Aquele ao qual se entregou o prêmio ficou muito feliz.

d) Todos os que ajudam são nossos amigos.

e) N. d. a.

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EMPREGO DO ARTIGO

Este emprego do artigo definido é frequente antes de substantivos que designam:

a) Partes do corpo: Passei a mão pelo queixo.

b) Partes do vestuário ou objetos de uso marcadamente pessoal: Esqueci a carteira em casa. Ele vestiu as calças.

c) Faculdades do espírito: O velho embalava o pensamento.

d) Relações de parentesco: Chamou a mãe.

EMPREGO DO ARTIGO ANTES DE PRONOME SUBSTANTIVO POSSESSIVO

Em português, o emprego ou a omissão do artigo definido antes de possessivos que funcionam como pronomes

substantivos não tem apenas valor estilístico, mas corresponde a uma clara distinção significativa.

Ex. Este cinto é meu. (simples ideia de posse; este cinto é de minha propriedade)

Ex. Este cinto é o meu. (este é o meu cinto; o que possuo; ênfase no objeto possuído)

EMPREGO DO ARTIGO ANTES DO PRONOME ADJETIVO POSSESSIVO

1) Quando trazem claros os seus substantivos, os possessivos podem usar-se com artigo ou sem ele:

Ex. Meu amor é só teu.

Ex. O meu amor é só teu.

2) O artigo é sistematicamente omitido, quando o possessivo:

a) É parte integrante de uma fórmula de tratamento ou de uma expressão.

Ex. Nosso Senhor te proteja!

b) faz parte de um vocativo: É este o caminho, meu pai?

c) pertence a expressões feitas: em minha opinião, em meu poder, a seu bel-prazer, por minha vontade, por meu mal etc.

d) vem precedido de um demonstrativo: Não aguento mais este teu silêncio antipático.

EMPREGO GENÉRICO

Usa-se, às vezes, o artigo definido junto a um substantivo no singular para exprimir a totalidade específica de um gênero, de

uma categoria, de um grupo, de uma substância.

Ex. O guarani fez-se aliado do espanhol.

Ex. O relógio é um objeto torturante.

Ex. O homem não é propriedade do homem.

Ex. O avarento não tem e o pródigo terá.

Se o substantivo é abstrato, o artigo serve para personalizá-lo.

Ex. Simplificou seu discurso para evitar o brilho, a saliência, a ênfase.

OBS: Nestes casos, pode-se dispensar o artigo, principalmente quando o substantivo é abstrato ou quando faz parte de

provérbios, frases sentenciosas e comparações breves: Pobreza não é vileza./ Cão que ladra não morde./ Homem não é

bicho.

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EMPREGO DO ARTIGO EM EXPRESSÕES DE TEMPO

1) Os nomes de meses não admitem artigo, a menos que venham acompanhados de qualificativo:

Ex. Estou seguro de ir até o Rio em fins de junho, ou princípios de julho.

Ex. Descobria afinal a manhã carioca, no abril de Botafogo, manhã que nunca me dera o ar de sua graça.

OUTROS USOS

a)Pode referir-se a uma espécie inteira. Ex. O homem é mortal. (=todos os homens)

b) Antecedendo nomes próprios, denota familiaridade, intimidade.

Ex. Conversei com a Patrícia. c) Não se admite artigo após o pronome relativo cujo.

Ex. Este é o homem cuja esposa é minha colega. d) Usa-se artigo após o pronome todo, significando inteiro.

Ex. Vi todo o filme. e) O artigo transforma palavras de qualquer classe gramatical em substantivos.

Ex. o porquê/ um não/ o jantar, um isto f) O artigo pode ter valor de pronome demonstrativo (=este) ou de pronome possessivo (=seu).

Ex. Moro na região há muitos anos. (= nesta região) Ex. Ele tinha as mãos geladas. (= suas mãos)

g) Omite-se o artigo quando se generaliza uma ideia.

Ex. Reformas são necessárias. (= algumas reformas) h) Usa-se artigo quando se especifica uma ideia.

Ex. As reformas são necessárias. (= todas) i) O artigo indefinido pode realçar um substantivo.

Ex. O menino era um gênio. j) O artigo indefinido, antes de numeral, indica valor aproximado.

Ex. Viajei uns quinze dias. (aproximadamente)

EXERCÍCIOS DE AULA

1) Mude o que for necessário e quando necessário, quanto ao uso ou omissão do artigo:

a) Estados Unidos mantêm acordo com o Brasil.

b) Estarei em casa entre uma e duas horas da tarde.

c) Esperei a notícia de quatro a cinco horas.

d) A dona Juçara chorou porque desejava viajar pelo mar, e não pela terra.

e) Todo o mundo tem seus problemas, uns mais, os outros menos.

f) A etimologia ou a razão histórica é que determina geralmente a ortografia das palavras.

g) O governador chegou a palácio por volta de zero hora.

h) Todo mundo sabe que o Aracaju é a capital do Sergipe.

i) Você nunca esteve na Franca, interior de São Paulo? Como pode uma pessoa não conhecer a Franca, pujante

cidade paulista? Eu vou à Franca do Imperador duas vezes por ano.

j) Venha já, venha o quanto antes, para ver o quão idiota eu fui!

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QUESTÕES DE CONCURSOS

46) Assinale a alternativa correta quanto ao uso do artigo:

a) O contrabandista veio de bordo e já está na terra.

b) Encontrei-me com um certo indivíduo muito impertinente.

c) Você viu o Paulinho? Quero falar com ele.

d) Trouxemos para a Vossa Excelência os documentos solicitados.

e) Os estados Unidos é um país de primeiro mundo.

47) Assinale a alternativa em que a palavra um (a) não se classifica como artigo.

a) Entro numa venda para comprar uns anzóis, quando chega um velho amigo.

b) É uma pena! Mas amanhã já não a poderei ver mais.

c) Você, minha filha, comprou duas canetas quando eu pedi uma.

d) Se as casas eram iguais, por que uma teve preço maior?

e) Era um enorme cajueiro. O maior do mundo!

48) Em uma das opções abaixo, o uso do artigo é facultativo. Assinale-a:

a) Os alunos estudiosos serão recompensados.

b) Os Estados Unidos progrediram muito.

c) Conheço a encantadora Goiânia.

d) Fez todo o trabalho solicitado.

e) O meu destino é ser feliz.

49) Determine o caso em que o artigo tem valor qualificativo:

a) Estes são os candidatos de que lhe falei.

b) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera.

c) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho.

d) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado.

e) Muita é a procura; pouca, a oferta.

50) Em qual dos casos o artigo denota familiaridade?

a) O Amazonas é um rio imenso.

b) D. Manuel, o Venturoso, era bastante esperto.

c) O Antônio comunicou-se com o João.

d) O professor João Ribeiro está doente.

e) Os Lusíadas são um poema épico.

51) Indique o erro quanto ao emprego do artigo:

a) Em certos momentos, as pessoas as mais corajosas se acovardam.

b) Em certos momentos, as pessoas mais corajosas se acovardam.

c) Em certos momentos, pessoas as mais corajosas se acovardam.

d) Em certos momentos, as mais corajosas pessoas se acovardam.

e) Nenhuma das anteriores.

52) Assinale a alternativa em que o uso do artigo denota aproximação.

a) Aquele documento era de um valor inestimável.

b) Ela é de uma inteligência tal, que a todos espanta.

c) Seu jeito era bem suspeito e tinha uma maneira estranha de andar.

d) Era uma aluna bem aplicada, mas gostava de desenhar no caderno dos outros.

e) Pretendemos permanecer aqui por mais umas três horas.

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53) Assinale a alternativa em que há erro:

a) Li a notícia no Estado de S. Paulo.

b) Li a notícia em O Estado de S. Paulo.

c) Essa notícia, eu a li em A Gazeta.

d) Vi essa notícia em A Gazeta.

e) Foi em O Estado de S. Paulo que li essa notícia.

54) Assinale a alternativa em que o substantivo se apresenta em um grau ascensional (do mais vago para o mais

preciso), de acordo com o uso ou não do artigo:

a) Um homem - o homem - homem - este homem

b) O homem - um homem - este homem - homem

c) Este homem - o homem - um homem - homem

d) Homem - um homem - o homem - este homem

e) O homem - homem - um homem - este homem

55) Assinale a alternativa em que há erro relacionado ao emprego do artigo:

a) Os jovens estavam na casa.

b) Os jovens estavam em casa.

c) Os jovens estavam na casa dos amigos.

d) Os jovens ficaram na terra dos gigantes.

e) Os marinheiros permaneceram em terra.

USO DOS TEMPOS E MODOS VERBAIS

O verbo no infinito

Ser criado, gerar-se, transformar

O amor em carne e a carne em amor; nascer

Respirar, e chorar, e adormecer

E se nutrir para poder chorar

Para poder nutrir-se; e despertar

Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir

E começar a amar e então sorrir

E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver

E perder, e sofrer, e ter horror

De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer de tudo ao vir um novo amor

E viver esse amor até morrer

E ir conjugar o verbo no infinito...

Vinicius de Moraes

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Há três modos verbais em português: o indicativo, o subjuntivo e o imperativo. O indicativo é usado quando se toma como real ou verdadeiro aquilo que se fala ou se escreve. Ex. Sempre faz frio nesta época do ano. O subjuntivo é usado quando se toma como provável, duvidoso ou hipotético o conteúdo daquilo que se fala ou se escreve. Ex. Espero que ele mereça confiança. O imperativo é usado quando se ordena ou se expressa pedido. Ex. Não se esqueça de incluir minhas anotações.

Tempos verbais do modo indicativo 1) Presente: exprime processos verbais que se desenvolvem simultaneamente ao momento em que se fala ou se

escreve Ex. Sinto-me bem agora. Também exprime: a) Processos habituais: Nesta casa, todos acordam cedo. b) Narração de fatos passados (presente histórico): Janeiro de 1985: o povo toma as ruas para comemorar o fim da

ditadura. c) Fato futuro considerado de realização certa: Volto já. d) Suavização do imperativo. Vê se agora te comportas direito.

2) Pretérito Imperfeito: transmite uma ideia de continuidade, de processo não concluído; indica o que no passado

era contínuo ou frequente. Ex. Todos os dias, fazia ginástica. Também exprime: a) Processo que estava em andamento quando da ocorrência de outro: O dia clareava quando chegamos à cidade. b) Coloquialmente, é usado no lugar do futuro do pretérito, para denotar cortesia: Queria pedir-lhe um favor.

3) Pretérito Perfeito: exprime processo verbais concluídos e localizados num período ou momento definido do

passado. Ex. naquele momento, não pensei em nada e agi impulsivamente. Também exprime: a) Quando usado na forma composta, exprime processos que se prolongam até o presente: Tenho lutado pelas

ideias em que acredito.

4) Pretérito mais-que-perfeito: exprime processo que ocorreu antes de outro processo passado: Quando abri a

porta, percebi que alguém invadira (tinha/havia) invadido a sala e remexera (tinha/havia remexido tudo. Também exprime: a) Há certa dificuldade no uso do pretérito-mais-que-perfeito, pois, coloquialmente, usa-se o pretérito perfeito em

seu lugar. Ex. Eu pensava em ir para casa, pois, no ano anterior, tive aula e não pude ir. *O uso da forma composta é mais comum.

5) Futuro do presente: exprime processos certos ou prováveis que ainda não se realizaram no momento em que se

fala ou se escreve: Viajarei nas próximas férias. Também exprime: a) Suavização do imperativo: Honrarás pai e mãe. b) Dúvida ou incerteza em relação aos fatos do momento presente: Esta cidade terá, atualmente, 500 mil

habitantes. c) Possibilidade de realização dos processos que julgamos prováveis quando se relaciona com o futuro do

subjuntivo (expressão de condição): Se me oferecem o cargo, aceitarei.

6) Futuro do pretérito: exprime processos posteriores ao momento passado a que estamos nos referindo: Anos

depois, teríamos a oportunidade de perceber nossos erros. Também exprime: a) Dúvida ou incerteza em relação a um fato passado: Ele teria vinte anos quando apareceu aqui. b) Nas expressões de condição, relaciona-se com o pretérito imperfeito do subjuntivo para indicar processos que

acreditamos ser de difícil realização: Se ele quisesse, fugiríamos juntos.

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Tempos verbais do modo subjuntivo

1) Presente: indica que o fato é duvidoso, provável. Ex. Possivelmente estejamos com razão. Também exprime: a) Pode ser empregado pelo futuro: Ela nos fará sinal assim que apontemos na esquina.

2) Pretérito imperfeito: exprime processos de limites imprecisos, anteriores ao momento em que se fala ou se

escreve. Ex. Chovesse ou não, corria todas as manhãs.

3) Futuro: indica possibilidades ainda não realizadas no momento em que se fala ou se escreve.

Ex. Quando puder, irei visitá-la.

Formas nominais do verbo

1) Infinitivo: exprime o processo verbal em si mesmo; é a forma pela qual se nomeiam os verbos; não apresenta noção de tempo ou modo. Ex. Alimentar-se dignamente é um direito de todos.

2) Gerúndio: desempenha a função de advérbio; é usado nas locuções verbais e nas orações reduzidas; indica um processo incompleto ou prolongado; indica, também, circunstância de modo. Ex. Estou lendo o livro que você me comprou. Chorando muito, o menino abraçou-se ao pai. *Menos comumente, ocorre em frases com função adjetiva: Vi duas crianças brincando. (que brincavam)

3) Particípio: funciona como adjetivo; é usado nas locuções verbais e nas orações reduzidas. Ex. O problema será resolvido até segunda-feira. Calado, num canto, observava-nos.

QUESTÕES DE CONCURSOS

56) Está adequada a correlação entre os tempos e os modos verbais na frase: A) Fosse qual fosse a qualidade dos professores, a escola despertaria interesse quando carregasse consigo uma promessa de futuro. B) A capacidade de os adolescentes virem a inventar seu futuro teria dependido dos sonhos aos quais nós renunciaremos. C) Seria desejável que a escola não apenas dê ressonância aos anseios pelo mercado de trabalho, mas que também alimente as aspirações dos estudantes. D) À medida que os adolescentes procurassem, nas entrelinhas das nossas falas, as aspirações que ocultaríamos, irão se deparar com sonhos frustrados. E) Quem vier a comparar os jovens de hoje com os da geração passada haveria de concluir que os adolescentes de agora devam sonhar muito menos. 57) Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase: A) A cada vez que surge um novo suporte de informações, ter-se-ia a impressão de que ele se revelasse o mais seguro e mais duradouro. B) O autor nos lembra que as velhas fitas cassetes, com o uso constante, enrolavam-se e mascavam-se, o que logo as tinha tornado obsoletas. C) Caso fosse outro o tema do congresso realizado em Veneza, o autor, amante dos livros, provavelmente não o havia tomado para comentar. D) Terá sido uma surpresa para muita gente inteirar-se do fato de que, antigamente, livros se confeccionarão com papel feito de trapos. E) Talvez a ninguém ocorresse, antes de ler esse texto, que a durabilidade dos velhos livros pudesse ser reconhecidamente superior à dos novos suportes.

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58) Uma das alternativas abaixo está errada quanto à correspondência no emprego dos tempos verbais. Assinale-a. A) Porque arrumara carona, chegou cedo à cidade. B) Se tivesse arrumado carona, chegaria cedo à cidade. C) Embora arrume carona, chegará tarde. D) Embora tenha arrumado carona, chegou tarde. E) Se arrumar carona, chegaria cedo à cidade.

59) Para que nos faça feliz... O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em:

a) .... como a morte de alguém que amamos... b) .... por que nos darmos o trabalho.... c) Se o livro que estamos lendo..... d) ... livros que nos atinjam... e) Seríamos felizes da mesma forma...

ANÁLISE SINTÁTICA INTERNA

O assassino era o escriba Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.

Um pleonasmo, o principal predicado de sua vida,

regular como um paradigma da 1ª conjunção.

Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial,

ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito

assindético de nos torturar com um aposto.

Casou com uma regência.

Foi infeliz.

Era possessivo como um pronome.

E ela era bitransitiva.

Tentou ir para os EUA.

Não deu.

Acharam um artigo indefinido na sua bagagem.

A interjeição do bigode declinava partículas expletivas,

conectivos e agentes da passiva o tempo todo.

Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.

Paulo Leminski

É o tipo de análise cuja finalidade é identificar os termos que compõem uma oração. Uma oração não é um aglomerado de palavras encerrado por um ponto. Ao contrário, trata-se de uma estrutura sintática complexa, constituída de termos dispostos segundo uma determinada hierarquia. Nesse sentido, os termos da oração podem, conforme seu grau de importância, ser classificados em três categorias:

TERMOS ESSENCIAS: sujeito e núcleo do predicado, que pode ser representado por um verbo ou por um predicativo;

TERMOS INTEGRANTES: são todos os termos que integram o predicado, como os complementos verbais (objeto direto, objeto indireto); complemento nominal e agente da passiva;

TERMOS ACESSÓRIOS: não têm tanta importância para o sentido da oração quanto os anteriores, ou seja, podem ser retirados da oração sem que haja prejuízo no sentido da mensagem. São termos acessórios o adjunto adnominal, o adjunto adverbial e o aposto.

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TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 1) SUJEITO: é o ser sobre o qual se declara algo e com o qual o verbo concorda.

a) SUJEITO INEXISTENTE (ORAÇÃO SEM SUJEITO): ocorre naquelas situações em que a ação verbal

não pode ser atribuída a ninguém, ou seja, não existe nenhum ser capaz de praticá-la. O sujeito inexistente ocorrerá quando o predicado for construído em torno de verbos impessoais, que são os seguintes:

HAVER: empregado no sentido de existir, acontecer ou ocorrer.

Ex. Havia dezenas de aprovados aguardando nomeação para aquele cargo. Ex. Deve haver muitos alunos estudando em casa. Ex. Houve muitos acidentes naquela rodovia.

FAZER: na indicação de tempo decorrido ou temperatura.

Ex. az exatamente três anos que o candidato foi eleito. Ex. Deve fazer duas horas que ela foi embora Ex. Ontem fez 30 graus em Porto Alegre.

ESTAR: indicando condições climáticas.

Ex. Está uma tarde agradável hoje.

SER: indicando horário, data ou distância.

Ex. Agora são 14 horas. Ex. Hoje são 31 de agosto. Ex. Hoje é dia 31 de agosto. Ex. Daqui a Canoas são 20Km.

OBSERVAÇÕES:

1) Os verbos impessoais, por não terem sujeito com o qual concordar, ficam sempre na terceira pessoa do singular. Quando formam locução verbal, passam a impessoalidade para o verbo auxiliar. Ex. Deve haver alunos... e não Devem haver alunos...

2) O verbo ser, embora seja impessoal fazendo referência a horário, data ou distância, possui concordância, já que esta é feita não com o sujeito, mas com o predicativo. Por isso, o correto é “Eram duas horas” e não “Era duas horas.”

VERBOS QUE EXPRESSAM FENÔMENO METEOROLÓGICO: Esses verbos são impessoais quando forem

empregados em sentido denotativo (sentido próprio). Quando forem empregados em sentido conotativo (figurado) possuirão sujeito.

Ex. Choveu pouco neste inverno. (oração sem sujeito) Ex. Choveram aplausos para o ator. (sujeito simples)

b) SUJEITO SIMPLES: Quando a oração não for construída em torno de um verbo impessoal, significa que

ela terá sujeito. Para encontrá-lo, basta fazer, antes do verbo, as perguntas “Que é que?” ou “Quem é que?”. A resposta a essas perguntas será o sujeito da oração.

Ex. A testemunha, muito à vontade, confirmou a inocência do réu. Ex. Quem é que confirmou? A testemunha (sujeito simples) Ex. Ocorreram, naquela reunião, fatos muito desagradáveis. Ex. Que é que ocorreram? Fatos muito desagradáveis. (sujeito simples)

c) SUJEITO COMPOSTO: ocorre quando o sujeito for constituído por mais de um núcleo. Ex. O juiz e o promotor procederam ao interrogatório das testemunhas. Ex. Quem é que procedeu? O juiz e o promotor (sujeito composto) Ex. Ocorreram, naquela reunião, discussões inúteis e fatos desagradáveis. Ex. Que é que ocorreram? Discussões inúteis e fatos desagradáveis (sujeito composto)

d) SUJEITO INDETERMINADO: ocorre nos seguintes casos: Com verbos intransitivos, transitivos indiretos ou de ligação, acompanhados da partícula SE

(índice de indeterminação do sujeito)

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Ex. Vive-se bem em Potro Alegre. Ex. Precisa-se de funcionários realmente capazes. Ex. Era-se muito feliz na infância.

Com verbos flexionados na terceira pessoa do plural, sem qualquer referência anterior a eles.

Ex. Arrombaram a porta do meu apartamento. Ex. Finalmente, chegaram a um acordo.

2) PREDICADO: É tudo o que resta na oração, tirando-se o sujeito. Ex. Com certeza, prezado ouvinte, originou as investigações uma grave suspeita.

Observação: o termo “prezado ouvinte” é um vocativo. Não faz parte do predicado. O predicado pode ser:

a) VERBAL: tem como núcleo um verbo. Exemplo: Aquele homem caminhava no parque todos os dias.

b) NOMINAL: tem como núcleo um predicativo.

PREDICATIVO

É a palavra que indica estado ou qualidade do sujeito. Geralmente é representado por um adjetivo ou por palavra com valor de adjetivo e, na maioria das vezes, aparece depois de um verbo de ligação. Os verbos de ligação são ser, estar, permanecer, ficar, continuar, andar, parecer, virar e tornar-se. No entanto, esses verbos só serão de ligação se vierem seguidos de um predicativo.

Ex. A aluna está preocupada. (predicado nominal) Ex. A aluna está na sala. (predicado verbal). Ex. A aluna permanece preocupada. (predicado nominal) Ex. A aluna permaneceu na sala. (predicado verbal)

c) VERBO-NOMINAL: possui dois núcleos: um representado por um verbo e outro representado por um

predicativo. Ex. A mulher acordou assustada.

Veja que, no exemplo acima, é importante para a manutenção do sentido da mensagem que se diga que a mulher acordou; assim como é igualmente importante dizer-se que estava aflita.

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO

1) OBJETO DIRETO: é o termo que se liga diretamente ao verbo, ou seja, sem a presença de preposição. Localiza-se

o objeto direto, fazendo-se as perguntas “O quê?” ou “Quem?” após o verbo. Ex.: Ex. O juiz interrogou o réu. Ex. O professor concluiu o raciocínio. Ex. Amo muito meus filhos.

2) OBJETO INDIRETO: é o complemento que se liga indiretamente ao verbo, isto é, por meio de preposição. Para

localizá-lo, fazem-se sempre perguntas preposicionadas depois do verbo: a que(m)?; de que(quem)?; Em que(m)?; para que(m)?; com que(m)?; sobre que(m)?; contra que(m)? etc. Ex. Este cliente desconfia de tudo. Ex. Refiro-me a tudo o que disseste anteriormente. Ex. Nós confiamos na sua competência. Ex. Peça para ele fazer-te essa gentileza. Ex. Falamos muito sobre o fato na reunião. Ex. Devemos lutar contra as injustiças.

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3) COMPLEMENTO NOMINAL: É o termo integrante da oração que complementa o sentido de um nome:

substantivo (geralmente abstrato), adjetivo ou advérbio. O complemento nominal sempre vem antecedido de preposição. Ele também pode ser apassivado.

Ex. A lembrança da namorada fê-lo chorar. (a namorada é lembrada) Ex. A sala está cheia de gente. Ex. Sua casa é longe da escola.

4) AGENTE DA PASSIVA: é o ser que pratica a ação verbal quando o verbo se encontra na voz passiva. Ex. O réu foi interrogado pelo juiz.

TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO

1) ADJUNTO ADNOMINAL: É o termo de valor nominal não exigido por nenhum outro da oração. Gira em torno

do núcleo de uma função sintática (sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal etc.) É representado na oração por adjetivos, numerais e artigos. No período, a oração adjetiva exerce essa função. Ex.: Aquela mulher rica usava somente vestidos de seda importada.

2) ADJUNTO ADVERBIAL: É o termo acessório da oração o qual indica circunstância e que acompanha ou modifica

o verbo, o adjetivo ou o próprio advérbio. Dependendo da circunstância que indica, o ajunto adverbial pode apresentar, entre outras, as seguintes classificações: a) Afirmação: Com certeza, ele será absolvido. b) Assunto: Os alunos falavam sobre a prova. c) Causa: Ele morreu de fome. d) Companhia: O rapaz saiu com a namorada. e) Comparação: Ele agiu como qualquer criminoso. f) Concessão: Apesar de tudo, a vida continua. g) Condição: Sem a autorização do fiscal, não posso sair da sala. h) Conformidade: Os alunos farão o exercício de acordo com a minha autorização. i) Direção: O ladrão atirou para o alto. j) Dúvida: Talvez você esteja certo. k) Finalidade: Muitos alunos estão estudando para este concurso. l) Frequência: Ele aparece todas as quartas-feiras. m) Instrumento: O ladrão abriu a porta com um grampo. n) Intensidade: Aqueles alunos conversam demais. o) Lugar: Ele colocou os livros na estante. p) Matéria: O telhado foi construído de zinco. q) Medida: Construíram uma piscina de 30 metros. r) Meio: Ela viaja sempre de ônibus. s) Modo: O tempo passa depressa e ele andava com calma. t) Negação: Não conheço seus pais. u) Origem: Ele vem de família nobre. v) Preço: Este sapato custou cem reais. w) Quantidade: Escreveu versos aos milhares. x) Tempo: Amanhã à noite, darei uma palestra.

3) APOSTO: É o termo acessório da oração que explica, especifica, exemplifica, enumera ou resume um termo

anterior. Ex. Rui Barbosa, o Águia de Haia, dominava bem os recursos de oratória. (aposto explicativo) Ex. Mario Quintana, a exemplo de Drummond, é um grande poeta. (aposto exemplificativo) Ex. A cidade de Porto Alegre assemelha-se, em alguns pontos, com Montevideo. (aposto especificativo) Ex. Esta moça tem duas grandes qualidades: simpatia e candura. (aposto enumerativo) Ex. O calor, o barulho, o mau cheiro, tudo me irrita. (aposto resumidor)

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EXERCÍCIOS DE AULA

1) Encontre o sujeito e identifique o seu núcleo: a) Os caroços de marmelada são muito duros. b) Tudo passa sobre a terra. c) Não existem rios no deserto. d) Completamente feliz ninguém é. e) Fizemos isso propositadamente. f) Fez-me o coração tique-taque. g) Acabaram as férias. h) Começaram as aulas. i) Um profundo corte no supercílio e uma grande ferida curaram os filhos de Juçara. j) São carnívoros o tigre, o leão, o leopardo e a pantera.

2) Reconheça o sujeito indeterminado, o sujeito desinencial (elíptico) e o sujeito oracional.

a) É preciso que estudemos bastante. b) Crê-se em Deus. c) Falou-se muito em futebol. d) Gritaram o meu nome por aí. e) Não lhe dói bater em seu filho? f) Não é importante que você saiba isso. g) Ainda não encontraram o corpo do rapaz afogado. h) Gastei muito com supérfluos. i) Parece que as crianças gostaram muito da brincadeira. j) Come-se muito bem nesse restaurante.

3) Identifique as orações sem sujeito.

a) Está muito frio hoje. b) Choveu papel picado nas ruas ontem. c) Choveu demais ontem. d) Faz sol hoje. e) Alguém bateu à porta. f) Um mascarado passou por ali. g) Esperanças haverá sempre. h) Chega de promessas. i) Amanhece cedo nesta estação. j) Há um lápis na mesa.

4) Identifique o sujeito das orações.

a) Aconteceram dois acidentes hoje nessa esquina. b) Realizaram-se várias comemorações em homenagem aos novos campeões. c) Nesta região do país, os verões são insuportáveis. d) Ontem os ventos sopraram bastante fortes. e) De madrugada, a chuva caiu torrencialmente. f) Naquela hora da noite já não existiam pessoas na rua. g) Existirão muitos candidatos a esse cargo. h) No inverno, aqui, a geada castiga as plantações. i) Aconteceram muitas brigas na festa; existiam alguns penetras. j) Nunca existiram rios no deserto?

5) Identifique os complementos nominais e os complementos verbais: a) Destruíram o ninho, mas não vi. b) O gorila tem particular aversão a peixe, não gosta de peixe. c) Ninguém traiu a Pátria; não houve traição à Pátria. d) O porco é o único animal invulnerável à picada de serpentes. e) As corujas só se alimentam de animais vivos; a alimentação de animais vivos lhes é mais salutar.

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6) Identifique os agentes da passiva: a) O prédio era cercado de pinheiros por todos os lados. b) O mata-borrão foi inventado por acaso, na Inglaterra. c) O homem suava por todos os poros, por motivos desconhecidos. d) A tinta de escrever foi inventada pelos gregos, mas a bicicleta é invenção dos ingleses, foi inventada pelos

ingleses. e) Estou louco por uma motocicleta Harley-Davidson.

7) Os termos em destaque ora são objetos, ora são complementos nominais. Distinga uns e outros:

a) Devemos obedecer aos superiores; devemos obediência aos superiores. b) Necessito de ajuda; tenho muita necessidade de ajuda. c) Acredito em milagres; não dou crédito a milagreiros. d) Prefiro futebol a basquete; tenho preferência por futebol. e) Cobra não ataca o homem; o ataque ao homem só ocorre como defesa.

8) Identifique os adjuntos adverbiais das orações:

a) Muitos alunos dormiram durante a aula. b) Quase desmaiei de fome. c) No tempo da minha avó, viajava-se muito de trem. d) Um homem matou sua esposa a facadas, em Porto Alegre, no mês passado. e) Perto daqui, há um restaurante que vende comida a quilo. f) Com muita paciência, o professor explicou a matéria aos alunos durante o plantão de dúvidas. g) Talvez meus pais viajem para a praia devido ao intenso calor. h) No Brasil, nunca houve grandes investimentos em educação. i) Resolvi vir ao curso de ônibus, devido ao intenso tráfego de veículos. j) Elas estudaram demais.

9) Identifique o aposto e o vocativo:

a) Caxias, o Patrono do Exército Brasileiro, venceu o exército paraguaio em Itororó. b) Libertai-me, Senhor, de todos os males! c) Santos Dumont, o Pai da Aviação, se vivesse, teria feito 130 anos em 2013. d) Ó céus, ouvi minha prece! e) Araçatuba, cidade paulista, possui milhares de bicicletas.

QUESTÕES DE CONCURSOS

60. ....aquele que maximiza a utilidade de cada hora do dia. O verbo que exige o mesmo tipo de complemento do verbo grifado acima está em: a) ... aquela que lhe proporciona a melhor relação entre custos e benefícios. b) ... a adoção de uma atitude que nos impede de... c) Valéry investigou a realidade dessa questão nas condições da vida moderna... d) Diante de cada opção de utilização do tempo, a pessoa delibera.... e) .... que ele se presta, portanto, à aplicação do cálculo econômico....

61) “Há uma rotina de ideias a que não escapa sequer o escritor original. Os grandes temas, os temas universais, reduzem-se a uma contagem nos dedos – e quem escreve ficção vai beber sempre na mesma aguada. Um ficcionista puxa outro. Dostievski, Faulkner, Kafka deflagraram muitos contemporâneos, graças à sua força extraordinária de gravitação. Servem de impulso à primeira largada, seus modos de dizer e maneira de ver e sentir o mundo deixam de ser propriedade privada, incorporando-se à literatura como conquista de uma época, um condomínio em que as ideias se desligam e flutuam soltas. A respeito do trecho, é INCORRETO o que se afirma em: a) Servem de impulso à primeira largada(...) incorporam-se à literatura como conquista de uma época...

Os segmentos grifados exercem a mesma função sintática, em seus respectivos períodos. b) ... um condomínio em que as ideias se desligam e flutuam soltas.

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Na frase acima, a noção de condomínio pressupõe um conjunto de autores que deixaram o testemunho de sua maneira de ver e de sentir o mundo, característica de determinada época.

c) Há uma rotina de ideias a que não escapa sequer o escritor original. Uma nova redação, sem alteração do sentido original da frase acima, está em: Nem mesmo o escritor original escapa a uma rotina de ideias.

d) ... e quem escreve ficção vai beber sempre na mesma guarda.... O sentido da afirmativa acima é retomado na questão colocada no segundo parágrafo: quem não se abeberou em alguém?

e) Dostoievski, Faulkner, Kafka deflagraram muitos contemporâneos graças à sua extraordinária força de gravitação. Observa-se entre as orações do período acima relação sintática de consequência e sua causa imediata, respectivamente.

62) Assinale a alternativa em que o substantivo apresentado seja núcleo do sujeito da oração em que está inserido:

a) Anos (faz anos) b) Criança (a cada criança, repete, cioso: - Lê aí enquanto come, menino.) c) Pessoas (Lá, as pessoas poderão consultar de graça, a vontade.) d) tatuagem (oferece um bônus aos clientes: tatuagem de palavra)

63) Analise as afirmações, julgando-as V (verdadeiras) e F (falsas): ( ) Em Compra-se enciclopédias e Aceita-se doações, de acordo com o que prescreve a norma culta padrão, o sujeito é indeterminado. ( ) Em Tem um que fez um cartaz, o verbo está sendo empregado no sentido de haver. (...) Em Me pergunte qualquer coisa, o pronome oblíquo foi empregado de acordo com as normas prescritas pela língua padrão. Assinale a alternativa que complete CORRETA e respectivamente, de cima para baixo, os parênteses: a) F - V - F b) V - V - F c) V - F - F d) F - F - V

64) Mas enquanto o sonho de Darcy não se torna realidade, o debate continua. Os termos grifados exercem na frase acima a mesma função sintática do termo grifado em: a) Ainda temos muito a caminhar b) Para ele, o trabalho não era opção para as crianças. c) Caberiam aos pais as providências (...) d) Ainda que a escola não venha a suprir a necessidade (...) e) A tragédia dos menores abandonados é de tal ordem (...)

65) Os outros privilégios da vida a que as pessoas aspiram só existem em função de uma única forma de utilização

(...) No período acima, são exemplos de uma mesma função sintática: a) Vida e pessoas b) Privilégios e utilização c) Privilégios e pessoas d) Existem e utilização e) A que e única

66) Na frase Mas aqui surge outro problema, o termo em destaque exerce a mesma função sintática que o termo

grifado em: a) Não, não sou um conservador reacionário. b) Tivemos tempo suficiente para ver quanto podia durar um disco de vinil. c) (...) as fitas de vídeo perdem as cores e a definição com facilidade. d) Um congresso recente, em Veneza, dedicou-se à questão da efemeridade dos suportes de informação (...) e) Sabemos que todos os suportes mecânicos, elétricos ou eletrônicos, são rapidamente perecíveis (...)

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67) Essa tradição trabalha a ação política como uma ação estratégica.... A frase em que o verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é: a) .... que identifica no predomínio do conflito o cerne dos fatos políticos. b) Nesse contexto, política é guerra. c) Recorrendo a metáforas do reino animal... d) ... que obedece aos consagrados preceitos do “não matar” e do “não mentir”... e) ... que a fraude é mais importante do que a força...

68) O termo sublinhado em Sabe-se quão barbaramente os ingleses subjugaram os hindus... exerce a função de

_________, a mesma função sintática que é exercida por_________ na frase Cometeram-se incontáveis violências contra os hindus.

Preenchem corretamente as lacunas do enunciado acima, respectivamente: a) Objeto direto – os hindus b) Sujeito – os hindus c) Sujeito – violências d) Agente da passiva – violências

69) As roupas, acessórios, calçadas e armas dos cangaceiros não tinham função única. A mesma relação existente entre o verbo e o seu complemento, grifados acima, se encontra na frase: a) O cangaço está nas telas de nossos melhores artistas. b) A riqueza do fenômeno parece sem fim. c) Essa característica do cangaceiro mostra o caráter arcaico do homem. d) ... peças que servem de pagamento à graça alcançada. e) Malefícios que poderiam estar a cada dobra do rio.

VOZES VERBAIS – transformações

A VOZ PASSIVA NO PRESENTE

O meu silêncio foi atravessado por tua voz rouca

A madrugada foi pega de surpresa por gemidos

E os pelos arrepiaram desde a derme à epiderme

Sussurros foram aguçados pela noite à fora

Nos olhos, a embriaguez de outrora

Foi vencida pelas palavras quentes

De uma prece sem dogmas

(E HOJE)

A tua voz tem paladar

Faz a pele de seda arrepiar

Um verbo doce de conjugar...

Ah! Tem música

Com notas gostosas de decifrar.

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Vozes são as diferentes forma sob as quais pode se apresentar o verbo. Existem três diferentes vozes:

ATIVA: quando sujeito pratica a ação. Nesse caso, ele será o agente da ação verbal. Ex. O poder corrompe o homem.

PASSIVA: quando o sujeito sofre a ação. Nesse caso, ele é o paciente da ação verbal. Ex. O homem é corrompido pelo poder.

REFLEXIVA: quando o sujeito pratica e sofre a ação. Nesse caso, ele é, ao mesmo tempo o agente e o paciente da ação. Ex. O homem deixou-se corromper. Há dois conceitos básicos que você deve ter em mente quando investiga as vozes verbais: agente e sujeito. Tomemos o exemplo:

O ministro anunciou novas medidas econômicas.

A oração se encontra na voz ativa, pois o sujeito o ministro é também o agente do processo verbal indicado por anunciou. As novas medidas econômicas é o objeto direto do verbo, exprimindo também o paciente do processo verbal. Passando a oração acima para a voz passiva analítica obteremos:

As novas medidas econômicas foram anunciadas pelo ministro. em que o sujeito paciente é as novas medidas econômicas. O agente da passiva é pelo ministro. Observe que o predicado da oração é sempre verbal, pois seu núcleo nunca deixa de ser o verbo anunciar. Se esquematizarmos a transformação efetuada, teremos: VOZ ATIVA SUJEITO VERBO OBJETO DIRETO (agente) (forma ativa) (paciente) VOZ PASSIVA SUJEITO VERBO AGENTE DA PASSIVA ANALÍTICA (paciente) (locução passiva) (quem pratica ação) Na formação da locução verbal passiva, o verbo ser surge no tempo e modo em que se encontrava o verbo principal na voz ativa, indo este último para o particípio. ANUNCIOU FORAM ANUNCIADAS (pretérito perfeito do (pretérito perfeito (particípio) Indicativo) do indicativo) Na passagem da voz passiva analítica para a ativa, basta suprimir o verbo ser, restabelecendo, a seguir, a concordância com o sujeito.:

A proposta teria sido analisada pelos deputados. Os deputados teriam analisado a proposta.

Retomemos agora o exemplo inicial. Veja a forma que essa oração assumiria se você quisesse indeterminar o sujeito.

Anunciaram as novas medidas econômicas. 3ª. Pessoa do plural objeto direto (paciente) (sujeito indeterminado) Mesmo com o sujeito indeterminado, podemos afirmar que a oração se encontra na voz ativa. Observe bem: quem quer que seja (ou o que quer que seja)...) o sujeito será também o agente do processo verbal. Na voz passiva analítica, teríamos:

As novas medidas econômicas foram anunciadas (por?) Sujeito (paciente) locução passiva agente da passiva Indeterminado

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As frases na voz ativa em que o sujeito está indeterminado também podem-se transformar em orações na voz passiva sintética ou pronominal:

Anunciaram as novas medidas econômicas. Anunciaram-se as novas medidas econômicas.

O que indica que a oração está na voz passiva sintética é o uso da palavra SE que, nesse caso, classifica-se como pronome apassivador ou partícula apassivadora. O termo novas medidas econômicas é o sujeito (paciente da ação). Atente nas diferenças e semelhanças entre as frases acima: em ambas o agente está indeterminado; na primeira, também o sujeito é indeterminado; na segunda, o sujeito é simples e paciente:

FORMA Anunciaram a nova medida econômica. ATIVA 3ª pessoa (objeto direto)

do plural (sujeito indeterminado)

FORMA Anunciou-se a nova medida econômica. PASSIVA (voz passiva sujeito (paciente)

SINTÉTICA sintética)

Assim, de uma oração ativa com sujeito indeterminado podem-se obter duas orações passivas:

FORMA ATIVA: Venderam a casa. FORMA PASSIVA SINTÉTICA: Vendeu-se a casa. FORMA PASSIVA ANALÍTICA: A casa foi vendida.

Nas três formas, o agente está indeterminado. Na forma ativa, também o sujeito é indeterminado. Nas formas passivas, o sujeito paciente é a casa.

VERBOS QUE ADMITEM A VOZ PASSIVA

Você observou que, na passagem da voz ativa para a voz passiva, o objeto direto transforma-se em sujeito paciente. Ora, não existe voz passiva sem sujeito expresso, o que equivale a dizer que a voz passiva é privilégio dos verbos que, na forma ativa, apresentam objeto direto. Tais verbos são os transitivos diretos e os transitivos diretos e indiretos. Veja os exemplos:

FORMA ATIVA: Alugaram o apartamento. (objeto direto) FORMA PASSIVA ANALÍTICA: O apartamento foi alugado. (sujeito paciente) FORMA PASSIVA SINTÉTICA: Alugou-se o apartamento. (sujeito paciente)

E os verbos transitivos indiretos, intransitivos e de ligação? Esses verbos não apresentam voz passiva; apresentam, no entanto, a forma ativa de terceira pessoa do singular acompanhado da partícula SE, formando um caso de sujeito indeterminado.

Vivia-se bem naqueles dias. No exemplo acima, o sujeito é indeterminado, porque o verbo (vivia) é intransitivo, está flexionado na terceira pessoa do singular, seguido da palavra SE que, nesse caso, classifica-se como índice de indeterminação do sujeito.

Sempre se está sujeito a erros. No exemplo anterior, o sujeito também é indeterminado, pois estar é verbo de ligação; está flexionado na terceira pessoa do singular, seguido da palavra SE que é classificada como índice de indeterminação do sujeito.

Acredita-se em tudo nesta casa. Novamente, a frase acima apresenta sujeito indeterminado. O verbo acreditar é transitivo indireto, além de estar flexionado na terceira pessoa do singular, seguido da palavra SE que, nesse caso, também se classifica como índice de indeterminação do sujeito.

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Ao lado de verbos que possuem objeto direto na voz ativa, a partícula SE forma a voz passiva sintética, sendo, então, classificada como pronome apassivador.

Distribuíram-se prêmios aos escritores. Em outras palavras: para se distinguir um caso de indeterminação do sujeito de um caso de voz passiva sintética, basta considerar-se a predicação verbal: verbos transitivos diretos e transitivos diretos e indiretos formam a voz passiva sintética; verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação apresentam sujeito indeterminado, em frases de sentido ativo. Para encerrar nosso estudo das vozes verbais, veremos alguns detalhes referentes à voz reflexiva. Você deve lembrar que, na voz reflexiva, o sujeito agente e o objeto paciente pertencem à mesma pessoa gramatical, ou seja, “o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo”:

O rapaz reprimia-se esfregando nervosamente as mãos. - O rapaz: sujeito determinado simples (agente do processo verbal) - se: pronome reflexivo de terceira pessoa do singular (indica ser o rapaz paciente da ação verbal) Nas orações em que o verbo surge na voz reflexiva, ganha especial interesse a função sintática exercida pelos pronomes reflexivos: eles são sempre complementos verbais e, para sabermos se se trata de objeto direto ou indireto, basta atentarmos na predicação verbal. Eis alguns exemplos:

Por muito tempo me reprimi injustamente. - Sujeito determinado simples (elíptico – eu) - Verbo transitivo direto - por muito tempo: adjunto adverbial de tempo - me: objeto direto - injustamente: adjunto adverbial de modo

Reservou-se o assento mais próximo do palco. - Verbo transitivo direto e indireto - Sujeito determinado simples (elíptico – ele/ela ou você) - se: objeto indireto - o assento mais próximo do palco: objeto direto

“Eles se amam de qualquer maneira.” (Caetano Veloso & Milton Nascimento)

- Eles: sujeito determinado simples - amam: verbo transitivo direto - se: objeto direto - de qualquer maneira: adjunto adverbial de modo

EXERCÍCIOS DE AULA

1) Passe cada uma das orações seguintes para a voz passiva:

a) Secretaria da Saúde vai divulgar novos resultados sobre a dengue em São Paulo. b) Pelé, Tostão e Gérson comandaram o time brasileiro na Copa de 70 no México. c) Mais uma emissora de televisão havia convidado os candidatos à prefeitura para um debate ao vivo. d) Algumas decisões do governo têm levado os agricultores ao desespero.

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e) O principal sindicato da categoria havia convocado uma greve para a semana seguinte. f) O movimento dos aposentados acaba de obter várias conquistas na justiça.

2) Escreva cada uma das orações seguintes passando para o plural o termo destacado e fazendo as demais modificações necessárias. a) Adotou-se uma medida de emergência para combater a cólera. b) Promete-se um novo estudo sobre a navegabilidade dos rios do Sudeste. c) Aspira-se a uma vida mais digna. d) Localizou-se o foco de disseminação da doença. e) Não se sabe a verdadeira causa da moléstia. f) Não se dispõe de um meio eficiente para combater o mal. g) É provável que ainda se desconheça a origem de tudo isso. h) É recomendável que se parta de um dado comprovável para dar início aos trabalhos de manutenção. i) É evidente que se trata de um caso de superfaturamento.

QUESTÕES DE CONCURSOS

70) Aponte a análise correta do termo em destaque. “Obtêm-se bons resultados com o uso desse medicamento.” a) Objeto direto b) Sujeito simples c) Sujeito composto d) Sujeito indeterminado e) Adjunto adverbial 71) Assinale a frase que não pode ser apassivada. a) O aluno leu todos aqueles livros b) O aluno saiu antes do término da aula. c) O aluno entregou a redação ao professor. d) O aluno escolheu o professor mais competente. e) O aluno fez a prova calmamente.

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72) Aponte a análise correta do termo em destaque: “O aluno prefere estudar de manhã cedo.” a) Objeto direto b) Sujeito simples c) Sujeito composto d) Sujeito indeterminado e) Adjunto adverbial 73) Na oração “O alvo foi atingido por uma bomba formidável”, a locução por uma bomba formidável tem a função de: a) Objeto direto b) Agente da passiva c) Adjunto adverbial d) Complemento nominal e) Adjunto adnominal 74) Assinale a análise correta do termo destacado: A terra era povoada de selvagens. a) Objeto direto b) Objeto indireto c) Agente da passiva d) Complemento nominal e) Adjunto adverbial 75) No período “Quando enxotada por mim foi pousar na vidraça”, qual a função sintática de por mim? a) Objeto direto b) Sujeito c) Objeto indireto d) Complemento nominal e) Agente da passiva 76) Leia a seguinte passagem na voz passiva: “O receio é substituído pelo pavor, pelo respeito, pela emoção...” Se passarmos para a voz ativa, teremos: a) O pavor e o respeito substituíram-se pela emoção e o receio. b) O pavor e o receio substituem a emoção e o respeito. c) O pavor, o respeito e a emoção são substituídos pelo receio. d) O pavor, o respeito e a emoção substituem-se. e) O pavor, o respeito e a emoção substituem o receio. 77) Na passagem “Serve-se comida natural”, quanto à voz do verbo e à função da palavra se, temos, respectivamente: a) Voz reflexiva e pronome reflexivo b) Voz ativa e índice de indeterminação do sujeito c) Voz reflexiva e pronome apassivador d) Voz ativa e pronome reflexivo e) Voz passiva e pronome apassivador 78) Assinale a frase que não está na voz passiva. a) O atleta foi estrondosamente aclamado. b) Que exercício tão fácil de resolver! c) Fizeram-se apenas os reparos mais urgentes. d) Escolheu-se, infelizmente, o homem errado. e) Entreolharam-se agressivamente os dois competidores. 79) Transpondo para a voz ativa a frase: “O filme ia ser dirigido por um cineasta ainda desconhecido”, obtém-se a forma verbal: a) Dirigirá b) Dirigir-se-á

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c) Vai dirigir d) Será dirigido e) Ia dirigir 80) Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Transpondo a oração em destaque para a voz passiva, temos a seguinte forma verbal: a) Tinha sido aprendido b) Era aprendido c) Fora aprendido d) Tinha aprendido e) Aprenderia 81) Transpondo para a voz passiva a frase: “Os mutuários devem continuar a seguir essa orientação” obtém-se a forma verbal: a) Deve continuar a ser seguida b) Deve ser continuada a seguir c) Deve ser continuada a ser seguida d) É devida continuar a seguir e) É devida ser continuada a seguir 82) Transpondo para a voz ativa a frase “Solicita-se a atenção de V.Sa. para um dado importante”, obtém-se a forma verbal: a) É solicitado b) Solicitam c) Foi solicitada d) Solicitaram e) Solicitou-se 83) Transpondo para a voz ativa a frase: “Os livros seriam postos em um líquido desinfetante”, obtém-se a forma verbal: a) Vão pôr b) Íamos pôr c) Põem-se d) Vão ser postos e) Poriam

84) Transpondo para a voz passiva a frase: “Os cavalinhos de pau despertavam a fantasia das crianças”, obtém-se a forma verbal: a) Fora despertada b) Despertou-se c) Ia sendo despertada d) Foi despertada e) Era despertada 85) Transpondo para a voz passiva a oração: “A pedidos, a orquestra tocaria fado e modinha”, obtém-se a forma verbal: a) Se tocaria b) Será tocado c) Seriam tocados d) Serão tocados e) Iam ser tocados 86) Transpondo para a voz passiva a frase: “A assembleia aplaudiu com vigor as palavras do candidato”, obtém-se a forma verbal: a) Foi aplaudido b) Aplaudiu-se c) Foram aplaudidas d) Estava aplaudindo e) Tinha aplaudido

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87) Transpondo para a voz passiva a frase: “Haveriam de comprar, ainda, um trator maior”, obtém-se a forma verbal: a) Comprariam b) Comprar-se-ia c) Teria sido comprado d) Ter-se-ia comprado e) Haveria de ser comprado 88) A transformação passiva da frase “A religião te inspirou esse anúncio” apresentará o seguinte resultado: a) Tu te inspiraste na religião para esse anúncio. b) Esse anúncio inspirou-se na tua religião. c) Tu foste inspirado pela religião nesse anúncio. d) Esse anúncio te foi inspirado pela religião. e) Tua religião foi inspirada nesse anúncio. 89) Observe os termos destacados: Alugam-se vagas. Precisa-se de faxineiros Paraibana expansiva machucou-se. Eles exercem, respectivamente, as funções de: a) Objeto direto, objeto indireto, objeto direto b) Sujeito, sujeito, sujeito c) Sujeito, objeto indireto, objeto direto d) Sujeito, objeto indireto, sujeito e) Sujeito, sujeito, objeto direto

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Concordância nominal é a concordância de nomes entre si. A que vai nos interessar particularmente é a concordância do adjetivo com o substantivo.

PRINCIPAIS CASOS Primeiro caso: Preste atenção a este exemplo:

Comprei abacate e melão maduro (ou maduros).

Conclusão: Quando o adjetivo modifica dois ou mais substantivos do mesmo número (abacate e melão estão no singular), o adjetivo pode concordar com o substantivo mais próximo (melão) ou ir para o plural, concordando com os dois substantivos. Essa opção de concordância também se dá quando os substantivos são de gênero e número diferentes. Ex.:

Comprei abacate e maçãs madura (ou maduros). Comprei abacates e maçã madura (ou maduros).

Comprei uvas e maçã madura (ou maduras).

Segundo caso: Preste atenção nestes exemplos:

Comprei abacate e maçã estragados. Comprei maçã e abacate estragado. Comprei abacate e maçã estragada.

Conclusão: Quando o adjetivo modifica dois ou mais substantivos do mesmo número, mas de gêneros diferentes (abacate é masculino; maçã é feminino), o adjetivo vai para o masculino plural ou concorda com o mais próximo.

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Terceiro caso: Preste atenção a estes exemplos:

Comprei maduro abacate e melão. Comprei estragada maçã e abacate.

Conclusão: Quando o adjetivo aparece antes dos substantivos, faz-se a concordância sempre com o substantivo mais próximo.

Quarto caso: Preste atenção a estes exemplos:

Ela tem ideia e pensamento fixo. Ela tem pensamento e ideia fixa.

Conclusão: Quando o adjetivo modifica dois substantivos sinônimos ou tomados por sinônimos, concorda sempre com o substantivo mais próximo.

Quinto caso: Preste atenção a este exemplo:

Comprei o livro e a maçã madura.

Conclusão: Quando o adjetivo se refere apenas ao último substantivo, só com ele concorda. (Claro! Não existe livro “maduro”.)

Sexto caso: Preste atenção a este exemplo:

Passei dia e noite frios no Canadá.

Conclusão: Quando os substantivos são antônimos, o adjetivo vai obrigatoriamente para o plural, concordando com o gênero que tem preferência.

Sétimo caso: Preste atenção a estes exemplos:

O rapaz e a garota eram argentinos Eram argentinos o rapaz e a garota. Eram argentinos a garota e o rapaz.

Conclusão: Quando o adjetivo é predicativo (tanto do sujeito quanto do objeto), faz-se a concordância normal, qualquer que seja a ordem dos termos da oração, ou seja, o masculino prevalece sempre, quando há mistura de gêneros.

OUTROS CASOS

Variam normalmente: 1) MESMO E PRÓPRIO

Ele mesmo (ou próprio) lava suas roupas. Ela mesma (ou própria) lava suas roupas.

Eles mesmos (ou próprios) lavam suas roupas. Elas mesmas (ou próprias) lavam suas roupas.

2) EXTRA E QUITE

Ele fez apenas uma hora extra. Ele fez muitas horas extras. Estou quite com o banco.

Estamos quites com o banco.

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3) JUNTO Só varia quando equivale a “um com outro” (e variações). Ex.:

Nunca vi esses rapazes juntos. (= um com outro) Minhas filhas chegaram juntas na escola. (= uma com a outra)

Do contrário, não varia:

Nunca vi esses rapazes junto com a mãe. Minhas filhas chegaram junto comigo.

4) SÓ

Varia quando equivale a “sozinho”, mas não quando equivale a “somente”. Ex.: As crianças ficaram sós em casa. (sozinhas) Só as crianças ficaram em casa. (somente)

5) LESO

Concorda com o substantivo a que se refere. Ex.: Eles cometeram um crime de leso-idioma. Eles cometeram um crime de lesa-pátria.

6) OBRIGADO

Concorda com o substantivo a que se refere. Ex.: Ele saiu dizendo muito obrigado. Ela saiu dizendo muito obrigada.

Eles saíram dizendo muito obrigados. Elas saíram dizendo muito obrigadas.

7) ANEXO

Quando é empregado sozinho, concorda com o substantivo ao qual se refere. Ex.: Anexo segue o recibo.

Anexa segue a fotografia. Anexos seguem os recibos.

Anexas seguem as fotografias.

Quando é empregado antecedido da preposição “em” fica invariável. Em anexo segue o recibo.

Em anexo segue a fotografia. Em anexo seguem os recibos.

Em anexo, seguem as fotografias.

8) INCLUSO Já está incluso na conta o antepasto. Já está inclusa na conta a sobremesa.

Já estão inclusos na conta os refrigerantes. Já estão inclusas na conta as bebidas.

9) NENHUM Eles não são nenhuns coitadinhos.

Elas não são nenhumas coitadinhas.

10) CARO E BARATO Variam apenas quando são adjetivos.Ex.:

A gasolina brasileira não é barata, é cara. As frutas importadas estão caras, e não baratas.

Quando advérbios, não variam. Ex.:

A gasolina brasileira custa caro , e não barato. As frutas importadas estão custando caro, e não barato.

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11) BASTANTE Varia normalmente, quando é adjetivo. Ex.:

Comam bastantes frutas, crianças! Vi bastantes novidades na feira.

Quando advérbio, não varia:

As crianças comem bastante. As crianças riram bastante no circo.

12) MEIO

Varia quando é adjetivo ou numeral. Nesse caso, significa “metade”. Cheguei ao meio-dia e meia (hora).

Comprei duas meias melancias na feira.

Quando advérbio, é invariável: Ela ficou meio nervosa.

As crianças estão meio medrosas.

CASOS FINAIS

PRIMEIRO CASO: As expressões é bom, é necessário, é proibido, além de outras assemelhadas, ficam invariáveis, se acompanhadas de substantivos que exprimem ideia genérica, indeterminada. Ex.:

É preciso paciência para dirigir no trânsito paulistano. É necessário folga semanal remunerada.

Água é bom para matar a sede. É proibido entrada de pessoas estranhas.

Não é permito entrada de pessoas estranhas neste local.

Havendo determinação do substantivo, o adjetivo com ele concordará:

É precisa sua presença aqui. É necessária nossa participação ativa nessa reivindicação.

Esta água é boa para matar a sede. É proibida a entrada de pessoas estranhas.

Não é permitida a presença de estranhos neste local.

SEGUNDO CASO: Os particípios de orações reduzidas concordam normalmente com o sujeito. Só não variam quando fazem parte de tempo composto da voz ativa; na voz passiva, o particípio varia normalmente.

Feita a denúncia, regressamos a casa. Dada a ordem, tratou-se de cumpri-la. Dados os últimos retoques, partimos.

Elas tinham feito a denúncia, eles haviam dado a ordem. Foi inaugurada, na manhã de ontem, nova creche no bairro.

EXERCÍCIOS DE AULA

1) Efetue a concordância nominal:

a) O rapaz ficou com as pernas e os braços _______________. (fraturado) b) Comprei pêssego, uvas e bananas _____________ (maduro) c) Gumercindo traz no braço _____________ cicatriz e tatuagens. (estranho) d) A Misse Brasil tem __________ boca e olhos. (belo) e) O garotinho levava para casa pedra e pão ____________. (macio)

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f) Do supermercado trazia sempre geleia e pão ___________. (torrado) g) Paula demonstra a cada novo dia dedicação e interesse ____________ pelos estudos. (renovado) h) Passei dia e noite _________ na Europa, mas verão e inverno _____________. (frio – maravilhoso) i) Em São Paulo faz frio e calor _____________ num mesmo dia. (intenso) j) Encontrei-me com ela em ____________ data e local. (ótimo) k) Eles___________ viraram______ _______ quando souberam do ocorrido. (próprio - um – fera) l) Saíram duas edições ______________ do jornal. (extra) m) Estou ___________ com o serviço militar. Vocês estão __________ ? (quite) n) Aquela revista foi considerada uma publicação de _______ - pátria. (leso) o) Remeti _____________ a nota fiscal, mas não remeti _________ os recibos. (anexo) p) Conheci ___________ pessoas na festa; elas dançaram __________ comigo. (bastante) q) Todos devem estar _____________. (alerta) r) Foi _____________ a funcionária do banco que lhe deu esse dinheiro? (mesmo) s) Vocês estão ______________ com dor de cabeça ou é pura encenação? (mesmo) t) As crianças chegaram ________________. Mas os pais chegaram __________ com o major, (junto) u) Elas chegaram _____. Deixe-as ______! ______ elas apreciam ficar assim tão ________. (só) v) Não há __________ condições de viajar com essa cerração. (nenhum) w) Foram comemorações ___________; foi uma festa _____________ (monstro) x) ________________ venceremos qualquer obstáculo, brasileiros. (junto) y) Paula saiu e nem disse ______________; as primas, sim, disseram muito _____________. (obrigado) z) Mais amor e _____________ confiança, hem! (menos)

CONCORDÂNCIA VERBAL

SUJEITO CONSTITUÍDO PELOS PRONOMES QUE & QUEM

QUE: se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo concorda com o antecedente do pronome relativo. Fui eu que falei. (eu falei) Fomos nós que falamos. (nós falamos)

QUEM: se o sujeito for o pronome relativo quem, o verbo ficará na terceira pessoa do singular ou concordará com o antecedente do pronome (pouco usado). Fui eu quem falou. (ele (3ª pessoa) falou)

Obs: Nas expressões “um dos que”, “uma das que”, o verbo deve ir para o plural. Porém, alguns estudiosos e escritores aceitam ou usam a concordância no singular. João foi um dos que saíram.

PRONOME DE TRATAMENTO O verbo fica sempre na 3ª pessoa (ele - eles).

Vossa Alteza deve viajar. Vossas Altezas devem viajar.

DAR – BATER – SOAR (indicando horas) Quando houver sujeito (relógio, sino) os verbos concordam normalmente com ele.

O relógio deu onze horas. O Relógio: sujeito Deu: concorda com o sujeito.

Quando não houver sujeito, o verbo concorda com as horas que passam a ser o sujeito da oração. Deram onze horas. Deram três horas no meu relógio.

SUJEITO COLETIVO (SUJEITO SIMPLES)

O cardume escapou da rede. Os cardumes escaparam da rede.

Nesses dois exemplos o verbo concordou com o coletivo (sujeito simples). Quando o sujeito é formado de um coletivo singular seguido de complemento no plural, admitem-se duas concordâncias:

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1ª) verbo no singular. O bando de passarinhos cantava no jardim. Um grupo de professores acompanhou os estudantes.

2ª) o verbo pode ficar no plural, nesse caso o verbo no plural dará ênfase ao complemento.

O bando de passarinhos cantavam no jardim. Um grupo de professores acompanharam os estudantes

SE Verbos transitivos diretos e verbos transitivos diretos e indiretos + - se: Se o termo que recebe a ação estiver no plural, o verbo deve ir para o plural, se estiver no singular, o verbo deve ir para o singular. Alugam-se cavalos. “Alugar” é verbo transitivo direto. “Cavalos” recebe a ação e está no plural, logo o verbo vai para o plural. Aqui o “se” é chamado de partícula apassivadora (Cavalos são alugados.) Outros exemplos:

Vendem-se casas. Alugam-se apartamentos. Exigem-se referências. Consertam-se pianos. Plastificam-se documentos. Entregou-se uma flor à mulher. (verbo transitivo direto e indireto)

OBS: Somente os verbos transitivos diretos têm voz passiva. Qualquer outro tipo de verbo (transitivo indireto ou intransitivo) fica no singular. - Precisa-se de professores. (Precisar é verbo transitivo indireto) - Trabalha-se muito aqui. (trabalhar é verbo intransitivo) Nesse caso, o “se” é chamado de índice de indeterminação do sujeito ou partícula indeterminadora do sujeito.

HAVER – FAZER "Haver" no sentido de “existir”, indicando “tempo” ou no sentido de “ocorrer” ficará na terceira pessoa do singular. É impessoal, ou seja, não admite sujeito. "Fazer", quando indica “tempo” ou “fenômenos da natureza”, também é impessoal e deverá ficar na terceira pessoa do singular.

Nesta sala há bons e maus alunos. (= existe)

Já houve muitos acidentes aqui. (= ocorrer)

Faz 10 anos que me formei. (= tempo decorrido)

SUJEITO COMPOSTO RESUMIDO POR UM INDEFINIDO O verbo concordará com o indefinido.

Tudo, jornais, revistas, TV, só trazia boas noticias.

Ninguém, amigos, primos, irmãos veio visitá-lo.

Amigos, irmãos, primos, todos foram viajar.

PESSOAS DIFERENTES O verbo flexiona-se no plural na pessoa que prevalece (a 1ª sobre a 2ª e a 2ª sobre a 3ª). Eu e tu: nós Eu e você: nós Ela e eu: nós Tu e ele: vós

Eu, tu e ele resolvemos o mistério. (1ª pessoa prevalece) O diretor, tu e eu saímos apressados. (1ª pessoa prevalece) O professor e eu fomos à reunião. (1ª pessoa prevalece) Tu e ele deveis fazer a tarefa. (2ª pessoa prevalece)

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Obs: como a 2ª pessoa do plural (vós) é muito pouco usada na língua contemporânea , é preferível usar a 3ª pessoa quando ocorre a 2ª com a 3ª. - Tu e ele riam à beça. - Em que língua tu e ele falavam? Podemos também substituir o “tu” por “você”. - Você e ele: vocês

NOMES PRÓPRIOS NO PLURAL Se o nome vier antecedido de artigo no plural, o verbo deverá concordar no plural.

Os Andes ficam na América do Sul. Se não houver artigo no plural, o verbo deverá concordar no singular. - Santos fica em São Paulo. - “Memórias Póstumas de Brás Cubas” consagrou Machado de Assis.

Obs 1: Com nome de obras artísticas, admite-se a concordância ideológica com a palavra “obra”, que está implícita na frase.

- “Os Lusíadas” imortalizou Camões.

Obs 2: Com o verbo “ser” e o predicativo no singular, o verbo fica no singular.

“Os Lusíadas” é a maior obra da Literatura Portuguesa.

- Os EUA já foi o primeiro mercado consumidor. SER O verbo “ser” concordará com o predicativo quando o sujeito for o pronome interrogativo “que” ou “quem”.

Ex. Quem são os eleitos? Ex. Que seriam aqueles ruídos estranhos? Ex. Que são dois meses? Ex. Que são células? Ex. Quem foram os responsáveis?

Quando o verbo “ser” indicar tempo, data, dias ou distância, deve concordar com a apalavra seguinte.

Ex. É uma hora. Ex. São duas horas. Ex. São nove e quinze da noite. Ex. É um minuto para as três. Ex. Já são dez para uma. Ex. Da praia até a nossa casa, são cinco minutos. Ex. Hoje é ou são 14 de julho?

Em relação às datas, quando a palavra “dia” não está expressa, a concordância é facultativa. Se um dos elementos (sujeito ou predicativo) for pronome pessoal, o verbo concordará com ele.

Ex. Eu sou o chefe. Ex. Nós somos os responsáveis. Ex. Eu sou a diretora.

Quando o sujeito é um dos pronomes isto, isso, aquilo, o, tudo, o verbo “ser” concordará com o predicativo.

Ex. Tudo são flores. Ex. Isso são lembranças de viagens.

Pode ocorrer também o verbo no singular concordando com o pronome (raro).

Ex. Tudo é flores. Quando o verbo “ser” aparece nas expressões “é muito”, “é bastante”, “é pouco”, “é suficiente” denotando quantidade, distância, peso, etc ele ficará no singular.

Ex. Oitocentos reais é muito. Ex. Cinco quilos é suficiente.

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EXERCÍCIOS DE AULA 1. Mude a concordância verbal quando for necessário para atender à norma culta:

a) Sobrou muitos doces na festa. b) Choveu garrafas na cabeça do árbitro. c) Deu dez horas o relógio da matriz. d) No meu relógio, deu dez horas. e) Bateu agora mesmo seis horas. f) Quando soava dez horas, saía os funcionários. g) No circo faltou palhaços, mas não sobrou emoções. h) Não existe, nas cidades próximas, postos de combustível. i) Não deve existir ciúmes num relacionamento sincero e sadio. j) Acabou as aulas; começou as férias. k) Faz dez dias que não durmo direito. l) Está havendo muitas guerras no mundo atualmente. m) Costuma haver abalos de terra nesta região. n) Haviam vários passageiros feridos. o) Poderá haver muitas críticas a essa medida do governo. p) Como chovem promessas durante uma campanha eleitoral! q) Como choveram pedidos de autógrafo. r) Fazem noites muito frias no Sul do Brasil. s) Uma tonelada de crustáceos foram pescados ontem. t) Um milhão de garrafas vazias estão jogadas ali no lixão. u) Um trilhão de reais foi gasto nessa obra inútil. v) Um milhão e duzentas mil ações foram negociadas ontem na Bovespa. w) No Brasil, vive um milhão de espécies de animais diferentes. x) Um bilhão e pouco de quilos de papéis picados foram recolhidos pelos garis na passagem de ano. y) Será mesmo que hoveram essas abduções? z) Vão para dez anos que mudamos para cá.

QUESTÕES DE CONCURSOS

90) A alternativa que apresenta frase correta é: a) – Senhor Ministro, peço sua licença para advertir que Vossa Excelência se equivocais no julgamento dessa lei tão polêmica. b) Seus companheiros, até os recém contratados, não lhe atribuem nenhum deslize e creem que que esse é mais um injusto empecilho entre tantos com que ele já se defrontou. c) Se eles não satisfazerem todas as exigências, não se têm como contratá-los sem enveredar pelo caminho da irregularidade. d) O traumático episódio gerou grande ansiedade, excitação desmedida que lhe fez xingar e investir contra a pessoa mais cumpridora com seus deveres. e) Caso ele venha a se opor, será uma compulsão a que ninguém deve compartilhar, sob perigo de todos os envolvidos se virem em situação de risco na empresa. 91) O verbo indicado entre parênteses deverá ser flexionado numa forma do singular para preencher de modo correto a lacuna da frase: a) Nem mesmo se ................ (atrever) a repudiar as mordazes críticas de Montesquieu quem por elas se sentisse atingido. b) ....... (vir) somar-se ao autoritarismo político as ingerências autoritárias do poder religioso. c) Não ......... (ficar) à margem da dura crítica de Montesquieu nem mesmo algumas características das construções parisienses. d) ........... (constituir) matéria para o riso do filósofo até mesmo os ritos e os símbolos católicos. e) Não ............. (escapar) à crítica de Montesquieu quaisquer atitudes que lhe parecessem viciosas. 92) As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase: a) Não ficaram claro, para os leitores do texto, quais exatamente foram os versos parafraseados do poeta Lucrécio. b) Quando se partem de regiões obscuras, nossas ideias não poderão ser produtivas.

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c) Duas alternativas sempre haverão, restando-nos sempre a dificuldade de optar entre elas. d) Esquivar-se das perguntas que todas as pessoas vivem fazendo implicam um esforço do sobrenatural. e) Ao fenômeno cuja natureza os cientistas ignoram costuma o leigo recorrer como prova do sobrenatural. 93) As normas de concordância verbal estão plenamente acatadas na frase: a) Àqueles que não temem refletir sobre a morte reserva-se as recompensas de uma vida mais lúcida e mais intensa. b) Não devem os leitores de hoje imaginar que cabiam aos filósofos antigos preocupar-se com questões que já não fazem sentido. c) Leitores de hoje, não devemos imaginar que a um filósofo clássico ocorressem tão somente questões específicas de sua época histórica. d) Nenhum de nossos desejos, de acordo com Sêneca, deveriam transpor nossos limites, fronteiras que se deve sempre determinar. e) A cada um dos princípios do estoicismo devem corresponder, como se postulavam entre os estoicos, lúcida e consequente iniciativa nossa. 94) Ao se reconstruir uma frase do texto, houve deslize quanto à concordância verbal em: a) Deveram-se às manobras de desconversas, na definição das tarefas dos países, o impasse final das negociações entabuladas em Copenhague. b) Sequer foi possível, na COP-15, estabelecer um financiamento para os países pobres a quem coubesse adotar políticas de mitigação das emissões. c) Se todos esperávamos um bom acordo na COP-15, frustrou-nos o que dela acabou resultando. d) Acabou culminando num final dramático, naquele 18 de dezembro de 2009, o período de duas semanas de acaloradas discussões. e) Às nações pobres propôs-se uma ajuda de US$ 30 bilhões, medida a que não deu aval nenhum dos países insatisfeitos com as conversas finais.

REGÊNCIA VERBAL Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, apresentam mudança de significado. O conhecimento das diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico muito importante, pois além de permitir a correta interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão:

AGRADAR

1) Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, acariciar.

Por Exemplo: Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada quando o revê. Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo.

2) Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento introduzido pela preposição "a".

Por Exemplo: O cantor não agradou aos presentes. O cantor não lhes agradou.

ASPIRAR

1) Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar.

Por Exemplo: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o.)

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2) Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter como ambição.

Por Exemplo: Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a elas.)

Obs.: como o objeto indireto do verbo "aspirar" não é pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas "lhe" e "lhes" e sim as formas tônicas "a ele (s)", " a ela (s)". Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela.)

ASSISTIR

1) Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar assistência a, auxiliar.

Por Exemplo: As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. As empresas de saúde negam-se a assisti-los.

2) Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, estar presente, caber, pertencer.

Exemplos: Assistimos ao documentário. Não assisti às últimas sessões. Essa lei assiste ao inquilino.

Obs.: No sentido de morar, residir, o verbo "assistir" é intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar introduzido pela preposição "em".

Por Exemplo: Assistimos numa conturbada cidade.

CHAMAR

1) Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a atenção ou a presença de.

Por exemplo: Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la. Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.

2) Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo preposicionado ou não.

Exemplos: A torcida chamou o jogador mercenário. A torcida chamou ao jogador mercenário. A torcida chamou o jogador de mercenário. A torcida chamou ao jogador de mercenário.

CUSTAR 1) Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial.

Por exemplo: Frutas e verduras não deveriam custar muito.

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2) No sentido de ser difícil, penoso pode ser intransitivo ou transitivo indireto.

Por exemplo: Muito custa viver tão longe da família. Verbo Oração Subordinada Substantiva Subjetiva Intransitivo Reduzida de Infinitivo Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela atitude. Objeto Oração Subordinada Substantiva Subjetiva Indireto Reduzida de Infinitivo

Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que atribuem ao verbo "custar" um sujeito representado por pessoa. Observe o exemplo abaixo: Custei para entender o problema. Forma correta: Custou-me entender o problema.

IMPLICAR

1) Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:

a) Dar a entender, fazer supor, pressupor

Por exemplo: Suas atitudes implicavam um firme propósito.

b) Ter como consequência, trazer como consequência, acarretar, provocar

Por exemplo: Liberdade de escolha implica amadurecimento político de um povo.

2) Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, envolver

Por exemplo: Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.

Obs.: No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo indireto e rege com preposição "com".

Por Exemplo: Implicava com quem não trabalhasse arduamente.

PROCEDER

1) Proceder é intransitivo no sentido de ter fundamento ou agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto adverbial de modo.

Exemplos: As afirmações da testemunha procediam, não havia como refutá-las. Você procede muito mal.

2) Nos sentidos de ter origem ou dar início é transitivo indireto.

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Exemplos: O avião procede de Maceió. Procedeu-se aos exames. O delegado procederá ao inquérito.

QUERER

1) Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter vontade de, cobiçar. Querem melhor atendimento. Queremos um país melhor.

2) Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar, amar.

Exemplos: Quero muito aos meus amigos. Ele quer bem à linda menina. Despede-se o filho que muito lhe quer.

VISAR

1) Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.

Por Exemplo: O homem visou o alvo. O gerente não quis visar o cheque.

2) No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição "a".

Exemplos: O ensino deve sempre visar ao progresso social. Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público.

Regência verbal + Pronome relativo

Sempre que, na oração, houver um pronome relativo, se o verbo que vier após o pronome relativo solicitar preposição, esta preposição pula para antes do pronome relativo. Veja os exemplos. Ex. A mulher com quem me casei é médica. Ex.Ela faz todas as comidas de que mais gosto. Ex.A casa em cuja cozinha conversávamos agora está abandonada. Ex.O assunto sobre o qual falamos é sigiloso.

EXERCÍCIOS DE AULA

1) Complete os espaços com a preposição adequada. Faça as combinações (de + o = do; em + a = na, etc.) e contrações (a + a = à; a + as = às) eventualmente necessárias. a) O estudo agrada ...... os alunos que querem progredir na vida. b) Os excursionistas aspiravam ........ o perfume da mata florida. c) Assisti, ontem, ...... um filme empolgante.

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d) O governo assistirá ....... as populações flageladas. e) A jovem turista avisou o piloto ........ o perigo iminente. f) A jovem turista avisou ..........o piloto o perigo iminente. g) Cláudio jamais desobedeceu .......... as ordens de seus superiores. h) Informe ..... os sócios das resoluções tomadas pelo conselho. i) O inspetor procedeu, nesta manhã, ......... revisão costumeira. j) Comunique ...... as candidatas o horário das entrevistas. k) Já prevenimos os dirigentes ...... nossa decisão irrevogável. l) Este curso visa ...... o aperfeiçoamento da redação administrativa. m) Pedi aos colegas ...... que nos trouxessem sugestões. n) O embaixador visará ...... todos os passaportes. o) A atitude precipitada do colega implicará ......... problemas para todo o grupo. p) Ele sempre aspirou ...... a posição de gerente. q) Sempre preferi redigir a correspondência ........ datilografá-la. r) As novas instalações da empresa situam-se ..... Avenida Borges de Medeiros. s) Sempre obedecemos ...... normas de trânsito. t) É provável que os bombeiros procedam ...... novas buscas. u) Informe ...., os candidatos de que deverão vir munidos de documento de identidade. v) Cientifique ....... os gerentes ...... as decisões tomadas pela direção da empresa. w) Informe .... os participantes que a palestra sobre normas de segurança foi cancelada. x) Naquela época, residíamos ...... a Rua Bento Martins, 256. y) Acho que devemos informar ........ a polícia desses fatos. z) Pague as prestações em nossa loja central, sita nesta Capital, ..... a Rua Dr Flores, 277.

2) Complete os espaços, se necessário, com a preposição adequada.

a) Precisamos de um chefe ..... cujas ordens todos obedeçam. b) O cargo ....... que aspiras se conquista, não se ganha. c) Há ofensas ...... que não se pode responder com palavras. d) Vou apresentar-lhe a pessoa ...... cuja casa me hospedei. e) Esta é a região ........ cujas riquezas o escritor se refere. f) A regata internacional ..... que assisti revelou grandes valores do remo. g) É pelo estudo que conquistarás o posto ...... que aspiras. h) Já comuniquei ao diretor as ocorrências ...... que você se refere. i) Ainda não conhecemos os motivos ....... que ele foi exonerado. j) O jogo ....... presenciamos foi movimentadíssimo. k) Eram de aventuras os livros ...... que eu mais gostava. l) Esteve aqui o rapaz ....... cujo irmão vendeste teu automóvel. m) Foram infrutíferas as buscas ...... que procedemos. n) A mesa ....... que nos sentamos ficava no fundo do salão. o) A cidade ........ que iremos possui ótimo clima. p) Não aceite cargos sem avaliar as responsabilidades ...... que eles implicam. q) A fazenda ........ que fomos ontem pertence ao meu irmão. r) Deu-me conselhos ......... que jamais me esquecerei. s) Foram esses os fatos ....... que cientifiquei a direção. t) As provas ...... que se realizaram ontem foram dificílimas. u) Os testes ....... que se procedeu comprovam o ótimo desempenho do novo motor. v) As informações ...... dispomos são poucas e imprecisas. w) O orador expôs ideias ....... que discordo totalmente. x) O preso ....... cuja soltura me interessei foi assassinado por um companheiro de cela. y) Devemos respeitar as pessoas ........ quem convivemos. z) Atentem para os pormenores ....... que o desenhista se ateve.

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QUESTÕES DE CONCURSOS

95) Considerando o padrão culto escrito, a frase que NÃO exige correção é: a) No memorial do professor está registrado que ingressou para a universidade em idade inferior à determinada

por lei. b) O fato que o acusado se recusa a dar detalhes é o que mais pesará na decisão dos jurados. c) O movimento que me filiei nos anos 70 foi grandemente responsável pela renovação da pintura no Brasil. d) Esta é, enfim, a parca remuneração da qual arco totalmente com as despesas da casa. e) Os valores por que tantos lutaram e morreram não serão jamais esquecidos, pois nossa geração se dedicará a

relembrá-los a cada passo.

96) .... para a conservação das espécies e das áreas em que elas se encontram. (último parágrafo). A expressão pronominal grifada acima preenche corretamente a lacuna da seguinte frase: a) O número de espécies de um bioma garante a matéria genética ...... dispõem os pesquisadores para estudo nas

diversas áreas do conhecimento. b) Material genético disponível para estudos mais aprofundados na área da saúde humana é tudo aquilo .....

possam sonhar os cientistas. c) Justifica-se uma preocupação maior com a sustentabilidade do planeta, tendo em vista ..... se acelera o ritmo da

degradação de diversos biomas. d) As inúmeras espécies que constituem os biomas oferecem material de estudo..... se fundamentam os cientistas

para descobrir a cura de novas doenças. e) É necessário ampliar o conhecimento sobre a importância da biodiversidade para a vida no planeta, ..... se

amplie o campo das pesquisas genéticas.

97) Está correto o emprego do elemento grifado na frase: a) Os clássicos são livros em cuja particular influência torna-os inesquecíveis. b) As dobras da memória, aonde se ocultam imagens dos clássicos, são o refúgio do inconsciente. c) Há um tempo na vida adulta no qual poderíamos utilizar para uma redescoberta dos clássicos. d) A perspectiva histórica é determinante, por cuja os clássicos ganham um novo significado. e) O poder de revelação de que se incumbem os clássicos acaba por nos revelar para nós mesmos.

98) Está correto o emprego do elemento sublinhado na alternativa: a) Quem vagueia sem propósito pela vida fere um dos princípios de que os estoicos jamais descuidam. b) O pensamento clássico encerra uma riqueza em cujo valor poucos prestam o devido reconhecimento. c) A morte, cujo o temor nos faz esquecer dela, é uma questão permanente da filosofia estoica. d) Quase nunca atentaremos para os limites a que devemos impor aos nossos desejos. e) Nossas esperanças não devem projetar-se para além do espaço cujo domínio estamos assegurados.

99) Está correta a construção da seguinte frase:

a) Seu vizinho de poltrona acha preferível ouvir música do que se concentrar num filme. b) A mulher do lado prefere mais um filme em vez de ouvir música. c) Tenho mais preferência a desfrutar do silêncio que de ouvir intimidades alheias. d) O jovem prefere concentrar-se na música a ficar com os olhos no monitor de TV. e) É mais preferível entreter-se com ideias próprias a que se distrair com as tolices de um filme.

CRASE

É a contração da preposição “a” com o artigo “a”.

Casos Proibitivos:

1) Não se usa crase antes de palavra masculina. Ex. Falamos a respeito do assunto.

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2) Não se usa crase antes de verbo. Ex. Atenderemos a partir das 14h. 3) Não se usa crase antes de pronomes pessoais. Ex. Refiro-me a ela. 4) Não se usa crase antes de pronomes de tratamento. Ex. Dirigi-me a Vossa Excelência. 5) Não se usa crase antes dos pronomes demonstrativos “esta” e “essa”. Ex. Dirigi-me a esta sala. 6) Não se usa crase antes de pronomes indefinidos. Ex. Não me refiro a ninguém. 7) Não se usa crase antes de artigos indefinidos. Ex. Refiro-me a uma mulher solteira. 8) Não se usa crase quando o “a” estiver no singular e a palavra seguinte, no plural. Ex. Refiro-me a mulheres corajosas. 9) Não se usa crase entre palavras repetidas. Ex. Ficamos frente a frente. 10) Não se usa crase quando, antes do “a”, já houver preposição. Ex. Compareci perante a banca examinadora.

Outros casos:

1) Crase antes das localidades femininas: Substitui-se o “a” por “para”. Se aparecer “a” após a preposição “para”, haverá crase.

Ex. Vou a Brasília. (Vou para Brasília.) Ex. Vou à Bahia. (Vou para a Bahia.) Ex. Vou a Roma. (Vou para Roma.) Ex. Vou à Itália. (Vou para a Itália.)

Observação: Se a localidade estiver determinada, haverá sempre crase.

Ex. Vou a Cuba. (sem crase) Ex. Vou à Cuba de Fidel Castro. (com crase) Ex. Vou a Porto Alegre. (sem crase) Ex. Vou à Porto Alegre de Mario Quintana. (com crase)

2) Crase Antes dos pronomes demonstrativos “aquele”, “aquela”, “aquilo”. Substituem-se esses pronomes por “este”, “esta”, “isto”. Se aparecer a preposição “a” antes desses pronomes, haverá crase. Ex. Refiro-me àquela mulher que está sentada e não àquele homem que está com aquela criança no colo.

Ex. Refiro-me a esta mulher que está sentada e não a este homem que está com esta criança no colo. 3) Usa-se crase nas expressões adverbiais ou conjuntivas de núcleo feminino (às pressas, à tarde, à toa, à beira-mar, às vezes, à procura, à espera, à medida que, à proporção que etc).

Ex. Ela saiu à noite, pois estava à procura do marido. 4) Crase antes das horas determinadas. Substitui-se a “hora” por meio dia. Se aparecer “a” antes de “meio-dia”, haverá crase. Ex. Ela chega às 14 h, mas só atende após as 16h.

Ex. Ela chega ao meio-dia, mas só atende após o meio dia.

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5) Crase quando estiverem subentendidas as palavras moda, editora, sociedade ou termo anteriormente explicitado. Ex. Já usei óculos à John Lennon. (à moda)

Ex. Enviei meus editoriais à Globo. (à editora) Ex. Li o livro da página 10 à 20. (à página)

6) Crase antes das palavras “casa”, “terra” e “distância”. Somente haverá crase quando essas palavras estiverem determinadas, especificadas.

Ex. Voltei cedo a casa. Ex. Irei à casa de meus avós. Ex. Chegarei a terra em dois dias. Ex. Irei à terra de meus antepassados. Ex. Vi um carro a distância. Ex. Vi um carro à distância de 100 m.

7) Crase antes da expressões “a de”, “a que”, “a qual”. Substitui-se a palavra feminina que aparece antes dessas expressões por uma palavra masculina. Se aparecer “ao”, haverá crase.

Ex. Tua moto é igual à de meu irmão. Ex. Teu carro é igual ao de meu irmão. Ex. Tua moto é igual à que comprei. Ex. Teu carro é igual ao que comprei. Ex. A cidade a qual iremos é tranquila. Ex. O país ao qual iremos é tranquilo.

8) Crase antes dos pronomes possessivos femininos. Há que se considerar três situações:

Quando o “a “ estiver no singular e o possessivo também estiver no singular, a crase é facultativa.

Refiro-me a sua irmã.

Quando o “a” estiver no singular e o possessivo estiver no plural, a crase é proibida.

Refiro-me a suas irmãs.

Quando o “a” estiver no plural e o possessivo também estiver no plural, a crase será obrigatória.

Refiro-me às suas irmãs. 9) Crase antes dos nomes próprios femininos: É facultativa.

Ex. Entreguei os documentos a Maria. Ex. Entreguei os documentos à Maria.

10) Crase após a preposição “até”; é facultativa.

Ex. Irei até a Igreja. Ex. Irei até à Igreja.

EXERCÍCIOS DE AULA

1) Empregue o sinal da crase quando couber. a) Em atenção a insistentes apelos, ele candidatou-se a deputado federal. b) Comunique as pessoas presentes que, por motivos de força maior, a visita as instalações do CPC foi suspensa. c) Se você continuar preso a essas concepções arcaicas, estará sujeito a perder o respeito dos colegas. d) Com vista a dinamizar suas vendas, a empresa enviou representantes a Espanha, a Itália, a Israel e a Cuba. e) Nossos esforços visam a conquista de uma posição mais vantajosa no mercado interno. f) Ouviram do Ipiranga as margens plácidas! De um povo heroico o brado retumbante! g) Há fatos que não revelaria, cara a cara, a ninguém. h) Disseram a Senhora Diretora que iriam a Secretaria de Educação a procura de maiores esclarecimentos sobre as rematrículas. i) Agradeço a Vossa Excelência a oportunidade de manifestar-me a respeito do assunto.

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j) Os acadêmicos realizaram protestos visando a gratuidade do ensino. k) Não podemos fechar os olhos as misérias da população e deixar os infelizes entregues a própria sorte. l) A obediência as leis é fator indispensável a boa administração de qualquer entidade. m) Os ataques a propriedade são ataques tão deploráveis como os atentados a criatura humana. n) A estas horas e a pé, não encontrarás remédio para socorrê-lo. o) Opõe-se as reformas e dedica-se a criticá-las asperamente. p) Chegamos a conclusão de que o regulamento não se refere a pessoas aposentadas. q) Responda a essas carta imediatamente, pois se referem a problemas que devem ser resolvidos antes da minha viagem a Brasília. r) Com esta campanha, visamos a incentivar o consumo do vinho gaúcho, cuja fabricação obedece as mais modernas técnicas que se conhecem. s) A partir de amanhã, os formulários estarão a disposição dos interessados. t) Após a reunião, os convidados dirigiram-se a sala de espetáculos. u) Só vendemos a dinheiro. Vendas a crédito, só excepcionalmente, a curto prazo. v) Aceito a proposta, pois ela é igual a que haviam feito a meu irmão w) Os imigrantes, como não se acostumaram as nossas temperaturas, voltaram as suas pátrias. x) Esta cópia não corresponde a que lhe dei. y) Deveríamos ter ido aquele comício. z) Fiel a suas concepções políticas, decidiu concorrer a reeleição.

QUESTÕES DE CONCURSOS 100) Das decisões cotidianas relacionadas ..... distrações e dietas ..... escolhas profissionais e afetivas de longo prazo, o modo como usamos o tempo influencia todos os setores da vida e acarreta algum tipo de ônus ..... ser pago futuramente. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: a) a - às - à b) à - as - à c) à - às - a d) á - as - a e) a - às - a 101) Considere as frases abaixo: I. ........ quem não o podia pegar o grito foi lançado, II. Aludiam ....... uma imensa tela dourada os fios de sol que se cruzavam. III. O resultado de seu trabalho foi comparado ....... luz da manhã. Preenchem corretamente as lacunas, respectivamente: a) A - à - à b) À - a - à c) A - a - à d) A - a - a e) À - à - a 102) tente para as seguintes frases: I. Não é possível estabelecer à medida que distancia um notório tímido de um notório extrovertido. II. Não assiste às pessoas extrovertidas o privilégio exclusivo de se fazere notar; também as tímidas chamam a atenção. III. Ainda que com isso não se sintam à vontade, os tímidos costumam captar a tenção de todos. Justifica-se o uso do sinal de crase SOMENTE em a) II e III. b) I e II. c) I e III. d) I. e) III.

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103) Assinale a opção em que a frase apresenta o emprego correto do acento grave indicativo de crase. a) Isto não interessa à ninguém. b) Não costumamos comprar roupas à prazo. c) O estudante se dirigiu à diretoria da escola. d) Caminhamos devagar até à entrada do estabelecimento. e) À mais o que fazer. 104) A frase inteiramente correta, considerando-se a presença ou a ausência do sinal indicativo de crase, é: a) A mentira, mesmo justificada por certas circunstâncias, pode ser desmascarada à qualquer momento, à vista dos fatos apresentados. b) Submetida a avaliação da opinião popular, a política deve pautar-se pela lisura e pela veracidade voltadas para à resolução dos conflitos. c) Quanto a defesa da ética, ela é sempre necessária, à fim de que a ação política seja vista como verdadeira representação da vontade popular. d) Os governados, como preceituam as normas democráticas, têm direito a informações exatas e submetidas à verdade dos fatos. e) A verdade dos fatos políticos está subordinada, segundo pensadores, à uma lógica particular, à depender dos objetivos do momento.

ANÁLISE SINTÁTICA EXTERNA É o tipo de análise cuja finalidade é descobrir as relações que se estabelecem entre as orações que compõem um período. Antes de iniciarmos esse estudo, é necessário revisar alguns conceitos básicos:

a) Frase: é todo enunciado, suficiente por si mesmo, com sentido completo e capaz de estabelecer comunicação. Para haver frase, não é necessário que o enunciado possua verbo. Quando a frase não possui verbo, é chamada de frase nominal. Quando a frase tem verbo, diz-se que é uma frase verbal. Ex. Boa noite! Socorro! Silêncio! Nós seremos aprovados.

b) Oração: é uma frase, ou parte de uma frase, que possui verbo, mas que não precisa ter sentido completo. Ex. Espero. Quando saírem.

c) Período: é um enunciado mais complexo que pode ser constituído por mais de uma oração. Quando o período possui apenas uma oração, chama-se período simples; quando possui mais de uma oração, é chamado de período composto. Conta-se o número de orações de um período pelo número de verbos. O período terá tantas orações quantos forem os seus verbos. As locuções verbais equivalem a apenas um verbo. Ex. : Pedro está cansado. (período simples) Pedro tem estudado muito. (período simples) Pedro está cansado, porque foi à festa ontem e dormiu tarde.(período composto)

d) Conjunções: são as palavras ou as expressões cuja função é unir as orações em um único período, estabelecendo uma relação entre elas. Dependendo da conjunção utilizada, irá estabelecer-se uma relação diferente entre as orações. As bancas costumam referir-se às conjunções por alguns dos seguintes nomes: síndetos, conetivos, conectores, articuladores, relacionadores, nexos.

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ORAÇÕES COORDENADAS

São as orações que compõem o período composto por coordenação. As orações coordenadas podem ser:

TIPO CONJUNÇÕES EXEMPLO Aditivas (soma, adição)

e, nem, não só ... mas também, não somente .... como também, mas ainda

Ele estuda e trabalha. Ele não estuda, nem trabalha. Tanto advogo quanto ensino.

Adversativas (oposição, Adversidade)

mas, porém, todavia, contudo, Entretanto, no entanto, não Obstante

Trabalho muito, mas ganho pouco. Foi ao baile, porém não dançou. Estudou pouco, entretanto foi aprovado.

Alternativas (alternância, Escolha, exclusão)

ou...ou, ora...ora, quer....quer, Já....já, seja....seja, umas vezes.... outras vezes, quanto mais....quanto menos

O dinheiro umas vezes traz felicidade, outras vezes traz desgraça. Quer chova, quer faça sol viajaremos amanhã.

Conclusivas (conclusão)

logo, portanto, por isso, por conseguinte, então, pois (posposto ao verbo)

Ele fez um ótimo trabalho, portanto será promovido.

Explicativas (explicação)

pois, porque, que, já que, visto que *Geralmente, aparecem após uma oração com verbos no imperativo.

Apertem os cintos, porque decolaremos em instantes. Eles devem ter saído, pois as janelas da casa estão fechadas.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS São orações que equivalem a um substantivo. Na maioria das vezes, podem ser substituídas por um substantivo, sem que isso interfira no sentido da mensagem. Nesse sentido, irão desempenhar, em relação à oração principal, as mesmas funções sintáticas do substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo e aposto).

As orações subordinadas substantivas, geralmente, são introduzidas pelas conjunções integrantes que e se. Para identificar o que e o se conjunção integrante, substitui-se toda a oração por eles introduzida pela palavra

isto.

Veja o exemplo abaixo.

É indispensável que se invista mais em saúde.

É indispensável isto.

É indispensável mais investimentos em saúde.

Classificação das orações subordinadas substantivas

ORAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLO Subjetiva sujeito É necessário que se invista mais em

educação.

Objetiva direta objeto direto Desejamos que invistam mais em educação.

Objetiva indireta objeto indireto Necessitamos de que invistam mais em educação.

Completiva nominal complemento nominal Temos necessidade de que invistam mais em educação.

Predicativa predicativo Bom seria se investissem mais em educação.

Apositiva aposto Só queremos uma coisa: que invistam mais em educação.

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OBSERVAÇÕES: a) As orações subordinadas substantivas subjetivas também podem vir introduzidas por pronomes ou advérbios

interrogativos. Veja os exemplos: Perguntei quem havia chegado. Quero saber qual de vocês me caluniou. Perguntei-lhe onde estava. Não sei quando o pessoal chegou.

b) Não se separam as orações subordinadas substantivas por vírgula, com exceção das apositivas.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

São as orações subordinadas que equivalem a um adjetivo. Ex:

O jornal, que ainda ninguém leu, está ali.

O jornal que você trouxe é velho.

Ambas as orações modificam um termo de natureza substantiva (o jornal); trata-se, portanto, de orações adjetivas, cuja função é de adjunto adnominal do termo que elas modificam. As orações subordinadas adjetivas são introduzidas pelos pronomes relativos. Essas palavras desempenharão a função de pronomes relativos sempre que puderem ser substituídas por o qual, a qual, os quais, as quais. Ex. A ponte que será construída custará milhões de reais. ( a qual será construída) A mulher a quem me refiro cursou Direito. (a qual me refiro) O escritório onde ela trabalha fica no centro. ( no qual ela trabalha)

Classificação das orações subordinadas adjetivas

TIPO CARACTERÍSTICA EXEMPLO

Explicativas Modificam um termo de sentido amplo, genérico, enfatizando a sua maior característica, ou uma de suas características. *As orações explicativas

vêm sempre entre vírgulas.

Brasília, que é a capital do Brasil, foi fundada em 1960. Os homens, que são mortais, precisam cuidar da saúde. Os bebês, que são criaturas indefesas, precisam de cuidados redobrados.

Restritivas Apenas restringem o sentido de um termo que elas modificam. São mais comuns e em maior número que as explicativas.

*Essas orações nunca vêm

entre vírgulas.

Os homens que são solteiros têm menos preocupações. Choupana onde se ri vale mais que palácio onde se chora. Há dentro de todo homem uma tragédia que ele ignora e uma comédia que ele vive.

PRONOMES RELATIVOS

que, quem, qual, cujo, onde, como,

quando, quanto

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ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

São as que funcionam como adjunto adverbial da oração principal, sendo introduzidas por conjunção subordinativa (exceto a integrante, que inicia a oração substantiva).

Classificação das orações subordinadas adverbiais TIPO CONJUNÇÃO EXEMPLO

CAUSAIS (causa/motivo)

pois, porque, já que, visto que, uma vez que, porquanto, como, se = já que

Estava feliz, porque foi nomeado. Como trabalhava muito, não tinha tempo de estudar.

CONSECUTIVAS (resultado/ consequência)

tão, tal, tamanho, tanto...que, de modo que, de maneira que

Ela tanto insistiu, que acabei cedendo. Era tão gordo, que não passava na roleta.

COMPARATIVAS (comparação)

mais/menos...(do) que, como, tão/tal...quanto

Ela trabalha mais que a irmã. O filho nasceu tal qual o pai.

CONCESSIVAS (concessão)

embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, conquanto, apesar de que, que

Embora esteja chovendo, correrei no parque. Pouco que fosse o dinheiro, fazia-me muita falta.

CONFORMATIVAS (conformidade)

conforme, segundo, consoante, como, de acordo com

Que seja tudo como Deus quiser. Realizei o trabalho conforme me foi solicitado.

CONDICIONAIS (condição)

se, caso, contanto que, salvo se, exceto se, desde que, a menos que, a não ser que, sem que

Caso não chova, iremos à praia. Não poderás fazer a inscrição, sem que apresentes este documento.

TEMPORAIS (tempo)

quando, enquanto, logo que, depois que, mal, antes que, apenas, sempre que, até que

Quando cheguei, ela já estava dormindo. Mal cheguei em casa, começou a chover.

FINAIS (finalidade)

a fim de que, para que, que Estamos economizando, para que possamos viajar. Fiz-lhe sinal que entrasse.

PROPORCIONAIS (proporção)

à medida que, à proporção que, quanto mais...quanto menos

À medida que o dia do concurso se aproxima, os alunos vão ficando mais calmos.

ORAÇÕES SUBORDINADAS REDUZIDAS São as orações que têm o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio.

Classificação das orações reduzidas

TIPO CARACTERÍSTICA EXEMPLOS

Reduzidas de infinitivo

Serão sempre adverbiais e substantivas; raramente adjetivas.

Caranguejo, por ser camarada, ficou sem pescoço. (adv. Causal) A prevalecer essa política, estaremos arruinados. (adv. Condicional) Nada me deram de comer. (adv. Final) É preciso trabalhar muito. (subst. subjetiva)

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Reduzidas de gerúndio

Serão quase sempre adverbiais; raramente adjetivas ou substantivas.

Temendo a reação do pai, não contou a verdade. (adv. Causal) Sendo ateus, rezaram. (adv. Concessiva) Nesta generosa terra, em se plantando, tudo dá. (adv. Condicional) Encontrei um homem cavando a terra. (adjetiva) Uma das melhores maneiras de conhece-las é esta: convivendo com ela. (subst. Apositiva)

Reduzidas de particípio

Serão sempre adverbiais ou adjetivas; nunca substantivas.

Preocupado com a chuva, o homem se esqueceu do pacote. (adv. Causal) Tomada a Inglaterra, estaria ganha a guerra. (adv. condicional ou temporal) Chipre, tornada independente em 1960, pertencia à Inglaterra. (adjetiva)

EXERCÍCIOS DE AULA

1) Classifique as orações destacadas dos seguintes períodos: a) O médico examinou o doente, porém não atinou com a moléstia.

___________________________________________________________________

b) Assim que recebeu a notícia, viajou a Brasília. ___________________________________________________________________

c) Tocava piano sofrivelmente, mas sempre o aplaudiram. ___________________________________________________________________

d) Obteve o prêmio sem que o merecesse. __________________________________________________________________

e) Trabalhava além do horário normal, para que pudesse passar as férias com a família. __________________________________________________________________

f) O susto foi tão grande, que perdeu a fala. ___________________________________________________________________

g) Ele não foi nem prometeu que fosse nalgum outro dia. __________________________________________________________________

h) Venha logo, que preciso de você. ___________________________________________________________________

i) Não contamos nada a seus pais; fique, pois, sossegado. ___________________________________________________________________ .

j) Se for necessário, irei, conforme deseja, embora esteja chovendo. __________________________________________________________________

k) Seu irmão é mais estudioso que você. ___________________________________________________________________

l) Caso ele telefone, diga-lhe que o espero no aeroporto. ___________________________________________________________________

m) Perguntei-lhe se iria hoje à cidade. ___________________________________________________________________

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n) Como chegamos tarde, não conseguimos lugar. ___________________________________________________________________

o) Ansiávamos por que você chegasse logo. ___________________________________________________________________

p) Nosso jardim, posto que seja muito bem tratado, não produz rosas. ___________________________________________________________________

q) Soube que não foste tão bem hospedado como esperavas. ___________________________________________________________________

r) Não foi premiado, porquanto a isso não fez jus. ___________________________________________________________________

s) Conquanto lhe admitirem o talento, consideram-no uma pessoa fútil. ___________________________________________________________________

t) Estudou pouco, entretanto seu desempenho foi acima do regular. ___________________________________________________________________

u) Já que principiei a falar, irei até o fim. ___________________________________________________________________

v) Por mais que corresse, não o alcançou. ___________________________________________________________________

w) Verifique se há mais pessoas na sala de espera. __________________________________________________________________

x) Meu pai não se opõe a que você viaje conosco. ___________________________________________________________________

y) Não se deve julgar o homem por uma só ação, senão por muitas. ___________________________________________________________________

z) Uma amizade vale mais que uma conta bancária. ___________________________________________________________________

QUESTÕES DE CONCURSOS

105) Assim que organizar a coleção e melhorar o ambiente, vai abrir o museu da enciclopédia. Em Assim que organizar a coleção e melhorar o ambiente, a expressão destacada estabelece uma relação de: a) Conclusão. b) Conformidade. c) Tempo. d) Concessão. e) Proporcionalidade. 106) A CORRETA transformação da oração reduzida do período Ao terminar cada trabalho, ouvem seu suspiro em

desenvolvida está na alternativa: a) Após terminar cada trabalho, ouvem seu suspiro. b) Quando termina cada trabalho, ouvem seu suspiro. c) Quando terminam cada trabalho, ouvem seu suspiro. d) Terminando cada trabalho, ouvem seu suspiro. e) Como termina cada trabalho, ouvem seu suspiro.

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107) No trecho quanto mais contempla, menos vive; quanto mais aceita reconhecer-se nas imagens dominantes, menos ele compreende a sua própria existência expressa-se uma relação de:

a) Causalidade entre menos vive e mais aceita. b) Oposição entre mais contempla e mais aceita. c) Exclusão entre menos vive e menos contempla. d) Alternância entre mais contempla e mais aceita. e) Proporção entre mais contempla e menos vive. 108) A principal delas é a reconstrução de cinco estações de pesquisa da Antártida, para realizar estudos sobre

mudanças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros. O segmento grifado na frase acima tem sentido a) adversativo. b) de consequência. c) de finalidade. d) de proporção. e) concessivo. 109) Pensador consequente, a Cícero não importavam as questões secundárias; interessavam-lhe os valores

essenciais da cultura humana. O sentido da frase acima permanecerá inalterado caso ela seja introduzida por: a) conquanto fosse. b) muito embora sendo. c) ainda quando fosse. d) por ter sido. e) mesmo que tenha sido.

PONTUAÇÃO

Poesia da vírgula

A vírgula pode ser uma pausa … ou não. Não , espere. Não espere

Ela pode sumir com seu dinheiro 23,4 2,34

Pode ser autoritária . Aceito , obrigado. Aceito obrigado

Pode criar heróis. Isso só , ele resolve. Isso só ele resolve.

E vilões. Esse , juiz , é corrupto Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução. Vamos perder , nada foi resolvido. Vamos perder nada , foi resolvido.

Uma vírgula muda uma opinião . Não queremos saber. Não , queremos saber .

Uma vírgula muda tudo. Não , Não te quero Não , Não , te quero

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Há certos recursos da linguagem - pausa, melodia, entonação e até mesmo, silêncio - que só estão presentes na oralidade. Na linguagem escrita, para substituir tais recursos, usamos os sinais de pontuação.

Estes são também usados para destacar palavras, expressões ou orações e esclarecer o sentido de frases, a fim de dissipar qualquer tipo de ambiguidade.

PONTO

Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de uma frase declarativa de um período simples ou composto.

Desejo-lhe uma feliz viagem.

A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior era conservado com primor.

O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. = rodovia.

O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto final.

PONTO – E - VÍRGULA

Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente uma pausa intermediária entre o ponto e a vírgula.

Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula para:

a) separar orações coordenadas que tenham um certo sentido ou aquelas que já apresentam separação por vírgula:

Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e alegre; agora, mulher madura, tornou-se uma doidivanas.

b) separar vários itens de uma enumeração:

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de ideias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais;

DOIS - PONTOS

Os dois-pontos são empregados para:

a) uma enumeração:

... Rubião recordou a sua entrada no escritório do Camacho, o modo porque falou: e daí tornou atrás, ao próprio ato. ( M. de Assis)

Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o salto que deu, levado de um ímpeto irresistível... (M. de Assis)

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b) uma citação:

Visto que ela nada declarasse, o marido indagou:

- Afinal, o que houve?

c) um esclarecimento:

Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse, mas para magoar Lucila.

Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de exemplos, notas ou observações.

Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. Exemplos: ratificar/retificar, censo/senso, descriminar/discriminar etc.

Nota: A preposição per, considerada arcaica, somente é usada na frase de per si (= cada um por sua vez, isoladamente).

Observação: Na linguagem coloquial, pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advérbios: cedinho, longinho, melhorzinho, pouquinho etc.

NOTA

A invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser seguida de dois-pontos ou de vírgula:

Querida amiga:

Prezados senhores,

PONTO DE INTERROGAÇÃO

O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta não exija resposta: O criado pediu licença para entrar: - O senhor não precisa de mim? - Não obrigado. A que horas janta-se? - Às cinco, se o senhor não der outra ordem. - Bem. - O senhor sai a passeio depois do jantar? De carro ou a cavalo? - Não.

(José de Alencar)

PONTO DE EXCLAMAÇÃO

O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc.

- Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e muito repousante, Jacinto!

- Então janta, homem!

(Eça de Queiroz)

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NOTA

O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas:

Oh!

Valha-me Deus!

O USO DA VÍRGULA

Emprega-se a vírgula (uma breve pausa):

a) para separar os elementos mencionados numa relação:

A nossa empresa está contratando engenheiros, economistas, analistas de sistemas e secretárias.

O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros.

Mesmo que o e venha repetido antes de cada um dos elementos da enumeração, a vírgula deve ser empregada:

Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía as unhas.

b) para isolar o vocativo:

Cristina, desligue já esse telefone!

Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete.

c) para isolar o aposto:

Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou presa no elevador.

Rafael, o gênio da pintura italiana, nasceu em Urbino.

d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou melhor, aliás, além disso etc.):

Gastamos R$ 5.000,00 na reforma do apartamento, isto é, tudo o que tínhamos economizado durante anos.

Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o Canadá.

e) para isolar o adjunto adverbial antecipado:

Lá no sertão, as noites são escuras e perigosas.

Ontem à noite, fomos todos jantar fora.

f) para isolar elementos repetidos:

O palácio, o palácio está destruído.

Estão todos cansados, cansados de dar dó!

g) para isolar, nas datas, o nome do lugar:

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São Paulo, 22 de maio de 1995.

Roma, 13 de dezembro de 1995.

h) para isolar os adjuntos adverbiais:

A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio.

Os candidatos serão atendidos, das sete às onze, pelo próprio gerente.

i) para isolar as orações coordenadas, exceto as introduzidas pela conjunção e:

Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de confiança.

Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir.

Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.

j) para indicar a elipse de um elemento da oração:

Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, estrebuchava como um animal.

Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irmã, que foi um acidente.

k) para separar o paralelismo de provérbios:

Ladrão de tostão, ladrão de milhão.

Ouvir cantar o galo, sem saber onde.

l) após a saudação em correspondência (social e comercial):

Com muito amor,

Respeitosamente,

m) para isolar as orações adjetivas explicativas:

Marina, que é uma criatura maldosa, "puxou o tapete" de Juliana lá no trabalho.

Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi escrito por Graciliano Ramos.

n) para isolar orações intercaladas:

Não lhe posso garantir nada, respondi secamente.

O filme, disse ele, é fantástico.

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EXERCÍCIOS DE AULA

1) Pontue: a) Quando precisar de mim procure-me. b) Para cúmulo do desespero contatou que havia trocado os gabaritos. c) Uma reforma social para ser completa precisa da colaboração de toda a sociedade. d) Jogaram-me outra bolinha de papel e eu furioso levantei-me e olhei para trás. e) Quando a noite caiu saímos todos para aproveitar aquelas horas de sossego. f) Os livros escolares cujo objetivo é ensinar o aluno nem sempre cumprem adequadamente essa função. g) Pretendia além disso conseguir um emprego melhor embora suas habilidades fossem poucas. h) Bonifácio quem diria acabou namorando a menina mais bonita da turma. i) Alguns dias depois apesar de ter garantido que não retornaria apareceu no escritório e voltou a trabalhar. j) Algumas pessoas especialmente as tímidas perdem boas oportunidades na vida. k) Os elogios mais verdadeiros são os que os nossos inimigos nos tributam. l) O professor de português que era exigente não admitia erros de pontuação. m) Pátria não quer dizer apenas a terra em que se nasce mas abrange todo o passado as tradições a história. n) Espera aí menino pois o assunto ainda não acabou. o) Quem tudo quer tudo perde. p) Na festa de formatura quando a animação era geral avisaram que a cerveja havia terminado.

2) Empregue a vírgula quando couber.

a) Os empresários expuseram seus problemas com extrema objetividade. b) Com extrema objetividade os empresários expuseram seus problemas. c) Os empresários com extrema objetividade expuseram seus problemas. d) Os empresários expuseram com extrema objetividade seus problemas. e) Os peritos após exaustivos levantamentos concluíram seus trabalhos. f) Numa situação dessas meus amigos não se admitem meias palavras. g) Naquela ocasião Maria Clara menina discreta e responsável deu mostras de sua excelente formação moral. h) Os deputados segundo consta nos jornais discutirão na próxima semana o problema da poluição atmosférica. i) A diretoria na próxima sexta-feira a partir das dez horas na sala de reuniões do conselho administrativo exporá o

projeto de expansão do quadro social. j) Joaquim Pontes Medeiros presidente do conselho fiscal e Mário Antunes de Carvalho diretor administrativo

acompanhados de vários assessores viajaram a Brasília. k) O Decreto nº 62.115 de 12 de janeiro de 1968 regulamenta o artigo 37 da Lei nº 4.320 de 17 de março de 1964. l) O sufrágio é universal e direto o voto obrigatório e secreto. m) A família base da sociedade tem especial proteção do Estado.

3) Empregue vírgula quando couber:

a) Garantiu-nos quando o visitamos que apesar daquele imprevisto estaria presente à cerimônia. b) Tínhamos absoluta certeza de que em vista do que acontecera ele não voltaria durante os próximos meses a

tomar tais atitudes. c) Nosso representante embora tenha exposto seu programa com muita convicção não obteve o apoio dos

presentes. d) Creio que apesar das deficiências constatadas de mediante um esforço concentrado melhorar meu nível de

linguagem. e) Tu meu amigo se não me engano estás atrasado. f) Como precisava de um pequeno empréstimo procurei Rodrigo meu amigo de infância. g) Poderá inscrever-se todo funcionário que na data da respectiva inclusão esteja em plena efetividade e tenha

nessa ocasião a idade máxima de cinquenta anos. h) Saiba meu amigo que embora estejamos afastados nunca me esquecerei de você i) Ricardo que se mantinha mais sereno conseguiu acalmar os assaltantes que após alguma hesitação resolveram ir

embora. j) Estou convencido de que as repreensões quando justas e oportunas trazem na maioria das vezes excelentes

resultados. k) Os participantes que lograrem aprovação farão jus a um certificado. l) As crianças que são a esperança do Brasil merecem nosso carinho.

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m) A televisão que é o meio de comunicação pais popular do mundo vive da propaganda e para a propaganda. n) O leão que é um animal feroz pode sem maiores problemas ser domesticado mas a previsibilidade de suas

reações sempre será hipotética. o) Ele é teu amigo deves pois respeitá-lo. p) Creio que não há expediente hoje pois o telefone chama mas ninguém atende. q) O gerente exigiu que todos os funcionários comparecessem à sua sala. r) Dividia seu tempo entre Porto Alegre onde trabalhava e Bento Gonçalves onde residia. s) Declaro para os devidos fins que Alberto Oliveira é empregado desta empresa. t) Esperes que quando dispuseres de tempo encares com o máximo de solicitude nossas reivindicações. u) O nosso triunfo depende de que todos cumpram seu dever. v) Comunicamos a V. Sª que nesta data conforme havíamos previsto seu processo foi encaminhado à Secretaria da

Fazenda. w) Posso dizer-lhe que seu trabalho se bem que não esteja perfeito merece elogios pois embora seja de pouca

extensão apresenta em diversos pontos observações que quando bem interpretadas esclarecem aspectos importantes de nossa realidade.

x) O escritor brasileiro Machado de Assis nasceu em 1839. y) O criador de Capitu Machado de Assis morreu em 1909. z) O governo brasileiro chegou à conclusão de que o desenvolvimento econômico pressupõe o desenvolvimento

científico e tecnológico.

QUESTÕES DE CONCURSOS 110) Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período: a) Certamente, os homens caçados pelo czar prefeririam que este, como outros caçadores, tomasse como alvo apenas alguma borboleta, ou uma andorinha, ou mesmo um macaco. b) Macacos, borboletas, e andorinhas, são, para muita gente, interessantes alvos de caça, mas não para o índio jivaro, nem tampouco, para o czar naturalista. c) Tanto Rubem Braga em sua crônica, quanto Drummond, em seu poema motivam uma ampla discussão, acerca do que se pode ou não classificar, como uma ação bárbara. d) Nunca ocorreu, ao Sr. Matter, que, um índio jivaro, tivesse qualquer critério para escolher aquele, de quem reduziria a cabeça. e) A curiosidade do explorador Matter, não deixava de ser mórbida, mas por vezes, somos levados a apreciar a crueldade, sem pensar no que, esta, significa para a vítima. 111) Está inteiramente correta a pontuação da seguinte frase: a) Faça chuva ou, faça um sol escaldante, sempre haverá quem se entregue, com ansiedade à prática de intensos exercícios físicos b) Faça chuva ou faça um sol, escaldante sempre haverá quem se entregue com ansiedade à prática, de intensos exercícios físicos. c) Faça chuva, ou faça um sol escaldante sempre haverá quem se entregue com ansiedade, à prática de intensos exercícios físicos. d) Faça chuva ou faça um sol escaldante, sempre haverá quem se entregue com ansiedade à prática de intensos exercícios físicos. e) Faça chuva, ou faça um sol escaldante, sempre haverá quem se entregue com ansiedade, à prática de intensos exercícios físicos. 112) ( TJUPE) É preciso corrigir falha(s) de pontuação na frase: (A) Há muito tempo existem, em várias culturas, essas divergências quanto ao que seja correto ou incorreto, quando se trata do uso de uma língua. (B) O autor se vale do uso de travessões – terá notado o leitor – para dar ênfase a determinados segmentos de suas frases. (C) Ao pedir “duzentas” gramas de presunto, o autor buscou, segundo ele próprio, fazer-se entender por quem o ouvia: a moça da padaria. (D) Não pratica nenhum crime, aquele que por desconhecer as normas da gramática, acaba por infringi-las. (E) Não obstante seja penoso, há situações em que é obrigatório atentar para as determinações da norma culta, nem sempre indiscutíveis, aliás.

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113) (TJUPE) Está inteiramente correta a pontuação do período: (A) Primeiro, inventamos a literatura e em seguida o cinema, mas nenhum desses meios, teria alcançado influenciar-nos tanto como a TV. (B) O fato de imaginarmos que há uma dimensão além das nossas paredes, é decisivo, para que reconheçamos na TV, o poder de abrir tantas janelas. (C) Por mais confortável que seja, o zapping, constitui na verdade, um meio de tentar suprir com rapidez nossa fome, insaciável de imagens. (D) Queremos por vezes imaginar: que somos policiais ou gângsteres, mas, preferiríamos ser nós mesmos, sentirmo-nos por assim dizer completos. (E) O autor preocupa-se, sobretudo, com a tese de que nossa violência tem origem em nossa divisão interna, responsável maior por nossas rebeldias. 114) (TRF-5ª R) Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período: (A) De acordo com Marilena Chauí – a autora do texto –, é preciso desconfiar das afirmações que, aparentemente óbvias, não resistem a uma análise mais concreta e mais rigorosa. (B) De acordo com Marilena Chauí, a autora do texto: é preciso desconfiar das afirmações que aparentemente óbvias, não resistem a uma análise, mais concreta e mais rigorosa. (C) De acordo com Marilena Chauí, a autora do texto; é preciso: desconfiar das afirmações que, aparentemente óbvias não resistem, a uma análise mais concreta, e mais rigorosa. (D) De acordo com Marilena Chauí, a autora do texto, é preciso desconfiar, das afirmações, que aparentemente óbvias não resistem a uma análise, mais concreta e mais rigorosa. (E) De acordo com Marilena Chauí, – a autora do texto - é preciso desconfiar das afirmações, que, aparentemente óbvias não resistem a uma análise mais concreta e, mais rigorosa. 115) (TRF-1ª R) Está inteiramente adequada a pontuação da seguinte frase: (A) Tive, sim um ataque de pudor, quando olhando-me com a gravata, tomei consciência de que pretendia ficar elegante com um pano colorido que mecanicamente, amarrara ao pescoço. (B) Tive sim um ataque de pudor quando, olhando-me com a gravata tomei consciência, de que pretendia ficar elegante com um pano colorido, que mecanicamente amarrara, ao pescoço. (C) Tive, sim, um ataque de pudor quando olhando-me, com a gravata, tomei consciência, de que pretendia ficar elegante com um pano, colorido, que mecanicamente amarrara ao pescoço. (D) Tive, sim, um ataque de pudor; quando olhando-me com a gravata, tomei consciência de que pretendia ficar elegante: com um pano colorido que, mecanicamente, amarrara ao pescoço. (E) Tive, sim, um ataque de pudor quando, olhando-me com a gravata, tomei consciência de que pretendia ficar elegante com um pano colorido que, mecanicamente, amarrara ao pescoço. 116) (FCC – TRT 20ªR) A mortalidade infantil caiu 38%: de 48 por mil nascimentos para 29,6. O emprego dos dois pontos assinala (A) uma restrição à afirmação do período anterior. (B) a ligação entre palavras que formam uma cadeia na frase. (C) a inclusão de um segmento explicativo. (D) a citação literal do que consta no relatório do IBGE. (E) a brusca interrupção da sequência de ideias. 117) (TRT 20ªR) A frase corretamente pontuada é: (A) A expressão justiça do trabalho – apareceu, pela primeira vez em lei na Constituição de 1934 com a finalidade, de dirimir questões entre empregadores e empregados regidas pela legislação social dispositivo que se manteve na Constituição de 1937. (B) A expressão justiça do trabalho apareceu pela primeira vez em lei na "Constituição de 1934" com a finalidade de dirimir, questões entre empregadores e empregados regidas pela legislação social dispositivo, que se manteve na "Constituição de 1937". (C) A expressão – justiça do trabalho – apareceu pela primeira vez em lei na Constituição de 1934, com a finalidade de "dirimir questões entre empregadores e empregados regidas pela legislação social", dispositivo que se manteve na Constituição de 1937. (D) A expressão "justiça do trabalho", apareceu pela primeira vez em lei na Constituição de 1934 com a finalidade – de dirimir questões, entre empregadores e empregados regidas pela legislação social, dispositivo que se manteve na Constituição de 1937. (E) A expressão justiça do trabalho apareceu pela primeira vez em lei – na Constituição de 1934 – com a finalidade de dirimir questões entre empregadores e empregados regidas, pela legislação social, dispositivo que se manteve na Constituição, de 1937.

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118) (TRT-24ªR) Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte período: (A) Consta que o nheengatu, uma mistura de termos indígenas com o português tem suas raízes no período colonial brasileiro, chegando a ser proibido por D. João IV em seu intuito de oficializar o português. (B) A indignação de Bosco Martins é das mais justas pois, tendo os índios sido vítimas de tantos crimes, a possível proibição ao “Nheengatu” parece soar como: mais uma violência injustificável. (C) O fato de que cerca de 370 mil pessoas utilizam o nheengatu, mereceria, por si só, uma atenção especial não só das zelosas autoridades federais como de todos aqueles que têm visto na cultura popular, uma forma de resistência. (D) Dado que a lei de 1963 não podia prever o advento da Internet, parece anacrônico hoje em dia estabelecer o confinamento, à frequência de, ondas curtas, dos programas de rádio transmitidos em língua estrangeira. (E) A repórter, precavidamente, valeu-se do dicionário Aurélio, mas certamente obteria melhores e mais precisas informações acerca do nheengatu se, em vez de um dicionário, recorresse a um especialista em línguas indígenas. 119) (TCE 2005). Considere as alterações no emprego dos sinais de pontuação nas frases abaixo: I A meta, inicialmente de 3% do PIB, está fixada hoje em 4,25%. A meta, inicialmente de 3% do PIB, está fixada, hoje, em 4,25%. II Neste ano, todavia, o aperto fiscal foi forte o suficiente para que se cumprisse o objetivo estabelecido, com três meses de antecedência. Neste ano, todavia, o aperto fiscal foi forte o suficiente para que se cumprisse o objetivo estabelecido com três meses de antecedência. III O resultado, ainda assim, ficou aquém do total de gastos públicos com encargos da dívida, que já atingiu R$ 120,2 bilhões.

O resultado, ainda assim, ficou aquém do total de gastos públicos com encargos da dívida que já atingiu R$ 120,2 bilhões. Com as alterações, houve também alteração de sentido SOMENTE em (A) I. (B) III. (C) l e II. (D) l e lIl. (E) Il e lIl. 120) (TRF 1R 2006) Considere as seguintes frases: I. O editorial calou fundo nos pesquisadores latino-americanos, que a ele reagiram com firmeza. II. O povo cubano deve decidir, por si mesmo, se precisa ou não de ajuda externa. III. Ofertas de auxílio podem ser constrangedoras, quando não solicitadas. A eliminação da(s) vírgula(s) altera o sentido SOMENTE do que está em (A) I . (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 121) (FCC – TRT 11 R 2005) Considere as seguintes frases: I. Tenho sempre saudades dos tios, que tanto fizeram por mim. II. Ela me passou as informações, necessárias para a inscrição no concurso. III. Durante o dia todo, ela ficou se lastimando por não haver cumprido a promessa. A supressão de vírgula(s) altera o sentido do que está em apenas, (A) I, II e III. (B) I e II, somente. (C) I e III, somente. (D) II e III, somente. (E) II, somente. 122) (IBGE) Assinale a opção que apresenta erro de pontuação: a) Sem reforma, social, as desigualdades entre as cidades brasileiras, crescerão sempre... b) No Brasil, a diferença social é motivo de constante preocupação. c) O candidato que chegou atrasado fez um ótimo teste no IBGE. d) Tenho esperanças, pois a situação econômica não demora a mudar. e) Ainda não houve tempo, mas, em breve, as providências serão tomadas.

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DISCURSO DIRETO E INDIRETO

Trata-se de duas formas distintas de, em um texto escrito, reproduzir a fala de alguém. No discurso direto, reproduz-se literalmente a fala da personagem. É como se abríssemos um espaço no texto para que ela pudesse falar diretamente. Já, no discurso indireto, a declaração da personagem é informada por meio de um narrador. Nos concursos públicos, as bancas costumam cobrar a transposição de um discurso para outro, por isso é necessário sabermos quais modificações ocorrem nessa passagem. Vamos a elas!

DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO

Pontuação (: - “ ,) João disse: “Estou estudando muito.”

Conjunções integrantes (que/se) João disse que estava estudando muito.

Pronomes (1ª pessoa) Meu carro foi roubado aqui, afirmou Luís.

Pronomes (3ª pessoa) Luís afirmou que o carro dele fora roubado lá.

Aqui, cá Ali, lá

Presente do Indicativo Estudo sempre nesta sala, disse Ana.

Pretérito Imperfeito do Indicativo Ana disse que estudava sempre naquela sala.

Este, esta, isto Aquele, aquela, aquilo

Pretérito Perfeito do Indicativo O aluno afirmou: “Concluí o trabalho ontem.”

Pretérito-Mais-que-Perfeito do Indicativo Tempo Composto

O aluno afirmou que concluíra (tinha/havia concluído) o trabalho no dia anterior.

Ontem No dia anterior

Futuro do Presente do Indicativo Viajarei amanhã, garantiu a mulher.

Futuro do Pretérito do Indicativo A mulher garantiu que viajaria no dia seguinte.

Amanhã No dia seguinte

Presente do Subjuntivo Futuro do Subjuntivo

Modo Imperativo Façam os exercícios, recomendou o professor.

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo O professor recomendou que fizéssemos os exercícios.

OBSERVAÇÕES:

1ª) Se o verbo que está fora da fala da personagem estiver no presente, os pronomes demonstrativos continuam os mesmos. Exemplo:

- Tenho muito trabalho este ano, disse. Disse que tinha muito trabalho naquele ano.

- Tenho muito trabalho este ano, diz ele. Diz que tem muito trabalho este ano.

2ª) É mantido o presente no discurso indireto, se a ação declarada na fala perdura perdura ainda no momento em que se fala ou quando se expressa um juízo, uma opinião pessoal ou um provérbio. Exemplo:

- A união faz a força, disse o líder. O líder disse que a união faz a força.

- A noite é boa conselheira, diz a sabedoria popular.

A sabedoria popular diz que a noite é boa conselheira.

3ª) Quando uma interrogação direta, com verbo no presente do indicativo, , implica dúvida quanto a uma resposta afirmativa, no discurso indireto se usa o futuro do pretérito ou pretérito imperfeito do indicativo. Exemplo:

O rapaz perguntou: “De que me vale este testemunho?”

O rapaz perguntou de que lhe valeria (ou valia) aquele testemunho.

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QUESTÕES DE CONCURSOS Dos anais da república: - O senhor não tem medo de nada, presidente? -Nada. -Nem de barata? Pausa de segundos. Digo a verdade, ou minto para parecer mais humano?(...) Não. Melhor ser curto e sincero. - Nem de barata. 123. Assinale a alternativa que melhor reproduz a primeira fala do diálogo. (A) Alguém perguntou se o presidente não tinha medo de barata. (B) Alguém perguntou se o senhor não tinha medo de nada, presidente. (C) Perguntaram ao presidente se o senhor não tinha medo de barata. (D) Perguntaram a alguém se o senhor, presidente, não tinha medo de nada. (E) Alguém perguntou ao presidente se ele não tinha medo de nada. 124. Considere o seguinte segmento adaptado do texto: É como se Abdul dissesse: “Não sou todo daqui e minha tribo não resume inteiramente minha humanidade.” Qual das alternativas abaixo apresenta uma reformulação correta e equivalente, em termos de significado, do trecho acima?

(A) É como se Abdul dissesse que não era todo dali e que sua tribo não resumia inteiramente sua humanidade. (B) É como se Abdul dissesse que não seria todo daqui e que sua tribo não resumiria inteiramente sua humanidade. (C) É como se Abdul dissesse que não sou todo dali e minha tribo não resume inteiramente minha humanidade. (D) É como se Abdul dissesse que não fora todo daí e que sua tribo não resume inteiramente minha humanidade. (E) É como se Abdul dissesse que não é todo dali e que sua tribo não resumia inteiramente sua humanidade.

125. Observe os trechos de frases do texto, abaixo transcritos, e as propostas de sua transformação em discurso indireto. I – Alguns de meus colegas (...) submetiam-me a fortes pressões de legitimação. Tio Held confessou que alguns de seus colegas o submetiam a fortes pressões de legitimação. II – Há pouco tempo ouvi com bastante comoção estes versos de Gottfried Benn. Tio Held lembrou que havia pouco tempo ouviu com grande comoção estes versos de Gottfried Benn. III – (...) Também aprendi como é possível ser feliz. Tio Held revelou que também havia aprendido como era possível ser feliz. Quais propostas de transformação em discurso indireto estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e II. (D) Apenas II e II. (E) I, II e III.

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SEMÂNTICA

Me absolva para me absorver Não queira emigrar-se de mim Para que eu possa imigrar em ti Flagrante é o meu delito Quando a sinto fragrante Meu amor emerge quando te ouço Imerge se te vejo partir Tente recriar minha ilusão Tentarei recrear teu prazer Isso pode não surtir efeitos Se eu estiver sortido de defeitos Quero trafegar em teu corpo E traficar teu sentimento Não me descrimine pois sou culpado E pela culpa podes me discriminar Sou incipiente na arte de amar Insipiente por te deixar Espia-me de longe Pois estou a expiar-te Cerrado em teus olhos Não quero estar serrado em teu coração E assim, Conserto meu defeito Concertando o feito.

Carlos Alberto Soares É a parte da gramática que estuda a relação de significado que as palavras estabelecem entre si. Entre as

classificações das palavras quanto ao aspecto semântico, algumas merecem especial atenção:

PARÔNIMOS

Recebem o nome de parônimos duas palavras que sejam muito parecidas, de forma a provocar, frequentemente, alguma confusão quanto ao sentido. É o caso, por exemplo, das palavras RATIFICAR (que significa “confirmar”) e RETIFICAR (que tem o sentido de “corrigir”). Ex: Por concordar com você, ratifico o que você disse. Retifique os erros deste texto.

LISTA DOS PRINCIPAIS PARÔNIMOS

Absolver = inocentar, perdoar Absorver = sugar, aspirar Arrear = pôr arreios em animais Arriar = abaixar, descer Cavaleiro = que cavalga Cavalheiro = homem cortês Comprimento = extensão Cumprimento = saudação; ato de cumprir Delatar = denunciar Dilatar = alongar

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Descrição = ato de descrever Discrição = recato, modéstia Descriminar = inocentar Discriminar = separar, isolar Despensa = depósito de mantimentos Dispensa = ato de dispensar Emigrante = que deixa o seu país Imigrante = que entra em outro país Migrante = que sai de uma região para outra Eminente: pessoa notável, famosa Iminente: fato prestes a ocorrer Fluir = escorrer Fruir = desfrutar Estada = permanência de pessoas Estadia = permanência de veículos Flagrante = evidente Fragrante = perfumado Imergir = mergulhar Emergir = vir à tona Inflação = alta de preços Infração = violação de uma lei Infligir = punir Infringir = violar uma lei Mandado = ordem judicial (ou qualquer outra ordem) Mandato = procuração Ratificar = confirmar Retificar = corrigir Soar = produzir som Suar = eliminar suor Tráfego = trânsito Tráfico = contrabando Vultoso = volumoso Vultuoso = doente de vultuosidade (congestão na face)

HOMÔNIMOS Chamamos de homônimos duas ou mais palavras que têm a mesma escrita (homógrafas) ou a mesma pronúncia (homófonas), mas que têm significados diferentes. Exemplos: • homógrafas: colher (verbo) e colher (substantivo) – têm a mesma escrita. • homófonas: conserto (reparo) e concerto (apresentação musical) – têm a mesma pronúncia.

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LISTA DOS PRINCIPAIS HOMÔNIMOS Acender = pôr fogo Ascender = subir Acento = sinal da escrita Assento = lugar para sentar Apressar = tornar rápido Apreçar = ajustar preço Caçar = perseguir animais, procurar Cassar = anular Cela = pequeno quarto Sela = arreio para animais Censo = estatística, recenseamento Senso = juízo, entendimento Cerrar = fechar Serrar = cortar com serra Chá = bebida Xá = antigo soberano do Irã Cheque = ordem de pagamento Xeque = lance do jogo de xadrez Concerto = harmonia, pacto Conserto = reparo Coser = costurar Cozer = cozinhar Espectador = aquele que assiste Expectador = aquele que está na expectativa Esperto = perspicaz Experto = perito, experiente Espiar = observar Expiar = purificar, cumprir pena Estrato = camada Extrato = o que se extrai Incerto = duvidoso Inserto = inserido Incipiente = principiante , novato Insipiente = ignorante Laço = tipo de nó Lasso = frouxo Passo = passada Paço = palácio Ruço = grisalho, cinzento Russo = natural da Rússia Tachar = denominar Taxar = fixar taxa

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EXERCÍCIOS DE AULA

1) Complete os espaços com uma das opções:

a) Cidadãos _______________ antecederam-me neste cargo. (eminentes – iminentes)

b) Ao fim das investigações, a verdade _____________ e tudo ficou bem esclarecido. (emergiu – imergiu)

c) É inadmissível que se _______________ pessoas por religião, sexo ou cor. (descriminem – discriminem)

d) Se tais leis forem ______________ , as penas terão de ser aplicadas. (infringidas – infligidas)

e) As despesas com a reforma do prédio foram ______________ . (vultuosas – vultosas)

f) O candidato portou-se com _______________ e habilidade. (discrição – descrição)

g) ____________ de que não houvesse dúvidas, o fiscal pediu que todos acompanhassem, o fiscal pediu que todos

acompanhassem atentamente a leitura das instruções. (afim – a fim)

h) Notam-se crises nos diversos ______________ sociais. (estratos – extratos)

i) Olhava, _____________ , os destroços espalhados pelo chão. (extática – estática)

j) Sua intenção causou sensível ________ - estar entre os presentes. (mal – mau)

k) Um cliente _______________ o vendedor, ao ser mal atendido. (destratou – distratou)

l) Se você ______________ mal o envelope, a correspondência não chegará ao seu destino. (subscritar – sobrescritar.

m) No recibo, devem-se ______________ todas as despesas que se estão quitando. (descriminar – discriminar)

n) O governo _____________ o cigarro pela maior alíquota. (tachou – taxou)

o) Ele era _______________ de sovina pelos colegas. (tachado – taxado)

p) Os culpados terão de _____________ suas culpas. (espiar – expiar)

q) Há muitas autoridades que são favoráveis à __________________ da maconha. (descriminação – discriminação)

r) ______________ ninguém esperava muito da aula de português, mas depois perceberam que ela até poderia ser algo

agradável. (a princípio – em princípio)

s) É um filme muito bom _______________ não seja porque sugere grandeza humana. (quando – quanto)

t) A ideia __________________ não parece má. (a princípio – em princípio)

u) A mãe __________________ severos castigos ao filho. (infligia – infringia)

v) O poder público brasileiro __________________ ser econômico, é esbanjador. (em vez de – ao invés de)

w) O __________________ de prisão deve conter a assinatura do juiz que o determinou. (mandado – mandato)

x) __________________ de vir ao curso de carro, preferiu vir de ônibus. (ao invés de – em vez de)

y) O ________________ dos representantes classistas, em todas as instâncias, é de três anos. (mandado – mandato)

z) Durante sua _______________ em Porto Alegre, foi alvo de várias homenagens. (estada – estadia)

2) Continue preenchendo os espaços com uma das alternativas entre parênteses:

a) Não se sabe exatamente ____________ ele quer chegar. (aonde – onde)

b) O Ministro da Agricultura prometeu _________________ a importação do leite em pó europeu. (tachar – taxar)

c) Nesse caso, o partido estaria ________________ a lei eleitoral. (infligindo – infringindo).

d) Se as coisas vêm _______________ nossos desejos, elas nos satisfazem, nos favorecem; se elas vêm _________________

nossas aspirações, elas nos frustram, nos decepcionam. (ao encontro de – de encontro a)

e) Sentindo a ____________________ de uma vertigem, recostou-se a uma das paredes. (eminência – iminência)

f) Encontraram-no numa ilhota, boiando, os braços e as pernas ____________ da água suja. (emergindo – imergindo)

g) Concluído o _________________ de deputado, voltou à sua atividade empresarial. (mandado – mandato)

h) Quando, algum tempo depois, ele voltou, trazia as orelhas vermelhas e o rosto ____________. (vultoso – vultuoso)

i) Para uma permanência de um dia e meio, o hoteleiro cobrou apenas _______________. (estada – estadia)

j) As partes ___________________ - se em desfazer amigavelmente o contrato. (concertaram – consertaram)

k) A viatura sinistrada permaneceu no _______________ uns vinte dias. (concerto – conserto)

l) Os deputados oposicionistas __________________o governo de incompetente. (tacharam – taxaram)

m) A presença da polícia era a prova evidente de que Marcos o ________________. (delatara – dilatara)

n) Analisar é _______________ o todo em partes. (dessecar – dissecar)

o) Os __________________ aplaudiram de pé os artistas locais. (espectadores – expectadores)

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p) Como estivesse _________________de dinheiro, teve, teve de voltar para casa a pé. (desapercebido – despercebido)

q) Para conseguir a medicação de que tanto necessitava, precisou impetrar um ____________ de segurança. (mandado –

mandato)

r) Por falta de estrutura, o prédio ______________. (arreou – arriou)

s) Por questões de segurança, os réus foram colocados em ___________ individuais. (celas – selas)

t) Se pronunciamento está __________________ em todos os jornais. (incerto – inserto)

u) É lícita a _______________ de atletas profissionais de futebol de um empregador a outro, em caráter temporário ou definitivo.

(cessão – sessão – seção)

v) É ________________ o descaso das autoridades para a conservação do patrimônio público. (flagrante – fragrante)

w) Tenho certeza de que estou com a razão, por isso ________________ meu posicionamento. (ratifico – retifico)

x) O juiz felizmente __________________ o meu pedido. (deferiu – diferiu)

y) É necessário bom ______________ na hora de escolher a carreira profissional. (censo – senso)

z) Ele não tem o mínimo ____________ de humor. (censo – senso)

QUESTÕES DE CONCURSOS

126) Assinale a opção que traz as palavras que completam adequadamente as frases abaixo;

1. Quem possui deficiência auditiva não consegue __________ os sons com nitidez.

2. Hoje são muitos os governos que passaram a combater o ____________ de entorpecentes com rigor.

3. O diretor do presídio ____________ pesado castigo aos prisioneiros revoltosos.

a) Discriminar – tráfico – infligiu

b) Discriminar – tráfico – infringiu

c) Descriminar – tráfego – infringiu

d) Descriminar – tráfego – infligiu

e) Descriminar – tráfico – infringiu

127. (TER – MG) A palavra destacada está empregada inadequadamente em:

a) Os moradores sempre o consideraram, pelas suas atitudes, um homem sério e descente.

b) Sempre foi muito místico, por isso não se cansava de lhe chamar de ascético.

c) Comentava-se que o príncipes poderia ascender ao trono após a maioridade.

d) Na última publicação do jornalista, a seção de esportes estava ótima.

e) Sabe apreciar uma pintura. Não há dúvida de que possui senso artístico.

128. Indique a alternativa que contém a sequência necessária para completar as lacunas abaixo:

“A ______ de uma guerra nuclear provoca uma grande _______ na humanidade e a deixa _______com relação ao

futuro da vida na terra.”

a) espectativa – tensão – exitante;

b) espectativa – tenção – hesitante;

c) expectativa – tensão – hesitante;

d) expectativa – tensão – hezitante;

e) espectativa – tenção – exitante.

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129. Leia as frases abaixo:

1 - Assisti ao ________ do balé Bolshoi;

2 - Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em Marte.

3 - As _________ da câmara são verdadeiros programas de humor.

4 - ___________ dias que não falo com Alfredo.

Escolha a alternativa que oferece a seqüência correta de vocábulos para as lacunas existentes:

a) concerto – há – a – cessões – há;

b) conserto – a – há – sessões – há;

c) concerto – a – há – seções – a;

d) concerto – a – há – sessões – há;

e) conserto – há – a – sessões – a .

130. O ________ (extrato-estrato) da conta bancária é, por si só, insuficiente para cobrir o _________(cheque-

xeque), ainda que haja algum capital (incerto-inserto).

a) extrato – xeque – inserto;

b) estrato – cheque – incerto;

c) extrato – cheque – inserto;

d) estrato – xeque – incerto;

e) extrato – xeque – incerto.

AGRUPAMENTO DE GÊNEROS (adaptado de GARCEZ,2001; MARACUSCHI; DOLZ, NOVERRAZ e SCHNEUWLY, 2004; CORDEIRO, 2004)

Domínios sociais de

comunicação

Aspectos tipológicos

Capacidades de linguagem

dominantes

Gêneros Escritos

Gêneros Orais

Cultura literária ficcional

NARRAR Mímese da ação através de intriga

Conto maravilhoso Fábula Lenda Narrativa de aventura Novela Romance

Conto Maravilhoso Fábula Lenda Narrativa de aventura Anedota

Cultura literária poética

VERSEJAR Uso expressivo da linguagem

Poema Soneto Haikai

Poema declamado Desafio

Documentação e memorização de ações humanas

RELATAR Representação pelo discurso de experiências vividas situadas no tempo

Relato de experiência vivida Relato de viagem Autobiografia Testemunho Curriculum vitae Notícia Reportagem Crônica Esportiva, policial, social Biografia Relato histórico Histórico

Relato de experiência vivida Relato de viagem Autobiografia Testemunho Relato conversacional Notícia Reportagem Crônica esportiva, policial, social Histórico Relato histórico

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Discussão de problemas sociais

ARGUMENTAR Sustentação, refutação e negociação de tomada de posição

Artigo de opinião Ensaio Editorial Carta do leitor Carta de solicitação e Reclamação Resenha de livro, filme disco, peça

Diálogo argumentativo Conversa informal Debate regrado Conselho de classe Sermão

Transmissão e construção de conhecimentos

EXPOR Apresentação de diferentes formas de fatos/saberes

Texto expositivo/ explicativo em manual escolar Tomada de notas

Texto expositivo/ explicativo oral Conferência/ palestra Questionário Prova oral

Caracterização de seres, objetos, fatos

DESCREVER Caracterização de seres, objetos, ações fatos, lugares

Anúncio técnico Texto técnico Planta de imóvel

Apresentação de produto Apresentação turística

Orientação/ normatização de ações

DIRIGIR AÇÕES Regulação mútua de comportamentos

Receita Instruções de montagem Instruções de prova/tarefa Convite Regulamento

Instrução de uso/ procedimento Regras de jogo/concurso Orientação de atividades

COESÃO E COERÊNCIA Coesão relaciona-se com o microtexto, ou seja, com as palavras que estabelecem as ligações das ideias. É

importante para estabelecer a coerência do texto.

Coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois essas devem se complementar; é o resultado da não

contradição entre as partes do texto. Inclui fatores como o conhecimento que o produtor e o receptor têm do assunto

abordado no texto, conhecimento de mundo, o conhecimento que esses têm da língua que usam e intertextualidade. Por

isso, refere-se ao nível semântico e cognitivo, isto é, as informações de um texto possuem um fundo de verdade em relação

ao próprio texto e em relação ao mundo real.

COESÃO REFERENCIAL

Ocorre quando determinado elemento textual se remete a outro, substituindo-o. A referência, inicialmente, pode

ser em relação a um dado externo ou interno do texto.

Coesão por referência exofórica Refere-se a um elemento fora do texto.

Coesão por referência endofórica Refere-se a um elemento dentro do texto.

Exemplo de coesão por referência exofórica:

“A gente era pequena naquele tempo. E aquele era um tempo em que ainda se apregoava nas ruas. Não em todas

as ruas, mas naquela onde vivíamos. Naquela rua, que tinha por nome a data de um santo, o tempo passava mais

lentamente do que no resto da cidade de Porto Alegre.”

(trecho inicial de uma crônica de Letícia Wierzchowski)

A coesão por referência endofórica ocorre por intermédio de pronomes (pessoais, possessivos, demonstrativos,

indefinidos, interrogativos e relativos), numerais (ambos, primeiro, segundo) advérbios pronominais (lá, aí, aqui, onde, ali),

elipse (omissão de um termo facilmente perceptível), sinonímia (substituição lexical) e metonímia (parte pelo todo).

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COESÃO SEQUENCIAL

É obtida por meio dos elementos de ligação que proporcionam as relações necessárias à integração harmoniosa de

orações e parágrafos em torno de um mesmo assunto. Elementos de coesão mais utilizados:

LISTA DE ELEMENTOS DE COESÃO

PRIORIDADE , RELEVÂNCIA

em primeiro lugar, antes de mais nada, primeiramente, acima de tudo, precipuamente, principalmente,

primordialmente, sobretudo, haja vista, importante ressaltar que.

CITAÇÃO DE AUTORES

Conforme elucida o autor, conforme magistra o autor, com o brilhantismo habitual, como o brilhantismo habitual de (autor),

SEMELHANÇA, COMPARAÇÃO

igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, similarmente, semelhantemente, analogamente, por analogia, de maneira idêntica, de conformidade com,de acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual, tanto quanto, como, assim como, bem como, como se.

CONDIÇÃO, HIPÓTESE

se, caso, eventualmente.

ADIÇÃO , CONTINUAÇÃO

além disso, (a) demais, outrossim, ainda mais, ainda por cima, por outro lado, também e as conjunções aditivas ( e, nem, não só… mas também etc.)

TEMPO

então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, pouco antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente, agora, atualmente, hoje, frequentemente, constantemente, às vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim, nesse meio tempo, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas.

DÚVIDA

talvez, provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo, se é que.

CERTEZA, ÊNFASE

de certo, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda

certeza.

SURPRESA, IMPREVISTO

inesperadamente, inopinadamente, de súbito, imprevistamente, surpreendentemente.

ILUSTRAÇÃO, ESCLARECIMENTO

por exemplo, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber.

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PROPÓSITO, FINALIDADE

com o fim de, a fim de, com o propósito de.

RESUMO, CONCLUSÃO

em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira.

CAUSA E CONSEQUÊNCIA

por consequência, por conseguinte, como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com efeito, porque, porquanto, pois, que, já que, uma vez que, visto que, como (= porque), portanto, por conseguinte, logo, pois ( posposto ao verbo), que (= porque).

CONTRASTE, OPOSIÇÃO, RESTRIÇÃO, RESSALVA

pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia, entretanto, embora, apesar de, ainda que, mesmo que, posto que, conquanto, se bem que, por mais que, por menos que.

PARÁFRASE

A paráfrase é um texto que procura tornar mais claro e objetivo aquilo que se disse em outro texto. Portanto, é sempre a reescritura de um texto já existente, uma espécie de tradução dentro da própria língua.

O autor da paráfrase deve demonstrar que entendeu claramente a ideia do texto. Além disso, são exigências de uma boa paráfrase:

a) Utilizar a mesma ordem de ideias que aparece no texto original. b) Não omitir nenhuma informação essencial. c) Não fazer qualquer comentário acerca do que se diz no texto original. d) Utilizar construções que não sejam uma simples repetição daquelas que estão no original e, sempre que

possível, um vocabulário também diferente.

TEXTO

“A mente de Deus é como a Internet: ela pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo.” (Américo Barbosa, na Folha de São Paulo) Reescrevendo: a) No mundo todo, qualquer um pode acessar a mente de Deus e a internet. (PARÁFRASE) b) Tanto a internet quanto a mente de Deus podem ser acessadas, no mundo todo, por qualquer um. (PARÁFRASE) c) A mente de Deus pode acessar, como qualquer um, no mundo todo, a internet. (NÃO É PARÁFRASE)

PERÍFRASE Trata-se de uma expressão que designa um ser através de algumas características ou atributos, ou de um fato que o celebrizou. Exemplo: A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo. Observação: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de antonomásia. Exemplos: Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida praticando o bem. O Poeta dos escravos (= Castro Alves) morreu muito jovem. O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções.

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PARÓDIA A paródia tem como elemento principal, na maioria das vezes, a comédia, ou seja, a partir da estrutura de um poema, música, filme, obras de arte ou qualquer gênero que tenha um enredo que possa ser modificado. Mantém-se o esqueleto, isto é, características que remetam à produção original, como por exemplo o ritmo – no caso de canções – mas modifica-se o sentido. Com cunho, em muitos casos, cômico, provocativo e/ou retratação de algum tema que esteja em alta no contexto abordado (Brasil, mundo política, esporte, entre outros). O novo contexto empregado à estrutura do que já existia passa por um processo de intertextualização para o leitor, ouvinte, espectador. Para compreender a intenção da paródia, às vezes, é necessário um pré-conhecimento do objeto inicial, por isso, em geral, opta-se por parodiar obras que sejam conhecidas pelo público a ser atingido. Exemplos de paródia: CANÇÃO DO EXÍLIO de Gonçalves Dias Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá; As aves que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar - sozinho, à noite - Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras Onde canta o Sabiá.~ CANTO DE REGRESSO À PÁTRIA de Oswald de Andrade Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá

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Minha terra tem mais rosas E quase que mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra Ouro terra amor e rosas Eu quero tudo de lá Não permita Deus que eu morra Sem que eu volte para lá Não permita Deus que eu morra Sem que eu volte para São Paulo Sem que veja a Rua 15 E o progresso de São Paulo CANÇÃO DO EXÍLIO de Murilo Mendes Minha terra tem macieiras da Califórnia onde cantam gaturanos de Veneza. Os poetas da minha terra são pretos que vivem em torres de ametista, os sargentos do exército são monistas, cubistas, os filósofos são polacos vendendo a prestações. A gente não pode dormir com os oradores e os pernilongos. Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda Eu morro sufocado em terra estrangeira. Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil réis a dúzia. Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade e ouvir um sabiá com certidão de idade! MENDES, Murilo. Poemas. In: -. Poesias (1925- -1955). Rio de Janeiro. J. Olympio. 1959.p.5. UMA CANÇÃO de Mário Quintana Minha terra não tem palmeiras... E em vez de um mero sabiá, Cantam aves invisíveis Nas palmeiras que não há. Minha terra tem relógios, Cada qual com a sua hora Nos mais diversos instantes... Mas onde o instante de agora? Mas onde a palavra "onde"? Terra ingrata, ingrato filho, Sob os céus da minha terra Eu canto a Canção do Exílio!

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TIPOS DE INCOERÊNCIA

Semântica

O significado das palavras não se completam.

“A televisão transmite lazer.” O verbo transmitir significa “fazer passar de um lugar para outro; comunicar.” Nesse sentido, o lazer não é algo que venha de um ponto para outro, mas algo que é “proporcionado”.

Sintática

Não são utilizados corretamente os meios sintáticos para expressar a coerência semântica, ou seja, empregam-se conetivos, pronomes etc, inadequadamente.

Pessoas ricas procuram o ensino particular. Onde os métodos, equipamentos e professores são melhores.

Incoerência Estilística

Ocorre quando se misturam recursos linguísticos.

Observe a mudança “de tom” no discurso que se segue: ”Venho diante de Vossa Magnificência manifestar meu repúdio ao fato de uma instituição pública querer subtrair da população um espaço de lazer. Francamente, achei a maior sujeira, sacanagem, nada a ver.”

Pragmática O sentido de uma sequência de atos da fala é quebrado.

O céu está maravilhoso com as nuvens escuras de chuva.

QUESTÕES DE CONCURSOS

131. (FCC – TRT – 2013) A frase redigida com correção e clareza é: A) Até mesmo o governo dos Estados Unidos, que pensamos estarem muitas vezes alheios as coisas que

se passam no Brasil, lamentaram a morte de Oscar Niemeyer, cuja nota dizia que ele inspirará gerações.

B) Quando se começar à refletir no fato de que tão grande número de templos religiosos, tenham sido realmente construídos ou não, foram projetados por um arquiteto que abertamente se declarou ateu.

C) Grandes arquitetos do mundo todo manifestaram sua admiração pela genialidade de Oscar Niemeyer, onde muitos chegaram mesmo a declarar a inspiração de suas obras em seu trabalho.

D) A longevidade de Oscar Niemeyer permitiu à todos os que eventualmente criticavam as suas obras, que as revalorizasse enquanto ele ainda vivia e não depois da sua morte.

E) Talvez ninguém tenha feito mais pela divulgação do país no exterior do que Oscar Niemeyer, cujos projetos inconfundíveis, espalhados pelo mundo, nunca deixarão de aludir à paisagem brasileira.

132. (FCC – TRT - 2013) Mantendo-se o sentido e a correção, a frase Confiar, desconfiando ganha desenvolvimento e explicitação em:

A) Quem confia acaba por estar desconfiando. B) Somente quem desconfia é capaz de confiar. C) A desconfiança, embora incompatível, faz confiar. D) Não dispense a desconfiança quem se ponha a confiar. E) Ainda quando se desconfie, mais vale a pena confiar.

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133. (FCC – TRT – 2013) É preciso corrigir a má estruturação da seguinte frase: A) Ao contrário da maioria, onde se prefere desconfiar do que confiar, o autor do texto preferiu ficar com

esta, expondo seus argumentos. B) Desconfiar é para muitos preferível do que confiar, pois lhes parecem que a confiança requer

ingenuidade, em vez de necessária cautela. C) A desconfiança é normalmente valorizada, se associada à prudência, , mas há quem veja nela um

entrave para a criação mais ousada D) Quem deseja tomar iniciativa e efetuar criações, não pode prender-se a desconfiança, em cuja reverte

em paralisia o que deveria ser ação. E) Ser ousado para criar com liberdade requer de que a desconfiança não venha bloquear nosso caminho,

ou mesmo chegar a paralisá-lo.

134. (FCC – TRT/2012) Ela ignora o sorriso, salvo aquele que é excitado pela visão da dor alheia. Mantendo-se a correção, a lógica e o sentido original, o elemento grifado acima pode ser substituído por: A) Embora B) Afora C) Através D) De encontro E) Sobre

DICAS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas três vezes; 04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão; 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente; 09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu; 11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa; 12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva; 13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais; 14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto; 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta; 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem; 17. O autor defende ideias e você deve percebê-las; 18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na interpretação do texto. Ex.: Ele morreu de fome. de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização do fato (= morte de "ele"). Ex.: Ele morreu faminto. faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava quando morreu.; 19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as ideias estão coordenadas entre si; 20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado.

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QUESTÕES DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

A indiferença da natureza

Eu me lembro do choque e da irritação que sentia, quando criança, ao assistir a documentários sobre a violência do mundo animal; batalhas mortais entre escorpiões e aranhas, centenas de formigas devorando um lagarto ainda vivo, baleias assassinas atacando focas e pingüins, leões atacando antílopes etc. Para finalizar, apareciam as detestáveis hienas, “rindo” enquanto comiam os restos de algum pobre animal.

Como a Natureza pode ser assim tão cruel e insensível, indiferente a tanta dor e sofrimento? (Vou me abster de falar da dor e do sofrimento que a espécie dominante do planeta, supostamente a de maior sofisticação, cria não só para os animais, mas também para si própria.) Certos exemplos são particularmente horríveis: existe uma espécie de vespa cuja fêmea deposita seus ovos dentro de lagartas. Ela paralisa a lagarta com seu veneno, e, quando os ovos chocam, as larvas podem se alimentar das entranhas da lagarta, que assiste viva ao martírio de ser devorada de dentro para fora, sem poder fazer nada a respeito. A resposta é que a Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de comportamento. Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivo simples: a preservação de uma determinada espécie por meio da sobrevivência e da transmissão de seu material genético para as gerações futuras. Portanto, para entendermos as intenções da vespa ou do leão, temos que deixar de lado qualquer tipo de julgamento sobre a “humanidade” desses atos. Aliás, não é à toa que a palavra humano, quando usada como adjetivo, expressa o que chamaríamos de comportamento decente. Parece que isentamos o resto do mundo animal desse tipo de comportamento, embora não faltem exemplos que mostram o quanto é fácil nos juntarmos ao resto dos animais em nossas ações “desumanas”. A idéia de compaixão é puramente humana. Predadores não sentem a menor culpa quando matam as suas presas, pois sua sobrevivência e a da sua espécie dependem dessa atividade. E dentro da mesma espécie? Para propagar seu DNA, machos podem batalhar até a morte por uma fêmea ou pela liderança do grupo. Mas aqui poderíamos também estar falando da espécie humana, não? (Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos. S.Paulo: Companhia das Letras, 1999, pp. 75-77)

135. TRE-RN – Julho/2005

Conforme demonstram as afirmações entre parênteses, o autor confere em seu texto estas duas acepções distintas ao termo indiferença, relacionado à Natureza:

(A) crueldade (indiferente a tanta dor e sofrimento) e generosidade (o que chamaríamos de comportamento decente). (B) hipocrisia (por trás dessa ações assassinas se esconde um motivo simples) e inflexibilidade (predadores não sentem a menor culpa). (C) impiedade (indiferente a tanta dor e sofrimento) e alheamento (não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de comportamento). (D) isenção (isentamos o resto do mundo animal desse tipo de comportamento) e pretexto (para propagar seu DNA). (E) insensibilidade (sua sobrevivência e a da sua espécie dependem dessa atividade) e determinação (indiferente a tanta dor e sofrimento).

136. TRE-RN – Julho/2005

Considere as afirmações abaixo.

I. Os atributos relacionados às hienas, no primeiro parágrafo, traduzem nossa visão “humana” do mundo natural. II. A pergunta que abre o segundo parágrafo é respondida com os exemplos arrolados nesse mesmo parágrafo. III. A frase A idéia de compaixão é puramente humana é utilizada como comprovação da tese de que a natureza é cruel e insensível.

Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em:

(A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) I e III.

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137. TRE-RN – Julho/2005

Considerando-se o contexto em que se emprega, o elemento em destaque na frase

(A) Vou me abster de falar da dor e do sofrimento traduz a indiferença do autor em relação ao fenômeno que está analisando. (B) Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivo simples revela o tom de sarcasmo, perseguido pelo autor. (C) a Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de comportamento expõe os motivos ocultos que regem o mundo animal. (D) Mas aqui poderíamos também estar falando da espécie humana refere-se diretamente ao que se afirmou na frase anterior. (E) Por trás dessas ações assassinas esconde-se um motivo simples anuncia uma exemplificação que em seguida se dará.

138. TRE-RN – Julho/2005

Considerando-se o choque e a irritação que o autor sentia, quando criança, com as cenas de crueldade do mundo animal, percebe-se que, com o tipo de argumentação que desenvolve em seu texto, ele pretende:

(A) justificar sua tolerância, no presente, com a crueldade que efetivamente existe no mundo natural. (B) se valer da ciência adquirida, para fazer compreender como natural a violência que efetivamente ocorre na Natureza. (C) se valer da ciência adquirida, para justificar a crueldade como um recurso necessário à propagação de todas as espécies. (D) justificar suas intolerâncias de menino, reações naturais diante da efetiva crueldade que se propaga pelo mundo animal. (E) se valer da ciência adquirida, para apresentar a hipótese de que os valores morais e éticos contam muito para o funcionamento da Natureza.

139. TRE-RN – Julho/2005

Quanto à concordância verbal, está inteiramente correta a seguinte frase:

(A) De diferentes afirmações do texto podem-se depreender que os atos de grande violência não caracterizam apenas os animais irracionais. (B) O motivo simples de tantos atos supostamente cruéis, que tanto impressionaram o autor quando criança, só anos depois se esclareceram. (C) Ao longo dos tempos tem ocorrido incontáveis situações que demonstram a violência e a crueldade de que os seres humanos se mostram capazes. (D) A todos esses atos supostamente cruéis, cometidos no reino animal, aplicam-se, acima do bem e do mal, a razão da propagação das espécies. (E) Depois de paralisadas as lagartas com o veneno das vespas, advirá das próprias entranhas o martírio das larvas que as devoram inapelavelmente.

140. TRE-RN – Julho/2005

NÃO admite transposição para a voz passiva o seguinte segmento do texto:

(A) centenas de formigas devorando um lagarto. (B) ao assistir a documentários sobre a violência do mundo animal. (C) uma espécie de vespa cuja fêmea deposita seus ovos dentro de lagartas. (D) Predadores não sentem a menor culpa. (E) quando matam as suas presas.

141. TRE-RN – Julho/2005

Está inteiramente adequada a articulação entre os tempos verbais na seguinte frase:

(A) Predadores não sentirão a menor culpa a cada vez que matarem uma presa, pois sabem que sua sobrevivência sempre dependerá dessa atividade. (B) Se predadores hesitassem a cada vez que tiveram de matar uma presa, terão posto em risco sua própria sobrevivência, que depende da caça. (C) Nunca faltarão exemplos que deixassem bem claro o quanto é fácil que nos viessem a associar aos animais, em nossas ações “desumanas”. (D) Por trás dessas ações assassinas sempre houve um motivo simples, que estará em vir a preservar uma determinada espécie quando se for estar transmitindo o material genético. (E) Ao paralisar a lagarta com veneno, a vespa terá depositado seus ovos nela, e as larvas logo se alimentariam das entranhas da lagarta, que nada poderá ter feito para impedi-lo.

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142. TRE-RN – Julho/2005

Temos que deixar de lado qualquer tipo de julgamento sobre a “humanidade” desses atos. O segmento sublinhado no período acima pode ser corretamente substituído, sem prejuízo para o sentido, por:

(A) nos isentarmos a. (B) nos eximir para. (C) nos abster de. (D) subtrair-nos em (E) furtar-nos com.

143. TRE-RN – Julho/2005 Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período:

(A) Paralisada pelo veneno da vespa nada pode fazer, a lagarta, a não ser assistir viva à sua devoração, pelas larvas, que saem dos ovos ali chocados. (B) Nada pode fazer, a lagarta paralisada, pelo veneno da vespa, senão assistir viva, à sua devoração pelas larvas que saem dos ovos, e passam a se alimentar, das entranhas da vítima. (C) A pobre lagarta, paralisada pelo veneno da vespa assiste sem nada poder fazer, à sua devoração pelas larvas, tão logo saiam estas dos ovos, que, a compulsória hospedeira, ajudou a chocar. (D) Compulsória hospedeira, paralisada pelo veneno da vespa, a pobre lagarta assiste à devoração de suas próprias entranhas pelas larvas, sem poder esboçar qualquer tipo de reação. (E) Sem qualquer poder de reação, já que paralisada pelo veneno da vespa a lagarta, compulsoriamente, chocará os ovos, e depois se verá sendo devorada, pelas larvas que abrigou em suas entranhas.

144. TRE-RN – Julho/2005

Atente para as frases abaixo.

I. Quando criança assistia a documentários sobre a vida selvagem. II. Tais documentários me irritavam. III. Nesses documentários exibiam-se cenas de extrema violência.

Essas frases estão articuladas de modo correto e coerente no seguinte período:

(A) Irritavam-me aqueles documentários sobre a vida selvagem que assisti quando criança, nos quais continham cenas que exibiam extrema violência. (B) Naqueles documentários sobre a vida selvagem, a que quando criança assistia, me irritava, conquanto exibissem cenas de extrema violência. (C) Uma vez que exibiam cenas de extrema violência, irritava-me com aqueles documentários sobre a vida selvagem, assistidos quando criança. (D) As cenas de extrema violência me irritavam, quando criança, por assistir tais documentários sobre a vida selvagem, em que eram exibidas. (E) Os documentários sobre a vida selvagem, a que assistia quando era criança, irritavam-me porque neles eram exibidas cenas de extrema violência.

145 . TRE-RN – Julho/2005

Há uma relação de causa (I) e conseqüência (II) entre as ações expressas nas frases destacadas em:

(A) I. Para entendermos as intenções da vespa, II. temos que deixar de lado qualquer tipo de julgamento. (B) I. Para finalizar, II. apareciam as detestáveis hienas. (C) I. Isentamos o resto do mundo animal desse tipo de comportamento, II. embora não faltem exemplos que mostram o quanto é fácil nos juntarmos ao resto dos animais. (D) I. as larvas podem se alimentar das entranhas da lagarta, II. que assiste viva ao martírio de ser devorada de dentro para fora. (E) I. Predadores não sentem a menor culpa, II. quando matam as suas presas.

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146. TRE-RN – Julho/2005

Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em:

(A) O autor se pergunta por que haveriam de ser cruéis os animais que aspiram à propagação da espécie. (B) Quando investigamos o por quê da suposta crueldade animal, parece de que nos esquecemos da nossa efetiva crueldade. (C) À lagarta, de cujo ventre abriga os ovos da vespa, só caberá assistir ao martírio de sua própria devoração. (D) Se a idéia de compaixão é puramente humana, não há porque imputarmos nos animais qualquer traço de crueldade. (E) Os bichos a cujos atribuímos atos cruéis não fazem senão lançar-se na luta pela sobrevivência.

147. TRE-RN – Julho/2005

O emprego das aspas em “rindo” (primeiro parágrafo) deve-se ao fato de que o autor deseja

(A) remeter o leitor ao sentido mais rigoroso que essa palavra tem no dicionário. (B) chamar a atenção para a impropriedade da aplicação desse termo, no contexto dado. (C) dar ênfase, tão-somente, ao uso dessa palavra, como se a estivesse sublinhando ou destacando em negrito. (D) assinalar o emprego despropositado de um termo que a ninguém, habitualmente, ocorreria utilizar. (E) precisar o sentido contrário, a significação oposta à que o termo tem no seu emprego habitual.

148. TRE-RN – Julho/2005

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente a lacuna da frase:

(A) Não se …… (atribuir) às lagartas a crueldade dos humanos, por depositarem os ovos no interior das vespas. (B) O que …… (impelir) os animais a agirem como agem são seus instintos herdados, e não uma intenção cruel. (C) Não se …… (equiparar) às violências dos machos, competindo na vida selvagem, a radicalidade de que é capaz um homem enciumado. (D) …… (caracterizar-se), em algumas espécies animais, uma modalidade de violência que interpretamos como crueldade. (E) …… (ocultar-se) na ação de uma única vespa os ditames de um código genético comum a toda a espécie.

149. TRE-RN – Julho/2005

Considerando-se o contexto, o elemento sublinhado pode ser substituído pelo que está entre parênteses, sem prejuízo para o sentido e a correção da frase, em:

(A) Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivo simples. (Nessas ações assassinas infiltra- se) (B) Apareciam as detestáveis hienas, “rindo” enquanto comiam os restos de algum pobre animal. (à medida em que devoravam os detritos) (C) A idéia de compaixão é puramente humana. (restringe-se à espécie humana) (D) Sua sobrevivência e a da sua espécie dependem dessa atividade. (são permeáveis a tais iniciativas) (E) A Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de comportamento. (dissimula seu interesse por)

Atenção: As questões de números 16 a 26 baseiam-se no texto que segue.

1º. O Brasil foi jogar bola no Haiti e isso não teve nada a ver com preparação para a próxima Copa. Quem estava em campo era a diplomacia. Para comprovar, basta ver a cobertura da televisão: em vez da Fifa, era a ONU que aparecia nas imagens. No lugar do centroavante, era o presidente do país que atraía a atenção dos repórteres. Não foi a primeira nem será a última vez em que futebol e política se misturaram. É por causa dessa proximidade que alguns estudiosos olham para o gramado e enxergam um retrato perfeito da sociedade. A bola está na moda entre os analistas políticos.

2º Se 22 jogadores em campo podem resumir o mundo, surge então a dúvida: por que justamente o futebol, e não o cinema ou a literatura? “A arte sempre será produto da imaginação de uma pessoa. O futebol é parte da comunidade, da economia, da estrutura política. É um microcosmo singular”, diz um jornalista americano. Não apenas singular, mas global. É o esporte mais popular do planeta. Uma fama, aliás, que tem razões pouco esportivas. “O futebol nasceu na Inglaterra numa época em que os ingleses tinham um império e viajavam por muitos países. Ferroviários levaram a bola para a América do Sul, petroleiros para o Oriente Médio”, acrescenta ele.

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3º. Mas é preciso não confundir o papel do esporte. Ele faz entender, mas não muda o mundo. “Não se trata de uma força revolucionária capaz de transformar uma nação. É apenas um enorme espelho que reflete a sociedade em que vivemos”, diz outro especialista.

4º. Em 1990, quando o Brasil, sob a tutela de Sebastião Lazzaroni, foi eliminado da Copa, o presidente era Fernando Collor. Além de contemporâneos, eles foram ícones de uma onda que varreu o país na virada da década: a febre dos importados. Era uma fase em que se idolatrava o que vinha de fora – a solução dos problemas estava no exterior. Motivos existiam: com o mercado fechado aos importados, a indústria estava obsoleta e pouco competitiva. O estilo futebol-arte da seleção, por sua vez, completava 20 anos de frustrações em Copas. Collor e Lazzaroni bancaram o risco. Enquanto o presidente prometia revolucionar a economia com tecnologia estrangeira, o treinador se inspirou numa tática européia, colocou um líbero em campo e a seleção jogou na retranca. O resultado todos conhecem.

(Gwercman, Sérgio. Como o futebol explica o mundo. Superinteressante, São Paulo, num.205, p. 88 e 90, out. 2004. Com adaptações)

150. TRE-RN – Julho/2005

A frase que sintetiza o assunto do texto é: (A) O esporte pode mudar os rumos da diplomacia internacional. (B) A transmissão pela televisão valoriza uma competição esportiva. (C) O futebol pode ser visto como reflexo do mundo e da sociedade. (D) A mistura de futebol e política é vista com desconfiança por analistas. (E) É necessária a influência da tática estrangeira no futebol brasileiro.

151. TRE-RN – Julho/2005

A resposta correta para a questão que aparece no início do 2º parágrafo está na seguinte afirmativa:

(A) A arte, sendo produto da imaginação, é abstrata, enquanto um jogo de futebol é real. (B) O cinema e a literatura podem tomar o futebol como tema para filmes ou para livros. (C) São diferentes os objetivos de um público interessado em futebol e os dos que freqüentam cinemas ou bibliotecas. (D) O futebol pode aceitar interferências de analistas, ao contrário da arte, que é única e pessoal. (E) O futebol, sendo múltiplo, reflete toda a estrutura social, enquanto a arte resulta de uma criação individual.

152. TRE-RN – Julho/2005

O último parágrafo do texto se desenvolve como

(A) censura à utilização, como instrumento político, de um evento esportivo bastante popular em todo o mundo. (B) exemplo que ilustra e comprova a opinião do especialista, que vem reproduzida no parágrafo anterior. (C) manifestação de que o futebol se espalhou por todo o mundo, por ser também uma das formas da arte. (D) prova de que uma partida de futebol é capaz de alterar os rumos da política externa, apesar de opiniões contrárias de especialistas. (E) defesa da avançada visão tática de um treinador da seleção, tentando modernizar o futebol brasileiro.

153. TRE-RN – Julho/2005

Quem estava em campo era a diplomacia. (1º parágrafo) O que justifica a afirmativa acima está:

(A) na maneira como o evento foi transmitido pela televisão, com ênfase na presença de figuras políticas. (B) no fato de o Brasil ter sido compelido a jogar num país tão longínquo e politicamente inexpressivo. (C) na semelhança socioeconômica entre Brasil e Haiti, que buscam o reconhecimento político dos países desenvolvidos. (D) no objetivo de chamar a atenção para a próxima Copa do Mundo, em evento transmitido internacionalmente. (E) na falta de compromisso dos participantes, principalmente jogadores, com a preparação para a próxima Copa.

102

154. TRE-RN – Julho/2005

“Uma fama, aliás, que tem razões pouco esportivas”. (meio do 2º parágrafo)

É correto afirmar, considerando-se o contexto, que a frase transcrita acima

(A) assinala o fato de que trabalhadores de diversas áreas podem tornar-se mundialmente famosos jogadores de futebol. (B) considera que o futebol não é propriamente um esporte, apesar da fama que o acompanha em todo o mundo. (C) confirma a opinião do jornalista americano de que um esporte de origem nobre tem poucas razões para ser famoso. (D) atribui a expansão do futebol no mundo todo muito mais à atividade comercial dos ingleses do que à preocupação com o esporte. (E) critica, de maneira sutil, a preocupação de analistas em valer-se do esporte para tentar mudar a situação política de certos países.

155. TRE-RN – Julho/2005

Não apenas singular, mas global. (meio do 2o parágrafo).

Considere o que diz o Dicionário Houaiss da língua portuguesa a respeito dos vocábulos grifados na frase acima.

singular: 1. único de sua espécie; distinto; ímpar; 3. fora do comum; admirável, notável, excepcional; 4. não usual; inusitado, estranho, diferente; 6. que causa surpresa; surpreendente, espantoso; extravagante, bizarro.

global: 1. relativo ao globo terrestre; mundial; 2. que é tomado ou considerado no todo, por inteiro ; 3. a que nada falta; integral, completo, total.

O sentido mais próximo dessas palavras está representado, respectivamente, em

(A) 1 e 3. (B) 3 e 1. (C) 6 e 2. (D) 4 e 3. (E) 6 e 1.

156. TRE-RN – Julho/2005

“…. eles foram ícones de uma onda que varreu o país na virada da década: a febre dos importados”. (último parágrafo)

O emprego dos dois pontos assinala, no contexto, a introdução de

(A) uma restrição à afirmativa anterior. (B) uma repetição para realçar o assunto desenvolvido. (C) um segmento que explica a frase anterior. (D) a enumeração dos fatos mais importantes da época. (E) a citação exata de uma opinião exposta anteriormente.

157. TRE-RN – Julho/2005

Considerando-se o emprego de pronomes no texto, grifados nos segmentos abaixo, a ÚNICA afirmativa INCORRETA é:

(A) e isso não teve nada a ver − o pronome demonstrativo vale pela frase: O Brasil foi jogar bola no Haiti. (B) dessa proximidade – o pronome retoma a idéia da mistura entre futebol e política. (C) alguns estudiosos – o pronome indefinido limita o número dos que compartilham a mesma opinião. (D) Ele faz entender – o pronome substitui o termo o esporte, para evitar repeti-lo. (E) de uma onda que varreu o país – o pronome refere-se a país.

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158. TRE-RN – Julho/2005

A concordância está correta APENAS na frase:

(A) Os que estavam em campo era os assuntos diplomáticos. (B) A cobertura dos jogos mostravam as imagens das principais autoridades. (C) Não se tratam de forças revolucionárias capazes de transformar uma nação. (D) Jogos de futebol podem ser vistos como um enorme espelho que reflete a sociedade. (E) Uma partida entre 22 jogadores podem ser considerados um reflexo da comunidade.

159. TRE-RN – Julho/2005

O futebol reflete mudanças na sociedade. Em várias ocasiões, em diversos países, futebol e política se misturaram. O futebol é parte da comunidade, da economia, da estrutura política.

As três frases acima estruturam-se num único período, com lógica, clareza e correção, da seguinte maneira:

(A) O futebol, por ser parte da comunidade, da economia e da estrutura política, reflete mudanças na sociedade, tendo havido várias ocasiões, em diversos países, em que futebol e política se misturaram.

(B) O futebol reflete mudanças na sociedade, onde em muitas ocasiões, sendo no entanto parte da comunidade, da economia, da estrutura política nos diversos países, futebol e política se misturaram.

(C) O futebol que em várias ocasiões, em diversos países, se misturaram com a política, ele é reflexo de mudanças na sociedade, cujo futebol é parte da comunidade, da economia, da estrutura política.

(D) O futebol, cuja parte da comunidade, da economia, da estrutura política, reflete mudanças na sociedade em várias ocasiões, em diversos países, que futebol e política misturaram-se.

(E) Em várias ocasiões, em diversos países, que futebol e política se misturaram, ele vem sendo parte da comunidade, da economia, da estrutura política, conquanto que reflete mudanças na sociedade.

A PALAVRA PORQUÊ

GRAFIA USO EXEMPLO por que Substituível pelas expressões pelo(s)

qual (s), pela(s) qual(s); motivo pelo qual; pelo qual motivo

Os contratempos por que passamos atrapalharam a viagem. Quero saber por que estás agindo de forma tão agressiva.

Porque Substituível por pois ou pela expressão por causa que

Porque estava bem preparada, gabaritou a prova. Gabaritaste a prova, porque fizeste muitos exercícios?

por quê Somente é usado em final de período. Precisa bater num ponto.

Não participarás da reunião, por quê? Ela saiu de repente, e ninguém sabe por quê.

porquê É substantivo; vem antecedido de determinante (artigos, pronomes). Pode ser substituído pela palavra motivo.

O porquê de sua raiva todos desconhecem. Ela saiu de repente, e ninguém sabe o porquê.

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EXERCÍCIOS DE AULA

1) Empregue porque, porque, por quê, porquê: a) Eis a razão _______________ resolvi pedir demissão. b) Não há __________________ nos preocuparmos com isso agora. c) A palestra foi interrompida ________________ ? d) Não importa saber __________________ eles divergem tanto. e) Indaga-se, em vão, o _________________ de tantas desavenças. f) Estranhamos todos; __________________ não vieste? g) Chegue cedo ao cinema, ______________ haverá poucos lugares. h) As dificuldades _________________passamos foram muitas. i) Lutamos e trabalhamos sem método. Eis _______________ não progredimos. j) Pode sair briga, ___________________ os ânimos estão exaltados. k) Se não fui não é _______________ me tenha esquecido. l) ________________ eles estão voltando? Será________________ os professores entraram em greve? m) Pergunte-lhe _____________ não há expediente hoje. n) São nobres as causas _________________ lutamos. o) Os jovens leem pouco; daí ___________________ cometem tantos erros de grafia. p) Todos nos empenhamos _________________ queríamos a vitória. q) Ele, ultimamente, anda muito triste, mas ninguém sabe ______________ . r) Ansiávamos _________________ tudo se esclarecesse o mais breve possível. s) Ninguém atinava o _____________ daquela decisão. t) O espetáculo foi cancelado; ninguém, todavia, me soube informar o __________. u) A situação haveria de mudar _________________ ? v) Talvez estejam faltando recursos, _______________ a obra foi interrompida. w) São grandes as transformações ________________ está passando a sociedade brasileira. x) Se escrever é difícil, tentemos descobrir os ________________ da dificuldade. y) O partido, ____________________ lhe convinha, mudou a sua estratégia. z) – Muito obrigado, meu amigo! – Não há _______________ agradecer!

QUESTÕES DE CONCURSOS

131. É preciso corrigir a frase: a) A justiça social, por que todos lutam, está longe de ser alcançada. b) Os homens se corrompem porque seus interesses pessoais sobrepujam todos os outros. c) Por que sempre há os que deturpam o pensamento alheio? d) Sim, a vontade geral quase nunca sobrepuja as vontades particulares, mas por que? e) O porquê do egoísmo humano sempre foi um grande mistério. 132. Complete as frases com: “Por que, porque, por quê, porquê” a) _______ele se chama ossinho da sorte? b) Bidu, _______ele se chama ossinho da sorte? c) _______é muita sorte encontrar um ossinho. d) Ossinho da sorte ________? e) Bidu explicou o ________ da sorte. = o motivo) f) Explique-me os _________da briga. A resposta correta é? a) Porque, Por que, por que, porquê, o porquê, os por quês. b) Por que, Por que, porque, por quê, o porquê, os porquês. c) Porquê, Porque, porque, por quê, porque, os porques. d) Por quê, Porque, por que, porquê, porque, os porquês.

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133) (MM) A alternativa errada quanto ao emprego do porquê é: a) Não revelou o motivo por que não foi ao trabalho. b) Estavam ansiosos porque o dia já havia amanhecido. c) Eis o porquê da minha viagem. d) Ele não veio por que estava doente. e) Porque houve um engarrafamento, chegou atrasado ao colégio. 134) Assinale a alternativa na qual a expressão destacada está incorretamente grafada. a) Por que ele não podia mais sobreviver da roça, migrou para a cidade. b) São vários os motivos por que deixam sua terra natal. c) Ele sentia muita falta de sua família, e bem sabia por quê. d) Os desafios por que passou fizeram-no forte para enfrentar as dificuldades. e) Nem todos sabem por que tantas pessoas se dirigem à cidade grande. 135) Qual das frases está corretamente escrita? a) Por quê você brigou comigo? b) Porquê você brigou comigo? c) Por que você brigou comigo? d) Porque você brigou comigo? 136) Não fui ao baile ___________ não sabia. Se soubesse teria ido ___________ gosto de festa. Como não me avisaram fui ao cinema, e todos sabem que fui ________ gosto a) Porquê - por quê - porquê b) porque - por que - porquê c) porque - por quê - porquê d) Porquê - por que - porquê e) Porque - porque - porque 137) Ainda não sei _______________ gosto de música. Compro CD e gostaria de saber__________ compro sempre. a) Porquê – por quê b) Por que – por que b) Porque – porque d) Por quê – por quê e) Por que – por que. 138) Ninguém conseguiu explicar o ___________ do seu sumiço, no entanto, se estavam juntos com ele, não sabiam _______________ ? a) Porquê – por quê b) Porque – por que c) Por que – porque d) Por quê – por quê e) Porque – porque 139) Nenhum de nós _______dizer ______ o __________ cidadão portou-se tão ______ . a) soubemos, porque, eminente, mau b) soubemos, por quê, iminente, mal c) soube, por que, eminente, mal Parabéns! Você acertou. d) soube, porque, eminente, mau e) soube, porquê, iminente, mal

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GABARITOS

FONÉTICA

PÁGINA 05 (EXERCÍCIOS DE AULA)

LETRAS FONEMAS

Especificidade 14 14

rescisão 8 7

Cochilar 8 7

Hibernar 8 7

Convexo 7 7

Distinguir 10 10

Ascendência 11 9

Insosso 7 5

Otimista 8 8

Nascimento 10 8

PÁGINA 05 (EXERCÍCIOS DE AULA) a) Ditongo oral crescente b) Hiato c) Dígrafo d) Ditongo oral crescente e) Encontro consonantal f) Dígrafo g) tritongo h) ditongo oral decrescente i) hiato j) encontro consonantal

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

PÁGINA 09 (EXERCÍCIOS DE AULA)

Autênticos Pântano Caráter Caracteres Item Itens ínterim Quilômetros Têxtil Têxteis Hífen Hifens Júri Itamarati (o) trânsito órfãs Avaro Fusível Fusíveis Clímax Matinê Bauru (a) autópsia (a)necropsia Refém Reféns Bávaro álibi Chanceler Câncer Cânceres recém-chegado Júnior juniores Pulôver Pulôveres Fortuito (o) fluido curto-circuito Gratuito (é) mister (os) misteres Etíope êxodo Biquíni Nêutron Nêutrons Jéferson César (o) recorde Abençoa Súper-hábil ônus Ânsias Clóvis Látex Bíceps (b) pegada Cartórios Coletânea Vênus Túnel Túneis Cíntia Canil (os) canis séc. (século) Gên. (gênero) pág. (página) Tôn. (tônico) Improbo Inês Estêncil Ambíguos (b) mercancia Economia (o) retrós (os) retroses (o) revés (os) reveses Embriaguez Manganês Quórum mapa-múndi Burguês Burgueses Nuvem Nuvens Níquel Níqueis Suéter Suéteres álcool Álcoois Alcântara Carmem

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PRONOMES

PÁGINA 24 (EXERCÍCIOS DE AULA)

1) a) lhe der - cumpri-la b) perseguiram-no - prenderam-no c) trouxemo-la - pusemo-la d) põe-na - tiram-na e) castigaram-na 2. a) mim / eu b) mim / eu c) mim / mim d) eu / eu e) mim / mim 3. a) Não me levaram a bolsa... b) Os netos lhe tocavam de leve a face. c) Ninguém nos haverá de calar a voz. d) O filho lhes poupou mais um desgosto. e) Quase que a onda lhes arranca os calções. 4. a) Vou escovar os dentes e lavar as mãos. Você já lavou as suas? b) Machuquei o dedo na máquina, mas sinto dor nas costas. c) Sujei a calça no carro, depois de bater a cabeça na porta. d) Telefonei a Luís, mas ele não estava em casa. e) Cheguei a casa por volta da meia-noite, trazendo o meu presente. 5. a) esse b) este c) aquela d) aquela e) este / aquela f) desta / naquela g) essas h) estas i) esta j) este 6. a) cada um b) qualquer que sejam c) nenhum problema d) toda a cidade e) frase correta f) os dois ou ambos g) nenhuns h) frase correta i) frase correta j) frase correta 7. a) cujo b) cuja c) quanto d) quanto e) onde f) aonde g) quem h) a qual i) que j) o qual / a qual

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EMPREGO DO ARTIGO

PÁGINA 31 (EXERCÍCIOS DE AULA) a) Os Estados Unidos mantêm acordo com o Brasil.

b) Estarei em casa entre a uma e as duas horas da tarde.

c) Frase correta

d) A dona Juçara chorou porque desejava viajar por mar e não por terra.

e) Telefone-me entre as oito e as nove horas, ou entre o meio-dia e a uma.

f) A partir das sete horas da noite, já estarei em casa.

g) O governador chegou a palácio por volta da zero hora.

h) Todo o mundo sabe que o Aracaju é a capital do Sergipe.

i) Você nunca esteve em Franca, interior de São Paulo? Como pode uma pessoa não conhecer Franca, pujante cidade paulista? Eu vou à

Franca do Imperador duas vezes por ano.

j) Venha já, venha quanto antes, para ver quão idiota eu fui!

ANÁLISE SINTÁTICA INTERNA

PÁGINA 40 (EXERCÍCIOS DE AULA)

10) Encontre o sujeito e identifique o seu núcleo: k) Os caroços de marmelada são muito duros. l) Tudo passa sobre a terra. m) Não existem rios no deserto. n) Completamente feliz ninguém é. o) Fizemos isso propositadamente. p) Fez-me o coração tique-taque. q) Acabaram as férias. r) Começaram as aulas. s) Um profundo corte no supercílio e uma grande ferida curaram os filhos de Juçara. t) São carnívoros o tigre, o leão, o leopardo e a pantera.

*Os sujeitos estão em itálico e os respectivos núcleos, em negrito

11) Reconheça o sujeito indeterminado, o sujeito desinencial (elíptico) e o sujeito oracional. k) É preciso que estudemos bastante. (oracional) l) Crê-se em Deus. (indeterminado) m) Falou-se muito em futebol. (indeterminado) n) Gritaram o meu nome por aí. (indeterminado) o) Não lhe dói bater em seu filho? (oracional) p) Não é importante que você saiba isso. (oracional) q) Ainda não encontraram o corpo do rapaz afogado. (indeterminado) r) Gastei muito com supérfluos. (desinencial ou elíptico ou oculto ou simples) s) Parece que as crianças gostaram muito da brincadeira. (oracional) t) Come-se muito bem nesse restaurante. (indeterminado)

12) Identifique as orações sem sujeito.

k) Está muito frio hoje. l) Choveu papel picado nas ruas ontem. m) Choveu demais ontem. n) Faz sol hoje. o) Alguém bateu à porta. p) Um mascarado passou por ali. q) Esperanças haverá sempre. r) Chega de promessas. s) Amanhece cedo nesta estação. t) Há um lápis na mesa.

*As orações sem sujeito estão em negrito.

13) Identifique o sujeito das orações.

k) Aconteceram dois acidentes hoje nessa esquina. l) Realizaram-se várias comemorações em homenagem aos novos campeões. m) Nesta região do país, os verões são insuportáveis.

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n) Ontem os ventos sopraram bastante fortes. o) De madrugada, a chuva caiu torrencialmente. p) Naquela hora da noite já não existiam pessoas na rua. q) Existirão muitos candidatos a esse cargo. r) No inverno, aqui, a geada castiga as plantações. s) Aconteceram muitas brigas na festa; existiam alguns penetras. t) Nunca existiram rios no deserto?

*Os sujeitos estão grifados em negrito.

14) Identifique os complementos nominais e os complementos verbais:

f) Destruíram o ninho, mas não vi. g) O gorila tem particular aversão a peixe, não gosta de peixe. h) Ninguém traiu a Pátria; não houve traição à Pátria. i) O porco é o único animal invulnerável à picada de serpentes. j) As corujas só se alimentam de animais vivos; a alimentação de animais vivos lhes é mais salutar.

*Os complementos verbais estão em negrito; e os nominais, em itálico

15) Identifique os agentes da passiva:

f) O prédio era cercado de pinheiros por todos os lados. g) O mata-borrão foi inventado por acaso, na Inglaterra. h) O homem suava por todos os poros, por motivos desconhecidos. i) A tinta de escrever foi inventada pelos gregos, mas a bicicleta é invenção dos ingleses, foi inventada pelos ingleses. j) Estou louco por uma motocicleta Harley-Davidson.

*Os agentes da passiva estão grifados em negrito. As demais não têm agente da passiva

16) Os termos em destaque ora são objetos, ora são complementos nominais. Distinga uns e outros:

f) Devemos obedecer aos superiores; devemos obediência aos superiores. g) Necessito de ajuda; tenho muita necessidade de ajuda. h) Acredito em milagres; não dou crédito a milagreiros. i) Prefiro futebol a basquete; tenho preferência por futebol. j) Cobra não ataca o homem; o ataque ao homem só ocorre como defesa.

*Os objetos estão grifados em negrito; os complementos nominais, em itálico.

17) Identifique os adjuntos adverbiais das orações:

k) Muitos alunos dormiram durante a aula. l) Quase desmaiei de fome. m) No tempo da minha avó, viajava-se muito de trem. n) Um homem matou sua esposa a facadas, em Porto Alegre, no mês passado. o) Perto daqui, há um restaurante que vende comida a quilo. p) Com muita paciência, o professor explicou a matéria aos alunos durante o plantão de dúvidas. q) Talvez meus pais viajem para a praia devido ao intenso calor. r) No Brasil, nunca houve grandes investimentos em educação. s) Resolvi vir ao curso de ônibus, devido ao intenso tráfego de veículos. t) Elas estudaram demais.

*Os adjuntos adverbiais estão grifados em negrito. Há orações em que há mais de um.

18) Identifique o aposto e o vocativo:

f) Caxias, o Patrono do Exército Brasileiro, venceu o exército paraguaio em Itororó. g) Libertai-me, Senhor, de todos os males! h) Santos Dumont, o Pai da Aviação, se vivesse, teria feito 130 anos em 2013. i) Ó céus, ouvi minha prece! j) Araçatuba, cidade paulista, possui milhares de bicicletas.

*Os apostos estão em negrito; os vocativos, em itálico.

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VOZES VERBAIS

PÁGINA 46 (EXERCÍCIOS DE AULA)

Exercício 01 a) Novos resultados sobre a dengue em São Paulo vão se divulgados pela Secretaria da Saúde. b) O time brasileiro foi comandado por Pelé, Tostão e Gerson na Copa de 70, no México. c) Os candidatos haviam sido convidados por mais de uma emissora de televisão para um debate ao vivo. d) Os agricultores têm sido levado ao desespero por algumas decisões do governo. e) Uma greve havia sido convocada, para a semana seguinte, pelo principal sindicato da categoria. f) Várias conquistas na justiça acabam de ser obtidas pelo movimento dos aposentados.

*Pode haver mudança na ordem dos elementos da oração.

Exercício 2

a) Adotaram-se medidas de emergência........... b) Prometem-se novos estudos sobre... c) Aspira-se a vidas longas. d) Localizaram-se os focos de.... e) Não se sabem as verdadeiras causas da moléstia. f) Não se dispõe de meios suficientes .... g) É provável que ainda se reconheçam as origens.... h) É recomendável que se parta de dados comparáveis..... i) É evidente que se trata de casos.....

CONCORDÂNCIA NOMINAL

PÁGINA 53 (EXERCÍCIOS DE AULA) EXERCÍCIO 1

a) Fraturados b) Maduras/maduros c) Estranha d) Bela e) Macio f) Torrado g) renovado/renovados h) fria/frios maravilhoso/maravilhosos i) intenso/intensos j) ótima k) próprios/uma/fera l) extras m) quite/quites n) lesa o) anexa/anexos p) bastantes/bastante q) alerta r) mesmo s) mesmo t) juntas/junto u) sós/sós/só/sós v) nenhumas w) monstro/monstro x) juntos y) obrigada/obrigadas z) menos

CONCORDÂNCIA VERBAL PÁGINA 57 (EXERCÍCIOS DE AULA)

2. Mude a concordância verbal quando for necessário para atender à norma culta:

a) SobrARAM muitos doces na festa. b) ChoveRAM garrafas na cabeça do árbitro. c) Deu dez horas o relógio da matriz. d) No meu relógio deRAM dez horas. e) BateRAM agora mesmo seis horas. f) Quando soavaM dez horas, saíaM os funcionários. g) No circo faltARAM palhaços, mas não sobrARAM emoções.

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h) Não existeM, nas cidades próximas, postos de combustível. i) Não deveM existir ciúmes num relacionamento sincero e sadio. j) AcabARAM as aulas; começARAM as férias. k) Faz dez dias que não durmo direito. l) Está havendo muitas guerras no mundo atualmente. m) Costuma haver abalos de terra nesta região. n) Havia vários passageiros feridos. o) Poderá haver muitas críticas a essa medida do governo. p) Como chovem promessas durante uma campanha eleitoral! q) Como choveram pedidos de autógrafo. r) Faz noites muito frias no Sul do Brasil. s) Uma tonelada de crustáceos foI pescadA ontem. t) Um milhão de garrafas vazias ESTÁ JOGADO ali no lixão. u) Um trilhão de reais foi gasto nessa obra inútil. v) Um milhão e duzentas mil ações foram negociadas ontem na Bovespa. w) No Brasil, vive um milhão de espécies de animais diferentes. x) Um bilhão e pouco de quilos de papéis picados foI RECOLHIDO pelos garis na passagem de ano. y) Será mesmo que HOUVE essas abduções? z) VAI para dez anos que mudamos para cá.

REGÊNCIA VERBAL

PÁGINA 61 (EXERCÍCIOS DE AULA)

3) Complete os espaços com a preposição adequada. Faça as combinações (de + o = do; em + a = na, etc.) e contrações (a + a = à; a + as = às) eventualmente necessárias.

a) O estudo agrada AOS alunos que querem progredir na vida. b) Os excursionistas as aspiravam O perfume da mata florida. c) Assisti, ontem, um A filme empolgante. d) O governo assistirá AS populações flageladas. e) A jovem turista avisou o piloto ........ o perigo iminente. f) A jovem turista avisou AO piloto o perigo iminente. g) Cláudio jamais desobedeceu ÀS ordens de seus superiores. h) Informe OS sócios das resoluções tomadas pelo conselho. i) O inspetor procedeu, nesta manhã, À revisão costumeira. j) Comunique ÀS candidatas o horário das entrevistas. k) Já prevenimos os dirigentes DE/DA nossa decisão irrevogável. l) Este curso visa AO aperfeiçoamento da redação administrativa. m) Pedi aos colegas QUE nos trouxessem sugestões. n) O embaixador visará todos os passaportes. o) A atitude precipitada do colega implicará problemas para todo o grupo. p) Ele sempre aspirou À posição de gerente. q) Sempre preferi redigir a correspondência A datilografá-la. r) As nonas instalações da empresa situam-se NA Avenida Borges de Medeiros. s) Sempre obedecemos ÀS normas de trânsito. t) É provável que os bombeiros procedam A/ÀS novas buscas. u) Informe OS candidatos de que deverão vir munidos de documento de identidade. v) Cientifique OS gerentes DAS decisões tomadas pela direção da empresa. w) Informe AOS participantes que a palestra sobre normas de segurança foi cancelada. x) Naquela época, residíamos NA Rua Bento Martins, 256. y) Acho que devemos informar A polícia desses fatos. z) Pague as prestações em nossa loja central, sita nesta Capital, NA Rua Dr. Flores, 277.

4) Complete os espaços, se necessário, com a preposição adequada.

a) Precisamos de um chefe A cujas ordens todos obedeçam. b) O cargo A que aspiras se conquista, não se ganha. c) Há ofensas A que não se pode responder com palavras. d) Vou apresentar-lhe a pessoa EM cuja casa me hospedei. e) Esta é a região A cujas riquezas o escritor se refere. f) A regata internacional A que assisti revelou grandes valores do remo. g) É pelo estudo que conquistarás o posto A que aspiras. h) Já comuniquei ao diretor as ocorrências A que você se refere. i) Ainda não conhecemos os motivos POR que ele foi exonerado. j) O jogo QUE presenciamos foi movimentadíssimo. k) Eram de aventuras os livros DE que eu mais gostava. l) Esteve aqui o rapaz PARA cujo irmão vendeste teu automóvel. m) Foram infrutíferas as buscas A que procedemos. n) A mesa EM que nos sentamos ficava no fundo do salão. o) A cidade A que iremos possui ótimo clima.

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p) Não aceite cargos sem avaliar as responsabilidades que eles implicam. q) A fazenda A QUE/AONDE fomos ontem pertence ao meu irmão. r) Deu-me conselhos DE que jamais me esquecerei. s) Foram esses os fatos DE que cientifiquei a direção. t) As provas QUE se realizaram ontem foram dificílimas. u) Os testes A que se procedeu comprovam o ótimo desempenho do novo motor. v) As informações DE QUE dispomos são poucas e imprecisas. w) O orador expôs ideias DE QUE discordo totalmente. x) O preso POR cuja soltura me interessei foi assassinado por um companheiro de cela. y) Devemos respeitar as pessoas COM quem convivemos. z) Atentem para os pormenores A que o desenhista se ateve.

CRASE

PÁGINA 65 (EXERCÍCIOS DE AULA)

2) Empregue o sinal da crase quando couber.

a) Em atenção a insistentes apelos, ele candidatou-se a deputado federal. b) Comunique ÀS pessoas presentes que, por motivos de força maior, a visita ÀS instalações do CPC foi suspensa. c) Se você continuar preso a essas concepções arcaicas, estará sujeito a perder o respeito dos colegas. d) Com vista a dinamizar suas vendas, a empresa enviou representantes À Espanha, À Itália, a Israel e a Cuba. e) Nossos esforços visam À conquista de uma posição mais vantajosa no mercado interno. f) Ouviram do Ipiranga as margens plácidas! De um povo heroico o brado retumbante! g) Há fatos que não revelaria, cara a cara, a ninguém. h) Disseram À Senhora Diretora que iriam À Secretaria de Educação À procura de maiores esclarecimentos sobre as rematrículas. i) Agradeço a Vossa Excelência a oportunidade de manifestar-me a respeito do assunto. j) Os acadêmicos realizaram protestos visando À gratuidade do ensino. k) Não podemos fechar os olhos ÀS misérias da população e deixar os infelizes entregues À própria sorte. l) A obediência ÀS leis é fator indispensável À boa administração de qualquer entidade. m) Os ataques À propriedade são ataques tão deploráveis como os atentados À criatura humana. n) A estas horas e a pé, não encontrarás remédio para socorrê-lo. o) Opõe-se ÀS reformas e dedica-se a criticá-las asperamente. p) Chegamos À conclusão de que o regulamento não se refere a pessoas aposentadas. q) Responda a essas carta imediatamente, pois se referem a problemas que devem ser resolvidos antes da minha viagem a Brasília. r) Com esta campanha, visamos a incentivar o consumo do vinho gaúcho, cuja fabricação obedece ÀS mais modernas técnicas que se conhecem. s) A partir de amanhã, os formulários estarão À disposição dos interessados. t) Após a reunião, os convidados dirigiram-se À sala de espetáculos. u) Só vendemos a dinheiro. Vendas a crédito, só excepcionalmente, a curto prazo. v) Aceito a proposta, pois ela é igual À que haviam feito a meu irmão w) Os imigrantes, como não se acostumaram ÀS nossas temperaturas, voltaram ÀS suas pátrias. x) Esta cópia não corresponde À que lhe dei. y) Deveríamos ter ido Àquele comício. z) Fiel a suas concepções políticas, decidiu concorrer À reeleição.

ANÁLISE SINTÁTICA EXTERNA

PÁGINA 71 (EXERCÍCIOS DE AULA)

EXERCÍCIO 1

a) Coordenada sindética adversativa b) Subordinada adverbial temporal c) Coordenada sindética adversativa d) Subordinada adverbial concessiva e) Subordinada adverbial final f) Subordinada adverbial consecutiva g) Coordenada sindética aditiva/subordinada substantiva objetiva direta h) Coordenada sindética explicativa i) Coordenada sindética conclusiva j) Subordinada adverbial condicional/subordinada adverbial conformativa/subordinada adverbial concessiva k) Subordinada adverbial comparativa l) Subordinada adverbial condicional/subordinada substantiva objetiva direta m) Subordinada substantiva objetiva direta n) Subordinada adverbial causal o) Subordinada substantiva objetiva indireta p) Subordinada adverbial concessiva

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q) Subordinada substantiva objetiva direta/ subordinada adverbial conformativa r) Subordinada adverbial causal s) Subordinada adverbial concessiva t) Coordenada sindética adversativa u) Subordinada adverbial causal v) Subordinada adverbial concessiva, reduzida de infinitivo w) Subordinada substantiva objetiva direta x) Subordinada substantiva objetiva indireta y) Coordenada sindética adversativa z) Subordinada adverbial comparativa

PONTUAÇÃO

PÁGINA 78 (EXERCÍCIOS DE AULA)

4) Pontue:

a) Quando precisar de mim, procure-me. b) Para cúmulo do desespero, contatou que havia trocado os gabaritos. c) Uma reforma social, para ser completa, precisa da colaboração de toda a sociedade. d) Jogaram-me outra bolinha de papel; e, eu furioso, levantei-me e olhei para trás. e) Quando a noite caiu, saímos todos para aproveitar aquelas horas de sossego. f) Os livros escolares, cujo objetivo é ensinar o aluno, nem sempre cumprem adequadamente essa função. g) Pretendia, além disso, conseguir um emprego melhor, embora suas habilidades fossem poucas. h) Bonifácio (quem diria) acabou namorando a menina mais bonita da turma. i) Alguns dias depois - apesar de ter garantido que não retornaria -, apareceu no escritório e voltou a trabalhar. j) Algumas pessoas, especialmente as tímidas, perdem boas oportunidades na vida. k) Os elogios mais verdadeiros são os que os nossos inimigos nos tributam. l) O professor de português, que era exigente, não admitia erros de pontuação. m) Pátria não quer dizer apenas a terra em que se nasce, mas abrange todo o passado: as tradições, a história. n) Espera aí, menino, pois o assunto ainda não acabou. o) Quem tudo quer tudo perde. p) Na festa de formatura, quando a animação era geral, avisaram que a cerveja havia terminado.

5) Empregue a vírgula quando couber.

a) Os empresários expuseram seus problemas com extrema objetividade. b) Com extrema objetividade, os empresários expuseram seus problemas. c) Os empresários, com extrema objetividade, expuseram seus problemas. d) Os empresários expuseram, com extrema objetividade, seus problemas. e) Os peritos, após exaustivos levantamentos, concluíram seus trabalhos. f) Numa situação dessas, meus amigos, não se admitem meias palavras. g) Naquela ocasião, Maria Clara, menina discreta e responsável, deu mostras de sua excelente formação moral. h) Os deputados, segundo consta nos jornais, discutirão, na próxima semana, o problema da poluição atmosférica. i) A diretoria, na próxima sexta-feira a partir das dez horas, na sala de reuniões do conselho administrativo, exporá o projeto de expansão do

quadro social. j) Joaquim Pontes Medeiros, presidente do conselho fiscal, e Mário Antunes de Carvalho, diretor administrativo, acompanhados de vários

assessores, viajaram a Brasília. k) O Decreto nº 62.115 de 12, de janeiro de 1968 regulamenta o artigo 37 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. l) O sufrágio é universal e direto; o voto, obrigatório e secreto. m) A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

6) Empregue vírgula quando couber:

a) Garantiu-nos, quando o visitamos, que, apesar daquele imprevisto, estaria presente à cerimônia. b) Tínhamos absoluta certeza de que, em vista do que acontecera, ele não voltaria, durante os próximos meses, a tomar tais atitudes. c) Nosso representante, embora tenha exposto seu programa com muita convicção, não obteve o apoio dos presentes. d) Creio que, apesar das deficiências constatadas, de, mediante um esforço concentrado, melhorar meu nível de linguagem. e) Tu, meu amigo, se não me engano, estás atrasado. f) Como precisava de um pequeno empréstimo, procurei Rodrigo, meu amigo de infância. g) Poderá inscrever-se todo funcionário que, na data da respectiva inclusão, esteja em plena efetividade e tenha, nessa ocasião, a idade máxima

de cinquenta anos. h) Saiba, meu amigo, que, embora estejamos afastados, nunca me esquecerei de você i) Ricardo, que se mantinha mais sereno, conseguiu acalmar os assaltantes que, após alguma hesitação, resolveram ir embora. j) Estou convencido de que as repreensões, quando justas e oportunas, trazem, na maioria das vezes, excelentes resultados. k) Os participantes que lograrem aprovação farão jus a um certificado. l) As crianças, que são a esperança do Brasil, merecem nosso carinho. m) A televisão, que é o meio de comunicação pais popular do mundo, vive da propaganda e para a propaganda. n) O leão, que é um animal feroz, pode, sem maiores problemas, ser domesticado, mas a previsibilidade de suas reações sempre será hipotética. o) Ele é teu amigo; deves, pois, respeitá-lo.

114

p) Creio que não há expediente hoje, pois o telefone chama, mas ninguém atende. q) O gerente exigiu que todos os funcionários comparecessem à sua sala. r) Dividia seu tempo entre Porto Alegre, onde trabalhava, e Bento Gonçalves, onde residia. s) Declaro, para os devidos fins, que Alberto Oliveira é empregado desta empresa. t) Esperes que, quando dispuseres de tempo, encares, com o máximo de solicitude, nossas reivindicações. u) O nosso triunfo depende de que todos cumpram seu dever. v) Comunicamos a V. Sª que, nesta data, conforme havíamos previsto, seu processo foi encaminhado à Secretaria da Fazenda. w) Posso dizer-lhe que seu trabalho, se bem que não esteja perfeito, merece elogios, pois, embora seja de pouca extensão, apresenta, em diversos

pontos, observações que, quando bem interpretadas, esclarecem aspectos importantes de nossa realidade. x) O escritor brasileiro, Machado de Assis, nasceu em 1839. y) O criador de Capitu, Machado de Assis, morreu em 1909.

z) O governo brasileiro chegou à conclusão de que o desenvolvimento econômico pressupõe o desenvolvimento científico e tecnológico.

SEMÂNTICA

PÁGINA 87 (EXERCÍCIOS DE AULA)

1)

a) eminentes n) taxou b) emergiu o) tachado c) discriminem p) expiar d) infringidas q) descriminação e) vultosas r) a princípio f) discrição s) quanto g) a fim t) em princípio h) estratos u) infligia i) estática v) ao invés de j) mal w) mandado k) distratou x) em vez de l) sobrescritar y) mandato m) discriminar z) estada

2)

a) aonde n) dissecar b) taxar o) espectadores c) infringindo p) desapercebidos d) ao encontro de / de encontro às q) mandado e) iminência r) arriou f) emergindo s) celas g) mandato t) inserto h) vultuoso u) cessão i) estada v) flagrante j) concertado w) ratifico k) conserto x) deferiu l) tacharam y) senso m) delatara z) senso

A PALAVRA PORQUÊ

PÁGINA 104 (EXERCÍCIOS DE AULA)

1.

a) por que n) por que

b) por que o) por que

c) por quê p) porque

d) por que q) por quê

e) porquê r) por que

f) por que s) porquê

g) porque t) porquê

h) por que u) por quê

i) por que v) porque

j) porque w) por que

k) porque x) porquês

l) por que/porque y) porque

m) por que z) por que

115

GABARITO QUESTÕES DE CONCURSOS

01. D 02. B 03. E 04. A O5. E 06. A 07. C O8. C 09. E 10. A

11. C 12. A 13. A 14.B 15. C 16. C 17. E 18. C 19. E 20. D

21. E 22. A 23. D 24. E 25. D 26. E 27. B 28.A 29. C 30. C

31. D 32. E 33. A 34. E 35. E 36. B 37. C 38. D 39. A 40. A

41. E 42. C 43. C 44. A 45. E 46. C 47. C 48. E 49. B 50. C

51. A 52. E 53. A 54. D 55. A 56. A 57. E 58. E 59. D 60. C

61. A 62. C 63. A 64. E 65. C 66. C 67. A 68. C 69. C 70. B

71. B 72. E 73. B 74. C 75. E 76. C 77. E 78. B 79. E 80. C

81. A 82. B 83. E 84. E 85. C 86. C 87. E 88. D 89. D 90. B

91. A 92. E 93. C 94. E 95. E 96. D 97. E 98. A 99. D 100. E

101. C 102. A 103. xx 104. D 105. C 106. B 107. E 108. C 109. D 110. A

111. D 112. D 113. E 114. A 115. E 116. C 117. C 118. E 119. E 120. B

121. B 122. A 123. E 124. A 125. E 126. A 127. A 128. B 129. D 130. C

131. E 132. D 133. C 134. B 135. C 136. A 137. D 138. B 139. E 140. B

141. A 142. C 143. D 144. E 145. D 146. A 147. B 148. E 149. C 150. C

151. E 152. B 153. A 154. D 155. B 156. C 157. E 158. D 159. A 160. D

161. B 162. D 163. A 164. C 165. E 166. B 167. A 168. C