1º DIA - Simulado II GR 90 Questões - 3º Ano - 2014 C. Hum e Nat. TIPO A

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PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES 01. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 1 a 90, dispostas da seguinte maneira: a) as questões de número 1 a 45 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias; b) as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 02. Marque no CARTÃO-RESPOSTA, no espaço apropriado, a opção correspondente ao tipo de prova: Tipo A ou Tipo B. ATENÇÃO: se você assinalar mais de uma opção de tipo ou deixar todos os campos em branco, sua prova não será corrigida. 03. Verifique, no CARTÃO-RESPOSTA, se os seus dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador da sala. 04. Após a conferência, escreva e assine seu nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com caneta esferográfica de tinta preta. 05. Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO- RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído. 06. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E . Apenas uma responde corretamente à questão. 07. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no círculo, com caneta esferográfica de tinta preta. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A mar- cação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. 08. O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e trinta minutos. 09. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 10. Quando terminar as provas, entregue ao aplicador o CARTÃO-RESPOSTA. 11. Você somente poderá deixar o local de prova após decorridas duas horas do início da sua aplicação. 12. Você será excluído do exame caso: a) utilize, durante a realização da prova, máquinas e/ou relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b) se ausente da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO- RESPOSTA antes do prazo estabelecido; c) aja com incorreção ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicação das provas; d) se comunique com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma; e) apresente dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal.

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Transcript of 1º DIA - Simulado II GR 90 Questões - 3º Ano - 2014 C. Hum e Nat. TIPO A

  • PROVA DE CINCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS PROVA DE CINCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

    LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUES SEGUINTES

    01. Este CADERNO DE QUESTES contm 90 questes

    numeradas de 1 a 90, dispostas da seguinte maneira:

    a) as questes de nmero 1 a 45 so relativas rea de

    Cincias Humanas e suas Tecnologias;

    b) as questes de nmero 46 a 90 so relativas rea de

    Cincias da Natureza e suas Tecnologias.

    02. Marque no CARTO-RESPOSTA, no espao apropriado, a

    opo correspondente ao tipo de prova: Tipo A ou Tipo B.

    ATENO: se voc assinalar mais de uma opo de tipo

    ou deixar todos os campos em branco, sua prova no ser

    corrigida.

    03. Verifique, no CARTO-RESPOSTA, se os seus dados esto

    registrados corretamente. Caso haja alguma divergncia,

    comunique-a imediatamente ao aplicador da sala.

    04. Aps a conferncia, escreva e assine seu nome nos

    espaos prprios do CARTO-RESPOSTA com caneta

    esferogrfica de tinta preta.

    05. No dobre, no amasse, nem rasure o CARTO-

    RESPOSTA. Ele no poder ser substitudo.

    06. Para cada uma das questes objetivas, so apresentadas

    5 opes, identificadas com as letras A, B, C, D e E .

    Apenas uma responde corretamente questo.

    07. No CARTO-RESPOSTA, marque, para cada questo, a

    letra correspondente opo escolhida para a resposta,

    preenchendo todo o espao compreendido no crculo, com

    caneta esferogrfica de tinta preta. Voc deve, portanto,

    assinalar apenas uma opo em cada questo. A mar-

    cao em mais de uma opo anula a questo,

    mesmo que uma das respostas esteja correta.

    08. O tempo disponvel para estas provas de quatro

    horas e trinta minutos.

    09. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu

    CARTO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcaes

    assinaladas no CADERNO DE QUESTES no sero

    considerados na avaliao.

    10. Quando terminar as provas, entregue ao aplicador o

    CARTO-RESPOSTA.

    11. Voc somente poder deixar o local de prova aps

    decorridas duas horas do incio da sua aplicao.

    12. Voc ser excludo do exame caso:

    a) utilize, durante a realizao da prova, mquinas

    e/ou relgios de calcular, bem como rdios,

    gravadores, headphones, telefones celulares ou

    fontes de consulta de qualquer espcie;

    b) se ausente da sala de provas levando consigo o

    CADERNO DE QUESTES e/ou o CARTO-

    RESPOSTA antes do prazo estabelecido;

    c) aja com incorreo ou descortesia para com

    qualquer participante do processo de aplicao das

    provas;

    d) se comunique com outro participante, verbalmente,

    por escrito ou por qualquer outra forma;

    e) apresente dado(s) falso(s) na sua identificao

    pessoal.

  • Pagina 2 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

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    CINCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

    QQuueessttoo 0011 (ENEM/2009)

    O clima um dos elementos fundamentais no s na caracterizao das paisagens naturais, mas tambm no histrico de

    ocupao do espao geogrfico.

    Tendo em vista determinada restrio climtica, a figura que representa o uso de tecnologia voltada para a produo :

    (A)

    Explorao vincola no Chile

    (B)

    Pequena agricultura praticada em regio andina

    (C)

    Parque de engorda de bovinos nos EUA

    (D)

    Zonas irrigadas por asperso na Arbia Saudita

    (E)

    Parque elico na Califrnia

    QQuueessttoo 0022 (ENEM/2009)

    O suo Thomas Davatz chegou a So Paulo em 1855 para trabalhar como colono na fazenda de caf Ibicaba, em Campinas.

    A perspectiva de prosperidade que o atraiu para o Brasil deu lugar a insatisfao e revolta, que ele registrou em livro. Sobre o

    percurso entre o porto de Santos e o planalto paulista, escreveu Davatz: As estradas do Brasil, salvo em alguns trechos, so

    pssimas. Em quase toda parte, falta qualquer espcie de calamento ou mesmo de saibro. Constam apenas de terra simples,

    sem nenhum benefcio. fcil prever que nessas estradas no se encontram estalagens e hospedarias como as da Europa.

    Nas cidades maiores, o viajante pode naturalmente encontrar aposento sofrvel; nunca, porm, qualquer coisa de comparvel

    comodidade que proporciona na Europa qualquer estalagem rural. Tais cidades so, porm, muito poucas na distncia que vai

    de Santos a Ibicaba e que se percorre em cinquenta horas no mnimo.

    Em 1867 foi inaugurada a ferrovia ligando Santos a Jundia, o que abreviou o tempo de viagem entre o litoral e o planalto para

    menos de um dia. Nos anos seguintes, foram construdos outros ramais ferrovirios que articularam o interior cafeeiro ao porto

    de exportao, Santos. DAVATZ, T. Memrias de um colono no Brasil. So Paulo:

    Livraria Martins, 1941 (adaptado).

    O impacto das ferrovias na promoo de projetos de colonizao com base em imigrantes europeus foi importante, porque

    (A) o percurso dos imigrantes at o interior, antes das ferrovias, era feito a p ou em muares; no entanto, o tempo de viagem

    era aceitvel, uma vez que o caf era plantado nas proximidades da capital, So Paulo.

    (B) a expanso da malha ferroviria pelo interior de So Paulo permitiu que mo-de-obra estrangeira fosse contratada para

    trabalhar em cafezais de regies cada vez mais distantes do porto de Santos.

    (C) o escoamento da produo de caf se viu beneficiado pelos aportes de capital, principalmente de colonos italianos, que

    desejavam melhorar sua situao econmica.

    (D) os fazendeiros puderam prescindir da mo-de-obra europeia e contrataram trabalhadores brasileiros provenientes de

    outras regies para trabalhar em suas plantaes.

    (E) as notcias de terras acessveis atraram para So Paulo grande quantidade de imigrantes, que adquiriram vastas

    propriedades produtivas.

    QQuueessttoo 0033 (ENEM/2009)

    O ano de 1968 ficou conhecido pela efervescncia social, tal como se pode comprovar pelo seguinte trecho, retirado de texto

    sobre propostas preliminares para uma revoluo cultural: preciso discutir em todos os lugares e com todos. O dever de ser

    responsvel e pensar politicamente diz respeito a todos, no privilgio de uma minoria de iniciados. No devemos nos

    surpreender com o caos das ideias, pois essa a condio para a emergncia de novas ideias. Os pais do regime devem

    compreender que autonomia no uma palavra v; ela supe a partilha do poder, ou seja, a mudana de sua natureza. Que

    ningum tente rotular o movimento atual; ele no tem etiquetas e no precisa delas. Journal de la comune tudiante. Textes et

    documents. Paris: Seuil, 1969 (adaptado).

  • Pagina 2 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    Os movimentos sociais, que marcaram o ano de 1968,

    (A) foram manifestaes desprovidas de conotao poltica, que tinham o objetivo de questionar a rigidez dos padres de

    comportamento social fundados em valores tradicionais da moral religiosa.

    (B) restringiram-se s sociedades de pases desenvolvidos, onde a industrializao avanada, a penetrao dos meios de

    comunicao de massa e a alienao cultural que deles resultava eram mais evidentes.

    (C) resultaram no fortalecimento do conservadorismo poltico, social e religioso que prevaleceu nos pases ocidentais durante

    as dcadas de 70 e 80.

    (D) tiveram baixa repercusso no plano poltico, apesar de seus fortes desdobramentos nos planos social e cultural,

    expressos na mudana de costumes e na contracultura.

    (E) inspiraram futuras mobilizaes, como o pacifismo, o ambientalismo, a promoo da equidade de gneros e a defesa dos

    direitos das minorias.

    QQuueessttoo 0044 (ENEM/2009)

    A formao dos Estados foi certamente distinta na Europa, na Amrica Latina, na frica e na sia. Os Estados atuais, em

    especial na Amrica Latina onde as instituies das populaes locais existentes poca da conquista ou foram eliminadas,

    como no caso do Mxico e do Peru, ou eram frgeis, como no caso do Brasil , so o resultado, em geral, da evoluo do

    transplante de instituies europeias feito pelas metrpoles para suas colnias. Na frica, as colnias tiveram fronteiras

    arbitrariamente traadas, separando etnias, idiomas e tradies, que, mais tarde, sobreviveram ao processo de

    descolonizao, dando razo para conflitos que, muitas vezes, tm sua verdadeira origem em disputas pela explorao de

    recursos naturais. Na sia, a colonizao europeia se fez de forma mais indireta e encontrou sistemas polticos e

    administrativos mais sofisticados, aos quais se superps. Hoje, aquelas formas anteriores de organizao, ou pelo menos seu

    esprito, sobrevivem nas organizaes polticas do Estado asitico.

    GUIMARES, S. P. Nao, nacionalismo, Estado. Estudos Avanados. So Paulo: EdUSP,

    v. 22, n. 62, jan.- abr. 2008 (adaptado).

    Relacionando as informaes ao contexto histrico e geogrfico por elas evocado, assinale a opo correta acerca do

    processo de formao socioeconmica dos continentes mencionados no texto.

    (A) Devido falta de recursos naturais a serem explorados no Brasil, conflitos tnicos e culturais como os ocorridos na frica

    estiveram ausentes no perodo da independncia e formao do Estado brasileiro.

    (B) A maior distino entre os processos histrico-formativos dos continentes citados a que se estabelece entre colonizador

    e colonizado, ou seja, entre a Europa e os demais.

    (C) poca das conquistas, a Amrica Latina, a frica e a sia tinham sistemas polticos e administrativos muito mais

    sofisticados que aqueles que lhes foram impostos pelo colonizador.

    (D) Comparadas ao Mxico e ao Peru, as instituies brasileiras, por terem sido eliminadas poca da conquista, sofreram

    mais influncia dos modelos institucionais europeus.

    (E) O modelo histrico da formao do Estado asitico equipara-se ao brasileiro, pois em ambos se manteve o esprito das

    formas de organizao anteriores conquista.

    QQuueessttoo 0055 (ENEM/2009)

    Colhe o Brasil, aps esforo contnuo dilatado no tempo, o que plantou no esforo da construo de sua insero internacional.

    H dois sculos formularam-se os pilares da poltica externa. Teve o pas inteligncia de longo prazo e clculo de oportunidade

    no mundo difuso da transio da hegemonia britnica para o sculo americano. Engendrou concepes, conceitos e teoria

    prpria no sculo XIX, de Jos Bonifcio ao Visconde do Rio Branco. Buscou autonomia decisria no sculo XX. As elites se

    interessaram, por meio de calorosos debates, pelo destino do Brasil. O pas emergiu, de Vargas aos militares, como ator

    responsvel e previsvel nas aes externas do Estado. A mudana de regime poltico para a democracia no alterou o

    pragmatismo externo, mas o aperfeioou.

    SARAIVA, J. F. S. O lugar do Brasil e o silncio do parlamento. Correio Braziliense, Braslia, 28 maio 2009 (adaptado).

    Sob o ponto de vista da poltica externa brasileira no sculo XX, conclui-se que

    (A) o Brasil um pas perifrico na ordem mundial, devido s diferentes conjunturas de insero internacional.

    (B) as possibilidades de fazer prevalecer ideias e conceitos prprios, no que tange aos temas do comrcio internacional e dos

    pases em desenvolvimento, so mnimas.

    (C) as brechas do sistema internacional no foram bem aproveitadas para avanar posies voltadas para a criao de uma

    rea de cooperao e associao integrada a seu entorno geogrfico.

    (D) os grandes debates nacionais acerca da insero internacional do Brasil foram embasados pelas elites do Imprio e da

    Repblica por meio de consultas aos diversos setores da populao.

    (E) a atuao do Brasil em termos de poltica externa evidencia que o pas tem capacidade decisria prpria, mesmo diante

    dos constrangimentos internacionais.

  • Pagina 3 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    QQuueessttoo 0066 (ENEM/2009)

    Como se assistisse demonstrao de um espetculo mgico, ia revendo aquele ambiente to caracterstico de famlia, com

    seus pesados mveis de vinhtico ou de jacarand, de qualidade antiga, e que denunciavam um passado ilustre, geraes de

    Meneses talvez mais singelos e mais calmos; agora, uma espcie de desordem, de relaxamento, abastardava aquelas

    qualidades primaciais. Mesmo assim era fcil perceber o que haviam sido, esses nobres da roa, com seus cristais que

    brilhavam mansamente na sombra, suas pratas semi-empoeiradas que atestavam o esplendor esvanecido, seus marfins e

    suas opalinas ah, respirava-se ali conforto, no havia dvida, mas era apenas uma sobrevivncia de coisas idas. Dir-se-ia,

    ante esse mundo que se ia desagregando, que um mal oculto o roa, como um tumor latente em suas entranhas.

    CARDOSO, L. Crnica da casa assassinada. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 2002 (adaptado).

    O mundo narrado nesse trecho do romance de Lcio Cardoso, acerca da vida dos Meneses, famlia da aristocracia rural de

    Minas Gerais, apresenta no apenas a histria da decadncia dessa famlia, mas , ainda, a representao literria de uma

    fase de desagregao poltica, social e econmica do pas. O recurso expressivo que formula literariamente essa

    desagregao histrica o de descrever a casa dos Meneses como

    (A) ambiente de pobreza e privao, que carece de conforto mnimo para a sobrevivncia da famlia.

    (B) mundo mgico, capaz de recuperar o encantamento perdido durante o perodo de decadncia da aristocracia rural

    mineira.

    (C) cena familiar, na qual o calor humano dos habitantes da casa ocupa o primeiro plano, compensando a frieza e austeridade

    dos objetos antigos.

    (D) smbolo de um passado ilustre que, apesar de superado, ainda resiste sua total dissoluo graas ao cuidado e asseio

    que a famlia dispensa conservao da casa.

    (E) espao arruinado, onde os objetos perderam seu esplendor e sobre os quais a vida repousa como lembrana de um

    passado que est em vias de desaparecer completamente.

    QQuueessttoo 0077 (ENEM/2009)

    Populaes inteiras, nas cidades e na zona rural, dispem da parafernlia digital global como fonte de educao e de formao

    cultural. Essa simultaneidade de cultura e informao eletrnica com as formas tradicionais e orais um desafio que necessita

    ser discutido. A exposio, via mdia eletrnica, com estilos e valores culturais de outras sociedades, pode inspirar apreo, mas

    tambm distores e ressentimentos. Tanto quanto h necessidade de uma cultura tradicional de posse da educao letrada,

    tambm necessrio criar estratgias de alfabetizao eletrnica, que passam a ser o grande canal de informao das

    culturas segmentadas no interior dos grandes centros urbanos e das zonas rurais. Um novo modelo de educao.

    BRIGAGO, C. E.; RODRIGUES, G. A globalizao a olho nu: o mundo conectado. So Paulo: Moderna, 1998 (adaptado).

    Com base no texto e considerando os impactos culturais da difuso das tecnologias de informao no marco da globalizao,

    depreende-se que

    (A) a ampla difuso das tecnologias de informao nos centros urbanos e no meio rural suscita o contato entre diferentes

    culturas e, ao mesmo tempo, traz a necessidade de reformular as concepes tradicionais de educao.

    (B) a apropriao, por parte de um grupo social, de valores e ideias de outras culturas para benefcio prprio fonte de

    conflitos e ressentimentos.

    (C) as mudanas sociais e culturais que acompanham o processo de globalizao, ao mesmo tempo em que refletem a

    preponderncia da cultura urbana, tornam obsoletas as formas de educao tradicionais prprias do meio rural.

    (D) as populaes nos grandes centros urbanos e no meio rural recorrem aos instrumentos e tecnologias de informao

    basicamente como meio de comunicao mtua, e no os veem como fontes de educao e cultura.

    (E) a intensificao do fluxo de comunicao por meios eletrnicos, caracterstica do processo de globalizao, est

    dissociada do desenvolvimento social e cultural que ocorre no meio rural.

    QQuueessttoo 0088 (ENEM/2009)

    As terras brasileiras foram divididas por meio de tratados entre

    Portugal e Espanha. De acordo com esses tratados, identificados no

    mapa, conclui-se que

    (A) Portugal, pelo Tratado de Tordesilhas, detinha o controle da foz

    do rio Amazonas.

    (B) o Tratado de Tordesilhas utilizava os rios como limite fsico da

    Amrica portuguesa.

    (C) o Tratado de Madri reconheceu a expanso portuguesa alm da

    linha de Tordesilhas.

    (D) Portugal, pelo Tratado de San Ildefonso, perdia territrios na

    Amrica em relao ao de Tordesilhas.

    (E) o Tratado de Madri criou a diviso administrativa da Amrica

    Portuguesa em Vice-Reinos Oriental e Ocidental.

    BETHEL, L. Histria da Amrica. V. I. So Paulo: Edusp, 1997.

  • Pagina 4 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    QQuueessttoo 0099 (ENEM/2011)

    No clima das ideias que se seguiram revolta de So Domingos, o descobrimento de planos para um levante armado dos

    artfices mulatos na Bahia, no ano de 1798, teve impacto muito especial; esses planos demonstravam aquilo que os brancos

    conscientes tinham j comeado a compreender: as ideias de igualdade social estavam a propagar-se numa sociedade em que

    s um tero da populao era de brancos e iriam inevitavelmente ser interpretados em termos raciais.

    MAXWELL. K. Condicionalismos da Independncia do Brasil. In: SILVA, M.N. (coord.)

    O Imprio luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.

    O temor do radicalismo da luta negra no Haiti e das propostas das lideranas populares da Conjurao Baiana (1798) levaram

    setores da elite colonial brasileira a novas posturas diante das reivindicaes populares. No perodo da Independncia, parte

    da elite participou ativamente do processo, no intuito de

    (A) instalar um partido nacional, sob sua liderana, garantindo participao controlada dos afrobrasileiros e inibindo novas

    rebelies de negros.

    (B) atender aos clamores apresentados no movimento baiano, de modo a inviabilizar novas rebelies, garantindo o controle

    da situao.

    (C) firmar alianas com as lideranas escravas, permitindo a promoo de mudanas exigidas pelo povo sem a profundidade

    proposta inicialmente.

    (D) impedir que o povo conferisse ao movimento um teor libertrio, o que terminaria por prejudicar seus interesses e seu

    projeto de nao.

    (E) rebelar-se contra as representaes metropolitanas, isolando politicamente o Prncipe Regente, instalando um governo

    conservador para controlar o povo.

    QQuueessttoo 1100 (ENEM/2009)

    Hoje em dia, nas grandes cidades, enterrar os mortos uma prtica quase ntima, que diz respeito apenas famlia. A menos,

    claro, que se trate de uma personalidade conhecida. Entretanto, isso nem sempre foi assim. Para um historiador, os

    sepultamentos so uma fonte de informaes importantes para que se compreenda, por exemplo, a vida poltica das

    sociedades.

    No que se refere s prticas sociais ligadas aos sepultamentos,

    (A) na Grcia Antiga, as cerimnias fnebres eram desvalorizadas, porque o mais importante era a democracia

    experimentada pelos vivos.

    (B) na Idade Mdia, a Igreja tinha pouca influncia sobre os rituais fnebres, preocupando-se mais com a salvao da alma.

    (C) no Brasil colnia, o sepultamento dos mortos nas igrejas era regido pela observncia da hierarquia social.

    (D) na poca da Reforma, o catolicismo condenou os excessos de gastos que a burguesia fazia para sepultar seus mortos.

    (E) no perodo posterior Revoluo Francesa, devido as grandes perturbaes sociais, abandona-se a prtica do luto.

    QQuueessttoo 1111 (ENEM/2009)

    Os regimes totalitrios da primeira metade do sculo XX apoiaram-se fortemente na mobilizao da juventude em torno da

    defesa de ideias grandiosas para o futuro da nao. Nesses projetos, os jovens deveriam entender que s havia uma pessoa

    digna de ser amada e obedecida, que era o lder. Tais movimentos sociais juvenis contriburam para a implantao e a

    sustentao do nazismo, na Alemanha, e do fascismo, na Itlia, Espanha e Portugal.

    A atuao desses movimentos juvenis caracterizava-se

    (A) pelo sectarismo e pela forma violenta e radical com que enfrentavam os opositores ao regime.

    (B) pelas propostas de conscientizao da populao acerca dos seus direitos como cidados.

    (C) pela promoo de um modo de vida saudvel, que mostrava os jovens como exemplos a seguir.

    (D) pelo dilogo, ao organizar debates que opunham jovens idealistas e velhas lideranas conservadoras.

    (E) pelos mtodos polticos populistas e pela organizao de comcios multitudinrios.

    QQuueessttoo 1122 (ENEM/2009)

    Do ponto de vista geopoltico, a Guerra Fria dividiu a Europa em dois blocos. Essa diviso propiciou a formao de alianas

    antagnicas de carter militar, como a OTAN, que aglutinava os pases do bloco ocidental, e o Pacto de Varsvia, que

    concentrava os do bloco oriental. importante destacar que, na formao da OTAN, esto presentes, alm dos pases do

    oeste europeu, os EUA e o Canad. Essa diviso histrica atingiu igualmente os mbitos poltico e econmico que se refletia

    pela opo entre os modelos capitalista e socialista.

    Essa diviso europeia ficou conhecida como

    (A) Cortina de Ferro.

    (B) Muro de Berlim.

    (C) Unio Europeia.

    (D) Conveno de Ramsar.

    (E) Conferncia de Estocolmo.

  • Pagina 5 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    QQuueessttoo 1133 (ENEM/2009)

    O fim da Guerra Fria e da bipolaridade, entre as dcadas de 1980 e 1990, gerou expectativas de que seria instaurada uma

    ordem internacional marcada pela reduo de conflitos e pela multipolaridade.

    O panorama estratgico do mundo ps-Guerra Fria apresenta

    (A) o aumento de conflitos internos associados ao nacionalismo, s disputas tnicas, ao extremismo religioso e ao

    fortalecimento de ameaas como o terrorismo, o trfico de drogas e o crime organizado.

    (B) o fim da corrida armamentista e a reduo dos gastos militares das grandes potncias, o que se traduziu em maior

    estabilidade nos continentes europeu e asitico, que tinham sido palco da Guerra Fria.

    (C) o desengajamento das grandes potncias, pois as intervenes militares em regies assoladas por conflitos passaram a

    ser realizadas pela Organizao das Naes Unidas (ONU), com maior envolvimento de pases emergentes.

    (D) a plena vigncia do Tratado de No Proliferao, que afastou a possibilidade de um conflito nuclear como ameaa global,

    devido crescente conscincia poltica internacional acerca desse perigo.

    (E) a condio dos EUA como nica superpotncia, mas que se submetem s decises da ONU no que concerne s aes

    militares.

    QQuueessttoo 1144 (ENEM/2009)

    Segundo Aristteles, na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os

    cidados no devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negcios esses tipos de vida so desprezveis e incompatveis

    com as qualidades morais , tampouco devem ser agricultores os aspirantes cidadania, pois o lazer indispensvel ao

    desenvolvimento das qualidades morais e prtica das atividades polticas.

    VAN ACKER, T. Grcia. A vida cotidiana na cidade-Estado. So Paulo: Atual, 1994.

    O trecho, retirado da obra Poltica, de Aristteles, permite compreender que a cidadania

    (A) possui uma dimenso histrica que deve ser criticada, pois condenvel que os polticos de qualquer poca fiquem

    entregues ociosidade, enquanto o resto dos cidados tem de trabalhar.

    (B) era entendida como uma dignidade prpria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepo poltica profundamente

    hierarquizada da sociedade.

    (C) estava vinculada, na Grcia Antiga, a uma percepo poltica democrtica, que levava todos os habitantes da plis a

    participarem da vida cvica.

    (D) tinha profundas conexes com a justia, razo pela qual o tempo livre dos cidados deveria ser dedicado s atividades

    vinculadas aos tribunais.

    (E) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita queles que se dedicavam poltica e que tinham tempo para resolver os

    problemas da cidade.

    QQuueessttoo 1155 (ENEM/2009)

    Para Caio Prado Jr., a formao brasileira se completaria no momento em que fosse superada a nossa herana de

    inorganicidade social o oposto da interligao com objetivos internos trazida da colnia. Este momento alto estaria, ou

    esteve, no futuro. Se passarmos a Srgio Buarque de Holanda, encontraremos algo anlogo. O pas ser moderno e estar

    formado quando superar a sua herana portuguesa, rural e autoritria, quando ento teramos um pas democrtico. Tambm

    aqui o ponto de chegada est mais adiante, na dependncia das decises do presente. Celso Furtado, por seu turno, dir que

    a nao no se completa enquanto as alavancas do comando, principalmente do econmico, no passarem para dentro do

    pas. Como para os outros dois, a concluso do processo encontra-se no futuro, que agora parece remoto.

    SCHWARZ, R. Os sete flegos de um livro. Sequncias brasileiras. So Paulo: Cia. das Letras,1999 (adaptado).

    Acerca das expectativas quanto formao do Brasil, a sentena que sintetiza os pontos de vista apresentados no texto :

    (A) Brasil, um pas que vai pra frente.

    (B) Brasil, a eterna esperana.

    (C) Brasil, glria no passado, grandeza no presente.

    (D) Brasil, terra bela, ptria grande.

    (E) Brasil, gigante pela prpria natureza.

    QQuueessttoo 1166 (ENEM/2009)

    O autor da constituio de 1937, Francisco Campos, afirma no seu livro, O Estado Nacional, que o eleitor seria aptico; a

    democracia de partidos conduziria desordem; a independncia do Poder Judicirio acabaria em injustia e ineficincia; e que

    apenas o Poder Executivo, centralizado em Getlio Vargas, seria capaz de dar racionalidade imparcial ao Estado, pois Vargas

    teria providencial intuio do bem e da verdade, alm de ser um gnio poltico.

    CAMPOS, F. O Estado nacional. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1940 (adaptado).

    Segundo as ideias de Francisco Campos,

    (A) os eleitores, polticos e juzes seriam mal-intencionados.

    (B) o governo Vargas seria um mal necessrio, mas transitrio.

    (C) Vargas seria o homem adequado para implantar a democracia de partidos.

    (D) a Constituio de 1937 seria a preparao para uma futura democracia liberal.

    (E) Vargas seria o homem capaz de exercer o poder de modo inteligente e correto.

  • Pagina 6 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    QQuueessttoo 1177 (ENEM/2009)

    No final do sculo XVI, na Bahia, Guiomar de Oliveira denunciou Antnia Nbrega Inquisio. Segundo o depoimento, esta

    lhe dava uns ps no sabe de qu, e outros ps de osso de finado, os quais ps ela confessante deu a beber em vinho ao dito

    seu marido para ser seu amigo e serem bem-casados, e que todas estas coisas fez tendo-lhe dito a dita Antnia e ensinado

    que eram coisas diablicas e que os diabos lha ensinaram.

    ARAJO, E. O teatro dos vcios. Transgresso e transigncia na sociedade urbana colonial. Braslia: UnB/Jos Olympio, 1997.

    Do ponto de vista da Inquisio,

    (A) o problema dos mtodos citados no trecho residia na dissimulao, que acabava por enganar o enfeitiado.

    (B) o diabo era um concorrente poderoso da autoridade da Igreja e somente a justia do fogo poderia elimin-lo.

    (C) os ingredientes em decomposio das poes mgicas eram condenados porque afetavam a sade da populao.

    (D) as feiticeiras representavam sria ameaa sociedade, pois eram perceptveis suas tendncias feministas.

    (E) os cristos deviam preservar a instituio do casamento recorrendo exclusivamente aos ensinamentos da Igreja.

    QQuueessttoo 1188 (ENEM/2009)

    A prosperidade induzida pela emergncia das mquinas de tear escondia uma acentuada perda de prestgio. Foi nessa idade

    de ouro que os artesos, ou os teceles temporrios, passaram a ser denominados, de modo genrico, teceles de teares

    manuais. Exceto em alguns ramos especializados, os velhos artesos foram colocados lado a lado com novos imigrantes,

    enquanto pequenos fazendeiros-teceles abandonaram suas pequenas propriedades para se concentrar na atividade de tecer.

    Reduzidos completa dependncia dos teares mecanizados ou dos fornecedores de matria-prima, os teceles ficaram

    expostos a sucessivas redues dos rendimentos.

    THOMPSON, E. P. The making of the english working class. Harmondsworth: Penguin Books, 1979 (adaptado).

    Com a mudana tecnolgica ocorrida durante a Revoluo Industrial, a forma de trabalhar alterou-se porque

    (A) a inveno do tear propiciou o surgimento de novas relaes sociais.

    (B) os teceles mais hbeis prevaleceram sobre os inexperientes.

    (C) os novos teares exigiam treinamento especializado para serem operados.

    (D) os artesos, no perodo anterior, combinavam a tecelagem com o cultivo de subsistncia.

    (E) os trabalhadores no especializados se apropriaram dos lugares dos antigos artesos nas fbricas.

    QQuueessttoo 1199 (ENEM/2009)

    Alm dos inmeros eletrodomsticos e bens eletrnicos, o automvel produzido pela indstria fordista promoveu, a partir dos

    anos 50, mudanas significativas no modo de vida dos consumidores e tambm na habitao e nas cidades. Com a

    massificao do consumo dos bens modernos, dos eletroeletrnicos e tambm do automvel, mudaram radicalmente o modo

    de vida, os valores, a cultura e o conjunto do ambiente construdo. Da ocupao do solo urbano at o interior da moradia, a

    transformao foi profunda.

    MARICATO, E. Urbanismo na periferia do mundo globalizado: metrpoles brasileiras. Disponvel em: http://www.scielo.br.

    Acesso em: 12 ago. 2009 (adaptado).

    Uma das consequncias das inovaes tecnolgicas das ltimas dcadas, que determinaram diferentes formas de uso e

    ocupao do espao geogrfico, a instituio das chamadas cidades globais, que se caracterizam por

    (A) possurem o mesmo nvel de influncia no cenrio mundial.

    (B) fortalecerem os laos de cidadania e solidariedade entre os membros das diversas comunidades.

    (C) constiturem um passo importante para a diminuio das desigualdades sociais causadas pela polarizao social e pela

    segregao urbana.

    (D) terem sido diretamente impactadas pelo processo de internacionalizao da economia, desencadeado a partir do final dos

    anos 1970.

    (E) terem sua origem diretamente relacionadas ao processo de colonizao ocidental do sculo XIX.

  • Pagina 7 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    QQuueessttoo 2200 (ENEM/2009)

    A partir do mapa apresentado, possvel inferir que nas ltimas dcadas do

    sculo XX, registraram-se processos que resultaram em transformaes na

    distribuio das atividades econmicas e da populao sobre o territrio

    brasileiro, com reflexos no PIB por habitante. Assim,

    CIATTONI, A. Gographie. Lespace mondial.

    Paris: Hatier, 2008 (adaptado).

    (A) as desigualdades econmicas existentes entre regies brasileiras

    desapareceram, tendo em vista a modernizao tecnolgica e o crescimento

    vivido pelo pas.

    (B) os novos fluxos migratrios instaurados em direo ao Norte e ao Centro-Oeste

    do pas prejudicaram o desenvolvimento socioeconmico dessas regies,

    incapazes de atender ao crescimento da demanda por postos de trabalho.

    (C) o Sudeste brasileiro deixou de ser a regio com o maior PIB industrial a partir do

    processo de desconcentrao espacial do setor, em direo a outras regies do

    pas.

    (D) o avano da fronteira econmica sobre os estados da regio Norte e do Centro-

    Oeste resultou no desenvolvimento e na introduo de novas atividades

    econmicas, tanto nos setores primrio e secundrio, como no tercirio.

    (E) o Nordeste tem vivido, ao contrrio do restante do pas, um perodo de

    retrao econmica, como consequncia da falta de investimentos no setor

    industrial com base na moderna tecnologia.

    QQuueessttoo 2211 (ENEM/2009)

    Disponvel em: http://clickdigitalsj.com.br. Acesso em: 9 jul. 2009.

    Disponvel em: http://conexaoambiental.zip.net/images/

    charge.jpg. Acesso em: 9 jul. 2009.

    Reunindo-se as informaes contidas nas duas charges, infere-se que

    (A) os regimes climticos da Terra so desprovidos de padres que os caracterizem.

    (B) as intervenes humanas nas regies polares so mais intensas que em outras partes do globo.

    (C) o processo de aquecimento global ser detido com a eliminao das queimadas.

    (D) a destruio das florestas tropicais uma das causas do aumento da temperatura em locais distantes como os polos.

    (E) os parmetros climticos modificados pelo homem afetam todo o planeta, mas os processos naturais tm alcance

    regional.

    QQuueessttoo 2222 (ENEM/2009)

    O movimento migratrio no Brasil significativo, principalmente em funo do volume de pessoas que saem de uma regio

    com destino a outras regies. Um desses movimentos ficou famoso nos anos 80, quando muitos nordestinos deixaram a regio

    Nordeste em direo ao Sudeste do Brasil. Segundo os dados do IBGE de 2000, este processo continuou crescente no

    perodo seguinte, os anos 90, com um acrscimo de 7,6% nas migraes deste mesmo fluxo. A Pesquisa de Padro de Vida,

    feita pelo IBGE, em 1996, aponta que, entre os nordestinos que chegam ao Sudeste, 48,6% exercem trabalhos manuais no

    qualificados, 18,5% so trabalhadores manuais qualificados, enquanto 13,5%, embora no sejam trabalhadores manuais, se

    encontram em reas que no exigem formao profissional. O mesmo estudo indica tambm que esses migrantes possuem,

    em mdia, condio de vida e nvel educacional acima dos de seus conterrneos e abaixo dos de cidados estveis do

    Sudeste. Disponvel em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 30 jul. 2009 (adaptado).

  • Pagina 8 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    Com base nas informaes contidas no texto, depreende-se que

    (A) o processo migratrio foi desencadeado por aes de governo para viabilizar a produo industrial no Sudeste.

    (B) os governos estaduais do Sudeste priorizaram a qualificao da mo-de-obra migrante.

    (C) o processo de migrao para o Sudeste contribui para o fenmeno conhecido como inchao urbano.

    (D) as migraes para o sudeste desencadearam a valorizao do trabalho manual, sobretudo na dcada de 80.

    (E) a falta de especializao dos migrantes positiva para os empregadores, pois significa maior versatilidade profissional.

    QQuueessttoo 2233 (ENEM/2009)

    A luta pela terra no Brasil marcada por diversos aspectos que chamam a ateno. Entre os aspectos positivos, destaca-se a

    perseverana dos movimentos do campesinato e, entre os aspectos

    negativos, a violncia que manchou de sangue essa histria. Os movimentos

    pela reforma agrria articularam-se por todo o territrio nacional,

    principalmente entre 1985 e 1996, e conseguiram de maneira expressiva a

    insero desse tema nas discusses pelo acesso terra. O mapa seguinte

    apresenta a distribuio dos conflitos agrrios em todas as regies do Brasil

    nesse perodo, e o nmero de mortes ocorridas nessas lutas.

    Com base nas informaes do mapa acerca dos conflitos pela posse de terra

    no Brasil, a regio

    (A) conhecida historicamente como das Misses Jesuticas a de maior

    violncia.

    (B) do Bico do Papagaio apresenta os nmeros mais expressivos.

    (C) conhecida como oeste baiano tem o maior nmero de mortes.

    (D) do norte do Mato Grosso, rea de expanso da agricultura mecanizada,

    a mais violenta do pas.

    (E) da Zona da Mata mineira teve o maior registro de mortes. Brasil Vtimas fatais de conflitos ocorridos no campo 1985-1996

    Fonte: Comisso Pastoral da terra CPT OLIVEIRA, A. U. A longa marcha do

    campesinato brasileiro: movimentos sociais, conflitos e reforma agrria.

    Revista Estudos Avanados. Vol. 15 n. 43, So Paulo, set./dez. 2001.

    QQuueessttoo 2244 (ENEM/2009)

    O grfico mostra o percentual de reas ocupadas, segundo o tipo de propriedade rural no Brasil, no ano de 2006.

    rea ocupada pelos imveis rurais

    MDA/INCRA (DIEESE, 2006)

    Disponvel em: http://www.sober.org.br. Acesso em: 6 ago. 2009.

    De acordo com o grfico e com referncia distribuio das reas rurais no Brasil, conclui-se que

    (A) imveis improdutivos so predominantes em relao s demais formas de ocupao da terra no mbito nacional e na

    maioria das regies.

    (B) o ndice de 63,8% de imveis improdutivos demonstra que grande parte do solo brasileiro de baixa fertilidade, imprprio

    para a atividade agrcola.

    (C) o percentual de imveis improdutivos iguala-se ao de imveis produtivos somados aos minifndios, o que justifica a

    existncia de conflitos por terra.

    (D) a regio Norte apresenta o segundo menor percentual de imveis produtivos, possivelmente em razo da presena de

    densa cobertura florestal, protegida por legislao ambiental.

    (E) a regio Centro-Oeste apresenta o menor percentual de rea ocupada por minifndios, o que inviabiliza polticas de

    reforma agrria nesta regio.

  • Pagina 9 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    QQuueessttoo 2255 (ENEM/2009)

    Na figura, observa-se uma classificao de regies da Amrica do Sul segundo o grau de aridez verificado.

    Em relao s regies marcadas na figura, observa-se que

    (A) a existncia de reas superridas, ridas e semiridas resultado do processo de

    desertificao, de intensidade varivel, causado pela ao humana.

    (B) o emprego de modernas tcnicas de irrigao possibilitou a expanso da agricultura

    em determinadas reas do semirido, integrando-as ao comrcio internacional.

    (C) o semirido, por apresentar dficit de precipitao, passou a ser habitado a partir da

    Idade Moderna, graas ao avano cientfico e tecnolgico.

    (D) as reas com escassez hdrica na Amrica do Sul se restringem s regies tropicais,

    onde as mdias de temperatura anual so mais altas, justificando a falta de

    desenvolvimento e os piores indicadores sociais.

    (E) o mesmo tipo de cobertura vegetal encontrado nas reas superridas, ridas e

    semiridas, mas essa cobertura, embora adaptada s condies climticas,

    desprovida de valor econmico.

    Disponvel em: http:// www.mutirao.com.br.

    Acesso em: 5 ago. 2009.

    QQuueessttoo 2266 (ENEM/2009)

    O homem construiu sua histria por meio do constante processo de ocupao e transformao do espao natural. Na verdade,

    o que variou, nos diversos momentos da experincia humana, foi a intensidade dessa explorao.

    Disponvel em: http://www.simposioreformaagraria.propp.ufu.br.

    Acesso em: 09 jul. 2009 (adaptado).

    Uma das consequncias que pode ser atribuda crescente intensificao da explorao de recursos naturais, facilitada pelo

    desenvolvimento tecnolgico ao longo da histria,

    (A) a diminuio do comrcio entre pases e regies, que se tornaram autossuficientes na produo de bens e servios.

    (B) a ocorrncia de desastres ambientais de grandes propores, como no caso de derramamento de leo por navios

    petroleiros.

    (C) a melhora generalizada das condies de vida da populao mundial, a partir da eliminao das desigualdades

    econmicas na atualidade.

    (D) o desmatamento, que eliminou grandes extenses de diversos biomas improdutivos, cujas reas passaram a ser

    ocupadas por centros industriais modernos.

    (E) o aumento demogrfico mundial, sobretudo nos pases mais desenvolvidos, que apresentam altas taxas de crescimento

    vegetativo.

    QQuueessttoo 2277 (ENEM/2009)

    No presente, observa-se crescente ateno aos efeitos da atividade humana, em diferentes reas, sobre o meio ambiente,

    sendo constante, nos fruns internacionais e nas instncias nacionais, a referncia sustentabilidade como princpio

    orientador de aes e propostas que deles emanam. A sustentabilidade explica-se pela

    (A) incapacidade de se manter uma atividade econmica ao longo do tempo sem causar danos ao meio ambiente.

    (B) incompatibilidade entre crescimento econmico acelerado e preservao de recursos naturais e de fontes no renovveis

    de energia.

    (C) interao de todas as dimenses do bem-estar humano com o crescimento econmico, sem a preocupao com a

    conservao dos recursos naturais que estivera presente desde a Antiguidade.

    (D) proteo da biodiversidade em face das ameaas de destruio que sofrem as florestas tropicais devido ao avano de

    atividades como a minerao, a monocultura, o trfico de madeira e de espcies selvagens.

    (E) necessidade de se satisfazer as demandas atuais colocadas pelo desenvolvimento sem comprometer a capacidade de as

    geraes futuras atenderem suas prprias necessidades nos campos econmico, social e ambiental.

  • Pagina 10 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    QQuueessttoo 2288 (ENEM/2009)

    Com a perspectiva do desaparecimento das geleiras no Polo Norte, grandes reservas de petrleo e minrios, hoje inacessveis,

    podero ser exploradas. E j atiam a cobia das potncias.

    KOPP, D. Guerra Fria sobre o rtico. Le monde diplomatique Brasil.

    Setembro, n. 2, 2007 (adaptado).

    No cenrio de que trata o texto, a explorao de jazidas de petrleo, bem como de minrios diamante, ouro, prata, cobre,

    chumbo, zinco torna-se atraente no s em funo de seu formidvel potencial, mas tambm por

    (A) situar-se em uma zona geopoltica mais estvel que o Oriente Mdio.

    (B) possibilitar o povoamento de uma regio pouco habitada, alm de promover seu desenvolvimento econmico.

    (C) garantir, aos pases em desenvolvimento, acesso a matrias-primas e energia, necessrias ao crescimento econmico.

    (D) contribuir para a reduo da poluio em reas ambientalmente j degradadas devido ao grande volume da produo

    industrial, como ocorreu na Europa.

    (E) promover a participao dos combustveis fsseis na matriz energtica mundial, dominada, majoritariamente, pelas fontes

    renovveis, de maior custo.

    QQuueessttoo 2299 (ENEM/2009)

    A mais profunda objeo que se faz ideia da criao de uma cidade, como Braslia, que o seu desenvolvimento no poder

    jamais ser natural. uma objeo muito sria, pois provm de uma concepo de vida fundamental: a de que a atividade

    social e cultural no pode ser uma construo. Esquecem-se, porm, aqueles que fazem tal crtica, que o Brasil, como

    praticamente toda a Amrica, criao do homem ocidental.

    PEDROSA, M. Utopia: obra de arte. Vis Revista do Programa de

    Ps-graduao em Arte (UnB), Vol. 5, n. 1, 2006 (adaptado).

    As ideias apontadas no texto esto em oposio, porque

    (A) a cultura dos povos reduzida a exemplos esquemticos que no encontram respaldo na histria do Brasil ou da

    Amrica.

    (B) as cidades, na primeira afirmao, tm um papel mais fraco na vida social, enquanto a Amrica mostrada como um

    exemplo a ser evitado.

    (C) a objeo inicial, de que as cidades no podem ser inventadas, negada logo em seguida pelo exemplo utpico da

    colonizao da Amrica.

    (D) a concepo fundamental da primeira afirmao defende a construo de cidades e a segunda mostra, historicamente,

    que essa estratgia acarretou srios problemas.

    (E) a primeira entende que as cidades devem ser organismos vivos, que nascem de forma espontnea, e a segunda mostra

    que h exemplos histricos que demonstram o contrrio.

    QQuueessttoo 3300 (ENEM/2010)

    A evoluo do processo de transformao de matrias-primas em produtos acabados ocorreu em trs estgios: artesanato,

    manufatura e maquinofatura.

    Um desses estgios foi o artesanato, em que se

    (A) trabalhava conforme o ritmo das mquinas e de maneira padronizada.

    (B) trabalhava geralmente sem o uso de mquinas e de modo diferente do modelo de produo em srie.

    (C) empregavam fontes de energia abundantes para o funcionamento das mquinas.

    (D) realizava parte da produo por cada operrio, com uso de mquinas e trabalho assalariado.

    (E) faziam interferncias do processo produtivo por tcnicos e gerentes com vistas a determinar o ritmo de produo.

    QQuueessttoo 3311 (ENEM/2010)

    Antes, eram apenas as grandes cidades que se apresentavam como o imprio da tcnica, objeto de modificaes,

    suspenses, acrscimos, cada vez mais sofisticadas e carregadas de artifcio. Esse mundo artificial inclui, hoje, o mundo rural.

    SANTOS, M. A Natureza do Espao. So Paulo: Hucitec, 1996.

    Considerando a transformao mencionada no texto, uma consequncia socioespacial que caracteriza o atual mundo rural

    brasileiro

    (A) a reduo do processo de concentrao de terras.

    (B) o aumento do aproveitamento de solos menos frteis.

    (C) a ampliao do isolamento do espao rural.

    (D) a estagnao da fronteira agrcola do pas.

    (E) a diminuio do nvel de emprego formal.

  • Pagina 11 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    QQuueessttoo 3322 (ENEM/2010)

    A maioria das pessoas daqui era do campo. Vila Maria hoje exportadora de trabalhadores. Empresrios de Primavera do

    Leste, Estado de Mato Grosso, procuram o bairro de Vila Maria para conseguir mo de obra. gente indo distante daqui 300,

    400 quilmetros para ir trabalhar, para ganhar sete conto por dia. (Carlito, 43 anos, maranhense, entrevistado em 22/03/98).

    Ribeiro, H. S. O migrante e a cidade: dilemas e conflitos.

    Araraquara: Wunderlich, 2001 (adaptado).

    O texto retrata um fenmeno vivenciado pela agricultura brasileira nas ltimas dcadas do sculo XX, consequncia

    (A) dos impactos sociais da modernizao da agricultura.

    (B) da recomposio dos salrios do trabalhador rural.

    (C) da exigncia de qualificao do trabalhador rural.

    (D) da diminuio da importncia da agricultura.

    (E) dos processos de desvalorizao de reas rurais.

    QQuueessttoo 3333 (ENEM/2010)

    Os lixes so o pior tipo de disposio final dos resduos slidos de uma cidade, representando um grave problema ambiental

    e de sade pblica. Nesses locais, o lixo jogado diretamente no solo e a cu aberto, sem nenhuma norma de controle, o que

    causa, entre outros problemas, a contaminao do solo e das guas pelo chorume (lquido escuro com alta carga poluidora,

    proveniente da decomposio da matria orgnica presente no lixo).

    RICARDO, B.; CANPANILLI, M. Almanaque Brasil Socioambiental 2008.

    So Paulo, Instituto Socioambiental, 2007.

    Considere um municpio que deposita os resduos slidos produzidos por sua populao em um lixo. Esse procedimento

    considerado um problema de sade pblica porque os lixes

    (A) causam problemas respiratrios, devido ao mau cheiro que provm da decomposio.

    (B) so locais propcios proliferao de vetores de doenas, alm de contaminarem o solo e as guas.

    (C) provocam o fenmeno da chuva cida, devido aos gases oriundos da decomposio da matria orgnica.

    (D) so instalados prximos ao centro das cidades, afetando toda a populao que circula diariamente na rea.

    (E) so responsveis pelo desaparecimento das nascentes na regio onde so instalados, o que leva escassez de gua.

    QQuueessttoo 3344 (ENEM/2010)

    Muitos processos erosivos se concentram nas encostas, principalmente

    aqueles motivados pela gua e pelo vento. No entanto, os reflexos

    tambm so sentidos nas reas de baixada, onde geralmente h

    ocupao urbana.

    Um exemplo desses reflexos na vida cotidiana de muitas cidades

    brasileiras

    (A) a maior ocorrncia de enchentes, j que os rios assoreados

    comportam menos gua em seus leitos.

    (B) a contaminao da populao pelos sedimentos trazidos pelo rio e

    carregados de matria orgnica.

    (C) o desgaste do solo nas reas urbanas, causado pela reduo do

    escoamento superficial pluvial na encosta.

    (D) a maior facilidade de captao de gua potvel para o

    abastecimento pblico, j que maior o efeito do escoamento

    sobre a infiltrao.

    (E) o aumento da incidncia de doenas como a amebase na

    populao urbana, em decorrncia do escoamento de gua

    poluda do topo das encostas.

    TEIXEIRA, W. et al. (Orgs). Decifrando a Terra.

    So Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.

  • Pagina 12 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    QQuueessttoo 3355 (ENEM/2010)

    O esquema mostra depsitos em que aparecem fsseis de animais do

    Perodo Jurssico. As rochas em que se encontram esses fsseis so

    (A) magmticas, pois a ao de vulces causou as maiores

    extines desses animais j conhecidas ao longo da histria

    terrestre.

    (B) sedimentares, pois os restos podem ter sido soterrados e

    litificados com o restante dos sedimentos.

    (C) magmticas, pois so as rochas mais facilmente erodidas,

    possibilitando a formao de tocas que foram posteriormente

    lacradas.

    (D) sedimentares, j que cada uma das camadas encontradas na

    figura simboliza um evento de eroso dessa rea representada.

    (E) metamrficas, pois os animais representados precisavam estar

    perto de locais quentes.

    QQuueessttoo 3366 (ENEM/2010)

    O G-20 o grupo que rene os pases do G-7, os mais industrializados do mundo (EUA, Japo, Alemanha, Frana, Reino

    Unido, Itlia e Canad), a Unio Europeia e os principais emergentes (Brasil, Rssia, ndia, China, frica do Sul, Arbia

    Saudita, Argentina, Austrlia, Coreia do Sul, Indonsia, Mxico e Turquia). Esse grupo de pases vem ganhando fora nos

    fruns internacionais de deciso e consulta. ALLAN. R. Crise global. Dsponivel em: http://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br.

    Acesso em: 31 jul. 2010.

    Entre os pases emergentes que formam o G-20, esto os chamados BRIC (Brasil, Rssia, ndia e China), termo criado em

    2001 para referir-se aos pases que

    (A) apresentam caractersticas econmicas promissoras para as prximas dcadas.

    (B) possuem base tecnolgica mais elevada.

    (C) apresentam ndices de igualdade social e econmica mais acentuados.

    (D) apresentam diversidade ambiental suficiente para impulsionar a economia global.

    (E) possuem similaridades culturais capazes de alavancar a economia mundial.

    QQuueessttoo 3377 (ENEM/2010)

    A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, Tudo se transformava em lucro. As cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas

    lucrativas, sua fumaa lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorncia lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fbricas e

    os novos altos-fornos eram como as Pirmides, mostrando mais a escravizao do homem que seu poder.

    DEANE, P. A Revoluo Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).

    Qual relao estabelecida no texto entre os avanos tecnolgicos ocorridos no contexto da Revoluo Industrial Inglesa e as

    caractersticas das cidades industriais no incio do sculo XIX?

    (A) A facilidade em se estabelecerem relaes lucrativas transformava as cidades em espaos privilegiados para a livre

    iniciativa, caracterstica da nova sociedade capitalista.

    (B) O desenvolvimento de mtodos de planejamento urbano aumentava a eficincia do trabalho industrial.

    (C) A construo de ncleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o deslocamento dos trabalhadores das

    periferias at as fbricas.

    (D) A grandiosidade dos prdios onde se localizavam as fbricas revelava os avanos da engenharia e da arquitetura do

    perodo, transformando as cidades em locais de experimentao esttica e artstica.

    (E) O alto nvel de explorao dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de aglomerados urbanos marcados por

    pssimas condies de moradia, sade e higiene.

    QQuueessttoo 3388 (ENEM/2010)

    A serraria construa ramais ferrovirios que adentravam as grandes matas, onde grandes locomotivas com guindastes e

    correntes gigantescas de mais de 100 metros arrastavam, para as composies de trem, as toras que jaziam abatidas por

    equipes de trabalhadores que anteriormente passavam pelo local. Quando o guindaste arrastava as grandes toras em direo

    composio de trem, os ervais nativos que existiam em meio s matas eram destrudos por este deslocamento.

    MACHADO P. P. Lideranas do Contestado. Campinas: Unicamp. 2004 (adaptado).

    TEIXEIRA, W. et. al. (Orgs.) Decifrando a Terra.

    So Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009 (adaptado).

  • Pagina 13 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    No incio do sculo XX, uma srie de empreendimentos capitalistas chegou regio do meio-oeste de Santa Catarina

    ferrovias, serrarias e projetos de colonizao. Os impactos sociais gerados por esse processo esto na origem da chamada

    Guerra do Contestado. Entre tais impactos, encontrava-se

    (A) a absoro dos trabalhadores rurais como trabalhadores da serraria, resultando em um processo de xodo rural.

    (B) o desemprego gerado pela introduo das novas mquinas, que diminuam a necessidade de mo de obra.

    (C) a desorganizao da economia tradicional, que sustentava os posseiros e os trabalhadores rurais da regio.

    (D) a diminuio do poder dos grandes coronis da regio, que passavam disputar o poder poltico com os novos agentes.

    (E) o crescimento dos conflitos entre os operrios empregados nesses empreendimentos e os seus proprietrios, ligados ao

    capital internacional.

    QQuueessttoo 3399 (ENEM/2010)

    As secas e o apelo econmico da borracha produto que no final do sculo XIX alcanava preos altos nos mercados

    internacionais motivaram a movimentao de massas humanas oriundas do Nordeste do Brasil para o Acre. Entretanto, at

    o incio do sculo XX, essa regio pertencia Bolvia, embora a maioria da sua populao fosse brasileira e no obedecesse

    autoridade boliviana. Para reagir presena de brasileiros, o governo de La Paz negociou o arrendamento da regio a uma

    entidade internacional, o Bolivian Syndicate, iniciando violentas disputas dos dois lados da fronteira. O conflito s terminou em

    1903, com a assinatura do Tratado de Petrpolis, pelo qual o Brasil comprou o territrio por 2 milhes de libras esterlinas.

    DISPONVEL em: www.mre.gov.br.

    Acesso em: 03 nov. 2008 (adaptado)

    Compreendendo o contexto em que ocorreram os fatos apresentados, o Acre tornou-se parte do territrio nacional brasileiro

    (A) pela formalizao do Tratado de Petrpolis, que indenizava o Brasil pela sua anexao.

    (B) por meio do auxlio do Bolivian Syndicate aos emigrantes brasileiros na regio.

    (C) devido crescente emigrao de brasileiros que exploravam os seringais.

    (D) em funo da presena de inmeros imigrantes estrangeiros na regio.

    (E) pela indenizao que os emigrantes brasileiros pagaram Bolvia.

    QQuueessttoo 4400 (ENEM/2010)

    No dia 28 de fevereiro de 1985, era inaugurada a Estrada de Ferro Carajs, pertencente e diretamente operada pela

    Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), na regio Norte do pas, ligando o interior ao principal porto da regio, em So Lus. Por

    seus, aproximadamente, 900 quilmetros de linha, passam, hoje, 5353 vages e 100 locomotivas.

    Disponvel em: http://www.transportes.gov.br. Acesso em 27 jul.2010 (adaptado).

    A ferrovia em questo de extrema importncia para a logstica do setor primrio da economia brasileira, em especial para

    pores dos estados do Par e Maranho. Um argumento que destaca a importncia estratgica dessa poro do territrio a

    (A) produo de energia para as principais reas industriais do pas.

    (B) produo sustentvel de recursos minerais no metlicos.

    (C) capacidade de produo de minerais metlicos.

    (D) logstica de importao de matrias-primas industriais.

    (E) produo de recursos minerais energticos.

    QQuueessttoo 4411 (ENEM/2010)

    No difcil entender o que ocorreu no Brasil nos anos imediatamente anteriores ao golpe militar de 1964. A diminuio da

    oferta de empregos e a desvalorizao dos salrios, provocadas pela inflao, levaram a uma intensa mobilizao poltica

    popular, marcada por sucessivas ondas grevistas de vrias categorias profissionais, o que aprofundou as tenses sociais.

    Dessa vez, as classes trabalhadoras se recusaram a pagar o pato pelas sobras" do modelo econmico juscelinista.

    MENDONA, S. R. A industrializao Brasileira. So Paulo: Moderna, 2002 (adaptado)

    Segundo o texto, os conflitos sociais ocorridos no incio dos anos 1960 decorreram principalmente

    (A) da manipulao poltica empreendida pelo governo Joo Goulart.

    (B) das contradies econmicas do modelo desenvolvimentista.

    (C) do poder poltico adquirido pelos sindicatos populistas.

    (D) da desmobilizao das classes dominantes frente ao avano das greves.

    (E) da recusa dos sindicatos em aceitar mudanas na legislao trabalhista.

    QQuueessttoo 4422 (ENEM/2010)

    A usina hidreltrica de Belo Monte ser construda no rio Xingu, no municpio de Vitria de Xingu, no Par. A usina ser a

    terceira maior do mundo e a maior totalmente brasileira, com capacidade de 11,2 mil megawatts. Os ndios do Xingu tomam a

    paisagem com seus cocares, arcos e flechas. Em Altamira, no Par, agricultores fecharam estradas de uma regio que ser

    inundada pelas guas da usina.

    BACOCCINA, D. QUEIROZ, G.: BORGES, R. Fim do leilo, comeo da confuso. Isto Dinheiro. Ano 13, n. 655, 28 abri 2010(adaptado).

  • Pagina 14 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    Os impasses, resistncias e desafios associados construo da Usina Hidreltrica de Belo Monte esto relacionados

    (A) ao potencial hidreltrico dos rios no norte e nordeste quando comparados s bacias hidrogrficas das regies Sul,

    Sudeste e Centro-Oeste do pas.

    (B) necessidade de equilibrar e compatibilizar o investimento no crescimento do pas com os esforos para a conservao

    ambiental.

    (C) grande quantidade de recursos disponveis para as obras e escassez dos recursos direcionados para o pagamento

    pela desapropriao das terras.

    (D) ao direito histrico dos indgenas posse dessas terras e ausncia de reconhecimento desse direito por parte das

    empreiteiras.

    (E) ao aproveitamento da mo de obra especializada dispo - nvel na regio Norte e o interesse das construtoras na vinda de

    profissionais do Sudeste do pas.

    QQuueessttoo 4433 (ENEM/2010)

    Coube aos Xavante e aos Timbira, povos indgenas do Cerrado, um recente e marcante gesto simblico: a realizao de sua

    tradicional corrida de toras (de buriti) em plena Avenida Paulista (SP), para denunciar o cerco de suas terras e a degradao

    de seus entornos pelo avano do agronegcio.

    RICARDO, B.; RICARDO, F. Povos indgenas do Brasil: 2001-2005. So Paulo: Instituto Socioambiental, 2006 (adaptado).

    A questo indgena contempornea no Brasil evidencia a relao dos usos socioculturais da terra com os atuais problemas

    socioambientais, caracterizados pelas tenses entre

    (A) a expanso territorial do agronegcio, em especial nas regies Centro-Oeste e Norte, e as leis de proteo indgena e

    ambiental.

    (B) os grileiros articuladores do agronegcio e os povos indgenas pouco organizados no Cerrado.

    (C) as leis mais brandas sobre o uso tradicional do meio ambiente e as severas leis sobre o uso capitalista do meio ambiente.

    (D) os povos indgenas do Cerrado e os polos econmicos representados pelas elites industriais paulistas.

    (E) o campo e a cidade no Cerrado, que faz com que as terras indgenas dali sejam alvo de invases urbanas.

    QQuueessttoo 4444 (ENEM/2010)

    Os vestgios dos povos Tupi-guarani encontram-se desde as Misses e o rio da Prata, ao sul, at o Nordeste, com algumas

    ocorrncias ainda mal conhecidas no sul da Amaznia. A leste, ocupavam toda a faixa litornea, desde o Rio Grande do Sul

    at o Maranho. A oeste, aparecem (no rio da Prata) no Paraguai e nas terras baixas da Bolvia. Evitam as terras inundveis

    do Pantanal e marcam sua presena discretamente nos cerrados do Brasil central. De fato, ocuparam, de preferncia, as

    regies de floresta tropical e subtropical.

    PROUS. A. O Brasil antes dos brasileiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Editor, 2005.

    Os povos indgenas citados possuam tradies culturais especficas que os distinguiam de outras sociedades indgenas e dos

    colonizadores europeus. Entre as tradies tupi-guarani, destacava-se

    (A) a organizao em aldeias politicamente independentes, dirigidas por um chefe, eleito pelos indivduos mais velhos da tribo.

    (B) a ritualizao da guerra entre as tribos e o carter semissedentrio de sua organizao social.

    (C) a conquista de terras mediante operaes militares, o que permitiu seu domnio sobre vasto territrio.

    (D) o carter pastoril de sua economia, que prescindia da agricultura para investir na criao de animais.

    (E) o desprezo pelos rituais antropofgicos praticados em outras sociedades indgenas.

    QQuueessttoo 4455 (ENEM/2010)

    Os tropeiros foram figuras decisivas na formao de vilarejos e cidades do Brasil colonial. A palavra tropeiro vem de "tropa"

    que, no passado, se referia ao conjunto de homens que transportava gado e mercadoria. Por volta do sculo XVIII, muita coisa

    era levada de um lugar a outro no lombo de mulas. O tropeirismo acabou associado atividade mineradora, cujo auge foi a

    explorao de ouro em Minas Gerais e, mais tarde, em Gois. A extrao de pedras preciosas tambm atraiu grandes

    contingentes populacionais para as novas reas e, por isso, era cada vez mais necessrio dispor de alimentos e produtos

    bsicos. A alimentao dos tropeiros era constituda por toucinho, feijo preto, farinha, pimenta-do-reino, caf, fub e coit (um

    molho de vinagre com fruto custico espremido). Nos pousos, os tropeiros comiam feijo quase sem molho com pedaos de

    carne de sol e toucinho, que era servido com farofa e couve picada. O feijo tropeiro um dos pratos tpicos da cozinha

    mineira e recebe esse nome porque era preparado pelos cozinheiros das tropas que conduziam o gado.

    Disponvel em http://www.tribunadoplanalto.com.br.

    Acesso em: 27 nov. 2008.

    A criao do feijo tropeiro na culinria brasileira est relacionada

    (A) atividade comercial exercida pelos homens que trabalhavam nas minas.

    (B) atividade culinria exercida pelos moradores cozinheiros que viviam nas regies das minas.

    (C) atividade mercantil exercida pelos homens que transportavam gado e mercadoria.

    (D) atividade agropecuria exercida pelos tropeiros que necessitavam dispor de alimentos.

    (E) atividade mineradora exercida pelos tropeiros no auge da explorao do ouro.

  • Pagina 15 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    CINCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

    QQuueessttoo 4466 (ENEM/2009)

    A atmosfera terrestre composta pelos gases nitrognio (N2) e oxignio (O2), que somam cerca de 99%, e por gases traos,

    entre eles o gs carbnico (CO2), vapor de gua (H2O), metano (CH4), oznio (O3) e o xido nitroso (N2O), que compem o

    restante 1% do ar que respiramos. Os gases traos, por serem constitudos por pelo menos trs tomos, conseguem absorver

    o calor irradiado pela Terra, aquecendo o planeta. Esse fenmeno, que acontece h bilhes de anos, chamado de efeito

    estufa. A partir da Revoluo Industrial (sculo XIX), a concentrao de gases traos na atmosfera, em particular o CO2, tem

    aumentado significativamente, o que resultou no aumento da temperatura em escala global. Mais recentemente, outro fator

    tornou-se diretamente envolvido no aumento da concentrao de CO2 na atmosfera: o desmatamento.

    BROWN, I. F.; ALECHANDRE, A. S. Conceitos bsicos sobre clima, carbono, florestas e comunidades. A.G. Moreira & S. Schwartzman. As mudanas

    climticas globais e os ecossistemas brasileiros. Braslia: Instituto de Pesquisa Ambiental da Amaznia, 2000 (adaptado).

    Considerando o texto, uma alternativa vivel para combater o efeito estufa

    (A) reduzir o calor irradiado pela Terra mediante a substituio da produo primria pela industrializao refrigerada.

    (B) promover a queima da biomassa vegetal, responsvel pelo aumento do efeito estufa devido produo de CH4.

    (C) reduzir o desmatamento, mantendo-se, assim, o potencial da vegetao em absorver o CO2 da atmosfera.

    (D) aumentar a concentrao atmosfrica de H2O, molcula capaz de absorver grande quantidade de calor.

    (E) remover molculas orgnicas polares da atmosfera, diminuindo a capacidade delas de reter calor.

    QQuueessttoo 4477 (ENEM/2010)

    No nosso dia a dia deparamo-nos com muitas tarefas pequenas e

    problemas que demandam pouca energia para serem resolvidos e, por

    isso, no consideramos a eficincia energtica de nossas aes. No

    global, isso significa desperdiar muito calor que poderia ainda ser

    usado como fonte de energia para outros processos. Em ambientes

    industriais, esse reaproveitamento feito por um processo chamado de

    cogerao. A figura a seguir ilustra um exemplo de cogerao na

    produo de energia eltrica.

    Em relao ao processo secundrio de aproveitamento de energia

    ilustrado na figura,a perda global de energia reduzida por meio da

    transformao de energia

    (A) trmica em mecnica.

    (B) mecnica em trmica.

    (C) qumica em trmica.

    (D) qumica em mecnica.

    (E) eltrica em luminosa.

    QQuueessttoo 4488 (ENEM/2010)

    Todo carro possui uma caixa de fusveis, que so utilizados para proteo dos circuitos

    eltricos. Os fusveis so constitudos de um material de baixo ponto de fuso, como o

    estanho, por exemplo, e se fundem quando percorridos por uma corrente eltrica igual ou

    maior do que aquela que so capazes de suportar. O quadro a seguir mostra uma srie de

    fusveis e os valores de corrente por eles suportados.

    Um farol usa uma lmpada de gs halognio de 55 W de potncia que opera com 36 V. Os

    dois faris so ligados separadamente, com um fusvel para cada um, mas, aps um mau

    funcionamento, o motorista passou a conect-los em paralelo, usando apenas um fusvel. Dessa forma, admitindo-se que a

    fiao suporte a carga dos dois faris, o menor valor de fusvel adequado para proteo desse novo circuito o

    (A) azul.

    (B) preto.

    (C) laranja.

    (D) amarelo.

    (E) vermelho.

    10,0Vermelho

    7,5Preto

    5,0Laranja

    2,5Amarelo

    1,5Azul

    (A) Eltrica CorrenteFusvel

  • Pagina 16 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    QQuueessttoo 4499 (ENEM/2009)

    Um medicamento, aps ser ingerido, atinge a corrente sangunea e espalha-

    se pelo organismo, mas, como suas molculas no sabem onde que est

    o problema, podem atuar em locais diferentes do local alvo e desencadear

    efeitos alm daqueles desejados. No seria perfeito se as molculas dos

    medicamentos soubessem exatamente onde est o problema e fossem

    apenas at aquele local exercer sua ao? A tcnica conhecida como

    iontoforese, indolor e no invasiva, promete isso. Como mostram as figuras,

    essa nova tcnica baseia-se na aplicao de uma corrente eltrica de baixa

    intensidade sobre a pele do paciente, permitindo que frmacos permeiem

    membranas biolgicas e alcancem a corrente sangunea, sem passar pelo

    estmago. Muitos pacientes relatam apenas um formigamento no local de

    aplicao. O objetivo da corrente eltrica formar poros que permitam a

    passagem do frmaco de interesse. A corrente eltrica distribuda por

    eletrodos, positivo e negativo, por meio de uma soluo aplicada sobre a pele.

    Se a molcula do medicamento tiver carga eltrica positiva ou negativa, ao

    entrar em contato com o eletrodo de carga de mesmo sinal, ela ser repelida

    e forada a entrar na pele (eletrorrepulso - A). Se for neutra, a molcula ser

    forada a entrar na pele juntamente com o fluxo de solvente fisiolgico que se

    forma entre os eletrodos (eletrosmose - B). GRATIERI, T; GELFUSO, G. M.; LOPES, R. F. V.

    Medicao do futuro-iontoforese facilita entrada de

    frmacos no organismo. Cincia Hoje, vol 44, no 259,

    maio 2009 (adaptado).

    De acordo com as informaes contidas no texto e nas figuras, o uso da iontoforese

    (A) provoca ferimento na pele do paciente ao serem introduzidos os eletrodos, rompendo o epitlio.

    (B) aumenta o risco de estresse nos pacientes, causado pela aplicao da corrente eltrica.

    (C) inibe o mecanismo de ao dos medicamentos no tecido-alvo, pois estes passam a entrar por meio da pele.

    (D) diminui o efeito colateral dos medicamentos, se comparados com aqueles em que a ingesto se faz por via oral.

    (E) deve ser eficaz para medicamentos constitudos de molculas polares e ineficaz, se essas forem apolares.

    QQuueessttoo 5500 (ENEM/2009)

    O cultivo de camares de gua salgada vem se desenvolvendo muito nos ltimos anos na regio Nordeste do Brasil e, em

    algumas localidades, passou a ser a principal atividade econmica. Uma das grandes preocupaes dos impactos negativos

    dessa atividade est relacionada descarga, sem nenhum tipo de tratamento, dos efluentes dos viveiros diretamente no

    ambiente marinho, em esturios ou em manguezais. Esses efluentes possuem matria orgnica particulada e dissolvida,

    amnia, nitrito, nitrato, fosfatos, partculas de slidos em suspenso e outras substncias que podem ser consideradas

    contaminantes potenciais.

    CASTRO, C. B.; ARAGO, J. S.; COSTA-LOTUFO, L. V. Monitoramento da toxicidade de efluentes de uma fazenda de cultivo de camaro marinho.

    Anais do IX Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia, 2006 (adaptado).

    Suponha que tenha sido construda uma fazenda de carcinicultura prximo a um manguezal. Entre as perturbaes ambientais

    causadas pela fazenda, espera-se que

    (A) a atividade microbiana se torne responsvel pela reciclagem do fsforo orgnico excedente no ambiente marinho.

    (B) a relativa instabilidade das condies marinhas torne as alteraes de fatores fsico-qumicos pouco crticas vida no

    mar.

    (C) a amnia excedente seja convertida em nitrito, por meio do processo de nitrificao, e em nitrato, formado como produto

    intermedirio desse processo.

    (D) os efluentes promovam o crescimento excessivo de plantas aquticas devido alta diversidade de espcies vegetais

    permanentes no manguezal.

    (E) o impedimento da penetrao da luz pelas partculas em suspenso venha a comprometer a produtividade primria do

    ambiente marinho, que resulta da atividade metablica do fitoplncton.

    QQuueessttoo 5511 (ENEM/2009)

    A abertura e a pavimentao de rodovias em zonas rurais e regies afastadas dos centros urbanos, por um lado, possibilita

    melhor acesso e maior integrao entre as comunidades, contribuindo com o desenvolvimento social e urbano de populaes

    isoladas. Por outro lado, a construo de rodovias pode trazer impactos indesejveis ao meio ambiente, visto que a abertura de

    estradas pode resultar na fragmentao de habitats, comprometendo o fluxo gnico e as interaes entre espcies silvestres,

    alm de prejudicar o fluxo natural de rios e riachos, possibilitar o ingresso de espcies exticas em ambientes naturais e

    aumentar a presso antrpica sobre os ecossistemas nativos.

    BARBOSA, N. P. U.; FERNANDES, G. W. A destruio do jardim. Scientific American Brasil.

    Ano 7, nmero 80, dez. 2008 (adaptado).

  • Pagina 17 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    Nesse contexto, para conciliar os interesses aparentemente contraditrios entre o progresso social e urbano e a conservao

    do meio ambiente, seria razovel

    (A) impedir a abertura e a pavimentao de rodovias em reas rurais e em regies preservadas, pois a qualidade de vida e as

    tecnologias encontradas nos centros urbanos so prescindveis s populaes rurais.

    (B) impedir a abertura e a pavimentao de rodovias em reas rurais e em regies preservadas, promovendo a migrao das

    populaes rurais para os centros urbanos, onde a qualidade de vida melhor.

    (C) permitir a abertura e a pavimentao de rodovias apenas em reas rurais produtivas, haja vista que nas demais reas o

    retorno financeiro necessrio para produzir uma melhoria na qualidade de vida da regio no garantido.

    (D) permitir a abertura e a pavimentao de rodovias, desde que comprovada a sua real necessidade e aps a realizao de

    estudos que demonstrem ser possvel contornar ou compensar seus impactos ambientais.

    (E) permitir a abertura e a pavimentao de rodovias, haja vista que os impactos ao meio ambiente so temporrios e podem

    ser facilmente revertidos com as tecnologias existentes para recuperao de reas degradadas.

    QQuueessttoo 5522 (ENEM/2009)

    O processo de industrializao tem gerado srios problemas de ordem ambiental, econmica e social, entre os quais se pode

    citar a chuva cida. Os cidos usualmente presentes em maiores propores na gua da chuva so o H2CO3, formado pela

    reao do CO2 atmosfrico com a gua, o HNO3, o HNO2, o H2SO4 e o H2SO3. Esses quatro ltimos so formados

    principalmente a partir da reao da gua com os xidos de nitrognio e de enxofre gerados pela queima de combustveis

    fsseis.

    A formao de chuva mais ou menos cida depende no s da concentrao do cido formado, como tambm do tipo de

    cido. Essa pode ser uma informao til na elaborao de estratgias para minimizar esse problema ambiental. Se

    consideradas concentraes idnticas, quais dos cidos citados no texto conferem maior acidez s guas das chuvas?

    (A) HNO3 e HNO2.

    (B) H2SO4 e H2SO3.

    (C) H2SO3 e HNO2.

    (D) H2SO4 e HNO3.

    (E) H2CO3 e H2SO3.

    QQuueessttoo 5533 (ENEM/2010)

    O texto O vo das Folhas traz uma viso dos ndios Ticunas para um fenmeno usualmente observado na natureza:

    O vo das Folhas

    Com o vento

    as folhas se movimentam.

    E quando caem no cho

    ficam paradas em silncio.

    Assim se forma o ngaura. O ngaura cobre o cho da

    floresta, enriquece a terra e alimenta as rvores.]

    As folhas velhas morrem para ajudar o crescimento das

    folhas novas.]

    Dentro do ngaura vivem aranhas, formigas, escorpies,

    centopeias, minhocas, cogumelos e vrios tipos de

    outros seres muito pequenos.]

    As folhas tambm caem nos lagos, nos igaraps e igaps,

    A natureza segundo os Ticunas/Livro das rvores.

    Organizao Geral dos Professores Bilngues Ticunas, 2000.

    Na viso dos ndios Ticunas, a descrio sobre o ngaura permite classific-lo como um produto diretamente relacionado ao

    ciclo

    (A) da gua.

    (B) do oxignio.

    (C) do fsforo.

    (D) do carbono.

    (E) do nitrognio.

  • Pagina 18 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    QQuueessttoo 5544 (ENEM/2010)

    O abastecimento de nossas necessidades energticas futuras depender certamente do desenvolvimento de tecnologias para

    aproveitar a energia solar com maior eficincia. A energia solar a maior fonte de energia mundial. Num dia ensolarado, por

    exemplo, aproximadamente 1 kJ de energia solar atinge cada metro quadrado da superfcie terrestre por segundo. No entanto,

    o aproveitamento dessa energia difcil porque ela diluda (distribuda por uma rea muito extensa) e oscila com o horrio e

    as condies climticas. O uso efetivo da energia solar depende de formas de estocar a energia coletada para uso posterior.

    BROWN, T. Qumica a Cincia Central. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.

    Atualmente, uma das formas de se utilizar a energia solar tem sido armazen-la por meio de processos qumicos endotrmicos

    que mais tarde podem ser revertidos para liberar calor. Considerando a reao:

    CH4(g) + H2O(v) + calor CO(g) + 3H2(g)

    e analisando-a como potencial mecanismo para o aproveitamento posterior da energia solar, conclui-se que se trata de uma

    estratgia

    (A) insatisfatria, pois a reao apresentada no permite que a energia presente no meio externo seja absorvida pelo sistema

    para ser utilizada posteriormente.

    (B) insatisfatria, uma vez que h formao de gases poluentes e com potencial poder explosivo, tornando-a uma reao

    perigosa e de difcil controle.

    (C) insatisfatria, uma vez que h formao de gs CO que no possui contedo energtico passvel de ser aproveitado

    posteriormente e considerado um gs poluente.

    (D) satisfatria, uma vez que a reao direta ocorre com absoro de calor e promove a formao das substncias

    combustveis que podero ser utilizadas posterior - mente para obteno de energia e realizao de trabalho til.

    (E) satisfatria, uma vez que a reao direta ocorre com liberao de calor havendo ainda a formao das substncias

    combustveis que podero ser utilizadas posteriormente para obteno de energia e realizao de trabalho til.

    QQuueessttoo 5555 (ENEM/2010)

    As baterias de Ni-Cd muito utilizadas no nosso cotidiano no devem ser descartadas em lixos comuns uma vez que uma

    considervel quantidade de cdmio volatilizada e emitida para o meio ambiente quando as baterias gastas so incineradas

    como componente do lixo. Com o objetivo de evitar a emisso de cdmio para a atmosfera durante a combusto indicado

    que seja feita a reciclagem dos materiais dessas baterias.

    Uma maneira de separar o cdmio dos demais compostos presentes na bateria realizar o processo de lixiviao cida. Nela,

    tanto os metais (Cd, Ni e eventualmente Co) como os hidrxidos de ons metlicos Cd(OH)2(s), Ni(OH)2(s), Co(OH)2(s)

    presentes na bateria, reagem com uma mistura cida e so solubilizados. Em funo da baixa seletividade (todos os ons

    metlicos so solubilizados), aps a digesto cida, realizada uma etapa de extrao dos metais com solventes orgnicos de

    acordo com a reao:

    M2+

    (aq) + 2HR(org) MR2(org) + 2H+(aq)

    Onde:

    M2+

    = Cd2+

    , Ni2+

    ou Co2+

    HR = C16H34 PO2H: identificado no grfico por X

    HR = C12H12 PO2H : identificado no grfico por Y

    O grfico mostra resultado da extrao utilizando os solventes

    orgnicos X e Y em diferentes pH.

    A reao descrita no texto mostra o processo de extrao dos metais

    por meio da reao com molculas orgnicas, X e Y Considerando-se

    as estruturas de X e Y e o processo de separao descrito, pode-se

    afirmar que

    (A) as molculas X e Y atuam como extratores catinicos uma vez

    que a parte polar da molcula troca o on H+ pelo ction do metal.

    (B) as molculas X e Y atuam como extratores aninicos uma vez

    que a parte polar da molcula troca o on H+ pelo ction do metal.

    (C) as molculas X eY atuam como extratores catinicos uma vez

    que a parte apolar da molcula troca o onPO22

    pelo ction do

    metal.

    (D) as molculas X e Y atuam como extratores aninicos uma vez que a parte polar da molcula troca o on PO22

    pelo ction

    do metal.

    (E) as molculas X e Y fazem ligaes com os ons metlicos resultando em compostos com carter apolar o que justifica a

    eficcia da extrao.

    Figura 1: Extrao de nquel, cdmio e cobalto em funo do

    pH da soluo utilizando solventes orgnicos X e Y.

    Disponvel em: http://www.scielo.br. Acesso em 28 abr.

    2010.

  • Pagina 19 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    QQuueessttoo 5566 (ENEM/2010)

    A fonte de energia representada na figura, considerada uma das mais

    limpas e sustentveis do mundo, extrada do calor gerado

    (A) pela circulao do magma no subsolo.

    (B) pelas erupes constantes dos vulces.

    (C) pelo sol que aquece as guas com radiao ultravioleta.

    (D) pela queima do carvo e combustveis fsseis.

    (E) pelos detritos e cinzas vulcnicas.

    Ziegler, M.F. Energia Sustentvel. Revista Isto. 28 abr. 2010.

    QQuueessttoo 5577 (ENEM/2010)

    Observe a tabela seguinte. Ela traz especificaes tcnicas constantes no manual de instrues fornecido pelo fabricante de

    uma torneira eltrica.

    Considerando que o modelo de maior potncia da verso 220 V da

    torneira suprema foi inadvertidamente conectada a uma rede com

    tenso nominal de 127 V, e que o aparelho est configurado para

    trabalhar em sua mxima potncia. Qual o valor aproximado da

    potncia ao ligar a torneira?

    (A) 1.830 W

    (B) 2.800 W

    (C) 3.200 W

    (D) 4.030 W

    (E) 5.500 W

    Disponvel em:

    http://www.cardeal.com.br.manualprod/Manuais/Torneira%20

    Suprema/ManualTorneiraSupremaroo.pdf

    QQuueessttoo 5588 (ENEM/2010)

    O uso prolongado de lentes de contato, sobretudo durante a noite, aliado a condies precrias de higiene representam fatores

    de risco para o aparecimento de uma infeco denominada ceratite microbiana, que causa ulcerao inflamatria da crnea.

    Para interromper o processo da doena, necessrio tratamento antibitico. De modo geral, os fatores de risco provocam a

    diminuio da oxigenao corneana e determinam mudanas no seu metabolismo, de um estado aerbico para anaerbico.

    Como decorrncia, observa-se a diminuio no nmero e na velocidade de mitoses do epitlio, o que predispe ao

    aparecimento de defeitos epiteliais e invaso bacteriana.

    CRESTA. F. Lente de contato e infeco ocular. Revista Sinopse de Oftalmologia. So Paulo: Moreira Jr., v, n.04, 04. 2002 (adaptado).

    A instalao das bactrias e o avano do processo infeccioso na crnea esto relacionados a algumas caractersticas gerais

    desses microrganismos, tais como:

    (A) A grande capacidade de adaptao, considerando as constantes mudanas no ambiente em que se reproduzem e o

    processo aerbico como a melhor opo desses microrganismos para a obteno de energia.

    (B) A grande capacidade de sofrer mutaes, aumentando a probabilidade do aparecimento de formas resistentes e o

    processo anaerbico da fermentao como a principal via de obteno de energia.

    (C) A diversidade morfolgica entre as bactrias, aumentando a variedade de tipos de agentes infecciosos e a nutrio

    heterotrfica, como forma de esses microrganismos obterem matria-prima e energia.

    (D) O alto poder de reproduo, aumentando a variabilidade gentica dos milhares de indivduos e a nutrio heterotrfica,

    como nica forma de obteno de matria-prima e energia desses microrganismos.

    (E) O alto poder de reproduo, originando milhares de descendentes geneticamente idnticos entre si e a diversidade

    metablica, considerando processos aerbicos e anaerbicos para a obteno de energia.

  • Pagina 20 Simulado 2 - ENEM - GR de Vestibular (1 dia tipo A) Cincias Humanas e Cincias da Natureza

    QQuueessttoo 5599 (ENEM/2012)

    Pesticidas so contaminantes ambientais altamente txicos aos seres vivos e, geralmente, com grande persistncia ambiental.

    A busca por novas formas de eliminao dos pesticidas tem aumentado nos ltimos anos, uma vez que as tcnicas atuais so

    economicamente dispendiosas e paliativas. A biorremediao de pesticidas utilizando microorganismos tem se mostrado uma

    tcnica muito promissora para essa finalidade, por apresentar vantagens econmicas e ambientais.

    Para ser utilizado nesta tcnica promissora, um microrganismo deve ser capaz de

    (A) transferir o contaminante do solo para a gua.

    (B) absorver o contaminante sem alter-lo quimicamente.

    (C) apresentar alta taxa de mutao ao longo das geraes.

    (D) estimular o sistema imunolgico do homem contra o contaminante.

    (E) metabolizar o contaminante, liberando subprodutos menos txicos ou atxicos.

    QQuueessttoo 6600 (ENEM/2011)

    Os personagens da figura esto representando uma situao hipottica de cadeia alimentar.

    Suponha que, em cena anterior apresentada, o homem tenha se alimentado

    de frutas e gros que conseguiu coletar. Na hiptese de, nas prximas cenas,

    o tigre ser bem-sucedido e, posteriormente, servir de alimento aos abutres,

    tigre e abutres ocuparo, respectivamente, os nveis trficos de

    (A) produtor e consumidor primrio.

    (B) consumidor primrio e consumidor secundrio.

    (C) consumidor secundrio e consumidor tercirio.

    (D) consumidor tercirio e produtor.

    (E) consumidor secundrio e consumidor primrio.

    Disponvel em: http://www.cienciasgaspar.blogspot.com.

    QQuueesst