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1 Objetivo Confeccionar e obter a curva de calibração de um termopar tipo T. Comparar os dados experimentais com os fornecidos pelo fabricante, analisando os erros relativos. 2 Materiais e métodos Os materiais utilizados foram: - Termopar Tipo T (cobre-constantan) - Cabos elétricos de conexão - Multímetro - Termômetro - Banho termostático - Recipiente térmico - Gelo fundente - Recipiente de acrílico 1) O experimento se inicia com a soldagem das extremidades dos fios de cobre e constantan para confecção do termopar. No caso deste experimento, isso não foi necessário, pois o termopar já estava previamente confeccionado. 2) O termopar foi posicionado com cada uma das extremidades. Uma delas em um ponto de temperatura conhecida, no recipiente térmico com gelo fundente garantindo (0°C) a temperatura do fio igual ao do meio. A outra extremidade foi colocada em um banho termostático com água. 3) Os terminais do multímetro foram conectados ao termopar, ligando o banho termostático à rede elétrica. 4) Depois disso, com o banho termostático, aumentou-se a temperatura a cada 5 °C a partir dos 33°C até 88°C, medindo com o termômetro para garantir a precisão, e aferiu-se as diferenças de potencial no multímetro, para cada temperatura medida. Figura 1: Montagem do experimento. Fonte: Departamento de Engenharia Elétrica da UFPR

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1 – Objetivo

Confeccionar e obter a curva de calibração de um termopar tipo T. Comparar os dados experimentais

com os fornecidos pelo fabricante, analisando os erros relativos.

2 – Materiais e métodos

Os materiais utilizados foram:

- Termopar Tipo T (cobre-constantan)

- Cabos elétricos de conexão

- Multímetro

- Termômetro

- Banho termostático

- Recipiente térmico

- Gelo fundente

- Recipiente de acrílico

1) O experimento se inicia com a soldagem das extremidades dos fios de cobre e constantan para confecção

do termopar. No caso deste experimento, isso não foi necessário, pois o termopar já estava previamente

confeccionado.

2) O termopar foi posicionado com cada uma das extremidades. Uma delas em um ponto de temperatura

conhecida, no recipiente térmico com gelo fundente garantindo (0°C) a temperatura do fio igual ao do meio.

A outra extremidade foi colocada em um banho termostático com água.

3) Os terminais do multímetro foram conectados ao termopar, ligando o banho termostático à rede elétrica.

4) Depois disso, com o banho termostático, aumentou-se a temperatura a cada 5 °C a partir dos 33°C até

88°C, medindo com o termômetro para garantir a precisão, e aferiu-se as diferenças de potencial no

multímetro, para cada temperatura medida.

Figura 1: Montagem do experimento.

Fonte: Departamento de Engenharia Elétrica da UFPR

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3 – Resultados

Para cada temperatura, os valores experimentais de tensão (Ve) foram coletados e comparados com

os valores de tensões fornecidos pelo fabricante (Vf) da Tabela 1. Assim, foi possível calcular o erro relativo

percentual (E%) para cada temperatura analisada. Esses dados foram organizados na Tabela 2.

Tabela 1 – Dados fornecidos pelo fabricante para

Tensão termoelétrica em milivolts absolutos

Tabela 2 – Valores comparativos e

Erro relativo para os dados experimentais e os do fabricante

T[°C] Ve

[mV]

Vf

[mV] E%

33 1,27 1,320 5

38 1,5 1,528 2,8

43 1,72 1,738 1,8

48 1,94 1,95 1

53 2,17 2,164 0,6

58 2,38 2,38 0

63 2,6 2,599 0,1

68 2,83 2,819 1,1

73 3,06 3,042 1,8

78 3,3 3,266 3,4

83 3,54 3,493 4,7

88 3,77 3,721 4,9

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Através do método dos mínimos quadrados, foi possível construir a curva de calibração para os

dados experimentais (Eq 1). Também com esse método, foi ajustada uma curva para os dados do fabricante

(Eq 2), a fim de comparar teoria e prática, como pode ser visto no Gráfico 1.

Ve [mV] = 22,09 T[°C] + 5,1284 (Eq 1)

Vf ]mV]= 22,899 T[°C] + 3,2152 (Eq 2)

Gráfico 1 – Comparação dos dados do experimento com os do fabricante

4 – Conclusão

Os resultados do experimento com o termopar atenderam às expectativas iniciais, já que os

erros relativos não ultrapassaram 5%. Isso demonstra que os valores fornecidos pelo fabricante

corresponderam de forma satisfatória para a faixa de temperatura analisada.

Isso demonstra o quanto o termopar cobre-constantan pode ser eficiente em medidas

realizadas na faixa de temperatura analisada. Mesmo sendo um instrumento tão versátil e simples,

pode ser exato e preciso, se for bem confeccionado e calibrado.

Além disso, pode-se dizer ainda que o método empregado foi adequado, assim como os

materiais utilizados, que foram eficientes de acordo com a solicitação imposta. Também pode-se

notar que o procedimento adotado foi bem executado, apresentando boa reprodutibilidade.

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Tem

pera

tura

(°C

)

Tensão (mV)

Tensão do fabricante

Tensão experimental