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    Nuno Casanova, Sara Sequeira, Vtor Matos e Silva 1/27

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    EMOES

    Trabalho desenvolvido no mbito da disciplina de Psicologia Geraldo curso de Psicologia

    2009

    Nuno CasanovaSara Sequeira

    Vtor Matos e SilvaAlunos do 1 ano de Psicologia do Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes (Portugal)

    Orientao:Dr. Nora Cavaco

    Dr. Brigite Henriques

    Email:[email protected]

    RESUMO

    O que so as emoes? O psiclogo e as emoes: abordagens e implicaes. Emoes e

    classificao das emoes. Abordagens sobre as emoes: Hiptese evolucionista, hiptese

    fisiologista, hiptese cognitivista, hiptese culturalista. Abordagens de psicologia: Abordagem

    psicodinmica, abordagem cognitiva, abordagem comportamentalista, abordagem centrada na

    pessoa.

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    EMOES

    Se chorei ou se sorri, o importante que emoes eu vivi!

    INTRODUO

    Decidimo-nos neste nosso primeiro trabalho por escolher As emoes, um tema to

    presente e marcante da vida humana. O estudo das emoes foi sempre um aspecto central da

    Psicologia. Nos ltimos anos, a expanso de trabalhos sobre a emoo, particularmente a relao

    entre a emoo e a cognio, ajudou a sublinhar a importncia dos conceitos de emoo, no

    apenas para psiclogos mas tambm para os filsofos e para os cientistas sociais em geral.

    Hoje em dia, com o fcil acesso informao que caracteriza os nossos dias, no nos seria

    difcil incorporar neste trabalho uma anlise mais detalhada dos muitos estudos que tm sido

    levados a cabo nesta rea, particularmente nos ltimos vinte anos, contudo optmos por no o

    fazer, no s por as dimenses do prprio trabalho no o poderem comportar, como nem

    tampouco sero esses os objectivos em causa.

    Tommos a deciso de o estruturar da forma o mais leve possvel, sem todavia o

    prejudicar no alcance dos seus objectivos mais elementares. Optmos por comear por uma breve

    definio, onde descrevemos a importncia do estudo das emoes no campo da Psicologia, amaneira como ao longo dos tempos as pessoas se tm interrogado acerca da sua natureza e como,

    actualmente, o seu estudo se reveste de interesse e aplicao prtica e quotidiana.

    Achmos por bem dedicar o segundo captulo, ainda numa fase inicial do trabalho, a um

    aspecto que nos parece extremamente relevante nesta rea em particular. Ainda hoje existe uma

    certa ideia de que razo e emoo se encontram nos antpodas, e que para o bem do primeiro, o

    segundo deve ser posto de lado, ou pelo menos refreado o que no de todo verdade. Numa

    perspectiva integradora, debatemos as especificidades de um estudo cientfico sobre as emoes

    e as suas implicaes epistemolgicas e na prpria abordagem do psiclogo perante as emoes,as dos outros e as suas prprias.

    No captulo seguinte, fazemos a distino entre emoo e sentimento e, de entre a larga

    panplia de emoes que os estudiosos ao longo do tempo tm enumerado, entre emoes

    primrias e secundrias e classificaes nunca consensuais, escolhemos 4 em particular, que

    desenvolvemos um pouco mais: o MEDO, a VERGONHA, a ALEGRIA e a RAIVA.

    No quarto captulo desenvolvemos as abordagens que historicamente se tm feito origem

    e natureza das emoes. Destacmos as perspectivas evolucionista, fisiologista, cognitivista e

    culturalista. Procurmos de uma maneira alegre e bem disposta mas precisa, explicar os seus

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    pontos de vista, em que se baseiam os seus percursores e defensores modernos e como cada uma

    delas pode ser aplicada para se viver melhor com as emoes.

    Finalmente, dedicmos a ltima parte s abordagens das modernas correntes de pensamento

    em psicologia, e a forma como, directa ou indirectamente, elas interagem com a emoo e o

    processo emotivo.

    O que so as Emoes?

    Como sabemos que estamos emocionados? Invariavelmente pelas sensaes e movimentos

    que o nosso corpo produz: dor de barriga, um frio no estmago, chorar, rir sem parar,

    taquicardia, tremer, desmaiar, perder a voz, ficar branco que nem cera ou vermelho de

    raiva....

    No estudo etimolgico da palavra descobrimos que emoo se origina de duas outras

    palavras do latim ex movere que significam em movimento. Faz sentido? Se o nosso corpo

    se movimenta quando nos emocionamos, ento faz sentido!

    Mas porque que a Psicologia se preocupa com as emoes? Estudar o comportamento

    humano o objectivo maior da Psicologia e entender porque nos emocionamos e a maneira que a

    emoo influencia o nosso comportamento, faz parte desse objectivo.

    Muitos estudiosos, anteriores ao sculo XX j se preocupavam com a emoo e os seusefeitos sobre o comportamento humano. Desde a Grcia Antiga e at meados do sculo XIX,

    filsofos e psiclogos acreditavam que as emoes eram instintos bsicos que deveriam ser

    controlados sob pena de o homem ter a sua capacidade de pensar seriamente afectada. At

    meados do sculo XX a emoo era totalmente descartada dos seus domnios por influncia do

    pensamento cartesiano. No sculo XX, as investigaes produzidas sobre a emoo levaram-nos

    a um outro olhar e entendimento. Os cientistas despertaram para o facto de que se um indivduo

    se emocionar, mas compreender e estar consciente das suas emoes isso uma qualidade que

    lhe permite desenvolver a capacidade de melhor se relacionar no e com o mundo.Alm disso, com o auxlio dos desenvolvimentos tecnolgicos, os pesquisadores esto a

    descobrir que a emoo influi directamente no nosso sistema imunolgico, na nossa sade o

    mal do sculo XXI, o stress de origem fundamentalmente emocional o resultado da

    incapacidade de lidar com as emoes; alis, esta capacidade foi definida como uma das

    mltiplas inteligncias do ser humano (inteligncia emocional), pelo psiclogo americano

    Howard Gardner (1999).

    Os psiclogos e pensadores sempre se preocuparam em compreender a natureza da emoo.

    Uns entendiam-na como uma alterao fisiolgica provocada pelos estmulos do ambiente e que

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    transmitida pela percepo sensorial (James-Lange); mais tarde vieram a conceb-la como

    dependente da percepo que o homem tem sobre determinada situao, isto , de como

    entendemos e compreendemos determinada situao (Cognitivismo). O prprio Freud, um dos

    grandes pensadores do sc. XX, vem ampliar o conceito de emoo para o de afecto, e demonstra

    atravs da Psicanlise que o que registamos na nossa psique so as representaes afectivasvinculadas s experincias emocionais.

    Um dos tericos mais estudados actualmente, o psiclogo e mdico francs Henri Wallon,

    (1879-1962), que iniciou as suas pesquisas com crianas lesadas neurologicamente, elaborou

    uma teoria da emoo. Para ele, a emoo tem dupla origem tanto biolgica quanto social e o

    que ela garante a sobrevivncia da espcie humana. Ou seja, a emoo tem uma caracterstica

    bastante peculiar ela contagiante!

    Que adulto consegue ficar imune ao choro de um beb? Este carcter contagiante da

    emoo leva o ser humano a cuidar da sua gerao e assim a garantir a sobrevivncia da espcie;

    na convivncia com o outro e com o grupo social que aprendemos a identificar, nomear e

    lidar com as nossas emoes.

    Hoje, o conceito de inteligncia emocional introduzido por Daniel Goleman, com base nos

    estudos de Howard Gardner tem sido amplamente abordado e desenvolvido nas empresas por

    profissionais de recursos humanos; assim como a teoria da emoo de Henri Wallon tem sido

    profundamente estudada por educadores e psiclogos escolares com o objectivo de melhor

    entender o processo ensino - aprendizagem.

    O PSICLOGO E AS EMOES:

    Abordagens e implicaes

    O tema das emoes consiste num parmetro de fundamental importncia para a reflexo

    sobre a construo do conhecimento em psicologia. A dois nveis: por um lado porque aponta

    para as exigncias necessrias que o psiclogo tem que ter na concepo e na abordagem aosseus objectos de estudo; por outro lado, porque levanta a esse mesmo psiclogo problemas

    epistemolgicos que fundamentam as bases da sua prpria compreenso.

    E, sem dvida que uma reflexo crtica sobre o tema das emoes tem o condo de

    denunciar as contradies presentes na psicologia e na sua tentativa de se firmar como disciplina

    cientfica, pois se existe o firme propsito de torn-la numa forma de conhecimento confivelde

    acordo com requisitos cientficos, ao mesmo tempo, os seus interesses e objectos de estudo

    encontram-se do outro lado do abismo, com fortes riscos para as suas pretenses de

    objectividade.

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    No estaremos errados se afirmarmos que no passado existiram diversas escolas de

    psicologia que quanto mais sistematizavam as emoes como seu objecto de estudo, mais

    sistematicamente as descaracterizavam. Seja por as compreenderem como um processo

    subjectivo que se esgota na dimenso da linguagem, ou porque as reduzem exclusivamente a uma

    manifestao biolgica, sub produto de reaces qumicas, o que verdade que isso acarretouuma compreenso errnea, entre outras coisas, como se as emoes estivessem desvinculadas dos

    processos superiores, uma herana animal, um conjunto de foras primrias que antecedem o

    pensamento e a aco e conduzem os sujeitos em geral a aces destrutivas, promotoras de

    desadaptao do comportamento e em suma, indesejveis e negativas (como o medo ou a ira).

    Na perspectiva tradicional do pensamento cientfico, em que o Homem colocado como

    senhor absoluto da natureza, ele nega a si prprio a sua subjectividade como objecto de estudo,

    uma vez que esta seria capaz de ameaar a confiabilidade dos seus procedimentos. O

    investigador exclui-se a si prprio. E enquanto estuda as emoes, devidamente esquartejadas eenquadradas nos seus procedimentos e concepes, elas foram praticamente banidas da

    subjectividade do pesquisador, pois apenas a racionalidade aliada a um forte aparato

    experimental poderiam garantir um conhecimento cientificamente vlido.

    no sc. XX, com epistemologistas como Bachelard e Edgar Morin e mesmo com

    psiclogos nomeadamente comoBateson, Gonzalez Rey, GergeneMahoneyque se vem alcanar

    uma compreenso distinta da subjectividade inerente ao tema e nossa disciplina cientfica,

    particularmente no que diz respeito sua participao na construo do conhecimento.

    Gonzalez Rey,em particular, vem enfatizar a necessidade de compreend-la, no como uma

    oposio objectividade, mas como um processo de constituio psquica do sujeito que se

    objectiviza, que ganha um estatuto ontolgico com implicaes profundas em termos da

    abordagem.

    Da mesma forma, Greenberg,Ricee Elliot(1993) apontam para um papel semelhante das

    emoes ao colocarem-nas como ponto de encontro do biolgico, das relaes macro e micro

    sociais, da cultura, da histria do sujeito.

    Dito por outras palavras, surge uma nova frmula para a compreenso do sujeito humano edas suas emoes onde se abre espao para um estudo aberto e abrangente da subjectividade no

    qual esta se qualifica como um momento fundamental da construo do saber e reconhecida e

    aceite como um dos temas centrais das questes humanas. Ora, as emoes, em si mesmas, no

    nos podem denunciar nada, no so capazes de falar, no tm identidade, no sentem, no so

    capazes de integrar uma famlia ou de lamentar a perda de um ente querido. Elas tm que ser

    estudadas como constituintes da vida de algum e ser compreendidas em funo do sentido e do

    papel que possuem para o indivduo, sem a imposio de noes tericas apriori. O estudo das

    emoes faz-se por meio de uma perspectiva de interpretao, principalmente devido ao carcterno linear que as emoes apresentam com as expresses verbais ou no verbais do sujeito. E o

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    psiclogo, ao longo do contacto com o sujeito estudado, constri um pensamento em que so

    integradas as informaes relevantes para a continuidade desse processo.

    O estudo das emoes pode pois contribuir significativamente no sentido de apontar

    condies para um saber aberto, consistente no com uma autoridade em si, mas devido sua

    capacidade para dialogar com o real, em particular tendo em conta os riscos de considerar o

    conhecimento como uma entidade fixa, inatacvel e estvel, em que os seus argumentos esto

    acima das contradies da realidade subjectiva; bem pelo contrrio, o conhecimento evolui num

    processo que susceptvel, digamos, s intempries das sociedades, possuindo, como dizia

    Edgar Morin,um corpo biodegradvel.

    EMOES E CLASSIFICAO DAS EMOES

    Classificao

    Emoo, numa definio mais geral, um impulso neural que move um organismo para a

    aco. Neurologia uma especialidade mdica que estuda o sistema nervoso. Foi inicialmente

    observando indivduos com patologias neurolgicas e posteriormente atravs de

    experimentao cientfica que se comea a compreender a relao entre as diversas partes do

    sistema nervoso e as suas funes especficas.A emoo diferencia-se do sentimento, sentimentos so informaes que seres biolgicos

    so capazes de sentir nas situaes que vivenciam, porque, conforme observado, um estado

    psico-fisiolgico. O sentimento, por outro lado, a emoo filtrada atravs dos centros

    cognitivos do crebro, especificamente o lobo frontal, produzindo uma mudana fisiolgica em

    acrscimo mudana psico-fisiolgica. Podemos dizer que o sentimento uma consequncia da

    emoo com caractersticas mais durveis.

    Existem algumas relaes entre sentimentos e emoes, as emoes so pblicas, os

    sentimentos privados, a emoo inconsciente e o sentimento, pelo contrrio, consciente.

    Etimologicamente falando, a palavra emoo provm do Latim emotionem, "movimento,

    comoo, acto de mover". Esta formao latina ser tomada como emprstimo por todas as

    lnguas modernas europeias, ou seja toda a Europa utiliza esta palavra para descrever a mesma

    emoo que ns.

    A palavra aparece normalmente para mostrar a natureza imediata dessa agitao nos

    humanos e a forma em que experimentada por eles, ainda que em algumas culturas e em certos

    modos de pensamento atribuda a todos os seres vivos. A comunidade cientfica aplica-a na

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    linguagem da psicologia, desde o sculo XIX, a toda criatura que mostra respostas complexas

    similares s que os humanos se referem geralmente como emoo.

    Podemos dar o exemplo da classificao de Antnio Damsio, para ele existem as emoes

    primrias e as emoes secundrias. As primrias so inatas, universais, evolutivas, partilhadas

    por todos e associadas a processos neurobiolgicos especficos. J as secundrias so sociais e

    resultam de aprendizagem, tal como a vergonha.

    Temos de ter em ateno mais um simples aspecto, o conceito de afecto diferente da

    emoo, ou seja, o indivduo exprime um comportamento orientado para uma pessoa ou situao.

    Emoes

    Existem vrios tipos de emoes, aqui iremos abranger o campo da emoo MEDO, da

    emoo VERGONHA, da emoo ALEGRIA e da emoo RAIVA, no esquecendo, claro, os

    outros tipos de emoes tais como cime, nojo, desprezo, surpresa, interesse, inveja.

    Optmos por falar sobre estas quatro emoes porque nas nossas pesquisas notmos que

    todos os investigadores nesta rea no tm uma absoluta certeza acerca do nmero exacto de

    emoes. Na verdade a maioria acha que existem emoes provenientes de outras emoes,

    tornando-se assim uma espcie de interligao de emoes.

    A emoo MEDOO Medo conhecido como a emoo mais estudada entre

    os cientistas. a emoo do perigo. Esta emoo causa um

    forte impacto fisiolgico, o corao comea a bater mais forte,

    a respirao acelera, os msculos contraem, as mos tremem.

    Todas estas sensaes derivam do sistema nervoso simptico,

    adrenalina e noradrenalina que agem sobre o nosso corpo

    quando temos medo.

    Estas sensaes vo obrigar-nos a enfrentar o perigo ou a fugir dele. O corpo preparado

    para uma aco fsica, fuga ou luta.

    Por vezes a expresso do medo pode ser confundida com surpresa, ou seja quando o

    indivduo se assusta tambm se surpreende.

    O medo pode ser confundido com ansiedade mas as diferenas so muitas. O medo uma

    reaco ao perigo que acontece naquele momento, a ansiedade o medo sentido por antecipar

    perigos que podem ou no ocorrer. Na emoo medo, este sentimento de medo passa em breves

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    instantes e a ansiedade pode tornar-se crnica. Na ansiedade, enquanto que as manifestaes so

    psicolgicas (preocupao), no medo so fsicas (arrepios).

    A emoo VERGONHAA vergonha uma das emoes que mais nos acompanham durante toda a vida, desde a

    infncia que sentimos esse tipo de emoo.

    A vergonha s sentida quando se tenta mostrar ao grupo a que se pertence que no

    conseguimos atingir as normas do mesmo, tais como sexualidade, competio ou estatuto,

    compreenso e ajuda.

    Para se sentir vergonha, o grupo tem de no aceitar o que o indivduo , e at mesmo ele

    no se aceita a si prprio.

    Quando se sente vergonha, o rosto fica corado, ou seja, ocorre

    uma vasodilatao nos vasos sanguneos do rosto. Normalmente

    as pessoas ao sentirem vergonha baixam o olhar e inclinam a

    cabea para a frente como que a querer esconder-se.

    Por vezes a vergonha atenuada e sente-se um simples embarao

    (olhar de lado e um sorriso nervoso).

    Sentir vergonha no uma doena, mas em excesso ou em insuficincia podem demonstrar

    algum tipo de perturbao psicolgica ou de personalidade, por exemplo a depresso.

    A depresso manifesta-se por uma profunda tristeza mas outras perturbaes estaro

    presentes tambm, tais como a vergonha de se sentirem daquela maneira, de se culparem por

    aqueles acontecimentos.

    A emoo ALEGRIAA Alegria uma das emoes que engloba o amor, paixo,

    amizade, bom humor, felicidade. a emoo mais procuradapelo humano. A emoo que ajuda a ultrapassar dificuldades,

    dio, rancor, cime, e muitos outros sentimentos negativos.

    A alegria no se manifesta apenas num sorriso. Por exemplo, as crianas quando esto

    alegres adoptam um jeito de andar diferente, pulam e saltam, no precisam mostrar um sorriso

    para mostrarem a sua felicidade.

    Por vezes as pessoas quando muito felizes choram. Porqu? Choram porque se sentem

    extasiadas de tanta felicidade, por exemplo a alegria do reencontro, ou mesmo da vitria numjogo de futebol.

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    Uma das coisas mais importantes para aceitar ou procurar a felicidade a personalidade.

    Tomemos como exemplo uma pessoa extrovertida. Se assim tem uma sensibilidade maior

    perante acontecimentos agradveis e exprime a sua felicidade mais facilmente do que uma pessoa

    que no seja to aberta a este nvel.

    A emoo RAIVAA raiva uma emoo humana completamente normal, saudvel, e uma determinada

    quantidade dela necessria a nossa sobrevivncia. A raiva surge quando nos sentimos fracos e

    frustrados ao termos de reconhecer nossos limites internos e externos. Inspira os sentimentos e os

    comportamentos poderosos e agressivos, que permitem ao ser humano lutar e defender-se quando

    atacado.

    A raiva pode ser causada por factores externos e internos, ecomo outras emoes, ao sentirmos esta emoo, o batimento

    cardaco e a presso sangunea aumentam, alm dos nveis

    das hormonas adrenalina e noradrenalina. Apesar de a raiva

    se expressar mediante a fora da agressividade, ela, pelo

    contrrio, enfraquece-nos tomando conta de todo o nosso

    sistema nervoso.

    Para desfazer a raiva, preciso saber atravess-la. O segredo est em observar o incmodo

    que ela produz em ns, sem nos deixarmos contagiar pela negatividade da autocrtica. Como umcientista que capaz de analisar uma essncia venenosa sem se deixar contaminar por ela.

    ABORDAGENS SOBRE AS EMOES

    De cada uma destas abordagens histricas, cada uma tem os seus percursores, os seus

    defensores modernos mas tambm as suas aplicaes prticas para viver melhor com as emoes.

    Vamos examin-las a partir da sua hiptese de base.

    Hiptese Evolucionista

    Charles Darwin (1809 1882)

    Ficamos emocionados porque est nos nossos genes

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    Este ponto de vista o dos discpulos modernos de Darwin, os psiclogos evolucionistas.

    Se sentimos raiva, alegria, tristeza, medo e outras emoes, porque, tal como temos a

    capacidade de nos mantermos de p ou agarrar objectos, essas emoes permitiram-nos

    sobreviver ou reproduzirmo-nos melhor no nosso meio natural. Foram seleccionadas no decorrer

    da evoluo da nossa espcie como verdadeiros rgos mentais, e continuam a transmitir-sepor hereditariedade.

    Eis alguns dos argumentos dos evolucionistas:

    As emoes salvam-nos: as emoes fundamentais desencadeiam-se em situaes querepresentam para ns um desafio vital em termos de sobrevivncia ou de estatuto. Por exemplo, o

    medo ajuda-nos a fugir do perigo, a raiva a triunfar sobre os rivais, o desejo leva-nos a encontrar

    um parceiro para nos reproduzirmos.As emoes foram, portanto, favorveis sobrevivncia e reproduo de todos os

    antepassados da nossa espcie, o que explicaria a sua transmisso at ns.

    Os nossos primos tm emoes: descobrem-se comportamentos muito evocadores dessasemoes entre os nossos primos macacos. Os primatlogos forneceram numerosas observaes

    do que muito se parece com uma vida emocional intensa entre os mais prximos de ns, como os

    chimpanzs.

    Observao da sua vida em grupo, como as suas alianas, os seus conflitos, a suas

    rivalidades, e tambm as suas reconciliaes, oferece-nos um espelho perturbador das nossas

    emoes quotidianas.

    O beb experimenta emoes: reaces emocionais como a raiva ou o medo surgem nobeb humano numa idade muito precoce (a alegria aos trs meses, a raiva entre os quatro e os

    seis meses), o que advoga a favor de uma programao das suas emoes no seu capital

    gentico, ele prprio seleccionado no decorrer da evoluo.

    Para explicar as teorias evolucionistas, apelaremos muitas vezes ao modo de vida dos

    caadores recolectores, com uma insistncia que poder surpreender. Mas necessrio

    compreender, como explica Jared Diamond, que fomos primatas e caadores recolectores

    durante oito milhes de anos.

    S nos tornmos Homo sapiens h duzentos mil anos e s comemos a praticar a

    agricultura h vinte mil anos, e apenas em certos lugares do mundo. A vida do caador

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    recolector representa portanto 99% da nossa histria e muitas das nossas caractersticas fsicas e

    psicolgicas so adaptaes s exigncias desse modo de vida, hoje quase desaparecida.

    Conselho de vida: estejamos atentos s emoes: elas so-nos teis.

    Hiptese Fisiologista

    William James (1842 1910)

    Estamos emocionados porque o nosso corpo se emociona

    William James (1842-1910), psiclogo e filsofo americano, o percursor de uma teoria

    que se poderia resumir com um slogan publicitrio: A emoo a sensao. Temos tendncia

    para crer que trememos porque temos medo ou que choramos porque estamos tristes. Para James,

    o inverso que se produz: o facto de sentir que trememos que nos leva a sentir medo ou o de

    chorar que nos torna tristes.

    primeira vista, esta hiptese choca com o senso comum, mas a investigao acumulou

    numerosas observaes a seu favor. Por exemplo, em certas situaes a nossa reaco fsica

    desencadeia-se antes de termos uma experincia emocional completa. Assim, quando evitamoscom preciso uma coliso de carro, sentimos muitas vezes medo depois do acontecimento,

    enquanto o nosso corpo reagiu desde a primeira fraco de segundo com um jacto de adrenalina e

    a acelerao do corao. Por outro lado as nossas emoes seriam vazias de contedo sem as

    sensaes provenientes do nosso corpo.

    Antnio Damsio fala assim dos marcadores somticos que informam o nosso esprito da

    presena de uma emoo e nos ajudam a decidir mais depressa: por exemplo, as sensaes fsicas

    desagradveis associadas ao medo vo ajudar-nos a evitar rapidamente as situaes de perigo.

    Os pacientes que deixam de perceber esses marcadores j no tm medo, o que pode seruma vantagem, mas tambm um grande risco. O Semblante faz o Humor!

    Uma das ilustraes mais surpreendentes desta teoria dada pelo feedback facial. Imitar

    voluntariamente a expresso facial das diferentes emoes provoca as reaces fisiolgicas e o

    humor correspondente.

    Os iogues que recomendam conservar sempre um leve sorriso tm, portanto, razo: sorrir

    melhora o humor! Mas trata-se de uma influncia modesta e transitria, no se pode pretender

    tratar uma tristeza intensa, ou pior, uma depresso com um sorriso beato.

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    Conselho de vida: Controlando o nosso corpo, controlaremos as nossas emoes.

    Hiptese Cognitivista

    Epicteto (55 135 d.C.)

    Estamos emocionados porque pensamos

    Por exemplo, se um amigo no responde quando deixo uma mensagem no seu gravador, a

    minha emoo no ser a mesma se penso que ele j no me deseja ver (tristeza), se penso que

    est muito apaixonado nesse momento (alegria por ele ou inveja) ou se penso que talvez tenha

    tido um acidente (inquietao). A hiptese estamos emocionados porque pensamos decerto amais tranquilizadora para ns, que gostamos de nos considerar como seres racionais. Os

    partidrios desta abordagem dita cognitiva das emoes pensam que continuamos a classificar

    rapidamente os acontecimentos segundo um eixo de deciso: agradvel / desagradvel, previsto /

    imprevisto, controlvel / no controlvel, causado por ns / causado pelos outros. Segundo a

    combinao obtida, surgiria esta ou aquela emoo.

    Por exemplo:

    Imprevisto desagradvel controlvel devido a um outro = Raiva

    Previsto desagradvel controlvel = Ansiedade

    A aplicao destas teorias apareceu sob diferentes formas de psicoterapias, em especial as

    psicoterapias cognitivas, que ajudam o paciente a pensar diferentemente. Por exemplo, um

    paciente deprimido tem tendncia para classificar os acontecimentos desfavorveis como no

    controlveis e causados por ele. Uma anlise desses mecanismos de pensamento pode ajud-

    lo a pensar de maneira menos estereotipada e a diminuir as suas emoes tristes e ansiosas.

    Os percursores desta abordagem encontram-se entre os filsofos, em especial os esticos da

    Antiguidade, como Epicteto: No so os acontecimentos que afectam os homens mas a ideia

    que deles se tem.

    Conselho de vida: Pensemos diferentemente: controlaremos as nossas emoes.

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    Hiptese Culturalista

    Margaret Mead (1901-1978)

    Estamos emocionados porque cultural

    Se sentimos tristeza quando o nosso clube desportivo favorito derrotado, ou raiva quando

    no obtemos aumento de salrio, porque reconhecemos estas duas fases emocionais adaptadas a

    situaes prprias da nossa sociedade. Ningum nossa volta se surpreender por sentirmos

    essas emoes, nem pela maneira como as exprimimos ao chegar ao escritrio com o semblante

    abatido ou ar indignado, porque os outros conhecem e sabem reconhecer essas situaes.Para os partidrios da abordagem dita culturalista, uma emoo , em primeiro lugar, um

    papel social que aprendemos justamente crescendo num certo tipo de sociedade, o que supe que

    outras pessoas criadas noutros stios sentiro e exprimiro emoes diferentes. De um continente

    a outro, as emoes humanas seriam to variadas como as lnguas dos diferentes povos. Levando

    esta hiptese ao extremo, poderia imaginar-se que certas etnias ignoram algumas das nossas

    emoes, como, por exemplo, o cime sexual ou a tristeza. Veremos que as observaes

    metdicas iludiram a esperana de descobrir um bom selvagem.

    Um eminente psiclogo culturalista, James Averill, observa tambm que o papel social daemoo permite-nos aceitar certos comportamentos que, de outro modo, seriam inaceitveis:

    perdoam-nos mais facilmente palavras desagradveis se as pronunciarmos sob o efeito da

    raiva; toleram-se alguns dos nossos comportamentos se nos declararmos apaixonados

    (aborrecer os amigos com a narrativa repetida dos imprevistos de uma relao ou, pelo contrrio,

    descur-los, danar de alegria ou desatar em soluos). evidente que noutras sociedades esses

    comportamentos seriam chocantes ou incompreensveis.

    A abordagem culturalista das emoes recorda-nos que devemos estar atentos ao meio em

    que nos encontramos antes de exprimir uma emoo ou interpretar as dos outros. Por exemplo,em certos grupos humanos chorar em pblico provoca ateno e simpatia; noutros sinal de falta

    de virilidade ou self-control.

    Um exemplo notvel da abordagem culturalista o de Margaret Mead que, em 1928,

    descreveu num livro clebre a vida de vrias tribos da Ocenia de que tirou concluses sobre a

    influncia da cultura nos nossos mecanismos psicolgicos, em especial nos nossos costumes

    sexuais e nas nossas neuroses.

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    Mas as observaes modernas e os progressos das trs outras abordagens das emoes

    voltaram a pr em questo a longa predominncia da abordagem culturalista: veremos que se

    torna cada vez mais difcil pretender que todas as nossas emoes so culturais.

    Conselho de vida: Estejamos atentos ao meio antes de exprimir ou interpretar uma emoo.

    ABORDAGENS DE PSICOLOGIA

    Ao longo do tempo e com um quotidiano cada vez mais amplo, competitivo e, de certo

    modo, implacvel e pouco escrupuloso, os seres humanos comearam a sentir problemasrelacionados com as suas emoes. Todas aquelas ferramentas que no princpio dos tempos

    lhes eram teis e quase imprescindveis para se alimentarem, para procriarem ou para

    simplesmente se divertirem, comearam gradativamente a voltarem-se contra eles.

    Se antes tinham a vantagem de sentir raiva para melhor caarem e comerem, passaram a

    sentir a mesma como um factor confuso, que j no era utilizado para um determinado fim, mas

    sim que como algo que subitamente aparecia perante uma situao de desagrado para com um ser

    igual, perante um acontecimento frustrante ou uma simples quebra de expectativas em relao a

    algo que projectavam no futuro.

    Comearam a sentir-se mal por se emocionarem facilmente e, por ainda mais facilmente,

    terem comportamentos indesejveis por eles prprios, mal vistos pelos outros e desadequados

    perante certas normas da sociedade. Quantas vezes no nos saiu j da boca, depois de certa

    emoo, frases como eu e a minha grande boca, Mas porque que eu ligo a isto? ou s a

    mim que isto acontece?

    Nasceram e procriaram-se as neuroses, o stress, a angstia, a inadequao, as fobias, a

    incapacidade de viver connosco em simultneo com os outros, a incapacidade de viver connosco

    em simultneo connosco.

    Houve necessidade de pedir ajuda, de recorrer a profissionais, de tratar de feridas

    interiores, de reaprender o que antes parecia to lgico e fludo e agora se tornava um tormento:

    viver!

    Os profissionais de sade tiveram necessidade de se virar mais para o concreto. O que antes

    eram investigaes, dogmas, paradigmas, experimentao, duvidas, teorias, tentativas de provas

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    cientficas de algumas filosofias empricas, teve de passar rapidamente prtica, resoluo de

    problemas concretos, ao tratamento, sade.

    Era a funcionalidade, a sanidade e a prpria vida do ser humano que passava a estar em

    jogo. E as emoes eram as peas!

    de algumas destas abordagens prticas que vamos falar-vos neste captulo:

    A abordagem psicodinmica

    Esta metodologia introduzida por Sigmund Freud no princpio do sculo XX comeou a

    tratar pacientes com disfuncionalidade emocional pelo prprio Freud.

    Descobriu e validou que os seres humanos se estruturavam em termos de personalidade

    durante a infncia e que todas as emoes e comportamentos que sobressaam posteriormente se

    deviam a recalcamentos guardado no inconsciente, uma espcie de parte existente mas ausente

    de conhecimento em relao ao prprio ser humano. Descobriu ainda que na fase da infncia

    existem trs estgios distintos que vem mais tarde a modelar o pensamento humano e,

    consequentemente, a originar que as suas emoes se manifestem de uma ou outra maneira,

    consoante a fase em que tenham ficado primordialmente fixados: a fase anal, a fase oral, a fase

    flica ou a de latncia. Para alm destas descobertas desenvolveu teorias importantes, como a do

    ego, do id e do super ego, assim como a interpretao dos sonhos. Esta de particular

    importncia no tratamento prtico por ser uma das poucas formas em que o inconsciente pode

    revelar-se a um nvel consciente, conseguindo assim que o tratamento se efectue a partir da causa

    que causou a disfuncionalidade: os traumas de infncia, os desejos reprimidos ou os medos

    recalcados. Entre o inconsciente e o consciente existe o pr-consciente, que funciona como uma

    espcie de censurador das revelaes que o inconsciente quer fazer ao consciente. S os sonhos,

    os actos falhados e por vezes a catarse conseguem fintar o pr-consciente sendo portanto essa amaior parte dos mtodos usados pelos psicanalistas modernos, discpulos de Freud. A catarse

    toda baseada numa atmosfera que o psiclogo cria para que o paciente diga tudo o que lhe vem

    cabea sem pensar, mesmo que ache que no importante, de maneira a ficar mais prximo, com

    a ausncia de racionalidade, do inconsciente revelando assim os seus recalcamentos, medos e

    desejos obscuros. Em casos extremos usa-se a hipnose como meio de regresso infncia e ao

    episdio perturbador.

    O objectivo do terapeuta o de chegar o mais prximo e concretamente possvel ao

    episdio (causa) que no passado originou o pensamento presente (efeito). Quando o consegue,

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    segue o princpio de que o pensamento causa a emoo e o comportamento. Gradualmente,

    durante vrias sesses, vai usando tcnicas para desmistificar o recalcamento, acabando por

    modificar o pensamento em relao a maneiras de ver os acontecimentos que o paciente encarava

    de maneira disfuncional por associao com o episdio passado, alterando consequentemente as

    emoes e induzindo uma melhor qualidade de vida ao paciente em relao maneira como sesente com ele prprio, com os outros e com o mundo.

    Factor positivo Forte introspeco, tratamento desde a causa.

    Factor negativo Longa durao do tratamento, reduzida eficcia em tratamentos que

    requerem uma mudana breve.

    Psico-dinmicos Famosos:

    Alfred Adller, Carl Jung, Melanie Klein, Anna Freud e Donald Winnicott

    A abordagem cognitiva

    A psicologia cognitiva um dos mais recentes ramos da investigao em psicologia, tendo

    se desenvolvido como uma rea separada desde os fins dos anos 50 e princpios dos anos 60(apesar de terem existido exemplos de pensadores na rea da cognio). O termo comeou a ser

    usado com a publicao do livro Cognitive Psychologyde Ulrich Neisser em 1967. No entanto a

    abordagem cognitiva foi divulgada por Donald Broadbent no seu livro Perception and

    Communicationem 1958.

    Esta abordagem caracterizada por dar enfoque s crenas do ser humano. Acreditam os

    cognitivistas que o ser humano recheado de crenas desde a nascena e que pensa de acordo

    com elas. Acreditam que h crenas profundas, semi-profundas e superficiais, por um lado, e

    racionais e irracionais por outro, e que os pensamentos baseados nelas, duma maneira conscienteou inconsciente, so os causadores das emoes. Tambm acreditam que elas so adquiridas ao

    longo da vida sem interrupo e por factores como a educao, a experincia de vida, o meio

    envolvente ou o prprio temperamento.

    Os seus mtodos de tratamento de disfuncionalidade emocional so de fraca introspeco,

    em ntida oposio aos mtodos psico dinmicos por exemplo, e bastante concentrados no

    aqui e agora.

    O terapeuta cognitivo comea por tratar os seus pacientes atravs do conhecimento da sua

    maneira de pensar porque acredita que este que vai originar os seus sentimentos e,

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    consequentemente, as suas emoes. , provavelmente, o mtodo mais inquisitivo e pragmtico

    de todas as abordagens de tratamento de disfuncionalidade emocional.

    frequente ouvir um psiclogo cognitivista devolver ao discurso do paciente consequentes

    porqu?, sempre no sentido de melhor compreender e aprofundar a maneira de pensar do

    mesmo at chegar s suas crenas.

    Quando descobre a crena irracional, vai sugerindo subtilmente processamentos mentais

    diferentes em relao a situaes, pessoas ou expectativas at chegar gradualmente ao objectivo

    desejado. Pode usar diversas tcnicas, desde a pura induo de uma maneira de pensar diferente,

    at a trabalhos escritos do tipo prs e contras, sendo por vezes at algo confrontativo e/ou

    directivo.

    Uma das mais comuns a Terapia Racional Emotiva, fundada por Albert Ellis, em 1955.

    Segundo Ellis h alguns princpios bsicos na TRE: A capacidade que cada ser humano tem paraatingir os seus objectivos, ou seja, a racionalidade. O hedonismo responsvel, que acredita no

    facto de cada ser humano procurar sempre manter-se vivo e a atingir graus de felicidade

    razoveis, embora faa a distino entre hedonismo de curto prazo e de longo prazo. O

    terapeuta de TRE induz sempre o paciente ao hedonismo de longo prazo incitando-o a procurar

    os seus objectivos, o seu sentido e a luta atravs da razo.

    H ainda a tcnica ABCDE que a mais importante no contexto da TRE para

    disfuncionalidades emocionais e que consiste no seguinte:

    A Acontecimento

    B Pensamento ou crena irracional

    C Emoo Disfuncional

    D Pensamento Racional

    E Emoo funcional

    Exemplo:

    A Jos vai na estrada a guiar com pressa porque est atrasado para uma reunio e vai um

    carro frente dele a andar devagar.

    B -Jos pensa: Estes tipos andam aqui todos de frias, andam devagar, no se preocupam

    com quem trabalha.

    C Jos apita vrias vezes e diz trs asneiras dirigidas ao condutor do carro que vai a sua

    frente devagar. (Raiva)

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    D Jos pensamas porque que eu penso que o homem no tem respeito por quem

    trabalha s porque vai devagar? Quem sabe tirou a carta de conduo h pouco tempo e

    cuidadoso ou ento est no dia de folga do trabalho e vai a apreciar a paisagem?

    E Jos passa a andar devagar, deixa de apitar e dizer asneiras, liga o rdio do carro e

    assobia descontraidamente.

    Positivo Resultados rpidos, o treino leva mecanizao da terapia.

    Negativo Pouca adaptabilidade a disfuncionalidades mais intensas, mais centrada no

    efeito do que na causa.

    Cognitivistas famosos:Aaron Beck, Albert Ellis, Ulrich Nasser e Jean Piaget

    A abordagem comportamentalista

    Esta abordagem, como mtodo de tratamento de disfuncionalidades emocionais, comea

    por achar que todo o problema derivado do comportamento. Acreditam os comportamentalistas

    que o ser humano uma tbua rasa e que todas as suas competncias e disfuncionalidades

    provm do aprendizado. a abordagem mais directiva e indutora em relao terapia.

    Acreditam eles que os comportamentos que provocam as emoes e, como tal, partem do

    principio que corrigindo os comportamentos as emoes voltaro a normalizar-se.

    Desde Pavlov, Thorndike e Skinner, que foram os principais investigadores desta forma de

    abordagem, que os comportamentalistas acreditam no aprendizado. Basicamente, para eles, o ser

    humano o que faz e pode transformar-se de acordo com as suas formas de actuao.Os terapeutas tomam em relao ao paciente uma atitude directiva e de comando, de

    maneira a melhor poderem tomar nas suas mos a conduta do paciente. So pouco adeptos dos

    insights e, de certo modo, quase anti-psicodinmicos. vulgar o terapeuta de cariz

    comportamentalista fazer planos dirios para os pacientes de modo a induzir-lhes certos

    comportamentos dirios e repetitivos de forma a mecanizar os mesmos. Acreditam que as

    emoes se modificam a partir da.

    Induzem igualmente a praticar o treino da fora de vontade para manter o mesmo

    comportamento acontea o que acontecer, assim como a assertividade para exigir o que se quer

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    ou para no aceitar o que se no quer. Com este mtodo pretendem induzir uma maior

    capacidade de resistncia frustrao, tolerncia e presso.

    Com base numa tese chamada regulagem das emoes direccionam o paciente a uma

    sequencia mental adoptar os seguintes procedimentos: identificar e classificar as emoes,

    identificar os obstculos mudana de emoes, reduzir a vulnerabilidade mente emotiva

    (emoes descontroladas), aumentar e melhorar os eventos emocionais positivos, tomar

    conscincia das emoes presentes em cada momento e finalmente adoptar aces contrrias

    tendncia emocional indesejada.

    Os comportamentos de tolerncia presso envolvem a tolerncia e resistncia a crises e a

    aceitao da vida como ela no momento presente. So-lhes ensinadas quatro categorias de

    estratgias de sobrevivncia a crises: no distraco, auto-cuidado, considerar prs e contras,

    melhorar o momento.

    As habilidades de aceitao incluem ainda conduo da mente at aceitao radical do

    facto e contraste da vontade receptiva para com o desejo impulsivo.

    Positivo Mudana rpida do comportamento disfuncional

    Negativo Mecanizao das emoes, fraca ou nula introspeco

    Comportamentalistas famosos:

    Ivan Pavlov, Marsha Linehan, John Watson e Alfred Skinner.

    A abordagem centrada na pessoa

    Esta abordagem foi iniciada por Carl Rogers em 1942, com o seu livro Counseling andPsychotherapy que teve, imediatamente, uma srie de seguidores, interessados pela sua

    inovao.

    Ela props um papel activo do terapeuta no processo enquanto pessoa, tentando atravs da

    partilha dos seus prprios sentimentos, da empatia e do compromisso mtuo no processo

    teraputico, fazer com que o paciente seja mais autntico, se sinta mais vontade e colabore

    voluntariamente.

    Descobri que a transformao pessoal era facilitada quando o psicoterapeuta aquilo que

    , quando as suas relaes so autenticas, sem mscara nem fachada, exprimindo abertamente os

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    sentimentos e as atitudes que nesse momento lhe ocorrem. Dei-lhe o termo congruncia para

    tentar descrever essa condio (C.Rogers, Tornar-se pessoa, 1970).

    Foi esta qualidade de congruncia que as pesquisas verificaram estar associada ao bom

    resultado teraputico. Quando o terapeuta faz a experincia de uma atitude calorosa, positiva e

    receptiva para com aquilo que vem do paciente, isso facilita a transformao. Quer isto dizer que

    o terapeuta se preocupa com o paciente de uma forma no possessiva, que o aprecia na sua

    totalidade mais do que de uma forma condicional. Trata-se de um sentimento positivo que se

    exterioriza sem reservas, apreciaes ou julgamentos.

    Podemos designar uma outra condio base nesta terapia como compreenso por empatia.

    Aqui o terapeuta sensvel aos sentimentos e reaces pessoais que o paciente experimenta a

    cada momento, quando pode apreend-los de dentro tal como o paciente os v e quando

    consegue com xito alguma dessa compreenso ao paciente.

    O paciente comea, passo a passo, a ser capaz de se ouvir a si mesmo, j que encontra

    algum que ouve e aceita os seus sentimentos. medida que comea a abrir mais para o que se

    passa nele, torna-se capaz de atender aos sentimentos que sempre negou e reprimiu. Enquanto vai

    aprendendo a ouvir-se a si mesmo, comea igualmente a aceitar-se. Vai exprimindo cada vez

    mais aspectos ocultos de si prprio, apercebendo-se, em simultneo, que o terapeuta tem para

    consigo uma atitude positiva incondicional e de congruncia. Descobre que possvel

    abandonar a fachada atrs da qual se escondia, que possvel minimizar os comportamentos de

    defesa e ser de uma maneira mais aberta o que na verdade .

    Torna-se ento mais consciente de si, aceita-se melhor e adopta uma atitude mais aberta at

    perceber que afinal livre para se modificar e para crescer nas direces naturais do organismo

    humano.

    Conquista, progressivamente, uma concepo de si mesmo como uma pessoa de valor,

    autnoma, capaz de fundamentar os prprios valores e normas na sua prpria experincia.

    Desvia-se de uma ideia que o torna inaceitvel aos seus prprios olhos, indigno de considerao e

    obrigado a viver segundo as normas dos outros. As suas percepes tornam-se mais realistas e

    mais diferenciadas e a sua adaptao psicolgica melhora. D-se uma reduo da tenso em todasas suas formas tenso fisiolgica, mal-estar psicolgico, ansiedade e o seu comportamento

    torna-se mais evoludo, melhorando assim a funcionalidade das suas emoes.

    Quanto mais o paciente captar o terapeuta como uma verdadeira ou autntica pessoa,

    capaz de empatia e tendo em relao a si um respeito incondicional, tanto mais ele se afastar de

    um modo de funcionamento esttico, fixo, insensvel e impessoal.

    Encaminhar-se- no sentido de um comportamento marcado por uma experincia fluida, emmudana e plenamente receptiva dos seus sentimentos pessoais diferenciados. Na consequncia

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    deste movimento que se d uma evoluo da personalidade, das emoes e do

    comportamento no sentido da sade e da evoluo psquica, assim como das relaes mais

    realsticas com o eu, os outros e o mundo circundante.

    Positivo Valorizao das capacidades do paciente, pouco directiva.

    Negativo Ineficaz sem empatia, demasiado dependente dos insights do paciente.

    Terapeutas Centrados no paciente famosos:

    Carl Rogers, Jules Seaman e Virgnia Axline

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    DADOS DE PESQUISA

    Internet:

    Neubern, M. S. (1999). Fragmentos Para Uma Compreenso Complexa da Terapia

    Familiar: Dilogos Epistemolgicos Sobre as Emoes e a Subjetividade no Sistema

    Teraputico. Dissertao de Mestrado, Universidade de Braslia, Braslia.

    (Psicologia) www.psicologia.com.pt acedido durante as pesquisas para o referido

    trabalho.

    (wikipedia) www.wikipedia.org - acedido durante as pesquisas para o referido trabalho.

    Referncias bibliogrficas:

    Bachelard, G. (1985). O Novo Esprito Cientfico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.

    (Originalmente publicado em 1934).

    Morin, E. (1983). O Problema Epistemolgico da Complexidade. Lisboa: Europa-Amrica.

    Kate Oatley e Jenniffer M. Jenkins, Compreender as Emoes, Epignese,

    Desenvolvimento e Psicologia. Diviso Editorial: Instituto Piaget.

    Lewis E. Patterson, S.Eisenberg, O Processo de Aconselhamento.

    Ovide Fontaine,Introduo s Terapias Comportamentais.

    Carl R. Rogers, Terapia centrada no paciente.

    Carl R. Rogers, Tornar-se Pessoa.

    Franois Lelord, Christophe Andr,A fora das Emoes.

    Sigmund Freud, Textos essenciais de PsicanliseVol.1,vol.2,vol.3.

    John R. Anderson, Cognitive Psychology and its Implications.

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    ANEXOS

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    Anexo I

    A (M-) Emoo Controlada Pela Razo

    H a ideia de que quando se concede razo inteira liberdade ela destri todas as emoes

    profundas. Esta opinio parece-me devida a uma concepo inteiramente errada da funo da

    razo na vida humana. No objectivo da razo gerar emoes, embora possa ser parte da sua

    funo descobrir os meios de impedir que tais emoes sejam um obstculo ao bem-estar.

    Descobrir os meios de diminuir o dio e a inveja sem dvida parte da funo da psicologia

    racional. Mas um erro supor que diminuindo essas paixes, diminuiremos ao mesmo tempo a

    intensidade das paixes que a razo no condena.

    No amor apaixonado, na afeio dos pais, na amizade, na benevolncia, na devoo s

    cincias ou s artes, nada h que a razo deseje diminuir. O homem racional, quando sente essas

    emoes, ficar contente por as sentir e nada deve fazer para diminuir a sua intensidade, pois

    todas elas fazem parte da verdadeira vida, isto , da vida cujo objectivo a felicidade prpria e

    dos outros.

    Nada h de irracional nas paixes como paixes e muitas pessoas irracionais sentem

    somente as paixes mais triviais. Ningum deve recear que ao optar pela razo torne triste a vida.Ao contrrio, pois a razo consiste, em geral, na harmonia interior; o homem que a realiza sente-

    se mais livre na contemplao do mundo e no emprego da sua energia para conseguir os seus

    propsitos exteriores, do que o homem que continuamente embaraado por conflitos ntimos.

    Nada to deprimente como estar fechado em si mesmo, nada to consolador como ter a sua

    ateno e a sua energia dirigidas para o mundo exterior.

    Bertrand Russell, in A Conquista da Felicidade

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    Anexo II

    Como deve o psiclogo abordar as emoes?

    Herr Schreiber (Testemunho)

    Como eu, psiclogo em formao lido com as emoes ?

    Primeiramente necessrio saber o que so as emoes. As emoes so expresses de

    sensaes que se pode ter conscincia atravs de reaces fisiolgicas. Com esta definio em

    mente posso dizer que eu tento estar sempre atento s minhas emoes.

    Eu entendo que para que uma emoo se manifeste existe todo um contexto e circunstncias nas

    quais essa emoo se vai manifestar. Alm do que, o que pode ser felicidade para um, pode sertristeza para outro. Num mundo em que vivemos, entrar em contacto total com a emoo da outra

    pessoa uma coisa extremamente difcil. As pessoas tm medo de demonstrarem as suas

    emoes. O que pode haver so disfarces. Emoes artificialmente criadas pelo nosso intelecto

    para nos proteger de um contacto mais profundo com outras pessoas. Eu demonstro o que eu no

    sou, para a outra pessoa achar que eu sou o que ela quer que eu seja, pois assim posso ser aceite

    socialmente e mascarar os meus defeitos.

    Antes de ser psiclogo, eu sou um ser humano. Espera-se que um psiclogo seja uma

    pessoa que controle suas emoes embora existam mecanismos que vo alm do controlo dosujeito, at mesmo de um psiclogo na tentativa de controlar suas prprias emoes. O que

    fao no entanto, tentar entender ao mximo cada emoo que me surge. E no s as minhas

    emoes, mas as das outras pessoas que esto ao meu redor. Sempre questiono o porqu, pois um

    psiclogo deve estar a todo o momento atento s expresses emocionais e saber identific-las.

    Sendo a funo de um psiclogo o proporcionar o bem-estar psquico do sujeito, estaremos

    sempre a lidar com o emocional da pessoa. E para que consigamos ter o mximo de contacto

    possvel com as emoes h que trabalhar a forma com se lida com as emoes. Emoes so

    tipos distintos de sensaes corporais que experimentamos diante de situaes especficas. Elas

    variam em intensidade, de subtis a incrivelmente fortes. Esto constantemente connosco, ou seja,

    estamos sempre sentindo algo.

    Entender as emoes importante!

    Quando no prestamos ateno ao que estamos sentindo que comeam a surgir os

    problemas, como ansiedade, angstia, stress, podendo chegar aos extremos como depresso,

    transtorno de pnico, bem como as famosas doenas psicossomticas (doenas fsicas cuja

    causa preponderante de natureza psicolgica). Portanto, entender as nossas emoes a chave

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    Nuno Casanova, Sara Sequeira, Vtor Matos e Silva 26/27

    www.psicologia.com.pt

    Documento produzido em 28-03-2009

    para nos entendermos a ns mesmos. Saber que sentimentos temos dentro de ns, a intensidade

    deles e o que queremos fazer com eles.

    O objectivo de qualquer psiclogo, genericamente ser pois o promover e dinamizar de

    uma boa gesto emocional nos sujeitos, enfim aqueles atributos a que chamamos inteligncia

    emocional, quer no desporto, no trabalho ou nas organizaes: a auto-confiana, o controlo da

    ansiedade, a concentrao e a preparao mental, a motivao e a formulao de objectivos, o

    confronto com situaes problemticas e stressantesou o auto-controlo do comportamento e a

    gesto emocional, num plano individual, abrangendo ainda, a nvel colectivo, aspectos como a

    comunicao e relao interpessoal e a coeso e esprito de equipa.

    Fonte: Internet.

    Como eu, psiclogo em formao, lido com as emoes, Herr Schreiber

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    Documento produzido em 28-03-2009

    CURIOSIDADES:

    A emoo que primeiramente sentida por o humano a emoo raiva ou clera; As pessoas envergonhadas so consideradas pessoas mais simpticas; Estudos observados demonstram que um recluso que se mostre envergonhado apanha

    menos anos de pena;

    Toda a Europa utiliza esta palavra (emoo) para descrever este impulso; Cuidado com aqueles que nunca se irritam; As emoes so interminveis. Quanto mais as exprimimos, mais maneiras temos de as

    exprimir;

    A emoo pela emoo a finalidade da arte, a emoo pela aco a finalidade davida e dessa organizao da vida a que chamamos sociedade;