08 criatividade e inovação organizacional

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Criatividade e inovação organizacional

Em oposição ao desenho mecanístico das organizações, o modelo orgânico considera um novo padrão de comportamento das pessoas baseado na criatividade e

na inovação. São comportamentos requeridos pelas organizações orientadas para

aprendizagem.

Criatividade significa a aplicação da engenhosidade e imaginação para proporcionar

uma nova ideia, uma diferente abordagem ou uma nova solução para um problema

(CHIAVENATO, 2010). No atual contexto mutante e complexo das organizações, os

gestores utilizam a participação e o empowerment (empoderamento) das pessoas para

estimular a criatividade individual e grupal.

Inovação é o processo de criar novas ideias e colocá-las em prática (CHIAVENATO,

1998). De acordo com o autor, as aplicações concretas de inovação podem ocorrer sob

duas formas: inovação de processos, com a criação de novas maneiras de fazer as

coisas; e inovação de produtos, que resulta na criação de produtos ou serviços novos

ou melhorados.

De modo um pouco distinto, Bessant e Tidd (2009), definem quatro categorias

diferentes de inovação, quais sejam: a inovação de produto, a inovação de processo, a

inovação de posição e a inovação de paradigma.

Na primeira categoria estão classificadas as mudanças nos produtos/serviços que uma

empresa oferece.

Na segunda, as mudanças na forma em que os produtos/serviços são criados e

entregues.

Na terceira, as mudanças no contexto e reposicionamentos em que produtos/serviços são

introduzidos nos respectivos mercados.

Por fim, na quarta categoria, as mudanças nos modelos mentais subjacentes que

orientam o que a empresa faz.

Para administrar a inovação é preciso apoiar tanto a invenção (a criatividade) quanto a

aplicação dessa invenção. A invenção, por óbvio, é o desenvolvimento de novas ideias;

a aplicação se refere à utilização das invenções para extrair e tirar vantagem de seu

valor.

Para Schermerhorn Jr. (1996), o processo de inovação ocorre em quatro etapas:

Criação de idéias. Proporciona novas formas de conhecimento através de

descobertas, extensões de conhecimentos atuais ou criatividade espontânea pela

inventividade das pessoas e comunicação com outras.

Experimentação inicial. As ideias são inicialmente testadas em seus conceitos

através de discussões com outras pessoas, clientes, consumidores ou técnicos

e/ou na forma de protótipos ou amostras.

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Determinação da viabilidade. A praticidade e o valor financeiro das ideias são

examinados em estudos formais de viabilidade que identificam custos e

benefícios potenciais, assim como mercados e aplicações potenciais.

Aplicação final. Ocorre quando o novo produto é finalmente comercializado e

posto à venda no mercado aberto ou o novo processo é implementado como

parte da rotina operacional normal.

A inovação é o tipo mais especializado de mudança, e pode envolver desde pequenas

melhorias incrementais até novidades radicais; portanto, toda inovação envolve

mudança, mas nem toda mudança envolve ideias novas ou conduz a melhorias sig-

nificativas (ROBBINS, 2005).

BESSANT, J. e TIDD, J. Inovação e empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2009.

CHIAVENATO, I.. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas

organizações. 3ª ed.. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

CHIAVENATO, I.. Os Novos Paradigmas: Como as Mudanças Estão Mexendo com as

Empresas. São Paulo: Editora Atlas, 1998.

ROBBINS, S. P.. Comportamento organizacional. Tradução técnica Reynaldo

Marcondes. 11ª ed.. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.

SCHERMERHORN JR., J. R.. Management. Nova York: John Wiley & Sons, 1996.