14815-30069-1-PB

download 14815-30069-1-PB

of 10

Transcript of 14815-30069-1-PB

  • 7/26/2019 14815-30069-1-PB

    1/10

    IMPORTNCI DO ESTUDO DOS

    D DOS

    QU LIT TIVOS

    NO

    TESTE

    DE RORSCH CH

    ISABEL ADRADOS

    Continuando a apresentao d ~ casos estudados mediante o

    t e s t ~

    de Rors

    chach examinaremos hoje um protocolo com o intuito

    de

    demonstrar o valor

    dos dados qualitativos na interpretao desta tcnica projetiva.

    HISTRICO

    , ,

    I

    T r a t a s ~ d ~ uma ma que contava

    27

    anos quando nos consultou. Veio ao

    I S. O P trazida pelo marido que tambm foi orientando dste Instituto seis

    anos antes.

    Vencidas as primeiras inibies a entrevista foi sincera e muito ntima.

    Teve infncia normal sob o

    ponto

    de vista fsico. Psiquicamente foi muito

    traumatizada pelo fato de que era sistemticamente rejeitada pela me e tra.

    tada completamente diferente dos irmos mimados e queridos no lar. Jogada

    na casa de parentes quando a hostilidade da me aumentava tambm no era

    melhor tratada por stes.

    Cresceu neste ambiente de incompreenso desenvolvendo traos esquizo

    tmicos. Encontrando apoio apenas no pai e no muito espontneo e decidido

    antes era uma proteo medrosa e pouco firme.

    l:oi com 5 anos que soube da v ~ r d a d e Quando morreu uma tia foi infor

    mada de

    que

    esta era sua verdadeira me e no a

    que

    at ento considerara

    como tal. A irm

    da

    me foi passar umas frias com o casal e teve uma ligao

    sexual com o pai da Orientanda ficando grvida. Como era solteira resol

    veram abafar o fato e qmmdo a menina nasceu fizeram-na passar por filha do

    casal. Entretanto a espsa nunca perdoou e dirigia contra a

    Orientanda

    a

    hostilidade que no

    se

    atrevia a descarregar no marido.

  • 7/26/2019 14815-30069-1-PB

    2/10

    8

    ARQUIVOS

    BRASILEDWS DE PSICOTltCNICA

    Muito chocada com o descobrimento, fugiu do lar e foi morar numa CJ

    dade maior, onde, por recomendao de

    um

    poltico, comeou a trabalhar

    em escritrio. Conheceu

    um

    mdico alemo, casado,

    que

    muito a protegeu

    e ajudou. A examinanda

    que

    nunca recebeu afeto to desinteressado, ficou

    sensibilizada pelo fato e achou

    que a nica forma de retribuir era entre

    gar-se a le.

    Foram felizes

    durante dois anos, at que a aventura comeou a ser co-

    nhecida; a examinanda ento resolveu afastar-se e ir

    para

    outra cidade ainda

    maior.

    Nesta cidade, teve fases boas em

    que

    trabalhava e sonhava com encontrar

    de nvo a felicidade

    na forma de um lar No entanto, conheceu muitos homens

    mas sempre encontrava a mesma proposta: sexo e dinheiro. Foi-se entregando

    a esta vida de humilhaes, s e n t i n d o ~ s e cada vez mais degradada num ambiente

    de prostituio, at que conheceu o homem que hoje seu marido. Era dife

    rente em tudo, solteiro, jovem e parecia gostar realmente dela. Montaram

    um

    apartamento e moraram juntos dois anos; depois resolveram casar

    A ma alega

    que

    no feliz, gosta do espso, existe

    um

    bom ajustamento

    afetivo e sexual, mas, o carter de ambos

    muito

    diferente. A Otientanda

    sofre crises dechro de haras, at

    que

    perde os sentidos,

    fases

    de angstia,

    fobias e pensamentos de suicdio, tem numerosos complexos, sendo o

    m:is

    forte o de inferioridade

    Trabalha

    no prprio lar I .uma

    t a r e f ~

    de tipo artstico.

    Chamou-nos poderosamente a ateno ste casamento e quald() p r o c u ~ -

    mos o xpediente o

    marido para

    estudar o caso globalmente,

    ~ n c o n t r a m o ~

    que foi diagnosticado pelo psiquiatra dste Insttutoconio: P ~ i s o n a l i d a d e

    emocional e psicossexualmente

    imatura

    com desvios i i ~ s t ltima esfera, desvios

    de natureza no constitucional e sim decorrentes de

    m.

    educao e de i n f l ~ ~

    cias perniciosas do meio. Experincias homossexuais desde os 8 anos at os 18

    como ativo e passivo. Nesta idade comeou a cair em si e resolveu pr todos

    os meios em prtica

    para

    tornar.se normal..

    Quando

    nos p:rocurou, j praticava

    a sexualidade normal e sentia profundo intersse em

    no

    deixar-se levar de

    nvo por perverses.

    Entre

    utras coisas,

    lhe

    foi sugerido soluo matrimonial.

    RESULTADO DA EXAMINANDA

    NO

    P M K

    Personalidade marginal, temperamento acentuadamente esquizodisrtmicn,

    d i f i ~ u l d a d e de ajustament ao meio, que tenta controlar. Observa-se atitude

    de receio e contradies,

    que

    a levam a ser impaciente e a fugir das situaes.

  • 7/26/2019 14815-30069-1-PB

    3/10

    ES'fVDO DOS .QVJ\.LITATJVOS 'NO ,TESTE DE' RbRSCH,ACH 59

    NO T.A.T.

    Personalidade cujas fantasias revelam imaturidade afetiva, insegurana,

    m

    feriorizao e forte carg agressiva. As relaes primrias so conflitivas, exis

    tind) agresso contra os familiares e sentimento de rejeio. As relaes sociais

    tambm so pouco positivas.

    Na

    rea 'sexual h culpabilidade por faltas come

    tidas. Parece tratar-se de pessoa afetivamente frustrada, traumatizada, h

    uma

    autodegradao

    do

    ego com tendncias punitivas. Revela anseio

    de

    materni

    dade e grande desejo de afirmao no terreno profissional.

    WECHSLER: Colocou-se nos limites da zona normal difcil.

    MATRIZES PROGRESSIVAS:

    Pontos ::;: 30,. inferior mdia. Quer dizer, intelectualmente, ou pouco

    inteligente, ou

    ento

    ste setor est prejudicado peto problema emocional.

    I N Q U ~ R r r o

    RESPOSTAS:

    I - 1'15 -

    Esta

    parte

    aqui

    Vi

    primeiro o tronco e depois

    os

    me faz ver dois, ~ 0 8 Da FM tA diB pssaros prontos para 'voar

    um de 'cada ldo;n:

    cen-

    . '

    PI _ cada um para seu ladO.

    tro

    um

    tronco. -

    - O tronco outras v.zes me

    faZ ver ma c

    .vir..

    um

    D

    -:;-Ant.

    osso

    de

    galJnha.

    - Uma coluna ou

    uma es-

    ttua

    representando

    um

    D F

    Arte

    mulher ameaadora.

    .... ~ ~ ' figura de anjinho.

    D

    F

    +

    H)

    n -

    8

    Dana rw;sa de dois

    que ficam' agachados e QS

    chapus seriam as man

    chas vermelhas. 55

    m -

    7 -

    Aqui como duas pes

    .

    aM H

    soas danando um b llet a

    M H

    V

    indiano.

    - Assim de cabea para

    baixo o tamandu,

    o

    fo-

    cinho do tamandu alis, DF.

    Ad

    dois. um de frente para

    O outro. 1'40

    Foi a forma, estou referindo-me

    a

    esta forma interna.

    A

    silhueta tM'a.

    O

    feitio. do con

    trno.

    Apenas a forma.

    EStio agachados m s nio curva

    dos. Vejo a mesma coisa..

    Aqui as duas pessoas esto in-

    clinadas

    para

    a frente.

    Foi a forma.

  • 7/26/2019 14815-30069-1-PB

    4/10

    60

    ARQUIVOS BRASlLEffiOS

    DE

    PSICOTlflCNICA

    ,

    IV - 15

    Lembra-me Anco- _

    G

    F obj,

    ra, de

    navios.

    - Aqui me lembra

    uma

    cara, um rosto assim,

    v - I Lembra-me um

    F

    +

    Hd

    morcgo, le completo. G F + A V

    25 .

    VI

    - 25 - Parte interna dos

    rgos sexuais da mulher,

    vagina, de modo geral,

    toda e l a ~

    1'15 .

    VII _ 48 - A imagem no me

    lembra nada, est dificil,

    talvez uma nuvem.

    G Fc

    +

    sexo

    G K F nuvem

    - Aqui separadamente

    a

    D Fc + Ad

    carinha de um macaco.

    - E aqui um coelho ou coi

    sa assim

    a cabea. 50 .

    D Fc Ad

    O feitio.

    De menina, olhe O feitio da cabe

    a

    aqui.

    Tem a forma direitinho de um

    morcgo. Nenhuma outra impres

    so

    Vem-se os tecidos est aberta.

    para estudo.

    Esparsa formando figuras como

    as vemos com freqncia no cu.

    SOmente a cabecinha, o plo na

    parte

    escura.

    D para ver o plo.

    VIII - 8

    ;

    Lembra-me um ti- D F + A

    gre, um urro ou coisa as- O sangue da ferida aqui j nQ

    sim, um animal ferido. C F sangue diria.

    A forma dessa figura muito gorda

    - Uma esttua indiana, va- DF+ (Arte rel.) e aconchegada. Aqui a mesma

    mos dizer um Buda. coisa.

    m

    velhinho de barbas Dds Fc Hd

    compridas. 1'40 . F (C1 O

    Essa manchinha branca o lho,

    vejo o perfil, as barbas, nessas

    nuances mais escuras.

    IX

    - 35 - Essa. mancha aqui

    uma nuvem d forma ca

    prichosa.

    fK b

    ~ nuvem Aqui

    tam

    m

    mas

    a cr me

    lF C ajudou.

    --

    Separando vejo um cora

    o grande.

    1'15 .

    X -- 5

    --

    Fz-me lembrar um

    DF-Aut.

    jardi:n, orquideas, bonl-

    G

    C F +

    tas orquideas aqui.

    [Nat.

    LP

    --

    Aqui me faz lembrar ca- D F + A V

    ranguejo.

    --

    Dois gafanhotos aqui

  • 7/26/2019 14815-30069-1-PB

    5/10

    ESTUDO DOS QUALITATIVOS

    NO

    TESTE DE RORSClIACH

    61

    LEV

    ANTAMENTO

    DOS DADOS DO PROTOCOLO

    T=13'32

    A-5

    R =

    22

    Ad

    = 3

    32%

    TP:O

    D Dei

    T

    H ~

    - = 36

    Tv: 2 M :

    2.5

    C

    Hd

    = 2

    R

    Ant. , 2

    0 8

    41%

    Sexo

    = 1

    14,...

    tf

    FM+m:Fc+c+C'

    Nat.

    = 1

    as

    1

    4

    Nuvens:':'

    2

    Da

    1

    Pl.

    = 3

    D 12 -54%

    Geog =

    Dd

    s

    1 5%

    VIII + IX +

    X

    Obj.

    =

    1

    Ds

    = 36%

    Arte =

    F + 8

    72%

    (79%)

    R

    Alim

    =

    F-2

    Cena

    =

    F

    1

    ,Relig. -

    FK

    +

    F

    +

    Fc

    ExpIas ==

    = 1 1

    50%

    =

    68%

    Vesturio -

    M = 2

    R

    Mscara .....

    +FM

    = 1

    H + A +

    HD

    + Ad

    V=- l

    18%

    Fm=

    m =

    Sucesso:

    0=2

    C

    I

    II

    III

    IV

    V

    VI

    VII

    VIII

    IX

    X

    c r

    =2

    Da a

    a

    a

    a

    a

    a

    D

    a a

    +FC

    = 1

    D

    D

    D

    D

    D D

    D

    K

    D

    D

    ds

    D

    ++KF

    =2

    D

    FK

    k

    -

    TEMPO:

    c I II

    III

    IV

    V

    VI

    VII

    vm

    IX

    x

    cF

    -

    1'15 8

    7 15 I 25

    -la

    8

    35

    5

    Fe =4

    2'50 55 1'40 1'22

    25

    1'15 50 1'40 1'15

    1'20

    C'

    -

    C'F

    FC'

    -

    F

  • 7/26/2019 14815-30069-1-PB

    6/10

    6

    ARQUIVOS BRASILEIROS DE PSIOOTlflCNICA

    ESTUDO DO CASO

    Os dados quantitativos ds te caso

    no do uma

    idia exata

    do

    quadro.

    Alm

    de certa imaturidade, inibio e o fator ansiedade, bastante acentuado,

    nenhum

    outro

    fator nos alerta sbre a forte dificuldade de ajustamento que

    esta ma apresenta. Mas,

    um

    estudo mais profundo do mesmo descobre trs

    fatres

    muito

    importantes. Talvez o mais

    importante

    seja o passado da exami

    nanda

    to

    profundamente

    negativo e cheio de traumas. Viveu

    tda

    a infncia

    e a primeira adolescncia desejando desesperadamente o afeto da pessoa que

    C )I.1siderava

    como

    me. Quando

    descobre a verdade,

    j

    tarde, pois, com

  • 7/26/2019 14815-30069-1-PB

    7/10

    ESTUDO DOS QUALITATIVOS NO TESTE

    DE

    RORSCHACH 6

    postas de cr, evidenciando total indiferena emocional; isto

    que

    seria pa

    tolgico.

    'Entretanto,

    to afetiva que

    ainda

    subsistem nela os dois sentimentoi

    e desejos mais genunos e legtimos de

    qualquer

    mulher normal: amar, S{;f

    amada e ter um filho. Na prancha em branco do

    T.

    A.

    T.

    viu um bero e

    nle

    uma

    criana.

    A anlise das respostas de cr pelo mtodo de Piotrowski revela que tiran

    do

    a resposta da

    Prancha VIII,

    Um animal ferido, sangue da ferida ,

    que

    representativa de uma emoo profunda de grande poder impulsor, .as outras

    d u ~ s uma f

  • 7/26/2019 14815-30069-1-PB

    8/10

    Isto, naturalmente, est relacionado com o mecanismo de projeo desco

    berto por Freud. Estas pessoas substituem a figura humana central

    P d o q u ~

    ela chama de desvitalizaes

    da

    Figura humana .

    Quanto

    mais profunda'

    frustrao referente me, e menos amadurecido ou estruturado o ego , mais

    baixo o smbolo escolhido para substituir a figura

    da

    me.

    A s s i m ~ podem

    ver

    p l a n t ~ s ,

    animais, objetos com forma humana, como no caso em estudo. uma

    caveira F - e a seguir uma esttua com forma de mulher e ainda ameaadora

    que poder existir de

    ma.is

    frio que

    uma

    esttua? Ao contedo simblico

    d ~ t a

    resposta ainda poderamos acrescentar o choque quanto ao tempo de reao,

    M., Or relata como ste _ ipo de respostas foram apresentadas na sua e ~ p e r i n -

    cia

    por

    indivduos de tdas

    as

    camadas sociais desde as mais categorizadas

    a t ~

    pelos prias da ndia, demonstrando

    que uma

    relao negativa com a me

    na

    fase em que a criana espera tanto dela sentida, experimentada da' inesm

    forma por todo o gnero humano. Para fortalecer sua teria M.

    Or

    recOrtei

    Mitologia e lembra

    os

    numerosos exemplos em que, por castigo especial, o

    homem convertido em animal. phinia

    ou

    'esttua. Estas metamorfoSes

    So

    sempre feitas em detrimento da fortna humana que deturpada e inferiorizada

    at limitar seus movimentos de maneira total. '

    Em nossa experincia obtivemos maior correlao com a Prancha

    VII

    conhecida no Rorschach como essencialmente feminina e maternal, em face

    dela podemos encontrar reaes de angstia. mdo, vertigem, pnico e

    sen,sao

    de vazio. Nesta prancha.

    as

    pessoas com relaes

    ~ e g a t i v a s

    com a me sofreI .'

    uma espcie de choque manifesto

    ou

    pela reao mais

    d e m o r a ~ a ou

    por

    "el(-

    c1amaes de desprazer Isto no representa nada - isto pouco coerente etc:

    E

    as

    figuras laterais femininas, em geral. nitidamente percebidas pelas pessoas

    bem afustadas no so vistas como tais

    ou

    ento so sentidas como

    a n i n a i ~

    plan0

    tas, minerais, elementos semi-slidos como neve . liquidos como gua

    ouen-

    to

    "gasosos

    como nuvens , Nossa Orientanda teve choque quanto

    ao,

    tempo e

    sentiu desprazer, dificuldade para ver alguma coisa terminando por identificar

    nuvens, uma resposta de ansiedade no sistematizada e mais duas figuras de

    animais.

    Frente a esta prancha sentem-se mal no apenas

    os individuos que

    resOl-

    veram de maneira pouco satisfatria suas relaes primrias com a me mas

    tambm todos os angustiados ou portadores de traos neurticos.

    Estas reaes, conhecidas como choque ao vazio ,

    M.

    Or as r e I ~ c i o n a

    o complexo de abandono, consciente

    ou

    inconsciente, diminuio

    da

    c,apacidade

    de amar. O que no privativo das pessoas com complexo de

    abandORO esitn

    de todos aqules que apresentam traos neurticos.

  • 7/26/2019 14815-30069-1-PB

    9/10

    :msrnn o Ds

    QUALITATIVOS

    N

    TESl'E DE RORSCHACH

    6

    o

    choque ao vazio pode ser tambm um dos signos de homossexualidade

    no R o ~ s c h a c h tanto no homem como na mulher.

    M.

    Or

    explica ste choque ao vazio pela tendncia inconsciente a

    repetir

    uma

    experincia que j foi vencida uma vez e a tendncia a esperar que um

    estmulo sensorial continue a produzir-se

    de

    nvo. Tooa aprendizagem est

    baseada na repetio das mesmas impresses sbre o sujeito e

    as

    imagens se

    fixam com maior intensidade quanto mais carregadas

    de

    afetividade esto.

    No teste,

    de

    Rorschach o examinando enfrenta as seis primeiras pranchas

    cheias

    no

    centro.

    Em

    tdas elas lhe foi possvel apoiar-se no centro tanto per

    ceptiva como afetivamente e subitamente le

    enfrenta

    o vazio

    Il

    n'y

    a rien .

    Por

    que

    a

    Prancha

    VII evoca a me? M.

    Or d

    duas razes: a

    primeira

    que lembra o corpo humano, a parte inferior da mancha, a bacia, as pernas

    e rgo de reproduo, e a

    parte

    superior, os braos,

    que

    evocam associacs

    de ser abraado, rodeado pelos braos da me.

    t uma

    outra

    soluo especial, o vazio como smbolo geral

    da

    mulher e

    o cheio do homem.

    INTERPRETAO DO

    TESTE

    DE RORSCHACH

    Personalidade ambigal, ansiosa e inibida, revelando, entretanto, capaci

    dade de ateno e reaes rpidas. Embora estvel, apresenta-se

    imatura

    afeti

    vamente. Poder reagir ora impulsiva e agressivamente,

    ora

    de maneira

    tmia

    e cautelosa.

    t

    desajustada neste setor, no qual parece

    ter

    sofrido traumas no

    inteiramente superados, como evidencia a intensa ansiedade

    que

    manifesta e

    que,

    no

    teste, aparece como no sistematizada. Esta ansiedade d-nos a medida

    de

    quanto a examinanda deve ficar perturbada e sofrer com

    as

    dificuldades

    de adaptao que apresenta.

    Entretanto, os prognsticos nos parecem bons a ste respeito, j

    que

    con

    seguiu certo grau de estabilidade emocional e revela desejos de adaptao

    j

    evidentes

    no

    setor social, onde intensifica sua capacidade de contato.

    Em

    face

    da

    figura

    humana

    sua

    atitude

    contraditria, de

    um

    lado revela intersse e

    necessidade de contato e, de outro, hostilidade frente ao meio e dificuldade

    de integrao ao pensamento coletivo. Estas contradies devem fazer com que

    a Orientanda fique desorientada nas suas atitudes vitais com inibies e blo

    queios frente figura humana.

    Tal atitude

    contraditria deve originar-se no

    problema afetivo e nas dificuldades e traumatismos sofridos neste setor.

  • 7/26/2019 14815-30069-1-PB

    10/10

    66

    ARQUIVOS BRASILEmOS

    DE

    P i S I ~ N I C

    Os contrles em geral so satisfatrios exceto o da ansiedade e o externo.

    De fato a

    Orientanda

    poder ter crises de conduta com manifestaes

    de

    irri

    tabilidades impacincia e cenas explosivas que

    por

    sua

    vez

    aumentam

    o fator

    ansiedade.

    Percepo com certa disposio

    para

    perceber os aspectos gerais e revelan

    do-se cuidadosa na anlise dos detalhes assim como

    na

    apurao

    da

    mincia.

    De acrdo com isto possuiria um tipo de inteligncia teorico-prtico normal

    Capacidade de ateno e senso crtico normal para bom. Entretanto a objeti

    vidade escassa o que constitui mais um dado sbre a desorientao que

    apresenta nos planos prospectivos. Intersses

    normalmente

    distribudos exceo

    feita no setor

    da

    objetividade onde como

    j

    falamos esto

    mal

    representados.

    RESUMO:

    Personalidade ambigual

    ora

    ativa

    ora

    passiva

    imatura

    e ansiosa reve

    lando dificuldades de adaptao e trauma

    no

    setor afetivo.

    No entanto socivel com recursos de contrle e capacidade de crtica.