01-IT-01-Rastreabilidade-e-controle-da-resistência-do-concreto1.doc

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IT - INSTRUÇÃO DE TRABALHO ATIVIDADE: RASTREABILIDADE E CONTROLE DA RESISTÊNCIA DO CONCRETO IT-01 Revisão: 00 FOLHA Nº: 010! 1" OB#ETIVO: Esta bel ecer o procedimento a ser adotado para rastre abilidade e verificação da res istênci a à compressão do concreto e, conseqüentemente, aceitação das estruturas onde ele for aplicado. De acordo com a metodologia descrita neste procedimento, a estrutura de concreto será aceita por  partes (lotes (ver item !.". #lgumas das definiç$es e simbologias utili%a das neste procedimento& $ %&  - resistência caracter'stica do concreto à compressão, definida pelo proetista estrutural. $ %& es'  -  valor es'i()*o da resistência caracter'stica do concreto à compressão, obtido atrav)s dos resultados dos rompimentos dos corpos de prova, cua metodologi a de cálculo está descrita neste  procedim ento. $ % - resultados dos r ompim entos dos corpos de prova. C+ - corpo de prova de concreto. ," DESCR IÇÃ O DAS A TIVIDADES: ,"1" FORAÇÃO DE LOTES E AOSTRAS: *ara a formação dos lotes de concreto deve+se atender à norma ABNT NBR 1,.!!, conforme discrimina do na seguinte tabela& So/i%i')ão 2i3%i)/ *os e/e(e3'os es'24'42)is LIITES SU+ERIORES Compressão simples ou  flexão e compressão *  Flexão simples ** V olume de c oncreto - m "-- m  Número de andares " " Tempo de concretagem dias consecutivos 555 5 E/.& pilares, vigas de transição, tubul$es, brocas, blocos, etc. 55 E/.& l aes, vigas, paredes de cai/a d0água, e scadas, etc. 555 Este per'odo deve estar compree ndido no pra%o total má/i mo de sete di as, que inclui eventuais interrupç$es para tratamento de untas. Li(i'es (67i(os )2) ) *e$i3i ão *o 38(e2o *e /o'es # cada lote formado corresponderá uma amostra de pelo menos 0. e7e(/)2es, onde cada e/emplar ) const itu 'd o por 0, %o2os *e 2ov)  da mesma betonada, coletados aleatoriamente durante a operação de concretagem . E/)9o2)*o2evis) *o o2:  Maurício Murat dos Reis 1.11 1, D)') A2ov)*o )2) 4so:  Maurício Murat dos Reis 1.11 1, D)')

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IT - INSTRUO DE TRABALHO

ATIVIDADE:RASTREABILIDADE E CONTROLE DA RESISTNCIA DO CONCRETOIT-01Reviso:

00FOLHA N:

02/05

1. OBJETIVO:

Estabelecer o procedimento a ser adotado para rastreabilidade e verificao da resistncia compresso do concreto e, conseqentemente, aceitao das estruturas onde ele for aplicado.

De acordo com a metodologia descrita neste procedimento, a estrutura de concreto ser aceita por partes (lotes) (ver item 2.1).

Algumas das definies e simbologias utilizadas neste procedimento:

fck - resistncia caracterstica do concreto compresso, definida pelo projetista estrutural.

fck est - valor estimado da resistncia caracterstica do concreto compresso, obtido atravs dos resultados dos rompimentos dos corpos de prova, cuja metodologia de clculo est descrita neste procedimento.

fc - resultados dos rompimentos dos corpos de prova.

CP - corpo de prova de concreto.

2. DESCRIO DAS ATIVIDADES: 2.1. FORMAO DE LOTES E AMOSTRAS: Para a formao dos lotes de concreto deve-se atender norma ABNT NBR 12655, conforme discriminado na seguinte tabela:

Solicitao principal dos elementos estruturais

LIMITES SUPERIORESCompresso simples ou flexo e compresso *Flexo simples **

Volume de concreto50 m3100 m3

Nmero de andares11

Tempo de concretagem3 dias consecutivos ***

* Ex.: pilares, vigas de transio, tubules, brocas, blocos, etc.

** Ex.: lajes, vigas, paredes de caixa dgua, escadas, etc.

*** Este perodo deve estar compreendido no prazo total mximo de sete dias, que inclui eventuais interrupes para tratamento de juntas.

Limites mximos para a definio do nmero de lotes

A cada lote formado corresponder uma amostra de pelo menos 06 exemplares, onde cada exemplar constitudo por 02 corpos de prova da mesma betonada, coletados aleatoriamente durante a operao de concretagem.

2.2. RASTREABILIDADE: Para tornar possvel a rastreabilidade do concreto fornecido, dever ser preenchida a planilha Controle de Concretagem (Anexo 01), onde sero registradas as seguintes informaes:

a) Dados da entrega/fornecedor;

b) Especificaes do concreto;

c) Caractersticas do concreto fornecido;

d) Dados sobre a moldagem;

e) Peas concretadas;

f) Observaes complementares.

Complementarmente, no caso da concretagem de lajes, devero ser mapeadas as regies onde foram lanados os concretos de cada caminho, indicando-as em planta especfica para cada andar.

2.3. VERIFICAO DA RESISTNCIA: 2.3.1. CONDIES GERAIS: Os resultados dos ensaios de resistncia compresso dos CPs, bem como os seus slump, devero ser registrados em formulrios especficos, cujo modelo apresentado no Anexo 02. Podem, no entanto, ser aceitos os formulrios utilizados pela empresa contratada para o controle tecnolgico do concreto, desde que tragam as mesmas informaes do Anexo 02.

Dever ser tomado como resistncia do exemplar (fc) o maior entre os dois valores obtidos no rompimento dos dois corpos de prova.

O clculo do fck est para cada lote dever ser feito de acordo com o roteiro apresentado a seguir, utilizando-se o formulrio do Anexo 03. No Anexo 04 so apresentados alguns exemplos de determinao do fck est.

2.3.2 Clculo do fck est para amostragem parcial: Deve-se seguir esta metodologia caso no sejam moldados exemplares de todos os caminhes ou quando o concreto for preparado na obra.

a) Concretos com nmero de exemplares (n) compreendidos no intervalo 6 ( n < 20O valor estimado da resistncia caracterstica compresso (fck est), na idade especificada, dado por:

Onde:

m = metade do nmero de n exemplares. Para determinao de m, despreza-se o valor mais alto de n, se este for mpar.

f1 ( f2 ( f3 ...( fm ...( fn so as resistncias dos exemplares em ordem crescente.

No se toma para fck est valor menor que (6.f1.

(6 um ndice que depende da condio de execuo do concreto e tambm do nmero de exemplares, conforme definido na seguinte tabela:

Nmero de exemplares (n)

234567810121416( 18

Valores de (6 para condio A0,820,860,890,910,920,940,950,970,991,001,021,03

Valores de (6 para condio B e C0,750,800,840,870,890,910,930,960,981,001,021,04

Notas:

1. Os valores de n entre 2 e 5 so empregados para os casos excepcionais definidos no item 7.2.3.3 da ABNT NBR 12655.

2. Para concretos com cimento e agregados dosados em massa e gua dosada em massa ou em volume, com dispositivo dosador e corrigida em funo da umidade dos agregados, deve-se utilizar os valores de (6 da condio A. Nos demais casos aplicam-se os valores correspondentes s condies B ou C, conforme definido na ABNT NBR 12655 (item 5.5.4.2) permitida a interpolao entre valores no constantes nesta tabela.

b) Concretos com nmero de exemplares n ( 20O valor estimado da resistncia caracterstica compresso (fck est), na idade especificada, dado por:

fck est = f cm - 1,65 Sn

Onde:

f cm = resistncia mdia do concreto compresso para a idade do ensaio

Sn = desvio padro dos resultados para n-12.3.3 Clculo do fck est para amostragem total: Metodologia utilizada somente no caso de serem moldados exemplares de todos os caminhes.

a) Concretos com nmero de exemplares (n) compreendidos no intervalo n < 20

Sabendo-se que f1 ( f2 ( f3 ...( fm ...( fn so as resistncias dos exemplares em ordem crescente, o valor estimado da resistncia caracterstica compresso (fck est), na idade especificada, dado por :

fck est = f1

b) Concretos com nmero de exemplares n ( 20

fck est = fi

Onde:

i = 1 + 0,05n (deve-se adotar a parte inteira do nmero, isto , se o resultado da operao for 2,3, deve-se tomar i = 2)

n = nmero de exemplares

2.3.4 Casos excepcionais - n ( 6: Excepcionalmente, podero ser definidos lotes menores que 10 m, com o nmero de exemplares - n - entre 2 e 5. Nestes casos, denominados excepcionais, o valor estimado da resistncia caracterstica compresso dado por:

fck est = (6.f12.3.5 Anlise dos resultados obtidos E CRITRIOS DE ACEITAO: A resistncia caracterstica compresso estimada (fck est), determinada em funo dos resultados obtidos nos ensaios de ruptura dos corpos de prova, deve ser comparada com a resistncia caracterstica estabelecida no projeto (fck).

O lote deve ser aceito caso o fck est resulte maior ou igual ao fck. Caso a resistncia caracterstica estimada resulte inferior resistncia caracterstica do projeto (fck est < fck), o engenheiro responsvel pela obra dever consultar o projetista da estrutura e o fornecedor do concreto para tomada de providncias.

Entre as diversas providncias recomendadas, sugere-se buscar inicialmente as verificaes mais econmicas, ou seja, deve-se em primeiro lugar solicitar ao projetista estrutural uma reviso do projeto, considerando o fck de projeto = fck est. No caso de um resultado insatisfatrio, deve-se ento, partir para ensaios especiais do concreto (esclerometria, ultra-som, etc.), deixando como ltima opo os ensaios da estrutura (provas de carga).

Os resultados dos rompimentos dos corpos de prova (fc) de cada lote devem ser analisados em conjunto. Alguns valores menores que o fck no levam necessariamente a uma no aceitao automtica da estrutura. Um fck est maior ou igual ao de projeto, autoriza a aceitao da estrutura, mesmo havendo alguns valores de fc menores que o do fck.

Apesar de se ter fck est ( fck, os valores individuais (fc) baixos no devem ser ignorados, importante procurar identificar as causas destes resultados. Diversos fatores podem ter contribudo para a obteno de baixas resistncias dos corpos de prova, como por exemplo:

1) Concreto de baixa resistncia (o que certamente resultaria em fck est ( fck);

2) Falha na coleta da amostra;

3) Moldagem incorreta dos corpos de prova;

4) Cura e transporte inadequado dos corpos de prova.

Nestes casos, conveniente identificar as peas onde o concreto em questo foi utilizado e inspecion-las, mesmo que seja apenas visualmente.

Tambm devem ser considerados nesta anlise os resultados dos rompimentos dos corpos de prova da mesma amostra com outras idades.

3. OBSERVAES: Embora no seja obrigatrio, recomenda-se adotar no caso de concreto usinado o critrio de amostragem total. A amostragem parcial mais adequada quando o concreto preparado na prpria obra em betoneiras de pequena capacidade, pois neste caso o nmero de betonadas bem maior do que quando misturados em caminhes-betoneira. A utilizao da amostragem total levaria a um grande nmero de corpos de prova.

A ttulo de exemplo, para se preparar 20 m3 de concreto em uma betoneira estacionria de 520 l, so necessrias cerca de 40 betonadas. Na amostragem parcial seriam moldados 6 exemplares (se no for ultrapassado o prazo de 3 dias de concretagem) e na amostragem total este nmero se elevaria para 40 exemplares.

No caso de ter sido adotado o critrio de amostragem total e o valor do menor dos resultados dos rompimentos dos CPs - f1 - ser inferior ao fck, o que de acordo com o item 5.3.4.3 deste procedimento no permitiria a aceitao automtica do lote inspecionado, recomenda-se, antes de qualquer outra providncia, fazer a verificao supondo amostragem parcial atravs da determinao do fck est pela frmula do item 5.3.4.2.4. ANEXOS:Anexo 01 . Controle de Concretagem (modelo)

Anexo 02 . Resultados dos Ensaios de Resistncia Compresso (modelo)Anexo 03 . Determinao da Resistncia Compresso - fck est (modelo)Anexo 04 . Determinao da Resistncia Compresso - fck est (exemplos)Elaborado/revisado por:

Maurcio Murat dos Reis 16/11 / 12DataAprovado para uso:

Maurcio Murat dos Reis16/11 / 12Data

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