05 Fundamentos de Tiro

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TIRO POLICIAL – FUNDAMENTOS DO TIRO FUNDAMENTOS DO TIRO POLICIAL 1. EMPUNHADURA : constitui-se de Altura, Envolvimento e Pressão. a) Altura - é fácil entender-se que se empunharmos a coronha do revólver muito alto, estaremos prejudicando o trabalho do cão à retaguarda, e ainda dificultando a ação do dedo indicador ao acionarmos a tecla do gatilho durante a ação dupla, favorecendo assim, a chamada pane de dedo, tudo pelo mau posicionamento da mão. Entretanto, se empunharmos a coronha do revólver muito baixo, originar-se-ão tiros para o alto. Daí o ideal é que o início da mão (região entre o dedo polegar e o indicador) comece juntamente com o início da coronha do revólver. b) Envolvimento - o polegar, como os demais dedos, envolve a coronha da arma. A parte de trás da coronha é colocada na palma da mão, o dedo polegar se posiciona abaixo do botão serrilhado e os dedos médio, anular e mínimo se fecham em torno da mesma, sob o guarda-mato, envolvendo-a totalmente. O dedo indicador não faz parte do envolvimento, indo se posicionar sobre a tecla do gatilho, entre a primeira e a segunda falange. c) Pressão da mão que dispara a arma - deve-se dar grande atenção para o detalhe da pressão da mão sobre a coronha, de forma CAP PM GIFFONI – (71) 8851.5526 – [email protected] Página 1

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TIRO POLICIAL – FUNDAMENTOS DO TIRO

FUNDAMENTOS DO TIRO POLICIAL

1. EMPUNHADURA: constitui-se de Altura, Envolvimento e Pressão.

a) Altura - é fácil entender-se que se empunharmos a coronha do revólver muito alto,

estaremos prejudicando o trabalho do cão à retaguarda, e ainda dificultando a ação

do dedo indicador ao acionarmos a tecla do gatilho durante a ação dupla,

favorecendo assim, a chamada pane de dedo, tudo pelo mau posicionamento da

mão. Entretanto, se empunharmos a coronha do revólver muito baixo, originar-se-ão

tiros para o alto. Daí o ideal é que o início da mão (região entre o dedo polegar e o

indicador) comece juntamente com o início da coronha do revólver.

b) Envolvimento - o polegar, como os demais dedos, envolve a coronha da arma. A

parte de trás da coronha é colocada na palma da mão, o dedo polegar se posiciona

abaixo do botão serrilhado e os dedos médio, anular e mínimo se fecham em torno

da mesma, sob o guarda-mato, envolvendo-a totalmente. O dedo indicador não faz

parte do envolvimento, indo se posicionar sobre a tecla do gatilho, entre a primeira e

a segunda falange.

c) Pressão da mão que dispara a arma - deve-se dar grande atenção para o

detalhe da pressão da mão sobre a coronha, de forma que, em hipótese alguma,

uma vez feita a pegada, esta não deve ser desfeita, o que, em ocorrendo, mostrará

que a arma não estava suficientemente firme, afrouxando-se a mão. Pressione

somente os dedos anular, médio, mínimo e polegar até avermelharem-se as unhas,

relaxe um pouco, e não mais modifique. Lembre-se de que, se a cada disparo a

empunhadura for refeita, é um sinal claro de que sua pegada está frouxa. A

empunhadura deve ter uma pressão natural, como um aperto de mão.

d) Envolvimento e Pressão da mão que auxilia - os dedos da mão que auxilia, em

forma de concha deverá envolver os dedos da mão que atira logo abaixo do guarda-

mato e a palma deverá fixar-se na placa da armação, na parte não alcançada pelos

dedos da mão que atira; o dedo polegar deverá fixar-se na armação na armação

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ficando paralelo e abaixo do ferrolho nas pistolas, ou junto do dedo polegar da mão

que atira quando se tratar de revólver. A pressão exercida pela mão que auxilia,

deverá ser o suficiente apenas para ajustar a mão que atira na arma. É esta mão

que segura o conjunto arma/mão facilitando o controle do recuo.

2. POSIÇÃO: em princípio é necessário que se esclareça que, em combate, o

atirador deverá tomar a posição que melhor convier ao momento, objetivando

sempre o melhor aproveitamento para seu disparo. Por isso são ensinadas diversas

posições reais de combate, com o respectivo emprego mais favorável, para que o

homem aplique ao máximo sua criatividade, adaptando-se rapidamente, por reflexo,

ao melhor posicionamento, considerando a possível utilização de proteção (relevo,

viatura, muros, etc.).

3. VISADA: é o enquadramento do aparelho de pontaria, dividido em dois momentos

distintos e subseqüentes, ou seja:

a) Linha de Mira: linha imaginária que parte do olho aberto do atirador enquadrando

alça e massa de mira;

b) Linha de Visada: linha imaginária que se estende do aparelho de pontaria

enquadrado (linha de mira) até o centro do alvo.

Especialmente em tiros de curta distância, onde se exige rapidez de ação, na

maioria das vezes, não tem o atirador, tempo para um perfeito enquadramento de

miras. Deve o atirador, portanto, apontar a arma na direção do alvo, com ambos os

olhos abertos, procurando colocar a massa de mira no centro do alvo, efetuando o

tiro. Faz a visada como se apontasse o dedo indicador para o alvo. Somente procure

enquadrar alça e massa, se o tempo de que dispõe para ação e reação, o permitir,

ou caso esteja abrigado ou distanciado do alvo. O enquadramento perfeito da alça e

massa só se torna essencial, para tiros a maiores distâncias, tiros além de 20

metros, onde a possibilidade de erro é maior e, então, o atirador já não é alvo tão

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fácil ao opositor. No tiro policial deve o atirador efetuar os tiros com os dois olhos

abertos.

APARELHO DE PONTARIA

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4. RESPIRAÇÃO: nos tiros em ação dupla deve-se fazer uma pequena inspiração e

bloqueá-la durante o acionamento. Expira-se logo após o disparo, e inicia-se outro

ciclo, mas, mesmo assim, em ação dupla isto não é rígido. A rapidez da ação exige

apenas que o atirador prenda a respiração no exato momento do disparo. Porém é

necessária uma pequena pausa respiratória.

5. ACIONAMENTO DA TECLA DO GATILHO: constitui-se no fator crucial do

aprendizado. Deve ser usada sempre a ação dupla, uma vez que esta é a

verdadeira ação de combate. Na ação dupla, a dobra do dedo entre as falanges

deve coincidir com a quina direita da tecla, e a ação deste dedo indicador deve ser

para trás, no sentido do eixo do antebraço, e não em diagonal, o que provocaria tiros

em linha, à esquerda, para os destros, e à direita, para os sinistros. Com calma

procure combater um outro fenômeno que cedo ocorrerá: o homem afrouxa a

pegada e, ao acionar a tecla, conjuga a pegada dos quatro dedos com o movimento

do dedo indicador na tecla do gatilho. Assim, ao invés de comandar a ação somente

para o dedo indicador, o faz para todos os dedos, o que impede a ação correta do

dedo indicador, não conseguindo este realizar o acionamento, originando a pane de

dedo. Muito comum será também o acionamento brusco da tecla do gatilho, a

chamada gatilhada, por prevenção contra o estampido do revólver. Inicia-se o

movimento do cão à retaguarda e o mesmo termina bruscamente, e muitas vezes, já

se inicia um movimento único e repentino, o que provocará tiros enterrados, isto é,

abaixo da silhueta, e muitas vezes no chão, isto a uma distância de 10 metros.

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