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1 INTRODUÇÃO A execução de um trabalho acadêmico torna-se menos fatigante quando segue determinada estrutura e apresenta método e metodologia capazes de agilizar sua elaboração. Fica evidente que o trabalho de elaboração de uma monografia, dissertação ou tese é uma tarefa difícil. No entanto, a repetição de certos procedimentos técnicos aprovados pela comunidade científica pode tornar a tarefa de elaboração de um trabalho acadêmico menos cansativa. Seguir as normas de representação descritiva de documentos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que geralmente é uma tradução ou adaptação das normas da International Organization for Standardization (ISO), é uma das formas de se diminuir os problemas na hora de produzir um trabalho acadêmico e de demonstrar que o pesquisador está preocupado com a qualidade do material a ser apresentado à comunidade científica. As aplicações práticas das Normas Brasileiras são muitas. A norma se faz presente na fabricação de produtos, na transferência de tecnologia, através de informações codificadas. É aplicável na melhoria da qualidade de vida através, por exemplo, de normas relativas à saúde, segurança e preservação do meio ambiente. Observar que, na produção de um texto científico, devem ser seguidos os princípios que lhe confiram clareza, concisão, coerência, correção e precisão. Para alcançar-se com êxito 8

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1 INTRODUO

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1 INTRODUO

A execuo de um trabalho acadmico torna-se menos fatigante quando segue determinada estrutura e apresenta mtodo e metodologia capazes de agilizar sua elaborao. Fica evidente que o trabalho de elaborao de uma monografia, dissertao ou tese uma tarefa difcil. No entanto, a repetio de certos procedimentos tcnicos aprovados pela comunidade cientfica pode tornar a tarefa de elaborao de um trabalho acadmico menos cansativa.

Seguir as normas de representao descritiva de documentos da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), que geralmente uma traduo ou adaptao das normas da International Organization for Standardization (ISO), uma das formas de se diminuir os problemas na hora de produzir um trabalho acadmico e de demonstrar que o pesquisador est preocupado com a qualidade do material a ser apresentado comunidade cientfica.

As aplicaes prticas das Normas Brasileiras so muitas. A norma se faz presente na fabricao de produtos, na transferncia de tecnologia, atravs de informaes codificadas. aplicvel na melhoria da qualidade de vida atravs, por exemplo, de normas relativas sade, segurana e preservao do meio ambiente.

Observar que, na produo de um texto cientfico, devem ser seguidos os princpios que lhe confiram clareza, conciso, coerncia, correo e preciso. Para alcanar-se com xito esses pr-requisitos, se faz necessrio, muitas vezes, muita leitura.

A qualidade da leitura varia segundo a maior ou menor possibilidade do leitor quanto ao conhecimento do vocabulrio. O domnio do vocabulrio possibilita maior compreenso do texto e maior eficcia da leitura. A ampliao do vocabulrio caminha paralelamente ao desempenho da leitura. Quem l pouco em geral tem vocabulrio reduzido. Em princpio, pode-se recomendar buscar no dicionrio toda palavra desconhecida que aparece num texto.

Na unidade 2 desta obra descreveu-se sobre a pesquisa cientfica. Na unidade 3 relatou-se os principais mtodos e tcnicas de pesquisa. Na unidade 4 apresentou-se a estrutura de um projeto de pesquisa. Na unidade 5 detalhou-se o trabalho monogrfico e na unidade 6 mostrou-se a sua estrutura. Nas unidades 7 e 8 comentou-se sobre o estilo e as formas de apresentao de um trabalho monogrfico. Finalmente, na unidade 9, mostrou-se todas as formas de se efetuar as referncias.

2 PESQUISA CIENTFICA

H algum tempo, considerava-se a pesquisa cientfica coisa de gnio, ou seja, algo excepcional, fruto da inspirao, avesso a qualquer tipo de planejamento. Hoje, j no mais possvel admitir essa idia de estalo, pois sabe-se que as descobertas e as invenes do mundo moderno no ocorrem por acaso ou por intuio, mas por meio de pesquisas sistemticas, organizadas.

Por esse motivo, dizemos que uma atividade denominada cientfica quando produz cincia ou dela deriva. Pesquisa cientfica a realizao concreta de uma investigao planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia consagrada pela cincia, que tem por objetivo encontrar solues para os problemas propostos.

2.1 POR QUE SE FAZ PESQUISA?

H muitas razes que determinam a realizao de uma pesquisa. Podem, no entanto, ser classificadas em dois grandes grupos: razes de ordem intelectual e razes de ordem prtica. As primeiras decorrem do desejo de conhecer pela prpria satisfao de conhecer. As ltimas decorrem do desejo de conhecer com vistas a fazer algo de maneira mais eficiente ou eficaz.

2.2 QUALIDADE DAS FONTES DA PESQUISA

Em primeiro lugar, a elaborao de um trabalho cientfico exige o apoio das prprias idias reconhecidamente aceitas. No h como citar um texto ruim, exceto para mostrar sua precariedade. O trabalho tcnico ou cientfico pressupe vasta consulta bibliogrfica que sirva de sustentao s idias que se pretende expor. A biblioteca tem sido, portanto, o passo obrigatrio para os estudiosos que desejam apresentar textos bem fundamentados e aqui no h como abreviar o tempo de consulta, que deve ser levada exausto. A familiarizao com os servios de bibliotecas, bem como com o acervo a existente, pode proporcionar benefcios extraordinrios obra que se quer realizar. H dois tipos de bibliotecas: as especializadas e as gerais. Estas aguardam textos de todas as espcies enquanto aquelas interessam-se apenas por proteger obras de um ramo do conhecimento.

No devemos nos esquecer das bibliotecas virtuais, ou seja, aquelas que podem ser visitadas e consultadas via Internet.

2.2.1 Acervo

Acervo bibliogrfico um conjunto de obras que formam o patrimnio de uma biblioteca, ou o conjunto de documentos abrigados e organizados por uma biblioteca. As bibliotecas ou centros de informao abrigam milhares de obras, classificadas por algum sistema, tais como o sistema de Melvil Dewey (Classificao Decimal de Dewey CDD) (ver anexo A) ou o sistema de Classificao Decimal Universal CDU. Ambas as classificaes so decimais, isto , as obras publicadas so distribudas em dez classes. As bibliotecas ou centros de informao, alm dessas classificaes, valem-se de uma diviso em tipos de publicao, tipos de informao e uso.

Quanto publicao, as bibliotecas ou centros de informao dividem seus livros em coleo geral de livros, obras de referncia e peridicos (boletins, revistas e jornais). A coleo de livros gerais abarca livros cientficos, didticos e literrios. As obras de referncia englobam enciclopdias, dicionrios, ndices, atlas e bibliografias. Os peridicos so as publicaes que apresentam artigos atuais.

2.3 TIPOLOGIA DE PESQUISA

Os tipos de pesquisa podem ser classificados de vrias formas, segundo critrios diversos, que adotam diferentes pontos de vista, a saber: a) quanto natureza, que pode constituir-se em um trabalho cientfico original ou em um resumo de assunto; por trabalho cientfico original entende-se uma pesquisa realizada pela primeira vez, que venha a contribuir para a evoluo do conhecimento em determinada rea da cincia; o resumo de assunto um tipo de pesquisa que dispensa a originalidade, mas no o rigor cientfico; trata-se de pesquisa fundamentada em trabalhos mais avanados, que utiliza metodologia adequada e apresenta a anlise e interpretao dos fatos estudados sob um enfoque original;

b) quanto aos objetivos, a pesquisa pode ser classificada em,

pesquisa exploratria configura-se como a fase preliminar, antes do planejamento formal do trabalho; so finalidades da pesquisa exploratria proporcionar maiores informaes sobre o assunto que se vai investigar, facilitar a delimitao do tema da pesquisa, orientar a fixao dos objetivos e a formulao das hipteses ou descobrir um novo tipo de enfoque para o assunto; atravs da pesquisa exploratria avalia-se a possibilidade de desenvolver um bom trabalho, estabelecendo-se os critrios a serem adotados, os mtodos e as tcnicas adequadas;

pesquisa descritiva nesse tipo de pesquisa, os fatos so observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira sobre eles; portanto, os fenmenos do mundo fsico e humano so estudados, mas no manipulados pelo pesquisador; incluem-se entre as pesquisas descritivas a maioria daquelas desenvolvidas nas cincias humanas e sociais, tais como as pesquisas de opinio, as mercadolgicas, os levantamentos socioeconmicos e os psicossociais; em sua forma mais simples, as pesquisas descritivas aproximam-se das exploratrias; em outros casos, quando ultrapassam a identificao das relaes entre as variveis, procurando estabelecer a natureza dessas relaes, aproximam-se das pesquisas explicativas;

pesquisa explicativa esse um tipo de pesquisa mais complexo, pois, alm de registrar, analisar, classificar e interpretar os fenmenos estudados, procura aprofundar o conhecimento da realidade, procurando a razo, o porqu das coisas e, por esse motivo, est mais sujeita a erros; so os resultados das pesquisas explicativas que fundamentam o conhecimento cientfico;

c) quanto aos procedimentos, isto , a maneira pela qual se obtm os dados necessrios para a elaborao da pesquisa, permite distinguir as pesquisas de campo e as pesquisas de fontes de papel; nesta modalidade incluem-se a pesquisa bibliogrfica e a documental; a pesquisa de campo baseia-se na observao direta dos fatos; o pesquisador efetua a coleta de dados em campo, diretamente no local da ocorrncia dos fatos;

d) quanto ao objeto, classifica-se em,

pesquisa bibliogrfica tanto pode ser um trabalho em si mesma quanto constituir-se em procedimento preparatrio para a realizao de outra pesquisa;

pesquisa de laboratrio no sinnimo de pesquisa experimental, ainda que a maioria das pesquisas de laboratrio o sejam;

pesquisa de campo desenvolvida principalmente nas cincias sociais, no se caracteriza como experimental pois no tem o objetivo de produzir ou reproduzir fenmenos, embora em determinadas circunstncias seja possvel realizar pesquisa de campo experimental.

3 MTODOS E TCNICAS DE PESQUISA

3.1 MTODOS

Desde que o homem comeou a tomar conscincia do mundo exterior e a interrogar-se a respeito dos fatos da natureza, foi movido por um impulso de querer saber. Esse desejo de conhecimento levava, necessariamente, vontade de saber fazer, isto , de descobrir os caminhos que pudessem conduzi-lo ao seu objetivo.

Surgiu, assim, a necessidade do mtodo. O mtodo o caminho que se percorre na busca do conhecimento.

Para efeitos didticos, dividem-se os mtodos em dois grandes grupos: mtodos de abordagem e mtodos de procedimentos. Os primeiros so constitudos de procedimentos gerais, que norteiam o desenvolvimento das etapas fundamentais de uma pesquisa cientfica, permitindo, por isso, seu emprego em vrias cincias. O mtodo dedutivo, por exemplo, um mtodo de abordagem que pode ser adotado na matemtica, na sociologia, na economia, na fsica terica, entre outras. Esses mtodos so exclusivos entre si; contudo, na mesma pesquisa, pode-se usar o mtodo dedutivo em determinada parte e o indutivo em outra. De modo geral, na elaborao de teses, emprega-se o mtodo dedutivo na demonstrao. O mtodo indutivo mais usado para a pesquisa e para a definio de conceitos, para a caracterizao dos fatos e o estabelecimento de leis. Pela induo pode-se chegar identificao de premissas expressivas.

3.1.1 Mtodos de Abordagem

De acordo com a forma de raciocnio utilizada, os mtodos de abordagem classificam-se em:

a) dedutivo;

b) indutivo;

c) hipottico-dedutivo;

d) dialtico.

A deduo o caminho das conseqncias, pois uma cadeia de raciocnios em conexo descendente, ou seja, do geral para o particular, leva concluso. Segundo esse mtodo, partindo-se de teorias e leis gerais, pode-se chegar determinao ou previso de fenmenos ou fatos particulares.

A induo percorre o caminho inverso ao da deduo, isto , a cadeia de raciocnios estabelece a conexo ascendente, ou seja, do particular para o geral. Nesse caso, as constataes particulares que levam s leis gerais.

De certa forma, o mtodo indutivo confunde-se com o experimental, que compreende as seguintes etapas:

a) observao estudo das manifestaes da realidade, espontneas ou provocadas; a observao cientfica obviamente, difere da observao comum, por ser rigorosa, precisa, metdica e voltada para a explicao dos fatos; a observao cientfica, freqentemente, necessita de instrumentos que a tornam mais objetiva, mais rigorosa e quantificam o que est sendo observado;

b) hiptese explicao provisria do fenmeno a ser estudado; a hiptese prope uma soluo para o problema, que a investigao confirmar como verdadeira ou no; por esse motivo, a qualidade principal da hiptese ser passvel de verificao;

c) experimentao observao provocada com o fim de controle da hiptese; enquanto na observao os fenmenos so estudados como se apresentam, na experimentao os fenmenos so estudados nas condies determinadas pelo experimentador; a importncia da experimentao est no fato de proporcionar condies privilegiadas de observao, podendo-se repetir os fenmenos, variar as situaes de experincia e tornar mais lentos os fenmenos muito rpidos; quando a experimentao no confirma a hiptese formulada, a pesquisa cientfica deve recomear, na busca da confirmao de outra hiptese;

d) comparao classificao, anlise e crtica dos dados recolhidos;

e) abstrao verificao dos pontos de acordo e desacordo dos dados recolhidos;

f) generalizao consiste em estender a outros casos semelhantes um conceito obtido nos fenmenos observados.

O mtodo hipottico-dedutivo considerado lgico, por excelncia. Acha-se historicamente relacionado com a experimentao, motivo pelo qual bastante usado no campo das pesquisas das cincias naturais. No fcil estabelecer a distino entre o mtodo hipottico-dedutivo e o indutivo, uma vez que ambos se fundamentam na observao. A diferena que o mtodo hipottico-dedutivo no se limita generalizao emprica das observaes realizadas, podendo-se, atravs dele, chegar construo de teorias e leis.

O mtodo dialtico no envolve apenas questes ideolgicas, geradoras de polmicas. Trata-se de um mtodo de investigao da realidade pelo estudo de sua ao recproca, da contradio inerente ao fenmeno e da mudana dialtica que ocorre na natureza e na sociedade. O mtodo dialtico ope-se a todo conhecimento rgido; tudo visto em mudana constante, pois sempre h algo que surge e se desenvolve e algo que se desagrega e se transforma.

3.1.2 Mtodos de Procedimentos

Quanto aos mtodos de procedimentos, no so exclusivos entre si e devem ser adequados a cada rea de pesquisa. O mtodo histrico, o comparativo e o estatstico podem ser empregados concomitantemente no mesmo trabalho, se adequados aos objetivos da pesquisa. Ao contrrio dos mtodos de abordagem, tm carter especfico e relacionam-se, no com o plano geral do trabalho, mas com suas etapas. Os principais mtodos de procedimentos, na rea de estudos sociais, so:

a) histrico;

b) comparativo;

c) monogrfico;

d) estatstico;

e) funcionalista;

f) estruturalista.

O mtodo histrico consiste na investigao dos acontecimentos, processos e instituies do passado, para verificar a sua influncia na sociedade de hoje.

O mtodo comparativo realiza comparaes com a finalidade de verificar semelhanas e explicar divergncias. um mtodo usado tanto para comparaes de grupos no presente e no passado, quanto entre sociedades de iguais ou diferentes estgios de desenvolvimento.

O mtodo monogrfico, ou estudo de caso, consiste na observao de determinados indivduos, profisses, condies, instituies, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter generalizaes. O estudo monogrfico pode tambm abranger o conjunto das atividades de um grupo social particular, como, por exemplo, as cooperativas, um grupo de indgenas, os delinqentes juvenis ou os idosos na sociedade atual. A vantagem do mtodo consiste em respeitar a totalidade solidria dos grupos, ao estudar, em primeiro lugar, a vida do grupo em sua unidade concreta, evitando a dissociao prematura dos seus elementos.

O mtodo estatstico fundamenta-se na utilizao da teoria estatstica das probabilidades. Suas concluses apresentam grande probabilidade de serem verdadeiras, embora admitam certa margem de erro. A manipulao estatstica permite comprovar as relaes dos fenmenos entre si e obter generalizaes sobre sua natureza, ocorrncia ou significado.

O mtodo funcionalista mais um mtodo de interpretao que de investigao, enfatizando as relaes e o ajustamento entre os diversos componentes de uma cultura ou sociedade. Assim sendo, este mtodo visa ao estudo da sociedade do ponto de vista da funo das suas unidades, uma vez que considera toda atividade social e cultural como funcional ou como desempenho de funes.

O mtodo estruturalista, parte da investigao de um fenmeno concreto, atinge o nvel do abstrato atravs da constituio de um modelo que represente o objeto de estudo, retornando ao concreto, dessa vez, como a realidade estruturada e relacionada com a experincia do sujeito social. O mtodo estruturalista, portanto, caminha do concreto para o abstrato e vice-versa, dispondo, na segunda etapa, de um modelo para analisar a realidade concreta dos diversos fenmenos.

3.2 TCNICAS

Tcnicas so conjuntos de normas usadas especificamente em cada rea das cincias. As tcnicas de pesquisa acham-se relacionadas com a coleta de dados, ou seja, com a parte prtica da pesquisa. Da, afirma-se que tcnica a instrumentao especfica da coleta de dados. Podem ser agrupadas em dois tipos:

a) documentao indireta;

b) documentao direta.

3.2.1 Documentao Indireta

Incluem-se nos procedimentos da documentao indireta a pesquisa bibliogrfica e a pesquisa documental. A pesquisa documental fundamenta-se no levantamento de documentos, escritos ou no, de primeira mo, isto , que no se prestaram ainda para o embasamento de uma pesquisa e, portanto, ainda no foram trabalhados. Podem ser retrospectivos ou contemporneos.

A coleta de dados para uma pesquisa documental poder ser realizada em bibliotecas, mas o pesquisador deve recorrer tambm aos acervos de arquivos pblicos ou particulares, cartrios, museus, fontes estatsticas, obras de arte, fitas de vdeo ou sonoras e outras.

Nos arquivos pblicos, sejam federais, estaduais ou municipais, o pesquisador, de modo geral, poder encontrar:

a) ordens rgias, decretos-leis, ofcios, relatrios, anurios, alvars, entre outras;

b) publicaes parlamentares, atas, debates e projetos de lei, relatrios, entre outros.

Os arquivos particulares podero guardar:

a) correspondncias, dirios, memrias, autobiografias, objetos artsticos, fotos, filmes, fitas de udio e de vdeo.

As fontes estatsticas e cartogrficas podero ser localizadas nos arquivos de empresas ou entidades, associaes, sindicatos, museus, escolas ou no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE).

3.2.2 Documentao Direta

Abrange a observao direta intensiva e a observao direta extensiva. A primeira compreende as tcnicas de observao propriamente ditas e as entrevistas. A segunda, compreende as tcnicas mais utilizadas nas pesquisas de campo.

3.2.2.1 Observao direta intensiva

So vrias as modalidades de observao direta intensiva:

a) sistemtica quando planejada, estruturada;

b) assistemtica no estruturada;

c) participante quando o pesquisador participa dos fatos observados;

d) individual realizada por um pesquisador apenas.

3.2.2.2 Entrevista

A entrevista uma tcnica de observao direta intensiva, muito empregada na pesquisa das cincias sociais, sociologia, antropologia, poltica, servio social, psicologia social, jornalismo, relaes pblicas, entre outras. Apresenta algumas vantagens sobre as demais tcnicas, pela possibilidade de ser utilizada com pessoas de todos os segmentos sociais, analfabetas ou semi-alfabetizadas. O entrevistador pode repetir ou esclarecer a pergunta, formulando-a de maneira diferente; assim, oferece a oportunidade de se obter informaes precisas e de se observar atitudes, gestos e reaes e, em certos casos, permite que os dados obtidos sejam quantificados e submetidos a tratamento estatstico. Embora no seja a tcnica mais fcil de ser aplicada e exija preparao e muita habilidade do entrevistador, constitui instrumento eficaz na coleta de dados fidedignos para uma pesquisa, desde que bem planejada, bem executada e bem interpretada.

Alguns requisitos so indispensveis para que o entrevistador conduza de modo satisfatrio a entrevista:

a) facilidade de comunicao e adaptao ao nvel de linguagem do entrevistado;

b) boa educao e preparo cultural para indagar, mesmo a respeito de assuntos que ainda no conhea profundamente;

c) apresentao pessoal agradvel e simpatia, a fim de inspirar confiana no entrevistado;

d) esprito de observao agudo, para tirar o mximo proveito do que for observado durante a entrevista;

e) imparcialidade, ou seja, no influenciar os entrevistados com gestos, palavras ou opinies pessoais;

f) honestidade e preciso no desenvolvimento do trabalho.

Temos a seguir relatados os trs tipos de entrevista que mais freqentemente se utiliza.

A entrevista padronizada ou estruturada consiste em fazer uma srie de perguntas a um informante, conforme o roteiro pr-estabelecido. Esse roteiro pode constituir-se de um formulrio que ser aplicado da mesma forma a todos os informantes. O teor e a ordem das perguntas no podem ser alterados, a fim de que se possa comparar as diferenas entre as respostas dos vrios informantes, o que no seria possvel se as perguntas fossem modificadas ou sua ordem alterada.

A entrevista despadronizada ou no-estruturada consiste em uma conversao informal, que pode ser alimentada por perguntas abertas, ou de sentido genrico, proporcionando maior liberdade para o informante. H trs maneiras de se conduzir uma entrevista no-padronizada:

a) entrevista focalizada mesmo sem obedecer a uma estrutura formal, pr-estabelecida, o pesquisador utiliza um roteiro com os principais tpicos relativos ao assunto da pesquisa;

b) entrevista clnica para esse tipo de entrevista, torna-se necessrio organizar perguntas especficas que possam esclarecer a conduta e os sentimentos do entrevistado;

c) entrevista no-dirigida o informante tem liberdade total para relatar experincias ou apresentar opinies; o pesquisador limita-se a incentivar o informante a falar sobre determinado assunto, sem for-lo a responder.

O painel um tipo de entrevista simultnea, sendo realizado com vrias pessoas,

que so levadas a externar opinies a respeito de um assunto. Ainda que se baseie na conversa informal, da qual participam os vrios entrevistados, a entrevista deve ser desenvolvida de maneira lgica, coerente. Para obter os resultados esperados, o pesquisador deve preparar um roteiro, a fim de que todos os entrevistados exponham seus pontos de vista sobre os mesmos assuntos. As perguntas podem ser repetidas, com uma formulao diferente, para que as respostas sejam confirmadas. Quanto ao planejamento da entrevista, deve ser minucioso, adequando-se o contedo dos roteiros e formulrios aos dados que se pretende levantar. 3.2.2.3 Observao direta extensiva

Constitui-se de tcnicas empregadas, principalmente, na coleta de dados das pesquisas de campo, a saber:

a) formulrio consiste em uma srie de perguntas que so formuladas e anotadas ou gravadas pelo pesquisador;

b) questionrio conjunto de perguntas que so respondidas pelo informante, sem a presena do pesquisador;

c) teste instrumento de pesquisa que tem por finalidade obter dados de forma quantitativa;

d) histria de vida tem por objetivo obter dados da experincia particular e ntima do informante, que sejam relevantes para o esclarecimento do assunto em estudo.

A construo desses instrumentos de pesquisa obedece s normas e s tcnicas do planejamento das pesquisas de campo.

4 O PROJETO DE PESQUISA

O projeto de pesquisa contm apenas as linhas bsicas, as idias principais da pesquisa que se tem em mente, no havendo necessidade de estender-se em mincias ou apresentar um plano completo de trabalho. O projeto de pesquisa necessrio para ser apresentado ao orientador de uma monografia, dissertao ou tese, para que o mesmo seja informado a respeito da pesquisa que o aluno pretende desenvolver. aqui, no projeto de pesquisa, que o pesquisador dever convencer o seu orientador de que o seu tema relevante e vivel de ser pesquisado.

A redao do projeto de pesquisa deve ser clara e concisa.

Para o projeto propriamente dito so necessrios os seguintes contedos:

a) capa;

b) folha de rosto;

c) sumrio;

d) exposio de motivos;

e) procedimento metodolgico;

f) reviso bibliogrfica;

g) bibliografia bsica;

h) referncias;

i) anexos.

4.1 ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA

a) Capa elemento obrigatrio para proteo externa do trabalho, da qual devem constar,

- nome da instituio (opcional);

- nome(s) do(s) autor(es);

- ttulo, ainda que provisrio corresponde ao tema e deve obedecer aos critrios de relevncia, viabilidade e originalidade; um bom tema aquele sobre o qual h fontes acessveis e alcanveis de consulta; na escolha, a deciso deve ser precedida de uma verificao do que j existe sobre o assunto e aspectos correlatos; redija um ttulo que seja atrativo, que desperte nas pessoas o

interesse em conhecer a obra quando estiver pronta;

subttulo, se houver;

local (cidade) da instituio onde deve ser apresentado;

ano (da realizao do projeto);

b) folha de rosto elemento obrigatrio, que contm os elementos essenciais identificao do trabalho e deve conter,

nome(s) do(s) autor(es);

ttulo principal do trabalho;

subttulo, se houver;

natureza (projeto de pesquisa) e objetivo (aprovao em disciplina, titulao pretendida e outros), nome da instituio a que submetido e rea de concentrao;

nome do orientador e, se houver, do co-orientador;

local (cidade) da instituio onde deve ser apresentado;

ano (da realizao do projeto);

c) sumrio - elemento obrigatrio, a enumerao das principais divises, sees e outras partes do trabalho, na ordem e com a mesma grafia em que aparecem no mesmo; o sumrio apresentado conforme descrito no item 6.1.15;

d) exposio de motivos deixa claro para o orientador qual a natureza da pesquisa a ser realizada e deve,

apresentar o projeto;

tematizar cenrio onde se localiza a situao problema;

problematizar;

esclarecer os objetivos gerais de estudo;

convencer terceiros sobre a importncia e contribuio da pesquisa;

ter no mximo duas laudas;

e) procedimento metodolgico seguir todos os passos e procedimentos de um roteiro de pesquisa, a saber,

definio do problema a razo maior pela qual se executa um projeto de pesquisa; o ponto de partida do processo de investigao cientfica;

delimitao do problema determinar o tipo de enfoque, bem como sua extenso e profundidade; a delimitao, tambm chamada de problema, consiste na indicao do tema a ser pesquisado; o foco da investigao; alm de breve, essa indicao deve ser clara e precisa, tanto para o pesquisador quanto para o leitor; a delimitao deve definir claramente o campo do conhecimento a que pertence o assunto, bem como o lugar que ocupa no tempo e no espao; o texto deve encerrar com uma ou duas frases interrogativas;

hipteses de trabalho respostas tcnicas e objetivas ao problema de pesquisa; redigir trs hipteses o mais recomendado; as hipteses so respostas provisrias, anteriores pesquisa, que o pesquisador oferece; o resultado da pesquisa pode neg-las ou confirm-las;

objetivos esclarecer o que se pretende, quais os resultados que se espera obter (os objetivos gerais referem-se ao tema e os especficos ao assunto); nos projetos de pesquisa rigidamente cientfica, assim como naqueles elaborados para fins acadmicos, cabe identificar claramente o problema, apresentar sua delimitao, bem como apresentar as hipteses a serem testadas; nos projetos destinados resoluo de problemas mais prticos, geralmente procede-se apresentao do objetivo geral e dos objetivos especficos; isto bastante comum nos projetos de pesquisas caracterizadas como levantamentos; a cada hiptese corresponde um objetivo especfico;

justificativa por qu foi escolhido o tema, qual sua relevncia e oportunidade; nesta seo, o pesquisador procura demonstrar o valor do seu objeto de estudo; para tanto, destacar a relevncia do assunto, tanto em termos acadmicos quanto nos seus aspectos de utilidade social, mostrar a viabilidade do tema enquanto objeto de pesquisa e indicar as razes de ordem pessoal que o levaram a eleger este tpico do conhecimento; esta seo deve ser redigida a partir das seguintes perguntas: o que esta pesquisa pode acrescentar cincia onde se inscreve (relevncia cientfica)?; que benefcio poder trazer comunidade com a divulgao do trabalho (relevncia social)?; o que levou o pesquisador a se inclinar e, por fim, escolher este tema (interesse pessoal)?; em termos gerais, quais so as possibilidades concretas de esta pesquisa vir a se realizar (viabilidade)?; se no fizer a pesquisa, o que acontece (relao custo / benefcio)?;

metodologia quais os mtodos e tcnicas que sero utilizados na pesquisa; embora o mtodo empregado possa ser assumido como um pressuposto, til explicit-lo no projeto de pesquisa; diversos itens podem aqui ser considerados, conforme a extenso e a complexidade da pesquisa; de maneira bem abrangente podem ser considerados os seguintes componentes: tipo de delineamento, amostragem, tcnicas de coleta de dados, tabulao, anlise dos dados e forma de relatrio; a metodologia a estratgia ou caminho a ser seguido; trata-se do que fazer; definir se a pesquisa ser bibliogrfica, qualitativa, quantitativa ou at as trs no mesmo estudo;

tcnica de coleta de dados a ao ttica e operacional; trata-se de como fazer, ou seja, se bibliogrfica (levantamento bibliogrfico, dados secundrios e dados histricos), qualitativa (discusso em grupo ou entrevista em profundidade com uso de roteiro e foco no informante) ou quantitativa (entrevista pessoal com questionrio estruturado, envio do questionrio pelo correio ou pela Internet, entrevista por telefone com abordagem superficial e foco na informao no caso das cincias sociais, uso de instrumentos nas pesquisas laboratoriais);

universo da pesquisa definir o tamanho da populao, se for pesquisa quantitativa, ou quais os sujeitos que sero investigados, no caso da pesquisa de campo;

amostra definir o tamanho, o tipo, as caractersticas, se ou no probabilstica e projetar para o universo a margem de erro (se for quantitativa) e as possveis limitaes tcnicas;

o local da pesquisa onde sero coletados os dados;

objetivos do pesquisador como sero usados os resultados;

formas de apresentao dos resultados finais oral, relatrio, vdeo, datashow;

cronograma qual o tempo necessrio, aproximadamente, para desenvolver cada etapa da pesquisa; discriminar quantas semanas ou meses sero destinados a cada etapa; no se pode esquecer que muitas das atividades so desempenhadas simultaneamente pelos membros da equipe; incluir no cronograma o planejamento, a coleta, a tabulao, a anlise, o relatrio final e a apresentao;

oramento especificar os recursos humanos e os materiais indispensveis para a execuo do projeto, com uma estimativa dos custos, quando este item for necessrio; , portanto, opcional;

f) reviso bibliogrfica fazer uma pequena resenha analtica dos principais livros selecionados;

g) bibliografia bsica lista bibliogrfica que contenha obras referentes aos pressupostos tericos do tema, ou ao seu embasamento terico; essa bibliografia no precisa ser exaustiva, completa, mas dever ser organizada de acordo com as normas da ABNT; aqui se incluem livros, documentos, publicaes tcnicas, dissertaes, teses, artigos, ensaios;

h) referncias lista das obras utilizadas na elaborao do projeto de pesquisa, tenham ou no sido includas na bibliografia bsica; dever ser organizada de acordo com as normas da ABNT;

i) anexos elemento opcional; aqui se incluem a ficha para resenha bibliogrfica, o roteiro para pesquisa qualitativa e o questionrio para a pesquisa quantitativa.

5 TRABALHO MONOGRFICO

Um trabalho cientfico um texto escrito para apresentar os resultados de uma pesquisa desenvolvida (AZEVEDO, 1996, p. 50). Pode ser uma monografia como requisito parcial de curso de graduao ou de curso de especializao, pode ser uma dissertao como requisito final de mestrado, ou uma tese, como requisito final de um doutorado.

5.1 NORMAS DA ABNT

A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) o rgo responsvel pela normalizao tcnica no pas, fundada em 1940 para fornecer a base necessria ao desenvolvimento tecnolgico brasileiro. A ABNT a representante no Brasil das entidades de normalizao internacional: International Organization for Standardization (ISO) e International Electrotechnical Commission (IEC).

5.1.1 O Que Normalizao?

Processo de estabelecer e aplicar regras a fim de abordar ordenadamente uma atividade especfica para o benefcio e com a participao de todos os interessados e, em particular, de promover a otimizao da economia, levando em considerao as condies funcionais e as exigncias de segurana. Para os efeitos das Normas, foram adotadas as definies a seguir.

5.2 Trabalhos Acadmicos

Documento que representa o resultado de um estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, mdulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenao de um orientador. O principal trabalho acadmico denomina-se monografia.

5.2.1 Monografia

A monografia a demonstrao de um raciocnio. a pesquisa feita. A monografia a exposio exaustiva de um problema ou assunto especfico ou particular, com suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. O trabalho de pesquisa pode ser denominado monografia quando apresentado como requisito parcial para a obteno do ttulo de especialista, ou pode ser denominado trabalho de concluso de curso, quando apresentado como requisito parcial para a concluso de curso. A monografia pode ser defendida em pblico ou no.

5.3 Dissertao

Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposio de um estudo cientfico retrospectivo, de tema nico e bem delimitado em sua extenso, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informaes. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematizao do candidato. feito sob a coordenao de um orientador (doutor), visando a obteno do ttulo de mestre.

5.4 Tese

Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposio de um estudo cientfico de tema nico e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigao original, constituindo-se em real contribuio para a especialidade em questo. feito sob a coordenao de um orientador (doutor) e visa a obteno do ttulo de doutor, ou similar.

6 ESTRUTURA

A estrutura da tese, da dissertao ou de um trabalho acadmico, compreende: elementos pr-textuais, elementos textuais e elementos ps-textuais. A disposio dos elementos a seguinte:

6.1 ELEMENTOS PR-TEXTUAIS

Os elementos pr-textuais antecedem o texto com informaes que ajudam na identificao e utilizao do trabalho.

6.1.1 Capa

Elemento obrigatrio, para proteo externa do trabalho e sobre a qual se imprimem as informaes indispensveis sua identificao (ver figura 1), transcritas na seguinte ordem:

a) nome da instituio (opcional);

b) nome(s) do(s) autor(es);

c) ttulo;

d) subttulo, se houver;

e) nmero de volumes (se houver mais de um deve constar em cada capa a especificao do respectivo volume);

f) local (cidade) da instituio onde deve ser apresentado;

g) ano de depsito (da entrega).

6.1.2 Lombada

a parte por onde as folhas so unidas. um elemento opcional, onde as informaes devem ser impressas, conforme a NBR 12225. Deve conter:

a) nome(s) do(s) autor(es), impresso longitudinalmente e legvel do alto para o p da lombada; esta forma possibilita a leitura quando o trabalho est no sentido horizontal, com a face voltada para cima;

b) ttulo do trabalho, impresso da mesma forma que o(s) nome(s) do(s) autor(es);

c) elementos alfanumricos de identificao, por exemplo : v. 2.

FIGURA 1 Exemplo de capa

NOME DA INSTITUIO DE ENSINO

NOME DO AUTOR

TTULO DA PESQUISA

Projeto de Pesquisa

NOME DA CIDADE

ANO6.1.3 Folha de Rosto

Elemento obrigatrio, que contm os elementos essenciais identificao do trabalho e deve estar conforme 6.1.3.1 e 6.1.3.2.

6.1.3.1 Anverso da folha de rosto

Os elementos devem figurar na seguinte ordem (ver figura 2):

a) nome do autor: responsvel intelectual do trabalho;

b) ttulo principal do trabalho: deve ser claro e preciso, identificando o seu contedo e possibilitando a indexao e recuperao da informao;

c) subttulo: se houver, deve ser evidenciada a sua subordinao ao ttulo principal, precedido de dois pontos;

d) nmero de volumes (se houver mais de um, deve constar em cada folha de rosto a especificao do respectivo volume);

e) natureza (tese, dissertao, trabalho de concluso de curso e outros) e objetivo (aprovao em disciplina, grau pretendido e outros); nome da instituio a que submetido; rea de concentrao;

f) nome do orientador e, se houver, do co-orientador;

g) local (cidade) da instituio onde deve ser apresentado;

h) ano de depsito (da entrega).

6.1.3.2 Verso da folha de rosto

Deve conter a ficha catalogrfica, conforme o Cdigo de Catalogao Anglo-Americano vigente.

6.1.4 Errata

Elemento opcional, uma lista das folhas e linhas em que ocorrem erros, seguidas das devidas correes. Apresenta-se quase sempre em papel avulso ou encartado, acrescido ao trabalho depois de impresso. A errata, se houver, deve ser inserida logo aps a folha de rosto. O texto da errata deve estar disposto da seguinte maneira:

ERRATA

Folha LinhaOnde se lLeia-se

32 3 publiacaopublicao

FIGURA 2 Exemplo de folha de rosto

NOME DO AUTOR

TTULO DA PESQUISA

Projeto de pesquisa apresentado disciplina de Metodologia Cientfica como requisito parcial obteno do Ttulo de Especialista em _______________ no Curso de Ps-Graduao em ________________ , Instituto Brasileiro de Ps-Graduao e Extenso, Faculdade Internacional de Curitiba - FACINTER.

Orientador: Professor M. Sc. Nelson Pereira Castanheira.NOME DA CIDADE

ANO6.1.5 Folha de Aprovao

Elemento obrigatrio, colocado logo aps a folha de rosto, contendo autor(es) do trabalho, ttulo do trabalho por extenso e subttulo, se houver, natureza, objetivo, nome da instituio a que submetido, rea de concentrao, local e data de aprovao, nome, titulao e assinatura dos componentes da banca examinadora e instituies a que pertencem. A data de aprovao e as assinaturas dos membros componentes da banca examinadora so colocadas aps a aprovao do trabalho.

6.1.6 Dedicatria(s)

Elemento opcional, onde o autor presta homenagem ou dedica seu trabalho.

6.1.7 Agradecimento(s)

Elemento opcional, dirigido queles que contriburam de maneira relevante elaborao do trabalho.

6.1.8 Epgrafe

Elemento opcional, onde o autor apresenta uma citao, seguida de indicao de autoria, relacionada com a matria tratada no corpo do trabalho. Podem tambm constar epgrafes nas folhas de abertura das sees primrias.

6.1.9 Resumo na Lngua Verncula

Elemento obrigatrio, constitudo de uma seqncia de frases concisas e objetivas dos pontos relevantes do trabalho e no de uma simples enumerao de tpicos, no ultrapassando 500 palavras no caso de dissertao ou tese e no ultrapassando 250 palavras nos demais casos, seguido, logo abaixo, das palavras representativas do contedo do trabalho, isto , palavras-chave e/ou descritores conforme a NBR 6028.

6.1.10 Resumo em Lngua Estrangeira

Elemento obrigatrio, que consiste em uma verso do resumo em idioma de divulgao internacional (em ingls Abstract, em castelhano Resumen, em francs Rsum, por exemplo), com as mesmas caractersticas do resumo em lngua verncula, digitado em folha separada. Deve ser seguido das palavras representativas do contedo do trabalho, isto , palavras-chave e/ou descritores, na lngua estrangeira.

6.1.11 Lista de Ilustraes

Elemento opcional e deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome especfico, acompanhado do respectivo nmero da pgina. Quando necessrio, recomenda-se a elaborao de lista prpria para cada tipo de ilustrao (quadros, lminas, plantas, fotografias, grficos, organogramas, fluxogramas, esquemas, desenhos, mapas, retratos e outros).

6.1.12 Lista de Tabelas

Elemento opcional, elaborado de acordo com a rodem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome especfico, acompanhado do respectivo nmero da pgina.

6.1.13 Lista de Abreviaturas e Siglas

Elemento opcional, que consiste na relao alfabtica das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expresses correspondentes grafadas por extenso. Recomenda-se a elaborao de lista prpria para cada tipo.

6.1.14 Lista de Smbolos

Elemento opcional, que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com o devido significado.

6.1.15 Sumrio

Elemento obrigatrio, a enumerao das principais divises, sees e outras partes do trabalho, na ordem e com a mesma grafia em que a matria nele se sucede, acompanhado do respectivo nmero da pgina. Havendo mais de um volume, em cada um deve constar o sumrio completo do trabalho, conforme a NBR 6027. O sumrio apresentado conforme as seguintes prescries:

a) localizado imediatamente antes do texto;

b) transcrito em folha distinta , com o ttulo centrado e em negrito;

c) apresenta para cada captulo ou seo os seguintes dados,

ttulo do captulo ou seo, com o mesmo fraseado e tipo utilizado no texto;

nmero da pgina inicial do captulo ou da seo, ligado ao ttulo com linha pontilhada;

d) indica a subordinao das sees;

e) traz os elementos ps-textuais, sem numerao, na mesma margem das sees primrias;

f) as pginas so contadas, porm no mostram sua numerao.

6.2 ELEMENTOS TEXTUAIS

Texto ou corpo a parte do trabalho onde o assunto apresentado e desenvolvido. Compe-se necessariamente de trs partes:

a) introduo;

b) desenvolvimento;

c) concluso.

6.2.1 Introduo

A introduo a primeira parte do texto do trabalho propriamente dito e, geralmente, a ltima parte a ser redigida. Seu contedo deve ser apresentado de maneira clara, simples e objetiva, sem extrapolaes desnecessrias, e deve tratar dos seguintes aspectos:

a) delimitao da natureza e do escopo do problema (assunto, objeto e fenmeno) tratado;

b) justificativa das razes da escolha do tema e sua exeqibilidade;

c) estabelecimento do quadro tericometodolgico empregado e sua relao com o objeto de estudo;

d) indicao dos procedimentos adotados (fontes empregadas, hipteses, tcnica de coleta de dados e anlise de dados);

e) indicao dos principais resultados da pesquisa;

f) indicao das principais concluses a que chegou na pesquisa.

6.2.2 Desenvolvimento

Desenvolvimento a parte principal e mais extensa do texto e visa a comunicar os resultados da pesquisa, com exposio ordenada e pormenorizada do assunto. Geralmente, os objetivos especficos so os captulos aprofundados. Deve-se, aqui, fazer uma reviso bibliogrfica e, em seguida, compar-la com o trabalho de campo. Divide-se em sees e subsees, que variam em funo da abordagem do tema e do mtodo.

6.2.3 Concluso

Concluso a ltima parte do texto, a menos extensa e, portanto, no admite nenhum fato novo, nenhum argumento novo. Consiste na sntese interpretativa dos principais argumentos expostos no desenvolvimento ou das concluses parciais, se foram apresentadas. a decorrncia lgica do processo de argumentao e, de certa forma, complementa a introduo.

Se na introduo foram apresentadas hipteses e variveis, na concluso elas devem ser retomadas, explicitando-se a confirmao ou rejeio das hipteses e o papel das variveis no desenvolvimento da pesquisa.

Quanto s qualidades, a concluso deve ser breve, exata, concisa e convincente.

6.2.4 Recomendao

A recomendao consiste em sugerir aes prticas para resolver o problema apresentado na monografia. Devem ser recomendados procedimentos tcnicos para futuros estudos.

6.3 ELEMENTOS PS-TEXTUAIS

Os elementos ps-textuais complementam o trabalho. A paginao desses elementos continua a do texto.

6.3.1 Referncias

um elemento obrigatrio, que consiste em um conjunto padronizado de elementos descritivos de um documento, que permite sua identificao individual, conforme a NBR 6023 (ver seo 9) e a relao das fontes utilizadas pelo autor. No confundir com bibliografia, que a relao alfabtica, cronolgica ou sistemtica de documentos sobre determinado assunto ou determinado autor. Todas as obras citadas no texto devem obrigatoriamente figurar nas referncias.

6.3.2 Glossrio

Elemento opcional, que consiste em uma lista de palavras ou expresses tcnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definies, com o objetivo de esclarecer ao leitor sobre o significado das mesmas. apresentado em ordem alfabtica, depois das referncias. Deve ser elaborado se houver um mnimo de cinco itens a definir.

6.3.3 Apndice(s)

Elemento opcional, texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar a sua argumentao, sem prejuzo da unidade nuclear do trabalho. So identificados por letras maisculas consecutivas, travesso e pelos respectivos ttulos. Exemplos:

APNDICE A Avaliao numrica de clulas inflamatrias totais aos 4 dias de evoluo

APNDICE B Avaliao de clulas musculares presentes nas caudas em regenerao

6.3.4 Anexo(s)

Elemento opcional, texto ou documento no elaborado pelo autor, que serve de fundamentao, comprovao e ilustrao. So identificados por letras maisculas consecutivas, travesso e pelos respectivos ttulos. Exemplos:

ANEXO A Representao grfica de contagem de clulas inflamatrias presentes nas caudas em regenerao Grupo de controle I (Temperatura..)

ANEXO B Representao grfica de contagem de clulas inflamatrias presentes nas caudas em regenerao Grupo de controle II (Temperatura..)

6.3.5 ndice(s)

Elemento opcional, elaborado conforme a NBR 6034.

7 ESTILO

Escrever um jeito de ser. Mesmo nos textos cientficos esse jeito de ser, que bem poderia ser chamado de estilo, est presente. No h como um autor no estar presente na sua obra, mesmo numa forma de comunicao aparentemente pessoal. Alguns princpios bsicos devem ser observados neste tipo de redao, conforme mencionados a seguir.

7.1 OBJETIVIDADE

Na linguagem cientfica, os assuntos precisam ser tratados de maneira direta e simples, com lgica e continuidade no desenvolvimento das idias. A explanao deve se apoiar em dados e provas e no em opinies sem confirmao.

7.2 CLAREZA

importante o uso de vocabulrio adequado e de frases curtas, tendo-se como objetivo facilitar a leitura e a ateno do leitor. Evitar comentrios irrelevantes, acumulaes de idias e redundncias.

7.3 PRECISO

Cada expresso empregada deve traduzir com exatido o que se quer transmitir, em especial no que diz respeito a registros de observaes, medies e anlises efetuadas. Indicar como, quando e onde os dados foram obtidos, especificando-se as limitaes do trabalho e a origem das teorias. Evitar adjetivos que no indiquem claramente a proporo dos objetos mencionados, tais como mdio, grande, pequeno. Evitar tambm expresses como quase todos, nem todos, muitos deles, sendo melhor indicar cerca de 80% ou, mais precisamente, 87%, 94%. No empregar advrbios que no explicitem exatamente o tempo, modo ou lugar, tais como: aproximadamente, antigamente, recentemente, lentamente, nem expresses como provavelmente, possivelmente, talvez, que deixam margem a dvidas sobre a lgica da argumentao ou clareza das hipteses. No utilizar et cetera (etc.).

7.4 IMPARCIALIDADE

Evitar idias pr-concebidas, no superestimando a importncia do trabalho, nem subestimando outros que paream contraditrios.

7.5 COERNCIA

Deve-se manter uma seqncia lgica e ordenada na apresentao das idias. Um trabalho se divide em captulos, sees e subsees, sempre de forma equilibrada e coesa.

7.6 CONJUGAO VERBAL

Recomenda-se a expresso impessoal, evitando-se o uso da primeira pessoa, tanto do plural como do singular. Igualmente, no deve ser adotada a forma o autor ou o escritor em expresses como: o autor descreve que ou o autor conclui que. Exemplo:

...na obteno destes, procede-se segundo o critrio...

Os dados referentes aos resultados de observaes e experincias devem ser expressos em formas verbais indicativas de passado (forma narrativa). Exemplo:

...foram coletadas amostras de solo na rea...

7.7 UNIFORMIDADE

Manter a uniformidade ao longo do texto, com relao forma de tratamento, pessoa gramatical, uso de siglas, citaes, ttulos e inter-ttulos.

7.8 VOCABULRIO TCNICO

Os termos utilizados devem ser precisos. Se isto se constitui o que se convencionou chamar de vocabulrio tcnico, no tenha receio de empreg-lo. Os termos tcnicos, por sua aceitao universal, evitam os rodeios de palavras. O problema, portanto, no o tecnicismo (uso de vocabulrio especfico de uma rea do conhecimento), mas a tecnice (abuso deste vocabulrio desnecessariamente, apenas para demonstrar erudio). Portanto, use esses termos somente quando forem necessrios e familiares audincia.

7.9 NMEROS, SMBOLOS E UNIDADES DE MEDIDA

A forma de apresentao dos nmeros, dos smbolos e das unidades de medida deve ser coerente e padronizada em todo o trabalho, obedecendo as seguintes normas:

a) preferir sempre o uso de algarismos para maior uniformidade e preciso nos textos cientficos, como, por exemplo: os 21 obtidos na calandragem foram prensados em 2 tamanhos, resultando em placas com as dimenses 10x20x0,3 cm e...;

b) escrever por extenso nmeros expressos em uma s palavra, apenas quando no for atribuda preciso ao enunciado, como: ... e foram analisadas cerca de duzentas amostras...;

c) expressar em nmeros e palavras as unidades acima de mil (2,5 milhes);

d) evitar frases iniciando com nmeros, mas, se for imprescindvel, escrev-los por extenso;

e) escrever por extenso as unidades padronizadas de pesos e medidas, quando enunciadas isoladamente, como metro, milmetro, grama;

f) deixar um espao entre o valor numrico e a unidade (200 km, 8 cm);

g) deixar um espao entre os smbolos, quando um ou mais so combinados (16 10 15).

7.10 ABREVIATURAS

Apenas abreviaturas essenciais devero ser usadas. Quando mencionadas pela primeira vez no texto, escrever sempre por extenso, indicando entre parnteses a forma abreviada. No adicionar a letra s a uma abreviatura, significando plural e no colocar ponto aps abreviaturas de unidades padronizadas. Exemplo:

1 km, 4 km; 1 m, 30 m; 1 kg, 55 kg; 1 l, 33 l; 5 feira; 17 h, 13 h 18 min

Evitar o uso de etc. ao fim de uma enumerao, pois no acrescenta outra informao seno a de que est incompleta.

No caso de ttulos de tratamento, devem ser escritos preferencialmente de forma abreviada e sem qualquer destaque tipogrfico. Colocar ponto aps a abreviatura. Exemplo:

prof., Sr., Dr., Dra., Cel.

7.11 SIGLAS

Para a primeira ocorrncia, o nome da instituio deve vir por extenso, seguido da sigla entre parnteses. Exemplo:

Universidade Federal do Paran (UFPR)

Quando houver uma profuso de siglas, recomendvel no incio do trabalho apresentar uma lista delas.

8 FORMAS DE APRESENTAO

8.1 FORMATO

Os textos devem ser apresentados em papel branco, formato A4 (21,0 cm x 29,7 cm), digitados ou datilografados na cor preta, com exceo das ilustraes, no anverso das folhas, exceto a folha de rosto (ver 6.1.3).

O projeto grfico de responsabilidade do autor do trabalho.

Recomenda-se, para digitao, a utilizao de fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12, para o texto e tamanho menor (recomenda-se tamanho 10) para citaes longas (mais de trs linhas), notas de rodap, paginao e legendas das ilustraes e tabelas.

8.2 MARGEM

As folhas devem apresentar margem esquerda e superior de 3,0 cm; direita e inferior de 2,0 cm. No que se refere s margens, os seguintes critrios devem ser adotados:

a) o alinhamento na margem direita deve ser observado tanto quanto possvel;

b) para manter a margem, no devem ser usados sinais de pontuao deslocados (logo ,), espao em branco entre as palavras, sinais grficos (+ / , ), ou ainda palavras mal divididas (mu-itos, u-niversidade);

c) recomendvel a utilizao de margens justificadas de pargrafo.

8.3 PARGRAFO

Cada pargrafo deve vir recuado sete espaos da margem esquerda, ou seja, o equivalente a um do Word. No texto, h um espao duplo de entrelinhamento entre pargrafos consecutivos.

8.4 ESPACEJAMENTO

Todo texto deve ser digitado ou datilografado com espao (entrelinhas) duplo.

As citaes com mais de trs linhas, as notas, as referncias, as legendas das ilustraes e tabelas, a ficha catalogrfica, a natureza do trabalho, o objetivo e o nome da instituio a que submetida e a rea de concentrao (na folha de rosto) e os resumos em vernculo e em lngua estrangeira devem ser digitados ou datilografados em espao simples. As referncias, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por espao duplo.

Os ttulos das sees e subsees devem ser separados do texto que os precede ou que os sucede por dois espaos duplos.

Na folha de rosto e na folha de aprovao, a natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituio a que submetida e a rea de concentrao devem ser alinhados do meio da mancha para a margem direita.

As notas devem ser digitadas ou datilografadas dentro das margens, ficando separadas do texto por um espao simples de entrelinhas e por filete de 3 cm, a partir da margem esquerda.

O indicativo numrico de uma seo precede seu ttulo, alinhado esquerda, separado por um espao de caractere. Os ttulos sem indicativo numrico, como errata, agradecimento(s), lista de ilustraes, lista de abreviaturas e siglas, lista de smbolos, sumrio, resumos, referncias, glossrio, apndice(s), anexo(s) e ndice(s), devem ser em negrito e centralizados, conforme a NBR 6024.

8.4.1 Elementos Sem Ttulo e Sem Indicativo Numrico

Fazem parte desses elementos a folha de aprovao, a dedicatria e a epgrafe.

8.5 CAPA E FOLHA DE ROSTO

Para digitao da capa e da folha de rosto, procede-se do seguinte modo:

a) o nome do autor transcrito em caixa alta, centrado, a dois espaos duplos da margem superior;

b) o ttulo, tambm em caixa alta e centrado, localizado a dez espaos duplos abaixo do nome do autor, em negrito;

c) ttulos de mais de uma linha so transcritos em espaamento simples, sempre centrados, sem diviso silbica de palavras;

d) o subttulo, quando houver, tambm ser transcrito em caixa alta, a um espao duplo abaixo do ttulo;

e) as observaes de grau acadmico ou tipo de trabalho at o nome da unidade de ensino e da instituio, so digitados em espao simples, a partir da metade da folha para a margem direita, dois espaos duplos aps o ttulo e subttulo;

f) o nome do orientador de tese ou de dissertao ou do professor de disciplina nos trabalhos acadmicos separado das observaes por um espao duplo;

g) o local aparece na penltima linha, centrado;

h) na ltima, tambm centrado, aparece o ano em algarismos arbicos, sem pontuao ou espaamento.

8.6 TEXTO

Para a digitao do texto, observar o seguinte:

a) usar espao ou entrelinhamento duplo;

b) utilizar fonte tamanho doze ou equivalente; no utilizar fontes que ocupam muito espao; recomenda-se Arial ou Times New Roman;

c) distribuir o texto de modo a evitar que ttulos de sees apaream em final de pgina e o respectivo corpo na pgina seguinte;

d) evitar isolar uma s linha de texto no final ou no incio da pgina, sendo permissvel, nesses casos, deixar algumas linhas em branco no fim da pgina anterior.

8.6.1 Ttulos no Texto

Os trabalhos podem ser divididos em captulos, sees e subsees. necessrio considerar o seguinte:

a) usar ttulos claros e descritivos de seu contedo;

b) transcrever uniformemente os ttulos das sees em todo o trabalho;

c) iniciar os ttulos precedidos de seus indicativos sempre na margem esquerda, quando for utilizada a numerao progressiva;

d) separar o indicativo numrico do ttulo por um espao;

e) deixar dois espaos duplos de entrelinhas entre os ttulos das sees e o texto que os precede ou que os sucede;

f) deixar dois espaos duplos de entrelinhas entre ttulos sem texto entre si;

g) usar a mesma margem para ttulos maiores que uma linha;

h) escrever em caixa alta, em negrito ou grifados, os ttulos de captulos (ou sees primrias);

i) escrever em caixa alta os ttulos das sees secundrias; no usar negrito;

j) escrever com a inicial maiscula todas as palavras dos ttulos das sees tercirias; no usar negrito;

k) escrever com a inicial maiscula somente a primeira palavra dos ttulos das sees quaternrias em diante; no usar negrito;

l) evitar subdiviso excessiva das sees, no ultrapassando a seo quinria;

m) um novo captulo (ou seo primria) deve iniciar sempre em nova pgina.

8.6.2 Alnea

As alneas so divises enumerativas, que se assinalam no incio por letras minsculas seguidas de sinal de fechamento de parnteses. Obedecem aos seguintes critrios:

a) iniciam a sete espaos da margem esquerda da folha (margem do pargrafo), ou seja, o equivalente a um do Word;

b) a segunda linha e as seguintes so alinhadas sob a primeira letra do texto da alnea, ou seja, a dez espaos da margem esquerda;

c) o texto das alneas inicia com letra minscula, exceto no caso de nomes prprios;

d) a alnea termina com ponto e vrgula, menos a ltima, que termina com ponto, de sorte que cada alnea no comporta mais que um perodo sinttico (no pode ocorrer ponto final no interior da alnea);

e) caso o nmero de alneas seja superior s letras do alfabeto, devem ser utilizadas letras duplas (aa, bb, cc).

8.6.3 Citaes

Citao a meno, no texto, de informao extrada de outra fonte para esclarecimento do assunto em discusso, ou para ilustrar ou sustentar o que se afirma, conforme NBR 10520 de agosto de 2002. As citaes podem ser diretas ou indiretas, sejam elas obtidas de documentos ou de canais informais. As fontes de que foram tiradas as citaes so indicadas pelo sistema alfabtico ou pelo sistema numrico.

8.6.3.1 Citao direta

a transcrio textual de parte da obra do autor consultado.

8.6.3.2 Citao indireta

a transcrio livre do texto do autor consultado. um texto baseado na obra do autor consultado.

8.6.3.3 Citao de citao

a citao direta ou indireta de um texto em que no se teve acesso ao original.

8.6.3.4 Regras gerais de apresentao

Nas citaes, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituio responsvel ou ttulo includo na sentena, devem ser em letras maisculas e minsculas e, quando estiverem entre parnteses, devem ser em letras maisculas.

Exemplos: A ironia seria assim uma forma implcita de heterogeneidade mostrada, conforme

a classificao proposta por Authier Reinz (1982).

Apesar das aparncias, a desconstruo do logocentrismo no uma psicanlise

da filosofia [...] (DERRIDA, 1967, p. 293).

Especificar no texto a(s) pgina(s), volume(s), tomo(s) ou seo(es) da fonte consultada, nas citaes diretas. Este(s) deve(m) seguir a data, separado(s) por vrgula e precedido(s) pelo termo que o(s) caracteriza, de forma abreviada.

Exemplos: A produo de ltio comea em Searles Lake, Califrnia, em 1928 (MUMFORD,

1949, p. 513).

Oliveira e Leonardos (1943, p. 146) dizem que a [...] relao da srie So Roque

com os granitos porfirides pequenos muito clara.

Freud (1974, v. 21, p. 81-171) define a dualidade [...]

As citaes diretas, no texto, de at trs linhas, devem estar encerradas entre aspas duplas. As aspas simples so utilizadas para indicar citao no interior da citao.

Exemplos: Barbour (1971, p. 35) descreve: o estudo da morfologia dos terrenos[...] ativos.

No se mova, faa de conta que est morta. (CLARAC; BONNIN, 1985, p.

72).

Segundo Pereira de S (1995, p. 27): [...] por meio da mesma arte de

conversao que abrange to extensa e significativa parte da nossa existncia

cotidiana [...].

As citaes diretas, no texto, com mais de trs linhas, devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda (o equivalente a trs do Word), com letra menor (recomenda-se fonte tamanho 10) que a do texto utilizado e sem aspas. Devem terminar na margem direita e devem estar destacadas dos textos precedente e seguinte com espaamento duplo. Deve ser usado o espaamento simples entre as linhas da citao.

Exemplo:

A teleconferncia permite ao indivduo participar de um encontro nacional ou regional

sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns de teleconferncia incluem o uso da televiso, telefone e computador. Atravs de udio conferncia, utilizando a companhia local de telefone, um sinal de udio pode ser emitido em um salo de qualquer dimenso (NICHOLS, 1993, p. 181).

Devem ser indicadas as supresses, interpolaes, comentrios, nfase ou destaques, do seguinte modo:

a) supresses: [...]

b) interpolaes, acrscimos ou comentrios: [ ]

c) nfase ou destaque: grifo ou negrito ou itlico.

Quando se tratar de dados obtidos por informao do tipo palestras, debates, comunicaes, entre outros, indicar entre parnteses a expresso informao verbal, mencionando-se os dados disponveis somente em nota de rodap.

Exemplos: O novo medicamento estar disponvel at o final deste semestre (informao

verbal)1.

No rodap da pgina:

___________________

1 Notcia fornecida por John Smith no Congresso Internacional de Engenharia Gentica, em Londres, em outubro de 2001.

Na citao de trabalhos em fase de elaborao, deve ser mencionado o fato, indicando-se os dados disponveis, somente em notas de rodap.

Exemplo: No texto:

Os poetas selecionados contriburam para a consolidao da poesia no Rio Grande do Sul, sculos XIX e XX (em fase de elaborao)1.

No rodap da pgina:

_____________

1 Poetas rio-grandenses, de autoria de Elvo Clemente, a ser editado pela EDIPUCRS, 2002.Para enfatizar trechos da citao, deve-se destac-los indicando esta alterao com a expresso grifo nosso entre parnteses, aps a idealizao da citao.

Exemplo: [...] para que no tenha lugar a produco de degenerados, quer physicos quer

moraes, misrias, verdadeiras ameaas sociedade (SOUTO, 1916, p. 46, grifo

nosso).

Caso o destaque seja do autor consultado, usa-se a expresso grifo do autor.

Exemplo: [...] b) desejo de criar uma literatura independente, diversa, de vez que,

aparecendo o classicismo como manifestao de passado colonial [...]

(CANDIDO, 1993, v. 2, p. 12, grifo do autor).

As citaes devem ser indicadas no texto por um sistema numrico ou autor-data. Qualquer que seja o mtodo adotado, deve ser seguido consistentemente ao longo de todo o trabalho, permitindo sua correlao na lista de referncias ou em notas de rodap.

Quando o(s) nome(s) do(s) autor(es), instituio(es) responsvel(eis), estiver(em) includo(s) na sentena, indicam-se a data e a(s) pgina(s), entre parnteses.

Exemplo: Segundo Morais (1955, p. 32) assinala [...] a presena de concrees de bauxita

no Rio Cricon.

Quando houver coincidncia de autores com o mesmo sobrenome e data, acrescentam-se as iniciais de seus prenomes; se mesmo assim existir coincidncia, colocam-se os prenomes por extenso.

Exemplos: (BARBOSA, C., 1958)

(BARBOSA, Cssio, 1965)

(BARBOSA, C., 1959)

(BARBOSA, Celso, 1965)

As citaes de diversos documentos de um mesmo autor, publicados num mesmo ano, so distinguidas pelo acrscimo de letras minsculas, em ordem alfabtica, aps a data e sem espacejamento, conforme a lista de referncias.

Exemplos: (REESIDE, 1927a)

(REESIDE, 1927b)

As citaes indiretas de diversos documentos de um mesmo autor, publicados em anos diferentes e mencionados simultaneamente, tm as suas datas separadas por vrgula.

Exemplo: (CRUZ; CORREA; COSTA; 1998, 1999, 2000)

As citaes indiretas de diversos documentos de vrios autores, mencionados simultaneamente, devem ser separadas por ponto e vrgula, em ordem alfabtica.

Exemplo: Ela polariza e encaminha, sob a forma de demanda coletiva, as necessidades de

todos (FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA, 1997).

8.6.3.5 Sistema numrico

Pelo sistema numrico, a indicao da fonte feita por uma numerao nica e consecutiva, em algarismos arbicos, remetendo lista de referncias ao final do trabalho, para todo o captulo ou parte, na mesma ordem em que aparecem no texto. No se inicia a numerao das citaes a cada pgina.

A indicao da numerao pode ser feita entre parnteses ou colchetes, alinhada ao texto ou situada pouco acima da linha do texto, em expoente linha do mesmo, aps a pontuao que fecha a citao.

Exemplos: Diz Rui Barbosa: Tudo viver, previvendo (15)

Diz Rui Barbosa: Tudo viver, previvendo [15]

Diz Rui Barbosa: Tudo viver, previvendo 15

8.6.3.6 Sistema autor-data

Pelo sistema autor-data, a indicao da fonte feita:

a) pelo sobrenome de cada autor ou pelo nome de cada entidade responsvel at o primeiro sinal de pontuao, seguido(s) da data de publicao do documento e da(s) pgina(s) da citao, no caso de citao direta, separados por vrgula e entre parnteses;

Exemplos: No texto:

A chamada pandectstica havia sido a forma particular pela lqual o direito romano

fora integrado no sculo XIX na Alemanha em particular. (LOPES, 2000, p. 225).

Na lista de referncias:

LOPES, Jos Reinaldo de Lima. O direito na Histria. So Paulo: Max Limonad,

2000.

No texto:

Bobbio (1995, p. 30) com muita propriedade nos lembra, ao comentar esta situao,

que os juristas medievais justificaram formalmente a validade do direito romano ponderando que este era o direito do Imprio Romano que tinha sido reconstitudo por Carlos Magno com o nome de Sacro Imprio Romano.

Na lista de referncias:

BOBBIO, Norberto. O positivismo jurdico: lies de Filosofia do Direito. So

Paulo: cone, 1995.

No texto:

Comunidade tem que poder ser intercambiada em qualquer circunstncia, sem

quaisquer restries estatais, pelas moedas dos outros Estados-membros.

(COMISSO DAS COMUNIDADES EUROPIAS, 1992, p. 34).

Na lista de referncias:

COMISSO DAS COMUNIDADES EUROPIAS. A unio europia.

Luxemburgo: Servio das Publicaes Oficiais das Comunidades Europias, 1992.

b) pela primeira palavra do ttulo seguida de reticncias, no caso das obras sem indicao de autoria ou responsabilidade, seguida da data de publicao do documento e da(s) pgina(s) da citao, no caso de citao direta, separados por vrgula e entre parnteses;

Exemplo: No texto:

As IES implementaro mecanismos democrticos, legtimos e transparentes de avaliao sistemtica das suas atividades, levando em conta seus objetivos institucionais e seus compromissos para com a sociedade. (ANTEPROJETO..., 1987, p. 55).

Na lista de referncias:

ANTEPROJETO de lei. Estudos e Debates, Braslia, DF, n. 13, p. 51-60, jan. 1987.

c) se o ttulo iniciar por artigo (definido ou indefinido), ou monosslabo, este deve ser includo na indicao da fonte.

Exemplos: No texto:

E eles disseram globalizao, e soubemos que era assim que chamavam a ordem absurda em que dinheiro a nica ptria qual se serve e as fronteiras se diluem, no pela fraternidade, mas pelo sangramento que engorda poderosos sem nacionalidade. (A FLOR..., 1995, p. 4).

Na lista de referncias:

A FLOR Prometida. Folha de S. Paulo, So Paulo, p. 4, 2 abr. 1995.

No texto:

Em Nova Londrina (PR), as crianas so levadas s lavouras a partir dos 5 anos. (NOS CANAVIAIS..., 1995, p. 12).

Na lista de referncias:

NOS CANAVIAIS, mutilao em vez de lazer e escola. O Globo, Rio de Janeiro, 16 jul. 1995. O Pas, p. 12.

8.6.4 Notas de Rodap

Notas de rodap so as que aparecem ao p das pginas em que so mencionadas. Servem para abordar pontos que no devem ser includos no texto para no sobrecarreg-lo. So indicaes, observaes ou aditamentos ao texto, feitos pelo autor, tradutor ou editor, podendo tambm aparecer na margem esquerda ou direita da mancha grfica. Podem ser:

a) notas de referncia, que indicam as fontes consultadas ou remetem a outras partes

da obra onde o assunto foi abordado;

b) notas explicativas, que evitam explicaes longas dentro do texto, prejudiciais linha de argumentao, podendo incluir uma ou mais referncias.

As notas de rodap so apresentadas como segue:

a) iniciam na margem de pargrafo;

b) a segunda linha e as seguintes obedecem a margem do texto;

c) usam-se tipos menores (recomenda-se fonte tamanho 10) e entrelinhamento simples;

d) a nota de rodap sempre indicada por nmero, seja entre parnteses, entre colchetes ou nmero alto;

e) separado do texto por um espao simples de entrelinhas e por filete de 3 cm, a partir da margem esquerda;

f) entre duas notas deixa-se um espao simples de entrelinhas;

g) alneas e incisos em rodap so colocados na seqncia do texto;

h) a ltima linha da nota de rodap de uma folha deve coincidir com a margem inferior.

NOTA Recomenda-se utilizar o sistema autor-data para as citaes no texto e o numrico para notas explicativas. As notas de rodap podem ser conforme 8.6.4.1 e 8.6.4.

8.6.4.1 Notas de referncia

Notas que indicam fontes consultadas ou remetem a outras partes da obra onde o assunto foi abordado. Sua numerao feita por algarismos arbicos, devendo ter numerao nica e consecutiva para cada captulo ou parte. No se inicia a numerao a cada pgina. A primeira citao de uma obra deve ter sua referncia completa.

Exemplo: No rodap da pgina onde aparece a nota:

_____________

FARIA, Jos Eduardo (Org.). Direitos humanos, direitos sociais e justia. So Paulo: Malheiros, 1994.

As subseqentes citaes da mesma obra podem ser referenciadas de forma abreviada, utilizando as seguintes expresses latinas, abreviadas quando for o caso:

a) apud citado por, conforme, segundo;

Exemplo: (EVANS, 1987 apud SAGE, 1992, p. 2-3)

Segundo Silva (apud ABREU, 1999, p. 3) diz ser [...]

b) Idem ou Id mesmo autor;

Exemplo: ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS, 1989, p. 9

Id., 2000, p. 19

c) Ibidem ou Ibid. na mesma obra;

Exemplo: DURKHEIM, 1925, p. 176

Ibid., p. 190

d) Opus citatum, opere citato ou op. cit. obra citada;

Exemplo: ADORNO, 1996, p. 38

GARLAND, 1990, p. 42-43

ADORNO, op. cit., p. 40

e) Passim aqui e ali, em diversas passagens;

Exemplo: RIBEIRO, 1997, passim

f) Loco citato ou loc. cit. no lugar citado;

Exemplo: TOMASELLI; PORTER, 1992, p. 33-46

TOMASELLI; PORTER, 1992, loc. cit.

g) Cf. confira, conforme;

Exemplo: Cf. CALDEIRA, 1992

h) Sequentia ou et seq. seguinte ou que se segue;

Exemplo: FOUCAULT, 1994, p. 17 et seq.

As expresses latinas mencionadas devem ser utilizadas somente em notas. A expresso apud a nica que tambm pode ser usada no texto.

Exemplo: Segundo Silva (1983 apud ABREU, 1999, p. 3) diz ser [...]

8.6.4.2 Notas explicativas

Notas usadas para comentrios, esclarecimentos ou explanaes que no possam ser includas no texto. Sua numerao feita em algarismos arbicos, devendo ter numerao nica e consecutiva para cada captulo ou parte. No se inicia numerao a cada pgina.

Exemplo: No rodap da pgina onde aparece a nota

_____________

1 Voltarei a essa questo quando analisar a repartio do produto. Mais detalhes a respeito podem ser encontrados em Pessanha (1977, p. 119-136).

8.7 ILUSTRAES

Qualquer que seja seu tipo (quadros, lminas, plantas, retratos, fotografias, grficos, organogramas, fluxogramas, esquemas, desenhos, mapas e outros), sua identificao aparece na parte superior, precedida da palavra designativa, seguida de seu nmero de ordem de ocorrncia no texto, em algarismos arbicos, do respectivo ttulo e/ou legenda explicativa de forma breve e clara, dispensando consulta ao texto. A ilustrao deve ser inserida o mais prximo possvel do trecho a que se refere, conforme o projeto grfico.

As tabelas so elementos demonstrativos de sntese que constituem unidade autnoma. As tabelas apresentam informaes tratadas estatisticamente, conforme IBGE (1993). Em sua apresentao:

a) tm numerao independente e consecutiva;

b) o ttulo colocado na parte superior, precedido da palavra TABELA e de seu

nmero de ordem em algarismos arbicos;

c) as fontes citadas, na construo de tabelas e notas eventuais, aparecem no rodap

aps o fio de fechamento;

d) caso sejam utilizadas tabelas reproduzidas de outros documentos, a prvia

autorizao do autor se faz necessria;

e) devem ser inseridas o mais prximo possvel do trecho a que se referem;

f) se a tabela no couber em uma folha, deve ser continuada na folha seguinte e, nesse

caso, no delimitada por trao horizontal na parte inferior e o ttulo deve ser

repetido na folha seguinte.

NOTA Nas tabelas utilizam-se fios horizontais e verticais para separar os ttulos das colunas do cabealho e fech-las na parte inferior. Evitam-se fios verticais para separar as colunas e fios horizontais para separar as linhas.

8.8 NEGRITO, GRIFO OU ITLICO

O uso de negrito, grifo/sublinhado ou itlico deve ser estabelecido no incio da digitao e ser aplicado uniformemente, evitando-se o uso ora de um, ora de outro para o mesmo tipo de expresses.

O negrito, grifo ou itlico empregado para:

a) palavras e frases em lngua estrangeira;

b) ttulos de livros e de peridicos;

c) expresses de referncia (ver, vide);

d) letras ou palavras que meream destaque ou nfase quando no seja possvel dar esse realce pela redao;

e) ttulos de captulos (neste caso no se usa itlico).

8.9 PAGINAO

Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas seqencialmente, mas no numeradas. A numerao colocada, a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arbicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o ltimo algarismo a 2 cm da borda direita da folha. No caso de o trabalho ser constitudo de mais de um volume, deve ser mantida uma nica seqncia de numerao das folhas, do primeiro ao ltimo volume. Havendo apndice e anexo, as suas folhas devem ser numeradas de maneira contnua e sua paginao deve dar seguimento do texto principal.

8.9.1 Numerao Progressiva

Para evidenciar a sistematizao do contedo do trabalho, deve-se adotar a numerao progressiva para as sees do texto. Os ttulos das sees primrias, por serem as principais divises de um texto, devem iniciar em folha distinta (ver 8.6.1). Destacam-se gradativamente os ttulos das sees, utilizando-se os recursos de negrito, itlico ou grifo, caixa alta ou versal, conforme a NBR 6024, no sumrio e, de forma idntica, no texto.

No caso de o trabalho ser constitudo de mais de um volume, recomenda-se:

a) incluso da folha de rosto em todos os volumes;

b) paginao contnua nos volumes, exceto quando a matria for dividida por especialidade;

c) uso de algarismos arbicos na numerao dos volumes;

d) indicao do nmero do volume e transcrio do ttulo especfico do volume na folha de rosto.

8.10 ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecerem pela primeira vez no texto, deve-se colocar seu nome por extenso, acrescentando-se a abreviatura ou a sigla entre parnteses. Exemplo:

Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT).

8.11 EQUAES E FRMULAS

Aparecem destacadas no texto, de modo a facilitar sua leitura. Na seqncia normal do texto, permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte seus elementos (expoentes, ndices e outros). Quando destacadas do pargrafo, so centralizadas e, se necessrio, deve-se numer-las. Quando fragmentadas em mais de uma linha, por falta de espao, devem ser interrompidas antes do sinal de igualdade ou depois dos sinais de adio, subtrao, multiplicao e diviso. Exemplo:

x2 + y2 = z2

(1)

(x2 +y2)/5 = n

(2)

9 REFERNCIAS

Referncia o conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificao individual.

A referncia constituda de elementos essenciais e, quando necessrio, acrescida de elementos complementares. Os elementos essenciais so as informaes indispensveis identificao do documento, tais como autor(es), ttulo, subttulo (se houver), edio, local, editora e data de publicao. Esto estritamente vinculados ao suporte documental e variam, portanto, conforme o tipo. Os elementos complementares so as informaes que, acrescentadas aos elementos essenciais, permitem melhor caracterizar os documentos, tais como: indicaes de outros tipos de responsabilidade (ilustrador, tradutor, revisor, adaptador, compilador, etc.) ou informaes sobre caractersticas fsicas do suporte material, pginas e/ou volumes, ilustraes, dimenses, srie editorial ou coleo, notas e ISBN (International Standard Book Numbering).

Os elementos essenciais e complementares so retirados do prprio documento. Quando isso no for possvel, utilizam-se outras fontes de informao, indicando-se os dados assim obtidos entre colchetes.

9.1 LOCALIZAO

A referncia pode aparecer:

a) no rodap;

b) no fim de texto ou de captulo;

c) em lista de referncias;

d) antecedendo resumos, resenhas e recenses.

9.2 REGRAS GERAIS DE APRESENTAO

Os elementos essenciais e complementares devem ser apresentados em seqncia padronizada.

As referncias so alinhadas somente margem esquerda e de forma a identificar individualmente cada documento, em espao simples e separadas entre si por espao duplo. Quando aparecem em notas de rodap, sero alinhadas a partir da segunda linha da mesma referncia, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente e sem espao entre elas.

A pontuao segue padres internacionais e deve ser uniforme para todas as referncias. As abreviaturas devem ser conforme a NBR 10522.

O recurso tipogrfico (negrito, grifo ou itlico) utilizado para destacar o elemento ttulo deve ser uniforme em todas as referncias de um mesmo documento. Isto no se aplica s obras sem indicao de autoria, ou de responsabilidade, cujo elemento de entrada o prprio ttulo, j destacado pelo uso de letras maisculas na primeira palavra, com excluso de artigos (definidos e indefinidos) e palavras monossilbicas.

9.3 FORMA DE ENTRADA

A entrada feita pelo nome do autor ou, quando este no determinado, pelo ttulo.

9.3.1 Um S Autor

O nome do autor transcrito tal como figura na publicao referenciada. A entrada feita pelo ltimo sobrenome do autor, em caixa alta (letras maisculas), seguido de vrgula e das iniciais do (s) prenome (s) e sobrenome (s), seguidas de ponto. Observe que:

a) tratando-se de autores de nome em lngua espanhola, a entrada feita pelo penltimo sobrenome (MENENDEZ PIDAL, R.);

b) acompanham o ltimo sobrenome os distintivos como Jnior, Filho, Neto (SILVA NETO, S.; CARVALHO FILHO, V.);

c) sendo composto o ltimo sobrenome, a entrada ser feita pela expresso composta (ESPRITO SANTO, P.; MONTE ALEGRE, J.; LEVI-STRAUSS, C.);

d) se o ltimo sobrenome precedido de partculas como de, da, e, a entrada se faz sem a partcula (SOUZA, J. C. de M. e).

9.3.2 Dois Autores

Quando a obra tiver dois autores, a entrada feita pelo nome do primeiro mencionado, seguido de ponto e vrgula e do nome do segundo autor. Exemplo:

MASTROTI A. R.; CHIARA, N. V. de

9.3.3 Trs ou Mais Autores

Quando a obra tem at trs autores, mencionam-se todos na entrada, na ordem em que aparecem na publicao, separados por ponto e vrgula. Exemplo:

RAMOS, J. R.; REGADAS, F. P.; SOUZA, J. S.

Se h mais de trs autores, mencionam-se at os trs primeiros, separados por ponto e vrgula, seguidos da expresso latina et alli (abrevia-se et al.), que quer dizer e outros. Exemplo:

GENZ, G. C.; MLLER, A. M. A.; MACUCO, B. C. B. et al.

Em casos especficos (projetos de pesquisa cientfica, indicao de produo cientfica em relatrios para rgos de financiamento, entre outros), nos quais a meno dos nomes for indispensvel para certificar a autoria, facultado indicar todos os nomes.

9.3.4 Instituies

Sociedades, organizaes e instituies podem ser autores, tendo seus nomes escritos em maisculas. Exemplo:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN

Unidades subordinadas so mencionadas logo aps o nome da instituio, separadas por ponto e com iniciais maisculas. Exemplo:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN. Biblioteca Central.

Entidades conhecidas por suas siglas podem ter entrada pelas mesmas. Exemplo:

IBGE

EMBRAPA

IAPAR

Congressos, reunies, simpsios e conferncias tm entrada pelo nome do evento, com indicao, entre parnteses, do respectivo nmero em algarismos arbicos, seguido de ponto, ano e local de sua realizao, separados entre si por espao, dois pontos, espao. Exemplo:

ENCONTRO BRASILEIRO SOBRE INTRODUO AO ESTUDO DA

HISTRIA (1. : 1998 : Curitiba)

9.3.5 Coletneas

Em caso de coletneas, existindo um editor, diretor, organizador ou compilador responsvel em destaque na folha de rosto, entrar por seu nome, seguido da abreviatura da funo editorial, na lngua da publicao, com inicial maiscula, entre parnteses. Exemplo:BOOG, G. G. (Coord.)

No havendo indicao de responsabilidade em destaque na folha de rosto, a entrada feita pelo ttulo.

9.3.6 Entrada Pelo Ttulo

Em caso de autoria desconhecida, a entrada feita pelo ttulo. O termo annimo no deve ser usado como substituto para o nome de autor desconhecido.

A primeira palavra do ttulo, com exceo de artigo, transcrita em maisculas. Exemplos:

ENFERMAGEM para promoo da sade.

DIAGNSTICO do setor editorial brasileiro. So Paulo: Cmara Brasileira do Livro,

1993. 64 p.

9.4 TTULO

O ttulo reproduzido tal como figura na obra referenciada, devendo aparecer em negrito, itlico ou grifado. Letras maisculas s so usadas na inicial da primeira palavra e em nomes prprios. Exemplo:

AZEVEDO, I. B. de. O prazer da produo cientfica.

O subttulo deve ser transcrito aps o ttulo, quando necessrio para esclarecer e completar o ttulo, sem grifo ou negrito, precedido de espao, dois pontos, espao. Exemplo:

HURST, K. D. Crise & renovao: enfrentando desafio da mudana organizacional.

Se h mais de um ttulo, ou se o ttulo aparece em mais de uma lngua, registra-se o ttulo que estiver em destaque ou em primeiro lugar. Ocasionalmente, registra-se o segundo ou o que estiver em destaque, separando-o do primeiro pelo sinal de igualdade. Exemplo:

SO PAULO MEDICAL JOURNAL=REVISTA PAULISTA DE MEDICINA. So

Paulo: Associao Paulista de Medicina, 1941-. Bimensal. ISSN 0035-0362.

9.5 EDIO

O nmero da edio indicado em algarismos arbicos, seguido de ponto e da abreviatura da palavra edio na lngua da publicao referenciada. Indica-se edio quando mencionada na obra. Exemplo:

GREC, W. Informtica para todos. 2. ed.

9.6 IMPRENTA

A imprenta composta dos seguintes elementos: local, editora e data de publicao.

9.6.1 Local (cidade)

O local de publicao deve ser transcrito na lngua da publicao, de forma completa e por extenso, como Rio de Janeiro (e no Rio), So Paulo (e no S. Paulo), London (e no Londres). Exemplo:

NUNES, M. R. O estilo na comunicao. Rio de Janeiro.

Havendo mais de um local de publicao, transcrever o primeiro ou o que estiver em destaque. Quando o nome da cidade no aparece na publicao, mas pode ser identificado, indica-se entre colchetes. Sendo impossvel determinar o local, adota-se a abreviatura [S.l.] (sine loco) entre colchetes.

9.6.2 Editora

O nome da editora transcrito como aparece na publicao referenciada, aps o local, precedida por espao, dois pontos, espao. No caso de editoras com nomes pessoais, indicam-se os prenomes por iniciais maisculas seguidas de ponto, suprimindo-se os elementos que designam a natureza jurdica ou comercial. Exemplo:

A. Pegoraro (e no Prof. Adhemar Pegoraro)

J. Olympio (e no Livraria Jos Olympio Editora)

Havendo mais de uma casa editora, citar apenas a primeira ou a que estiver em destaque. No se indica o nome da editora quando o mesmo da entrada. Exemplo:

BRASIL, Ministrio da Educao e Cultura. Documentos holandeses.

Rio de Janeiro, 1995.

Quando o nome da editora no aparece na obra, mas pode ser identificado, inicia-se o nome entre colchetes. Quando no mencionada na publicao, pode-se indicar o impressor. Na falta de impressor e editora, indicar [s.n.] (sine nomine) entre colchetes.

Quando os nomes do local e da editora no aparecerem na publicao, indica-se [S.l. : s.n.], entre colchetes.

9.6.3 Data

Transcrever sempre o ano de publicao em algarismos arbicos, sem espaamento ou pontuao, precedido de vrgula e espao.

No sendo possvel determinar a data de publicao, registrar a data aproximada entre colchetes. Exemplos:

a) [1972?] para data provvel;

b) [ca. 1970] (cerca de) para data aproximada;

c) [198-] para dcada certa;

d) [18--] para sculo certo;

e) [18--?] para sculo provvel.

9.7 MODELOS DE REFERNCIAS EM MEIO NO ELETRNICO

Livro

GOMES, L. G. F. F. Novela e sociedade no Brasil. Niteri: EdUFF, 1998.

137 p., 21 cm. (Coleo Antropologia e Cincia Poltica, 15). ISBN 85-228-

0268-8.

Tese

BARCELOS, M. F. P. Ensaio tecnolgico, bioqumico e sensorial de soja e

guandu enlatados no estdio verde e maturao de colheita. 1998. 160 f. Tese (Doutorado em Nutrio) Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

FolhetoIBICT. Manual de normas de editorao do IBICT. 2. ed. Braslia, DF,

1993. 41 p.

DicionrioHOUAISS, A. (Ed.). Novo dicionrio Folha Websters: ingls/portugus,

portugus/ingls. Co-editor Ismael Cardim. So Paulo: Folha da Manh, 1996. Edio exclusiva para o assinante da Folha de S. Paulo.

Guia

BRASIL: roteiros tursticos. So Paulo: Folha da Manh, 1995. 319 p., il.

(Roteiros tursticos Fiat). Inclui Mapa rodovirio.

ManualSO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de

Planejamento Ambiental. Estudo de impacto ambiental EIA, Relatrio de impacto ambiental RIMA: manual de orientao. So Paulo, 1989. 48 p. (Srie Manuais).

CatlogoMUSEU DA IMIGRAO (So Paulo, SP). Museu da Imigrao S.

Paulo: catlogo. So Paulo, 1997. 16 p.

AlmanaqueTORELLY, M. Almanaque para 1949: primeiro semestre ou Almanaque dA

Manh. Ed. Fac-sim. So Paulo: Studioma: Arquivo do Estado, 1991. (Coleo Almanaques do Baro de Itarar). Contm iconografia e depoimentos sobre o autor.

Parte de ROMANO, G. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.; ColetneaSCHMIDT, J. (Org.). Histria dos jovens 2: a poca contempornea. So

Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 7-16.

Captulo de SANTOS, F. R. dos. A colonizao da terra do Tucujs. In: _____.

Livro

Histria do Amap, 1 grau. 2 ed. Macap: Valcan, 1994. cap. 3, p. 15-24.

Publicao Peridica: inclui a coleo como um todo, fascculo ou nmero de revista, volume de uma srie, nmero de jornal, caderno, etc. na ntegra, e a matria existente em um nmero, volume ou fascculo de peridico (artigos cientficos de revistas, editoriais, matrias jornalsticas, sees, reportagens, etc.). Exemplos:

Coleo de REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro:

RevistaIBGE, 1939- . Trimestral. Absorveu Boletim Geogrfico do

IBGE. ndice acumulado, 1939-1983. ISSN 0034-723X.

BOLETIM GEOGRFICO. Rio de Janeiro: IBGE, 1943-1978.

Trimestral.

Nmero CONJUNTURA ECONNMICA. As 500 maiores empresas do

Especial Brasil. Rio de Janeiro: FGV, v. 38, n. 9, set. 1984. 135 p.

de RevistaEdio especial.

Suplemento PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICLIOS.

de PeridicoMo-de-obra e previdncia. Rio de Janeiro