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Revista Ciência Online / 2009 Volume 3 • 2º Trimestre • Página 383 a 393
ARTIGO DE REVISÃO
APLICAÇÃO DO MODELO DAS CARGAS CONCENTRADAS DE FORÇA A UMA EQUIPE DE FUTEBOL PROFISSIONAL.
Daniel Alves Ferreira Junior¹,², Helton de Sá Souza², Luara Gabriely Borges Pinheiro². 1-Brescia Grande Rio Futebol Clube. Queimados - RJ 2-UniFOA – Centro Universitário de Volta Redonda. Volta Redonda – RJ. Brasil.
RESUMO
A principal atividade do jogador de futebol é a corrida, sendo que o mesmo desloca-se em velocidades e distâncias variadas, envolvendo acelerações e frenagens durante a execução de suas ações competitivas. Portanto, a força e potência muscular ganham destaque no futebol. Considerando as diversas metodologias propostas à periodização do treinamento físico no futebol, observa-se que o grande diferencial de uma equipe pode ser a capacidade de atingir níveis ótimos de força e potência muscular em um período reduzido de preparação somado ao volume de treinamentos técnico-táticos e competições. Este estudo ocupa-se de uma metodologia de desenvolvimento da força e potência muscular em jogadores profissionais de futebol do sexo masculino. Trata-se de uma proposta de adequação do modelo das cargas concentradas de força proposto por Oliveira (2008) adaptado do modelo de periodização em blocos proposto por Verkhoshansky (2001) às características do treinamento físico no desporto futebol aplicado em um clube de futebol profissional do interior do estado do Rio de Janeiro.
Palavras chave: futebol, potência muscular, cargas concentradas de força.
ABSTRACT
The main soccer player activity is running in various speed and distances, with accelerations and breaks in their competitive actions. However, strength and power stand out. Considering diverse methods of planning physical training in soccer, the high differential of a team may be capacity to get great strength and power levels in a short term adding technical and tactic trainings and matches. This article is about a method of strength and power development in male professional soccer players. An proposal of adjustment of strength concentration loads model by Oliveira (2008) adapted from Verkhoshansky (2001) Block periodization to physical training characteristics applied in a soccer professional team of Rio de Janeiro.
Key words: Soccer, Muscle Power, Strength Concentration loads.
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1. INTRODUÇÃO
Este estudo pretende ocupar-se de uma metodologia de desenvolvimento da força
e potência muscular em jogadores profissionais de futebol do sexo masculino. Trata-se da
adequação do modelo das cargas concentradas de força proposto por Oliveira (2008)
adaptado do modelo de periodização em blocos proposto por Verkhoshansky (2001) às
características do treinamento físico no desporto futebol.
Nos últimos anos é notório que o futebol tem passado por uma grande evolução
devido à participação da ciência. A fisiologia do exercício, metodologia de treinamento,
biomecânica, nutrição esportiva, oftalmologia, odontologia, fisioterapia, psicologia,
cardiologia estão a cada dia contribuindo para a evolução do esporte, já que agem em um
conjunto e são fundamentais para um bom desempenho da equipe.
O futebol é uma atividade intermitente que envolve esforços de alta intensidade e
curta duração. Aproximadamente 88% de uma partida de futebol envolvem atividades
aeróbias e os 12 % restantes atividades anaeróbicas de alta intensidade. A principal
atividade do jogador é a corrida, sendo que o mesmo desloca-se em velocidades e
distâncias variadas, envolvendo acelerações e frenagens durante a execução de suas
ações competitivas. Somando-se ao fato de quase sempre as corridas precederem uma
ação específica como um passe, cabeceio, etc. Em geral, a distância percorrida pelos
jogadores durante uma partida também dependerá da qualidade do oponente, do nível da
competição, de considerações táticas, da importância do jogo, da motivação dos
jogadores, do tipo de grama e das condições ambientais. (EKBLOM, 1993; REILLY e
THOMAS, 1996; BANGSBO, 1994; BARROS e GUERRA, 2004).
Os jogadores dos clubes de primeira divisão têm o nível de intensidade de
exercícios mais alta do que jogadores de divisões inferiores, isso nos mostra que há uma
relação entre qualidade do jogo e quantidade de exercícios de alta intensidade durante o
mesmo (BARROS e GUERRA, 2004).
Para jogadores profissionais, a duração total de exercícios de alta intensidade
durante o jogo é de cerca de 7 min. Isso inclui uma média de 130 sprints com duração de
2 segundos. A distância média percorrida por um jogador é de 10,80km. No primeiro
tempo é 5% maior do que no segundo. A maior parte da energia demandada pelo futebol
é de natureza submáxima e aeróbia com períodos de exercícios de alta intensidade raros
e curtos. (LÓPEZ, 2000; EKBLOM, 1993; BANGSBO, 1994; KIRKENDALL, 1993;
BARROS E GUERRA, 2004). Portanto, de acordo com os dados apresentados mediante
literatura especializada, a força e potência muscular ganham destaque no futebol, pois
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uma boa condição de força explosiva incide na estrutura de rendimento no jogo e no nível
dos músculos, principalmente nos membros inferiores. Sendo assim, em uma partida de
futebol, a corrida e o salto, além das ações motoras específicas, como os chutes,
cabeceios, lançamentos, demonstram ter uma importância v i ta l ao jogo.
A força é uma grandeza física, um suporte para execução de ações motoras, é a
causa dos movimentos (WEINECK, 2004). Para o treinamento desportivo, força é a
capacidade de o atleta superar resistências ao seu movimento. É importante que se tenha
um trabalho físico anual com pesos, pois isso possibilita a manutenção do tônus muscular
e a estabilidade funcional dos músculos e articulações. É fundamental treinar variando a
carga, assim o músculo se adapta a intermitência do jogo.
Através da pesquisa de revisão bibliográfica que consiste no exame da literatura
científica, para levantamento e análise do que já se produziu sobre determinado tema, o
presente estudo visa analisar o ganho de força utilizando a metodologia de cargas
concentradas de força especial e como essa força desenvolve a potência muscular do
atleta profissional de futebol do sexo masculino e na elaboração de uma proposta de
periodização para a temporada 2009 de um clube de futebol da baixada fluminense. De
acordo com Golomazov e Shirva (1997), citado por Oliveira (2008) a capacidade especial
de trabalho do futebolista desenvolve-se frente ao grande volume de treinos técnicos e
táticos, realizados em intensidade suficiente para a elevação do desempenho, cuja
essência consiste em praticar exercícios com o maior esforço muscular possível. Desse
modo, as adaptações neuromusculares ganham uma importância significativa dentro do
contexto da preparação física dos futebolistas atuais.
2- REVISÃO DE LITERATURA
2.1- Cargas Concentradas de Força:
O Sistema de Treinamento de Cargas Concentradas de Força foi originalmente
destinado aos desportos de força-velocidade. Depois é que houve experimentos em
outros tipos de modalidades como os jogos desportivos, as modalidades cíclicas, dentre
outras.
O sistema de treinamento de Cargas Concentradas de Força também conhecido
com Sistema de Treinamento em Bloco, preconiza que se desenvolva na etapa básica de
treinamento, um grande volume de cargas de força especial, estabelecendo que o
sistema de treinamento da força especial seja concentrado (em blocos) opondo a idéia de
treinamento distribuído no tempo. As cargas concentradas possibilitam a criação de uma
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alteração mais pronunciada no estado funcional do organismo em relação ao modelo de
carga distribuída (OLIVEIRA, 2008).
No Sistema de Treinamento das Cargas Concentradas de Força, dentro do
macrociclo, existem três etapas que estão interligadas de maneira seqüencial. A primeira
etapa, que é na preparação básica, tem se como objetivo o aumento do potencial motor
do atleta. Este objetivo é garantido pela preparação de força especial, voltada para o
trabalho de desenvolvimento da resistência muscular local. Na segunda etapa, a pré
competitiva o objetivo é o aumento de treinamento através do aumento progressivo da
velocidade de deslocamento no exercício de competição. Já na etapa de competições,
que é a terceira etapa, continua com o objetivo de se aumentar a velocidade de
deslocamento até se atingir a maior velocidade média possível na distância competitiva,
nas principais competições. Segundo Verkhoshansky (1990), citado em Oliveira (2008), a
concentração de cargas no tempo, durante a etapa básica, gera uma fadiga momentânea
e de curto prazo, em diferentes sistemas de do organismos que impossibilitam nessa
etapa manifestação de níveis elevados das capacidades funcionais.
Nessa etapa, há uma diminuição dos indicadores funcionais dos atletas, mas ao
final da etapa básica e no início da etapa pré-competitiva, ocorre a aceleração dos
processos de recuperação do organismo devido devido a modificação no enfoque da
carga de treinamento. Na etapa pré-competitiva ocorre a intensificação dos exercícios, e o
organismo já é capaz de suportar as cargas relacionadas ao metabolismo específico da
prova.
Esse método de sistema de treinamento de cargas concentradas de força é
adequado para atletas de alto nível e sua utilização permite diminuir entre 13-15% o
volume anual de carga de força em relação ao método tradicional (Oliveira, 2008).
Além de muitas vantagens desse sistema de treinamento, há um ponto negativo.
Com a aplicação de cargas volumosas de força, acontece uma redução nos níveis de
força rápida, refletindo de modo negativo na capacidade especial de rendimento do atleta,
tornando mais difícil a resolução dos problemas relacionados a técnica e a velocidade dos
movimentos.
Para Verkhoshansky (1990) citado em Oliveira (2008), o aumento do volume dos
meios da preparação especial de força no treinamento de velocistas produz
momentaneamente um aumento da rigidez muscular e redução das capacidades nas
tarefas de força explosiva. Nesse período, o aperfeiçoamento da técnica e da velocidade
da corrida apresenta se desfavorável, assim como aumenta sensivelmente a
probabilidade de ocorrência de lesão.
387
2.2- FORÇA NO FUTEBOL: Formas de Manifestação
O futebol é uma modalidade de longa duração e, assim, seria considerado uma
atividade aeróbia se fosse uma atividade contínua e cíclica. Mas o futebol é uma prática
com esforços intermitentes acíclicos, que variam a cada lance do jogo. Assim, existem
momentos de sprints curtos, onde a via metabólica usada é a anaeróbia alática e
momentos de sprints longos, onde se usa a via metabólica lática. (BARROS e GUERRA,
2004).
Durante o jogo, o atleta usa da via metabólica aeróbia para a sua recuperação nos
intervalos de esforços, quando o mesmo está parado ou caminhando em campo. No jogo
de futebol, ocorrem atividades intermitentes, de alta intensidade, como acelerações e
mudanças de direção nas mais variadas ações dentro de campo. Quaisquer mudanças de
direções durante a corrida é causada por um impulso externo a partir do solo e quanto
mais rápida for a mudança de direção, maior será a força aplicada em menos tempo de
contato com o solo. Portanto, é notável que uma melhora na força muscular, velocidade e
agilidade são fundamentais para o desempenho dos atletas durante uma partida.
(WEINECK, 2003 LÓPEZ, 2000; EKBLOM, 1993; BANGSBO, 1994; KIRKENDALL, 1993;
BARROS E GUERRA, 2004)
A força no futebol é considerada um restritivo devido as suas diferentes
manifestações e o jogador de futebol necessita muito desse fator. O futebolista depende
da força em vários aspectos: como salto, chutes, lançamentos e arrancadas; prevenção
de lesões; manutenção da postura, entre outros. A força explosiva, ou força rápida, é a
mais importante para o jogador de futebol, e ela deve ser correlacionada com a força
máxima e resistência de força. Para o desenvolvimento da força máxima, busca-se o que
o futebolista mais usa, que são os membros inferiores. Mas não se busca uma hipertrofia
máxima, pois isso pode acarretar em um aumento do peso do atleta, prejudicando a
resistência aeróbia. Para se aprimorar a coordenação intramuscular é usado no
treinamento da força rápida, o treinamento pliométrico, que consiste em um trabalho
dinâmico que em um só movimento se usam a força positiva e negativa (excêntrica e
concêntrica). Esse teste também é conhecido como teste de saltos, onde os saltos são
modificados periodicamente, podendo ser realizados com as duas pernas, maior e menor
distância, alturas diferentes, saltos para frente e para trás.
Um dos principais fatores para a melhora da impulsão vertical no atleta de futebol, é
a melhora na capacidade de força explosiva, melhora que também aumenta,
significativamente, a velocidade e a aceleração dos futebolistas. Jogadores de alta
performance, possuem maior proporção de força explosiva que jogadores de divisões
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inferiores. Então, somente com treino de força integrado ao jogo, é possível melhorias nos
parâmetros da categoria de força explosiva.
A força explosiva é muito importante para tais atletas, e se trabalhar a resistência de
força explosiva, também é de grande importância, pois ela faz com que o jogador consiga
agir com movimentos velozes em um longo período de tempo, sem diminuição
significativa na força do chute, salto ou arranque. Desenvolve-se esse tipo de força
geralmente em situações de jogo, como chutes a gol, mas de forma dinâmica, de acordo
com o método de repetição. Dependendo do estado físico do jogador, deve-se variar as
técnicas de treinamento de força, para não diminuir a performance do atleta.
Então, a força explosiva, é de fato, quando se refere a força mais importante e mais
apontada em relação ao jogador de futebol, se analisarmos as forças de movimentos
numa partida de futebol. Exemplos do uso da força nas acelerações são as finalizações,
os saltos, as frenagens, as paradas abruptas, as mudanças de direção, e a fase inicial de
corridas e saltos. O futebol é composto de ações explosivas e dinâmicas, que exigem
força rápida e resistência muscular. A força máxima também é importante, mais muitas
vezes ela é subestimada em relação aos seu métodos e critérios para sua realização no
treinamento, muitos atletas e técnicos tem uma visão de que o treinamento de força
máxima torna os jogadores mais pesados e lentos, técnicos não conhecem ainda a
relação entre o treinamento de força máxima e a força explosiva, jogadores recusam o
treinamento que não se assemelha com o jogo, entre outros. A outra categoria de força
necessária ao futebol, é a resistência de força. A formação da resistência de força tem um
papel importante ao condicionamento físico geral do jogador de futebol, especialmente em
relação a musculatura auxiliar (WEINECK, 2003). Para o desenvolvimento da resistência
de força, os métodos utilizados se diferenciam ao treinamento da força máxima e
explosiva. Assim, devem-se trabalhar os músculos abdominais e dorsais, que são
responsáveis pela postura corporal.
2.3- METODOLOGIA DE TREINAMENTO: Cargas Concentradas de Força no
Futebol
O futebol é uma modalidade esportiva onde o desempenho do jogador é
determinado pelo envolvimento de diferentes capacidades biomotoras, ou seja, o bom
desempenho do futebolista depende do conjunto de habilidades, capacidades e
qualidades que são interligadas e assim, complementam-se. “A estrutura metodológica de
organização do treinamento físico tem feito um trabalho de preparação generalizada,
seguindo a linha de Matveev que é o modelo das cargas distribuídas de força, que é a
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divisão organizada do treino anual ou semestral, que tem como meta preparar o
desportista para a obtenção de objetivos previamente estabelecidos” (OLIVEIRA, 2008).
Os exercícios aeróbios são os que tradicionalmente são mais predominantes durante a
preparação física do futebolista, dando ênfase aos estímulos cardiorrespiratórios sobre os
neuromusculares, por se acreditar que os exercícios cardiorrespiratórios dão sustento
para o desenvolvimento de outras capacidades mais especificas. Para GOLOMAZOV E
SHIRVA apud OLIVEIRA (2008) a capacidade especial de trabalho do futebolista
desenvolve-se frente ao grande volume de treinos técnicos e táticos, realizados em
intensidade suficiente para a elevação do desempenho, cuja essência consiste em
praticar exercícios com o maior esforço muscular possível. Assim, as adaptações
neuromusculares ganham maior importância dentro do contexto da preparação física dos
futebolistas atuais. Devido o futebol ser uma modalidade onde se tem um período muito
curto entre as competições, a estruturação de seu treinamento não pode ser baseada nas
concepções clássicas de periodização. O modelo de cargas concentradas de força,
proposta por Verkhoshansky, que como citado anteriormente, é um modelo que implica o
emprego de um grande volume concentrado de preparação física especial com o objetivo
de provocar uma alteração profunda e prolongada da homeostase do corpo com a
diminuição da magnitude dos diferentes marcadores funcionais externos. Na sequência,
deve ser programado um período de redução dos volumes da carga para propiciar ótimas
condições para que o organismo se recupere e, consequentemente, manifeste o
fenômeno Efeito Posterior Duradouro de Treinamento (EPDT) (OLIVEIRA, 2008). Essa
forma de adaptação compensatória decorrente da concentração de força, deve ser
aplicada de maneira controlada, para que a intensidade e duração da alteração não
ultrapasse os níveis ótimos por isso, as cargas concentradas de força são recomendadas
para atletas de alto nível, para que se evite comprometer o processo de adaptação pelo
overtraining.
O treinamento baseado em microciclos desenvolve uma proposta analítico-sintética,
organizados em uma cadeia de tipo seqüência. Através do método proposto por
Verkhoshansky, que é o método programático-finalizado, que parte da utilização de
tarefas concretas de trabalho muscular intenso, durante uma etapa prolongada (3-5
meses) de preparação, seguida de um programa de treinamento técnico e competições
que garantam a concretização de uma alta capacidade de rendimento (OLIVEIRA, 2008).
Para o aumento da capacidade competitiva dos atletas, deve-se reproduzir o modelo de
competição durante os treinos, programar frequentemente as competições de controle e
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parciais e intervir no exercício competitivo devido ao alto grau de estímulo que essas
situações representam.
É esse modelo de treinamento que TOLEDO, apud OLIVEIRA (2008), defende como
melhor contribuinte para o desenvolvimento da preparação física do futebolista.
Modelo utilizado na equipe Brescia Grande Rio Futebol Clube para a temporada
2009. Campeonato estadual do Rio de Janeiro 2ª divisão de profissionais.
SEMANA 04 a 10 11 a 17 18 a 24 25 a 31 01 a 07 08 a 14 15 a 21 22 a 28 29 a 05 06 a 12 BLOCO A1 A2 B1 B2
PERÍODO PREPARATÓRIO 1 PREPARATÓRIO 2
AT
IVID
AD
ES
Fortalecimento Geral e especial; Musculação –
exercícios de força máxima geral; Multisaltos
(pliometria) exercícios funcionais de estabilização
articular.
Exercícios de saltos, agachamentos e
acelerações de curta distância;pliometria;
exercícios de fortalecimento geral e de estabilização
articular.
Aumento da especialização
nos exercícios de saltos,
agachamentos e acelerações de curta distância
através da inclusão de gestos
técnicos ; exercícios funcionais
estabilização articular.Exercício
s de Coordenação.
Exercícios de mobilização e coordenação
neuromuscular e acelerações curtas
(até 30 m) com ações técnicas específicas por
posição
OB
JET
IVO
S
Início da adaptação metabólica geral e
especial; estimulação inicial da força máxima
geral e especial
Adaptação metabólica (aeróbia e anaeróbia a
partir do volume de exercícios de força.
Adaptações neurais e periféricas – aumento da
força máxima.
Estabilização da Força máxima
especial e aumento da velocidade
segmentar (força explosiva)
Adaptação especial da Força máxima de salto e aceleração
com a força explosiva de
execução do gesto motos específico.
GR
AN
DE
ZA
S S
EM
AN
AIS
D
AS
CA
RG
AS
Quadro 1 – Periodização do treinamento físico na temporada 2009
391
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O futebol é um desporto que envolve vários tipos de força, e que todos os tipos
destas forças devem ser trabalhados, a fim de melhorar consideravelmente a performance
do atleta. Por ser um desporto composto de velocidade explosiva e dinâmica, vale lembrar
que o tipo de força mais utilizado no futebol, é a força explosiva, pois é ela a usada
durante as finalizações, os arranques, saltos. O treinamento com cargas concentradas de
força, demonstrado no presente trabalho, nos mostra que é possível trabalhar força em
um futebolista, sem que esse perca velocidade e aumente seu peso.
Como o calendário de um jogador de futebol é muito apertado, devido a muitas
competições serem próximas sempre uma das outras, não se tem tempo para realizar um
trabalho com cargas distribuídas de força, que é a divisão anual ou semestral das cargas
de trabalho, onde se tem como objetivo a preparação do atleta para a obtenção de
resultados estabelecidos previamente. O treinamento com cargas concentradas de força,
é o emprego de um grande volume concentrado de preparação física especial. Esse tipo
de treinamento, deve-se obter um grande volume em cada bloco e após, deve-se diminuir
esse volume para que o corpo consiga se recuperar e, com isso, se tenha o Efeito
Posterior de Treinamento Duradouro.
Assim, pode-se dizer que o treinamento com cargas concentradas de força, não só
melhora a performance do atleta, dando-lhe “ritmo”, pois é feito um trabalho técnico e
tático ao mesmo tempo.
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