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1 UIDADE 1 - PLAEJAMETO DO CATEIRO DE OBRAS Livro Texto: LIMMER, Carl V. Planejamento, Orçamentação e Controle de Projetos e Obras. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S A, 1997. 1. O GERECIAMETO DE PROJETOS Período paleolítico – O homem inicia sua relação com a pedra. Período neolítico – O homem aprende a trabalhar a pedra. Período glacial – Com o surgimento das florestas os animais ficaram menores e mais ágeis obrigando o homem a persegui-los. Com seu deslocamento surgem as necessidades das primeiras novas moradias. O sentimento de segurança ligada à pedra, levou o homem a usa-la como material de construção. A princípio sem rejuntamento, depois rejuntando com argila, e finalmente, com uma mistura de argila e óleo orgânico (baleia, por exemplo). Obras notáveis dessa fase da pedra são exemplos as pirâmides do Egito> Destas a pirâmide de Quéops tinha as seguintes características: Volume original – 2.521.000 m 3 Blocos de arenito – 2.300.000, com peso médio de 2,9 t cada, extraídos de pedreiras situadas na margem oposta do rio Nilo. Segundo narra Heródoto, (que lá esteve cerca de 450 a.C.), a mão-de-obra composta de 100 mil escravos, cortava os blocos e os transportava em trenós e roletes de madeira sobre vias de pedra polida até o pé da pirâmide em construção e daí, por meio de planos inclinados, até o local definitivo. Não nos relata a História se neste caso houve projeto de engenharia – conceitual, básico ou detalhado – para a execução. Também não registra se o empreendimento era adequadamente planejado, programado e controlado. O que nos conta e História, é que esse empreendimento, datado de 2.500 a.C., levou 20 anos sendo construído. Conta-nos também a Historia que, se o arquiteto do faraó, a quem se destinava a pirâmide como tumba, não a terminasse antes da morte do potentado, o arquiteto seria emparedado vivo dentro da pirâmide. É o único sinal de que havia alguma preocupação por parte de alguém com a duração da obra. Na construção das pirâmides, os recursos de mão-de-obra e materiais eram ilimitados, não havendo controle sobre o que era consumido. Já os custos, segundo Marcus Vitruvius Pollio, em seu “De Architectura”, escrito entre 33 e 14 a.C., o arquiteto e o mestre-de-obras eram responsáveis pelo cumprimento do orçamento que estimavam para cada obra. Nos dias de hoje, muitas obras habitacionais ainda são executadas dessa forma artesanalmente, com um planejamento informal, sem garantia do cumprimento do prazo previamente estabelecido e, muito menos, do orçamento.

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U�IDADE 1 - PLA�EJAME�TO DO CA�TEIRO DE OBRAS

Livro Texto: LIMMER, Carl V. Planejamento, Orçamentação e Controle de Projetos e Obras. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S A, 1997.

1. O GERE�CIAME�TO DE PROJETOS

⇒ Período paleolítico – O homem inicia sua relação com a pedra. ⇒ Período neolítico – O homem aprende a trabalhar a pedra. ⇒ Período glacial – Com o surgimento das florestas os animais ficaram

menores e mais ágeis obrigando o homem a persegui-los. Com seu deslocamento surgem as necessidades das primeiras novas moradias.

O sentimento de segurança ligada à pedra, levou o homem a usa-la como material de construção. A princípio sem rejuntamento, depois rejuntando com argila, e finalmente, com uma mistura de argila e óleo orgânico (baleia, por exemplo). Obras notáveis dessa fase da pedra são exemplos as pirâmides do Egito> Destas a pirâmide de Quéops tinha as seguintes características: � Volume original – 2.521.000 m3 � Blocos de arenito – 2.300.000, com peso médio de 2,9 t cada, extraídos de pedreiras situadas na margem oposta do rio Nilo.

Segundo narra Heródoto, (que lá esteve cerca de 450 a.C.), a mão-de-obra composta de 100 mil escravos, cortava os blocos e os transportava em trenós e roletes de madeira sobre vias de pedra polida até o pé da pirâmide em construção e daí, por meio de planos inclinados, até o local definitivo. Não nos relata a História se neste caso houve projeto de engenharia – conceitual, básico ou detalhado – para a execução. Também não registra se o empreendimento era adequadamente planejado, programado e controlado. O que nos conta e História, é que esse empreendimento, datado de 2.500 a.C., levou 20 anos sendo construído. Conta-nos também a Historia que, se o arquiteto do faraó, a quem se destinava a pirâmide como tumba, não a terminasse antes da morte do potentado, o arquiteto seria emparedado vivo dentro da pirâmide. ⇒ É o único sinal de que havia alguma preocupação por parte de alguém com a

duração da obra. ⇒ Na construção das pirâmides, os recursos de mão-de-obra e materiais eram

ilimitados, não havendo controle sobre o que era consumido. ⇒ Já os custos, segundo Marcus Vitruvius Pollio, em seu “De Architectura”, escrito

entre 33 e 14 a.C., o arquiteto e o mestre-de-obras eram responsáveis pelo cumprimento do orçamento que estimavam para cada obra.

Nos dias de hoje, muitas obras habitacionais ainda são executadas dessa forma artesanalmente, com um planejamento informal, sem garantia do cumprimento do prazo previamente estabelecido e, muito menos, do orçamento.

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Já os empreendimentos de maior porte não podem ser levados a bom termo sem um planejamento formal. Para tal são seguidos os seguintes passos:

1) Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica. 2) Desenvolvimento do Projeto Básico de Engenharia. 3) Projeto de Engenharia detalhado para execução. 4) Suprimento de insumos necessários à materialização do projeto. 5) Construção.

Uma das grandes falhas na estruturação de trabalho de engenharia, é a falta de comunicação entre os atores:

� O arquiteto desenvolve o projeto de arquitetura. � O engenheiro calculista projeta as estruturas. � Os engenheiros de instalações (elétrica, hidráulica, telecomunicações, ar

condicionado etc) elaboram os projetos de suas especialidades. No entanto, cada um realiza o trabalho segundo sua percepção, sem trocar informações com os demais integrantes do processo de criação, pois essa troca demanda tempo e tempo é dinheiro. • Durante a execução surgem as “bonecas”, os “bacalhaus”, os cortes de

ferragem etc. • São tubos atravessando vigas ou cruzando lages(onde certamente serão

amassado, tornando-os inúteis como condutores). São pilares e vigas que formam nichos indesejáveis ou obrigam um engrossamento de paredes. São cotas erradas que exigem um retrabalho, havendo até casos de inversão a planta em relação ao terreno.

• Já na fase de ocupação de uma edificação, aparecem as incompatibilidades da instalação com o arranjo dos móveis.

Numa época em que se fala em qualidade e, por extensão em produtividade é preciso que o gerenciamento de um projeto (empreendimento) seja feito como um todo, reunindo recursos humanos, materiais, equipamentos de forma a se obter o produto desejado – obra construída – dentro dos parâmetros de prazo, custo, qualidade e riscos previamente estabelecidos. O problema da qualidade hoje se situa em um plano diferente daquele no qual a qualidade a obter era definida nas especificações do projeto, também conhecidas com “Caderno de Encargos”. O conceito atual da qualidade pode ser entendido pela frase “UMA CORRENTE É TÃO FORTE QUANTO SEU ELO MAIS FRACO” Qualidade de materiais: Há sinais de fabricantes já preocupados Qualidade da mão-de-obra: Erros e vícios se multiplicam. É muito freqüente nas obras o princípio de que quaisquer erros de prumo ou de alinhamento de painéis de alvenaria podem ser corrigidos “na massa”, o que não só conduz a um maior consumo de material, como cria uma sobrecarga indesejável na estrutura da edificação.

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2. O PROJETO COMO EMPREE�DIME�TO Conceituação de Projeto: Empreendimento singular, com objetivos definidos, a ser materializado segundo um plano preestabelecido e dentro de condições de prazo, custo, qualidade e risco previamente definidos. O empreendimento da construção se enquadra como uma indústria, a chamada “indústria da construção”, onde cada empreendimento se caracteriza por ser de duração relativamente curta e com um produto final fixo, embora não rotineiro – cada obra é uma obra e é única.

Estágios de um Projeto:

1) Concepção - identificação da necessidade de ser implantado - EVTE

2) Planejamento - desenhos - especificações de materiais - especificações de equipamentos - definição das técnicas de execução - cronogramas - orçamentos - diretrizes gerenciais

3) Execução - estruturação do gerenciamento execução da obra - aquisição de recursos materiais e mão-de-obra - materialização dos componentes físicos do projeto - garantias de qualidade - avaliação do desempenho - análise do progresso alcançado - modificações do projeto, ditadas pela retroalimentação do sistema 4) Finalização - colocação em operação da obra construída - transferência de materiais para seus legítimos proprietários - documentação de resultados - transferência de responsabilidades - desmobilização dos recursos

Um projeto também pode ser caracterizado por fases que se sobrepõem e que são normalmente interdependentes. EVTE Engenharização Suprimento Construção Pré-operação Utilização Desmob

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ATIVIDADES TÍPICAS DE GERENCIAMENTO DE UM PROJETO

3. PLA�EJAME�TO DO CA�TEIRO DER OBRAS

Bibliografia: http://habitare.infohab.org.br/pdf/publicacoes/capitulos_rt_3.pdf

http://www.planejamentodeobras.com.br 3.1.CONCEITO

o Planejamento do arranjo físico. o Planejamento da logística das instalações provisórias. o Planejamento das instalações de segurança. o Planejamento dos sistemas de movimentação de materiais,

equipamentos e pessoal. o Planejamento do armazenamento dos materiais. o Planejamento de vestiários e habitações.

3.2. OBJETIVOS ⇒ Alto Nível

� Promover operações eficientes e seguras. � Manter a motivação dos empregados.

⇒ Baixo Nível � Minimizar distâncias de transporte. � Minimizar tempos de movimentação de pessoal e material. � Minimizar manuseio de equipamentos e materiais. � Evitar obstruções ao deslocamento.

GERÊNCIA DO PROJETO

GERÊNCIA DO PROJETO

GERÊNCIA DO PROJETO

GERÊNCIA DO PROJETO

GERÊNCIA DO PROJETO

GERÊNCIA DO PROJETO

Atividade meio

Atividade fim

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3.3. TIPOS DE CANTEIROS

a) Restritos: A construção ocupa o terreno completo ou um alto percentual deste. Acessos restritos. Exemplo: Construções em áreas centrais da cidade, ampliações, reformas.

b) Amplos: A construção ocupa somente uma parcela relativamente pequena do terreno. Há disponibilidade de acesso para veículos e de espaços para áreas de armazenamento e acomodação de pessoal.

Exemplo: Construção de plantas industriais, conjuntos habitacionais horizontais e outras grandes obras como barragens, usinas hidrelétricas etc.

c) Longos e Estreitos: São restritos em apenas algumas dimensões, com

possibilidade de acesso em poucos pontos do canteiro.

Exemplo: Trabalhos e estradas de ferro e rodovias, redes de gás e petróleo, e alguns casos de edificações em zonas urbanas.

3.4. O PROCESSO DE PLANEJAMENTO DE CANTEIROS DE OBRA

O processo de planejamento deve ser visto como um processo gerencial, com coleta de dados, análise a avaliação. Compreende 4 etapas:

o Diagnóstico de canteiros de obras existentes. o Padronização das instalações e dos procedimentos de planejamento. o Planejamento do canteiro de obras propriamente dito. o Manutenção e organização do canteiro, baseado no programa 5S. 3.4.1. Diagnóstico de canteiros de obras existentes. Comporta 3 ferramentas: � Lista de Verificação (checklist) É a mais abrangente dentre todas as ferramentas, permitindo uma ampla análise qualitativa de canteiros, no âmbito da logística e do layout, segundo os seus 3 principais aspectos: instalações provisórias, segurança do trabalho, sistema de monitoramento e armazenamento de materiais e equipamentos. � Elaboração de croquis (layout) Deve conter os seguintes dados, marcados na folha A4: (1) Definição aproximada do perímetro dos pavimentos,

diferenciando as áreas fechadas e abertas. (2) Localização de pilares e outras estruturas que interfiram na

circulação de materiais ou pessoas, inclusive na calçada. (3) Portões de entrada no canteiro (pessoas e veículos), e acesso

coberto para clientes. (4) Localização de árvores que restrinjam ou interfiram na circulação

de materiais e pessoas.

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(5) Localização das instalações provisórias (banheiros, escritório, refeitórios etc), inclusive plantão de vendas.

(6) Todos os locais de armazenamento de materiais, inclusive depósito de entulho.

(7) Localização de calha ou tubo para remoção do entulho. (8) Localização de betoneira, grua, guincho e guincheiro, incluindo a

especificação do(s) lado(s) pelo(s) qual(is) se fazem as cargas ao guincho.

(9) Localização dos elevadores de passageiros. (10) Localização das centrais de carpintaria e aço. (11) Local de içamento de formas e armaduras. (12) Localização de passarelas, rampas e/ou escadas provisórias com

indicação aproximada do desnível. (13) Linhas de fluxo principais. � Registro fotográfico Principais pontos a serem fotografados: (1) Armazenamento de areia. (2) Armazenamento de tijolos. (3) Armazenamento de cimento. (4) Entulho (em depósito ou não). (5) Condições do terreno por onde circulam caminhões. (6) Refeitório, vestiários, banheiros, com as respectivas instalações

provisórias. (7) Detalhamento do sistema construtivo das instalações provisórias. (8) Fechamento de poços de elevadores. (9) Corrimão provisório de escadas.

(10) Sistema de fixação das treliças, das bandejas salva-vidas na edificação.

(11) Acesso ao guincho nos pavimentos. (12) Proteção contra quedas no perímetro dos pavimentos. (13) Sistema de drenagem.

3.4.2. Padronização dos canteiros. 3.4.3. Planejamento do canteiro Usar a lista de necessidades abaixo:

INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS – ÁREAS DE VIVÊNCIA E APOIO

OK Dimensões Estimadas

� Quarto do funcionário residente � Escritório � Almoxarifado da empresa � Almoxarifado dos empreiteiros � Refeitório � Vestiário � Área de lazer � Instalações sanitárias � Acesso coberto para pessoas � Portão de veículos

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� Portão para pessoas � Plantão de vendas INSTALAÇÕES DE MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE MATERAIS

� Elevador de carga (guincho) e posto do guincheiro � Grua � Betoneira � Baia de areia � Baia de brita � Baia de argamassa pré-misturada � Estoque de cimento � Estoque de blocos � Estoque de armaduras � Estoque de tubos de PVC � Estoque de gesso � Caçamba ou baia para entulho � Central de carpintaria � Central de aço

3.4.4. Manutenção e organização do canteiro (5S) É comum quer exista entre profissionais da construção civil a percepção de que canteiros de obras são locais destinados a serem sujos e desorganizados, características determinadas pela natureza do processo produtivo e pela baixa qualificação da mão-de-obra. Manutenção e Organização do canteiro de obras → programa 5S: ⇒ SEIKI → DESCARTE ⇒ SEITON → ORDEM ⇒ SEISO → LIMPEZA ⇒ SEIKETSU → ASSEIO ⇒ SHITSUKE → DISCIPLINA

1º S – DESCARTE

� Identificar materiais ou objetos que são desnecessários no local de trabalho e encaminhá-los ao descarte, retirando-os do canteiro de obras.

2º S – ORDEM (ORGANIZAÇÃO)

� Estabelecer lugares certos para todos os objetos, diminuindo o tempo de busca pelos mesmos.

3º S – LIMPEZA

� Tornar mais agradável o ambiente de trabalho. � Melhorar a imagem da empresa perante clientes e funcionários. � Facilitar a manutenção de equipamentos e ferramentas.

4º S – ASSEIO

� Conscientizar os trabalhadores sobre a importância de manter a higiene individual

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� Manter condições ambientais satisfatórias de trabalho (níveis de ruído, iluminação e temperatura)

5º S – DISCIPLINA

� Desenvolver a responsabilidade individual e a iniciativa dos trabalhadores

QUALIDADE �A CO�STRUÇÃO

1. INTRODUÇÃO Prazo de Execução

1) Elenco de atividades a serem executadas. 2) Seqüência lógica dessas atividades. 3) Inter-relacionamento entre elas. 4) Metodologia empregada. 5) Processos de execução. 6) Disponibilidade de recursos necessários.

Custo

1) Elenco de atividades a serem executadas. 2) Seqüência lógica dessas atividades. 3) Inter-relacionamento entre elas. 4) Metodologia empregada. 5) Processos de execução. 6) Disponibilidade de recursos necessários. 7) Disponibilidade de recursos financeiros. 8) Prazos e Custos Gerenciais.

Qualidade

1) Pouca ou nenhuma atenção tem sido dada à qualidade do produto acabado, ou seja, da obra construída.

2) A atitude tem sido a ênfase dada ao acompanhamento de prazos e de custos no gerenciamento de projetos e obras, sendo que, a qualidade, até aqui, só tem sido verificada quanto a alguns insumos – materiais constituídos por produtos

GERENCIAMENTO DE UM PROJETO

PRAZO DE EXECUÇÃO

CUSTO

QUALIDADE

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acabados e semi-acabados – e, muitas vezes, com lastro em especificações deficientes.

3) Não é levado em consideração o consumidor ou o próprio usuário do produto, nem o custo acarretado pela não-qualidade.

4) Esse custo tem sido coberto por ampla margem de ganho. CUIDADO: (1) O consumidor vem adquirindo maior consciência do que seja qualidade, demandando produtos que a atendam. (2) O mundo moderno, transformado em aldeia global pela difusão acelerada da informação pelos meios de comunicação e por força de intercambio entre as nações, faz com que os padrões de qualidade sejam cada vez mais difundidos e passem a ser aspiração de um número crescente de cidadãos. 1.1 CONCEITO DE QUALIDADE

1) Almejada por todos, as qualidade varia de acordo com as aspirações de cada um, sendo por isso difícil defini-la.

2) Conceito de Qualidade → É a totalidade das características de um produto ou

serviço que permitam satisfazer as necessidades requeridas. (European Organization for Quality Control – EOQC) (American Society for Quality Control – ASQC) (Citada na ANSI/ASQC A3 1978).

3) O significado de qualidade carrega consigo uma conotação pessoal muito ampla,

dependendo de quem a define e, além disso, sofre influências de cunho cultural, psicológico, social e econômico.

4) CROSBY, no livro Qualidade é Investimento, da editora José Olímpio, destaca

ser a qualidade algo que todos intimamente desejam e que, em função disso, “qualidade tem muita coisa em comum com sexo”:

� Todos são a favor (em determinadas circunstâncias). � Todos acreditam que a compreendem (embora não saibam explica-la). � Todos pensam que, para sua execução, basta seguir as inclinações naturais.

� A maioria acha que todos os problemas nessa área são causados por outras pessoas.

5) Dependendo do ponto de vista, o enfoque e o conceito de qualidade variam,

conforma o quadro abaixo.

Ponto de vista Enfoque Conceito Filosofia Transcendental Excelência Economia Produto Composição Marketing Usuário Adequação ao uso Projeto Como se faz Especificações Produção Valo VE X D / C x Co

VE X D / C x Co = Valor Econômico x Desempenho / Custo x Conformidade