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  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

    1

    SITUAO DE APRENDIZAGEM 1

    AS POPULAES E O ESPAO GEOGRFICO

    Para comeo de conversa

    Pginas 3 - 4

    1.

    a) H no mundo atualmente cerca de 6,8 bilhes de habitantes. Considerar essa

    quantidade grande ou pequena uma questo pessoal. um nmero alto, tendo-se

    em conta o passado, mas levando-se em conta outras referncias, um valor

    discutvel. Professor, voc pode ajudar com dois exemplos:

    Proponha aos alunos o seguinte raciocnio: Imaginem um grande quadrado de

    80 km de lado; trata-se de uma distncia inferior de So Paulo a Campinas (96 km).

    Suponham que esse quadrado ser dividido em quadrados de um metro; o resultado

    ser de 80 mil linhas e 80 mil colunas. Pea que calculem quantas pessoas seriam

    necessrias se cada quadrado de um metro fosse ocupado por uma pessoa.

    Bastar multiplicar 80 mil (um lado) por 80 mil (outro lado) e o resultado ser 6,4

    bilhes de pessoas. Assim, voc poder discutir com os alunos como praticamente

    toda a populao do mundo caberia num quadriltero de apenas 80 km de lado se as

    pessoas se colocassem a um metro de distncia da outra. Nesse sentido, pode-se

    considerar a Terra com um planeta quase vazio.

    Se a populao mundial fosse toda colocada na Frana com a mesma densidade

    demogrfica de Paris, apenas metade do territrio francs conteria os quase 7 bilhes

    de habitantes da Terra.

    b) A resposta pessoal, mas a ideia aqui que o estudante se posicione, a fim de

    que voc possa saber quais argumentos ele apresenta para justificar sua opinio.

    Esteja atento a posies neomalthusianas, que defendem o controle de natalidade nos

    pases pobres como uma varivel importante para melhorar a vida da populao.

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

    2

    2.

    a) Algumas possibilidades de resposta so:

    Grande volume de pessoas nos transportes coletivos;

    Multides andando lentamente em ruas centrais;

    Multides em eventos artsticos e esportivos, aguardando em filas;

    Grande quantidade de pessoas disputando poucas vagas em determinados

    vestibulares.

    b) Esses problemas sempre esto relacionados a grandes quantidades de pessoas e

    de objetos. H, entre eles, um elemento quantitativo comum.

    c) Como esses problemas tm em comum a grande quantidade de pessoas e objetos, a

    tendncia considerar que tais problemas resultam disso. Mas essa resposta discutvel,

    pois essa situao nem sempre significa problemas. Deve-se atentar aqui para a

    discusso entre o desenvolvimento de infraestrutura e a concentrao de pessoas.

    d) Cidades menores, com pequena quantidade de pessoas e objetos, tambm podem

    ter problemas de congestionamento, filas etc. Ento, o motivo j no seria a

    densidade demogrfica, e, sim, a infraestrutura da cidade.

    Desafio!

    Pgina 4

    1. importante levar os alunos a entender que, para calcular a densidade demogrfica,

    basta dividir o nmero de habitantes pelo tamanho do territrio do pas. Assim:

    Paquisto: 180,8 milhes de habitantes divididos por 796 095 km2 = 227 hab/km2;

    Holanda: 16,6 milhes de habitantes divididos por 40 844 km2 = 406 hab/km2.

    2. Considerando-se as densidades demogrficas dos dois pases, parece que, a princpio,

    haveria uma distribuio mais equitativa da populao no territrio holands.

    Entretanto, a densidade demogrfica uma mdia aritmtica e no nos diz, nessa

    escala, se a populao est distribuda equitativamente ou se est concentrada em

    algumas poucas reas (grandes cidades, por exemplo). o caso do Paquisto, que

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

    3

    tem zonas muito populosas (na regio de Karachi e na provncia do Punjab) e outras

    que so vazios demogrficos (regio montanhosa a norte e a oeste).

    3. Contrariando o senso comum, a concentrao populacional num pequeno territrio no

    significa maiores problemas sociais (como se poderia pensar, j que h muita gente a

    ser sustentada). A Holanda, por exemplo, um pas com boa qualidade de vida,

    enquanto o Paquisto, onde aparentemente sobra mais territrio, tem graves

    problemas sociais. No existe uma relao necessria entre tamanho do pas, tamanho

    da populao, densidade demogrfica na escala do pas e desenvolvimento.

    Pginas 5 - 6

    1. O mapa representa a populao dos pases em 2007. Para tanto, utiliza crculos de

    diferentes tamanhos dispostos no mapa-mndi. O tamanho do crculo proporcional

    populao dos pases. Com esse recurso da linguagem cartogrfica fica evidente

    que, onde os crculos so maiores, h manifestao mais significativa daquilo que se

    est querendo representar.

    2. O fundo do mapa limpo. Apresenta apenas contornos discretos dos continentes e

    dos pases, de modo a no atrapalhar a leitura do mapa.

    3. O mapa usa crculos. Eles tm tamanhos diferentes, que so proporcionais aos

    tamanhos das populaes dos pases.

    4.

    a) As populaes da China, dos Estados Unidos e do Brasil aparecem na legenda

    dos pases muito populosos. Para saber os valores da populao de pases que no

    figuram na legenda, basta medir o dimetro do crculo, ver a diferena em relao ao

    dimetro da China (100% = 1,336 bilho de habitantes) e aplicar uma regra de trs.

    b) Sim, pois mapa comunicao visual, e no verbal. Logo, onde h mais

    concentrao de crculos grandes, h mais habitantes; do mesmo modo, o pas de

    crculo maior o de maior populao. Os dois pases mais populosos no mapa so:

    China e ndia.

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

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    5. Espera-se que os alunos concordem que o mapa de fcil leitura, pois o tamanho dos

    crculos distribudos permite o rpido entendimento do fenmeno representado.

    6. O mapa quantitativo porque expressa quantidades por meio de crculos

    proporcionais aos dados populacionais dos pases.

    Pginas 7 - 8

    Segue, na prxima pgina, uma possibilidade de preenchimento do quadro.

    importante que voc converse com os alunos a respeito da fonte dos dados que sero

    coletados e tambm esteja atento para a necessidade de retomar com eles como se

    calcula a densidade demogrfica

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

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    Obs. 1: Os dados populacionais dos onze primeiros pases foram retirados do mapa Populao por pas, 2007, disponvel no Caderno do Aluno.

    Obs. 2: Os dados de rea de todos os pases desta lista e os dados populacionais dos nove ltimos pases foram retirados do site . Acesso em: 10 mar. 2010.

    PPaasseess mmaaiiss ppooppuulloossooss NNoommee PPooppuullaaoo

    ((eemm mmiillhheess)) rreeaa ((kkmm))

    DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrffiiccaa

    ((hhaabb//kkmm22))

    AAnnoo CCoonnttiinneennttee HHeemmiissffrriioo NNvveell ddee ddeesseennvvoollvviimmeennttoo

    1. China 1 336,3 9 596 961 139 2007 sia Norte Emergente 2. ndia 1 169,0 3 287 263 356 2007 sia Norte Emergente 3. EUA 305,8 9 826 675 31 2007 Amrica do Norte Norte Rico 4. Indonsia 231,6 1 904 569 122 2007 Asia Norte/ Sul Pobre 5. Brasil 191,8 8 514 877 23 2007 Amrica do Sul Sul Emergente 6. Paquisto 163,9 796 095 206 2007 sia Norte Pobre 7. Bangladesh 158,7 143 998 1 102 2007 sia Norte Pobre 8. Rssia 142,5 17 098 242 8 2007 Europa/sia Norte Emergente 9. Nigria 148,7 923 768 161 2007 frica Norte Pobre 10. Japo 127,9 377 915 338 2007 sia Norte Rico 11. Mxico 107,0 1 964 375 54 2007 Amrica do Norte Norte Emergente 12. Filipinas 98,0 (97 976 603) 300 000 327

    Estim. jul. 2009

    sia Norte Pobre 13. Vietn 88,6 (88 576 758) 331 210 267 sia Norte Pobre 14. Etipia 85,2 (85 237 338) 1 104 300 77 frica Norte Pobre 15. Alemanha 82,3 (82 329 758) 357 022 231 Europa Norte Rico 16. Egito 78,9 (78 866 635) 1 001 450 79 frica/ sia Norte Pobre 17. Turquia 76,8 (76 805 524) 783 562 98 Europa/sia Norte Pobre 18. Rep. Dem. do Congo 68,7 (68 692 542) 2 344 858 29 frica Norte/ Sul Pobre 19. Ir 66,4 (66 429 284) 1 648 195 40 sia Norte Pobre 20. Tailndia 66,0 (65 998 436) 513 120 129 sia Norte Pobre

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

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    Ao fazer a pesquisa e preencher os 20 itens da tabela, os alunos iro notar as incrveis

    desigualdades existentes na distribuio das populaes entre os pases, em termos de

    volume absoluto. Alguns aspectos a ser salientados:

    Dois pases (China e ndia) concentram juntos mais de 2 bilhes de habitantes, o que

    representa cerca 1/3 da populao mundial.

    A distribuio da populao mundial no uniforme, e a sia concentra grande parte

    dessa populao e, tambm, tem as maiores densidades demogrficas do globo. A

    maior densidade demogrfica entre os 20 pases mais populosos a de Bangladesh, o

    stimo pas mais populoso do mundo. A Rssia, o oitavo pas mais populoso do

    mundo, tem a menor densidade populacional entre os vinte pases mais populosos do

    mundo.

    A maior parte do contingente populacional dos 20 pases mais populosos do mundo

    encontra-se em pases pobres e emergentes.

    No h relao direta entre tamanho da populao, densidade demogrfica e

    desenvolvimento. Exemplo: os EUA tm uma densidade menor que a de outros

    pases e desenvolvido; o Japo, tambm desenvolvido, tem uma alta densidade

    demogrfica; Bangladesh, com altssima densidade demogrfica, pobre.

    O importante que os alunos notem que a resposta questo H gente demais no

    mundo? exige um raciocnio que vai perguntar em relao a qu? Por exemplo, o fato

    de haver muita gente na China e na ndia pode ser considerado positivo para a

    economia, j que so novos mercados em potencial.

    Desafio!

    Pgina 8

    Conforme a escala geogrfica de abordagem, a afirmao de que h gente demais

    pode fazer sentido ou no. fundamental analisar a distribuio geogrfica da

    populao para compreender que determinadas regies do globo apresentam elevada

    densidade demogrfica, enquanto outras so verdadeiros vazios demogrficos. Tambm

    importante relacionar a dinmica econmica de cada regio com a distribuio da

    populao.

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

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    Pginas 9 - 10

    1. A classificao feita a partir da somatria da populao de regies que esto

    prximas, independentemente dos pases. O critrio utilizado a busca das principais

    reas de povoamento no mundo. Essas reas so, at mesmo, anteriores formao

    dos pases modernos.

    2. Na poro oeste da China, h vazios demogrficos, em especial no sudoeste, onde

    predomina o planalto do Tibet e a Cordilheira do Himalaia.

    3. A somatria da populao dos nove principais centros de povoamento mundial de

    cerca de 4,1 bilhes. Logo, eles representam 60% da populao mundial que,

    portanto, est concentrada em algumas reas do planeta.

    Pginas 10 - 11

    1. A confeco desse mapa simples. Mas importante que o aluno localize as reas

    mencionadas, pois isso vai ajud-lo a se familiarizar com a distribuio da populao

    no mapa-mndi.

    2. Se somarmos as nove reas mais povoadas, elas compem um territrio bastante

    pequeno quando comparado com o restante da extenso territorial do planeta. Isso

    mostra como a populao mundial est concentrada, e no o contrrio.

    3. A populao mundial concentra-se em determinados pontos do globo, no se

    dispersando equitativamente pelos continentes. Viver junto (e dividir os recursos) o

    que o ser humano tem feito ao longo da histria, por fatores fsicos, histricos e

    socioeconmicos.

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

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    Leitura e anlise de Esquema

    Pginas 12 - 13

    1. O esquema mostra que, para pensar a questo populacional, preciso considerar:

    sua distribuio (concentrao no espao) e, em decorrncia, tambm os

    espaos, suas divises, seus tamanhos.

    se os meios econmicos de sobrevivncia so suficientes nas reas onde os

    grupos se concentram. Viver junto leva ao desenvolvimento de formas sofisticadas

    de sustentao material, implica organizao econmica.

    Assim, no h possibilidade de se afirmar que h muita gente no mundo sem

    verificar os espaos onde os grupos se distribuem e os meios econmicos disponveis

    nesses espaos.

    2. O ser humano um ser social. Organizar a sociedade implica criar relaes entre

    seus membros: quanto mais prximos eles estiverem, melhor para as relaes. Essa

    a lgica que justifica a concentrao humana. Os seres humanos querem viver juntos

    e viver junto se concentrar.

    3. A princpio, possvel afirmar que a humanidade capaz de produzir bens e recursos

    suficientes para suprir as necessidades de uma enorme populao. Apesar disso, percebe-

    se uma distribuio desigual da riqueza, responsvel por situaes de fome e misria em

    vrias regies do mundo. importante que os alunos identifiquem a desigual

    distribuio de renda e a dificuldade de acesso tecnologia como fatores que justificam

    a fome e a pobreza em muitas reas do planeta.

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    SITUAO DE APRENDIZAGEM 2

    AS REFERNCIAS GEOGRFICAS E ECONMICAS DA DEMOGRAFIA

    Leitura e Anlise de Grfico e Texto

    Pginas 14 - 16

    1. No eixo vertical esto representados os nmeros de habitantes (em bilhes). No eixo

    horizontal, o tempo em intervalos de + 500 anos. O grfico cruza essas duas

    informaes.

    2.

    a) A populao mundial, em 400 a.C. estava em torno de 200 milhes de

    habitantes.

    b) No incio do sculo XVI, a populao era de cerca de 500 milhes de pessoas.

    c) No ano de 2007, chegava a 6,7 bilhes de habitantes.

    d) Passaram-se pouco mais de 500 anos, e a populao aumentou em 6 bilhes de

    habitantes nesse perodo.

    3. A partir de meados do sculo XVIII houve uma imensa acelerao do crescimento

    populacional, provocada pela Revoluo Industrial. Essa situao refletia aquilo que

    seria uma nova forma de organizao social.

    4.

    a) Se compararmos o ritmo de crescimento populacional atual com o de um passado

    remoto, ele ainda acelerado. Entretanto, percebe-se que, depois do impressionante

    crescimento populacional nos ltimos 200 anos em que todo o porte atual da

    humanidade se fez , parte do crescimento da populao mundial est estabilizado.

    Nos pases ricos, j ocorreu a transio demogrfica. Em outras regies, o crescimento

    populacional ainda alto, mas tambm tende a diminuir.

    b) Esse exerccio para a criao de um mapa ordenado, que mostra do mais

    intenso ao menos intenso crescimento populacional. Por isso, sugere-se que seja

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

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    usado o seguinte recurso grfico: uma nica cor (um nico fenmeno) e tonalidades

    diferentes (o tom escuro representa o mais intenso e o claro o menos intenso). um

    recurso simples, mas que d uma boa visualizao do fenmeno.

    Pginas 17 - 18

    Os recursos naturais so finitos, e o ritmo acelerado de utilizao desses recursos

    pode levar ao seu esgotamento. importante que os alunos reflitam sobre a ao

    humana na natureza em diferentes regies do planeta e sobre o uso indiscriminado de

    muitos recursos.

    Historicamente os povos buscavam reas planas e prximas a rios ou lagos para se

    fixarem. Existem reas no planeta que so hostis ocupao humana, como desertos,

    altas montanhas e regies polares; esses territrios so chamados de anecmenos.

    importante discutir com os alunos que o ser humano tem condies tecnolgicas de

    habitar essas regies, mas que o custo para isso seria muito alto.

    Segundo o texto, a regio mais povoada a da sia tropical mida e a menos

    povoada a da frica tropical mida. A segunda a que enfrenta maiores

    dificuldades para alimentar a sua populao, pois sua agricultura tem tcnicas

    rudimentares. Se considerarmos a relao produo de alimentos/populao

    possvel afirmar que no h gente demais na sia tropical mida. Porm, no

    podemos esquecer que essa regio densamente povoada.

    O relatrio dever retomar as reflexes propostas nos dois quadros, mas importante

    que elas sejam complementadas por pesquisas feitas em livros didticos e atlas

    geogrficos. Os alunos precisam visualizar os mapas-mndi para encontrar os ecmenos

    (reas que o ser humano pode habitar) e os anecmenos (reas de difcil habitao).

    Mais informaes sobre as reas mencionadas nas duas situaes ajudaro a melhorar o

    nvel das reflexes e aumentar o espectro de aspectos que os grupos devem considerar.

    Chegar a um relatrio que reflita as mltiplas interaes sugeridas o ideal.

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

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    Desafio!

    Pgina 18

    1. Considerando-se um pas isolado, vai haver fome, pois existir um dficit de

    produo alimentar. Entretanto, as relaes comerciais com outros pases podem

    compensar essa carncia.

    2. O crescimento da produo de alimentos est mais acelerado do que o populacional

    (embora este tenha sido gigantesco nos ltimos 200 anos). Quanto mais gente, mais

    produo, mais necessidades, o que gera novos investimentos, novas pesquisas,

    novas tecnologias.

    Pginas 19 - 20

    1. A produo de alimentos per capita (por habitante) corresponde ao resultado da

    diviso do volume total de produo de alimentos de um pas (no caso da tabela, de

    um continente) pelo nmero de habitantes dessa regio.

    2. Quando a variao est acima de 100,0, significa que houve aumento da produo de

    alimentos per capita (por continente e nos pases destacados); quando a variao est

    abaixo desse valor de referncia, quer dizer que a produo de alimentos per capita

    caiu. Nesse sentido, a frica a regio que apresentou queda na produo de

    alimentos per capita no perodo e 1974 a 1997. possvel destacar que as Amricas

    do Norte e Central apresentam diminuio na produo de alimentos per capita no

    perodo de 1984-1986, porm recuperao nos perodos seguintes.

    3. O desenvolvimento tecnolgico, o avano das tcnicas industriais no campo e as

    pesquisas sobre alimentos transgnicos so algumas das causas que podem justificar

    esse aumento.

    4. A tabela indica que, com exceo da frica, a produo de alimentos per capita

    aumentou em mbito mundial. Alm disso, a tabela demonstra que existe uma

    desigualdade na produo de alimentos pelo mundo, resultado das diferentes

    condies sociais e do direcionamento da produo de alimentos para os mercados

    consumidores dos pases mais ricos.

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

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    Pgina 20

    Prope-se a produo de um texto que trata da questo populacional, considerando a

    relao populao economia (produo de alimentos). Como vrias informaes foram trabalhadas, torna-se importante que, na redao, o estudante siga o roteiro

    estabelecido na atividade.

    Pode-se associar o Caso 2 (frica tropical) apresentado anteriormente aos ndices de

    produo de alimentos da frica que aparecem na tabela, pois ambos so

    manifestaes do mesmo processo.

    A frica exceo. Um continente muito povoado como a sia comprova que no

    h relao entre crescimento populacional e a fome.

    H gente passando fome em algumas partes do planeta. Dependendo da escala que se

    observa, isso pode acontecer numa cidade rica, inclusive. Os principais motivos disso

    so os fenmenos de desigualdade social e econmica. Entretanto, potencialmente, a

    humanidade tem condies de produzir (e j produz) alimentos para que ningum

    passe fome.

    Levando-se em conta a capacidade humana de desenvolver tecnologias que permitem

    produzir mais alimentos, no h gente demais no mundo.

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

    13

    SITUAO DE APRENDIZAGEM 3

    POPULAES: PERFIL INTERNO, DESIGUALDADES, MIGRAES INTERNACIONAIS

    Para comeo de conversa

    Pgina 21

    1. Uma histria breve no significa necessariamente um grande acmulo de problemas

    sociais. A histria breve do Brasil a mesma dos EUA e do Canad, por exemplo, e o

    panorama social melhor nesses pases. A relao entre histria e desenvolvimento

    complexa. No caso do Brasil, preciso considerar, por exemplo, o modelo de

    colonizao, a manuteno da escravido at o final do sculo XIX, entre outros fatores.

    2. Os alunos podem argumentar que o Brasil um pas historicamente jovem e tambm

    que grande parte da populao brasileira jovem. importante levantar com os alunos

    hipteses sobre como esses fatores influenciam no desenvolvimento futuro do pas.

    3. No se assemelha. Nas populaes dos pases mais ricos, h mais adultos e idosos, o

    que exatamente o contrrio do que ocorre nos pases mais pobres.

    4. Existe. Nos extremos da estrutura etria esto as principais diferenas: nos pases

    mais pobres, h mais jovens e menos idosos; nos pases mais ricos, menos jovens e

    mais idosos.

    Pginas 22 - 24

    1. Os dois mapas representam fenmenos semelhantes, pois ambos procuram tornar

    visveis aspectos da estrutura etria dos pases. No primeiro, a populao infantil e,

    no segundo, a populao idosa.

    2. Ambos fazem uso da cor como meio de representao, embora usem as cores de

    modo diferente. No primeiro, cada classe (participao de crianas no conjunto da

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

    14

    populao) representada com uma cor diferente. No segundo, usam-se diferentes

    tonalidades de uma nica cor.

    3. O segundo permite uma melhor visualizao do fenmeno representado (proporo

    de populao idosa no conjunto da populao), pois utiliza diferentes tonalidades de

    uma nica cor da mais escura para a mais clara para retratar diferentes

    propores de um nico fenmeno. No primeiro mapa, que utiliza diferentes cores

    para representar diferentes propores, a leitura da legenda (meio verbal) que vai

    esclarecer a informao visual.

    4. No primeiro mapa os pases com maior proporo de populao infantil encontram-se no

    continente africano e em algumas partes da sia e da Amrica Latina. So pases que em

    sua maioria apresentam baixo desenvolvimento socioeconmico. Os pases com menor

    proporo de populao infantil so os Estados Unidos, o Canad, a China, o Japo, a

    Coreia do Sul, a Austrlia, a Nova Zelndia, Cuba, naes da Europa Ocidental e

    Oriental e Rssia. Esses pases apresentam melhores indicadores socioeconmicos. No

    segundo mapa, os pases com maior populao idosa so o Canad, determinados pases

    da Europa Ocidental e o Japo. Percebe-se que esses pases, que apresentam boa

    qualidade de vida, esto no mesmo grupo dos pases com menor populao infantil. Os

    pases africanos, do Oriente Mdio e sia Central, alm de alguns pases do Sudeste

    Asitico so os que apresentam menor populao idosa. Esse fato pode ser explicado

    pela precariedade das condies de vida dessas populaes.

    5. O quadro a seguir apresenta alguns exemplos de pases segundo os padres

    populacionais.

    PPaasseess sseegguunnddoo ooss ppaaddrreess ppooppuullaacciioonnaaiiss NNoommee CCoonnttiinneennttee

    PPaaddrroo 11 Nigria frica Madagascar frica Laos Sudeste Asitico

    PPaaddrroo 22 Brasil Amrica do Sul frica do Sul frica Egito frica

    PPaaddrroo 33 Japo sia Itlia Europa Canad Amrica do Norte

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

    15

    6. Os padres populacionais so agrupados por regies no mundo, embora tambm

    sejam agrupados por continentes: na frica, h predomnio do Padro 1, na Amrica

    do Sul, do Padro 2, e na Europa Ocidental, do Padro 3. Mas h situaes mais

    isoladas, que podem ser estudadas separadamente, como a da Austrlia em relao

    Oceania.

    Pginas 25 - 26

    1. Os dois mapas desta atividade fazem o mesmo uso de tonalidades de cor, como o

    mapa Populao com mais de 60 anos, 2005. Cada um deles trata de um nico

    fenmeno, logo, uma cor. Procura mostrar onde o mesmo fenmeno mais intenso e

    onde menos, com o uso de tons escuros e claros. Apenas o mapa Populao com

    menos de 15 anos, 2005 se diferencia desse conjunto.

    2. No mapa Esperana de vida, 2000-2005, muitos pases do Padro 1 situam-se entre

    aqueles que tm os piores ndices socioeconmicos. No mapa Desigualdade de

    renda, 2003 os pases de Padro 1 tambm esto em m situao. Entretanto, eles

    esto junto com alguns do Padro 2, como o caso do Brasil.

    3. O Padro 2 encontra coerncia nas duas representaes: esperana de vida e

    distribuio de renda. Os pases deste padro encontram-se em situao

    intermediria. Uma exceo o Brasil, cuja distribuio de renda uma das piores

    do mundo.

    4. Os melhores ndices de esperana de vida, assim como uma distribuio de renda

    mais equitativa, sero notados no Padro 3. Logo, existe relao entre os padres

    demogrficos, a qualidade de vida e as estruturas econmicas mais igualitrias.

    Pgina 27

    No relatrio final do grupo importante verificar se os elementos propostos para

    pesquisa e reflexo foram considerados.

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

    16

    Os pases tendem a transitar do Padro 1 para os Padres 2 e 3. Essa transio uma

    das faces do que nas sociedades modernas designamos desenvolvimento. O que vai

    influenciar as mudanas no padro o foco dos investimentos em educao, sade e

    infraestrutura.

    A Europa Ocidental j teve caractersticas populacionais que se aproximavam do

    Padro 1. Com o passar do tempo, ela realizou sua transio demogrfica em virtude

    da progressiva diminuio das taxas de natalidade e mortalidade, combinada com o

    grande aumento na expectativa de vida. No incio do sculo XX, essas taxas eram

    muito mais altas do que no final do mesmo sculo.

    Atualmente, a Europa j terminou a sua transio demogrfica. Num primeiro

    momento, houve diminuio da mortalidade, resultando em acelerado crescimento

    populacional; posteriormente, houve desacelerao do crescimento devida

    constante queda da natalidade e manuteno dos baixos ndices de mortalidade.

    O Brasil encontra-se em plena transio demogrfica, situando-se na Fase II. Antes

    da queda da taxa de crescimento populacional, a partir de 1950, encontrava-se na

    Fase I, com altas taxas de natalidade e mortalidade.

    A queda dos ndices de fecundidade indica que est em andamento, no Brasil, uma

    transio demogrfica. Essa queda resulta da intensificao da urbanizao, de

    maiores esclarecimentos sobre o uso de contraceptivos, da crescente emancipao

    das mulheres etc. Fatores como esses podem ser tidos como sinalizadores de

    desenvolvimento social.

    Pginas 27 - 28

    1. Um pas do Padro 1, com muitas crianas e jovens, tem uma grande necessidade de

    investimentos no sistema educacional (e em outros) e tem tambm uma populao

    economicamente ativa menor. Essa contradio problemtica, mas pode ser

    superada. S haver vantagens nesse padro caso elas sejam bem aproveitadas. Por

    exemplo: o grande volume de populao jovem indica um potencial enorme de

    crescimento da populao ativa e da economia.

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

    17

    2. H muitas vantagens num pas no qual h equilbrio entre as necessidades de

    investimentos em servios sociais e o tamanho da populao ativa. Isso se comprova

    nos pases de Padro 3. O que no quer dizer que neles no haja problemas, pois

    pode haver desequilbrios com o aumento da populao de idosos, que pode comear

    a ficar do tamanho da populao economicamente ativa, ou mesmo ficar maior.

    Pginas 28 - 29

    Trata-se de uma proposta de produo de texto orientada por vrios itens.

    importante conferir se cada um deles vai ser contemplado no texto produzido.

    O Brasil vive uma transio demogrfica do Padro 2 para o Padro 3, o que significa

    um aumento do nmero de idosos no Pas, consequncia de uma maior esperana de

    vida. Esse aumento um fenmeno novo no Brasil. H, ainda, a necessidade de

    polticas pblicas para garantir qualidade de vida aos idosos e para aumentar a

    infraestrutura e a rede de assistncia para as pessoas com mais de 60 anos.

    Todos tendemos a chegar velhice, pois essa uma condio humana. Ser velho no

    implica estar doente nem incapacitado. Se nessa fase houver cuidados com a sade,

    se os idosos receberem aposentadorias dignas e tiverem opes de se manter ativos,

    eles tero qualidade de vida. importante ressaltar que o convvio social

    imprescindvel para que permaneam ativos e inseridos socialmente.

    Para os idosos viverem bem preciso que os espaos das cidades sejam seguros, que

    haja disponibilidade de rede de transporte eficiente e gratuita, locais especficos para

    o convvio e prticas de atividades fsicas e de lazer, assistncia mdica etc.

    Nossas cidades no esto preparadas para garantir a acessibilidade aos idosos: as

    caladas so perigosas, no trnsito corre-se risco etc. muito importante garantir a

    acessibilidade aos idosos, pois eles no podem ficar confinados em casa, deprimidos,

    sem atividade, pois isso piora muito a qualidade de vida deles.

    Mesmo com o Estatuto do Idoso, os problemas relativos a eles esto longe de ser

    resolvidos. Entretanto, a lei inegavelmente um avano, pois agora h uma base legal

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

    18

    com a qual podemos exigir aes das autoridades e polticas pblicas mais eficientes e

    dignas para os idosos.

    Desafio!

    Pgina 29

    O ser humano migra mais atualmente do que no passado, e isso auxiliado pela

    modernizao dos meios de transporte, pela maior agilidade na locomoo. No entanto,

    o ser humano no circula pelo mundo com a mesma facilidade que as mercadorias e as

    informaes. A migrao entre pases restrita na maior parte do globo. Austrlia e

    Canad tm suas fronteiras abertas imigrao.

    Apesar disso, os fluxos migratrios tm se intensificado nas ltimas dcadas,

    principalmente por questes econmicas (de naes pobres para naes ricas ou com

    oportunidade de trabalho, como no Golfo Prsico) ou por causa de conflitos

    (refugiados).

    Pgina 30

    Cada grupo vai escolher um dos fluxos regionais presente no quadro. Espera-se que

    os alunos identifiquem as principais causas dos fluxos migratrios contemporneos,

    entre elas, os conflitos armados e as possibilidades de melhores condies de vida nos

    pases que recebem esses fluxos.

    Exemplo de uma pequena descrio de um sistema migratrio: Um importante

    sistema migratrio atual tem origem na ndia e no Paquisto e vai para os Emirados

    rabes (produtores de petrleo). Nessa regio est ocorrendo grandes investimentos,

    pois muitas cidades, como Dubai, esto em franco crescimento (de negcios e turismo).

    No entanto, como no h mo de obra local para suprir a demanda das novas atividades

    econmicas e da construo civil, estimula-se a emigrao de indianos e paquistaneses

    em direo a essa regio.

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

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    Desafio!

    Pgina 30

    As reflexes sobre o tema devem basear-se nos seguintes aspectos:

    Existem hoje fluxos migratrios que podem ser considerados sistemas, tendo em

    vista a frequncia e todos os fluxos e servios que se criaram em virtude da

    circulao de pessoas de alguns pases para outros. As migraes tm origem nas

    regies de pobreza, pois as pessoas pobres buscam trabalho em pases mais ricos,

    onde h oportunidade de trabalho e de uma vida melhor do que em seu pas de

    origem. Os emigrantes tendem a procurar locais com os quais tm afinidades

    culturais (por exemplo, ex-metrpoles coloniais), onde h grande nmero de

    imigrantes de sua nacionalidade etc.

    O maior grupo de imigrantes de jovens pobres de pases com problemas estruturais

    graves, os pases de Padro 1. Os jovens, nesse caso, no tm boas perspectivas para

    o futuro e tendem a migrar para os ex-pases colonizadores, onde j esto vrios dos

    seus compatriotas. o caso da Frana e da Inglaterra, que recebem imigrantes jovens

    das ex-colnias, e dos latino-americanos que so atrados pela forte economia norte-

    americana.

    Os migrantes esto vendo as portas serem fechadas nos pases europeus, que, apesar

    de precisarem das correntes migratrias, tm srios problemas para absorver esses

    migrantes. Isso ocorre tambm nos EUA, o principal destino da imigrao no sculo

    XX. Entre os grandes problemas desses fluxos migratrios para a Europa e Estados

    Unidos esto os imigrantes ilegais, a questo da xenofobia, a no insero dos

    imigrantes nas sociedades locais, a discriminao social etc.

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

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    SITUAO DE APRENDIZAGEM 4

    POPULAES E CULTURA: MUNDO RABE E MUNDO ISLMICO

    Para comeo de conversa

    Pgina 32

    1. Mundo ocidental: o conjunto de pases que esto no Hemisfrio Ocidental, a

    poro que fica a oeste do meridiano de Greenwich. Seu ncleo a Europa Ocidental.

    Mas, h uma diferena entre Hemisfrio Ocidental (marcado pelo meridiano de

    Greenwich) e o mundo ocidental (designao menos rgida). Esse ltimo estende-se a

    leste do meridiano de referncia, como o caso de boa parte da Europa.

    Oriente Mdio: anteriormente chamado de Oriente Prximo, composto por:

    Turquia, Chipre, Lbano, Israel, Sria, Jordnia, Ir, Iraque, Kuwait, Bahrein, Catar,

    Arbia Saudita, Imen, Om e Emirados rabes Unidos. Devido a questes

    histricas e culturais, alguns autores consideram o Afeganisto como Oriente Mdio,

    apesar da sua localizao geogrfica na sia Central.

    Extremo Oriente: Japo, China e as Coreias so o ncleo dessa regio.

    Mundo cristo: rea de expanso do cristianismo, cujo ncleo o mundo

    ocidental, que vai alm da Europa, pois soma tambm as Amricas e parte da frica.

    Mundo rabe: coincide com grande parte do Oriente Mdio, incluindo tambm a

    frica, principalmente da regio Norte (Egito, Lbia, Tunsia Marrocos, Arglia).

    Mundo islmico (o Isl): rea de expanso do islamismo, que vai alm do Oriente

    Mdio e que est presente em pases da sia Central, Indonsia e Norte da frica.

    2. A populao brasileira, de um modo geral, pertence ao mundo ocidental e ao mundo

    cristo. O Brasil est no Hemisfrio Ocidental, rea de expanso do cristianismo, que

    um trao cultural forte de nossa formao.

    3. O mundo cristo se confunde com o Ocidente. A expanso crist data do Imprio

    Romano e se alastrou por todo o Ocidente. A Igreja Catlica Apostlica Romana,

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

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    principal fora do cristianismo, durante sculos moldou a mentalidade e a cultura no

    Ocidente.

    Pginas 33 - 34

    1.

    PPrriinncciippaaiiss rreelliiggiieess ddoo mmuunnddoo,, 22000055

    RReelliiggiioo AAddeeppttooss PPaasseess//rreeggiieess

    Cristianismo 2,2 bilhes Europa Ocidental e Amricas

    Islamismo 1,4 bilho Pases rabes e Indonsia

    Hindusmo 900 milhes ndia

    Budismo 396 milhes Tibet

    2. Boa parte das religies multinacional, como o cristianismo e o islamismo. Mas h

    tambm religies nacionais, como o hindusmo (praticamente restrito ndia).

    3. No. China e ndia, os pases mais populosos do mundo, praticam religies mais ou

    menos restritas aos seus territrios. Elas no se expandiram para outras localidades e,

    por isso, no so maiores que o islamismo e o cristianismo.

    Pginas 34 - 35

    1. A proposta aqui a produo de um mapa quantitativo com a distribuio dos

    praticantes do islamismo em oito pases. A ideia fazer primeiro um crculo maior

    para a Indonsia e, ento, os outros crculos vo diminuindo conforme o nmero de

    fiis islmicos no pas. importante visualizar essa distribuio, que dar uma ideia

    da expanso dessa religio ao longo de sculos.

    2. Somando a populao islmica desses oito pases e, depois, calculando o quanto isso

    significa em relao ao total, vamos chegar a 68% dos muulmanos.

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

    22

    Pgina 36

    Espera-se que se contemplem ao menos os aspectos expostos a seguir:

    normal associar o rabe ao islamismo, pois Maom nasceu em Meca (Arbia

    Saudita) e foi o fundador da religio, que passou a se expandir a partir da Pennsula

    Arbica. Islamismo e mundo rabe, portanto, tm uma ligao histrica e de

    formao. Porm, o islamismo tem duas vertentes distintas, os xiitas e os sunitas, e se

    distribuiu por vrios pases, alguns alm do mundo rabe (composto pelo Oriente

    Mdio e pelos pases da frica do Norte).

    Os rabes so as populaes que habitam o Oriente Mdio e a frica do Norte (ou

    Setentrional). Recebem este nome por terem se originado na Pennsula Arbica e por

    terem caractersticas culturais comuns. No entanto, o Egito o nico pas rabe que

    figura entre os oito pases com maiores populaes islmicas.

    Com a expanso do islamismo as caractersticas culturais de outras regies se

    misturaram s tpicas tradies rabes. possvel afirmar que o mundo islmico

    maior que o mundo rabe.

    Pginas 36 - 38

    1.

    a) Essa imagem da cidade de Meca e retrata a peregrinao de islmicos oriundos

    de outros pases que vo a Meca. O cubo negro (Caaba), em torno do qual se realiza

    uma srie de cerimnias, anterior ao islamismo, pois era smbolo sagrado de prticas

    religiosas antigas. Quando Maom unificou os povos no islamismo, determinou que a

    Caaba se tornasse um centro de peregrinao.

    b) Meca a cidade onde nasceu o profeta Maom. Como princpio religioso,

    estabeleceu-se a obrigatoriedade de os praticantes irem a Meca ao menos uma vez na

    vida, o que explica as grandes peregrinaes.

  • GABARITO Caderno do Aluno Geografia 8a srie/9ano Volume 3

    23

    c) H o Vaticano, sede eclesial do catolicismo. Trata-se de uma rea muito visitada

    pelos cristos catlicos. Entretanto, na doutrina catlica no h obrigatoriedade de

    visit-la, como para os seguidores de Maom. H tambm centros de peregrinao

    regionais, em cada pas. Mas esse no um fato central no cristianismo, como o no

    islamismo.

    2. Parte significativa da expanso se deu por meio das rotas comerciais. Os rabes eram

    comerciantes e tambm se organizavam para saquear quem usasse suas rotas. O

    islamismo incorporou-se vida dos grupos tribais nmades e dos comerciantes

    rabes, que expandiram a religio para reas extensas, organizando, posteriormente,

    exrcitos e promovendo conquistas. O islamismo chegou por esses caminhos at a

    Europa e permaneceu na Pennsula Ibrica por mais de 700 anos.

    Pgina 38

    Espera-se que os alunos pesquisem sobre a arte, a literatura, a msica, a arquitetura

    entre outros aspectos da cultura rabe que, com a expanso do islamismo, passaram a

    influenciar outras regies do planeta.