Convec. Nat
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UNIVERSIDADE COMUNITRIA DA REGIO DE CHAPEC
REA DE CINCIAS EXATAS E AMBIENTAIS
CURSO DE ENGENHARIA QUMICA
RELATRIO DE AULA PRTICA
Perfil de Temperatura em
Barras de Seo Circular
Uniforme Conveco Natural
Cleiton Schmidt
Guilherme Brambilla
Lucas Janisch
Talys Reimers
Chapec, fevereiro de 2014.
201
4
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Universidade Comunitria da Regio de Chapec
rea de Cincias Exatas e Ambientais
Curso de Engenharia Qumica
Perfil de Temperatura em Barras de Seo Circular Uniforme Conveco Natural
Relatrio de aula prtica apresentado ao
Curso de ENGENHARIA QUMICA da
UNOCHAPEC pelos acadmicos Cleiton Schmidt,
Guilherme Brambilla, Lucas Janisch e Talys
Reimers, como parte dos requisitos de avaliao da
Disciplina de Laboratrio para Engenharia Qumica
I.
Professor:
Murilo Csar Costelli
Chapec, fevereiro de 2014.
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3
1. RESUMO
Um dos mtodos de propagao de calor atravs da conveco que descreve uma
transferncia da energia trmica, devido um gradiente de temperatura entre uma superfcie
geomtrica qualquer e um fluido em movimento sobre esta superfcie. A conveco natural se
d substancialmente diferena de massa especfica do fluido, e este fato que promove o
movimento do meio. Para este fenmeno existem vrias aplicaes na engenharia. Podem eles
ser o aquecimento ou resfriamento de espaos, aquecimento ou refrigerao de lquidos para
finalidades diversas e muitas outras aplicaes neste segmento.
Em sntese, calculou-se o coeficiente convectivo de transferncia de calor
experimental e o terico para trs barras distintas submersas em banho termosttico,
temperaturas de 50C e 90 C respectivamente. Os valores do h experimental na temperatura
de 50C para as barras de cobre, alumnio e ao inox so, 6,19; 6,22 e 4,9 W/m2.K
simultaneamente, enquanto para 90C, para as barras de cobre, alumnio e ao inox so 7,47;
7,43 e 5,73 W/m2.K. Sendo que os h tericos para as barras de cobre, alumnio e ao inox
analisados pela correlao de Morgan na temperatura de 50C foram respectivamente de
13,36; 4,7 e 4,84 W/m2.K e na temperatura de 90C os valores foram 14,07; 6,49 e 5,3
W/m2.K, assim, obteve-se os menores ndices de erro registrados quando o banho estava
90C.
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4
Sumrio:
1. Resumo............................................................................................................. 3
2. Lista de Figuras. ............................................................................................... 5
3. Lista de Tabelas ................................................................................................ 6
5. Simbologia ....................................................................................................... 7
6. Introduo. ........................................................................................................ 9
6.1 Conduo. ..................................................................................................... 9
6.2 Conveco................................................................................................... 10
7. Objetivo geral ................................................................................................. 12
8. Reviso Bibliogrfica...................................................................................... 13
8.1 Escoamento transversal num Cilindro. ......................................................... 13
8.2 Analogia entre as Camadas Limites. ............................................................ 15
8.3 Correlaes. ................................................................................................ 15
8.4 O Mtodo Emprico. .................................................................................... 17
8.5 Correlaes Empricas para Clculos de Conveco para Cilindro Horizontal
Longo. 17
9. material e mtodos. ......................................................................................... 18
9.1 Materiais. .................................................................................................... 18
9.2 Mtodos ...................................................................................................... 18
9.3 Equipamento. .............................................................................................. 19
10. Resultados e Discusses. ................................................................................. 20
11. Concluses ...................................................................................................... 28
12. Referncias Bibliogrficas .............................................................................. 29
13. Apndices ........................................................................................................ 30
14. Citaes bibliogrficas no texto ...................................................................... 31
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5
2. LISTA DE FIGURAS.
Figura 8.1 Formao e separao da camada limite sobre um cilindro circular em um
escoamento transversal......................................................................................................... 13
Figura 8.2 O efeito da turbulncia sobre a separao ............................................. 14
Figura 9.1 Sistema de tranferncia de calor por conveco natural em barras. ........ 19
Figura 10.1 Temperatura de cada Barra versus distncia do termopar ao banho
termosttico que se encontra a T0 = 50 C............................................................................. 20
Figura 10.2 Temperatura de cada Barra versus distncia do termopar ao banho
termosttico que se encontra a T0 = 90 C.............................................................................. 21
Figura 10.3 Grfico (T-T)/(T0-T) versus posio a T0= 50 C para Barra de
Cobre.. ................................................................................................................................. 22
Figura 10.4 Grfico (T-T)/(T0-T) versus posio a T0= 50 C para Barra de
Alumnio.. ............................................................................................................................ 23
Figura 10.5 Grfico (T-T)/(T0-T) versus posio a T0= 50 C para Barra de Ao
Inox... .................................................................................................................................. 23
Figura 10.6 Grfico (T-T)/(T0-T) versus posio a T0= 90 C para Barra de
Cobre .................................................................................................................................. 24
Figura 10.7 Grfico (T-T)/(T0-T) versus posio para a obteno do (m) para
clculo do h experimental a T0= 90 C para Barra de Alumnio ........................................... 25
Figura 10.8 Grfico (T-T)/(T0-T) versus posio para a obteno do (m) para
clculo do h experimental a T0= 90 C para Barra de Ao Inox ........................................... 25
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6
3. LISTA DE TABELAS.
Tabela 9.1 Constantes de equao de Hipert para o cilindro circular em escoamento
transversal ............................................................................................................................ 16
Tabela 10.1 Temperatura versus Posio nas Barras, para T0= 50 C. .................... 20
Tabela 10.2 Temperatura versus Posio nas Barras, para T0= 90 C. .................... 21
Tabela 10.3 - Valores (T-T)/(T0-T) versus posio a T0= 50 C. ......................... 22
Tabela 10.4 - Valores (T-T)/(T0-T) versus posio a T0= 90 C para Barra de
Cobre, Alumno e Ao Inox. ................................................................................................ 24
Tabela 10.5 Valores de temperatura mdia e temperatura de filme para T0 = 50 C..
............................................................................................................................................ 26
Tabela 10.6 Valores de temperatura mdia e temperatura de filme para T0 = 90 C..
............................................................................................................................................ 26
Tabela 10.7 Valores do coeficitente convectivo para T0 = 50 C... ......................... 26
Tabela 10.8 Valores do coeficitente convectivo para T0 = 90 C. ........................... 26
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7
5. SIMBOLOGIA
Alfabeto Latino:
A rea de seo transversal das barras [m2]
Cp Calor especfico [J/kgK]
D Dimetro das barras [m]
T Temperatura local [K]
P Permetro de seo das barras [m]
L Comprimento total das barras [m]
T Temperatura ambiente [K]
k Condutividade trmica dos materiais das barras [W/mK]
To Temperatura em x=0 [K]
x Coordenada da posio [m]
Difusividade trmica [m/s]
t Tempo [s]
h Coeficiente convectivo de transferncia de calor [m/s]
q Fluxo energtico [W/m]
Tp Temperatura na parede [K]
ub velocidade do fluido na corrente livre [m/s]
Tf Temperatura de filme [K]
Alfabeto Grego:
Massa especfica [kg/m3]
Constantes Adimensionais
Parmetro ajustvel [adimensional]
m Parmetro ajustvel [adimensional]
C Parmetro ajustvel [adimensional]
Nu Nmero de Nusselt [adimensional]
Re Nmero de Reynolds [adimensional]
Pr Nmero de Prandtl [adimensional]
-
8
Teta [adimensional]
Fd Fora de arraste [adimensional]
Cf coeficiente de atrito [adimensional]
-
9
6. INTRODUO.
6.1 Conduo.
A conduo um processo pelo qual o calor flui de uma regio de alta temperatura
para outra de temperatura mais baixa dentro de um meio que pode ser slido, lquido ou
gasoso, ou entre meios diferentes em contato fsico direto. No fluxo de calor por conduo a
energia transmitida por meio de comunicao molecular direta, sem aprecivel
deslocamento das molculas. A temperatura depende da regio interna das molculas de cada
meio, quanto maior a energia interna maior ser a temperatura, conforme (INCROPERA,
1998).
A viso moderna associar a transferncia de energia a ondas na estrutura retculo
induzido pelo movimento atmico. Em um material no condutor, a transferncia de energia
se d exclusivamente atravs dessas ondas, em um condutor, a transferncia se d tambm
atravs do movimento de translao dos eltrons livres.
possvel quantificar os processos de transferncia de calor em termos da equao da
taxa de transferncia de calor apropriadas. Essas equaes so usadas para calcular a
quantidade de energia transferida por unidade de tempo. Para conduo de calor a equao
conhecida como equao de Fourier. Para a parede plana unidimensional mostrada na Figura
1, que apresenta uma distribuio de temperatura T(x), a equao da taxa de transferncia de
calor dada por:
7.1
O fluxo energtico (W/m) a taxa de transferncia de calor na direo x por unidade
de rea perpendicular a direo de transferncia, sendo proporcional ao gradiente de
temperatura, dT/dX, nesta direo. A constante de transporte uma propriedade de transporte
conhecida como condutividade trmica (W/m.K), sendo caracterstica do material na parede.
O sinal de menos uma consequncia do fato que de o calor est sendo transferido no sentido
da diminuio da temperatura. Sob o ponto de transferncia ser linear, o gradiente de
temperatura pode ser expresso como, conforme (INCROPERA, 1998).
7.2
e o fluxo de calor dado por:
7.3
-
10
6.2 Conveco.
Transferncia de calor por conveco o processo executado pelo escoamento do
fluido. O fluido atua como agente transportador da energia que transferida da parede (ou
para a parede). A conveco um mecanismo de transferncia de calor em que as
caractersticas do escoamento afetam, de modo significativo, a taxa de transferncia de calor
entre a parede e o escoamento, conforme (BEJAN, 1996).
Na configurao de escoamento externo, o escoamento envolve o corpo com quem
interage termicamente. A transio entre a temperatura da parede e a temperatura do fluido ao
longo ocorre na regio do escoamento que recobre a parede slida e que denominada de
camada limite.
So de interesse para a engenharia o estudo de vrios sistemas de transporte de calor
com perfis de velocidade em desenvolvimento. Um destes sistemas constitudo por uma
placa plana na qual o aquecimento se inicia a uma certa distncia do bordo de ataque. Neste
caso, a camada limite hidrodinmica j se desenvolveu parcialmente, quando a camada limite
trmica comea a se desenvolver.
Os problemas de escoamento normal em cilindros e esferas so de considervel
importncia, para baixos nmeros de Reynolds, quando no ocorre deslocamento da camada
limite laminar. Pode se obter solues numricas dos balanos diferenciais, no entanto na
maior parte dos casos prticos ocorre deslocamento dos lados do cilindro e ento se deve usar
mtodos empricos.
O problema fundamental da transferncia de calor por conveco a determinao da
relao entre o fluxo do calor numa parede solida (q) e a diferena entre a temperatura na
parede e a no fluido que est em contato com ela (Tp - T).
7.4
Na conveco forada, o movimento relativo entre o fluido e a superfcie mantido
por meios externos, tais como, um ventilar-soprador ou uma bomba, e no pelas foras de
empuxo, que tem sua origem nos gradientes de temperatura no interior do fluido (conveco
natural) (INCROPERA, 1998).
A conveco pode ocorrer onde h escoamentos na transio entre o regime laminar e
o turbulento, ou seja, de um escoamento ordenado para um que apresenta flutuaes
complicadas e que so provocadas por escoamentos secundrios, com escalas muito diversas.
As caractersticas do processo de transferncia de calor por conveco mudam
dramaticamente quando o regime de escoamento passa de laminar para turbulento e vice-
-
11
versa. Alguns problemas so complicados pela presena simultnea de regies onde o
escoamento laminar e outras onde o escoamento turbulento (BEJAN, 1996).
-
12
7. OBJETIVO GERAL
Obter o coeficiente convectivo de transferncia de calor em cada uma das barras
circulares de dimetro de in.
-
13
8. REVISO BIBLIOGRFICA.
8.1 Escoamento transversal num Cilindro.
Os problemas de transportes de calor mais comumente encontrados so aqueles que
tratam do resfriamento ou aquecimento de tubos. Pois caso o fluido esteja sofrendo
aquecimento ou resfriamento o perfil pode ser aterrado devido ao efeito da temperatura sobre
a velocidade, o qual tem a forma de paraboloide. As complicaes com esses problemas so
to grandes, que apenas solues aproximadas foram obtidas. Graetz conseguiu solues para
ambos os casos. No primeiro desprezou as distores de perfil de velocidade supondo as
desprezveis, mantendo em seu trabalho perfil parablico. No outro, admitiu que as distores
so to grandes que o perfil de velocidade numa seo reta do tubo plano. Este tipo de
escoamento chamado de escoamento pistonado. Esta condio pode ser aproximadamente
satisfeita se o liquido em escoamento laminar estiver sendo aquecido pela parede do fluido.
Um outro tipo comum de escoamento externo envolve o movimento de um fluido na
direo normal ao eixo de um cilindro circular. Conforme podemos observar na Figura 8.1 o
fluido da corrente livre levado a repouso no ponto de estagnao dianteiro, com um
consequente aumento de presso. A partir desse ponto, a presso diminui com o aumento de
x, a coordenada da linha de corrente, e a camada limite se desenvolve sob influncia de um
gradiente de presso favorvel. Contudo, a presso atinge um valor mnimo, e na direo da
parte traseira do cilindro a continuao do desenvolvimento da camada limite ocorre na
presena de um gradiente de presso adverso, conforme (INCROPERA, 1998).
Figura 8.1 Formao e separao da camada limite sobre um cilindro circular em um
escoamento transversal.
Na Figura 8.1, a distino entre a velocidade da corrente a montante V e a velocidade
do fluido na corrente livre ub, deve ser observado.
A partir da equao de Euler (ub = 0), no ponto de estagnao, o fluido acelera
devidoo gradiente de presso favorvel, atingindo uma velocidade mxima e desacelera
-
14
devido ao gradiente de presso adversa. medida que o fluido desacelera o gradiente de
velocidade na superfcie torna-se por fim zero. Nessa localizao, conhecida por ponto de
separao, o fluido prximo a superfcie carece de momento suficiente para superar o
gradiente de presso, e a continuao do movimento para jusante se torna impossvel. Uma
vez que o fluido, ao chegar continuamente a esse ponto, obstrui o escoamento na direo
inversa, h a separao da camada limite. Essa uma condio na qual a camada limite
solta da superfcie e uma esteira formada jusante. O escoamento nessa regio
caracterizado pela formao de vrtices e altamente irregular. Este efeito pode ser
observado na Figura 8.2.
Figura 8.2 O efeito da turbulncia sobre a separao.
A ocorrncia de transio na camada limite, que depende do nmero de Reynolds,
influencia significativamente a posio do ponto de separao. Para o cilindro circular, o
comprimento caracterstico o dimetro, e o nmero de Reynolds definido pela expresso:
Uma vez que o momento do fluido em uma camada limite turbulenta superior ao
momento em uma camada limite laminar, razovel esperar que a transio entre os regimes
retarde a ocorrncia da separao da camada limite.
Se Reynolds < 2x105, a camada limite permanece laminar, e a separao ocorre em =
80. Entretanto, se Reynolds 2x105, ocorre transio na camada limite e a separao
retardada at = 140.
Os processos anteriores influenciam fortemente a fora de arrasto, Fd, que atua sobre o
cilindro. Essa fora possui contribuies, uma das quais devida tenso de cisalhamento da
camada limite sobre a superfcie, a grande reduo no Cd, que ocorre para Reynolds 2x105,
devida transio na camada limite que retarda a separao, reduzindo a extenso da regio
da esteira e a magnitude do arrasto de forma, conforme (INCROPERA, 1998).
-
15
8.2 Analogia entre as Camadas Limites.
A teoria da camada limite permitiu a soluo de problemas com escoamentos viscosos,
o que seria impossvel pela aplicao das equaes da Navier Stokes, ao campo do
escoamento completo.
Na camada limite tanto as foras viscosas quanto as de inercia so importantes. Por
isso no surpreendente que o nmero de Reynolds seja significante na caracterizao do
escoamento na camada limite.
Como Engenheiros, nosso interesse com relao ao comportamento das camadas
limites esta direcionada principalmente para os parmetros adimensionais Cf, Nu, Pr e Sh.
Com o conhecimento destes, podemos calcular a tenso de cisalhamento na parede e as taxas
de transferncia de calor por conveco e massa (INCROPERA, 1998).
Nmero de Prandtl:
8.1
Nmero de Nusselt:
8.2
logo,
8.3
8.3 Correlaes.
So muitas as correlaes empricas para a transferncia de calor entre um cilindro
longo e um escoamento que apresenta velocidade e temperatura, respectivamente, iguais a u
e T.
Uma correlao, baseada em dados experimentais de vrias fontes independentes, foi
desenvolvida por Churchill e Bernstein:
8.4
-
16
Essa equao vlida desde que o nmero de Peclet, seja maior que 0,2. PeD = (ReD
Pr). Outra correlao foi proposta por Nakai e Okazaki para os casos onde Pe < 0,2.
8.5
Essa equao fornece bons resultados quando o fluido que escoa sobre o cilindro o
ar, como o nosso caso. Entretanto ela no foi testada para uma faixa do nmero de Prandtl.
Hipert desenvolveu uma correlao para gases e Knudsen e Katz para lquidos, a partir
de dados experimentais indicaram a seguinte correlao para o clculo do coeficiente mdio
da transferncia de calor:
8.6
Onde: C e m so tabelados e indicados na Tabela 8.1. As propriedades fsicas a ser
utilizadas devem ser avaliadas na temperatura de filme. Sendo definida como mdia
aritmtica da temperatura da parede e a do escoamento livre:
8.7
Tabela 8.1 Constantes de equao de Hipert para o cilindro circular em escoamento
transversal.
As correlaes apresentadas acima foram obtidas a partir de dados experimentais com
fluido como o ar, gua e slidos lquidos. As propriedades fsicas devem ser obtidas na
temperatura de filme (pelcula), segundo (INCROPERA, 1998).
-
17
8.4 O Mtodo Emprico.
Uma forma de obter experimentalmente uma correlao para a transferncia de calor
por conveco para uma forma geomtrica qualquer, como uma placa plana, aquecer
eletricamente de modo a manter TS > T, a transferncia de calor por conveco ira ocorrer de
sua superfcie para o fluido. uma tarefa simples medir os valores de TS e T, bem como a
potncia eltrica, E * I, que igual a taxa total de transferncia de calor q.
8.8
O coeficiente de transferncia por conveco h, que representa uma media ao longo de
toda a placa pode ento ser calculado pela lei do resfriamento de Newton, alm disso, com o
conhecimento do comprimento caracterstico L e das propriedades do fluido, os nmeros de
Nusselt, Reynolds e Prandtl podem ser determinados com base em suas definies.
8.9
8.5 Correlaes Empricas para Clculos de Conveco para Cilindro
Horizontal Longo.
As correlaes so adequadas para a maioria dos clculos de engenharia e encontram-
se, em geral, sob a forma:
8.10
Onde Ra o nmero de Rayleigh:
8.11
Sendo que todas as propriedades so avaliadas na temperatura de filme (Tf).
-
18
9. MATERIAL E MTODOS.
9.1 Materiais.
Barra de Cobre in (A);
Barra de Alumnio in (B);
Ao Inox in (C);
Banho Termosttico;
gua;
Isopor;
Termopares;
Indicador de Temperatura.
9.2 Mtodos
Inicialmente encheu-se o recipiente do banho termosttico com gua at
aproximadamente do seu volume. Aps verificao sobre a imerso das barras em gua,
mediu-se a temperatura ambiente em que as barras se encontravam, tomando como padro a
mdia das temperaturas de todos os pontos das barras antes de ligar o banho termosttico.
Regulou-se a temperatura do banho termosttico (fonte quente) para a temperatura de
50C e, imediatamente, monitorou-se todas as temperaturas em cada ponto das barras at a
estabilizao completa (regime estacionrio). Esperou-se atingir o regime permanente de
transferncia de calor e ento comeou-se a registrar as temperaturas em cada posio (x) de
cada barra inclusive da fonte quente.
Regulou-se a temperatura do banho termosttico para a temperatura de 90C e
procedeu-se como anteriormente.
-
19
9.3 Equipamento.
Figura 9.1 Sistema de tranferncia de calor por conveco natural em barras.
-
20
10. RESULTADOS E DISCUSSES.
Para a realizao deste experimento foram consideradas as seguintes hipteses:
Propriedades fsicas constantes;
Direo da conduo de calor unidirectional ao longo da barra;
Transferncia de calor por radiao desprezvel;
Regime estacionrio.
Na tabela abaixo sero representados os resultados obtidos para as barras de cobre,
alumnio e ao inox, para a temperatura do banho de 50 C.
Tabela 10.1 Temperatura versus Posio nas Barras, para T= 50 C.
Termopares Posio (m) Barra Cobre
(C)
Barra Alumnio
(C)
Barra Ao Inox
(C)
1 0,02 322,15 323,15 315,15
2 0,07 319,15 318,15 304,15
3 0,14 315,15 314,15 301,15
4 0,21 309,15 310,15 301,15
5 0,28 307,15 307,15 301,15
6 0,35 305,15 305,15 301,15
7 0,42 303,15 304,15 301,15
8 1 301,15 302,15 301,15
Os resultados da Tabela 10.1 acima esto representados na Figura 10.1 abaixo:
Figura 10.1 Temperatura de cada Barra versus distncia do termopar ao banho
termosttico que se encontra a T0 = 50 C.
0
10
20
30
40
50
60
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Tem
per
atu
ra d
a B
arra
(C
)
Posio (m)
Barra Cobre
Barra Aluminio
Barra Ao Inox
-
21
Na tabela abaixo sero representados os resultados obtidos para as barras de cobre,
alumnio e ao inox, para a temperatura do banho de T0 = 90 C.
Tabela 10.2 Temperatura versus Posio nas Barras, para T0 = 90 C.
Termopares Posio (m) Barra Cobre
(C)
Barra Alumnio
(C)
Barra Ao Inox
(C)
1 0,02 351,15 351,15 333,15
2 0,07 343,15 341,15 310,15
3 0,14 332,15 331,15 302,15
4 0,21 325,15 324,15 301,15
5 0,28 319,15 317,15 301,15
6 0,35 314,15 313,15 301,15
7 0,42 310,15 308,15 301,15
8 1 302,15 303,15 301,15
Os resultados da Tabela 10.2 acima esto representados na Figura 10.2 abaixo:
Figura 10.2 Temperatura de cada Barra versus distncia do termopar ao banho termosttico
que se encontra a T0 = 90 C.
Na tabela a seguir, encontram-se os resultados obtidos para determinar o coeficiente
convectivo (h) experimental, clculos para a identificao do parmetro m, que foi obtido
atravs da plotagem do grfico ((T-T)/(T0-T)) VS posio, na temperatura do banho de 50
C.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Tem
per
atu
ra d
a B
arra
(C
)
Posio (m)
Barra Cobre
Barra Aluminio
Barra Ao Inox
-
22
Tabela 10.3 - Valores (T-T)/(T0-T) versus posio a T0= 50 C.
Termopares Posio (m) Barra Cobre Barra
Alumnio
Barra Ao Inox
1 0,02 0,95652 1,00000 0,65217
2 0,07 0,82609 0,78261 0,17391
3 0,14 0,65217 0,60870 0,04348
4 0,21 0,39130 0,43478 0,04348
5 0,28 0,30435 0,30435 0,04348
6 0,35 0,21739 0,21739 0,04348
7 0,42 0,13043 0,17391 0,04348
8 1 0,04348 0,08696 0,04348
Nas Figuras 10.3, 10.4 e 10.5, foram plotados os dados da Tabela 10.3 para a Barra de
Cobre, de Alumno e Ao Inox, respectivamente, em funo da posio, que atravs da
equao da reta pode-se retirar o parmetro m que o que acompanha o x numa equao do
tipo y = eax
, para o clculo do h experimental, para a temperatura do banho de 50 C.
Figura 10.3 Grfico (T-T)/(T0-T) versus posio a T0= 50 C para Barra de Cobre.
y = 0,8375e-3,241x R = 0,9316
0,00000
0,10000
0,20000
0,30000
0,40000
0,50000
0,60000
0,70000
0,80000
0,90000
1,00000
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(T-T
oo
)/(T
o-T
oo
)
Posio (m)
-
23
Figura 10.4 Grfico (T-T)/(T0-T) versus posio a T0= 50 C para Barra de Alumnio.
Figura 10.5 Grfico (T-T)/(T0-T) versus posio a T0= 50 C para Barra de Ao Inox.
Na Tabela a seguir, encontram-se os resultados obtidos para determinar o coeficiente
convectivo (h) experimental, clculos para a identificao do parmetro m, que foi obtido
atravs da plotagem do grfico ((T-T)/(T0-T)) versus posio, na temperatura do banho de
50 C.
y = 0,7499e-2,482x R = 0,8655
0,00000
0,10000
0,20000
0,30000
0,40000
0,50000
0,60000
0,70000
0,80000
0,90000
1,00000
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(T-T
oo
)/(T
o-T
oo
)
Posio (m)
y = 0,4178e-10,03x R = 0,7447
0,00000
0,10000
0,20000
0,30000
0,40000
0,50000
0,60000
0,70000
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(T-T
oo
)/(T
o-T
oo
)
Posio (m)
-
24
Tabela 10.4 - Valores (T-T)/(T0-T) versus posio a T0= 90 C para Barra de Cobre,
Alumno e Ao Inox.
Termopares Posio (m) Barra Cobre Barra
Alumnio
Barra Ao Inox
1 0,02 0,80952 0,80952 0,52381
2 0,07 0,68254 0,65079 0,15873
3 0,14 0,50794 0,49206 0,03175
4 0,21 0,39683 0,38095 0,01587
5 0,28 0,30159 0,26984 0,01587
6 0,35 0,22222 0,20635 0,01587
7 0,42 0,15873 0,12698 0,01587
8 1 0,03175 0,04762 0,01587
Nas Figuras 10.6, 10.78 e 10.8, foram plotados os dados da Tabela 11.4 para a Barra
de Cobre, de Alumno e Ao Inox, respectivamente, em funo da posio, que atravs da
equao da reta pode-se retirar o parmetro m que o que acompanha o x numa equao do
tipo y = eax
, para o clculo do h experimental, para a temperatura do banho de 90 C.
Figura 10.6 Grfico (T-T)/(T0-T) versus posio a T0= 90 C para Barra de Cobre.
y = 0,7884e-3,328x R = 0,9888
0,000000000
0,100000000
0,200000000
0,300000000
0,400000000
0,500000000
0,600000000
0,700000000
0,800000000
0,900000000
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(T-T
oo
)/(T
o-T
oo
)
Posio (m)
-
25
Figura 10.7 Grfico (T-T)/(T0-T) versus posio para a obteno do (m) para
clculo do h experimental a T0= 90 C para Barra de Alumnio.
Figura 10.8 Grfico (T-T)/(T0-T) versus posio para a obteno do (m) para
clculo do h experimental a T0= 90 C para Barra de Ao Inox.
Nas Tabelas 10.5 e 10.6 esto representados os valores da temperature mdia e da
temperatura de filme para as Barras de Cobre, Alumno e Ao Inox, nas respectivas
temperaturas de banho, sendo que para o clculo da temperature mdia, considerou-se a
temperatura do banho como sendo a temperatura inicial da barra.
y = 0,6829e-2,916x R = 0,9344
0,000000000
0,100000000
0,200000000
0,300000000
0,400000000
0,500000000
0,600000000
0,700000000
0,800000000
0,900000000
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(T-T
oo
)/(T
o-T
oo
)
Posio (m)
y = 0,3041e-10,49x R = 0,7924
0,000000000
0,100000000
0,200000000
0,300000000
0,400000000
0,500000000
0,600000000
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
(T-T
oo
)/(T
o-T
oo
)
Posio (m)
-
26
Tabela 10.5 Valores de temperatura mdia e temperatura de filme para T0 = 50 C.
Barro Cobre (K) Barro Alumnio (K) Barra Ao Inox (K)
Tf 305,213 305,338 301,713
Tm 310,275 310,525 303,275
Tabela 10.6 Valores de temperatura mdia e temperatura de filme para T0 = 90 C.
Barro Cobre (K) Barro Alumnio (K) Barra Ao Inox (K)
Tf 312,400 311,900 303,375
Tm 324,650 323,650 306,400
Na Tabela 10.7 esto dispostos os valores obtidos do coefiente convectivo terico,
calculado pelo correlao de Morgan, coeficiente convectivo experimental, calculado pela
correlao de Nusselt (8.10) e Rayleigh (8.11), assim como o desvio do coeficente convectivo
experimental do terico.
Tabela 10.7 Valores do coeficitente convectivo terico e experimental para T0 = 50 C.
Barro Cobre
(W/mK)
Barro Alumnio
(W/mK)
Barra Ao Inox
(W/mK)
Terico 13,39 4,70 4,84
Experimental 6,19 6,22 4,90
Desvio (%) 115,84 24,48 1,23
Tabela 10.8 Valores do coeficitente convectivo terico e experimental para T0 = 90 C.
Barro Cobre
(W/mK)
Barro Alumnio
(W/mK)
Barra Ao Inox
(W/mK)
Terico 14,07 6,49 5,30
Experimental 7,49 7,43 5,73
Desvio (%) 87,88 12,66 7,49
De acordo com as Tabelas 10.7 e 10.8 observa-se que o coeficiente convectivo
experimental teve um pequeno desvio com relao ao terico, exceto para a barra de Cobre,
que devido a sua alta condutividade mostrou valores bastante divergentes com relao ao
coeficiente convectivo terrio, isso j era esperado, pois, nem sempre se alcanam os
resultados tericos. Uma possvel causa o fato de as barras no estarem isoladas
termicamente.
Para as barras de cobre (A), alumnio (B) e ao inox (C) foram feitos clculos para a
obteno dos coeficientes convectivos tericos usando-se a correlao de Nusselt,
representada pela equao 8.10. Para a barra de ao inox foram desprezados alguns pontos,
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27
pois no houve mais variao da temperatura a partir de aproximadamente 0,15 - 0,2m da
fonte quente, como observa-se nas Tabelas 10.2 e 10.3, e isso se deve ao fato do ao ser um
material pouco condutivo. O desprezo de alguns pontos para a barra de ao inox (C) foi feito
para se obter uma maior preciso nos coeficientes convectivos experimentais. Com o uso de
tais pontos, os grficos de disperso da posio trariam maior erro no clculo do coeficiente
convectivo experimental.
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28
11. CONCLUSES
Observa-se que a transferncia de temperatura em cada barra foi diferente devido a
diferena de condutividade trmica de cada material analisado aqui. Para a barra de ao inox,
observou-se que o seu comportamento semelhante ao de um slido infinito, pois no houve
aumento significativo da temperatura aps 0,15 a 0,2m ao longo da barra.
Os erros encontrados neste experimento so principalmente porque as barras no
estavam isoladas termicamente, conforme j citado anteriormente, ou ainda a leitura dos
termopares nas barras.
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29
12. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
INCROPERA, FRANK P.; DEWITT, DAVID P.: Fundamentos de Transferncia
de Calor e Massa, 4 Edio. LTC Editora, 1998.
BEJAN, A. Transferncia de Calor. So Paulo: Edgard Blucher, 1996. 540 p.
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13. APNDICES
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14. CITAES BIBLIOGRFICAS NO TEXTO