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    AS DECLINAES LATINAS.ESTUDOS DA PALAVRA DE 1DECLINAO

    METAExplicar o mecanismo das declinaes latinas.

    Exercitar o trato com palavras da 1 declinao.

    OBJETIVOSAo final desta aula, o aluno dever:

    reconhecer o funcionamento das declinaes latinas;

    estabelecer a relao dos casos latinos com as funes sintticas;

    representar, em quadro sintico, a relao entre as diferentes declinaes; e

    identificar os nomes da primeira declinao no contexto das frases.

    PR-REQUISITOSConhecimentos bsicos de anlise sinttica segundo as normas gramaticais.

    Aula

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    Fundamentos da Lngua Latina

    INTRODUO

    Ol, nesta aula voc vai observar uma grande diferena do latim parao portugus e outras lnguas moder-

    nas. Em latim, as palavras variveis so declinadas, isto , elas mudamde forma de acordo com a funo sinttica. Na verdade, ao radical daspalavras, que geralmente no se altera, so acrescentadas terminaes quecaracterizam cada caso especificamente.

    Em latim se diz que as palavras tm casos, tm quedas, como se cos-tuma dizer que a pessoa tem um caso, est de caso, est cada para o ladode outra. Os casos so, pois, quedas, flexes, deslocamentos, que as palavrasapresentam, obedecendo ao que pedem as funes sintticas desempenhadaspor elas nas frases.

    Esta aula introduz as declinaes latinas, elemento de fundamentalimportncia para o domnio da lngua, ponto de partida para o desenvolvi-mento dos estudos nesta rea.

    Declinaes

    Declinar significadescer, cair, ou seja,

    as palavras deslo-cam-se a partir daforma do nomina-tivo, que , geral-mente, o primeirocaso pela ordem emque se apresentam.

    No latim noexistem artigos.

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    As declinaes latinas: estudo das palavras de 1 declinao Aula

    51ADECLINAOEm latim, h palavras invariveis: elas tero sempre a mes ma forma

    em qualquer circunstncia nas frases. Assim, talcomo em portugus, os advrbios, preposies, conjunes, interjeies

    e numerais cardinais (exceto 1, 2 e 3) so palavras invariveis.Para as outras classes de palavras, usa-se a declinao. Substantivos,

    adjetivos, pronomes, numerais ordinais (os que funcionam como adjetivos)so palavras declinveis, isto , flexionam de acordo com os casos quecorrespondem s funes sintticas por elas desempenhadas nas frases. O

    verbo tambm pertence categoria das palavras variveis e so tambmdeclinados nas suas formas nominais. Para as outras flexes dos verbos, otermo usado conjugao. Os verbos, portanto, se conjugam.

    Quando se diz que, em latim, os nomes se flexionam, estamos dizendoque eles assumem formas diferentes em gnero, nmero e caso.Os substantivos apresentam razes significativas e elementos que a

    eles se juntam, tais como prefixos, sufixos, vogais temticas e de ligao edesinncias. As razes so os elementos que garantem o significado da pa-lavra. Tais razes nem sempre so de fcil identificao, pois, muitas vezes,representam o produto de longa evoluo.

    Observe o exemplo da palavra latina AMOR (amor). A raiz desta palavra AM, a partir da qual vrias combinaes so possveis:

    are = amaricus = amigo

    ica = amiga

    icitia = amizade

    or = amor

    AM

    A palavra AMOR ainda traz outras possibilidades de variao se elafor declinada, ou seja, se for usada em suas diversas associaes de formas,

    segundo a configurao da palavra pelas suas funes sintticas nas frases.Exemplo:

    Genitivo Dativo Ablativo Acusativo Vocativo

    Singular Amoris Amori Amore Amorem

    do amor ao amor pelo amor o amor

    Plural Amorum Amoribus Moribus Amores Amores

    Dos amores Aos amores Pelos amores Os amores amores

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    Fundamentos da Lngua Latina

    Como se v, de uma mesma raiz se constituem outras formas que cor-respondem a outras significaes que os acrscimos ou as permutas vopermitindo realizar.

    Desde cedo, para estudar o latim, voc vai ter necessidade de isolara raiz das palavras, pois a elas que as desinncias se somam, bem comooutros elementos que vo conferindo maior riqueza s palavras.

    Esse trabalho de grande utilidade tambm para o estudo do portugus.Em suma: voc vai perceber que as bases de significado so numericamentebem menores do que os desdobramentos que podem ser realizados a partirdas mesmas.

    Esse processo pode ser aplicado a todas as palavras da lngua. Veja, porexemplo, a associao de Amor s palavras latinas Pavor (pavor), Horror(horror), Timor (temor) etc. Assim se pode dizer que Amor, Amare, Am-

    abam, Amavi, Amicus, Amica, Amicitia etc. tm a mesma raiz, enquantoAmor, Pavor, Horror, Timor possuem o mesmo sufixo.Outras associaes so igualmente possveis e voc as ver durante o curso,

    desvendando, pouco a pouco, o mistrio das palavras, seu encanto, sua riqueza.Conhecer o radical de cada palavra, saber isol-lo a base para declinar

    corretamente, ou seja, juntar ao radical a desinncia que faz corresponders necessidades reais da linguagem.

    AS DECLINAES LATINAS

    Em latim, existem 5 declinaes. Na realidade, trata-se de 5 listasque apresentam as formas que as palavras devem ter de acordo coma declinao a que pertencem. No existe uma s palavra varivelque no encontre lugar na sua lista especfica. Assim, as palavras

    que pertencem determinada declinao tero todas as mesmas formas,as mesmas desinncias.

    Nesta aula, voc vai con-hecer a 1 declinao. adeclinao mais fcil e nela

    geralmente se enquadram aspalavras femininas terminadasem A, como em portugus:chuva, mesa, vida, veia, coroa,rainha etc.

    Em latim, alm dos gner-os masculino e feminino, existetambm o gnero neutro. Erade se esperar que, ao gneroneutro, pertencessem os nomes

    de seres inanimados, sem movi-

    Uma palavra nopode pertencer a mais

    de uma declinao.

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    5mento prprio, mas o critrio de classificao de gnero no obedece, neces-sariamente, a essa lgica. Importante saber o gnero de uma palavra antesde realizar qualquer trabalho com ela, e um bom dicionrio sempre forneceesse dado. Aos poucos, voc vai se habituando classificao das palavraspor gnero e vai compreendendo como acontece o gnero neutro, pois somuitas as palavras a ele pertencentes.

    A 1 declinao no possui palavras do gnero neutro; possui pouqussimaspalavras masculinas e tem a quase totalidade de palavras do gnero feminino.

    De modo geral, a configurao de gnero a mesma do portugus,mas no se pode ter total segurana por esse caminho, pois, muitas vezes,as surpresas acontecem, at mesmo porque, na passagem do latim para oportugus, as palavras do gnero neutro foram direcionadas para o mas-culino ou para o feminino. Exemplo:

    Cor, cordis (corao) em latim neutro; em portugus masculino.Bellum, I (guerra) em latim neutro; em portugus feminino.Observe, nestas formas pronominais do portugus, a configurao

    dos trs gneros:

    Masculino Feminino Neutro

    este esta isto

    esse essa isso

    aquele aquela aquiloalgum alguma algo

    todo toda tudo

    H resqucios no portugus que fazem perceber o que era a configu-rao de gnero em latim.

    Como j foi dito, de modo geral, voc pode tomar como refernciaa mesma classificao de gnero usada no portugus, pois a maioria daspalavras conserva a mesma distribuio atual do portugus. Surpresas,

    porm, acontecem:Pons, pontis (ponte) em latim do gnero masculino. O mesmo acon-

    tece com fons, fontis (fonte), dolor, doloris (dor), color, coloris (cor) etc.Abyssus, abyssi (abismo) feminina, enquanto malus, mali (macieira)

    do gnero masculino.Voc poder achar estranho quando encontrar a combinao dessas

    palavras com algum adjetivo de dupla forma: in fonte vivo (na fonte viva);dolor meus (minha dor) etc. Da que, para total segurana, aconselhveltrabalhar antes o substantivo e, em seguida, o adjetivo a ele ligado, obedecendoao gnero expresso pelo substantivo, pois, seguindo a lgica do portugus, atendncia seria dizer: in fonte viva ou dolor mea, o que seria um erro.

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    AS PALAVRAS NO DICIONRIO

    Os substantivos latinos so sempre apresentados no singular (a noser que a palavra s seja usada no plural) na forma do nominativo, tendo,em seguida, a forma do genitivo. Essa a maneira pela qual est sendo

    informada a declinao a que a palavrapertence.

    Na apresentao do genitivo, estocontidas duas informaes importantessobre a palavra em questo: sua declinaoe o radical para trabalhar os demais casos.

    Logo, ao buscar uma palavra no di-cionrio, o genitivo sempre vir logo aps

    a forma do nominativo. Assim, se algumperguntar: como se diz vida, chuva, mesaem latim, a resposta no pode ser apenas:

    vita, pluvia, mensa, respectivamente. Estaresposta foi incompleta, pois apenas for-neceu o nominativo da palavra e, comoexistem nominativos iguais de declinaopara declinao, no se sabe exatamente aque lista recorrer para flexionar a palavra.

    A resposta ideal, portanto, ser fornecer

    o nominativo e o genitivo de cada palavra.Logo, completando a informao, se dir:

    vida, chuva, mesa em latim so, respec-tivamente: vita, vitae / pluvia, pluviae /mensa, mensae ou simplesmente vita, ae/pluvia, ae/ mensa, ae, no havendo neces-sidade de repetir o radical quando for omesmo para os dois casos.

    O segundo elemento de informao(o genitivo) indicativo seguro de que essas palavras fazem parte da primeiradeclinao. No h como direcion-las para nenhuma das outras quatro.Observe o que pode acontecer ao serem dadas as palavras somente com aforma do nominativo:

    Dominus (senhor); Venus (Vnus); Manus (mo).Essas trs palavras no parecem pertencer mesma declinao? Mas a

    terminao do nominativo em US pode ocorrer na 2, 3 e 4 declinaes. Ea? Para onde direcion-las? S ser possvel faz-lo com segurana depoisde conhecida a forma do genitivo:

    Dominus, Domini (Genitivo terminado em I 2 declinao).

    Venus, Veneris (Genitivo terminado em IS 3 declinao).

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    5Manus, manus (Genitivo terminado em US 4 declinao). somente atravs do genitivo que poderemos diferenciar as declinaes

    a que pertencem as palavras, como nesse caso acima.Considere ainda este exemplo:Regina (rainha) e clima (clima) pertencem mesma declinao? Apar-

    entemente, sim. Mas antes de dar uma resposta definitiva, vamos verificaro genitivo:

    Regina, reginae = nome feminino de 1 declinao.Clima, climatis = nome masculino de 3 declinao.Em resumo: conhecer o genitivo das palavras condio indispen-

    svel para ter certeza de sua declinao e tambm para conhecer o radicalquando este for diferente do nominativo. O genitivo , pois, o pai (genitor)da palavra. dele que os outros casos se formam. Observe: do genitivo

    climatis (raiz climat) obtm-se os derivados:Climtico / climatrio / aclimatar / aclimatado etc.As declinaes, como j se disse, so cinco e elas se identificam pelo

    genitivo, que no igual em nenhuma delas:1 Declinao: Genitivo AE2 Declinao: Genitivo I3 Declinao: Genitivo IS4 Declinao: Genitivo US5 Declinao: Genitivo EI

    PRIMEIRA DECLINAO

    Voc agora vai estudar a 1 declinao. No esquea: voc vai apre-nder a flexionar todas as palavras que se enquadram nesse modelo, nesteesquema denominado de 1 declinao. Somente podem ser declinadas poresse paradigma as palavras que tenham o nominativo singular em A e ogenitivo singular em AE.

    Situada a palavra nessa lista, esquea as outras. Todas as palavras dessalista vo apresentar as mesmas formas para os respectivos casos. Os casos

    latinos, como j se disse, so seis. Isto : cada palavra declinada tem seisformas para o singular e seis formas para o plural. So eles: nominativo(N); genitivo (G); dativo (D); ablativo (AB); vocativo (V); acusativo (AC).

    A ordem dos casos aqui adotada livre. Voc pode encontrar outrasdistribuies e isso em nada inviabiliza o trabalho com o latim. Voc s no

    vai encontrar distribuio que no comece pelo nominativo. Aqui optou-sepor incluir o genitivo logo aps o nominativo, obedecendo apresentaodas palavras no dicionrio. Mas ainda uma vez se diga: a ordem na dis-tribuio dos casos inteiramente arbitrria e em nada altera o empregocorreto das formas.

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    Os dicionrios sempre registram os substantivos,dando por extenso o nominativo, vindo, logo aps, aterminao do genitivo. No preciso repetir o radicala no ser que ele varie de um caso para outro.

    Exemplo:Pluvia, ae (chuva) / flama, ae (chama) / populus,

    i (povo).Mas, havendo alterao na forma do radical, a

    apresentao ser:Magister, magistri (mestre) / pectus, pectoris

    (peito) / semen, seminis (semente).Conhea agora como se flexionam as palavras

    de 1 declinao. Lembre-se, mais uma vez, que nesta

    declinao se enquadra a grande maioria de palavrasfemininas terminadas em A.Todos os substantivos da 1 declinao se declinam

    como rosa, ae:

    Singular Exemplos Plural Exemplos

    Nominativo Ros-a Rosa, a rosa, Ros-ae Rosas, as rosas,

    uma rosa umas rosas

    GenitivoRos-ae

    De rosa, da, Ros-arum

    De rosas, das,de uma rosa de umas rosas

    Dativo Ros-ae Para a rosa, Ros-is Para as rosas,

    rosa s rosas

    Acusativo Ros-am Rosa, a rosa, Ros-as Rosas, as rosas,

    uma rosa umas rosas

    Vocativo Ros-a Rosa, rosa Ros-ae Rosas, rosas

    Ablativo Ros-a Com, em, sem, Ros-is Com, em, sem,

    pela ...rosa pelas...rosas

    Esse o modelo, o paradigma para de clinar qualquer palavra que seenquadre na 1 declinao. As desinncias sero sempre as mesmas, pois elasso prprias da 1 declinao; o que muda o radical, pois este elemento diferente de palavra para palavra. Assim, para declinar qualquer outrapalavra pertencente a esta declinao, basta isolar o seu radical e substitu-lo na lista acima pelo radical ros (prprio da palavra rosa) e conservar asmesmas desinncias especficas de cada caso.

    Faa um teste com a palavra flama, ae (chama). O radical flam e ele

    vai na lista ocupar o lugar de ros. As desinncias permanecem as mesmas.

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    5Assim, se voc quiser o acusativo singular, a forma ser flamam, substitu-indo rosam.

    Usando ainda a palavra flama, ae, quem vai dizer a forma de que vocvai precisar a frase com a qual voc est trabalhando.

    Exemplo: Eu dominei a chama que ameaava destruir meus livros.Nessa frase, a expresso a chama exerce a funo sinttica de objeto direto,logo voc s pode usar a forma do acusativo singular (flamam), pois este o caso do objeto direto.

    Se a expresso estivesse no plural (Eu dominei as chamas...), sem alte-rao, portanto, da funo sinttica, a forma seria flamas, que correspondeao plural do mesmo acusativo.

    Viu como fcil? preciso, porm, muita ateno na identificao doradical e fazer corretamente a anlise sinttica para ter certeza de onde ir

    buscar a forma exata que a frase requer.

    ATIVIDADES

    Agora com voc. Coloque em latim as palavras destacadas nas frasese justifique o uso das formas:a) As crianas oferecem rosas, com carinho, s mestras.b) As riquezas da vida so as alegrias do corao.c) Contemplo a lua e as estrelas.

    COMENTRIO SOBRE AS ATIVIDADES

    Observe, caro aluno, que a primeira atitude ser a de reconhecer aque funo sinttica pertencem os termos grifados. No item a), porexemplo, rosas exerce a funo sinttica de objeto direto porque quemoferece, oferece alguma coisa, certo? O termo s mestras, por sua

    vez, est exercendo a funo de objeto indireto, porque as crianasoferecem rosas (objeto direto), a algum (objeto indireto). No quadro

    da Aula 4, vimos que o objeto direto corresponde ao acusativo, e oobjeto indireto, ao dativo. Sabendo-se tambm que rosas e mestras,em latim, pertencem primeira declinao e, observando os modelosdesta aula, vamos obter as seguintes formas: rosas, magistris. Assim,no item b), temos da vida exercendo a funo de genitivo, portantoficar vitae, e as alegrias, a funo de predicativo = nominativo, que,em latim, ficar laetitiae. No item c), tanto a lua, quanto as estrelasexercem a mesma funo, de objeto direto = acusativo. Assim, emlatim, teremos lunam e stellas.

    VOCABULRIO

    Rosa, ae = RosaMagistra, ae = MestraVita, ae = VidaLaetitia, ae = AlegriaLuna, ae = LuaStella, ae = Estrela.

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    Outra dificuldade constante est em no saber identificar com seguranao radical. Por exemplo: a palavra pluvia, ae (chuva) tem como radical a formapluvi. Esta palavra se enquadra perfeitamente no modelo acima, mas precisoter cuidado nos casos dativo e ablativo plural, que tero a configurao pluviis(com dois I, sendo um do radical e outro da desinncia dos casos).

    Compreendidos esses primeiros passos, importa agora realizar muitosexerccios para fixar bem a aprendizagem das formas latinas, dos casos e suarelao com a sintaxe, da separao do radical e acrscimo de cada formano momento do uso etc.

    CONCLUSO

    Voc percebeu que, sem ter o domnio da anlise sinttica, fica impos-

    svel saber escolher a forma da palavraque cada frase requer. Voc vai ver que a dificuldade no est tanto no

    latim, mas est na anlise sinttica. Da ser necessria uma reviso constantedesste assunto em frases que apresentem uma mesma palavra ocupandofunes sintticas diversas. Tendo esse domnio, voc vai ver como o estudodo latim se torna agradvel e bastante til para o pleno conhecimento dalngua portuguesa.

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    5RESUMOEssa aula permitiu conhecer como o latim trabalha suas palavras pelo

    sistema das declinaes. Voc aprendeu tambm como citar as palavraslatinas e como situ-las no dicionrio, sempre esperando conhecer a formado genitivo para enquadr-la no paradigma especfico e conseguir todas asformas possveis a partir do radical tambm fornecido pelo genitivo. A 1declinao o contato inicial com o processo das declinaes latinas. Alista em que aparecem as variadas formas de uma palavra, cuja escolha vaidepender do conhecimento de sintaxe, muito simples e j pode dar impulsoao trabalho com um nmero significativo de palavras. Conhecendo estadeclinao, a grande maioria das palavras femininas em A j pode ser trab-alhada, o que corresponde a uma quantidade significativa do lxico latino.

    ATIVIDADES

    As atividades propostas visam ao pleno conhecimento das palavrasda 1 declinao. A partir de agora, os conhecimentos de anlise sintticasero cada vez mais exigidos, desde as frases simples com que se introduzo assunto, at as frases mais complicadas que o desenvolvimento dos es-tudos vai exigindo.

    1. Responda:a) Como se d a distribuio de gnero na primeira declinao?b) Quais os casos que apresentam formas iguais no singular e no plural da1 declinao?c) A quantas declinaes pode pertencer uma mesma palavra?d) Por que o genitivo deve ser dado logo aps o nominativo de cada palavra?d) Qual a terminao do genitivo singular de cada declinao?

    COMENTRIO SOBRE AS ATIVIDADES

    Este exerccio faz reviso do contedo desta aula. Para respondercorretamente s questes, importa retornar atentamente a todos ositens abordados a fim de que os assuntos sejam facilmente assimilados.

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    2. Construa frases em portugus que esgotem todas as possibilidades detraduo das formas latinas:a) Litteris (littera, ae = letra)b) Plumae (pluma, ae = pena)c) Mensa (mensa, ae = mesa).3. De que forma a palavra chuva (pluvia, ae) ser escrita em latim nasseguintes frases? Justifique:a) Chove, chuva, chove sem parar!b) A chuva destruiu os meus planos para o feriado!c) Sem a chuva, a natureza morre.4. Assinale como traduzir e o que diferencia as frases a seguir:a) Maria vidit Martam.b) Martam vidit Maria.

    COMENTRIO SOBRE AS ATIVIDADES

    Na questo 2, deve-se criar frases em portugus encaixando o termolatino, com isso voc perceber a pertinncia das formas. Mas, issos possvel se for bem feita a anlise sinttica. O mesmo acontecena questo 3, em que dada a frase em portugus para qual se pedea forma latina.Quanto questo 4, um alerta para a posio das palavras nas frases

    latinas. Em que interfere a ordem na traduo?

    REFERNCIAS

    CARDOSO, Zlia de Almeida. Iniciao ao latim.So Paulo: tica, 1989.COMBA, Jlio. Gramtica latina. So Paulo: Salesiana, 1981.FURLAN, Oswaldo Antnio. Latim para o portugus.Florianpolis:EDUFSC, 2006.MACHADO, Luiz. Uma nova viso do latim pelo uso da inteligncia.Rio de Janeiro: Cidade do Crebro, 1999.SOARES, Joo S. Latim I - Iniciao ao latim e civilizao romana.Coimbra: Almedina, 1999.

    TARALLO. Fernando. Tempos lingsticos.So Paulo: tica, 1994.

    VOCABULRIOMaria, ae = MariaMarta, ae = MartaVidit = Viu.