15722 10 Tratamentos Termicos Geral

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Tratamentos Térmicos Tratamentos Térmicos

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Apresentação sobre tratamento termicos

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  • Tratamentos Trmicos

    Eleani Maria da Costa - PGETEMA/PUCRS

    Tratamentos Trmicos

    Finalidade:

    Alterar as microestruturas e como consequncia as propriedades mecnicas das ligas metlicas

    Eleani Maria da Costa - PGETEMA/PUCRS

    Tratamentos Trmicos

    Objetivos:

    - Remoo de tenses internas- Aumento ou diminuio da dureza- Aumento da resistncia mecnica- Melhora da ductilidade- Melhora da usinabilidade- Melhora da resistncia ao desgaste- Melhora da resistncia corroso- Melhora da resistncia ao calor- Melhora das propriedades eltricas e magnticas

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    MATERIAL + TRATAMENTO TRMICOO TRATAMENTO TRMICO EST ASSOCIADO DIRETAMENTE COM O TIPO DE MATERIAL.PORTANTO, DEVE SER ESCOLHIDO DESDE O INCIO DO PROJETO

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    Fatores de Influncia nos Tratamentos Trmicos

    TemperaturaTempoVelocidade de resfriamentoAtmosfera*

    * para evitar a oxidao ou perda de algum elemento qumico (ex: descarbonetao dos aos)

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    Fatores de Influncia nos Tratamentos Trmicos

    Tempo:

    O tempo de trat. trmico depende muito das dimenses da pea e da microestrutura desejada.Quanto maior o tempo:maior a segurana da completa dissoluo das fases para posterior transformaomaior ser o tamanho de gro

    Tempos longos facilitam a oxidao

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    Fatores de Influncia nos Tratamentos Trmicos

    Temperatura:

    depende do tipo de material e da transformao de fase ou microestrutura desejada

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    Fatores de Influncia nos Tratamentos Trmicos

    Velocidade de Resfriamento:

    -Depende do tipo de material e da transformao de fase ou microestrutura desejada- o mais importante porque ele que efetivamente determinar a microestrutura, alm da composio qumica do material

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    Principais Meios de ResfriamentoAmbiente do forno (+ brando)ArBanho de sais ou metal fundido (+ comum o de Pb)leogua Solues aquosas de NaOH, Na2CO3 ou NaCl (+ severos)

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    Como Escolher o Meio de Resfriamento ???? um compromisso entre:

    - Obteno das caractersitcas finais desejadas (microestruturas e propriedades),- Sem o aparecimento de fissuras e empenamento na pea,- Sem a gerao de grande concentrao de tenses

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    Principais Tratamentos Trmicos

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    1- RECOZIMENTOObjetivos:

    - Remoo de tenses internas devido aos tratamentos mecnicos- Diminuir a dureza para melhorar a usinabilidade- Alterar as propriedades mecnicas como a resistncia e ductilidade- Ajustar o tamanho de gro- Melhorar as propriedades eltricas e magnticas- Produzir uma microestrutura definida

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    TIPOS DE RECOZIMENTORecozimento para alvio de tenses (qualquer liga metlica)Recozimento para recristalizao (qualquer liga metlica)Recozimento para homogeneizao (para peas fundidas)Recozimento total ou pleno (aos)Recozimento isotrmico ou cclico (aos)

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    1.1- RECOZIMENTO PARA ALVIO DE TENSESObjetivo

    Remoo de tenses internas originadas de processos (tratamentos mecnicos, soldagem, corte, )Temperatura

    No deve ocorrer nenhuma transformao de faseResfriamento

    Deve-se evitar velocidades muito altas devido ao risco de distores

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    Ex:RECOZIMENTO PARA ALVIO DE TENSES DOS AOSTemperatura

    Abaixo da linha A1 em que ocorre nenhuma transformao (600-620oC)

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    INFLUNCIA DA TEMPERATURA DE RECOZIMENTO NA RESIST. TRAO E DUTILIDADEAlvio de Tenses(Recuperao/Recovery)

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    1.2- RECOZIMENTO PARA RECRISTALIZAOObjetivo

    Elimina o encruamento gerado pela deformao frioTemperatura

    No deve ocorrer nenhuma transformao de faseResfriamentoLento (ao ar ou ao forno)

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    1.3- RECOZIMENTO HOMOGENEIZAOObjetivo

    Melhorar a homogeneidade da microestruturade peas fundidasTemperatura

    No deve ocorrer nenhuma transformao de faseResfriamentoLento (ao ar ou ao forno)

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    1.4- RECOZIMENTO TOTAL OU PLENOObjetivo

    Obter dureza e estrutura controlada para os aos

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    1.4- RECOZIMENTO TOTAL OU PLENOTemperatura

    Hipoeutetide 50 C acima da linha A3Hipereutetide Entre as linhas Acm e A1Resfriamento

    Lento (dentro do forno) implica em tempo longo de processo (desvantagem)Usado para aos

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    Recozimento total ou pleno

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    1.1- RECOZIMENTO TOTAL OU PLENOConstituintes Estruturais resultantes

    Hipoeutetide ferrita + perlita grosseiraEutetide perlita grosseiraHipereutetide cementita + perlita grosseira* A pelita grosseira ideal para melhorar a usinabilidade dos aos baixo e mdio carbono* Para melhorar a usinabilidade dos aos alto carbono recomenda-se a esferoidizao

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    1.5- RECOZIMENTO ISOTRMICO OU CCLICOA diferena do recozimento pleno est no resfriamento que bem mais rpido, tornando-o mais prtico e mais econmico,Permite obter estrutura final + homogneaNo aplicvel para peas de grande volume porque difcil de baixar a temperatura do ncleo da mesmaEsse tratamento geralmente executado em banho de sais

    Usado para aos

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    2- ESFEROIDIZAO OU COALESCIMENTOESFEROIDITAObjetivoProduo de uma estrutura globular ou esferoidal de carbonetos no ao melhora a usinabilidade, especialmente dos aos alto carbono facilita a deformao a frio

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    Esferoidizao ou coalescimento

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    OUTRAS MANEIRAS DE PRODUZIR ESFEROIDIZAO OU COALESCIMENTO Aquecimento por tempo prolongado a uma temperatura logo abaixo da linha inferior da zona crtica, Aquecimento e resfriamentos alternados entre temperaturas que esto logo acima e logo abaixo da linha inferior de transformao.

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    3- NORMALIZAOObjetivos:

    Refinar o gro Melhorar a uniformidade da microestrutra

    *** usada antes da tmpera e revenidoUsada para aos

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    3- NORMALIZAOTemperatura

    Hipoeutetide acima da linha A3Hipereutetide acima da linha Acm**No h formao de um invlucro de carbonetos frgeis devido a velocidade de refriamento ser maiorResfriamento

    Ao ar (calmo ou forado)

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    3- NORMALIZAOConstituintes Estruturais resultantes

    Hipoeutetide ferrita + perlita finaEutetide perlita finaHipereutetide cementita + perlita fina

    * Conforme o ao pode-se obter bainitaEm relao ao recozimento a microestrutura mais fina, apresenta menor quantidade e melhor distribuio de carbonetos

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    4- TMPERAObjetivos: Obter estrutura matenstica que promove:- Aumento na dureza- Aumento na resistncia trao- reduo na tenacidade

    *** A tmpera gera tenses deve-se fazer revenido posteriormente

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    4- TMPERAMARTENSITA

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    4- TMPERATemperatura

    Superior linha crtica (A1)* Deve-se evitar o superaquecimento, pois formaria matensita acidular muito grosseira, de elevada fragilidadeResfriamento

    Rpido de maneira a formar martensta (ver curvas TTT)

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    4- TMPERAMeios de Resfriamento

    Depende muito da composio do ao (% de carbono e elementos de liga) e da espessura da pea

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    TEMPERABILIDADECAPACIDADE DE UM AO ADQUIRIR DUREZA POR TMPERA A UMA CERTA PROFUNDIDADE

    VEJA EXEMPLO COMPARATIVO DA TEMPERABILIDADE UM AO 1040 E DE UM AO 8640A CURVA QUE INDICA A QUEDA DE DUREZA EM FUNO DA PROFUNDIDADE RECEBE O NOME DE CURVA JOMINY QUE OBTIDA POR MEIO DE ENSAIOS NORMALIZADOS

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    TEMPERABILIDADEVeja como feito o ensaio de temperabilidade Jominy no site:

    www.cimm.com.br/material didtico

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    TEMPERABILIDADE DOS AOS EM FUNO DO TEOR DE CARBONO

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    5- REVENIDO*** Sempre acompanha a tmpera

    Objetivos:- Alivia ou remove tenses- Corrige a dureza e a fragilidade, aumentando a dureza e a tenacidade

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    5- REVENIDOTemperatura

    Pode ser escolhida de acordo com as combinaes de propriedades desejadas

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    5- REVENIDO150- 230C os carbonetos comeam a precipitarEstrutura: martensita revenida (escura, preta)Dureza: 65 RC 60-63 RC

    230-400C os carbonetos continuam a precipitar em forma globular (invisvel ao microscpio)Estrutura: TROOSTITADureza: 62 RC 50 RC

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    5- REVENIDO400- 500C os carbonetos crescem em glbulos, visveis ao microscpioEstrutura: SORBITADureza: 20-45 RC

    650-738C os carbonetos formam partculas globularesEstrutura: ESFEROIDITADureza:

  • 7- Outros tratamentos trmicos

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    TRATAMENTO SUB-ZEROAlguns tipos de ao, especialmente os alta liga, no conseguem finalizar a transformao de austenita em martensita.

    O tratamento consiste no resfriamento do ao a temperaturas abaixo da ambiente

    Ex: Nitrognio lquido: -170oC

    Nitrognio + lcool: -70oC

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    AO AISI 1321 cementado as linhas Mi e Mf so abaixadas. Neste ao a formao da martensita no se finaliza, levando a se ter austenita residual a temperatura ambiente.

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    AUSTEMPERA E MARTEMPERAProblemas prticos no resfriamento convencional e tmpera

    A pea/ parte poder apresentar empenamento ou fissuras devidos ao resfriamento no uniforme. A parte externa esfria mais rapidamente, transformando-se em martensita antes da parte interna. Durante o curto tempo em que as partes externa e interna esto com diferentes microestruturas, aparecem tenses mecnicas considerveis. A regio que contm a martensita frgil e pode trincar.

    Os tratamentos trmicos denominados de martempera e austempera vieram para solucionar este problema

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    MARTEMPERAO resfriamento temporariamente interrompido, criando um passo isotrmico, no qual toda a pea atinga a mesma temperatura. A seguir o resfriamento feito lentamente de forma que a martensita se forma uniformemente atravs da pea. A ductilidade conseguida atravs de um revenimento final.

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    AUSTEMPERAOutra alternativa para evitar distores e trincas o tratamento denominado austmpera, ilustrado ao lado

    Neste processo o procedimento anlogo martmpera. Entretanto a fase isotrmica prolongada at que ocorra a completa transformao em bainita. Como a microestrutura formada mais estvel (alfa+Fe3C), o resfriamento subsequente no gera martensita. No existe a fase de reaquecimento, tornando o processo mais barato.

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    MARTEMPERA E AUSTEMPERA

    alternativas para evitar distores e trincas

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    CASO PRTICO 1Faa uma anlise do seguinte procedimento adotado por uma da empresaPea: eixo (10x100)mmAo: SAE 1045Condies de trabalho: solicitao abraso puraTratamento solicitado: beneficiamento para dureza de 55HRCCondio para tempera: pea totalmente acabada

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    CASO PRTICO 2Qual o tratamento trmico que voc acha mais apropriado para um dado eixo flangeado para reconstituir a homogeneidade microestrutural com a finalidade de posteriormente ser efetuada a tempera?Informaes: A regio flangeada apresenta-se com granulao fina e homognea, resultante do trabalho quente; j o restante do eixo, que no sofre conformao, apresenta-se com microestrutura grosseira e heterognea, devido ao aquecimento para forjamento.

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    CASO PRTICO 3Porta insertos de metal duro so usados em estampos progressivos, confeccionados em ao AISI D2 e temperados para 60/62 HRC.Este tipo de ao costuma reter at 50% de austenita em sua estrutura temperatura ambiente. H algum inconveniente disto? Comente sua resposta.

  • RESUMOS

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    Resfriamento Lento (dentro do forno)Resfriamento ao ar

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