16 coisas sobre o legislativo de Brasília

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Dezesseis coisas sobre a Câmara Legislativa do Distrito Federal desde a primeira legislatura em 1991

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Dezesseis coisas sobre a Câmara Legislativa do Distrito Federal desde a

primeira legislatura em 1991

Poucas pessoas sabem que Brasília nem mesmo escolhia seus representantes antes da constituição de 1991. Haviam prefeitos nomeados pela presidência da república por um período de até dois anos.

Alguns são mais lembrados até hoje através de nomes de grandes estruturas da cidade, como Israel Pinheiro, Hélio Prates e Elmo Serejo. Joaquim Roriz foi o único indicado pela presidência eleito, já nas primeiras eleições locais do DF.

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Câmara dos Deputados + Assembleia Legislativa

= Câmara Legislativa (Exercendo competências de estado e município ao mesmo tempo.)

Já no primeiro ano da legislatura atual (2015-2018), 1/3 dos deputados mudou de partido. A filosofia ou atuação em nível nacional dos partidos políticos nunca representaram completamente o discurso e/ou ações dos deputados eleitos pelas legendas. Isto causou, recentemente, dispersão dos eleitos logo após o período obrigatório de fidelidade partidária.

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Desde 1991, dois partidos

elegeram mais de 42% dos cargos eletivos da CLDF.

Estes partidos vem apresentando

tendência de queda, mesmo que ainda liderem. O PSDB não teve representantes eleitos, ou que finalizaram mandato na legenda, nas duas últimas eleições.

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Apenas o PDT, o PP e o PR apresentam

tendência de crescimento de

representatividade. Antes da dissolução, o PFL apresentava a mesma tendência

Quatro partidos acumulam historicamente as maiores representatividades na CLDF, logo atrás de PMDB e PT, mas não lançam candidaturas próprias desde 2002, preferindo as coligações

O aumento no número de partidos da última década colabora para esta queda de concentração de representatividade dos partidos dominantes e crescimento

de outros

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O espectro político acumulado desde 1991 aponta que a capital é, como andam dizendo por aí, “petralha”. Não no sentido direto de ser militante do PT ou esquerdista, mas no espectro político dos partidos que elegeram os deputados, costumeiramente de maior inclinação social.

Parece haver preferência por deputados da oposição, de acordo com a performance do governador anterior.

Uma linha do tempo para ajudar na interpretação do item 10: • Primeiro pleito: O brasiliense ainda não votava, portanto elegeu o último indicado pelo

presidente. Um governador, à época, "petralha". Isto resultou no florescimento do ambiente "petralha" através da redução de tendência "coxinha" no período seguinte.

• 1995-1998: Governador "petralha" muda drasticamente o modo de governar, resultando em crescimento da representação "coxinha" da câmara legislativa.

• 1999-2006: Governadores "coxinhas" do período mudam pouco ou nada em suas gestões, mas não chamam atenção negativamente.

• 2007-2010: Governador "isentão" vence, mas vai preso antes de terminar o mandato, resultando em redução na representação "isentona" e aumento da “coxinha” na CLDF.

• 2011-2014: Governador "petralha" decepciona o eleitorado, mas o comportamento do voto seguiu outro caminho na eleição seguinte.

• 2014~: Governador "isentão" encontra dificuldades de governar até o momento, com menos representação "coxinha" e lideranças mais "petralhas" e "isentonas" na câmara legislativa.

Em porcentagens, os crescimentos e retrações dos espectros políticos dos deputados eleitos, considerando seus partidos. O padrão de inversão a cada 4 anos indica preferência pela oposição ao executivo, como provável critério de escolha.

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Com apenas 7 legislaturas desde 1991, nomes que estavam na primeira lista de deputados ainda constam da atual. Apenas dois deputados conseguiram se eleger mais de três vezes.

O bom Wasny de Roure Esteve presente em nada menos que cinco, das sete legislaturas, sem processos ou condenações (aparentes) relativas aos mandatos.

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O mau Benício Tavares se elegeu quatro vezes seguidas. Foi condenado por compra de votos e abuso de poder e teve o mandato cassado, mas foi absolvido de sérias acusações de abuso sexual. De acordo com o colegiado do Tribunal não existiam elementos indicativos da idade das vítimas, "que se comportaram com desenvoltura própria de mulheres amadurecidas".

Deputados de nomes iniciados com certas letras foram os mais eleitos, com aumento nas três últimas eleições.

Letra R - 12 de um total de 16 (desde 1991)

Letra C - 14 de um total de 25 (desde 1991)

Letra B - 6 de um total de 11 (desde 1991)

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Apenas 15% dos cargos eletivos da CLDF foram ocupados por mulheres desde 1991

Em duas legislaturas esse número chegou a 21%. Nas demais ele sequer alcançou 17%.

Dados coletados manualmente nos sites oficiais do Governo de Brasília, Google, Wikipédia e

páginas oficiais dos partidos.

Gráficos navegáveis por legislatura disponíveis em https://infogr.am/dbastos

Um estudo sobre a atuação da legislatura atual está em curso e será publicado até o final de

abril de 2016