20130527_br_portoalegre

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MÍN: 12°C MÁX: 24°C www.readmetro.com | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @jornal_metropoa PORTO ALEGRE Segunda-feira, 27 de maio de 2013 Edição nº 387, ano 2 Zé Roberto fez um dos dois gols da vitória sobre o Náutico; Forlán e Fred marcaram para o Inter na Bahia | FOTOS: EDU ANDRADE/FATOPRESS/FOLHAPRESS (DE CIMA) E ALEXANDRE LOPS/INTERNACIONAL Rua da Praia clama por manutenção Drama de duas mulheres leva Palma de Ouro Aplicar na poupança continuará atrativo Projeto quer recibo duplo na Área Azul Trecho de 1,8 mil metros que receberá turistas a pé durante a Copa tem problemas no pavimento PÁG. 03 Chocante, sensual e sensível, ‘La Vie d’Adèle’ conta a história do primeiro amor de duas adolescentes PÁG. 11 Mesmo com alta na taxa básica de juros, investimento será rentável PÁG. 06 Objetivo é que usuário tenha prova em caso de furto do veículo PÁG. 02 Via é a mais antiga da capital | GABRIELA DI BELLA/METRO INDIANÁPOLIS É DE KANAAN PILOTO É O QUARTO BRASILEIRO A VENCER A MAIS TRADICIONAL PROVA DO AUTOMOBILISMO DOS EUA COM ULTRAPASSAGEM A TRÊS VOLTAS DO FIM PÁG. 14 LARGADAS DISTINTAS Grêmio vence e Inter só empata na estreia PÁGS. 15 E 16 RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR O Jornal Metro é impresso em papel certificado FSC, com garantia de manejo florestal responsável, pelo Grupo Sinos S/A.

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PORTO ALEGRE Segunda-feira, 27 de maio de 2013Edição nº 387, ano 2

Zé Roberto fez um dos dois gols da vitória sobre o Náutico; Forlán e Fred marcaram para o Inter na Bahia | FOTOS: EDU ANDRADE/FATOPRESS/FOLHAPRESS (DE CIMA) E ALEXANDRE LOPS/INTERNACIONAL

Rua da Praia clama por manutenção

Drama de duas mulheres leva Palma de Ouro

Aplicar na poupança continuará atrativo

Projeto quer recibo duplo na Área Azul

Trecho de 1,8 mil metros que receberá turistas a pé durante a Copa tem problemas no pavimento PÁG. 03

Chocante, sensual e sensível, ‘La Vie d’Adèle’ conta a história do primeiro amor de duas adolescentes PÁG. 11

Mesmo com alta na taxa básica de juros, investimento será rentável PÁG. 06

Objetivo é que usuário tenha prova em caso de furto do veículo PÁG. 02

Via é a mais antiga da capital | GABRIELA DI BELLA/METRO

INDIANÁPOLIS É DE KANAANPILOTO É O QUARTO BRASILEIRO A VENCER A MAIS TRADICIONAL PROVA DO AUTOMOBILISMO DOS EUA COM ULTRAPASSAGEM A TRÊS VOLTAS DO FIM PÁG. 14

LARGADAS DISTINTASGrêmio vence e Inter só empata na estreia PÁGS. 15 E 16

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PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com |02| {FOCO}

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Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: rua Delfino Riet, 183, Santo Antônio, 90660-120, Porto Alegre, RS. Tel.: (051) 2101-0471O jornal Metro é impresso no Grupo Sinos S/A.

O jornal Metro circula em 23 países e tem alcance diário superior a 20 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos e Campinas, somando mais de 480 mil exemplares diários.

EXPEDIENTEMetro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini. (MTB: 70.145). Diretor de Redação: Fábio Cunha. Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini. Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Tecnologia e Operações: Luiz Mendes Junior. Gerente Executivo: Ricardo Adamo.Editor Chefe: Luiz Rivoiro. Editor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso. Coordenador de Redação: Irineu Masiero.

Metro Porto Alegre. Gerente Executivo: Luís Grisólio. Editor Executivo: Maicon Bock (11.813 DRT/RS). Editora de Arte: Julia Rodrigues. Grupo Bandeirantes de Comunicação RS. Diretor-Geral: Leonardo Meneghetti.

A tiragem e distribuição desta edição são auditadas pela BDO.40.000 exemplares

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Capital assina acordo com universidade

James Fishkin e Fortunati assinam acordo em Stanford | DIEGO CASAGRANDE/BAND

O prefeito José Fortunati e co-mitiva ainda comemoram o acordo assinado sexta-feira com a Universidade de Stan-ford, que fica no coração do Vale do Silício, e é uma das mais importantes do mundo. A centenária instituição de ensino vai aplicar uma nova metodologia e estudar o Or-çamento Participativo na Res-tinga. “Eu assino este acordo e ele é uma porta aberta pa-ra outras parcerias conosco”, disse James Fishkin, diretor

do Centro para a Democracia Deliberativa de Stanford. “É um dos acordos mais impor-tantes que já fizemos. O OP é referência mundial, mas que-remos ampliá-lo e melhorá-lo ainda mais”, explicou Fortu-nati, que também palestrou para estudantes de comunica-ção e ciências políticas.

Em outro momento, o pre-feito e a primeira-dama e se-cretária dos Direitos Animais, Regina Becker, visitaram uma ONG de 145 anos que acolhe

5 mil cães e gatos de rua por anos. Depois de tratados e cas-trados, 98% deles conseguem um lar. A instituição, que tam-bém mantém um hospital ve-terinário, vai inspirar a pre-feitura em projetos na área.Amanhã, Fortunati vai à pre-feitura de San Francisco, onde será recebido por Ed Lee, o primeiro prefeito de origem chinesa a assumir uma grande cidade dos EUA.

DIEGO CASAGRANDE, GRUPO BANDEIRANTES, SAN FRANCISCO (EUA)

Está tramitando na Câmara de Vereadores de Porto Ale-gre o projeto de lei que obriga os responsáveis por estacio-namentos pagos a fornece-rem aos usuários um recibo duplo de pagamento. Os par-químetros da chamada Área Azul também seriam afetados pela mudança, caso ela seja aprovada e, posteriormente, sancionada pelo prefeito José Fortunati.

A intenção é dar mais se-gurança aos usuários da Área Azul em caso de furto ou rou-bo. “A segunda via do recebi-

do servirá para formalizar a passagem da pessoa por aque-le lugar como prova junto à companhia de seguro ou nu-ma ação indenizatória”, expli-ca Delegado Cleiton (PDT), au-tor do projeto. “Costumamos dizer que o que não está nos autos, não está no mundo”, complementa o vereador.

Atualmente, os parquíme-tros emitem um tíquete ape-nas, que deve ser colocado do lado de dentro do veículo, junto ao para-brisa, indican-do ao fiscal que o pagamen-to foi feito até determinado

período de tempo. O verea-dor quer que outro compro-vante possa ser emitido para ficar no bolso do motorista – para uso em eventual pedido de indenização.

Sem indenizaçãoEntretanto, a Justiça enxerga a questão de outra maneira. Ela já possui jurisprudência de que não há direito de inde-nização ao motorista, por par-te da prefeitura ou pela con-cessionária, em caso de furto na Área Azul. A decisão mais recente do Tribunal de Justiça

saiu neste mês.Otimista com a aprovação

da proposta, Delegado Clei-ton não imagina que a emis-são de mais um recibo irá fazer com que o valor do es-tacionamento suba. “Já temos um preço justo”, opina.

Diretor-presidente da EPTC (Empresa Pública de Trans-porte e Circulação), Vander-lei Cappellari não se mostrou muito receptivo à ideia: “Tere-mos que fazer uma avaliação do software para ver se isso é possível. Teremos de ver com a operadora”. METRO POA

Parquímetro emite somente um recibo atualmente | GABRIELA DI BELLA/METRO

Projeto quer recibo duplo na Área Azul

Posse

PresidenteO advogado Bruno Zaffari

(foto), 29 anos, assume hoje a presidência do

IEE (Instituto de Estudos Empresarias) para a

gestão 2013/14. O ato, no Leopoldina Juvenil, também empossará os demais membros da

diretoria e do conselho fiscal da entidade.

Hoje, o radar móvel da EPTC estará nas seguintes vias:

• Manoel Elias• Assis Brasil• Dr. Nilo Peçanha• Protásio Alves• Diário de Notícias• Dom Pedro 2º• Plínio Kroeff• Dante Ângelo Pilla• Ipiranga• Carlos Gomes• Aparício Borges• Severo Dullius• Bento Gonçalves

Radar móvel

Acidente

Motorista atropela cinco na LombaCinco pessoas foram atropeladas no fim da noite de sábado na estra-da João de Oliveira Re-mião, na Lomba do Pi-nheiro, na capital. Os feridos foram encami-nhados para o Hospital de Pronto Socorro e libe-rados nas horas seguin-tes. Segundo a Brigada Militar, o motorista per-deu o controle do carro, que saiu da via e atingiu os pedestres na calçada. O veículo só parou ao ba-ter no portão de uma ca-sa. O motorista Diona-than Silva dos Santos, 20 anos, afirmou que se dis-traiu ao pegar a mama-deira da filha e perdeu o controle do carro. Ele fez o teste do bafômetro, que não acusou álcool, e foi liberado após assinar termo circunstanciado.

BANDNEWS

Marchas

Eventos reúnem milhares na capitalDuas marchas movimen-taram o entorno da Re-denção no fim de sema-na. Na tarde de sábado, cerca de 5 mil pessoas participaram de mais uma edição da Marcha da Maconha, que ocor-reu de forma pacífi-ca. Ontem, centenas de pessoas fizeram a Mar-cha das Vadias, pedindo igualdade entre os sexos e fim da violência contra a mulher. METRO POA

Segurança. Objetivo é que motorista tenha como comprovar onde veículo estava em caso de furto ou roubo. Atualmente, máquina só emite um comprovante, que fica no veículo

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com {FOCO} |03|◊◊

Visão panorâmica do anjo, estátua-viva que se apresenta na via, permite uma observação apurada dos problemas

Do alto de um pedestal de meio metro de altura, a está-tua-viva trajada de anjo já viu em seus 15 anos de trabalho na Rua dos Andradas prédios serem demolidos, construí-dos e revitalizados, filhos vira-rem pais e pais virarem avôs. Num vasto roteiro de histó-rias do Centro Histórico ob-servadas por seus olhos, o ar-tista argentino ainda não viu o projeto de revitalização da rua mais antiga de Porto Ale-gre sair do papel. É pela prin-cipal via da cidade que cami-nharão turistas dispostos a conhecer a cidade a pé duran-te a Copa.

O pavimento em que Abra-ham Ponce fixa seu pedestal há mais de uma década per-manece quase o mesmo: ir-regular, esburacado e sujo. O chão da popular Rua da Praia,

palco de diversos manifestos culturais e populares, ator-menta deficientes visuais, idosos e cadeirantes. Cami-nhar pelos 1,8 mil metros de extensão da via é a certeza de luta contra obstáculos, que se acumulam a cada dez passos. Cavaletes, lajotas soltas, lixo e carroças são alguns deles.

Há exatamente um ano, a prefeitura formalizou parce-ria com a Asbancos (Associa-ção de Bancos do Rio Gran-de do Sul), que financiaria o estudo de elaboração do pro-jeto de revitalização e a troca do piso do trecho da rua entre a General Câmara e a Floria-no Peixoto. Segundo a Asban-cos, os recursos para o estudo foram encaminhados ao Gabi-nete de Articulação Institucio-nal da prefeitura, que ainda não o tirou do papel. No ano

passado, a ideia da prefeitu-ra era começar as obras logo após a conclusão dos estudos.

O chão castigado pelo tem-po e peso de veículos que circulam sobre ele faz víti-mas. O servidor público Ever-ton Luis, 42 anos, atravessa a Rua da Praia de cadeira de ro-das diariamente. Como vive no Centro, já se acostumou com a dura rotina de desviar dos obstáculos à frente. “Já foi pior, mas tem trechos que são irregulares que tu andas pu-lando”, relata.

Paulo Guarnieri, presiden-te da Associação Comunitá-ria dos Moradores do Cen-tro Histórico evita o trecho comercial da rua para não se incomodar, mas garante que a área residencial, próxi-mo à Usina do Gasômetro vai de mal a pior. “Está um lixo.

Falta segurança, iluminação e um melhor calçamento da rua”, reclama.

Ninguém explicaProcurado pelo Metro, o Ga-binete de Articulação Insti-tucional não prestou infor-mações sobre o andamento do projeto de revitalização, bem como a Secretaria Mu-nicipal de Gestão. O plano de restaurar a Rua dos An-dradas incluía canalizações e tubulação, além de por fim aos desníveis da via. Será que algo muda até a Copa?

METRO POA

Cavaletes compõem a vasta lista de obstáculos para os pedestres na rua mais antiga de Porto Alegre

Confira detalhes do projeto de revitalização:

• O piso deve ser alterado para que seja menos suscetível a danos causados por veículos pesados

• Serão trocadas redes de água, esgoto cloacal e pluvial

• Redes de luz, telefone, TV e internet passarão por estrutura subterrânea

O projeto

VOZ POPULI

O que você acha do atual estado da Rua dos Andradas?

“Acho que está mal conservada, com pouca segurança. E o piso está um tanto irregular.”

JOSÉ TORRES, 60 ANOS, APOSENTADO

“Há trechos que estão bem conservados e outros menos. Acho que o chão é muito irregular, em geral. Fico imaginando como fica quando chove.”

NATALIA LA FUENTE, 32 ANOS, PROFESSORA

“Na minha opinião, ela está um pouco poluída. Já o pavimento é péssimo. Trabalho aqui e vejo muita gente cair.”

PABLO RODRIGUES, 20 ANOS, TATUADOR

“O que mais me incomoda é que deficientes visuais e pessoas mais velhas tropeçam e caem.”ABRAHAM PONCE, ARTISTA HÁ 15 ANOS NA RUA DA PRAIA

O turista vai passar aquiImagina na Copa. Com projeto de revitalização ainda no papel, Rua dos Andradas clama por reparos

FOTOS: GABRIELA DI BELLA/METRO

Buracos podem ser visto em diversos

postos da rua, que possui cerca de 1,8 mil metros de

extensão

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com |04| {BRASIL}

As investigações da Polí-cia Federal sobre os boatos que levaram 920 mil bene-ficiários do Bolsa Família às agências bancárias há uma semana ganharam conota-ções ainda mais políticas neste fim de semana.

A dúvida agora é se a ori-gem do boato foi uma ação orquestrada contra o gover-no ou um vazamento de in-formação sobre a antecipa-ção do benefício que teria saído de dentro da própria Caixa Econômica Federal.

CautelaDa Etiópia, onde partici-pa de um encontro de che-fes de Estado em celebração aos 50 anos da União Afri-cana, a presidente Dilma Rousseff prometeu aprimo-rar a fiscalização do Progra-ma Bolsa Família.

“Olha, nós somos huma-nos. Pode ter tido falhas. O que eu estou dizendo é o se-

guinte: não é uma falha tó-pica que explica 12 estados. Então, a Polícia Federal e a segurança da Caixa vão pro-curar todos os motivos e vão elencá-los”, afirmou Dilma.

Ao contrário dos correli-gionários que, no início da semana, chegaram a atri-buir o boato a uma ação orquestrada da oposição, Dilma manteve o tom cau-teloso. “Nós não podemos, não há ninguém no gover-no que possa dizer já - pelo menos até ontem [sexta-fei-ra (24)], pode ter evoluído hoje [sábado (25)] – possa di-zer o que aconteceu”, disse a presidente.

AntecipaçãoNa sexta-feira, a Caixa Ecô-nomica Federal admitiu que, em uma operação fora do habitual, antecipou o paga-mento do Bolsa Família.

O banco estatal liberou todos os benefícios - no valor

t de R$ 2 bilhões - na sexta--feira passada (17). Pela regra oficial, o pagamento é feito a partir da segunda quinze-na do mês, só que de manei-ra escalonada, seguindo a or-dem do último número do cartão.

A informação sobre a an-tecipação levou a oposição a classificar o episódio como uma “lambança do PT”. On-tem, o senador Álvaro Dias (PR), vice-líder do PSDB no Senado, disse que espera ex-plicações do presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda. Segundo ele, Hereda precisa esclarecer as “declarações falsas” da Caixa sobre a liberação dos recursos.

O líder do PSDB na Câ-mara, deputado Carlos Sam-paio (SP), exige que a PF apure uma possível rela-ção entre a antecipação do pagamento e a origem dos boatos. METRO BRASÍLIA

Bolsa Família. Fato novo sugere que boato sobre fim do benefício pode ter tido origem em vazamento de informação dentro da Caixa

Da África, Dilma esfria: “Olha, nós somos humanos” | RICARDO STUCKERT/PR

‘Lambança do PT’ ou uma ‘ação criminosa’ da oposição

Mais um ciclista é vítima de atropelamentoUm ciclista morreu na manhã de ontem após ser atropelado por um carro no km 26, da ro-dovia Ayrton Senna, em Guarulhos (SP).

O acidente aconteceu por volta das 8h30. Se-gundo a concessionária Ecopistas, que administra a via, o acidente aconte-ceu na pista sentido inte-rior paulista no momento em que o ciclista saiu do acostamento e entrou na pista, na faixa da direita. O motorista do carro, que é taxista, prestou socorro e ligou para a ambulân-cia. METRO SÃO PAULO

Mulher morre em motel em São PauloUm casal foi encontra-do baleado dentro de um quarto de motel, no Sa-comã, na zona sul da ca-pital paulista, na ma-drugada de ontem. A balconista Valdenice Souza Silva, 44 anos, le-vou um tiro na cabeça e morreu no local. Ar-naldo Amado de Melo, 46, que levou um tiro no peito, foi socorrido e permanece internado.

A polícia encontrou um revolver calibre 38 no quarto. A suspeita é de que Melo tenha assassinado Valdenice e depois tentado se matar. METRO SÃO PAULO

Violência 1 Violência 2

Mas será um pé de lixo?Uma situação inusitada vem intrigando quem passa pela rua dos Tupis, em Belo Horizonte (MG). Dezenas de sacos de lixo são armazenados no alto de duas árvores. O responsável, suspeita a prefeitura, é um catador de lixo | EMMANUEL PINHEIRO/ METRO BH

Enem: prazo termina hojeEncerra-se hoje às 23h59 o prazo de inscrição no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O pagamento da ta-xa, no valor de R$ 35, pode ser feito até quarta-feira. As

provas serão nos dias 26 e 27 de outubro.

Até as 18h15 de sexta-fei-ra, 5.199.918 alunos no país já haviam se inscrito, se-gundo o MEC. A expectati-

va é que o número de candi-datos inscritos atinja a casa dos 6 milhões. Informações em forma de passo a passo no site www.enem.inep.gov.br. METRO

SC: Ônibus tomba e fere 26Um acidente com um ôni-bus que saiu de Florianópo-lis com destino a Curitiba deixou 26 pessoas feridas na manhã de ontem, na BR-101, a 4 km de Itapema, no litoral

catarinense. Segundo a Polícia Rodoviá-

ria Federal, o acidente ocor-reu após o motorista ter um mal súbito e perder o contro-le do veículo. Após sair da pis-

ta, o veículo tombou do lado direito e desceu uma ribancei-ra. Duas pessoas, entre elas o motorista, tiveram ferimen-tos graves. Os demais tiveram ferimentos leves METRO

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com {BRASIL} |05|◊◊

Tiroteio atrasa corrida no Alemão

O tiroteio que adiou, on-tem, o início do “Desafio da Paz”, no Complexo do Alemão do Rio de Janeiro, mostrou que, ao contrário do que vende o governo ca-rioca, a paz nas favelas con-tinua sendo, como afirma a competição, um desafio.

Atletas que se prepa-ravam para a largada, às 7h40, se assustaram ao ou-vir disparos nas proximida-des do local da competição. Muitos se abaixaram e saí-ram correndo. Às 8h40, um novo tiroteio causou espan-to em quem aguardava pró-ximo à linha de chegada.

“A ação de hoje foi cri-minosa, oriunda de res-quícios de uma facção que reinou absoluta aqui du-rante décadas”, afirmou à imprensa o secretário Se-

gurança Pública do Rio, Jo-sé Mariano Beltrame, que chegou ao local por volta das 9h. “Existe um traba-lho de inteligência sendo feito no Complexo do Ale-mão e, se for necessário, vamos reforçar o policia-mento”, prometeu.

Um helicóptero da Po-lícia Militar e o Bope (Ba-talhão de Operações Es-peciais) foram chamados para intensificar a segu-rança no Alemão.

Às 9h, com uma hora de atraso, cerca de 2 mil pes-soas confiaram na organi-zação do evento e partici-param da prova. Gilberto Silvestre Rocha foi o vence-dor do dia, com um tempo de 17 minutos e 20 segun-dos, para um percurso de cinco quilômetros. METRO

Rio de Janeiro. Disparos feitos por facções criminosas do Morro do Alemão adiam o início do ‘Desafio da Paz’ e assustam atletas que participariam da competição no local

Para bancar custos, JMJ vende mais de 350 produtos

Rio testa lixeira que trata chorume

A Jornada Mundial da Juven-tude (JMJ), que será realizada no Rio, de 23 a 28 de julho, também é um negócio. Fal-tando menos de dois meses para o evento, a organização já conta com 350 produtos, que podem ser comprados online (www.lojario2013.com) ou em pontos de vendas espalhados pelo país. Os pre-ços variam de R$ 3,90, para um pingente para celular, até R$ 369, para uma medalha de Bento 16 em ouro.

O total arrecadado com a venda de produtos será rever-tido para a organização do en-contro, estimada em R$ 130 milhões. “Quem compra pro-duto oficial ajuda a construir a Jornada. Assim, poderemos ter uma estrutura melhor pa-ra acolher os peregrinos”, ex-plica a Irmã Cátia Cappelari, responsável pelo setor.

Durante a JMJ existirão quase 60 lojas espalhadas pe-la cidade e nos locais mais marcantes do evento, Copaca-

bana e Guaratiba. Elas estarão identificadas, bem como os vendedores ambulantes.

“Os produtos mais vendi-dos são as camisetas, princi-palmente a branca que tem o logotipo, seguida da rosa com o logo (R$ 29,90), a camiseta Keep Calm and Make Disci-ples (R$ 42,90), e a camiseta de boas vindas ao Papa Fran-cisco. A camiseta Eu Vou (R$ 36), com arte do Ziraldo, está disparada nas vendas online”, disse Cátia. METRO RIO

Medalha Bento 16 em ouro: R$ 369 | REPRODUÇÃO/INTERNET

Caixa de remédio com uma oração e um terço: R$ 9,90 | REPRODUÇÃO/INTERNET

Camiseta ‘Quero ser mais santo’: R$ 27,90 | REPRODUÇÃO/INTERNET

Um novo sistema de coleta de lixo começou a ser testado no Rio de Janeiro. Uma lixeira subterrânea automatizada e inteligente, capaz de tratar o chorume e alertar aos órgãos públicos sobre sua capacidade de armazenamento, foi insta-lada pela prefeitura no bairro da Lapa. O projeto piloto po-derá ser expandido para ou-tros pontos do Rio, caso o sis-tema demonstre viabilidade.

“Implantamos o conceito ‘cidade inteligente’, que tem grande credibilidade na Eu-ropa. A solução para diversos países é enterrar o lixo atra-vés de um contêiner subterrâ-neo compactador”, explicou o secretário municipal de Con-servação e Serviços Públicos, Marcus Belchior.

O equipamento conta com um reservatório de 5 m³, equi-valente a uma caçamba tradi-cional, mas possui capacidade de compactar o lixo, estocan-do até 25 m³ de material. Para armazenar a mesma quanti-dade de resíduos, seriam ne-cessários 104 contêineres.

Operada de forma elétrica – funciona como uma espécie de elevador para que a coleta possa ser feita pelo caminhão –, a lixeira possui uma bomba automática que direciona o chorume diretamente para a rede de esgoto, evitando a for-mação de mau cheiro.

Além disso, conta com um dispositivo que envia avi-sos aos técnicos do Centro de Operações da prefeitura, por e-mail e mensagens de texto, quando a lixeira está cheia.

“Só buscamos o lixo quan-do, de fato, ele está no mo-mento de ser recolhido. Isso diminui o trânsito na cidade, porque reduz o número de caminhões circulando”, disse o presidente da Companhia Municipal de Limpeza Urba-na, Vinícius Roriz.

O serviço está avaliado em R$ 30 mil mensais. O sistema, porém, não prevê a separação do lixo reciclável. METRO RIO

Piloto está instalado na Lapa | DANIEL COELHO/DIVULGAÇÃOContêiner “envia” mensagens para avisar que está cheio | DANIEL COELHO/DIVULGAÇÃO

“A ação de hoje foi totalmente irresponsável e criminosa, oriunda de resquícios de uma facção que reinou absoluta aqui durante décadas. Mesmo que enfraquecido, esse grupo ainda tem algumas pessoas que acham que vão afastar a polícia daqui.”

JOSÉ MARIANO BELTRAME, SECRETÁRIO SEGURANÇA PÚBLICA DO RIO DE JANEIRO

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com |06| {ECONOMIA}

QUANDO O CLIENTE TEM (MAIS) RAZÃOO cliente está nervoso, frustrado e exige uma solução por-que o produto ou serviço que adquiriu apresentou proble-ma ou o atendimento recebido deixou a desejar. Como ne-nhuma empresa é infalível, deslizes vão acontecer. Não cabe discutir casos em que é preciso recorrer ao Código de Defesa do Consumidor para saber quem tem razão.

Consideremos a hipótese de que comprovadamente houve falha, situação que pede uma mobilização para se re-solver a pendência logo, evitando desdobramentos.

A maneira de lidar com o erro é determinante para o relacionamento com o público. As primeiras providên-cias são pedir desculpas e mostrar interesse sincero em sa-nar a questão. Quem atender o cliente deve estar ciente de que personifica a companhia. A imagem da empresa esta-rá embutida em tudo o que ele falar e fizer. Essa pessoa de-ve manter a calma diante da queixa e assumir uma postura profissional e isenta.

Responder de modo emocional ou entrar numa queda de braço com o autor da reclamação só piora.

Deixar o consumidor desabafar faz parte do processo. É preciso escutá-lo sem interrupção nem pressa, mesmo que ele use tom agressivo. Um equívoco é tentar dar justi-ficativas “criativas” para a falha. O reclamante vai se sentir “enrolado”. Também não adianta dizer que o culpado pelo problema é outro empregado. Para o queixoso, a responsa-bilidade é da empresa toda; afinal ele não é cliente do fun-cionário. O consumidor vai ficar mais irritado ainda se for “empurrado” de um setor para outro. Fica a impressão de que ninguém quer ou sabe resolver.

Por isso, o responsável por atender o caso deve passar se-gurança e competência. Quanto antes se chegar a uma so-lução, melhor. A empresa deve jogar aberto, explicar o que é possível fazer, cumprir o prazo combinado e jamais se comprometer com algo que não poderá entregar. Se for pa-ra refazer o serviço, trocar ou consertar o produto ou mes-mo devolver o dinheiro, que seja rápido. O esforço deve ser direcionado para se chegar a um termo razoável para am-bas as partes.

Um bom atendimento nessa hora é capaz até de melho-rar a reputação perante o cliente. E o que era para ser uma crise pode ser revertido e ajudar a construir uma relação de confiança e credibilidade.

Empreendedorismo

BRUNOCAETANO [email protected]

Bruno Caetano é diretor superintendente do Sebrae-SP e mestre e doutorando em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. O Sebrae-SP é uma instituição dedicada a ajudar micro e pequenas empresas a se desenvolverem e se tornarem fortes. Saiba mais em www.sebraesp.com.br

A nova alta da Selic prevista para esta semana vai mexer mais uma vez com a rentabi-lidades das aplicações. Entre amanhã e quarta-feira, o Co-pom (Comitê de Política Mo-netária) do Banco Central se reúne para definir os rumos da taxa básica da economia, hoje em 7,5% ao ano.

Os economistas consulta-dos pelo BC apostam em um novo aumento de 0,25 pon-to percentual, o que levaria a Selic a 7,75% ao ano, segun-do o boletim divulgado na úl-tima semana. Mas há quem acredite que o aperto mone-tário para controlar a infla-ção possa ser maior, para 8%.

Nos dois cenários, a nova poupança continua levando vantagem sobre os fundos de renda fixa. Para bater a caderneta, os fundos DI pre-cisar ter uma taxa de ad-ministração de até 0,7% ao ano, o que exige um investi-mento inicial mais elevado.

Além disso, a rentabili-dade do CDI vem caindo em relação à Selic. Com isso, o fundo precisa cobrar uma ta-xa de administração ainda menor para oferecer ganhos superiores ao da poupança.

Segundo Samy Dana pro-fessor da FGV Fundação Ge-tulio Vargas), a poupança, que é isenta de IR (Imposto de Renda), é uma aplicação interessante no curto prazo. Para os fundos de investi-mentos, neste caso, pesa alí-

quota do imposto, que varia de 15% a 22,5%, dependen-do do prazo de aplicação. “A orientação é que o investi-dor tente ficar mais de dois anos para que possa se be-neficiar de alíquotas meno-res”, afirma o economista.

Para um fundo com taxa de 1,5% ao ano, por exem-

plo, o ganho ainda perde para poupança para aplica-ções de dois anos. Com uma alta da Selic para 7,75% ao ano, a rentabilidade seria de 10,77%, para 11% da cader-neta. Se o prazo subir para 25 meses, a renda fixa come-ça se a tornar mais vantajo-sa: 11,60% contra 11,51%.

O CDB, por sua vez, pre-cisa pagar mais que 90% do CDI para, de fato, compen-sar em relação à poupan-ça. Já o Tesouro Direto con-tinua rendendo mais que a caderneta em qualquer pra-zo, mas o investidor precisa procurar uma corretora que não cobre taxa. METRO

Seu bolso. Banco Central se reúne esta semana e deve elevar a taxa básica de juros entre 0,25 e 0,50 ponto percentual. Caderneta de poupança se mantém atrativa

Confira como ficam os investimentos com a alta da Selic

BC já recolheu 96,4 mil cédulas falsasO BC (Banco Central) já re-colheu este ano, até abril, 96.464 cédulas de real falsi-ficadas. Em todo o ano pas-sado, foram tiradas de cir-culação 509.597 no país, a maior parte delas no Rio de Janeiro (26.055) e São Paulo (10.707).

As notas de valores maio-res representam a maior parte das cédulas recolhi-das. Neste ano, até abril, o maior número de notas fal-sificadas recolhidas foi de

R$ 50, no total de 23.013 cé-dulas em todo o país.

Ninguém é obrigado a aceitar notas falsas. Caso haja desconfiança sobre a cédula é possível recusar o recebimento. A orientação para quem já recebeu uma nota suspeita de ser falsa é entregar o dinheiro em uma agência bancária que vai en-caminhar a cédula para a análise do BC. Não há tro-ca por notas verdadeiras, de acordo com o BC. METRO

Os assalariados com ní-vel superior receberam em média, em 2011, 219% mais que os que não ti-nham essa formação. O sa-lário médio do primeiro grupo foi de R$ 4.135,06 e o do pessoal sem nível superior, R$ 1.294,70, de acordo com pesquisa rea-lizada pelo IBGE (Institu-to Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar da diferença, na comparação com 2010, os salários de quem não tem nível superior subiram mais: 2,1%, ante 0,6% do ou-tro grupo, de aumento real (acima da inflação).

A fatia dos trabalhado-res com nível superior, por sua vez, cresceu 8,5%, para 17,1% do total de assalaria-dos em 2011, frente a 16,5% no ano anterior. METRO

Salários. Quem tem nível superior ganha 219% mais

Notas falsas encontradas pela polícia em SP | OSVALDO BIRKE/FUTURA PRESS

SELIC EM ALTA Ganho e rendimento para aplicação de R$ 10.000

SELIC EM 7,75% AO ANO

304 617 1.272

FONTE: SAMY DANA, PROFESSOR DA FGV *TR (TAXA REFERENCIAL) IGUAL A ZERO **NÃO CONSIDERA CUSTO DA CORRETAGEM

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6 MESES 12 MESES 24 MESES 6 MESES 12 MESES 24 MESES 6 MESES 12 MESES 24 MESES 6 MESES 12 MESES 24 MESES 6 MESES 12 MESES 24 MESES

3,04%

6,17%

12,72%

2,65%5,37%

11,03%

2,65%

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11,87%

2,36%4,99%

10,77%

2,83%

5,94%

12,71%

SELIC EM 8% AO ANO

304 617 1.272

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DO VELHA

POUPANÇA*NOVA

POUPANÇA*CDB 90% DO CDI

FUNDO DI COM TAXA DE 1,5% A.A.

TESOURO DIRETO**

273 554 1.139 273 574 1.226 246 519 1.122 292 614 1.316

0.00.00.0

15.515.515.5

6 MESES 12 MESES 24 MESES 6 MESES 12 MESES 24 MESES 6 MESES 12 MESES 24 MESES 6 MESES 12 MESES 24 MESES 6 MESES 12 MESES 24 MESES

3,04%

6,17%

12,72%

2,73%5,54%

11,39%

2,73%

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2,46%5,19%

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2,92%

6,14%

13,16%

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com {MUNDO} |07|◊◊

O governo da Colômbia e as Farc (Forças Armadas Re-volucionárias da Colômbia) chegaram a um acordo so-bre a questão crítica da re-forma agrária, o que pode representar um passo sig-nificativo no processo que busca encerrar um prolon-gado conflito. O objetivo é o desenvolvimento econômi-co e social nas zonas rurais e a entrega de terras para as pessoas que vivem lá.

Esse primeiro item da agenda definida para os diálogos estava em discus-são desde novembro do ano passado e era conside-rado o mais difícil da pauta. O processo de negociações que estão sendo realiza-das em Cuba inclui ainda a participação na vida polí-tica, a luta contra o tráfico de drogas, o fim de conflito

e compensação às vítimas. O conflito entre governo e guerrilha, o mais longevo da América Latina, já ma-tou mais de 100 mil pes-soas e deixou milhões de desalojados.

O acordo deste domin-go foi divulgado em um ato formal no Palácio de Con-venções de Havana ao qual estiveram presentes os ne-gociadores do governo e da guerrilha e representantes dos países fiadores do pro-cesso (Cuba e Noruega) e dos acompanhantes (Vene-zuela e Chile). METRO

Paris faz manifestação contra casamento gay

Protesto na França acaba em confronto com a polícia | STEPHANE MAHE/REUTERS

Um homem de 22 anos foi detido ontem no norte de Londres por agentes anti-terroristas por seu suposto envolvimento no recente assassinato do soldado bri-tânico Lee Rigby, em Lon-dres. Com ele já são quatro as pessoas detidas em um caso que gerou temor de tensões sociais. No sábado, a polícia prendeu três ho-mens de 21, 24 e 28 anos.

Os dois supostos assassi-nos são Michael Adebolajo, 28, e Michael Adebowale, 22, britânicos de origem ni-geriana, que justificaram o crime em nome do islã. Os dois permanecem sob custó-dia policial em hospitais di-ferentes de Londres, onde fo-ram internados após terem sido baleados por agentes.

O governo britânico con-firmou ontem que Abedolajo já havia sido preso, em 2010, no Quênia, por suspeita de se reunir com islamitas liga-dos à rede Al-Qaeda. O gover-no vai criar uma força-tarefa

para combater o extremis-mo nas comunidades muçul-manas do Reino Unido. Com 500 policiais, o grupo terá co-mo foco muçulmanos radi-cais que têm potencial de re-crutar seguidores.

Ataque na FrançaNa França, o ministro do

Interior, Manuel Valls, afir-mou que o ataque a um sol-dado em Paris, cometido por um homem ainda fora-gido, tem características de terrorismo islâmico. A polí-cia acredita que o crime po-de ter sido inspirado pelo assassinato de Lee Rigby.

Investigadores antiter-

rorismo estão à procura de um homem com barba, de 30 anos, que possivelmente é de origem norte-africana. Ele fugiu para uma estação de trem após atacar o solda-do de 23 anos com uma faca ou estilete, no sábado. O sol-dado sobreviveu ao ataque.

METRO

Terror. Quatro pessoas já foram detidas pela polícia do Reino Unido. Governo vai criar força-tarefa para combater extremismo. Na França, militar também é vítima de ataque

Parentes do soldado britânico visitaram ontem o quartel onde ele servia | OLIVIA HARRIS/REUTERS

Mais um suspeito é preso por morte de soldado britânico

Dois foguetes atingiram ontem um bairro xiita em Beirute, considerado uma fortaleza do Hezbollah, dei-xando pelo menos quatro feridos. Horas após, um fo-guete foi disparado no fim da noite (horário local) a partir do sul do Líbano em direção a Israel.

Os ataques aumentaram os temores de que o conflito na Síria tenha avançado so-bre o país vizinho. Nenhum grupo reivindicou a auto-ria dos ataques ao Líbano, mas eles ocorreram poucas horas após o líder do Hez-bollah, Hassan Nasrallah, afirmar que continuará lu-tando “até a vitória” ao lado do presidente sírio.

Desde o início dos confli-tos na Síria, foi o primeiro

ataque aparentemente visan-do a área Hezbollah, no sul da capital libanesa.

Em Bagdá, o chanceler sí-rio, Walid al-Moallem, con-firmou pela primeira vez que o regime aceita, “em princípio”, fazer parte da negociação de paz que ocor-rerá no mês que vem, em Genebra (Suíça), com me-diação da ONU, por iniciati-va dos Estados Unidos e da Rússia. Deverão participar também representantes das diferentes facções rebeldes.

Representantes de Wa-shington e Moscou se re-unirão em Paris hoje para debater esses detalhes. O principal assunto deve ser a renúncia de Assad, uma exigência dos países oci-dentais. METRO

Crise na Síria. Ataques com foguetes aumentam temor por avanço de conflito

Pelo menos cem pessoas fo-ram presas durante protes-to contra o casamento gay, que reuniu cerca de 150 mil pessoas ontem em Paris. Os confrontos entre policiais e manifestantes começaram à noite na Esplanada dos Inválidos, ponto turístico da capital, logo após o final da passeata.

Segundo o ministro do Interior, Manuel Valls, “cen-tenas de pessoas de extre-ma-direita” e de movimen-tos nacionalistas iniciaram as agressões. O governo mo-bilizou 4.500 policiais por temer ações por parte de grupos de extrema-direita.

O movimento espera que a demonstração de for-

ça interrompa ou retarde outras leis que permitem a procriação assistida e as mães de aluguel para ca-sais gays.

A lei foi promulgada na semana passada e o pri-meiro casamento gay se-rá celebrado quarta-feira em Montpellier (sudeste).

METRO

Bairro xiita em Beirute foi alvo ontem de dois foguetes| MOHAMMED AZAKIR/REUTERS

Colômbia. Governo e Farc fecham primeiro acordo

100 milé o número de mortes provocadas pelos conflitos entre o governo e a guerrilha.

Tornado

Obama visita áreaem OklahomaO presidente dos EUA, Barack Obama, visitou ontem Moore, em Okla-homa, área que foi de-vastada por um tornado na semana passada. Ele prometeu ajuda a longo prazo para a reconstru-ção do local. Vinte e qua-tro pessoas morreram, sendo sete crianças em uma escola. METRO

Enchentes

Duas mulheres morrem no TexasDuas mulheres morre-ram sábado em uma en-chente em San Antonio, no Texas, EUA. As chu-vas causaram queda de energia, que afetou 12 mil pessoas. METRO

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com |08| MODA

Você acabou de completar 50 anos, mas se planejou para a cri-se de meia idade?Minha crise de meia ida-de acontece desde os meus vinte anos e acho que é uma aventura e tanto, não uma crise. Não vou com-prar um Corvette ou nada

assim.

Você disse antes que não ia fa-zer uma superfesta, mas você parece se divertir usando algu-mas roupas bonitas e ousadas, como o vestido polo rosa. Você se diverte se vestindo assim?Me divirto sim. Adoro chamar atenção. Sou muito honesto quanto a isto. Houve anos em que não queria impressionar, não ligava para aparência e meio que fugia dessas

coisas. Mas, quanto a curtir isso, tenho

que ser eu mesmo. Algumas vezes isso

significa usar um vestido rosa ou

um kilt. Sinto como se eu precisasse ser parte dessa alegria e desse ritual de fazer compras e encontrar algo para vestir e

então, usá-lo. Estar

conectado a isso me faz um

estilista melhor. Não poderia fazer o

meu trabalho se não fosse assim.

Como é o seu relacionamento com Kate Moss?Nós passamos as férias juntos em Ibiza alguns anos atrás com a filha de-la [Lila Grace], [fotógra-fos] Mert [Alas] & Marcus [Piggott] e alguns amigos meus. Passei bons momen-tos com Kate ao longo dos anos. Gostamos, verdadei-ramente, um do outro, a gente tem uma química juntos.

Ela, regularmente, encerra os seus desfiles, você pede isso para ela ou vice-versa?Funciona dos dois jeitos. Ela mostra que tem interes-se em participar e eu, cla-ro, mostro que espero que ela esteja no desfile. Nos úl-timos anos, tem sido assim no desfile da Vuitton, o úni-co que ela faz.

Os seus últimos desfiles da Louis Vuitton continham tons sexuais. Como o sexo influencia o seu trabalho?Sexo é uma grande parte da minha vida e da maio-ria das pessoas, admi-tam elas ou não. Às vezes, quando as coleções ficam mais pessoais, aparecem mais inspirações de na-tureza emocional. Quan-do sonho, rola uma escuri-

dão, um lado melancólico, uma tensão sexual e um tipo de identidade: um elemento de teatralida-de e honestidade. As cole-ções que tenho mais orgu-lho, contêm sentimentos e emoções que as tornam humanas.

Falando de sexo, você está em ótima forma física, assim como o Tom Ford. Quem é o mais forte e por quê?Não sei. Não disputo com o Tom Ford, ele é meu amigo e acho que é ótimo. Ele é um cara boa pinta, mas eu,

certamente, não me preo-cupo em competir com ele [risos]. Não compararia na-da meu com alguma coi-sa dele.

Como acontece a inspiração e o processo de trabalho para dife-renciar a sua marca Marc Jacobs das coleções da Louis Vuitton?A coleção de Nova York re-presenta muito da minha vida pessoal, por ter cres-cido na cidade. Minha co-leção de Paris mostra mui-to da minha vida em Paris. Cada uma é um pouco consequência da minha fantasia de vida: a de ser um estilista francês e tra-balhar com importantes ateliês de Paris – como se estivesse me vendo em um mundo diferente.

Cigarros, café e refrigerante: você poderia dizer que tem uma personalidade viciante?Bem, não coloquemos ci-garros na mesma catego-ria do refrigerante. Humm, cigarros são o meu maior vício e um péssimo hábi-to – não recomendo para ninguém.

MARC JACOBS

O estilista fala de sexo, da modelo Kate Moss e de não ser capaz de competir com Tom Ford

DESVENDADO

GETTY IMAGE

Além de ter comemorado seu aniversário no Rio de Ja-neiro, dia 9 de abril, o esti-lista lançou o primeiro des-file da Marc by Marc Jacobs no Brasil, dia 9 de março, no MuBE (Museu Brasileiro de Escultura - foto), na quar-ta edição do Fashion Day In, de moda jovem.

Brasil

RICHARD PECKETT METRO INTERNACIONAL

MODA+

Ousadia

Roupa de dormir!

De flanela ou de seda, a nova mania de Marc Jacobs são os pijamas. Depois das fases dos

vestidos e dos kilts, agora os PJs são o uniforme

oficial do estilista.

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com {CULTURA} |09|◊◊

2CULTURA

Há poucos filmes em que você pode usar frases como “corpos oleosos” e “aperta-dos ao máximo” e descre-ver com precisão homens e máquinas. “Velozes & Furio-sos 6”, que acaba de estrear nos cinemas, é um deles. O sexto capítulo da série le-va a sua pegada robusta pa-ra Londres, com o objetivo de parar o malvado Owen Shaw [Luke Evans], com to-das as acrobacias que desa-fiam a morte e explosões que esperamos da fran-quia. Entre toda a testos-terona, punhos cerrados e olhares ameaçadores, há a relativamente calma Jorda-na Brewster, que interpre-ta Mia Toretto, a irmã de Vin Diesel na tela. Nós con-versamos com Jordana so-bre intensidade, lingeries e por que caras que dirigem carros envenenados são “idiotas”.

Este filme é intenso e, admi-to, me deu palpitações car-díacas. O que faz seu cora-ção acelerar assim?Ah, veja, eu sou claustrofóbi-ca, então não é difícil fazer meu coração disparar.

Alguma outra experiência?Penso que coisas assim vêm com a idade e tenho apenas 33 anos. Porém, isso aconte-ceu lá pelos meus 20: eu es-tava em um avião e me senti enclausurada. Comecei a pi-rar e não conseguia respirar.

Você interpreta um papel bem maternal no último “Velozes & Furiosos”. Esse papel mexeu contigo de al-gum modo?Você quer dizer como que-rer um bebê? Sim. Eu defini-tivamente quero filhos logo. Eu quero dois ou três, então é melhor eu começar logo. E outra: meu marido é 11 anos mais velho do que eu.

No filme, as garotas lutam tanto quanto os caras. Vo-cê não se incomoda por não participar dessas cenas? Um pouquinho. Isto é um sa-crifício... Eu amo o que ela

[Mia] traz nessa bagunça toda e como ela mostra ao Dom seu lado doce e vulnerável. Mas realmente, eu não boto pra quebrar tudo como a Gal [Gadot], Letty [Michelle Rodri-guez] e a Gina [Carano].

Eu já estive em brigas paté-ticas. Você já esteve em al-guma briga boa?Uma garota me deu um tapa. Eu estava com algumas ami-gas em uma escola em Nova York e uma garota me bateu dentro de uma sala para reve-lar fotos. E eu bati de volta.

Quem tem o pavio curto no set de filmagens?Eu sou bem impaciente. Eu gosto de deixar as coisas to-das prontas e organizadas, então, posso dizer que meu pavio é curto. Eu simples-

mente fico irritada. Você não gostaria de ver isso (risos).

As garotas no filme são bastante hábeis em mani-pular os personagens mas-culinos. Quando você usou de seu charme feminino para conseguir algo?Apenas em ocasiões espe-ciais (risos). Deixe-me pen-sar... Eu flerto e, você sa-be, elogios ajudam muito. Acho que eles desarmam as pessoas,

Outro careca, que não va-mos revelar o nome, apare-ce no final do filme. Qual a relação de “Velozes & Furio-sos” e carecas, músculos e homens depilados?Algumas pessoas dizem que homens carecas tem o nível alto de testosterona – parece ser o caso dessa franquia.

Caras que dirigem esses car-ros supervelozes me pare-cem um pouco ridículos. Eles pensam que suas má-quinas são como uma ex-tensão do pênis?Isso pode valer para alguns homens… E você geralmen-te sabe para quem. Os carros com os sons mais poderosos e muitas luzes geralmente tem um idiota dirigindo.

Ao longo dos anos você pas-

sou muito tempo sendo fo-tografada de lingerie. Es-tou errado em pensar que é assim que você fica em sua casa?(Risos e sarcástica). Claro que fico assim! Absolutamen-te igual nas fotos. E cheia de maquiagem, cabelo tratado e meu corpo brilhando. Não, sério. Eu apenas gosto de fi-car confortável.

Claramente haverá um “Ve-lozes & Furiosos 7”. O que você pode dizer sobre isso?Bem, nada foi definido ain-da. Eu gostaria que fosse mais despojado e que voltás-semos para nossas raízes, em Los Angeles. Penso que seria bem divertido e interessante explorar os personagens em seu próprio território.

JORDANA BREWSTER

BELA E FEROZ

Atriz de ‘Velozes & Furiosos’ fala sobre o sexto fi lme da série, seu temperamento no set e a vida em lingeries

Vin Diesel e sua gangue vão a Londres Após o golpe realizado por Dom (Vin Diesel) e Brian (Paul Walker) no Rio de Janeiro e que dei-xou o grupo com US$ 100 milhões, todos os heróis se espalharam pelo mun-do para gastarem a grana. Mas, enquanto isso, Jobbs (Dwayne Johnson) esteve perseguindo uma organi-zação de mercenários so-bre rodas, um grupo de homens cruéis divididos em 12 países, cujo men-tor é Shaw (Luke Evans), e que tem ajuda da esper-ta Letty (Michelle Rodri-guez). A única maneira de parar este grupo de cri-minosos é superá-los nas ruas. Como recompensa: perdão a todos eles pelo golpe no Brasil e a liber-dade para poderem voltar para as suas casas. METRO

O filme

“Eu gostaria que o próximo filme fosse mais despojado e que voltássemos para nossas raízes, em Los Angeles.” JORDANA BREWSTER, ATRIZ

RICHARD PECKETTMETRO INTERNACIONAL

DIVULGAÇÃO

Uma vida sobre quatro rodinhas

O campeão DaLua é tema de filme que estreia amanhã | DIVULGAÇÃO

Douglas da Silva leva a vi-da, literalmente, com mui-ta adrenalina. Gaúcho de São Leopoldo, mais conhe-cido como DaLua, Douglas é campeão mundial da ca-tegoria skate downhill, uma modalidade de esporte radi-cal disputada nas estradas mais íngremes do planeta. Casualmente, também fica no RS um dos paraísos dos skatistas: a estrada que leva a Teutônia é considerada a mais veloz do mundo, onde os competidores podem che-

gar a 115 km/h. A trajetória do gaúcho

chamou a atenção de três jo-vens cineastas (também gaú-chos), que decidiram fazer um filme sobre o esportista. Durante dois anos, Fernanda Krumel, Rodrigo Pesavento e Tiago de Castro seguiram DaLua em competição por vários cantos do planeta.

Mas o filme “DaLua Dow-nhill”, que estreia amanhã na Sala Eduardo Hirtz da CCMQ (r. dos Andradas, 736), vai além de um simples do-

cumentário sobre o esporte. Durante o período das gra-vações, DaLua fez o circuito mundial, fraturou a perna na África do Sul, perdeu o ti-tulo para seu grande amigo canadense e tornou-se pai. Ainda enfrentou dificulda-des com questões financei-ras, patrocínio e família.

Lançamento da Tem-po Filmes, o documentário mostra que garra e dedica-ção também são importan-tes para vencer os obstácu-los da vida. METRO POA

Show

Zizi Possi de voltaO show “Tudo se

Transformou”, com alguma das mais belas

canções brasileiras, volta a Porto Alegre no dia 14 de junho. Zizi Possi

e banda se apresentam no Teatro do Bourbon Country. Informações

sobre ingressos pelo tel.: no 8401-0555

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com {CULTURA} |11|◊◊

A lista de premiados no Fes-tival de Cannes deste ano é, principalmente, uma se-leção de reflexões sobre as mais atuais questões da sociedade. Do roman-ce homossexual de “La Vie d’Adèle” ao problema fami-liar moderno de “Like Fa-ther, Like Son”, foram os dramas humanos contem-porâneos que ganharam o coração da exigente crítica do evento.

Chocante, sensual e sen-sível, “La Vie d’Adèle”, do diretor franco-tunisiano Ab-dellatif Kechiche, conquis-tou a Palma de Ouro. O fil-me marcou por suas cenas de sexo explícito entre duas mulheres, daquelas que não se veem nas pudicas telas de Hollywood. O longa retrata o primeiro amor de duas adolescentes e as dificulda-des que encontram ao enca-

rar essa relação.Espécie de segundo lu-

gar do Festival de Cannes, o Grand Prix foi entregue para Ethan e Joel Coen, por “Inside Llewin Davis”, único entre os premiados a fugir da temática das encruzilha-das contemporâneas. O lon-ga acompanha um cantor de folk que tenta conquis-tar o sucesso nos anos 1960.

Sem muitas surpresas,

Bérénice Bejo levou o prê-mio de melhor atriz por seu papel de mulher recém-di-vorciada em “Le Passé”. O equivalente masculino fi-cou com Bruce Dern, que viveu um ex-alcoólatra em “Nebraska”.

O mexicano Amat Esca-lante foi eleito melhor di-retor por seu trabalho em “Heli”, que acompanha uma família pobre mexi-

cana que vive à margem da fronteira com os Esta-dos Unidos, sofrendo com o narcotráfico e a corrupção. Escalante apostou em um retrato cru do problema.

“Like Father, Like Son”, do japonês Hirokazu Kore--Eda, convenceu o júri com um relato sobre duas fa-mílias que descobrem que seus filhos foram trocados após um exame de sangue - trama só possível em tem-pos de leitura de DNA.

Além destes, Jia Zhang-ke levou o prêmio de me-lhor roteiro por “Tian zhu Ding” (“Um Toque de Mal-dade”, China), “Ilo Ilo”, de Anthony Chen (Singapura), conquistou o Caméra D’Or e o curta-metragem conde-corado no festival interna-cional foi “Safe”, de Moon Byoung-Gon (Coreia do Sul). METRO BRASÍLIA

Palma de Ouro. Longas sobre homossexualidade, separação, alcoolismo, paternidade, tráfico de drogas e pobreza são os maiores celebrados no encerramento do festival

“La Vie d’Adèle” levou a Palma de Ouro | DIVULGAÇÃO

Cannes premia dramas do mundo moderno

1 . GARETH CATTERMOLE/GETTY IMAGES2 E 3 . PASCAL LE SEGRETAIN/GETTY IMAGES

4 . FRANCOIS DURAND/STRINGER

ELE É O DIRETOR. Amat Escalante

1

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SURPRESA. Bérénice Bejo recebe a boa notícia

SUSPIROS. Não tem para ninguém

MODA. Apresentadora rouba olhares

Mexicano comemora prêmio conquistado por trabalho no cru e violento ‘Heli’.

Todos já esperavam que ela fosse premiada, mas a impagável expressão no rosto de Bejo mostra que ela não estava lá tão segura.

Depois que Uma Thurman desfilou esse modelo prateado na festa de encerramento, não houve chance

para as outras estrelas.

Audrey Tautou se destacou por um belo modelo em vermelho, de ar romântico.

Imagens

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PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com |12| {VARIEDADES}

Metro pergunta

Para falar com a redação: [email protected] também no Facebook: www.facebook.com/metrojornal

Metro web

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@jornal_metropoaQual a sua opinião sobre as condições da Rua dos Andradas, conhecida pelos porto-alegrenses como Rua da Praia?

Leitor fala

@omeuecomagaPodiam limpar com frequência o chão.

@EvertonAQuevedoAlgumas lajotas (cerâmicas) estão soltas e quando chove você pisa e salta água com barro na roupa! Mais lixeiras!

Transporte públicoEstamos ouvindo quase que diaria-mente inúmeros relatos e reclama-ções sobre o aumento (ou não) das passagens de ônibus de Porto Ale-gre e tem chamado a atenção a cul-pa que está sendo “jogada” sobre as isenções. Mas isso me causa surpre-sa, nem mesmo a EPTC fala na mídia todos aqueles que têm direito a isen-ção, como podem então culpar os isentos pelo aumento? Já que os pa-gantes (não considero os estudantes, pois estes pagam meio valor), sub-sidiam os demais e as empresas ale-gam que estão no “vermelho”, tendo prejuízo, porque não acabar com a isenção dos agentes da EPTC, porque não acabar com a isenção de todos os rodoviários (motoristas, cobrado-res, mecânicos e administrativos) e então limitar a quantidade de passes livres para os idosos baixa renda de 60 até 64 anos. Essa é a sincera opi-nião de um trabalhador e estudante que utiliza dois ônibus para ir ao tra-balho, um para ir para a faculdade e dois ônibus para voltar para casa. Sei muito bem como é nosso transporte, e acho que deve haver justiça, não é somente esse ou aquele que esta cer-to o errado, chega de hipocrisia se é para mudar vamos ser coerentes.LAIRTON CARDOSO MORAES – PORTO ALEGRE, RS

O momento é pouco indicado para se envolver em negócios ousados. Nas relações, procure agir de ma-neira compreensiva com a postura de algumas pessoas.

Está mais propenso a se dedicar aos as-suntos de pessoas que possui maior vínculo, é importante não parar sua vida por isso. Momento importante para decisões em conjunto.

Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

O trabalho é uma área propensa a novida-des diante de planos que possuir. Será fundamental separar razão e emoção diante de decisões importantes que precisará tomar.

Cuide para que a ansiedade com algumas expectativas profissionais e materiais não sobrecarreguem sua rotina. Cuidado com o seu jeito de agir será fundamental.

Período propício para desfrutar mo-mentos de diversão com os amigos. O exercício de alguma arte ou de algo que faça superar a timidez será positivo para as emoções.

Há tendências para posturas mais consumistas. Nas relações, atente-se para não se exceder com ma-nias e ciúmes. Momento propício para definir projetos materiais.

Suas emoções estarão mais transparentes que o normal, o que requer atenção para que varia-ções de humor não atrapalhem a convivência com os mais próximos.

Evite se afastar de pessoas especiais por causa de irritações da rotina. Algumas delas poderão auxi-liá-lo na maneira de enfrentar desafios.

O espírito de grupo será essencial nas re-lações de trabalho e para a conquista de metas. Retomar a convi-vência com velhas amizades proporcionará momentos especiais.

A retomada de antigos assuntos é uma tendência junto às relações de maior vínculo. O mais indicado é esclarecê-los ao invés de remoer sentimentos negativos.

Período especial para revisar papéis que envolvam questões materiais e documentos. Momento bom para se dedicar a novos conhecimentos que tragam prazer à sua rotina.

Momento importante para lidar com te-mas relacionados a viagens e contatos à distância. Cuide para não se exceder em exigências diante das relações de maior vínculo afetivo.

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Ecoinovação

ANDRÉJ. A. GABRIEL

André J. A. Gabriel é coordenador do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Metodista de São Paulo. É engenheiro químico (UFRRJ), especialista em psicologia junguiana (IJEP), mestre em química orgânica (UFRRJ) e doutor em ciências (USP).

ECOCIRCUITOSQuando olhamos para a natureza, surge uma questão pulsante - o equilíbrio que existe nas formas de vida distribuídas em verdadeiras cadeias de produção de energia, distribuição de alimentos, diversidade e admirável consciência de seus papeis no conjunto da obra.

A qualidade da presença é inigualável na natureza – ser o que se é e realizar o papel devido no momento presente. Assim, a ár-vore que cresce e sustenta o solo, renova e resfria o ar, se adaptando e criando harmo-nia ao seu redor - não foge de seu propósito. Cria o diálogo com os outros seres viventes, não sendo invasiva, e procurando luz atra-vés do heliotropismo. Isto é consciência!

Heliotropismo é o movimento que as plantas fazem buscando a melhor posição para captar a luz solar. O girassol tem es-te nome por causa deste movimento – suas flores giram buscando maior incidência de luz solar. Este exemplo mostra o quan-to de consciência todos os seres viventes possuem.

Os animais são reconhecidos farejado-res de desastres naturais – a seriema, ave do Brasil central, canta quando vai chover e o gado sobe o morro. Nos tsunamis, os ani-mais livres saem em debandada antes do evento. Os peixes e aves realizam seus mo-vimentos migratórios quando precisam de melhores condições para se reproduzir e se alimentar, e fazem deslocamentos conti-nentais. Uns poderiam chamar instintos, eu digo que há uma enorme consciência e pre-sença nestas ações harmônicas coletivas.

Estas são propostas de pensarmos como nos gerenciamos inseridos na sociedade hu-mana: quanto caos há na nossa consciência, o quanto somos o que não deveríamos ser e o como nos limitamos e adoecemos quando nos separamos da essência da verdade con-tida na natureza – a qualidade da presença.

Horóscopo

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com {CULTURA} |13|◊◊

Paisagens reveladas em pequenos detalhesAs telas pequenas (de no máximo 20cm) e as minúcias das pinturas marcam o estilo do fluminense Paulo de Carvalho, que expõe até o final da semana na Galeria Paulo Capellari (r. Visconde do Rio Branco, 691). As 16 obras inéditas remetem o publico à região serrana de Petrópolis no início do século 20, revelando o clima bucólico do local | DIVULGAÇÃO

Os guris da Selton estão conquistando o mundo. Com uma mistura bem-hu-morada de rock sulista com canções em italiano, inglês e português, o quarteto gaú-cho (formado depois que os quatro amigos de escola se reencontraram em Barcelo-na) acaba de fazer um giro por vários países europeus.

Agora, eles invertem o roteiro e vem tocar no Bra-sil. A primeira apresentação será hoje, dentro do projeto Segunda Maluca.

No show, Ramiro Levy (voz, guitarra e ukelele), Ri-cardo Fischmann (voz, gui-tarra e sintetizador), Eduar-do Stein Dechtiar (voz e baixo) e Daniel Plentz (voz e bateria) mostram o reper-

tório de “Saudade”, o disco gravado no final de 2012 e que reúne toda a diversão e influências musicais possí-veis, incluindo canções tra-dicionais de vários países e

a participação de convida-dos como Arto Lindsay.

O show começa às 22h, no Opinião (José do Patrocí-nio, 834). Ingressos a R$ 30.

METRO POA

Todos os sotaques gaúchos

Quarteto Selton toca hoje no Opinião | RAUL KREBS/DIVULGAÇÃO

Dois pioneiros do debate sobre a questão ambiental no Brasil se encontram ho-je em Porto Alegre, como convidados do programa Fronteiras do Pensamen-to. Marina Silva e Fernan-do Gabeira dividem o palco do Salão de Atos da UFRGS, a partir das 19h30 de hoje.

Além do reconhecimen-to dos ambientalistas, Ga-beira e Marina têm em comum uma trajetória po-lítica que ganhou espaço na mídia e chamou a atenção para seus discursos. Mas, muito antes de ser depu-tado federal, Gabeira deve ser considerado um autor de livros relevantes sobre o Brasil atual e cronista dos principais jornais brasilei-ros – atualmente, comanda o programa “Capital Natu-ral” na BandNews TV.

Já Marina Silva, antes de chegar ao senado e ser uma uma das principais líderes socioambientais do plane-ta, foi ligada ao movimen-to sindical e à causa do se-ringueiro Chico Mendes no Acre.

Apesar das origens di-ferentes, Gabeira e Mari-na possuem pensamentos comuns quanto à questão ambiental: é insustentá-vel pensar o meio ambien-te e o desenvolvimento do país como opostos. Segun-do eles, o que importa é manter-se sempre persis-tente em relação ao dese-jo de políticas estruturan-tes e novas alternativas em todas os setores, seja cultu-ral, econômico ou social.

No debate desta noite, os dois convidados devem abordar temas diversos, como o Fundo de Partici-pação dos Estados, as li-nhas de crédito para o ex-trativismo, a lei de acesso a biodiversidade, o comba-te ao desmatamento, a cri-se climática e a valorização do consumo consciente, além das formas alternati-vas de energia e da econo-mia criativa.

Informações sobre o Fronteiras do Pensamen-to pelo tel.: 3019-2326 e no site www.fronteiras.com

METRO POA

Debate hoje. Marina Silva e Fernando Gabeira são os convidados do Fronteiras do Pensamento. Eles colocam suas opiniões sobre ‘O Brasil e a Questão Ambiental’

Fernando Gabeira é autor de livros sobre o Brasil atual | DIVULGAÇÃO

Ecologia na pautaEdital

Natura Musical abre inscrições O Programa Natura Mu-sical está recebendo inscrições para a nona edição do seu edital na-cional, que apoia inicia-tivas culturais com a música brasileira como foco central. Serão R$ 2 milhões para financiar a produção de CDs, espetá-culos, livros e pesquisas. Inscrições no site www.naturamusical.com.br

METRO POA

Música

El Mapa será em novembro Está confirmada a quarta edição do festival El Ma-pa de Todos, com bandas latino-americanas. O en-contro será nos dias 26, 27 e 28 de novembro, no Opinião.

METRO POA

Teatro 1

‘Popcorn’ em cartaz no SescA comédia “Popcorn”, um dos espetáculos mais aguardados do Festival Palco Giratório, tem úni-ca apresentação hoje, às 20h, no Teatro do Sesc (av. Alberto Bins, 665). O filme gira em torno de um jantar familiar festi-vo que vira um pesadelo depois que uma convida-da inesperada revive an-tigas intrigas. R$ 20.

METRO POA

Teatro 2

Franceses em clima de sonhoAmanhã, também no Sesc, às 20h, será encenado “A Espuma do Ar”, elogiado trabalho da companhia francesa Les Apostrophés. R$ 20.

METRO POAMarina Silva tem reconhecimento internacional | TEREZA HEZIM/DIVULGAÇÃO

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com |14| {ESPORTE}

3ESPORTE

Kanaan comemora com leite, parte da tradição da prova | ROBERT LABERGE/GETTY IMAGES

Tony Kanaan escreveu on-tem seu nome na história da Fórmula Indy e do automo-bilismo mundial ao vencer, pela primeira vez, as 500 Mi-lhas de Indianápolis. O piloto da KV Racing é o quarto bra-sileiro a conquistar uma das provas mais tradicionais do mundo. Além dele, Emerson Fittipaldi (1989 e 1993), Gil de Ferran (2003) e Helio Castro-neves (2001, 2002 e 2009) já comemoraram o triunfo no circuito oval.

Correndo sempre nas pri-meiras posições, Kanaan sa-cramentou a vitória a três vol-tas do fim, quando, depois de uma relargada, ultrapassou o americano Ryan Hunter-Reay, atual campeão da categoria. Depois disso, o escocês Dario Franchitti bateu e a bandeira amarela foi agitada e se man-teve até a 200a volta, garan-tindo, assim, a conquista de

Kanaan. Helio Castroneves, da

Penske, que chegou a liderar a disputa, terminou a prova na 6ª posição. Já Bia Figueire-do, da Dale Coyne, foi a 15ª.

Após as 500 Milhas, a li-derança do campeonato fi-cou com o americano Marco Andretti, que soma 168 pon-tos, 11 a mais que o japonês Takuma Sato. Helio Castrone-ves é o 3º, com 152. Kanaan é o 7º, com 124 e Bia Figueiredo a 26ª, com 53.

METRO

Emocionante. Piloto baiano torna-se o quarto brasileiro a vencer a prova mais tradicional do automobilismo norte-americano com ultrapassagem a três voltas do fim da corrida

Kanaan conquista as 500 Milhas pela 1a vez

1Beijo no asfalto.

Kanaan beija a linha de chegada do circuito oval de Indianápolis. METRO

2Velocidade. Ultrapassagem sobre

rivais quase no fim da cor-rida garantiu o troféu a Kanaan. METRO

1

2

1 . JEFF ROBERTS/REUTERS2 . ROBERT LABERGE/GETTY IMAGES

Cenas

“A última volta foi a mais longa da minha vida. Filho, te prometi, né? Está aí, foi para você.”

TONY KANAAN, DEDICANDO A VITÓRIA AO FILHO LEONARDO

Título

ItáliaA Lazio, de Mauri,

conquistou ontem a Copa Itália no clássico sobre a Roma. O gol

da vitória por 1 a 0 foi marcado por Lulic.

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com {ESPORTE} |15|◊◊

Felipe Kitadai fi ca com a prataNo sábado, Felipe Kitadai, da Sogipa, ficou em tercei-ro lugar na categoria até 60 kg. Para chegar à meda-lha, Kitadai passou pelos casaques Ashkhat Telma-nov e Yeldos Smetov na re-pescagem. Medalha de ou-ro nos Jogos Olímpicos de Londres, Sarah Menezes levou o bronze na catego-ria até 48 kg. Na final, ela foi derrotada pela japone-sa Hiromi Endo.

METRO POA

Cigano vence e Pezão perdeA madrugada de on-te trouxe uma vitória e uma derrota para os brasileiros no UFC 160, disputado em Las Ve-gas. Com um nocaute aplicado com um chu-te rodado, Junior Cigano venceu Mark Hunt. O re-sultado colocou Cigano como o principal desa-fiante ao título.

Já Antônio Pezão foi derrotado por Cain Ve-lásquez. METRO POA

Venus é derrotada em Roland GarrosA edição 2013 de Roland garros durou pouco tem-po para Venus Williams. A americana foi derrota-da pela polonesa Urszula Radwanska, em uma par-tida que durou 3h19.

Já Roger Federer não te-ve dificuldades para des-pachar o espanhol Pablo Carreño por 3 a 0.

Hoje Rafael Nadal e No-vak Djkovic estreiam no segundo Grand Slam da temporada. METRO POA

Mayra Aguiar leva o bi no MastersA gaúcha Mayra Aguiar, da Sogipa, conquistou ontem o bicampeonato do Masters de judô. Na categoria até 78 kg, May-ra venceu na final a hún-gara Abigel Joo, em Tyu-den, na Rússia.

No masculino, Rafael Silva ficou com a prata na categoria até 100 kg, e Vitor Penalber levou o bronze na categoria até 81 kg.

METRO POA

Judô1 Judô 2 UFC Tênis

Foram necessários dois mi-nutos de bola em jogo pa-ra que o Campeonato Bra-sileiro tivesse seu primeiro gol e 11 para que a rede fos-se balançada pela segunda vez, no sábado. Coube ao In-ter a amargura de sofrer os gols. Quando o time colora-do abriu os olhos e viu que a competição havia começa-do, o Vitória vencia por 2 a 0, na Fonte Nova. Com mui-to esforço, a equipe de Dun-ga buscou o empate em sua estreia no Brasileirão.

“Ficamos 15 minutos olhando para o céu, depois ficamos ligados”, reclamou o meia D’Alessandro ao deixar o gramado no intervalo.

O apagão resultou nos gols de Maxi Biancucchi, após troca rápida de passes, e Gabriel, em jogada pelo alto. O Inter demorou a se encon-trar no jogo, errou passes em

demasia. Mesmo assim, con-seguiu ir avançando em cam-po. “O time teve uma reação muito boa”, destacou Dunga em uma entrevista coletiva

de poucas palavras.A reação começou com

Fred, o mais lúcido dos co-lorados em campo. Ele pas-sou por três defensores e rolou para Forlán marcar, recolocando o Inter no jo-go. No segundo tempo, os gaúchos entraram mais ativos e pressionaram na busca da igualdade. Ela chegou com Fred, aos 18

minutos. Após lançamento de D’Alessandro, o meia re-cebeu na frente do goleiro para empatar.

Muriel e Fabrício, expul-sos na última rodada do Bra-sileirão 2012 e na Copa do Brasil, respectivamente, não entraram em campo por pre-caução jurídica. “Essa foi uma surpresa. Pegou a mim e todos vocês também. Tanto que treinamos a semana to-da com um time”, lamentou o treinador. A direção segue na busca por reforços para os três setores do time.

METRO POA

Estreia. Inter começa partida sonolento, reage e busca empate por 2 a 2 com o Vitória

Fred teve boa atuação e participou dos dois gols do Inter | ALEXANDRE LOPS/INTERNACIONAL

Faíscaatrasada

O gol de Robben, aos 44 mi-nutos do segundo tempo, tornou, no sábado, o Bayern de Munique o terceiro clu-be a ter cinco títulos da Liga dos Campeões, atrés de Real Madrid (nove) e Milan (sete). Atrelado a vitória por 2 a 1 so-bre o Borussia Dortmund, em Londres, está a missão para o novo técnico Pep Guardiola, que assume o comando do ti-me no lugar de Jupp Heync-kes na próxima temporada. O espanhol terá a incumbên-cia de criar uma dinastia do clube no continente.

Foi uma decisão que fez os dois lados irem às lágri-mas. Em um jogo disputado, o clímax apareceu no segun-do tempo. Mandzukic abriu o placar aos 15 minutos. Após

pênalti cometido pelo brasi-leiro Dante, Gündogan em-patou. E aos 44 do segundo tempo, Robben deu o títu-lo ao Bayern. O holandês te-ve chance de decidir na final da última Copa do Mundo e falhou, desperdiçou pênalti na decisão da Liga dos Cam-peões do ano passado e du-rante o jogo tinha desperdi-çado outras oportunidades.

Emocionado, ele não se-gurou às lagrimas ao térmi-no da partida. Com um or-çamento mais modesto e um time que joga com o co-ração, os jogadores do Bo-russia também ficaram com os olhos marejados. Já os de Guardiola devem ter ficado bem abertos, pois sua missão não será fácil. METRO POA

Robben anotou o gol do título | ALEX GRIMM/GETTY IMAGES

Penta. Bayern é campeão e deixa missão para técnico

Wilson; Nino Paraíba , Victor Ramos, Gabriel e

Mansur; Neto Coruja, Cáceres, Escudero, Maxi Biancucchi (Marquinhos) e Renato Cajá (Vander); Dinei (Giancarlo). Técnico: Caio Júnior

Agenor; Gabriel, Rodrigo Moledo, Juan e Kleber

(Vitor Júnior); Airton, Willians (Josimar), Fred e D’Alessandro ; Diego Forlán e Rafael Moura (Cassiano). Técnico: Dunga

22

• Local. Arena Fonte Nova, em Salvador, na Bahia• Gols. Maxi Biancucchi, aos 2, Gabriel, aos 11, e Forlán, aos 30

minutos do 1o tempo; e Fred, aos 18 minutos do 2o tempo• Arbitragem. Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ), auxiliado por Fábio

Pereira (TO) e Rodrigo Henrique Corrêa (RJ)

VITÓRIA

INTER

1avez no ano em que o time do técnico Dunga sofre dois gols na mesma partida.

“Ficamos 15 minutos olhando para o céu, depois ficamos ligados.”D’ALESSANDRO, MEIA DO INTER

Tradicionalmente atípico, o GP de Mônaco voltou a mos-trar ser único no mundo da Fórmula 1. A receita para a vitória no Principado se man-teve, com Nico Rosberg, da Mercedes, cravando a pole, largando bem e não cometen-do erros na sua condução pa-ra vencer pela primeira vez no ano, seguido por Sebastian Vettel e Mark Webber, ambos da Red Bull. Há 30 anos, seu pai, Keke, também venceu nesta pista.

Com os pneus durando mais tempo, o número de pit stops diminuiu e as ultrapas-sagens foram feitas no braço. Veloz em treinos, mas com fraco desempenho nas pro-vas, a Mercedes foi a equipe mais beneficiada com as ca-

racterísticas da pista. O acidente de sábado que

fez com que Felipe Massa lar-gasse em último se repetiu na corrida e ele abandonou. A prova chegou a ser inter-rompida por um acidente en-volvendo Maldonado, da Wil-liams, e Chilton, da Marussia.

A classificação do mundial de pilotos tem Vettel com 107 pontos, Raikkonen com 86 e Alonso com 78.

METRO POA

Mônaco. Assim como o pai, Nico vence no Principado

23corridas seguidas na zona de pontos alcançou Kimi Raikkonen, da Lotus. Ele está a uma de igualar o recorde de Michael Schumacher.

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com |16| {ESPORTE}

Não tem espaço para o pas-sado no elenco do Grêmio. Ainda cicatrizando a elimi-nação prematura na Liberta-dores, o elenco quer pensar no futuro e não olhar mais para o passado. A melhor forma de fazer a ferida fe-char completamente é com uma série de vitórias. A pri-meira delas veio na estreia do Campeonato Brasileiro diante do Náutico, ontem.

O 2 a 0, no Alfredo Jaconi, foi o primeiro jogo do Trico-lor desde a derrota para o Santa Fe. “Tive uma sema-na terrível. Não saí de casa. É ruim. Fico com vergonha do torcedor. O que mais dói não foi a derrota, mas a ma-neira como ela aconteceu”, relembrou o técnico Van-derlei Luxemburgo.

Muito do que faltou no jogo de Bogotá esteve pre-sente em campo ontem. Os primeiros minutos fo-ram de um Grêmio for-te ofensivamente, atacan-do pelos lados do campo, principalmente pelo es-querdo com Alex Telles. Mesmo que tenha passado em branco, Barcos partici-pou bastante da partida, seja pelo alto ou em joga-das pelo chão. O argentino chegou a ver o goleiro sal-var seu chute da risca da pequena área para o golei-

ro salvar, aos 15 minutos.Instantes depois, saiu o

gol gremista. Após troca rá-pida de passes, Barcos to-cou para Souza, que dividiu com o goleiro, na sobra, Zé Roberto tocou para dentro do gol.

O domínio gremista di-minuiu somente no come-ço do segundo tempo. Após o primeiro terço da etapa final, a produção ofensi-va voltou a crescer, deixan-do o adversário encurralado em seu campo. Aos 25 mi-nutos, Souza cruzou e Ela-no desviou, de cabeça, para as redes.

“Sabíamos que teríamos um pouco de nervosismo. A torcida está chateada. Com o tempo se esquece a elimi-nação. Nosso time está se conhecendo dentro e fora de campo”, analisou o trei-nador gremista.

Focando no que ainda es-tá por vir, o treinador vol-tou a mostrar confiança de que até o término do seu contrato, no fim da próxi-ma temporada, o clube irá ser campeão de competi-ções importantes. O primei-ro passo para esquecer a eli-minação foi dado, mas a caminhada para apagá-la de vez é longa. METRO POA

Futuro. Tentando esquecer eliminação na Libertadores, Grêmio supera o Náutico por 2 a 0 na estreia no Campeonato Brasileiro

De cabeça, Elano marcou o segundo gol do Grêmio | LUCAS UEBEL/GRÊMIO FBPA

Olhando para frente Brasileirão 1ª rodada

SÁBADOVASCO 1 X 0 PORTUGUESA

VITÓRIA 2 X 2 INTERNACIONALCORINTHIANS 1 X 1 BOTAFOGO

ONTEM

GRÊMIO 2 X 0 NÁUTICOPONTE PRETA 0 X 2 SÃO PAULO

CRICIÚMA 3 X 1 BAHIASANTOS 0 X 0 FLAMENGO

FLUMINENSE 2 X 1 ATLÉTICO-PRCRUZEIRO 5 X 0 GOIÁSCORITIBA 2 X 1 ATLÉTICO-MG

CLASSIFICAÇÃO

P V GP SG

1º CRUZEIRO 3 1 5 52º CRICIÚMA 3 1 3 23º GRÊMIO 3 1 2 24º SÃO PAULO 3 1 2 25º CORITIBA 3 1 2 16º FLUMINENSE 3 1 2 1

7º VASCO 3 1 1 18º INTER 1 0 2 09º VITÓRIA 1 0 2 0

10º BOTAFOGO 1 0 1 011º CORINTHIANS 1 0 1 012º FLAMENGO 1 0 0 013º SANTOS 1 0 0 014º ALÉTICO-MG 0 0 1 -115º ATLÉTICO-PR 0 0 1 -116º PORTUGUESA 0 0 0 -117º BAHIA 0 0 1 -218º NÁUTICO 0 0 0 -219º PONTE PRETA 0 0 0 -220º GOIÁS 0 0 0 -5

Classificados para a Libertadores Rebaixados para a Série B

Brasileirão 2ª rodada

QUARTA-FEIRA15H

ATLÉTICO-PR X CRUZEIRO19H30

BOTAFOGO X SANTOSSÃO PAULO X VASCO

21H

FLAMENGO X PONTE PRETABAHIA X CORITIBA

NÁUTICO X VITÓRIA22H

GOIÁS X CORINTHIANSQUINTA-FEIRA

19H30INTER X CRICIÚMA

9/618H30

ATLÉTICO-MG X GRÊMIO12/622H

PORTUGUESA X FLUMINENSE

• Estádio. Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul

• Gols. Zé Roberto, aos 15’ do 1o tempo, e Elano, aos 25’ do 2o tempo;

• Arbitragem. Guilherme Ceretta de Lima (SP), auxiliado por Vicente Romano Neto e Celso Barbosa de Oliveira (ambos de SP)

Dida;ParáWerleyBressanAlex Telles;FernandoSouzaZé RobertoElano(G. Biteco);Vargas(Kleber)Barcos(Welliton) Técnico: V. Luxemburgo

Felipe;MaranhãoJoão FelipeLuis EduardoJosa;ElicarlosR. SoutoMartínezRogério(J. Carioca);CaíonElton(Adeilson)Técnico: Silas

GRÊMIO NÁUTICO

2 0Com o orçamento mais enxu-to após a queda na Libertado-res, o Grêmio terá mudanças no seu elenco e a folha sala-rial será reduzida ao máximo. A primeira delas será a saída do lateral André Santos.

Emprestado pelo Arsenal até julho, o jogador sequer viajou para Caxias do Sul e es-tá fora dos planos. O técnico Vanderlei Luxemburgo foi di-reto ao tratar do assunto. “Ele foi uma aposta boa que deu resultado, mas que não deu para continuar”, afirmou o treinador.

O atacante Kleber e o vo-lante Fernando também po-dem sair. Ao ser questiona-do se terá uma sequência de oportunidades, pois Var-gas servirá a Seleção Chile-na, o Gladiador ironizou. “Va-mos ver. Será?”, questionou

sem mostrar entusiasmo. Já o meio-campista interessa ao futebol europeu e foi lacônico ao tratar do tema. “Agora vou ir para a Seleção. Vamos ver o que acontece”, desconversou.

O clube contratou o volan-te Moisés junto ao Juventude.

METRO POA

André Santos não fica e Kleber ironiza o futuro

Antes do Barça, lágrimas na despedida

Neymar não conteve o choro | SÉRGIO LIMA/FOLHAPRESS

Novamente, todos os olha-res estavam nele. Diferente-mente de outros jogos, es-te seria o último em que ele vestiria a camisa 11 do San-tos. Em sua despedida do Pei-xe, Neymar não conseguiu deixar sua marca no empa-te por 0 a 0 com o Flamen-go, em Brasília, na estreia do Campeonato Brasileiro.

Foi a 230ª partida do cra-que com a camisa santista. Desde 2009, foram 138 gols marcados pelo clube e seis títulos, entre eles, a Taça Li-bertadores de 2011. Mas, se sobrou emoção – o atacan-

te chorou durante o hino nacional –, faltou bola. Bem marcado, o novo jogador do Barcelona não brilhou em sua última apresentação pe-lo Peixe. O jogador afirmou

que voltará ao Santos no futuro.

Mesmo com uma propos-ta menor do que a do Real Madrid, o Barcelona foi a sua escolha. O clube catalão pagou R$ 74 milhões pelo jo-gador de 21 anos, contra R$ 93 milhões oferecidos pelo Real. O clube de Madri tam-bém ofereceu salário maior ao atacante: R$ 29 milhões anuais, contra “apenas” R$ 18,5 milhões do Barça. Os detalhes da apresentação de Neymar no clube espanhol ainda não estão definidos.

METRO

“Tive uma semana terrível. Não saí de casa. É ruim. Fico com vergonha com o torcedor.”VANDERLEI LUXEMBURGO, TÉCNICO DO GRÊMIO

“A desclassificação faz parte do passado. Começamos com o pé direito.”

ELANO, MEIA DO GRÊMIO

“Vamos ver. Será?”

KLEBER, ATACANTE DO GRÊMIO AO FALAR SE TERÁ UMA SEQUÊNCIA NO TIME

“Ainda pode acontecer muita coisa. Agora vou para a Seleção. Vamos ver o que acontece.”

VOLANTE FERNANDO SOBRE A POSSIBILIDADE DE SER VENDIDO

6vitórias tiveram os mandantes na primeira rodada do Brasileirão. Ocorreu somente uma vitória de visitante.

26gols foram marcados na primeira rodada.

“Encerro com chave de ouro minha primeira passagem pelo Santos. Só tenho a agradecer e dizer até logo. Já já estamos de volta.”NEYMAR, ATACANTE DO SANTOS

Segunda-feira, 27 de maio de 2013 Especial Zona Norte

A região de entrada

de Porto AlegreOs desafios e os projetos da zona norte da capital

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com |02| {ESPECIAL ZONA NORTE}

ESPECIAL+

Para destravar o trânsito na zona norte de Porto Alegre, o principal projeto é o metrô li-gando o Centro à Fiergs. Des-de o anúncio de R$ 1 bilhão do governo federal para a obra, em outubro de 2011, es-tudos foram feitos e os custos, mais próximos da realidade, assustaram as autoridades.

Em abril passado, a prefei-tura anunciou o resultado da análise das propostas para a construção do metrô de Por-to Alegre. A única considera-da pelos técnicos, apresenta-da pela Invepar/Odebrechet Transport Participações, pre-via um custo de R$ 9,5 bilhões para a obra por meio do mé-todo construtivo “shield”, que consiste em escavações pro-fundas. “Todos entendem que este valor é inviável”, resumiu o prefeito José Fortunati.

O secretário de Gestão, Ur-bano Schmitt, explica que a escavação a 27 metros de pro-fundidade não causaria inter-ferência na superfície, mas

exigiria quatro níveis de sub-solo nas estações. Mesmo com adaptações para reduzir cus-tos, o valor ficaria abaixo deR$ 7 bilhões, mais que o dobro do previsto inicialmente (o valor inicial foi atualizado deR$ 2,46 bilhões para R$ 3,085 bilhões.

Com a inviabilidade do custo do método construtivo apresentado, a prefeitura de-cidiu reiniciar o processo. Se-rão recebidas, em prazo ainda indefinido, novas propostas de manifestação de interesse para o projeto do metrô. Ago-ra, só serão consideradas as que contemplarem o método

“cut and cover”, que consis-te na abertura de valas rasas na superfície para a constru-ção do túnel do metrô. Em vez dos 27 m, seriam 12 m de profundidade. Com o abre e fecha, o trânsito é atingido, com a necessidade de desvios durante as escavações. Com isso, a construção do metrô só deve começar no ano que vem.

O projetoSerão 15 quilômetros de tri-lhos subterrâneos com 13 es-tações, distribuídas entre as proximidades da Esquina De-mocrática e a Fiergs. O metrô deverá atender diariamente a um público estimado em 300 mil passageiros, ampliando a oferta de transporte público e estimulando a redução do transporte individual. Serão 25 composições (trens), for-madas cada uma por seis car-ros, que transportam em tor-no de 270 pessoas cada carro.

METRO POA

O que vem por aí. Propostas não faltam para aliviar as tranqueiras na zona norte. O metrô é a principal delas, mas esbarra no alto custo para sair do papel, apesar de ter parte dos recursos assegurados pelo governo federal

destravar o trânsitoAs propostas para

Linha do aeromóvel do aeroporto deve começar a operar no segundo semestre | GABRIELA DI BELLA/METRO

Trensurb quer estender aeromóvel até a ArenaCom a proximidade da con-clusão do trajeto de um qui-lômetro de extensão do ae-romóvel que liga a estação Aeroporto da Trensurb até o Aeroporto Internacional Salgado Filho, a aposta nes-se sistema de transporte co-mo alternativa se expan-de na capital e na região metropolitana.

A ideia preliminar da Trensurb é estender a linha

até o novo estádio do Grê-mio, a Arena, o que aumen-taria em 2,5 quilômetros o

traçado da linha do aeropor-to. O assunto não é tratado oficialmente, mas o primei-ro passo será levar a ideia para aprovação do governo federal antes do início dos estudos de viabilidade. Esti-mativas apontam que a ex-tensão até a Arena custaria cerca de R$ 75 milhões para via única e R$ 150 milhões para via elevada dupla.

METRO POA

Obras já atingiram 75% de conclusão | GABRIELA DI BELLA/METR0

BR-448 será nova opção de saídaSe confirmada a previsão do Ministério do Planeja-mento, Orçamento e Ges-tão, a BR-448 (Rodovia do Parque) estará concluída no início de 2014. O prin-cipal objetivo da obra, que já atingiu 75% de conclu-são segundo o balanço mais recente, é desafogar o tráfego na saturada BR-116, que recebe, em mé-dia, 130 mil veículos por dia no trecho metropoli-tano. Outro objetivo é de-senvolver a economia do

Estado. Alento para quem conta exclusivamente com a BR-116 como alternativa para chegar a Porto Ale-gre e uma opção para des-locamento a partir da zo-na norte.

A rodovia terá 22,3 quilômetros de exten-são e custará R$ 1 bilhão. Uma novidade é o prolon-gamento da rodovia em mais 32 quilômetros, de Sapucaia do Sul a Estância Velha. METRO POA

150passageiros é a capacidade do veículos do aeromóvel que já está em fase de testes junto ao aeroporto Salgado Filho.

R$ 3,085bilhões é o valor atualizado do custo do metrô de acordo com os recursos disponíveis por meio da participação do governo federal, do Estado, da prefeitura e da iniciativa privada.

Zona norte

“Os antigos cinemas da avenida Assis Brasil,

como o Real e o Rey, marcaram muito a minha infância. Ia

sempre quando era piá. Os cinemas eram bastante concorridos na época. Além disso,

também considero um ponto marcante

da zona norte o viaduto da Volta

do Guerino.”JAIR KOBE, ATOR QUE INTERPRETA

O GURI DE URUGUAIANA

TerminalIntermodal

Fiergs

Bernardino S. Amorim

Sarandi

CristoRedentor

Félix deCunha

Ramiro BarcelosConceição

TerminalIntermodalTriângulo

TerminalIntermodalCairu

Terminal IntermodalRua da Praia

TerminalTerminalIntermodalCairuCairu

av. Assis

Brasil

av. Farra

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av. Protásio Alves

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Constant

1ª ETAPA Metrô terá 13 estações

PORTOALEGRE

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com {ESPECIAL ZONA NORTE} |03|◊◊

Há quantos anos o sr. mora na zona norte? O que mais gosta na região?Na minha casa atual, no bairro Boa Vista, moro há três anos. Antes disso, morei por oito anos no bairro Lin-doia. Minha vida toda foi na zona norte. Aqui mora a mi-nha família e também fica o meu escritório. Tenho tu-do por perto: shopping, res-taurantes, serviços e a escola das minhas filhas.

Quando está em sua casa, o que mais gosta de fazer?Aproveito para curtir a mi-nha mulher e as minhas duas filhas. Ficamos em ca-sa, tomando chimarrão e brincando com as nossas cachorras, a Maia e a Cha-nel. A única coisa que o Gu-ri de Uruguaiana não apro-

varia seriam os animais de estimação, cheios de frescu-ra (risos).

Qual lugar você sempre fre-quenta na região?O Shopping Iguatemi e a Cristóvão Colombo, on-de fica meu escritório. Es-ses lugares têm tudo o que preciso.

Já fez apresentações na zo-na norte?Em setembro, eu sempre me apresento no Teatro do Bourbon Country, em shows alusivos à Semana Farroupilha.

Como foi participar do pro-grama “Agora é Tarde”, da Band?Muito bacana! A repercussão me surpreendeu. O Danilo

(Gentili, apresentador) já co-nhecia meu trabalho e a en-trevista rendeu.

O Licurgo é seu fiel escudei-ro. A parceria surgiu quan-do e em que circunstância?Antes de o personagem “nascer” de fato, eu já tinha pensado no nome dele, que vem de uma pessoa que co-nheci em Uruguaiana. O per-sonagem estreou com o Gu-ri no teatro, em 2008. Para a missão de interpretá-lo, eu chamei meu compadre, Lui-zinho, que segue comigo até hoje.

Qual a receita para produ-zir tantas versões de suces-so do “Canto Alegretense”?Estou sempre ligado nos su-cessos do momento, como a música “Amor de Choco-

late”, do cantor Naldo, que foi base para a versão mais recente do Guri, “Amor de Chocolatchê”. Além dis-so, tenho uma equipe mui-to boa que trabalha comigo e que também está sempre por dentro das novidades.

O homem de negócios Jair Kobe e o persona-gem Guri de Uruguaiana

são distintos ou ambos se complementam?Entendo que o Guri é um personagem rico, com ain-da muita coisa a ser feita e explorada. E eu, Jair Kobe, enquanto homem de negó-cios, acredito que estou sa-bendo administrar todo esse potencial.

Como foi decisão de não

aceitar a oferta para inte-grar o elenco de “Zorra To-tal”, da Globo?Se eu aceitasse participar do programa, mudaria to-talmente o foco do Guri de Uruguaiana, que já é um personagem consagrado. Fi-quei imensamente grato pe-lo convite, mas não aceitei.

Na sua opinião, qual o sím-bolo que representa a zo-na norte?Os antigos cinemas da aveni-da Assis Brasil, como o Real e o Rey, marcaram muito a minha infância. Ia sempre quando era piá. Os cinemas eram bastante concorridos na época. Além disso, tam-bém considero um ponto marcante da zona norte o viaduto da Volta do Guerino.

METRO POA

TIAGO TRINDADE/DIVULGAÇÃO

JAIR KOBEHomem de negócios e humorista, ele tem seu recanto na zona norte da capital. É junto da mulher e das duas

fi lhas que o pai do personagem Guri de Uruguaiana renova as energias para fazer tanto sucesso

‘MINHA VIDA TODA FOI NA ZONA NORTE’

Interpretando diversas ver-sões do “Canto Alegreten-se” na voz do personagem Guri de Uruguaiana, Jair Ko-be tem arrebatado milhares de fãs por todo o Rio Gran-de do Sul. Conheça os hits que estão bombando nas re-des sociais:

• Amor de Chocolatchê. Paródia do hit do verão do funkeiro Naldo.

• Ai se eu te pego “gaudério”. Versão Michel Teló do “Canto Alegretense”.

Receita de sucesso

Há quase uma década sendo o palco do Carnaval gaúcho, o Complexo Cultural do Porto Seco ganhou um no-vo projeto que abrange ati-vidades culturais, espaços de atendimento administra-tivo e social. Depois de um Carnaval turbulento, a pro-posta vai além de transfor-mar o espaço numa Sapu-caí. A ideia é que o Porto Seco possa ser utilizado du-rante todo o ano para aten-der diversas demandas da população da zona norte de Porto Alegre.

O projeto prevê a imple-mentação de um centro ad-ministrativo regional, com atendimentos na área de saúde, educação e cultu-ra. O novo complexo cul-tural receberá melhorias na pista, na iluminação e nas arquibancadas (mais al-tas e confortáveis e dividi-das em frisas, camarotes e cadeiras). “Depois de pron-to, o Porto Seco poderá re-ceber grandes espetáculos e até campeonatos de tênis

ou vôlei. O ideal é que se-ja bem aproveitado”, apon-ta Raul Macadar, arquiteto responsável pelo projeto. Além da arquitetura, serão orçadados também os pro-jetos complementares da rede elétrica, hidráulica e de prevenção contra incên-dios. Atualmente, o Carna-val de Porto Alegre recebe de 10 a 12 mil pessoas. De-pois de pronto, o complexo terá capacidade para cerca de 24 mil pessoas.

ImpasseO alto custo das obras pre-vistas no Complexo Cul-tural do Porto Seco está exigindo da SMC (Secreta-ria Municipal da Cultura) a reformulação da ideia

inicial. O custo é milio-nário – poderia superarR$ 30 milhões –, mas a pre-feitura evita estipular valo-res. “O orçamento assustou a todos. Temos nos reuni-do para encontrar uma for-ma de reduzir os preços dos módulos”, afirma o secretá-rio municipal da Cultura, Roque Jacoby.

A expectativa do secretá-rio é que o custo de implan-tação dos módulos 1 e 2, es-timado em R$ 10 milhões, caia pela metade com alte-rações que serão feitas no projeto. Independente do custo, a SMC garante que a reestruturação ocorrerá, mas ainda sem prazo defi-nido para ser concluída. “O prefeito (Fortunati) se com-prometeu com a comunida-de carnavalesca e estamos trabalhando nesse sentido”, destaca Jacoby, que preten-de buscar recursos junto ao Ministério da Cultura, Turis-mo e parcerias públicas pa-ra viabilizar as obras previs-tas. METRO POA

Novo Porto Seco. Além do Carnaval, a estrutura também poderá ser utilizada como espaço administrativo e social pela comunidade

Simulação mostra novas arquibancadas, mas projeto deverá ser alterado | PMPA/DIVULGAÇÃO

Um complexo mais usual

Equipamentos que vão funcionar no Porto Seco:

• Seção da Fasc e Creche

• Guarda Municipal

• Telecentro com acesso a computadores e internet

• Centro de Referência da Juventude e Centro de Educação Integral

• Unidade de Saúde para atendimento médico

• Conselho Tutelar para casos envolvendo menores

• Sine

• Descentralização da Cultura

• Estacionamento para 2 mil carros e 80 ônibus

Estrutura

R$ 10 mié o valor estimado pela prefeitura para a construção dos dois primeiros módulos das arquibancadas do Porto Seco.

O novo consulado deve aumentar em 20% o número de gaúchos que visitam os EUA. Sem precisar se deslocar para conseguir o documento, o turista também poupará tempo e dinheiro. A economia será de, no mínimo, R$ 700 por pessoa. É bom também para as agências de viagem, que podem se programar com mais antecedência.

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com |06| {ESPECIAL ZONA NORTE}

Conforme o banco de dados do Sindus-con/RS (Sindicato da Indústria da Cons-trução Civil no Estado), até 2008 a zo-na norte detinha aproximadamente 40% dos investimentos imobiliários privados de Porto Alegre. No entanto, entre 2009 e 2011, houve um declínio de 20%. Para o presidente da entidade, Paulo Garcia, a queda foi acentuada depois que o De-cea (Departamento de Controle do Espa-ço Aéreo) reduziu para 76 metros acima do nível do mar a altitude máxima para construções num raio de quatro quilô-metros no entorno do aeroporto.

Para piorar a expectativa dos investi-dores, em novembro de 2011, o Decea al-terou novamente a altura permitida, des-sa vez para 48 metros acima do nível do mar, causando indignação no Sindus-

Construção restrita. Devido a normas da Aeronáutica, prédios no entorno do aeroporto Salgado Filho não podem ter mais que 48 metros acima do nível do mar. Medida impede novos prédios

Zona norte no limite

Enquanto os governos acer-tam as tratativas para o fim da exigência do visto entre brasileiros e norte-america-nos, o governo de Barack Obama se reaproxima dos gaúchos reabrindo um pos-to de emissão do documen-to na capital. Com previsão de entrar em funcionamen-to no início de 2014, O Con-sulado dos Estados Unidos em Porto Alegre funcionará na avenida Assis Brasil, no bairro Passo D’Areia, na zo-

na norte. Em janeiro, o em-baixador do país no Brasil, Thomas Shannon, assinou o contrato de locação do imó-vel que abrigará a sede da representação.

O imóvel escolhido pelos norte-americanos fica na es-quina com a rua Bezerra de Menezes, a uma quadra do viaduto Obirici. O prédio já está sendo reformado e adaptado para a nova ativi-dade. O contrato de locação é de nove anos e nove me-

ses, com possibilidade de prorrogação. Não está con-firmada a data de inaugu-ração, mas a primeira etapa liberada será para a renova-ção da permissão para aque-les que não precisam de en-trevista (os que já têm o visto, menores de 16 anos e maiores de 60).

Desde 1996, a cidade não conta com uma representa-ção norte-americana, o que obriga os gaúchos que que-rem viajar aos EUA a se des-

locarem a outras unidades, em São Paulo, Rio de Janei-ro, Brasília e Recife. Con-forme o embaixador, o in-teresse é facilitar a vida dos turistas e, também, de quem pretende fazer negó-cios. Ele listou as priorida-

des como industrial, cirúr-gica e agrícola.

Para Shannon, o Rio Grande do Sul tem uma eco-nomia dinâmica, e as neces-sidades e oportunidades po-dem ser recíprocas entre os países. “Estamos fechan-do postos em todo o mun-do, só estamos ampliando esta relação com o Brasil e com a China”, complemen-ta Charles Grover, ministro--conselheiro da Embaixada dos EUA no Brasil. Além de

Porto Alegre, Belo Horizon-te também terá emissão de vistos.

Mais vistosNa capital, a representação deverá ter capacidade para emitir de 500 a mil vistos por dia. Em 1996, Porto Ale-gre emitia cerca de cem vis-tos diários. A equipe de tra-balho deve contar com pelo menos 20 oficiais america-nos, além de 60 a 70 brasi-leiros. METRO POA

Sede ficará na Assis Brasil | GABRIELA DI BELLA/METRO

States mais perto em 2014

RITA VASCONCELOSPresidente, Associação Brasileira das Agências de Viagens no RS

Análise

1.000vistos por dia poderão ser emitidos em Porto Alegre

“Quer dizer que nos últimos 50 anos não estávamos seguros?”

PAULO GARCIA, PRESIDENTE, SINDUSCON/RS

Cidade cresceu ao redor do aeroporto

Salgado Filho

GABRIELA DI BELLA/METRO

con/RS. A entidade não vê uma solução e questiona as questões de segurança ale-gadas pela Aeronáutica. “Quer dizer que nos últimos 50 anos não estávamos segu-ros?”, questiona Garcia. Para ele, o gran-de problema é que a norma ignora total-mente a topografia da cidade.

Nem quadra esportivaCom a nova norma, nem mesmo quadras esportivas podem ser construídas nos terrenos em morro, por exemplo. O limi-te aplicado abrange uma área que vai da

avenida Assis Brasil à aveni-da Protásio Alves e da ave-nida Ramiro Barcelos à rua Ary Tarragô, e engloba bair-ros tradicionais da cidade, como Moinhos de Vento, Be-la Vista e Auxiliadora.

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Evento de inauguração da Arena do Grêmio, realizado no fim do ano passado, emocionou torcedores e simbolizou a abertura do local para grandes eventos | GABRIELA DI BELLA/METRO

A zona norte se transfor-mou, nos últimos anos, no principal eixo de grandes espetáculos da cidade. In-dependentemente do pú-blico estimado – seja de 400 pessoas, 5 mil ou 50 mil –, os produtores sempre terão um palco apropriado na re-gião que avança pela aveni-da Assis Brasil.

Inaugurado há 15 anos junto à Fiergs, o Teatro do Sesi funcionou como uma espécie de abre-alas para es-sa cena musical privilegia-da que atualmente existe em Porto Alegre. A acústica perfeita e a plateia confor-tável de quase 2 mil lugares já abrigaram temporadas de artistas como Chico Buar-que e Marisa Monte, além de apresentações memorá-veis de Liza Minelli e Burt

Bacharach. A distância da região central também aca-bou se transformando num ponto positivo para os gran-des shows realizados no es-tacionamento da Fiergs,

que já recebeu astros pop, como Black Eyed Peas, Lady Gaga e Eric Clapton.

Outra opção sempre lem-brada é o Estádio do Zequi-nha, que cedeu seu grama-do para os belos shows de Elton John e Pearl Jam. Mais recentemente, a zona nor-te viu abrir o basicão Pepsi on Stage, o simpático Tea-tro CIEE e o versátil Teatro do Bourbon Country, que pode se assumir como pis-ta de dança ou manter as poltronas para uma plateia bem-comportada.

Para completar a cena de palcos privilegiados, a Arena do Grêmio também provou ser um bom espaço para shows – e recebeu nin-guém menos que um Rei (leia o texto abaixo).

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Vários palcos. Com a abertura de novos espaços, a zona norte da capital concentra os grandes shows e atrai a atenção dos produtores

Elton John fez um espetáculo simpático no Estádio do Zequinha | GABRIELA DI BELLA/METRO

A região dos espetáculos

Arena surge como palco para os grandes showsNão são apenas os gladiado-res do futebol que terão o privilégio de atuar na Arena do Grêmio. O estádio, con-siderado o mais moderno complexo multiúso da Amé-rica Latina, além de espaço esportivo será palco para os mais variados tipos de even-tos culturais e sociais.

O primeiro grande show da Arena foi em 20 abril, e viveu grandes emoções, com o Rei Roberto Carlos, que comemorou 72 anos e

dividiu o palco com sua or-questra de 16 músicos, re-gida pelo maestro Eduardo Lage. Roberto Carlos abriu o show com “Emoções” e

em seguida saudou o públi-co. Durante o espetáculo te-ve ainda bolo de aniversário e queima de fogos de arti-fício. De acordo com a or-ganização, cerca de 50 mil pessoas acompanharam a apresentação.

Foi o primeiro grande teste da recém-inaugurada Arena do Grêmio, que pro-mete ser um novo local pa-ra grandes espetáculos em Porto Alegre e no Estado.

METRO POA

50 milpessoas prestigiaram o primeiro grande show da Arena do Grêmio, com Roberto Carlos, no mês passado.

Pepsi On Stage

Estacionamento da Fiergs

Estádio Passo D’Areia

Arena do Grêmio

Teatro do Bourbon Country

Teatro do Sesi

Tetro CIEE

Palcos da zona norte

Os projetos e os desafios da zona sul e da área central de Porto Alegre

A região que abraça oGuaíba

Segunda-feira, 27 de maio de 2013 Especial Zona Sul/Centro

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com |02| {ESPECIAL ZONA SUL/CENTRO}

ESPECIAL+ 1Praia de

Ipanema.

De ponta a ponta podemos encontrar as mais diversas cenas no calçadão de Ipanema. O menino anda de bicicleta, o casal corre para manter a boa forma, a família toma chimarrão, os namorados contemplam o pôr do sol. Na beira da praia o lazer fica mais radical, pois tem kitesurf e stand- up. Um lugar para todos.

2Fundação Iberê Camargo.

Com design contemporâneo, pode ser apreciada por dentro e também por fora. No fim de tarde, suas paredes brancas recebem o tom alaranjado do pôr do sol. Um espaço de arte para se contemplar, e de lazer para desfrutar.

3Usina do Gasômetro.

É um dos principais símbolos da cidade. É emocionante voltar a Porto Alegre de avião e localizar, do alto, a chaminé do centro cultural. METRO POA

Região em constante crescimento, a zona sul de Porto Alegre se destaca pela proximidade com o Guaíba. É para ali, nas margens do rio, que a vida dos moradores converge. Um recanto à parte que reúne lazer, esporte e cultura.

O Metro apresenta alguns dos locais mais apreciados pela população.FOTOS: GABRIELA DI BELLA

A vida perto do Guaíba

12

3Zona sul

“O que mais gosto na zona sul é a natureza, acordar pela manhã, ver os passarinhos

cantarem, a zona sul é um pouco estilo

interior...”DUNGA, TÉCNICO DO INTER E

MORADOR DA REGIÃO

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com {ESPECIAL ZONA SUL/CENTRO} |03|◊◊

Linha do aeromóvel pode ter extensão pela orla

Catamarã singra as águas desde outubro de 2011

FOTOS: GABRIELA DI BELLA/METRO

Avenidas Coronel Marcos e Vicente Monteggia à espera de duplicação

Moradores da zona sul es-

peram há anos pela duplicação das avenidas Co-ronel Marcos e Vicente Mon-teggia. Os relatos de proble-mas são recorrrentes. O fluxo de veículos é constante, o que gera congestionamentos em alguns horários do dia. Na Co-ronel Marcos circulam 17.445 veículos, em média, por dia. Na Vicente Monteggia, 21.330 diariamente. As pistas são es-treitas e o congestionamento é inevitável. As calçadas não existem em alguns trechos. Na Coronel Marcos, a explica-ção da prefeitura é que a ave-nida tem características de estrada.

No mês passado, o pro-jeto de duplicação das duas vias foi inscrito no Programa de Pavimentação e Qualifica-ção de Vias Urbanas no Mi-nistério das Cidades, dentro

do PAC 2 (Programa de Ace-leração do Crescimento) por meio de carta-consulta, para uma possível seleção e libera-ção de recurso para execução das obras. “São obras caras e que precisam de recursos pa-ra serem feitas”, comenta a supervisora do Escritório de Projetos e Obras da Smov (Se-cretaria Municipal de Obras e Viação), Márcia Dias.

Apesar de ambas esta-rem inscritas, há diferencia-ção nos projetos. Segundo a Smov, o projeto de duplicação da Coronel Marcos é conside-rado preliminar e prevê, por exemplo, qualificação e estru-turação do espaço público ao longo da via, subsistemas de

circulação, pista de circulação de veículos – particulares e de transporte coletivo – e ciclo-via. O custo estimado para du-plicar os 3,3 km da via é de R$ 64 milhões.

Já o projeto da Vicente Monteggia, conforme apon-ta Márcia Dias, tem cará-ter executivo e pode ser lici-tado assim que os recursos forem liberados. A dupli-cação de toda a via, aproxi-madamente 3 km, orçada emR$ 54 milhões, vai desde a Ca-valhada (Campos Velho e No-noai) até a avenida Rodrigues da Fonseca (Igreja da Vila Nova e avenida João Salamoni), mais uma variante, no trecho final, junto a um parque. METRO POA

Ainda é um sonho a im-plantação do aeromó-vel do Centro até a zona sul da capital. Na sema-na passada, a Trensurb entregou ao prefeito Jo-sé Fortunati um estudo técnico que prevê a cria-ção de uma linha entre o Mercado Público e a ave-nida Juca Batista, num total de 17 quilômetros de extensão, dividido em três fases.

O estudo apontou que nas duas primeiras partes do trajeto, entre o Centro e o BarraShop-pingSul, o aeromóvel

poderia ser utilizado por 51 mil passageiros dia. No primeiro trecho, até a praça Itália, ao lado do Praia de Belas, seriam 30 mil passageiros por dia. A elevada de 650 metros existente junto à Usina do Gasômetro poderia ser utilizada, caso o pro-jeto seja implementa-do. O custo do aeromó-vel é de R$ 60 milhões por quilômetro, em via dupla de circulação. Em um prazo de até 90 dias a EPTC dará um parecer sobre a viabilidade do projeto. METRO POA

64milhões de reais é o custo estimado para a duplicação da avenida Coronel Marcos.

54 milhões de reais é o custo estimado para a duplicação da avenida Vicente Monteggia.

Novos meios de transporte rumo à zona sul

Mais opções. Com o início das operações do catamarã na região, moradores ganharão mais alternativas de locomoção até o Centro e a Guaíba. Aeromóvel também é analisado

EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação), Marinha e a empresa Cat-Sul trabalham juntas para liberar nos próximos dias o transporte de passageiros pelo catamarã na zona sul de Porto Alegre. As obras do píer em frente ao Barra-ShoppingSul, custeadas pela Multiplan, administradora do shopping, estão concluí-das, mas questões técnicas – definição de trajeto e sina-lização, por exemplo – em-perram a liberação.

O terminal do catamarã na região funcionará como uma parada de ônibus in-cluída no trajeto Porto Ale-gre-Guaíba, que já existe. Para Cappellari, o catamarã não solucionará os proble-mas do trânsito, mas é uma opção rápida para quem não não quer usar o ônibus ou seu veículo.

“A pessoa poder deixar o carro no shopping ou no estacionamento do Cais do Porto para utilizar o trans-porte hidroviário já é uma alternativa importante”, avalia. O terminal da zona sul fica a 11 minutos de des-locamento do Centro Histó-rico de Porto Alegre e 11 mi-nutos até Guaíba.

O sistema de passagens será manual, mas mas a EPTC projeta adotar a bi-lhetagem eletrônica do TRI e do SIM.

Nova embarcaçãoO novo terminal funciona-rá, nos dois primeiros me-ses, em caráter experimen-tal com oito viagens por dia. A tarifa será de R$ 5 pa-ra o Centro e R$ 7,25 na via-gem até Guaíba. A empresa CatSul, que opera o serviço atualmente e vai atuar na nova linha, construiu uma nova embarcação, maior do que a em uso, para suportar o aumento da demanda pe-lo serviço. METRO POA

“A pessoa poder deixar o carro no shopping ou no estacionamento do Cais do Porto para utilizar o transporte hidroviário já é uma alternativa importante.”VANDERLEI CAPPELLARI, DIRETOR-PRESIDENTE DA EPTC

Novos meios de transporte rumo à zona sul

No aeroporto, serviço vai começar a operar no segundo semestre

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com |06| {ESPECIAL}ZONA SUL/CENTRO

O projeto de revitalização da orla do Guaíba, elaborado pelo arquiteto curitibano Jai-me Lerner, já soma 4,5 mil itens e 110 páginas e, por seu detalhamento, prome-te transformar o trecho de 5,9 quilômetros entre a Usi-na do Gasômetro e o arroio Cavalhada, no bairro Cris-tal. “Trata-se de um proje-to de arte para marcar a ci-dade de Porto Alegre. É um projeto que atende às neces-sidades do gaúcho, que ado-ra contemplar o rio e o pôr do sol”, observa o titular do Gabinete de Desenvolvimen-to e Assuntos Especiais, Ede-mar Tutikian.

A proposta é redesenhar a orla e implantar um par-que urbano 24 horas. Junto ao Guaíba haverá um trilho de palafitas para que os fre-quentadores caminhem jun-to às águas. Quem estiver no calçadão terá escadarias pa-ra descer à margem. Em to-do o trecho, haverá novo pai-

sagismo. “A nossa orla será diferente de qualquer outra. Será a orla de Porto Alegre”, afirma o prefeito José Fortu-nati. Outra novidade será o sistema especial de ilumina-ção. O projeto prevê um siste-ma de postes de 18 metros de altura, inclinados sobre a or-la e equipados com lâmpadas LED destinadas a fornecer luz suficiente para permitir o lazer e a prática de atividades no período noturno.

Bares e restaurantesSerão construídos ainda ci-clovia, calçadão novo, ba-nheiros, restaurantes, ba-res, quadras esportivas de vôlei e futebol e um termi-nal turístico para os barcos de passeio junto à Usina do Gasômetro. Como nem to-das as áreas estão sob com-petência da prefeitura, será preciso negociar com Inter, Grêmio e donos da área do antigo Estaleiro Só. A ideia é

que a passagem do calçadão e da ciclovia não sofram in-terrupções junto ao parque Gigante, aos campos do Grê-mio e ao Estaleiro, que estão na orla. Junto ao parque Ma-rinha será criado um centro esportivo, com diversas qua-dras. As intervenções nessa área devem ocorrer em um segundo momento.

A previsão é que até o mês que vem seja lançado edital de licitação para a rea-

lização das obras no trecho inicial de 1,5 quilômetro a partir da Usina do Gasôme-tro. O investimento da pre-feitura deve ultrapassar os R$ 40 milhões. METRO POA

Simulação mostra como deve ser área próxima à Usina do Gasômetro | JAIME LERNER ARQUITETOS ASSOCIADOS

O que está previsto no pro-jeto da orla da prefeitura, numa extensão de 5,9 qui-lômetros entre a Usina do Gasômetro e o arroio Cava-lhada, no bairro Cristal:

• Calçadão. O projeto prevê calçadão, ciclovia em toda a extensão e bancos.

• Quiosques. As estruturas atuais, feitas com lonas, serão trocadas.

• Quadras esportivas. A área junto ao parque Marinha, que já tem quadras, será renovada para esportes como futebol 7, de areia e vôlei de praia.

• Terminal turístico. Junto à Usina será construído um terminal para os barcos de passeio, com bilheteria e sala de espera para os passageiros.

O que vem por aí

“Trata-se de um projeto de arte para marcar a cidade de Porto Alegre. É um projeto que atende às necessidades do gaúcho, que adora contemplar o rio e o pôr do sol.” EDEMAR TUTIKIAN, TITULAR DO GABINETE DE DESENVOLVIMENTO E ASSUNTOS ESPECIAIS

Há quanto anos mora na zona sul?Desde 1990 tenho minha ca-sa e vim morar em 1999, quando voltei para o Inter.

O que mais gosta na região?Da natureza, acordar pela manhã, ver os passarinhos cantarem, a zona sul é um pouco estilo interior...

Quando está em sua casa, o que mais gosta de fazer?Tomar chimarrão com os vi-zinhos no fim da tarde e fa-zer churrasco com os mais chegados.

Que lugar você sempre fre-quenta na zona sul?Quando eu tenho tempo o que mais gosto é caminhar

na beira do Guaíba, admirar a paisagem, a natureza e ou-vir os sabiás.

Qual a diferenca do Dunga de hoje para o capitão do tetra em 1994 e o técnico da Seleção em 2010?Estou mais maduro, algu-ma coisa percebo mais rapi-damente. Quando eu era ca-pitão eu pensava mais na equipe. Como treinador te-nho que pensar como um to-do, tomar decisões que nem sempre agradam, me me-ter em assuntos que, na teo-ria, não seriam do treinador, e fazer com que as coisas an-dem para que a equipe este-ja bem.

É mais difícil ser técnico ou jogador? Por quê?

Treinador. Tenho uma res-ponsabilidade que, muitas vezes mesmo não tendo in-gerência sobre determinado assunto, eu vou ser cobrado da mesma forma. E quando tem que fazer uma equipe de trabalho, mudanças, nem sempre é aceito porque as pessoas já estão habituadas a certo tipo de passo.

Liderança para você é sinô-nimo de...Exemplo. Se você não faz, não pode cobrar dos outros.

Qual o símbolo que repre-senta a zona sul? O sabiá. Porque não tem na-da mais bonito que passar pelo calçadão e ver ele can-tar entre os pedestres.

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ALEXANDRE LOPS/INTERNACIONAL

DUNGATécnico e ídolo colorado fala sobre o que mais gosta na região onde mora

‘A ZONA SUL É UM POUCO ESTILO INTERIOR’

A nova orla mais próxima

Para contemplar. Lançamento do edital de licitação para dar início à revitalização de 5,9 quilômetros deve sair até o mês que vem

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com {ESPECIAL ZONA SUL/CENTRO} |07|◊◊

Região é a preferida da construção civil pelo maior espaço vago para empreendimentos

GABRIELA DI BELLA/METRO

Desde a virada do século, a zo-na sul de Porto Alegre é a mi-na de ouro para o mercado imobiliário. O lançamento de inúmeros condomínios, hori-zontais e verticais, estabelece definitivamente o crescimen-to e o interesse pela tranqui-lidade da região. Conforme os censos do IBGE, a popula-ção dos bairros da zona sul te-ve crescimento de 15% entre 2000 e 2010, superior ao de toda Porto Alegre, que foi de 4% no mesmo período.

Para o presidente do Se-covi/RS (Sindicato Intermu-nicipal das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Condomí nios Residen-ciais e Comerciais no Estado), Moacyr Schukster, os dados

comprovam que é atrativo morar na região, que tem fo-co residencial e bairros ar-borizados. Além de novas moradias, os investimentos também ocorrem no comér-cio, serviços, infraestrutura, gastronomia e cultura. “A zo-na sul tem se solidificado, e o desenvolvimento continua-rá nos próximos anos”, avalia.

Shoppings e infraestruturaA região tem tudo o que o morador precisa e se estabe-lece em definitivo na criação de um novo polo comercial,

analisa o dirigente. Destaque para o lançamento de vários shoppings de portes distin-tos como o Barrashopping-Sul, o Copacabana Center, o Paseo Zona Sul e o Shopping Granville.

Mas não é só isso. Ques-tões como qualidade de vida, segurança e infraestrutura, por exemplo, pesaram na ho-ra que a psicóloga Fernanda Azevedo, 32 anos, e o bancá-rio Diego Dias, 31, decidiram comprar há três anos, uma ca-sa ampla no loteamento Im-perial Parque, no bairro Aber-ta dos Morros. “Conseguimos resolver toda a nossa vida sem sair daqui. Amamos a zona sul e não trocamos por nada”, comenta Fernanda.

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Zona sul valorizada. Região concentra investimentos imobiliários na capital e, junto, crescem o comércio, os serviços e a infraestrutura

Sobrados em condomínios fechados são sonho de muitos porto-alegrenses na região | GABRIELA DI BELLA/METRO

Para onde cresce a cidade

Área do Jockey Club terá torres de alto padrãoO projeto de 18 prédios resi-denciais e duas torres comer-ciais da Multiplan, proprietá-ria do BarraShoppingSul, que será construído na área onde estão as cocheiras do Jockey Club, é a prova de que o mer-cado imobiliário da zona sul está mesmo aquecido.

Avaliadas em R$ 900 mi-lhões, as obras do condomí-nio residencial de alto padrão estão previstas para começar no próximo ano. Oficialmen-te, o grupo não dá detalhes

do empreendimento, devido à fase de aprovação de pro-jetos. Para realizar o investi-mento, o grupo desenbolsou cerca de R$ 50 milhões, dis-tribuídos em benfeitorias e compras de áreas na região. Entre as contrapartidas está

a construção de 500 casas pa-ra famílias dos bairros próxi-mos, uma avenida ligando a Icaraí à Diário de Notícias e a recuperação e canalização do arroio Cavalhada, entre outras.

O próximo passo do pro-jeto é passar pelo Estudo de Viabilidade Urbanística. Em seguida, os estudos terão de passar por avaliação da Smam (Secretaria Municipal do Meio Ambiente).

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R$ 900milhões é o custo estimado do investimento na região.

“Amamos a zona sul e não trocamos por nada.”FERNANDA AZEVEDO, PSICÓLOGA

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2013www.readmetro.com |08| {ESPECIAL}ZONA SUL/CENTRO

Centro, histórico e culturalA maioria das pessoas nem se dá conta, mas quem pas-sa pelo Mercado Público e caminha pela rua da Praia em direção ao Guaíba está no lugar onde a cidade co-meçou, há mais de dois sé-culos. Colonizada primeiro por imigrantes europeus e estratégicamente posiciona-da para operações militares, Porto Alegre viveu explosão de crescimento industrial e populacional nos idos de 1800. A orientação positivis-ta também deu ênfase à mo-dernização da cidade. Logo, Porto Alegre (chamada na época Porto dos Casais) pas-saria a ser o cartão de visitas do Rio Grande do Sul.

Localizada entre o centro do poder brasileiro e as ca-pitais da Argentina e Uru-guai, Porto Alegre tinha uma vida econômica efer-vescente, que também se refletia na vida cultural. As-sim, em 1858, foi inaugura-do o Theatro São Pedro, até hoje nossa principal casa de espetáculos. O Mercado Pú-blico começou a funcionar

em 1870, enquanto a Biblio-teca Pública abriu suas por-tas em 1877.

Aos poucos, o Centro recebeu melhorias em in-fraestrutura e um inten-so programa de obras para construção de prédios pú-blicos imponentes, deno-tando seu caráter histórico e cultural. Com o passar dos anos, muitos destes belos prédios foram transforma-dos em espaços culturais.

Um dos destaques deste conjunto de prédios é o an-tigo Hotel Majestic, que ho-je abriga a Casa de Cultura Mario Quintana. O projeto do arquiteto alemão Wie-derphan, do início dos anos 1930, dividiu o prédio com uma simpática travessa e

marcou época com hóspe-des famosos como João Gil-berto e o poeta Mario Quin-tana. O arquiteto alemão também assina outros pré-dios que são referência na cultura porto-alegrense, co-mo o Museu de Arte do RS, o prédio do Memorial do RS e o Santander Cultural.

Por tudo isso, o Centro é considerado, hoje, a re-gião cultural por excelên-cia. Além dos prédios já ci-tados, ainda concentra os principais museus de ar-te, o Júlio de Castilhos, o centro cultura da anti-ga CEEE, conjunto da pra-ça da Matriz (que reúne a Catedral Metropolitana, o Palácio Piratini e o Solar dos Câmara) e o imponen-te prédio da Usina do Ga-sômetro – lá onde a capi-tal encontra o rio.

Até o final do ano de 2014, deve ser inaugurado o Centro Cultural da Caixa, que vai oferecer à popula-ção mais um teatro e espa-ços de exposições e convi-vência. METRO POA

Origens da capital. A área atual do bairro foi, um dia, toda a cidade. Atualmente, a região concentra a história e a cultura

Catedral Metropolitana é um dos destaques arquitetônicos de Porto Alegre | GABRIELA DI BELLA/METRO

Alguns dos mais belos prédios do Centro Histórico de Porto Alegre têm a assinatura do arquiteto alemão Theo Wiedersphan.

O Centro Histórico abriga alguns dos principais espaços culturais de Porto Alegre:

• Theatro São Pedro

• Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), na Praça da Alfândega

• Memorial do Rio Grande do Sul

• Casa de Cultura Mario Quintana

• Santander Cultural

• Solar dos Câmara

• Museu Joaquim Felizardo

• Usina do Gasômetro

• Museu da Comunicação Hipólito José da Costa

• Paço Municipal

• Centro Cultural CEEE Erico Verissimo

• Centro Cultural da Caixa

Território da arte

Para recuperar e restaurar os locais históricos12345

Incluída no PAC das Cidades Históricas do governo fede-ral, Porto Alegre receberá um total de R$ 85 milhões para restauração e revitali-zação de monumentos, pré-dios e espaços públicos. Ain-da não há data definida para o começo das obras, mas a expectativa é de que come-cem ainda este ano, de acor-do com o cronograma de li-beração de recursos.

No plano enviado para o PAC, a prefeitura propôs um conjunto de 23 proje-tos, sendo cinco deles con-siderados obras de restaura-ção prioritárias. Estas obras (veja à direita), que já estão em andamento, também fi-cam localizadaa no Centro Histórico. METRO POA

Pátio da Igreja Nossa Senhora das Dores

Rua General Câmara

Praça da Matriz com monumento a Júlio de Castilhos

Instalações para os artesãos na praça da Alfândega

Palácio Santo Meneghetti

Prédios de diferentes épocas se misturam no Centro Histórico da capital | GABRIELA DI BELLA/METRO