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    Mini cursos

    INTRODUO AO PAISAGISMO

    1.CONCEITOS E DEFINIES

    1.1.PAISAGEM:

    A paisagemrefere-se ao espao de terreno abrangido em um lance devista, ou extenso territorial a partir de um ponto determinado. Pode serclassificada em:

    Natural: sem a interveno do homem;Artificial: planejada, ou seja, um jardim.Jardim uma palavra de origem hebraica e vem de gan (proteger,defender)+ eden

    (prazer, satisfao, encanto, delcia).A concepo inicial e, ainda hoje, a mais comum de jardim est ligada

    s palavras hebraicas originais: um mundo ideal, pequeno, perfeito eprivativo. Na tradio judaico-crist, a idia primitiva de jardim de paraso,um lugar com plantas ornamentais e frutferas formando um ambiente de

    harmonia, beleza e satisfao espiritual.Um jardim a representao idealizada da paisagem como cadacivilizao (ou at cada pessoa) desejaria que ela fosse. um local quepode ser percebido pelos cinco sentidos. dinmico, porque o elementovegetal, como um ser vivo, est sujeito a um ciclo biolgico. O jardimmodificase com o passar do tempo (devido ao crescimento) e durante asestaes do ano (florao, frutificao, queda das folhas, mudana de cor,etc.).

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    Jardins de Versalhes.

    1.2.PAISAGISMO:

    Da palavra paisagem, deriva a palavra Paisagismo. O paisagismo uma atividade que organiza os espaos externos com o objetivo deproporcionar bem-estar aos seres humanos e de atender s suasnecessidades, conservando os recursos desses espaos. Combinaconhecimentos de cincia e arte, pois:Arte: forma de expresso cuja ocorrncia se verifica quando um conjunto

    de emoes atua sobre a sensibilidade humana; Cincia: a reunio de leis abstratas, deduzidas dos fenmenos darealidade exterior ou interior.Tcnica: a aplicao, nos trabalhos de rotina, das leis abstratas que vmda cincia.

    Existem alguns conhecimentos bsicos que so requeridos no

    paisagismo:1. Conhecimentos cientficos:

    Manejo dos recursos naturais: Ecologia, Biologia, Botnica, Geologia eGeografia, etc.; Tcnicas de cultivo: Agronomia (Fitopatologia,Entomologia, Fitotecnia, Adubao, Fisiologia

    Vegetal, Horticultura, Solos, Nutrio de plantas, Proteo de plantas,Climatologia, Topografia, Irrigao e Drenagem, etc.);

    Organizao dos espaos:Arquitetura e Urbanismo.

    2. Conhecimentos artsticos:

    http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=Qfb3mOJ9XfcI5M&tbnid=esR4-kVoo5PlxM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Flenouscultura.com%2F2013%2F02%2F18%2Fel-majestuoso-dominio-de-versalles-en-eurochannel%2F&ei=xZrlUb7GFfLF4AOEo4DADg&bvm=bv.48705608,d.aWM&psig=AFQjCNFv861hvS0TF1auCv0q2VXrSb21Lw&ust=1374088192745529
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    Artes plsticas:elementos vivos e inertes (esculturas);Artes industriais:cermicas, serralherias, marcenarias, etc.

    2. COMPONENTES

    Para que se tenha um paisagismo bem elaborado, deve-se partirpara o planejamento paisagstico. Este planejamento deve considerar,ainda, o espao livre e de rea verde existente no local em estudo.

    O espao livre toda a rea geogrfica (solo ou gua) que no coberta por edificaes ou outras estruturas permanentes.

    A rea verde um tipo especfico de espao livre, ou seja, aquelecoberto, predominantemente, por extrato vegetal. O termo rea verde

    aplica-se a diversos tipos de espaos urbanos que tm em comum: seremabertos (ao ar livre); serem acessveis; serem relacionados com sade e

    recreao.So consideradas reas verdes urbanas tanto reas pblicas, como

    particulares. Podem ser jardins, praas, parques, bosques, alamedas,balnerios, campings, praas de esporte, playgrounds,playlots, cemitrios,aeroportos, corredores de linhas de transmisso, faixas de domnio de viasde transporte, margens de rios e lagos, reas de lazer, ruas e avenidasarborizadas e/ou ajardinadas. Desde que devidamente tratados, tambm seincluem os depsitos abandonados de lixo, as reas de tratamento deesgoto e outros espaos semelhantes.

    Existem diversas classificaes de reas verdes:a) Jardins de representao: reas ligadas ornamentao sem

    finalidade recreacional e de menor importncia do ponto de vistaecolgico. So os jardins de prdios pblicos, de igrejas, etc.;

    b) Jardins de vizinhana: reas para recreao, que podem ter algunsequipamentos recreacionais (playgrounds), esportivos ou mesmo delazer passivo (bancos). Sua rea mnima de 1.500m2,ou de 5.000m2

    caso tenham equipamentos esportivos. Devem distar, no mximo, 500mdas residncias dos usurios;

    c) Parques de bairro: reas com a mesma finalidade que os parques devizinhana, mas com equipamentos que requerem maior espao; suarea mnima de 10ha, e devem distar, no mximo, 1.000m dasresidncias dos usurios;

    d) Parques distritais ou setoriais:tm a mesma finalidade que as duascategorias anteriores, mas sua rea mnima de 100ha;

    e) Parques metropolitanos: reas de responsabilidade extra-urbana, comespaos de uso recreacional e de conservao;

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    f) Unidades de conservao: reas exclusivamente destinadas conservao, podendo, eventualmente, ter algum equipamentorecreacional para uso pouco intensivo. Encaixam-se nesta categoria asreas de recursos naturais, reas de proteo ambiental, reas deproteo de mananciais e reas de proteo paisagstica;

    g) reas verdes de acompanhamento virio: reas sem caraterconservacionista ou recreacional, tendo apenas funo ornamental, maspodendo interagir no ambiente urbano. So os canteiros de avenidas,rotatrias, etc..

    Existe ainda um espao urbano, talvez o mais importante, no inseridonesta classificao, a Praa, local de encontro na cidade, vegetado ou no,

    comumente com rea aproximada de 1,0ha. Os parques de vizinhana sopraas, mas as praas nem sempre so parques de vizinhana.O ndice de rea verde o total de reas verdes de um determinado

    local (m2) dividido pelo seu nmero de habitantes (m2/habitante), ou seja, a relao entre a quantidade de rea verde de uma cidade e sua respectivapopulao. Considera-se adequado um ndice de 10 m2 a 13 m2 de reaverde/habitante. Mais importante que o ndice, entretanto, a distribuiodessas reas verdes e as suas caractersticas e as da regio onde elas seinserem.

    3. IMPORTNCIA

    A existncia de reas verdes junto aos centros urbanos (parques,praas, lagos e ruas arborizadas) proporciona uma sensao de bem-estaraos usurios destes espaos. As plantas utilizadas no paisagismo urbano,to importantes na caracterizao ambiental destas reas, promoveminmeros benefcios estticos e funcionais ao homem e esto muitoalm dos seus custos de implantao e manejo.

    Alguns dos efeitos causados pela vegetao no meio urbano esto

    relacionados com a melhoria da qualidade do ar e do conforto trmico. Aqualidade do ar melhorada pela interceptao de partculas e absorode gases poluentes pelas plantas, enquanto que a reduo da temperaturaocorre pela absoro de calor no processo de transpirao, reduo daradiao e reflexo dos raios solares.

    Outros benefcios proporcionados pela presena planejada das plantasna paisagem urbana so a proteo contra ventos e reduo da poluiosonora. O vento pode ser agradvel, desconfortvel ou ate mesmodestruidor, dependendo de sua velocidade. As plantas modificam os ventospela obstruo, deflexo, conduo ou filtragem do seu fluxo.

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    As plantas tambm podem ser teis quando dispostas com oobjetivo de sinalizao, arranjadas a fim de indicar direo a pedestres eveculos, melhorando a aparncia de estradas e rodovias.

    Contudo, os maiores efeitos proporcionados pela utilizao deplantas nos espaos urbanos so os estticos e psicolgicos. Os efeitosestticos, evidenciados pelas propriedades ornamentais de cada espcie,tm o poder de modificar os ambientes visualmente, tornando-os maisagradveis aos seus usurios. J os benefcios psicolgicos so capazesde melhorar o desempenho e o humor de trabalhadores, reduzir o tempo deinternao e uso de remdios em pacientes e melhorar a relao deempresas com a comunidade. Outro fato importante a reduo dacriminalidade e da violncia nos centros urbanos onde o uso de plantas adequado.

    FATORES AMBIENTAIS E SUAS RELAES COM A JARDINAGEM/PAISAGISMO

    1-NATURAIS1.1- SOLO

    Tambm chamado de terra, o recurso bsicoque suporta toda a coberturavegetal do planeta e que, juntamente com a gua e o ar, permitem aexistncia dos seres vivos. Tem grande importncia aos vegetais terrestres,

    fornecendo a basede sustentao da planta e os nutrientesessenciais suasobrevivncia.Constitui a camada superficial da crosta terrestre, composta por rocha emdesagregaomisturada matria orgnica em decomposio, ao ar, gua esubstncias qumicas diludas.Nas atividades agrcolas, principalmente, o uso do solo deve ser executado demodo correto, priorizando a sua conservao que de grande importncia,como veremos mais adiante.

    1.1.1- Caractersticas do solo

    http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=TjN7t9cbgo1hEM&tbnid=nnm7D8pCbmiAXM:&ved=0CAgQjRwwAA&url=http%3A%2F%2Fwww.portalsaofrancisco.com.br%2Falfa%2Fmeio-ambiente-solo%2Fsolo-4.php&ei=zF3lUeLjJMnHqQGHsICQCA&psig=AFQjCNHtFZ-TSH2Mn2gmvTgjVcTAv9oFBw&ust=1374072652648307
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    Or ig em e Fo rm aoO solo formado a partir da modificaoda rocha de origem (material duromais conhecido como pedra), mediante a ao integrada dos elementosclimticos(chuva, vento, gelo e temperatura) e de organismos vivos(fungos,liquens e outros) que ao longo do tempo vo decompondo quela rochaoriginria em gros cada vez menores, at transform-la em um materialsoltoe macio, denominado mineral.O solo leva vrios sculos ou at milhesde anos para se formar, sob a aodos agentesnaturais(intemperismo).Deste modo o solo representado pela expresso:

    NOTA: Funo dos organismos vivos:

    Os animais(microorganismos, insetos, minhocas, etc), as plantase o prpriohomem ajudam na transformao do solo, ao misturare decompormatriaorgnica (restos de animais e vegetais mortos) com o material granular esolto, em que se tornou quela rocha original. Alm disso, os seres vivosquando morrem tambm vo sendo decompostos e misturados com omaterial macio e fofo, formando o solo.Esta decomposio fornece os elementos nutricionais essenciais ao

    desenvolvimento das plantas. Compos io do so lo

    composto de 4 partes:

    gua (localiza-se no interior do solo em pequenos espaoschamados de poros e utilizada pelas razes das plantas epelos microorganismos).

    Ar(a situao igual ao da gua). Mineral(resultado da decomposio da rocha de origem).

    Divide-se em 3 fraes principais, de acordo com o seu tamanho:o

    Areia(a parte mais grossa. Ex; areia da praia)o Silte(parte um pouco mais fina. Ex: limo)o Argila (parte muito pequena e que s pode ser

    visualizada atravs de microscpio. Ex: o barro). Matria orgnica(restos de animais e plantas)

    Estes 4 elementos componentes do solo encontram-se misturados uns aosoutros.O solo se assemelha a uma esponja destas que usamos para banho, tendo are gua nos espaos de seu interior.

    SOLOS= ROCHA+ CLIMA+ TEMPO+ ORGANISMOS VIVOS

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    Organ izao d o s o lo Como o corpo humano, o solo tambm tem a sua organizao.

    Basicamente, ele se apresenta como um bolo recheado, com camadassobrepostas e distintas.Aps o material de origem (rocha)ser decomposto e depositado, conforme jexplicado anteriormente, processa-se a diferenciao das camadasmais oumenos paralelasa superfcie e denominadas de HORIZONTES.

    Estes horizontes podem apresentar cores diferentes, sendo que a primeiracamada apresenta uma colorao mais escura(devido ao acmulo de restosde vegetais e animais no solo) e nestacamada, que os vegetais iniciamoseu crescimento. chamado de horizonte A e os abaixo desta primeiracamada, so chamados de horizontes B e C.Estes horizontes que formam as camadas do solo podem ser melhoresvisualizados em barrancoss margens de estradas ou quando abrimos umpoo de cerca de 2 metros de profundidade . Na realidade, ns estamosvisualizando oque se chama deperfildo solo.

    Nos campos, observamos diferentes tipos de vegetao e plantaes e queso, na maioria, devido aos diversos tipos de solo sobre os quais sedesenvolveram.A cor uma das caractersticas que maischama a ateno, podendo fornecerindcios sobre a composio, propriedade e origem do solo. A cor estrelacionada com os teores de matria orgnica, umidade e predominncia dedeterminados compostos qumicos(xido de ferro).Assim, temos na natureza solos de colorao amarela, vermelha, cinzaazulado, marrom escuro, branca (areia da praia).

    A textura de um horizonte pode ser mais dura que o do outro, filtrar maisrpido a gua e/ou permitir que as razes cresam mais ou menos rpida.

    http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=TjN7t9cbgo1hEM&tbnid=nnm7D8pCbmiAXM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.meted.ucar.edu%2Fhydro%2Fbasic%2FHydrologicCycle_bp%2Fprint_version%2F04-surface_water.htm&ei=Fl7lUbumFbW34AOOhYHwCg&psig=AFQjCNHtFZ-TSH2Mn2gmvTgjVcTAv9oFBw&ust=1374072652648307
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    Tipos de soloAs plantas precisam de solo para fixar-se e armazenar gua e sais minerais.Em mdia, metade do volume do solo formada por espaoscheios de ar egua. As plantas se alimentam e tambm respiram pelas razes, no s pelasfolhas. Quando os espaos so pequenos demais, como em solo muitoargiloso, diz-se que o solo pesado(se voc tentar remexer lama com a p,logo saber por qu). Quando os espaos so maiores, como no solo arenoso,diz-se que o solo leve. Em solo muito pesado, que no d passagem gua, as razespodem morrerafogadas,devido falta de oxignio.A textura do solo portanto, pode ser em alguns casos, at maisimportantedoque sua composio qumica.Mas, para resumir todos os resumos, saiba que voc pode cultivar quasequalquer planta, de cactos a samambaias, numa misturade terra argilosa dejardim, areia de construo e terra vegetal, em partes iguais.

    Se a receita acima pode ser chamada de Mistura Universal, o "Tipo O" detodos os solos, mas nem por isso se deve excluira possibilidade real de variaros ingredientes, suprimir um ou outro e adicionaruma infinidade de requintassubstncias.P de xaxime vermiculita podem tornar mais fofa a Mistura Universal.

    A vermiculita um produto derivado da vermiculita crua(mineral) e que apspassar por processos industriais um excelente hidratante natural dasplantas, evita a compactao do solo, melhora o crescimento das plantas,mantma umidade do solo por at 15 dias sem rega e no temcheiro. excelente para o uso agrcola.

    Acid ez e Alcal inidadeA composio qumica do solo naturalmente pode ser decisiva. Certasplantas, necessitam de solo cidopara serem cultivadas com sucesso e outrasdificilmente crescem bem em solo cido.O solo cido ou "azedo" tende a ser escuro, s vezes com a superfciecoberta pelo verde de algas. O solo alcalinoou "doce", tende a ser claro, svezes esbranquiado. Entre as plantas acidgilas (gostam de cido) quepreferem solo cido(pH 6 a 6,5)esto azalas, begnias, camlias, ciclames,gardnias (jasmim-do-cabo), magnlias (arbusto), violetas-africanas, urzes.Entre as que preferem solo alcalino esto espcies de buxo, cravo, lrio,pinheiro, slvia.A acidez ou a alcalinidadedo solo se medepor uma escala arbitrria, quevai de 1 a 14, e denominado de pH (*).Solo de pH 7 neutro, nem cido e nem alcalino (Ex: gua destilada).

    Cada grau para cima indica alcal inidade 10 vezes maior e cada grau parabaixo, acidez10 vezes maior.

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    Solo de pH 8 10 vezes mais alcal inoque o de pH 7e um solo de pH 6, 10vezes maiscidoque o de pH 7. As azalas e outras plantas acidgilascomoas citadas acima, se do bem em solos de pH 6 a 6,5.O pHpode ser medido com um simples teste de tornassol. Em lojas de artigosagrcolas, vendem-se Kits completos com o nome de peagmetro.Em regies muito chuvosas, o solo tende a ser cido, porque a gua lavaossais alcalinos. Nas grandes cidades h outra razo para o solo ter sua acidezaumentada: a fumaa sulfurosa de fbricase veculosaumenta a acidezdaguada chuva.A terra vegetal ou terrio tende a absorver os excessos de acidez ou dealcalinidade, apesar de ser uma substncia cidaem si.O solo muito alcalino tende a ser deficiente em boro, ferro, mangans,molibdnio, zinco e outros fertilizantes secundrios.No Captulo mais adiante, referente Calagem, este assunto ser

    complementado.(*)A abreviatura de pHcorresponde a "potencial (p) de acidez decorrente daconcentrao de ons de hidrognio (H)". on ou ionte uma partculasubatmica carregada de eletricidade.

    Misturas de so loUm solo para ser considerado com timascondies para o desenvolvimento

    das plantas dever ter a seguinte composio: 45% de minerais; 25% degua; 25% de ar; 5% de matria orgnica.As incontveis misturas de solo so geralmente constitudas por algunsingredientes descritos a seguir: Areia - Acmulo de partculas rochosas alteradas, constituindo

    diminutos fragmentos resultantes das aes do tempo e condiesclimticas. Seus gros aumentam o tamanho dos espaos que formama porosidade do solo e no tem funo nutrientenem ao qumicacomo a da argila.

    A areia usada em jardinagem quase sempre a mesma que entra napreparao de argamassa para construes, isto , areia derio.Areia de praia terminantemente proibida para uso por quase todos oslivros, mas preciso distinguir dois tipos: a que fica acima da linha dasmars um tipo recupervel e utilizvel, depois de alguns meses deexposio ao sol e chuva numa rea no afetada pela salinidade deorigem. O maiorproblema no caso talvez seja a finura dos gros. ArgilaBarrodos oleiros e ceramistas, formado por gros finssimos

    e somentevisveisao microscpio.Endurecequando secae volta a formar lamaquando molhada. Em tijolos e

    peas cermicas o endurecimento irreversvelpor causa do cozimento.

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    vida por gua e isto explica quando se encosta a ponta da lngua numamoringa bemseca.Como os sais de clciotendem a aderir a suas partculas, a argilaretarda aacidulaodo solo. CarvoTrata-se do carvo vegetal, madeira submetida combusto

    incompleta (queima). Tem a propriedade de atrair e oxidar substnciastxicasresultantes da fermentao de matria orgnica.

    usado em pedaos de tamanho varivel para manter mais saudvelo solo,para purificar gua de torneira destinada rega e para controle daacidificao. Hmus - Material marrom ou preto resultante da decomposio de

    matria vegetal ou animal. Um grande produtor de hmus a minhoca. Material Calcrio -Substncias ricas em clcio, que por sua vez tm

    ao corretivasobre a acidez do solo (este assunto ser explicado noCaptulo adiante, referente Correo do solo).

    Em jardinagem so usados comumente a cal (xido de clcio) e o p calcriomagnesiano. Na preparao de vasos podem entrar reboco (de parede)velho modo, conchasmodas, cascasde ovos e gizescolar.

    Perlite - Vidro vulcnico que o calor reduz, por exploso, a finocascalho; as partculas, muito porosas, podem reter grandes volumesde gua e are, desse modo, desempenhar funo mais eficiente doque a da areia. Utilizvel em colees de vasos, mas um luxonojardim.

    Terra vegetal ou terrio - um lixo da mata, formado principalmentepor folhas parcialmente decompostas. Material rico em hmus ebactrias teise, portanto, com alto valor fertilizante. Embora cida,regula o pH.

    A terra vegetal de melhor qualidade a que tem textura de flocos, no dep. Quando em fermentaomuito ativa pode ser prejudicial, se includa emexcesso, especialmente em solos destinados ao cultivo de cactos. Turfa -Matria vegetal parcialmente carbonizada, isto , no processo

    incompletode tornar-se carvo mineral.Abundante em algumas regies do mundo, ricas em carvo mineral(EstadosUnidos, Europa), e onde usada como sucedneoda terra vegetal, escassaem pases desmatadose de clima frio. No Brasil, apesar da abundnciaebaixocusto da terra vegetal, muita gente preferea turfa importada, porque dresultadosimediatos.No afofamento da terra, a turfa muito porosa, leve e absorvente, mas no

    tem valor nutritivo como a terra vegetal. Vermiculita - Outro tipo de pipoca mineral semelhante a perlite,

    resultante da alterao da mica pelo calor. Muito absorvente retmumidade e, usada, como material de enraizamento de plantas que

    pegam depressa, como cleose crisntemos. Xaxim -Tecido mortoda planta do mesmo nome(ou samambaiau).

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    Poroso, absorvente, intrinsecamente antibitico e resistente a insetos eoutras pragas. Em placas, o "solo"ideal para orqudeas, bromliase outrasepfitasno parasitas (plantas que se apiam em outras).Em p, substituto da perlite, vermiculita ou turfa. D porosidade ao solo,mas sem prejuzo da umidade, o que favorece a penetrao de razes desamambaias, avencase outras plantas de meio mido.

    Receitas de Misturas d e Substratos para Plant io medida que vo acumulando experincia, os jardineiros tendem a refinarsuas exigncias de solo. A Mistura Universal, de fato, pode ser substitudapor uma composio mais apropriadae at ser ela prpria melhorada.Isto , h quem opine que a Mistura Universal no deva ser formada porquantidadeiguais dos 3 ingredientes e sim pela seguinte proporo:

    Terra argilosa de jardim : 7 partes

    Terra vegeta : 3 partes Areia grossa : 2 partes

    Esta receita apresentada parece satisfazer a necessidade de maior nmerode plantas, mas pode-se aperfeio-la com alguns "temperos". Digamos,para cada 5 Kg desta mistura, acrescente 1/2 colher das de caf de gizmodo (exceto para azalas e outras que preferem solo cido); 2 colheresdas de caf de superfosfato; 1 colherdas de caf de sulfato de potssio. claro que voc tambm pode esquecer todos esses ingredientes secundriose simplesmente acrescentar mistura adubos previamente preparados

    existentes no comrcio, cada um deles com frmula adequada ao tipo deplanta que voc ir cultiva.

    Se por qualquer razo puder comprar esses artigos especializados e quiser tercerta variedade de solos, ser melhor limitar-se a 3 tipos bsicos, nosprimeiros tempos:

    - Receita n. 1 -Para cactose suculentas.

    Areia 4 partesTerra argilosa 1 parteTerra vegetal 1 parte

    Para cada 5 kgde mistura, 1 colherdas de sopa de carvo modo(mas noem p); 1 colherde farinha de ossos; 1 colherde cascas de ovos modas(no em p); 1 colher das de caf de giz modo. A terra vegetal pode sersubstituda por esterco de vaca ou de cavalo, mas qualquer desses trs

    ingredientes deve estar muito bem curtido, pelo menos durante um ano. Oscactosabominam fermentao.

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    - Receita n 2 -Para plantas tropicaisem geral, folhagens deverde intenso ou variegadas, plantas decrescimento rpido.

    Areia 2 partesTerra argilosa 1 parteTerra vegetal 2 partes

    Para cada 5 Kgdessa mistura, acrescente 1 colherdas de sopa de carvo empedacinhose 1 colherdas de caf de giz em p. Se quiser, 1 das 2 partesde terra vegetalpode ser substituda por esterco bem curtido.

    - Receita n 3- Para plantas de clima temperado, que sobrevivem a invernosrigorosos.

    Areia 1 partesTerra argilosa 1 parteTerra vegetal 1 parte

    Para cada 5Kg desta mistura, acrescente 1 colher(das de sopa) de farinha desanguee 1 colherde carvo empedacinhos.Todos estes tipos de solo destinam-se a preparao de vasos. Nojardim, ascondies de fertilizaonatural e de drenagemso diferentes, de modo que

    a terra argilosa marromque neles predomina geralmente adequada. Masas receitastambm servem de alguma orientao nas correesdo solo dojardim.A versatilidade enorme. Algumas plantas podem ser cultivadas sem solodentro de casa, com as razes imersas em gua. Voc pode ter dracenas,filodendros, cleons, tradescncias e at comigo-ningum-pode durante anos,"plantadas" na gua de recipientes de vidro colorido (para evitar a formaode limo), desde que ache um meio de apoi-las. Mantenha um pedao decarvo dentro da gua e troque-a cada 15 diaspor gua fresca, na qual haja

    diludo 1 colherdas de ch de adubo solvel(ou conforme a bula). Teste opH de vez em quando. Se a gua estiver cida, pingue umas gotas debicarbonato de sdio diludoou se estiver alcalina, pingue umas gotas devinagre diludo.

    O cultivo de plantas sem solo conhecido como hidroponia e atualmente muito utilizada principalmente nas culturas de verduras (Ex: alface), devido aobaixo custo de manuteno e mo de obra. So cultivadas em canos de PVCcortados horizontalmentee por onde correm gua frescae adubo diludo.

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    Existem instalaes especiais, em que as plantas enraizam em pelotas dexisto fundido ou cermica especial, irrigadas com regularidade automticapor uma soluo de fertilizante em gua. D pouco trabalho, mas suaimplantao carademais.1.1.2-

    Topograf ia

    A inclinao ou declividade do solo um dado importante para oplanejamento de qualquer atividade agrcola e deve ser bem observadoantesde executar qualqueroperao no terreno.Para tanto necessrio entender o que vem a ser topografiae a sua utilizaoem atividades agrcolas, para evitar riscos de eroso, assoreamento,deslizamento, inundao e que causam a degradao do solo (destruio).A topografia uma aplicao da matemtica e da trigonometria, empregadana medio de terrenos com todos os seus acidentes naturais e artificiais,representando-os numa figura plana denominada planta topogrfica.

    A planta topogrfica nada mais do que a representao em planohorizontal, dos acidentes naturais e artificiais. a projeo horizontal doterreno. A mais utilizada a planta p lan ial timtr ic a, que medemhorizontalmente as terras e medem e representam os relevos.Em alguns casos, essencial que o jardineiro entenda a planta do terreno,para que possa conhecere/ou reconhecer as caractersticas do mesmo, seusacidentes geogrficos e a utilize como uma ferramenta no planejamento do seutrabalho. A identificao de uma planta por simples observao importantepara qualquer estudo ou construo na rea.

    Alguns acidentes geogrficos so imediatamente identificados, tais como: Vertentes-so as superfcies laterais das elevaes ou depresses.

    Tambm so denominadas de flancosou encostas. Linha de cumiada-seus pontos so altos e essa linha divideas guas

    das chuvas para as vertentes. As curvas de nvel de cotas menoresenvolvem as de cotas maiores. Tambm chamada de divisor deguas.

    Talweg -so linhas de pontos baixos de uma regio. a linha maisprofunda do leito de um rio. As guas das chuvas descem pelasvertentes e se escoam pelos talwegs. identificado na planta pelo fatodas curvas de nvel de cotas maioresenvolverem as de cotas menores.

    Garganta - o ponto comum (coincidente) entre a linha de cumiadacom um talweg.

    A primeira coisa a ser feita em um desenho de uma planta topogrfica aescolha da escala. A fim de facilitar a compreenso, chama-se de objeto tudoque admite representao grfica, seja um segmento de reta, um polgono,uma superfcie, um slido, etc.Chama-se figura ou desenho, a representao grfica de um objeto.

    Denomina-se escalaa relao entre otamanhodo polgonono papel e odo caminhamento no terreno. uma razo de semelhana e expressa por

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    uma frao (ex. 1:200), chamada de escala grfica. Ex. Quando o terrenomedido tem mais ou menos 1km (quilmetro) de largura, podemos fazer aplanta com mais ou menos 1 metro, ou seja, na escala de 1: 1000. Nestaescala, para representar um alinhamento qualquer, divide-se o seucomprimento por 1000. Desta maneira, um alinhamento de 200 metros, representado no papel por uma linha com 0,20 m (20 cm). Geralmente osmapas ou as plantas topogrficasdo terreno vm com as escalas indicadas,bastando fazer a converso do que foi medido no mesmo.Existem vrias escalas a serem empregadas e quanto maior for a escala,menor o desenho e vice-versa.

    NOTA: A Fig. D no final deste Captulo, ilustra o desenho do polgonotopogrficode um terreno.

    Em uma planta topogrfica, principalmente na altimtrica, aparecem nmerosinteiros (cotas)e linhas(cu rv as de nve l).

    Cota a distncia do ponto A ao plano horizontal de projeo. positiva(+) se o ponto est acima do plano, e negativa (-) se o pontoest abaixo desse plano. nula quando est no plano.

    Acima do plano chamada de altitudee abaixo profundidade.O plano de referncia que se utiliza o nvel do mar.Exemplificamos abaixo, o que vem a ser cota.

    PontoA(+)

    cotas

    A1(nula)

    Plano

    A2(-)

    Cu rv a d e nvel a unioentre pontos de mesmacota. (ver Fig.A).Em uma planta topogrfica, a representao de cotas iguais em diferentes

    partes do terreno so feitas atravs de linhas contnuase que representama

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    topografia do terreno. So muito teis, pois possibilitam o plantio em nveis,usando corretamenteo solo e evitandoos processos erosivos.

    OBS: Comentando aFig. A (ver no final deste Captulo),temos:Na parte superior temos um esboo de um morro, onde planos horizontaiseqidistantes (mesma distncia entre si) de 10 metros produziram curvas denvel 10, 20, 30 e 40. Na parte inferioresto representadas as projeesdascurvas de nvel (que so pontos com cotas iguais). a planta da partesuperior.Quanto maisprximas forem as curvas de nvel, maisinclinado o terreno ea linha de maiordeclive a de inclinao mxima. a menordistncia entre2 curvas de nvel. A Fig. Cno final deste, ilustra a inclinao.

    Declividade nada mais que a diferenade nvelexistente entre dois

    pontos e o seu clculo simples (Figs.17 e18).Na natureza dificilmenteencontramos um solo perfeitamente niveladoe, por

    este motivo, um dos requisitos bsicos para a construo de residncias,jardins ou cultivos de plantas em geral, a criao de espaos bemnivelados. Isto implica, naturalmente, a remooe o deslocamento de terrapara acertaro terreno (movimentao) e a criao de acessos.H teoricamente, terrenos de dois t ipos: planosou em decl ive. Em termosprticosporem, eles so sempreem declivee, quanto decl iv idade, podemser classificados em planos, inclinadose escarpados.

    Consideram-se planosos terrenos em decliveque tm uma cada (diferenade nvel)inferior a 5mem relao a cada l00m de extenso (cerca de 5%).Este tipo de topografiafavorecea adoo de solues funcionais, criativas epouco dispendiosas e , em geral, o mais interessantee proveitoso do pontode vista da jardinagem e paisagismo, pois oferece maior facilidade dedistribuio dos componentes que comporo o jardim e a paisagem,principalmente aqueles que ficam prximos a casa. Contudo, mesmo osterrenos planosapresentam alguns problemas que tero de ser solucionadosainda na fase do projeto. O principalproblema criar uma leve inclinaopara que a guanofique empoada.Os terrenos inclinadosou ondulados apresentam uma declividade de 10 a14mpara cada 100m de extenso (cerca de 14%). Neste tipo de topografia, aadoo de solues exige mais criatividade e so mais dispendiosas. Osproblemas de drenagem, por exemplo, podem ser facilmente resolvidos,embora se deva controlar tambmo fluxo da gua para evitara eroso.Os declives escarpados atingem mais de 14m de cada em l00m deextenso (mais de 14%) e requerem a movimentao de grandesquantidades de terrapara a criao de patamares planos. Os solosdestesterrenos tendema ser rasose pobres, sobretudo quando ele seelevaacima

    das superfcies de vales.

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    Quanto maisdeclivosoe susceptivela eroso for o terreno, maioresseroas dificuldades no preparo do solo. Tanto o seu revolvimentobem como aincorporaodos resduos vegetais devem ser executados manualmente ede maneira adequada, evitando-se o emprego de mquinas agrcolaspesadas, que certamente iro ocasionar eroso e seus efeitos negativosaomeio ambiente.1.1.3- Conservao do soloPara um melhor entendimento deste assunto, necessrio inicialmente oconhecimento do que vem a ser EROSO.A eroso um fenmeno de desgaste e arrastamento das partculas do soloatravs das guas ou dos ventos, sendo mais intenso em solos desprovidos dequalquer tipo de vegetao (Figs.19 e 20).

    A eroso pode ser: Geolgica;

    Natural;

    Acelerada ou dos solos agrcolasOs dois primeiros so praticamente incontrolveis pelo homem e os doisltimos so frutos do mesmo sobre o Natural.Os principais tipos de eroso so:

    Por embateCausado pelo efeito desagregador das gotas de gua da chuva sobre o solo;

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    LaminarDevido s enxurradas que deslizam desgastando suave e uniformemente osolo em toda a sua extenso. de difcil verificao e se prolonga por anos,at que as razes superficiais comeam a aparecer.

    Sulcos , Ravinas ou dedos.Em poucos anos o solo fica pobre e imprestvel para as prticas agrcolas.Deve ser imediatamente combatido, pois em evoluindo muito o seu controle mais complicado e tem um alto custo. Vossorocas

    Quando a camada impermevel do solo muito profunda, pode existir canal degua subterrneo que vai corroendo aos poucos o subsolo, ocasionado o

    desabamento e abrindo crateras no solo. Aps o seu incio, difcil o controle ea recuperao do terreno extremamente dispendiosa e no h garantias para

    http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=3d7wg_cPPzHkYM&tbnid=hUPZila6vQy2fM:&ved=0CAgQjRwwAA&url=http%3A%2F%2Fwww.rc.unesp.br%2Figce%2Faplicada%2Fead%2Finteracao%2Finter08a.html&ei=HF_lUbu-KcKMrgGH6IDIBA&psig=AFQjCNH7_y4VE8cKo4LLle4v1sIBc8N_Rw&ust=1374072988752193http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=39XW6Iw-u-0_7M&tbnid=xbXHspywwGVf0M:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.jornalmeioambiente.com%2Fmateria%2F2257%2Ferosao-do-solo-pode-elevar-ameaca-do-aquecimento-global&ei=1l7lUekL1cLgA42ugMgJ&bvm=bv.48705608,d.aWM&psig=AFQjCNF_5oMZfi3ZgJ9Rd0FYeu2aSfKcEg&ust=1374072910265399
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    tal. Dentre os tipos de eroses existentes, este o considerado como sendo omais grave.A ocorrncia de eroso depende, dentre outros:

    Tipos de solo; Declividade; Cobertura vegetal; Regime de chuvas (intensidade e durao); Sistema de drenagem natural; Uso inadequado do solo;

    Quando estamos tratando de uso do solo, no podemos deixar ento decomentar sobre a importnciae a necessidade da sua conservao.O Homem, sendo um agente degradadordo meio ambienteatravs de suasaes ou atividades, causa vrios danos ambientais muitas vezesirreversveis.

    No uso agrcola do solo, muitas vezes por desconhecimento de prticasconservacionistas, pelo uso inadequado das mqu in as e implementosag rco las, pela falta de orientaode um profissional, dentre outros, um solofrtileprodutivo, se torna estril, erodidoe inapto ao cultivo.Quando falamos sobre conservao do solo, no devemos considerar apenasas praticas referentes reteno de gua, mas tambm a: Conservao da cobertura vegetal existente; Uso racional de adubo e corretivo; Emprego correto das prticas de preparo do solo e do cultivo.

    Alguns procedimentos bsicos so recomendados para a conservao dosolo, tais como: Um bom estudo e anlise do solo; As caractersticas topogrficas do terreno; O uso correto de mquinas e implementos no preparo do solo; Uso correto de adubo e corretivo; Emprego de prticas conservacionistas (mtodos) no preparo do solo; Manuteno do (s) mtodo (s) utilizado (s); Emprego de tcnicas corretas de plantio; Seleo e escolha de espcies adequadas ao tipo de solo.

    So 3(trs) os mtodos que constituem as prticas conservacionistas: Mtodo Vegetativo

    Curv as de nvelOs plantios obedecem s curvas de nvel do terreno (a unio de pontos comcotas iguais), em faixas paralelas e no de alto a baixo numa encosta. Evita-seou minimiza-se o processo da eroso.

    Culturas em faixas: a disposio do plantio em diversas faixas em curvas de nvel.Em cada faixa so plantadas espcies diferentes e que so substitudas

    anualmente. A rotao dessas plantas deve ser bem planejada e deve sempreexistir no mnimo uma espcie leguminosa.

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    Cu ltu ras em faix as d e retenoAs faixas de reteno so em nvel e podem ser cultivadas plantas econmicasou no. A declividade do terreno dever ser de 3 a 6%.Nas faixas, que funcionam como barreiras contra enxurradas,. Podem ser

    plantadas espcies que apresentem um sistema radicular mais bemdesenvolvido, para uma melhor fixao e a agregao do solo. Mtodos Mecnicos

    So mtodos com custos operacionais mais elevados e que exigem muitapercia e conhecimento apurado daqueles seus executores. Devem sempre tera orientao e acompanhamento de Eng Agrnomo ou Florestal.So utilizados em reas extensas e de grandes projetos agrcolas ou florestais.Entretanto, estes mtodos tambm podem ser utilizados em reas menores,caso o benefcio seja maior do que o seu custo operacional.

    Para conhecimento, citamos alguns destes mtodos: Cordes de contorno; Patamares; Terraos.

    Vegetativos MecnicosNa realidade este mtodo uma combinao dos processos vegetativos emecnicos e o que apresenta melhores resultados no combate a eroso.Como exemplo podemos citar o nivelamento, construo de terrao e plantio

    em faixa de rotaoe reteno.A aplicao destes mtodos, em menor ou maior escala, depender dosobjetivos da ocupao do terreno, o tipo de cultivo, as caractersticas fsicas dosolo e a dimenso do local a ser trabalhado (rea).Conclui-se que a conservaodo solo faz parte de um todo neste processo eno deve ser isolado tambm de outros aspectos importantes (sementes,adubao, irrigao, etc.), no se relegando a um segundo plano, o fatorbsico mais importanteque o solo conservado e frtil.1.2- gua

    um fator imprescindvel vida em geral. Para os vegetais, para o timoatendimento s suas necessidades fisiolgicas, necessitando de suprimentocontnuo ao alcance de suas razese em menor escala e esporadicamente, aoseu sistema foliar.Constitui tambm parte integrante da formao do seu alimento.A economia da gua no solo, isto , a quantidade que a planta vai utilizardepende de outros fatores. Assim que, medida que diminuio dimetrodaspartculas do solo, diminui percentualmente a quantidade de gua que aplanta pode utilizar, ou seja, a gua tilou disponvel.A gua desempenha na economia da plantadupla funofisiolgica, agindof is icamentee integrandoo seumetabol ismo.

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    Fis icamente o solvente (que dilui) por excelncia dos nutrientesassimiladospelas razes e pelos estmatos, regula a turgidezdos tecidosetransportaa seivapor toda a planta. Tambm o meioonde se processamas reaes qumicas.

    Metabol icamente tambm alimento, porque os seus componentes

    qumicosdesdobrados pela fotossntese(principalmente oxignio), vo fazerparte integrante dos compostos elementares, formadores da imensa ecomplexa cadeia de compostos orgnicos (glicose, sacarose, amido oucelulose).Devemos considerar a destinao da gua proveniente das chuvas e daprpria irrigao. Da gua que cai no solo, parte se evapora,parteescorreeparte se infiltra. Evitar o mximo de desperdcio obviamente boa parte datarefa do jardinocultor.O excessode gua tambm prejudicial s plantas por vriasrazes:

    Exclui o ar do solo prejudicando a respirao das razes; Lixvia (lava) o solo carregando para o subsolo, os elementos nutritivos

    necessrios ao crescimento das plantas; Provoca o processo de eroso, mal condenvel de todos os pontos de

    vista; Acarretam despesas evitveis.

    Alm de sua funo eminentemente tils plantasconforme descrito acima, agua possui tambm uma funo decorativana composio paisagsticadeum jardim.

    A influncia da gua na composio paisagstica dos jardins pode serestabelecida em: Formas de oc or rnc ia-

    A existncia de gua nos terrenos a ajardinar pode se dar atravs dereservatriosnaturais(lagos, lagoas), cursos dgua (crregos, rios e os seusacidentes - saltos, cachoeiras e cataratas) e as fontes que mais de pertointeressam ao trabalho de organizao do jardim.O volume de gua nestes reservatrios naturais depende diretamente dasprecipitaes pluviomtricas (chuvas) e que variam muito de uma regio paraoutra. Poss ib ili dades de ut ili zao-

    A gua pode ser utilizada sob 2 formas: Para regas para que possa ser aproveitada, a gua deve ser

    leve, bem arejada, no conter sais minerais em excesso nemmatria orgnica em decomposio. No devem ser usadas asguas estagnadas ou as que recebam despejos industriais eesgotos domsticos.

    Decorativas como elemento de decorao e considerando tosomente as formas de ocorrncia j citadas, como regra geral, a

    composio deve respeitar dentro dos limites possveis, os

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    aspectos naturais existentes nos locais de ocorrncia de gua,mantendo-se as belezas naturais que possurem.

    1.3- ClimaDeve-seter em mente que o Homem no pode modificar o clima, da ser umelemento imutvelnos trabalhos de jardinagem e paisagismo.A escolha da cobertura vegetal pereneem um jardim ter que ser em funodas condies climticas da regio em que ser construdo.Dentre os principais fatores climticos relacionados com a jardinagem e opaisagismo temos:

    Temperatura - tem forte influencia sobre o cultivo das plantas,podendo vir a causar a morte das mesmas, devido desidratao(perda de gua pela transpirao), exigindo uma quantidade maiorde regas.

    Algumas espcies de plantas no suportam calor intenso, com temperatura

    elevada ou baixa, sendo ento necessrio assegurar-lhes uma proteoartificial adequada, denominada de estufas (para cultivos de plantas declima quente em regies frias) ou sombreamentos (para a proteo deplantas muito sensveis ao calor).Dentre exemplos das variaes de temperaturas e seus efeitos, temos:

    Geadas e neve (baixa)queima das folhas, congelamento equebra de caule e galhos pequenos, perda de florao efrutificao.

    Precipitaes intensas, tempestades ou secas (alta)

    sufocamento das plantas, perda de gua (desidratao),queima de folhas, ponteiros e alteraes na sua fisiologia.

    importante que a escolhadas espcies vegetais perenes ou no a seremutilizadas, sejam feitas de acordocom as condies climticasdo localou daregio.

    Umidade - o ndice de umidade atmosfrica do ar tambm estrelacionado com as precipitaes pluviomtricas (quando a umidadedo ar atinge 100%,chove).

    Alm disso, a umidade do ar pode contribuir para atenuar ou aumentar a

    temperaturade certas regies.O mesmo processo de proteo s plantas referente temperatura, aplicadotambm quanto umidade (estufa e sombreamento) do local ou da regio.

    Luminosidade - as plantas dependem da luz para realizar oprocesso da fotossntese, sendo que algumas espcies podemviver com pouca luz e outras no suportam o excesso deluminosidade.

    A luminosidade interfere tambm na sensao psicolgica provocada pelojardim. O nevoeiro espesso e a claridadeexcessiva do deserto servem comoparmetrospara avaliar as sensaes que provoca a luminosidade. Assim,

    em regies de tempo pesado e sombrio convm planejar um jardim maisaberto.

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    Nos clima seco e muito iluminado, ao contrrio, deve-se utilizar maiornmerode rvorese elementos estruturais que forneam sombra, a fim de tornar aluminosidade natural mais difusae a interceptar os raios solares.Ao planejar um jardim tenha sempre em mente a necessidade deluminosidade adequada a cada planta.

    Ventos -muitas espcies de plantas noso tolerantesa ao dovento ou no se adaptam a locais onde os mesmos soconstantes. Os ventos causam um aumentono processo da perdade gua (desidratao) pela planta atravs da evaporao pelasfolhas; tambm causam quebras de galhos, troncos e quedas defolhas e frutos, todas prejudiciais ao crescimento das plantas.

    Devemos saber a intensidade, durao, direo e freqncia dos ventoscomuns no local ou na regio. Todos ns sabemos dos estragos que umaventania pode causar.

    1.4- PaisagemO conjunto de cenrios naturais modificadosou nopelo Homem, atravs doselementos que a integram, influem na jardinagem, principalmente na coberturavegetal existente no local.Devido ao grau de complexidade das variedades de nossas paisagens, apenascomentaremos sobre algumas coberturas vegetais importantes e maisconhecidas no pas:

    Florest a amaznic a paisagem tpica de plancie, cobertapor florestas seculares densas e cortadas por extensa rede

    fluvial. Uma grande variedade de espcies vegetais e muitasdelas em extino e outras ainda desconhecidas. considerada a maior floresta tropical do mundo e sua maiorparte fica no Estado do Amazonas.

    Caatingastemos a paisagem semi-rida do Nordeste, comsua vegetao constituda de rvores baixas, retorcidas,espinhentas e que suportam a falta dgua daquela regio.

    Mata A tlntic a a paisagem litornea bastante modificadapelo homem, com sua exuberante cobertura florestal reduzidaa apenas 7% da rea costeira que ocupava. As formaesvegetais vo desde os manguesais, restingas at as florestasprimrias de grande porte, localizadas principalmente nasreas de grande declividade onde a explorao de madeira dificultada e hoje se encontra protegida por Lei.

    Cerrado - constituem a paisagem caracterstica do PlanaltoCentral, com a sua cobertura vegetal composta grandevariedade de rvores baixas, tortuosas e muito utilizada para afabricao de carvo.

    uma regio que vem sendo alvo de ateno e preocupao devido ao

    desmatamento de grandes reas com este tipo de vegetao para expansoagrcola (plantio de soja).

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    Temos tambm a paisagem caracterstica do Paran, onde se destaca afloresta de Araucrias (pinheiro brasileiro).A fim de facilitar a avaliao do material vegetativo que parte integrante doplanejamento paisagstico, a vegetao classificada em quatro tipos: nat iva,

    extica,agricul tural

    eornamenta l

    . Vegetao Nati va-

    a vegetao original do local ou da regio e que se desenvolveuespontaneamente, ou seja, sem a ajuda dohomem. Varia conforme o clima e atopografia. Cada regio tem uma cobertura vegetal formada pelas plantas quemelhor se adaptam s condies ambientais locais. Ela pode se encontrar emvrias etapas de desenvolvimento

    o primria- quando est no seu desenvolvimento clmax (mximo) semtersofrido qualquer interveno humana.

    o Secundriaou regenerada- atinge um mximo de desenvolvimento mas

    houvea intervenohumana. VegetaoExtica-

    a vegetao proveniente de outros pases e introduzidas pelo homem e quese adaptaram as condies ambientais do local ou regio.

    Vegetao Agri cu ltu ral -Assim como a vegetao nativa, ela depende das condies do solo e do climada regio. De acordo com as espcies cultivadas (rvores frutferas, gros,arbustos, etc.) podem compor uma paisagem tpica, embora a sua funo sejade ordem econmica.

    Veg etao Ornamen tal - desenvolvida para resolver problemas funcionais, como coberturas parasolos e quebra ventos. No entanto, a sua funo principal de ordem esttica.Diversos tipos de gramas, forraes, plantas florferas, arbustos, trepadeiras ervores entram nesta categoria de vegetao ornamental. Ela pode ser nativaou extica.

    2- SCIO/CULTURAISA composio dos jardins recebe as influncias do meio onde so construdos,refletindo o meio cultural e social em que vive o proprietrio (particular) ou emcaso de jardim pblico, o grupo social (sociedade) do local.Recebendo as influncias do meio onde so construdos, os jardins refletempor igual, a cultura do grupo e caracterizam o lugar e poca em que surgirem.Isto explica a existncia dos estilos de jardins e as suas composies.3- ECONMICOA situao econmica do grupo social impe, com quase absolutaexclusividade, no s a forma, mas ainda a vegetao e todos os outroselementos decorativos do jardim.

    As disponibilidades de recursos devem acompanhar o jardim durante toda asua existncia. Deve-se conhecer a realidade econmica do momento (do

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    particular ou no), haja vista, que uma parte dos recursos sero destinados construo e a outra parte a sua manuteno.A ignorncia destes princpios bsicos sujeita-se a existncia breve e precriado jardim.

    FERRAMENTAS

    O termo ferramenta deriva do latim ferramenta, plural de ferramentum. umutenslio, dispositivo, ou mecanismo fsico ou intelectual utilizado portrabalhadores das mais diversas reas para realizar alguma tarefa.Inicialmente o termo era utilizado para designar objetos de ferro ou outromaterial (plstico, madeira ou outro) para uso domstico ou industrial.Alguns tipos de utenslios podem servir como armas, tais como o martelo e afaca, e algumas armas, tais como explosivos, usadas como ferramentas.

    No reino animal tambm so usados dispositivos facilitadores de tarefas: alontra do mar abre moluscos se utilizando dos mais diversos objetos, osmacacos chegam a fabricar ferramentas rudimentares.Em funo do disposto acima, uma ferramenta pode ser definida como: umdispositivo que fornea uma vantagem mecnica ou mental para facilitar arealizao de tarefas diversas.

    Jardins de pequeno e mdio porte precisam de dedicao e de ferramentascertas para cada planta ou canto. Das flores ao gramado, dos arbustos s

    rvores, a manuteno precisa de cuidados que s as ferramentas adequadasem mos capazes podem proporcionar. Caso contrrio, o objetivo esttico evital do jardim ficar seriamente comprometido. E no pense que preciso serum milionrio para compr-las: embora existam no mercado ferramentas compreo elevado, existem alternativas de boa qualidade e preo compatvel.Comecemos pela grama. Durante o Vero, que costuma ser uma poca dechuvas intensas e sol pleno e muito quente, os gramados bem cuidadoscrescem a olhos vistos. Possuir um cortador ou roadeira essencial para amanuteno do tapeto. Existem modelos manuais que so indicados para

    pequenos espaos e costumam ter preos convidativos. Gramados de portemdio precisam quase que obrigatoriamente de um cortador de grama eltricoou a gasolina. Os modelos eltricos so mais baratos mas so limitados pelotamanho da extenso. J os modelos movidos por motor a combusto temautonomia maior, mas so mais caros e poluentes.Tem arbustos ou cercas-vivas? Gosta de podar flores e herbceas parareplantar e multiplicar? Ento aparadores e tesouras precisam estar noquartinho de ferramentas. H desde as tradicionais tesouras de poda comlongos cabos de madeira com lminas retas (para a manuteno de arbustostopiados que precisam ser cortadas por igual) e curvas (para cercas-vivas

    feitas com trepadeiras ou at mesmo corte de pequenas touceiras de grama egalhos), at as tesouras para acabamento de cabeas longa, curta ou as

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    especficas para poda de arbustos e corte de hastes de flores, passando pelosaparadores de cercas-vivas eltricas, serrilhadas.Para limpeza e manejo, alguns acessrios so mais essenciais ainda.Vassouras metlicas e ancinhos para limpeza de grama cortada e folhascadas , ps pequenas e grandes, enxadinhas trapezoidais para retirada deterra superficial e de ervas daninhas, enxadas para revolver a terra maisprofundamente, sachos para acabamentos, cultivadores, escardilhos e garfos.H modelos feitos em polipropileno e ao, e quem decide que material o maisadequado seu jardim e a frequncia com que estes acessrios seroutilizados.Completando o kit bsico do jardineiro, no podemos nos esquecer das

    mangueiras e aspersores, como irrigadores giratrios fixos, ou aqueles que soacoplados na ponta da mangueira. Ao escolher uma mangueira, noeconomize: as mais resistentes so feitas de PVC e polister tranado, que

    fornecem maior durabilidade e maior resistncia presso. Se quiser podeincluir neste kit uma pequena adubadeira e sementadeira. Caso o uso deancinhos e ps seja muito sculo XX para voc, considere a compra de

    sopradores e aspiradores eltricos.Para cuidarmos de um jardim de maneira apropriada e com todo o prazer queesta atividade pode proporcionar, necessria a utilizao de algumasferramentas e equipamentos apropriados. Existem muitas ferramentas, dediferentes tipos, aplicaes, tamanhos e qualidades, que podem ser teis ouat mesmo indispensveis para a correta manuteno de um jardim, gramado,

    canteiro ou mesmo quando temos o nosso jardim em um apartamento, com autilizao de vasos.Ao escolhermos as ferramentas ou os equipamentos necessrios, devemoslevar em considerao alguns aspectos do jardim ou local no qual utilizaremosdeterminado utenslio, para que no faamos escolhas erradas, causandotranstornos na hora da utilizao e, ainda, prejuzos desnecessrios.Vamos tomar como exemplo um simples gramado que precisa ter umamanuteno realizada, pois o mato cresceu demais. Se a extenso do gramadofor muito grande, no aconselhvel comprarmos um cortador de gramaeltrico, pois no ser possvel conect-lo eletricidade quando for necessrioaparar a grama em uma rea que no disponha de uma tomada eltrica.De uma maneira geral, para a manuteno de jardins, as ferramentas maisutilizadas so as seguintes:

    Luvas: existem boas luvas em lojas especializadas. So feitas para o manejoda terra com segurana. Prefira as luvas de tecido.

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    Escardilho: um ancinho em miniatura. Perfeito para afofar a terra e ajudar nahomogeneizao dos substratos.

    Pazinha: tambm serve para a mistura de substratos e transferncia demudas. Imprescindvel para quem gosta de transplantar.

    Garfo: auxiliar do escardilho para deixar a terra fofa.

    As pontas so arredondadas.

    Tesoura de poda: utilizada principalmente para podar galhos e ramos deplantas e flores em geral. Existem diversos tamanhos, com maior ou menorcapacidade de corte. A escolha do modelo ideal dever levar em consideraoo tamanho das plantas nas quais sero utilizadas este instrumento; flores earbustos precisam ser podados para manter o vio e a beleza. Para pequenoscantos verdes, basta uma pequena e anatmica.

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    Cortadores de gramas tradicionais movidos gasolina ou eletricidade:os equipados com motores gasolina so em geral muito mais potentes doque os que utilizam motores eltricos que, entretanto, costumam ser maisbaratos. As caractersticas de cada produto devero ser analisadas de acordocom a necessidade do local;

    Roadeiras: so mquinas cortadoras de gramas mais leves, mas queapresentam algumas vantagens, como poderfazer "acertos" em beiradas com grandepreciso. Tambm podem ser encontradascom motores eltricos ou movidas gasolina;

    Colher de transplante: ferramenta utilizadapara auxiliar no preparo de covaspara transplante de mudas;

    Pulverizador: equipamento utilizado para aplicao de defensivos, fertilizantesou simplesmente para borrifar gua sobre as plantas. Existem dezenas demodelos, com tanque de armazenamento maior ou menor, que dever ser

    escolhido de acordo com a sua utilizao;

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    Sacho: ferramenta utilizada para abrir sulcos na terra, onde sero colocadas assementes. Depois de feita a semeadura, este mesmo instrumento utilizadopara cobrir as sementes;

    Mini-trator cortador de grama: um pequeno "carro" com motor gasolina,com capacidade para transportar uma pessoa e equipado com lminasgiratrias que vo cortando a grama por onde o veculo vai passando. muitoutilizado em grandes reas gramadas, como campos de golf, por exemplo.

    Todas as ferramentas precisam de cuidados na manuteno, que vo desde a

    simples limpeza com um pano, at a lubrificao, afiao e troca de peas. Se

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    estiverem em mal estado de conservao, o rendimento ser baixo, o esforomaior e os resultados no acontecero como o esperado.Uma tesoura sempre til na hora de podar arbustos, mas deve cuidar bem

    dela para no transmitir doenas de uma planta para outra. Deve-se limparcom um pano seco aps o uso e lubrificar as lminas pingando leo prpriopara mquina de costura. A manuteno das outras ferramentas, cuja funono inclui o corte, mais simples: lave com gua e seque ao sol para espantaro mofo.

    Equipamento de Proteo Individual - EPI

    Equipamentos de Proteco Individual ou EPIs so quaisquer meios oudispositivos destinados a ser utilizados por uma pessoa contra possveisriscosameaadores da sua sade ou segurana durante o exerccio de umadeterminada atividade. Um equipamento de proteo individual pode serconstitudo por vrios meios ou dispositivos associados de forma a proteger oseu utilizador contra um ou vrios riscos simultneos. Seu uso regido poruma norma regulamentadora No.6.

    Principais equipamentos de proteo individualAbaixo, esto listados os principais itens de EPI disponveis no mercado, almde informaes e descries importantes para assegurar a sua identificao eo uso:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Riscohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Riscohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Riscohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAdehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAdehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAdehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Risco
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    Luvas:Um dos equipamentos de proteomais importantes, pois protege as partes docorpo com maior risco de exposio: asmos.Existem vrios tipos de luvas no mercado ea utilizao deve ser de acordo com o tipode formulao do produto a sermanuseado.A luva deve ser impermevel ao produtoqumico. Produtos que contm solventesorgnicos, como por exemplo osconcentrados emulsionveis, devem sermanipulados com luvas de BORRACHANITRLICA ou NEOPRENE, pois estesmateriais so impermeveis aos solventesorgnicos. Luvas de LTEX ou de PVCpodem ser usadas para produtos slidos ouformulaes que no contenham solventes

    orgnicos.De modo geral, recomenda-se a aquisiodas luvas de "borracha NITRILICA ouNEOPRENE", materiais que podem serutilizados com qualquer tipo de formulao.Existem vrios tamanhos e especificaesde luvas no mercado. O usurio devecertificar-se sobre o tamanho ideal para asua mo, utilizando as tabelas existentes

    na embalagem.

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    RespiradoresGeralmente chamados de mscaras, osrespiradores tm o objetivo de evitar ainalao de vapores orgnicos, nvoas ou

    finas partculas txicas atravs das viasrespiratrias. Existem basicamente doistipos de respiradores: sem manuteno(chamados de descartveis) que possuemuma vida til relativamente curta e recebema sigla PFF (Pea Facial Filtrante), e os debaixa manuteno que possuem filtrosespeciais para reposio, normalmentemais durveis.Os respiradores mais utilizados nas

    aplicaes de produtos fitossanitrios soos que possuem filtros P2 ou P3. Paramaiores informaes consulte o fabricante.Os respiradores so equipamentosimportantes mas que podem serdispensados em algumas situaes,quando no h presena de nvoas,vapores ou partculas no ar, por exemplo:a) aplicao tratorizada de produtos

    granulados incorporados ao solo;b) pulverizao com tratores equipadoscom cabines climatizadas.

    Devem estar sempre limpos, higienizados eos seus filtros jamais devem estarsaturados.Antes do uso de qualquer tipo derespirador, o usurio deve estar barbeado,alm de realizar um teste de ajuste de

    vedao, para evitar falha na selagem.Quando estiverem saturados, os filtrosdevem ser substitudos ou descartados. importante notar que, se utilizados deforma inadequada, os respiradores tornam-se desconfortveis e podem transformar-senuma verdadeira fonte de contaminao.O armazenamento deve ser em local secoe limpo, de preferncia dentro de um sacoplstico.

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    Viseira facialProtege os olhos e o rosto contra respingos durante omanuseio e a aplicao.A viseira deve ter a maior transparncia possvel e

    no distorcer as imagens. Deve ser revestida comvis para evitar corte. O suporte deve permitir que aviseira no fique em contato com o rosto dotrabalhador e embace. A viseira deve proporcionarconforto ao usurio e permitir o uso simultneo dorespirador, quando for necessrio.Quando no houver a presena ou emisso devapores ou partculas no ar o uso da viseira com obon rabe pode dispensar o uso do respirador,aumentando o conforto do trabalhador.Existem algumas recomendaes de uso de culosde segurana para proteo dos olhos. A substituiodo culos pela viseira protege no somente os olhosdo aplicador mas tambm o rosto.

    Jaleco e cala hidro-repelentes:So confeccionados em tecido de algodo tratado para setornarem hidro-repelentes, so apropriados para proteger o corpodos respingos do produto formulado e no para conter exposies

    extremamente acentuadas ou jatos dirigidos. fundamental queatos no sejam dirigidos propositadamente vestimenta e que otrabalhador mantenha-se limpo durante a aplicao.Os tecidos de algodo com tratamento hidro-repelente ajudam aevitar o molhamento e a passagem do produto txico para ointerior da roupa, sem impedir a transpirao, tornando oequipamento confortvel.Estes podem resistir at 30 lavagens, se manuseados de formacorreta. Os tecidos devem ser preferencialmente claros, para

    reduzir a absoro de calor e ser de fcil lavagem, para permitir asua reutilizao.H calas com reforo adicional nas pernas, que podem serusadas nas aplicaes onde exista alta exposio do aplicador calda do produto (pulverizao com equipamento manual, porexemplo).

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    Jaleco e cala em notecidoSo vestimentas de segurana confeccionados emnotecido (tipo Tyvek/Tychem QC). Existem vrios tiposde notecidos e a diferena entre eles se d pelo nvel

    de proteo que oferecem.Alm da hidro-repelncia, oferecem impermeabilidade emaior resistncia mecnica nvoas e s partculasslidas.O uso de roupas de algodo por baixo da vestimentamelhoram sua performance, com maior absoro dosuor, melhorando o conforto ao trabalhador com relaoao calor.As vestimentas confeccionadas em notecido tmdurabilidade limitada e no devem ser utilizadas quando

    danificadas.As vestimentas de notecido no devem ser passadasa ferro, no so a prova ou retardantes de chamas,podem criar eletricidade esttica e no devem serusadas prximo ao calor, fogo, fascas ou em ambientepotencialmente inflamvel ou explosivo, pois se auto-consumiro.As vestimentas em notecido devem ser destrudas emincineradores profissionais para no causarem danos

    ao ambiente.

    Bon rabeConfeccionado em tecido de algodotratado para tornar-se hidro-repelente.Protege o couro cabeludo e o pescoo derespingos e do sol.

    Capuz ou toucaPea integrante de jalecos ou macaces, podendo serem tecidos de algodo tratado para tornar-se hidro-repelente ou em notecido.Substituem o bon rabe na proteo do couro cabeludoe pescoo.

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    AventalProduzido com material resistente a solventes orgnicos (PVC,bagum, tecido emborrachado aluminizado, nylon resinado ounotecidos), aumenta a proteo do aplicador contra respingos

    de produtos concentrados durante a preparao da calda ou deeventuais vazamentos de equipamentos de aplicao costal.

    BotasDevem ser impermeveis, preferencialmente de cano altoe resistentes aos solventes orgnicos, por exemplo, PVC.Sua funo a proteo dos ps. o nico equipamentoque no possui C.A.

    Uso dos EPIPara proteger adequadamente, os EPI devero ser vestidos e retirados deforma correta.

    Veja como vestir os EPI:1. Cala e Jaleco

    A cala e o jaleco devem ser vestidossobre a roupa comum, fato que permitira retirada da vestimenta em locaisabertos. Os EPI podem ser usados sobreuma bermuda e camiseta de algodo,para aumentar o conforto. O aplicadordeve vestir primeiro a cala do EPI, emseguida o jaleco, certificando-se estefique sobre a cala e perfeitamente

    ajustado. O velcro deve ser fechado comos cordes para dentro da roupa. Caso ojaleco de seu EPI possua capuz,assegure-se que este estar devidamentevestido pois, caso contrrio, facilitar oacmulo e reteno de produto, servindocomo um compartimento. Vale ressaltarque o EPI deve ser compatvel com otamanho do aplicador.

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    2. BotasImpermeveis, devem ser caladas sobre meias dealgodo de cano longo, para evitar atrito com osps, tornozelos e canela. As bocas da cala do EPI

    sempre devem estar para fora do cano das botas, afim de impedir o escorrimento do produto txico parao interior do calado.

    3. Avental ImpermevelDeve ser utilizado na parte da frente do jaleco durante opreparo da calda e pode ser usado na parte de traz dojaleco durante as aplicaes com equipamento costal.Para aplicaes com equipamento costal fundamentalque o pulverizador esteja funcionando bem e semapresentar vazamentos.

    4. RespiradorDeve ser colocado de forma que os dois elsticosfiquem fixados corretamente e sem dobras, um fixadona parte superior da cabea e outro na parte inferior,na altura do pescoo, sem apertar as orelhas. O

    respirador deve encaixar perfeitamente na face dotrabalhador, no permitindo que haja abertura para aentrada de partculas, nvoas ou vapores. Para usaro respirador, o trabalhador deve estar sempre bembarbeado.

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    5. Viseira facialDeve ser ajustada firmemente na testa, mas sem apertar acabea do trabalhador. A viseira deve ficar um poucoafastada do rosto para no embaar.

    6. Bon rabeDeve ser colocado na cabea sobre a viseira. O velcro do bonrabe deve ser ajustado sobre a viseira facial, assegurandoque toda a face estar protegida, assim como o pescoo e acabea.

    7. Luvasltimo equipamento a ser vestido, devem ser usadas de forma aevitar o contato do produto txico com as mos.As luvas devem ser compradas de acordo com o tamanho das mosdo usurio, (no podendo ser muito justas, para facilitar a colocaoe a retirada, e nem muito grandes, para no atrapalhar o tato ecausar acidentes).As luvas devem ser colocadas normalmente para dentro das

    mangas do jaleco, com exceo de quando o trabalhador pulverizadirigindo o jato para alvos que esto acima da linha do seu ombro(para o alto).Nesse caso, as luvas devem ser usadas para fora das mangas dojaleco. O objetivo evitar que o produto aplicado escorra paradentro das luvas e atinja as mos.

    Como retirar os EPI

    Aps a aplicao, normalmente a superfcie externados EPI est contaminada. Portanto, na retirada dosEPI, importante evitar o contato das reas maisatingidas com o corpo do usurio.Antes de comear retirar os EPI, recomenda-se que oaplicador lave as luvas vestidas.Isto ajudar a reduzir os riscos de exposio acidental.Veja agora a maneira correta para a retirada dos EPI:

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    1. Bon rabeDeve-se desprender o velcro e retir-lo com cuidado.

    2. Viseira facialDeve-se desprender o velcro e coloc-la em um local deforma a evitar arranhes

    3. AventalDeve ser retirado desatando-se o lao e puxando-se o velcro emseguida.

    4. Jaleco

    Deve-se desamarrar o cordo, em seguida curvar o troncopara baixo e puxar a parte superior (os ombros)simultaneamente, de maneira que o jaleco no seja virado doavesso e a parte contaminada atinja o rosto.

    5. BotasDurante a pulverizao, principalmente com equipamento

    costal, as botas so as partes mais atingidas pela calda.Devem ser retiradas em local limpo, onde o aplicador nosuje os ps.

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    6. CalaDeve-se desamarrar o cordo e deslizar pelas pernas do aplicadorsem serem viradas do avesso.

    7. LuvasDeve-se puxar a ponta dos dedos das duas luvas aospoucos, de forma que elas possam ir se desprendendosimultaneamente.No devem ser viradas ao avesso, o que dificultaria oprximo uso e contaminaria a parte interna.

    8. RespiradorDeve ser o ltimo EPI a ser retirado, sendo guardado separadodos demais equipamentos para evitar contaminaes das partesinternas e dos filtros.

    Importante:aps a aplicao, o trabalhador deve tomar banho

    com bastante gua e sabonete, vestindo roupas LIMPAS aseguir.

    Lavagem e manuteno

    Os EPI devem ser lavados e guardados corretamente, para assegurar maiorvida til. Os EPI devem ser mantidos separados das roupas da famlia.LavagemA pessoa que for lavar os EPI, deve usar luvas a base de Nitrila ou Neoprene.As vestimentas de proteo devem ser abundantemente enxaguadas comgua corrente para diluir e remover os resduos da calda de pulverizao.A lavagem deve ser feita de forma cuidadosa, preferencialmente com saboneutro (sabo de coco). As vestimentas no devem ficar de molho. Emseguida, as peas devem ser bem enxaguadas para remover todo o sabo.

    O uso de alvejantes no recomendado, pois vai danificar o tratamento dotecido.

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    As vestimentas devem ser secas sombra. Ateno: somente use mquinasde lavar ou secar, quando houver recomendaes do fabricante.

    As botas, as luvas e a viseira devem ser enxaguadas

    com gua abundante aps cada uso. importante quea VISEIRA NO SEJA ESFREGADA, pois isto poderarranh-la, diminuindo a transparncia.Os respiradores devem ser mantidos conformeinstrues especficas que acompanham cada modelo.Respiradores com manuteno (com filtros especiaispara reposio) devem ser higienizados e armazenadosem local limpo. Filtros no saturados devem serenvolvidos em uma embalagem limpa para diminuir ocontato com o ar.

    Reativao do tratamento hidro-repelenteTestes comprovam que, quando as calas e jalecosconfeccionados em tecido de algodo tratado, paratornarem-se hidro-repelentes, so passados a ferro (150 a180C), a vida til maior. Somente as vestimentas dealgodo podem ser passadas a ferro.DescarteA durabilidade das vestimentas deve ser informada pelos

    fabricantes e checada rotineiramente pelo usurio. Os EPIdevem ser descartados quando no oferecem os nveis deproteo exigidos. Antes de ser descartadas, as vestimentasdevem ser lavadas para que os resduos do produtofitossanitrio sejam removidos, permitindo-se o descartecomum.Ateno: antes do descarte, as vestimentas de proteodevem ser rasgadas para evitar a reutilizao.

    Mitos

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    Existem alguns mitos que no servem mais como desculpa para no usar EPI:EPI so desconfortveisRealmente os EPI eram muito desconfortveis no passado, mas, atualmente,existem EPI confeccionados com materiais leves e confortveis. A sensao dedesconforto est associada a fatores como a falta de treinamento e ao usoincorreto.O Aplicador no usa EPIO trabalhador recusa-se a usar os EPI somente quando no foi conscientizadodo risco e da importncia de proteger sua sade. O aplicador profissional exigeos EPI para trabalhar. Na dcada de 80, quase ningum usava cinto desegurana nos automveis. Hoje, a maioria dos motoristas usam e reconhecema importncia.

    Consideraes Finais

    O simples fornecimento dos equipamentos de proteo individual no garante aproteo da sade do trabalhador e nem evita contaminaes. Incorretamenteutilizados, os EPI podem comprometer ainda mais a segurana do trabalhador.Acreditamos que o desenvolvimento da percepo do risco aliado a umconjunto de informaes e regras bsicas de segurana so as ferramentasmais importantes para evitar a exposio e assegurar o sucesso das medidasindividuais de proteo a sade do trabalhador.

    O uso correto dos EPI um tema que vem evoluindo rapidamente e exige areciclagem contnua dos profissionais que atuam na rea de cincias agrriasatravs de treinamentos e do acesso a informaes atualizadas. Beminformado, o profissional de cincias agrrias poder adotar medidas cada vezmais econmicas e eficazes para proteger a sade dos trabalhadores, alm deevitar problemas trabalhistas.

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    ENXADA

    Para capinar,revolver a terra,incorporar adubos,acertar bordas esuperfcies docanteiro (manter almina afiada

    PAZINHA

    A colher do jardineiro faztransplante com torro,covas, ajuda a montarvasos e a manipularprodutos.

    CARRINHO DE MO

    Serve de transporte atodo tipo de material:terra, composto orgnico,mudas, ferramentas,produtos colhidos.

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    SACHOPrepara sulcos ecovas pequenos e,entre as linhas

    plantadas, eliminaespcies invasorase afofa a terra.

    CAVADEIRAA de boca serve para abrirburacos e simultaneamenteremover terra e preparar

    covas (manter sempreafiada)

    VASSOURA DE JARDIMDeve ser resistente e fcilde lavar para suportar alimpeza do jardim,

    retirando inclusive osrastros de terra.

    TESOURA DEPODAFaz a primeirapoda do gramadoe cortes de rotinaem reaspequenas e pontosque a roadeirano alcana

    FIRMINOTambm conhecido comodespraguejador, elimina aservas daninhas cortando-as, literalmente, pelasrazes.

    SERROTE DE PODAElimina galhos grossos,tarefas que deve estar emconformidade com asnormas de supresso deespcies arbreas.

    CHIBANCAUsada pararevolver a terra,

    incorporar adubos

    VANGAA p reta, como tambm identificada, faz covas e

    acerta a forma de canteiros

    CANIVETEConforme o formato e almina, serve para podar,

    estaquear, enxertar e

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    a ela, fazer covas,retirar as plantas aser transplantadas.

    (manter sempre afiada). para a mergulhia (mantersempre afiado).

    RASTELOConhecido comoancinho, faz alimpeza de folhas,a retirada detorres e pedras ed acabamento aoplantio.

    MANGUEIRAEquipamento apropriadopara irrigar emreas maiores (o jato degua muito forte podemachucar as plantas)

    PULVERIZADORSeja do tipo manual ou osque prendem nas costas utilizado para aplicardefensivos e adubaofoliar.

    PEDRA DEAMOLA

    Instrumento bsicode manuteno,serve para manteramoladas asferramentas queprecisam ter bomcorte.

    REGADORExistem vrios tipos debicos e crivos, indicadospara irrigao correta decada tipo de terra

    TRENAInstrumento de mediousado para aferir a reado jardim, medir edeterminar canteiros,caminhos e distncias.

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    SOLO

    Solo um corpo de material inconsolidado, que recobre a superfcie terrestreemersa, entre a litosfera e a atmosfera. Os solos so constitudos de trs fases:slida (minerais e matria orgnica), lquida (soluo do solo) e gasosa (ar).

    O solo formado a partir da modificaoda rocha de origem (material duromais conhecido como pedra), mediante a ao integrada dos elementosclimticos(chuva, vento, gelo e temperatura) e de organismos vivos(fungos,liquens e outros) que ao longo do tempo vo decompondo quela rochaoriginria em gros cada vez menores, at transform-la em um materialsoltoe macio, denominado mineral.O solo leva vrios sculos ou at milhesde anos para se formar, sob a aodos agentesnaturais(intemperismo).Deste modo o solo representado pela expresso:

    NOTA:Funo dos organismos vivos: Os animais (microorganismos, insetos,minhocas, etc), as plantas e o prprio homem ajudam na transformao dosolo, ao misturar e decompor matria orgnica (restos de animais e vegetaismortos) com o material granular e solto, em que se tornou quela rocha

    original. Alm disso, os seres vivos quando morrem tambm vo sendodecompostos e misturados com o material macio e fofo, formando o solo.Esta decomposio fornece os elementos nutricionais essenciais aodesenvolvimento das plantas.

    Pedognese

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    Pedognese o processo qumico e fsico de alterao (adio, remoo,transporte e modificao) que atua sobre um material litolgico, originando umsolo.Solos esto constantemente em desenvolvimento, nunca estando estticos, pormais curto que seja o tempo considerado. Ou seja, desde a escalamicroscopia, diariamente, h alterao por organismos vivos no solo, damesma forma que o clima, ao longo de milhares de anos, modifica o solo.Dessa forma, temos solos na maioria recentes, quase nunca ultrapassando

    idades Tercirias.Geralmente, o solo descrito como um corpo tridimensional, podendo ser,porm, ao se considerar o fator tempo, descrito como um sistema de quatrodimenses: tempo, profundidade, largura e comprimento.Um solo o produto de uma ao combinada e concomitante de diversosfatores. A maior ou menor intensidade de algum fator pode ser determinante nacriao de um ou outro solo. So comumente ditos como fatores da formaode solo: clima, material de origem, organismos, tempo e relevo.

    Funes do solo

    Principal substrato utilizado pelas plantas para o seu crescimento (H2O, O2 enutrientes) e disseminao;Reciclagem e armazenamento de nutrientes e detritos orgnicos;Controlo do fluxo da gua e ao protetora da qualidade da gua subterrnea;Habitat para a fauna do solo.

    Composio do solo

    composto de 4 partes:

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    gua (localiza-se no interior do solo em pequenos espaos chamados deporos e utilizada pelas razes das plantas e pelos microorganismos).Ar(a situao igual ao da gua).Mineral(resultado da decomposio da rocha de origem).Divide-se em 3 fraes principais, de acordo com o seu tamanho:Areia(a parte mais grossa. Ex; areia da praia)Silte(parte um pouco mais fina. Ex: limo)Argila (parte muito pequena e que s pode ser visualizada atravs demicroscpio. Ex: o barro).Matria orgnica(restos de animais e plantas)Estes 4 elementos componentes do solo encontram-se misturados uns aosoutros.O solo se assemelha a uma esponja destas que usamos para banho, tendo are gua nos espaos de seu interior.

    Organizao do solo

    Como o corpo humano, o solo tambm tem a sua organizao.Basicamente, ele se apresenta como um bolo recheado, com camadassobrepostas e distintas.Aps o material de origem (rocha) ser decomposto e depositado, conforme jexplicado anteriormente, processa-se a diferenciao das camadas mais ou

    menos paralelas a superfcie e denominadas de HORIZONTES.Estes horizontes podem apresentar cores diferentes, sendo que a primeiracamada apresenta uma colorao mais escura (devido ao acmulo de restosde vegetais e animais no solo) e nesta camada, que os vegetais iniciam o seucrescimento. chamado de horizonte A e os abaixo desta primeira camada,so chamados de horizontes B e C.Estes horizontes que formam as camadas do solo podem ser melhoresvisualizados em barrancoss margens de estradas ou quando abrimos umpoo de cerca de 2 metros de profundidade. Na realidade, ns estamosvisualizando o que se chama de perfildo solo.Nos campos, observamos diferentes tipos de vegetao e plantaes e queso, na maioria, devido aos diversos tipos de solo sobre os quais sedesenvolveram.A cor uma das caractersticas que mais chama a ateno, podendo fornecerindcios sobre a composio, propriedade e origem do solo. A cor estrelacionada com os teores de matria orgnica, umidade e predominncia dedeterminados compostos qumicos (xido de ferro).Assim, temos na natureza solos de colorao amarela, vermelha, cinzaazulado, marrom escuro, branca (areia da praia).

    A textura de um horizonte pode ser mais dura que o do outro, filtrar mais rpidoa gua e/ou permitir que as razes cresam mais ou menos rpida.

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    Classificao quanto granulometria

    Solos arenosos

    So aqueles que tem grande parte de suas partculas classificadas na fraoareia, de tamanho entre 0,05 mm e 2 mm, formado principalmente por cristaisde quartzo e minerais primrios. Os solos arenosos tm boa aerao ecapacidade de infiltrao de gua. Certas plantas e microorganismos podemviver com mais dificuldades, devido pouca capacidade de reteno de gua.

    Solos siltosos

    So aqueles que tem grande parte de suas partculas classificadas na frao

    silte, de tamanho entre 0,05 e 0,002mm, geralmente so muito erosveis. Osilte no se agrega como as argilas e ao mesmo tempo suas partculas somuito pequenas e leves. So geralmente finos.

    Solos argilosos

    So aqueles que tem grande parte de suas partculas classificadas na fraoargila, de tamanho menor que 0,002mm (tamanho mximo de um colide). Noso to arejados, mas armazenam mais gua quando bem estruturados. So

    geralmente menos permeveis, embora alguns solos brasileiros muito argilososapresentam grande permeabilidade - graas aos poros de origem biolgica.Sua composio de boa quantidade de xidos de alumnio (gibbsita) e deferro (goethita e hematita). Formam pequenos gros que lembram a sensaotctil de p-de-caf e isso lhes d certas caratersticas similares ao arenoso.

    Tipos de solo

    As plantas precisam de solo para fixar-se e armazenar gua e sais minerais.Em mdia, metade do volume do solo formada por espaos cheios de ar egua. As plantas se alimentam e tambm respiram pelas razes, no s pelasfolhas. Quando os espaos so pequenos demais, como em solo muitoargiloso, diz-se que o solo pesado (se voc tentar remexer lama com a p,logo saber por qu). Quando os espaos so maiores, como no solo arenoso,diz-se que o solo leve. Em solo muito pesado, que no d passagem gua,as razes podem morrer afogadas, devido falta de oxignio.A textura do solo portanto, pode ser em alguns casos, at mais importante doque sua composio qumica.Mas, para resumir todos os resumos, saiba que voc pode cultivar quase

    qualquer planta, de cactos a samambaias, numa mistura de terra argilosa dejardim, areia de construo e terra vegetal, em partes iguais.

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    Se a receita acima pode ser chamada de Mistura Universal, o "Tipo O" detodos os solos, mas nem por isso se deve excluir a possibilidade real de variaros ingredientes, suprimir um ou outro e adicionar uma infinidade de requintassubstncias.P de xaxim e vermiculita podem tornar mais fofa a Mistura Universal.A vermiculita um produto derivado da vermiculita crua (mineral) e que apspassar por processos industriais um excelente hidratante natural das plantas,evita a compactao do solo, melhora o crescimento das plantas, mantm aumidade do solo por at 15 dias sem rega e no tem cheiro. excelente para o uso agrcola.

    Acidez e Alcalinidade

    A composio qumica do solo naturalmente pode ser decisiva. Certas plantas,necessitam de solo cido para serem cultivadas com sucesso e outrasdificilmente crescem bem em solo cido.O solo cido ou "azedo" tende a ser escuro, s vezes com a superfcie cobertapelo verde de algas. O solo alcalino ou "doce", tende a ser claro, s vezesesbranquiado. Entre as plantas acidgilas (gostam de cido) que preferemsolo cido (pH 6 a 6,5) esto azalas, begnias, camlias, ciclames, gardnias(jasmim-do-cabo), magnlias (arbusto), violetas-africanas, urzes.

    Entre as que preferem solo alcalino esto espcies de buxo, cravo, lrio,pinheiro, slvia.A acidez ou a alcalinidade do solo se mede por uma escala arbitrria, que vaide 1 a 14, e denominado de pH (*).Solo de pH 7 neutro, nem cido e nem alcalino (Ex: gua destilada).Cada grau para cima indica alcalinidade 10 vezes maior e cada grau parabaixo, acidez10 vezes maior.Solo de pH 8 10 vezes mais alcalinoque o de pH 7 e um solo de pH 6, 10vezes mais cidoque o de pH 7. As azalas e outras plantas acidgilas comoas citadas acima, se do bem em solos de pH 6 a 6,5.O pH pode ser medido com um simples teste de tornassol. Em lojas de artigosagrcolas, vendem-se Kits completos com o nome de peagmetro.Em regies muito chuvosas, o solo tende a ser cido, porque a gua lava ossais alcalinos. Nas grandes cidades h outra razo para o solo ter sua acidezaumentada: a fumaa sulfurosa de fbricas e veculos aumenta a acidez dagua da chuva.A terra vegetal ou terrio tende a absorver os excessos de acidez ou dealcalinidade, apesar de ser uma substncia cida em si.O solo muito alcalino tende a ser deficiente em boro, ferro, mangans,

    molibdnio, zinco e outros fertilizantes secundrios.

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    No Captulo X mais adiante, referente Calagem, este assunto sercomplementado.(*) A abreviatura de pH corresponde a "potencial (p) de acidez decorrente daconcentrao de ons de hidrognio (H)". on ou ionte uma partculasubatmica carregada de eletricidade.

    Misturas de solo

    Um solo para ser considerado com timas condies para o desenvolvimentodas plantas dever ter a seguinte composio: 45% de minerais; 25% de gua;25% de ar; 5% de matria orgnica.As incontveis misturas de solo so geralmente constitudas por algunsingredientes descritos a seguir:

    Areia - Acmulo de partculas rochosas alteradas, constituindo diminutosfragmentos resultantes das aes do tempo e condies climticas. Seus grosaumentam o tamanho dos espaos que formam a porosidade do solo e notem funo nutriente nem ao qumica como a da argila.A areia usada em jardinagem quase sempre a mesma que entra napreparao de argamassa para construes, isto , areia de rio.Areia de praia terminantemente proibida para uso por quase todos os livros,mas preciso distinguir dois tipos: a que fica acima da linha das mars umtipo recupervel e utilizvel, depois de alguns meses de exposio ao sol e

    chuva numa rea no afetada pela salinidade de origem. O maior problema nocaso talvez seja a finura dos gros.Argila Barro dos oleiros e ceramistas, formado por gros finssimos esomente visveis ao microscpio.Endurece quando seca e volta a formar lama quando molhada. Em tijolos epeas cermicas o endurecimento irreversvel por causa do cozimento. vida por gua e isto explica quando se encosta a ponta da lngua numamoringa bem seca.Como os sais de clcio tendem a aderir a suas partculas, a argila retarda aacidulao do solo.Carvo Trata-se do carvo vegetal, madeira submetida combustoincompleta (queima). Tem a propriedade de atrair e oxidar substncias txicasresultantes da fermentao de matria orgnica. usado em pedaos de tamanho varivel para manter mais saudvel o solo,para purificar gua de torneira destinada rega e para controle da acidificao.Hmus - Material marrom ou preto resultante da decomposio de matriavegetal ou animal. Um grande produtor de hmus a minhoca.Material Calcrio - Substncias ricas em clcio, que por sua vez tm aocorretiva sobre a acidez do solo (este assunto ser explicado no Captulo

    adiante, referente Correo do solo).

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    Em jardinagem so usados comumente a cal (xido de clcio) e o p calcriomagnesiano. Na preparao de vasos podem entrar reboco (de parede) velhomodo, conchas modas, cascas de ovos e giz escolar.Perlite - Vidro vulcnico que o calor reduz, por exploso, a fino cascalho; aspartculas, muito porosas, podem reter grandes volumes de gua e ar e, dessemodo, desempenhar funo mais eficiente do que a da areia. Utilizvel emcolees de vasos, mas um luxo no jardim.Terra vegetal ou terrio - um lixo da mata, formado principalmente por folhasparcialmente decompostas. Material rico em hmus e bactrias teis e,portanto, com alto valor fertilizante. Embora cida, regula o pH.A terra vegetal de melhor qualidade a que tem textura de flocos, no de p.Quando em fermentao muito ativa pode ser prejudicial, se includa emexcesso, especialmente em solos destinados ao cultivo de cactos.Turfa - Matria vegetal parcialmente carbonizada, isto , no processo

    incompleto de tornar-se carvo mineral.Abundante em algumas regies do mundo, ricas em carvo mineral (EstadosUnidos, Europa), e onde usada como sucedneo da terra vegetal, escassaem pases desmatados e de clima frio. No Brasil, apesar da abundncia e baixocusto da terra vegetal, muita gente prefere a turfa importada, porque dresultados imediatos.No afofamento da terra, a turfa muito porosa, leve e absorvente, mas no

    tem valor nutritivo como a terra vegetal.Vermiculita -Outro tipo de pipoca mineral semelhante a perlite, resultante da

    alterao da mica pelo calor. Muito absorvente retm umidade e, usada,como material