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1 CADERNO 1 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. LL.01 1. d Os poetas eram classificados de acordo com a sua situação socio- econômica. Dessa forma, havia o trovador (poeta fidalgo/nobre); o jogral (poeta popular/saltimbanco); segrel (poeta profissional/ que se apresentava mediante pagamento; geralmente, um nobre decadente). 2. c Garcia de Resende, em 1516, reuniu, no Cancioneiro geral, mais de mil poesias palacianas, de 286 poetas diferentes. 3. a O ambiente de uma cantiga de amor é a corte. A alternativa a, refe- re-se a uma cantiga de amigo. 4. b O paralelismo, muito comum nas cantigas de amigo, se caracteriza por repetir um verso com uma pequena alteração, como podemos notar nestes versos de d. Dinis (“Ay flores, ay flores do verde pinho… / Ay flores, ay flores do verde ramo…”). 5. e 6. c Note que a única poesia escrita em português (e não mais em ga- lego-português) é a da alternativa c. Além de a poesia ter se des- vinculado da música, ela também passou a ser escrita em portu- guês, sendo lida e/ou declamada nos palácios, daí, “poesia palaciana”. 7. d 8. Trata-se de uma cantiga de amor, pois o eu lírico é masculino, sofren- do por um amor inacessível (coita-amorosa), daí ser a mulher trata- da por Senhora (ele se considera um escravo desse amor). 9. b Vassalagem-amorosa é típica de uma cantiga de amor (senhora/servo). 10. Cantiga de escárnio. Trata-se de uma sátira indireta, em que o autor procura não citar o nome da pessoa que está sendo ridicularizada. 11. a) O texto em questão classifica-se como cantiga de amigo, haja vista ser de autoria masculina com eu lírico feminino; além disso, estão presentes duas características muito representativas desse tipo de cantiga: o paralelismo e o refrão. b) Tomando por base o título, o eu poemático pode ser um reli- gioso ou um confessor (ou confidente) que interpela a interlo- cutora, aconselhando-a a ter cuidado em seu envolvimento amoroso. 12. a) No texto de Airas Nunes, as interlocutoras são duas amigas do eu lírico (também chamadas de irmãs); no texto de Cecí- lia Meireles, o eu poemático dirige-se a uma moça que está enamorada. b) No primeiro texto, a pessoa gramatical utilizada é a primeira do plural (“bailemos”, “nós”), enquanto no segundo texto utiliza-se a segunda do singular (“Irias”, “teu”, “te”). 13. Em todas as estrofes do poema, Cecília Meireles retoma a frase in- terrogativa iniciada pelo verbo “Irias”. 14. A repetição constante de alguns versos, ao mesmo tempo que facili- ta a assimilação da cantiga, especialmente pelo refrão, perde em qualidade e elegância. TAREFA PROPOSTA LÍNGUA PORTUGUESA Resolução 15. b Observe o eu lírico feminino, apesar de ser um homem o autor da cantiga. 16. Os dois textos associam-se ao Trovadorismo, haja vista o primeiro ser uma cantiga de amigo (com autoria masculina e eu lírico feminino) e a gravura retratar os trovadores, que davam voz e vida às cantigas. 17. c 18. d A cantiga de maldizer é de origem popular, ibérica ou lusitana. 19. a) Cantiga de amigo. b) Na cantiga de amigo, a mulher queixa-se a alguém ou a algo a perda ou a não concretização do amor. Um dos elementos pre- feridos desse tipo de cantiga é a barcarola, com motivação ma- rinha. No texto de Nana Caymmi, a brisa do mar atua como apoio aos reclamos do amor não concretizado. 20. Uma cantiga de amigo, pois, apesar de ter sido escrita por um ho- Uma cantiga de amigo, pois, apesar de ter sido escrita por um ho- mem, apresenta um eu lírico feminino. 21. b As novelas de cavalaria se dividem em: ciclo bretão ou arturiano (sobre os cavaleiros do rei Artur); ciclo carolíngeo (sobre os ca- valeiros do rei Carlos Magno); e ciclo clássico (sobre a cultura helênica). 22. a Atividades extras 23. a) A cena é de uma donzela que está em seu tear, enquanto prova- velmente espera a volta do amado. b) A donzela borda um dragão, uma pétala, um donzel, um falcão, um pavão. c) Os desenhos são característicos do imaginário do homem da Idade Média. 24. A donzela espera o cavaleiro voltar e essa expressão simboliza sua esperança, como se, dessa forma, pudesse modificar seu destino: o bem no lugar do mal, o florescer no lugar do escuro, o retorno (do amado) no lugar da ausência. LL.02 1. e “Todo o Mundo” e “Ninguém”, com letra maiúscula, são personagens alegóricos, que simbolizam a sociedade da época. 2. d Gil Vicente era preocupado com a salvação das almas. 3. a 4. d 5. a Gil Vicente iniciou sua carreira de teatrólogo com a peça religiosa Auto da visitação ou Monólogo do vaqueiro, entretanto, são as suas peças satíricas (de moralidade) que o fizeram conhecido uni- versalmente. 6. d Uma das preocupações centrais de Gil Vicente era a de conscientizar as pessoas de seus erros e reaproximá-las de Deus.

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LL.01 1. d Os poetas eram classificados de acordo com a sua situação socio-

econômica. Dessa forma, havia o trovador (poeta fidalgo/nobre); o jogral (poeta popular/saltimbanco); segrel (poeta profissional/que se apresentava mediante pagamento; geralmente, um nobre decadente).

2. c Garcia de Resende, em 1516, reuniu, no Cancioneiro geral, mais de

mil poesias palacianas, de 286 poetas diferentes.

3. a O ambiente de uma cantiga de amor é a corte. A alternativa a, refe-

re-se a uma cantiga de amigo.

4. b O paralelismo, muito comum nas cantigas de amigo, se caracteriza

por repetir um verso com uma pequena alteração, como podemos notar nestes versos de d. Dinis (“Ay flores, ay flores do verde pinho… / Ay flores, ay flores do verde ramo…”).

5. e 6. c Note que a única poesia escrita em português (e não mais em ga-

lego-português) é a da alternativa c. Além de a poesia ter se des-vinculado da música, ela também passou a ser escrita em portu-guês, sendo lida e/ou declamada nos palácios, daí, “poesia palaciana”.

7. d

8. Trata-se de uma cantiga de amor, pois o eu lírico é masculino, sofren-do por um amor inacessível (coita-amorosa), daí ser a mulher trata-da por Senhora (ele se considera um escravo desse amor).

9. b Vassalagem-amorosa é típica de uma cantiga de amor (senhora/servo).

10. Cantiga de escárnio. Trata-se de uma sátira indireta, em que o autor procura não citar o nome da pessoa que está sendo ridicularizada.

11. a) O texto em questão classifica-se como cantiga de amigo, haja vista ser de autoria masculina com eu lírico feminino; além disso, estão presentes duas características muito representativas desse tipo de cantiga: o paralelismo e o refrão.

b) Tomando por base o título, o eu poemático pode ser um reli-gioso ou um confessor (ou confidente) que interpela a interlo-cutora, aconselhando-a a ter cuidado em seu envolvimento amoroso.

12. a) No texto de Airas Nunes, as interlocutoras são duas amigas do eu lírico (também chamadas de irmãs); no texto de Cecí-lia Meireles, o eu poemático dirige-se a uma moça que está enamorada.

b) No primeiro texto, a pessoa gramatical utilizada é a primeira do plural (“bailemos”, “nós”), enquanto no segundo texto utiliza-se a segunda do singular (“Irias”, “teu”, “te”).

13. Em todas as estrofes do poema, Cecília Meireles retoma a frase in-terrogativa iniciada pelo verbo “Irias”.

14. A repetição constante de alguns versos, ao mesmo tempo que facili-ta a assimilação da cantiga, especialmente pelo refrão, perde em qualidade e elegância.

TAREFAPROPOSTA

L Í N G U A P O R T U G U E S A

Resolução

15. b Observe o eu lírico feminino, apesar de ser um homem o autor da

cantiga.

16. Os dois textos associam-se ao Trovadorismo, haja vista o primeiro ser uma cantiga de amigo (com autoria masculina e eu lírico feminino) e a gravura retratar os trovadores, que davam voz e vida às cantigas.

17. c

18. d A cantiga de maldizer é de origem popular, ibérica ou lusitana.

19. a) Cantiga de amigo. b) Na cantiga de amigo, a mulher queixa-se a alguém ou a algo a

perda ou a não concretização do amor. Um dos elementos pre-feridos desse tipo de cantiga é a barcarola, com motivação ma-rinha. No texto de Nana Caymmi, a brisa do mar atua como apoio aos reclamos do amor não concretizado.

20. Uma cantiga de amigo, pois, apesar de ter sido escrita por um ho-Uma cantiga de amigo, pois, apesar de ter sido escrita por um ho-mem, apresenta um eu lírico feminino.

21. b As novelas de cavalaria se dividem em: ciclo bretão ou arturiano

(sobre os cavaleiros do rei Artur); ciclo carolíngeo (sobre os ca-valeiros do rei Carlos Magno); e ciclo clássico (sobre a cultura helênica).

22. a

Atividades extras 23. a) A cena é de uma donzela que está em seu tear, enquanto prova-

velmente espera a volta do amado. b) A donzela borda um dragão, uma pétala, um donzel, um falcão,

um pavão. c) Os desenhos são característicos do imaginário do homem da

Idade Média.

24. A donzela espera o cavaleiro voltar e essa expressão simboliza sua esperança, como se, dessa forma, pudesse modificar seu destino: o bem no lugar do mal, o florescer no lugar do escuro, o retorno (do amado) no lugar da ausência.

LL.02 1. e “Todo o Mundo” e “Ninguém”, com letra maiúscula, são personagens

alegóricos, que simbolizam a sociedade da época.

2. d Gil Vicente era preocupado com a salvação das almas.

3. a

4. d

5. a Gil Vicente iniciou sua carreira de teatrólogo com a peça religiosa

Auto da visitação ou Monólogo do vaqueiro, entretanto, são as suas peças satíricas (de moralidade) que o fizeram conhecido uni-versalmente.

6. d Uma das preocupações centrais de Gil Vicente era a de conscientizar

as pessoas de seus erros e reaproximá-las de Deus.

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7. b

8. d A intenção de Gil Vicente, ao criticar a Igreja, na figura do Frade (e

de sua namorada Florença), é mostrar que as pessoas é que fazem as instituições se tornarem viciosas.

9. e O Corregedor (e também o Procurador) simbolizam os magistrados

corruptos e amorais. Eles trazem como insígnias autos processuais, papéis e livros de direito (representando os seus pecados).

10. a) O Monólogo do vaqueiro ou Auto da visitação, encenada na câ-mara real, em homenagem ao filho do rei d. Manuel I, o futuro d. João III.

b) Críticas à corrupção por parte dos magistrados; à decadência de boa parte do clero; à prostituição; à agiotagem; às práticas não cristãs; à exploração por parte da nobreza etc.

11. Padre José de Anchieta (Auto da festa de São Lourenço); Ariano Suassuna (Auto da Compadecida) e João Cabral de Melo Neto (Morte e vida severina ou Auto de Natal pernambucano).

12. c

13. c

14. c

15. a) O Anjo permite que Joane embarque porque ele não pecou conscientemente ou por malícia. Joane é um tolo, falta-lhe capa-cidade intelectual. O perdão divino resulta da afirmação bíblica de que “dos tolos será o reino do céu”.

b) Joane não tinha inclinação para fazer o mal. Suas atitudes resultam de sua completa incapacidade para separar o certo do errado.

16. a) Segundo o Anjo, os cavaleiros merecem embarcar porque mor-reram lutando por Cristo e são mártires da Igreja.

b) O comportamento do Anjo seria justificado, no primeiro caso, pelo fato de que o perdão pela inocência decorre da inconsequência da personagem Joane, uma vez que é um indivíduo tolo ou idiota. Seu vocabulário chulo decorre da falta de malícia. No segundo caso, os cavaleiros conscientemente mataram durante suas ações contra seus inimigos e mereciam o castigo. Entretanto, eles mataram e morreram em nome da Igreja, o que, segundo a maneira de julgar do Anjo, torna cada um deles merecedor do perdão (“Sois livres de todo o mal”) e da paz divina (“que quem morre em tal peleja, / merece paz eterna”). O Anjo traduz a visão religiosa do próprio autor e da Igreja católica.

17. e Como sabemos, o Humanismo é um período de transição entre o

medievalismo e a Renascença.

18. a) Berzebu. b) No texto, os nomes Todo o Mundo e Ninguém podem ser enten-

didos como pronomes indefinidos, saindo do caráter individual para o geral.

19. c

20. a) Lianor Vaz tinha sido atacada sexualmente por um clérigo no caminho para a casa de Inês Pereira, mas o ato não se consu-mou porque foram interrompidos pela aproximação de um ho-mem na montaria.

b) A instituição criticada foi o clero católico, cuja frouxidão moral serve de elemento para a sátira moral da sociedade portuguesa da época. Não se deve confundir o clero (membros da Igreja) com a instituição, que não foi alvo das críticas vicentinas.

c) A personagem que aparece no final da peça é o ermitão, antigo conhecido de Inês Pereira a quem recusara no passado, quando ainda era muito jovem. A decepção desse pretendente o conduz ao abandono da vida entre as pessoas e à escolha de uma vida de isolamento.

21. O Frade é condenado por causa de seu comportamento licencioso e devasso. Ele tem amante e leva uma vida de excessos, como a dan-ça, por exemplo, o que não convém aos membros do clero.

22. O Frade pergunta ao diabo se o seu hábito de frade nada vale, mas o diabo o chama de “padre mundanal”, ou seja, de comportamento mun-dano. A passagem que confirma a resposta é: “Juro a Deus que não te entendo! / E este hábito não me val?”.

Atividades extras 23. b Nesta peça, Gil Vicente critica o amor serôdio, isto é, o interesse de

um homem velho por uma mulher bem mais nova do que ele.

24. Marília de Dirceu, do poeta árcade Tomás Antônio Gonzaga, trata desse tema: o amor do pastor Dirceu pela pastora Marília. Na verda-de, Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu na Arcádia, era noivo de Maria Doroteia Joaquina de Seixas Brandão, a Marília. Ele com seus 44 anos de idade; ela, com 16.

LL.03 1. e Vale lembrarmos que Humanismo é um período de transição, ou

seja, uma passagem da Idade Média para o Renascimento.

2. c

3. O texto apresenta duas estrofes em oitava-rima (estrofes de oito versos com esquema fixo de rimas ABABABCC) e versos decassílabos heroicos (versos de 10 sílabas com acento tônico na 6a e na 10a sílabas).

4. e Os poetas renascentistas tinham uma preocupação com a forma,

isto é, com a construção do poema, valorizando a rima, a métrica e o ritmo, por exemplo.

5. d Todas as seis afirmações compõem o quadro de características clás-

sicas, tendo como “carro-chefe” o antropocentrismo.

6. I. A clara noção de perspectiva, o tratamento detalhado dado à figura humana, a exposição de motivos em diversos planos etc.

II. É a obra Estudos anatômicos do ombro, que apresenta deta-lhes anatômicos da figura humana, apoiados em estudos de cadáveres.

7. Os versos redondilhos (menor e maior): os pentassílabos (cinco síla-bas poéticas) e os heptassílabos (sete sílabas poéticas).

8. a) O Classicismo em Portugal tem início em 1527, quando o poeta Sá de Miranda retorna da Itália trazendo novas concepções es-téticas e lança o livro Os estrangeiros.

b) Embora envolvidos pela nova estética, denominada medida nova, os autores portugueses não aboliram totalmente a estéti-ca popular medieval que permeava a arte portuguesa, denomi-nada “medida velha”.

9. e Camões, por exemplo, além de poeta lírico, foi poeta épico e teatró-

logo.

10. a) O tipo de construção é o soneto. b) Foi Sá de Miranda.

11. a) “Os-bons-vi-sem-pre-pa-ssar / No-mun-do-gra-ves-tor-men(tos) / E-pe-ra-mais-m’es-pan-tar”.

b) Pertencem à medida velha (versos heptassílabos). c) ABAABCDDC.

12. a

13. a) Ambos fazem uso de sonetos. b) O soneto é formado por dois quartetos e dois tercetos, ou seja,

duas estrofes com quatro versos e duas com três versos.

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. c) Camões faz uma abordagem racionalista do amor. Usa a lingua-

gem referencial, como era característica dos autores clássicos. Vinicius, ao contrário, expõe toda subjetividade à visão do amor. Reside nesses versos uma intensidade amorosa.

14. d

15. O tema clássico presente nos quartetos é o amor na sua concepção neoplatônica: “Transforma-se o amador na cousa amada / Por virtude do muito imaginar”. No texto, o eu lírico considera que não precisa desejar a mulher amada porque, de tanto imaginar, transformou-se nela. O desejo (“Que mais deseja o corpo de alcançar?”) representa o elemento do “mundo das aparências” e, portanto, instável, enquanto a estabilidade do eu lírico só pode decorrer do “mundo das ideias” (“Em si somente pode descansar, / Pois consigo tal alma está liada”). Os quartetos traduzem ainda o conceito aristotélico da primazia da forma sobre a matéria.

16. Os quartetos apresentam versos decassílabos heroicos com esque-ma fixo de rimas ABBA.

“Trans / for / ma- / se o a / ma / dor / na / cou / sa a / ma / da” 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

17. O conteúdo é de característica trovadoresca: “Quem vê, Senhora, claro e manifesto”; a forma é renascentista por ser um soneto decassílabo.

18. ABBA ABBA CDE CDE.

19. O paradoxo se caracteriza pelo jogo de palavras ou ideias, criando um absurdo, como podemos notar em: “Que, quanto mais vos pago, mais vos devo”.

20. e Este é um clássico exemplo da tentativa do poeta em definir o amor.

Não conseguindo, cai nas contradições (oxímoros).

Atividades extras 21. O tipo de verso é o decassílabo ou medida nova. O nome desse tipo

de poema é soneto.

22. a) Os lusíadas pertencem ao gênero épico. b) Ao compor uma epopeia, expressão máxima do gênero épi-

co em versos, Camões retoma a tradição clássica iniciada por Homero na literatura ocidental e também universaliza a produção renascentista portuguesa ao retomar o modelo clássico da Eneida, de Virgílio.

23. a) O racionalismo presente nos textos ressalta a importância da experiência e da observação, fatores por meio dos quais se fa-zem inferências, exemplo nítido do uso da razão.

b) Os homens “ligeiros e ignorantes” são os religiosos, para os quais a Sagrada Escritura é lei (embora possuam conhecimento, leitura e cultura, sua fé é cega, daí sua ignorância), e outros que pensam como eles.

c) Da Vinci usa uma metáfora náutica: a prática sem ciência é como navegar sem leme e sem bússola, ou seja, é a própria desorien-tação e falta de rumo. Quer com isso dizer que se deve fazer uso da razão, aliando-a à experiência.

24. Arcadismo (Setecentismo ou Neoclassicismo), em que há uma reto-mada do equilíbrio, da simplicidade, da razão e do objetivismo, típi-cas características do Classicismo português.

LL.04 1. b

2. e Antônio Ferreira foi um teatrólogo renascentista, autor de A tragédia

Castro.

3. c Os versos que exemplificam o desconcerto do mundo são redondi-

lhos (heptassílabos).

4. e Os lusíadas é composto por decassílabos em oitava-rima (abababcc). Na

dedicatória, o poeta oferece a obra a d. Sebastião, o seu protetor. O herói da narrativa é o povo português. No epílogo da obra, Camões se lamenta, decepcionado com o povo, prevendo a decadência da Pátria.

5. c Em Os lusíadas, Luís Vaz de Camões, apesar de mostrar-se naciona-

lista, não deixou de tecer duras críticas a Portugal, como podemos notar na fala do velho de Restelo e no epílogo da epopeia.

6. a) Chico faz uso de redondilhas. No caso, redondilhas maiores, com sete sílabas métricas.

b) Não, não é um estilo clássico. c) As redondilhas fazem parte do estilo medieval português, embo-

ra os autores clássicos de Portugal não o tenham abandonado.

7. d Camões recebeu, quanto à forma, influência renascentista (sonetos

decassílabos) e influência trovadoresca (redondilhas menor e maior). No conteúdo também se verificam as duas influências, como a preocupação com temas inerentes ao ser humano (renas-centista) e o platonismo amoroso (trovadoresca).

8. a) Odes são poemas líricos, entusiasmados, destinados ao canto. b) O autor expressa seu entusiasmo pela modernidade, pelo

futuro. c) Os versos 3, 5, 7, 10, 11, 12 e 14 podem ser citados.

9. No episódio da fala do velho de Restelo.

10. O episódio Inês de Castro (sobre o trágico amor entre Inês e Pedro) e a Ilha dos Amores (a parte erótica da obra).

11. c

12. a) Camões: Classicismo; Pessoa: Modernismo. b) Prosopopeia ou personificação.

13. a) Presença da mitologia greco-romana. b) O Classicismo retoma a inspiração greco-romana.

14. d Os versos que invalidam a afirmativa II são: “Esta foi a celeste formo-

sura; / Da minha Circe, e o mágico veneno / Que pôde transformar meu pensamento”.

15. b A fala do velho do Restelo é um dos pontos altos de Os lusíadas.

Nela, Camões critica a ambição dos portugueses, deixando a Pátria desprotegida, prestes a ser invadida pelos mouros.

16. a) A mulher é vista de maneira idealizada. O eu lírico sugere que a beleza da mulher, apesar de ser um elemento da terra, é resul-tado da ação divina, a ponto de ser comparada com a perfeição do céu e estrelas.

b) O poema filia-se ao Classicismo tanto na forma quanto em seu con-teúdo. A forma clássica pode ser confirmada pela escolha do sone-to italiano em versos decassílabos. A escolha de um vocabulário elevado e de uma sintaxe tradicional sugerem a opção pelo forma-lismo clássico. Estão presentes ainda a clareza, o equilíbrio entre forma e conteúdo, o controle da razão e a busca de perfeição.

17. O estilo usado por Camões (decassílabos em oitava-rima – ababa-bcc) foi seguido por Cláudio Manuel da Costa, autor de “Vila Rica”, e frei José de Santa Rita Durão, autor de “Caramuru”.

18. b Os sonetos camonianos são todos decassílabos, isto é, apresentam

dez sílabas poéticas.

19. a Cupido, o deus do amor, ao flechar Inês e Pedro, tornou-se o respon-

sável pela tragédia.

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20. a) O poeta apresenta o assunto que será desenvolvido na narração (a história e as glórias dos reis e do povo de Portugal) e o herói da narrativa (o povo português).

b) O poeta pede inspiração às Tágides, ninfas do rio Tejo. c) O poeta oferece a sua obra ao seu protetor, o rei d. Sebastião. d) Trata-se do desenrolar dos fatos e as aventuras do herói. e) O poeta se lamenta, decepcionado com o povo, prevendo a de-

cadência da sua Pátria.

21. c Os lusíadas, possui alto valor literário. Os temas tratados por Ca-

mões ultrapassam o mero histórico, tornando-se universal.

22. e Após sair de Portugal, na praia de Restelo, e passar por vários luga-

res africanos, escapando das armadilhas de Baco, protegidos pela Vênus, os navegantes chegam em Melinde, onde o rei africano pede para Vasco da Gama narrar a história de Portugal.

Atividades extras 23. a) O texto aborda uma situação universal a partir de um conceito

fatalista sobre a existência humana, revelado no terceto final. b) Nos dois quartetos, a pergunta retórica do eu lírico encaminha o

leitor para a resposta presente nos dois tercetos, fazendo-o ade-rir às suas ideias.

24. a)

Quíloa

LisboaAçores

Cabo Verde

Cabo dasTormentas

BRASIL

Madagascar

MelindeMombaça

Moçambique

Calicute

ÍNDIA

OCEANOATLÂNTICO

OCEANOINDÍCO

Ceilão(Taprobana)

Ilha dosAmores

b) Na África: • Canto I:Concíliodosdeuses;acidentesprovocadosporBaco;

intervenção de Vênus; chegada a Mombaça. • Canto II: traiçãodo rei deMombaça;profeciade Júpiter; em

Melinde, o rei pede a Vasco da Gama para contar a história de Portugal.

• CantoIII:começaodiscursodeVascodaGama;históriadosreisde Portugal (episódio de “Inês de Castro”).

• CantoIV:continuaçãodahistóriadosreisdePortugal;episódio“O Velho do Restelo”.

• CantoV:partidadePortugal;episódio“OgiganteAdamastor”;chegada a Melinde.

De Melinde à Índia: • CantoVI:partidadeMelinde;segundoConcíliodosdeuses;epi-

sódio “Os doze de Inglaterra”. Na Índia: • CantoVII:chegadaaCalicute;descriçãodaÍndia. • Canto VIII: Baco põe indianos contra portugueses; Vasco da

Gama é preso e resgatado. Na Ilha dos Amores: • CantoIX:regresso;episódio“AIlhadosAmores”. • CantoX:banquetedasninfas;profeciasobreosfeitospor-

tugueses; demonstração da Máquina do Mundo; regresso a Portugal.

LL.05 1. d O Quinhentismo estendeu-se até 1601, quando se inicia o Seis-

centismo (Barroco), com a publicação de Prosopopeia, de Bento Teixeira.

2. b

3. a Pero Lopes de Sousa (Diário de navegação); Hans Staden (O meu ca-

tiveiro entre os índios do Brasil); frei Vicente do Salvador (História do Brasil); padre Fernão Cardim (Tratado da terra e gente do Brasil).

4. d Os versos do padre José de Anchieta são pentassílabos ou heptassí-

labos, pertencentes à medida velha.

5. V – V – V – V – F Os poetas barrocos não eram sentimentalistas. Eram pessimistas e a

razão se sobrepunha à emoção

6. Os cronistas ou viajantes, em sua maioria portugueses, relataram em suas obras (os famosos tratados) a fauna, a flora, as riquezas natu-rais, os usos, costumes, tradições e língua dos indígenas da terra recém-descoberta.

7. b

8. a III. Cláudio Manuel da Costa é poeta do Arcadismo. IV. A literatura de informação e os gêneros oratório e epistolar

não pertencem ao Barroco. 9. e O trecho poético foi retirado da obra De Beata Virgine Dei Matre

Maria (“Santa Virgem Maria, Mãe de Deus”), em exaltação à Virgem Maria, que o padre José de Anchieta escreveu nas areias da praia de Iperoig, no litoral paulista.

10. d O Quinhentismo português (Classicismo, Renascimento ou Escola

Italiana) não influenciou o nosso Quinhentismo, que se caracterizou por ser um período de informação (cronistas e/ou viajantes) e de formação (jesuítas).

11. a b (Tratado da terra e gente do Brasil, de padre Fernão Cardim); c

(Tratado da terra do Brasil e História da província de Santa Cruz, a que vulgarmente chamamos Brasil, de Pero de Magalhães Gânda-vo); d (Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas, de João Antônio Andreoni, o Antonil); e (Diálogos sobre as grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão, o Brandônio).

12. V – F – V – F – F

13. a) Estão presentes aspectos da vaidade humana como o culto da beleza e a moda, vistos no poema negativamente, porque condu-zem à futilidade e à destruição. A esses aspectos negativos opõe-se a consciência do eu lírico de que será conduzido a Deus por meio do mesmo sentimento que tornou sua existência efêmera.

b) Os pares antitéticos que se assemelham aos utilizados pela lite-ratura barroca estão presentes na construção do poema: vida/morte, contentamento/desgosto, aparência/essência.

14. “Fusionismo” é a tentativa de unir os valores teocêntricos (Deus, Es-pírito, Céu, Ideal) com os valores antropocêntricos (Homem, Corpo, Terra, Real), isto é, a tentativa de unir a Fé à Razão. Por serem polos antagônicos, o homem barroco entra em conflito.

15. d O padre Antônio Vieira é o representante do Barroco luso-brasileiro,

portanto,séculoXVII.

16. e Sonetos de contrição são os de arrependimentos, como os de Gre-

gório de Matos e Bocage.

17. e

18. Os padres jesuítas, como os padres Manoel da Nóbrega, José de Anchieta, Aspicuelta de Navarro e Fernão Cardim, catequizavam os índios, tornando-os cristãos, e prestavam uma assistência moral e religiosa aos colonos.

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. 19. A empolgação dos cronistas diante da nova terra serviu de inspira-

ção para que autores do Romantismo e Modernismo criassem o nacionalismo (ufanista para o Romantismo e crítico para o Moder-nismo).

20. V – F – V A obra Diálogo sobre a conversão do gentio pertence ao padre Ma-

noel da Nóbrega.

21. e A estética barroca se caracteriza pelo conflito, ocasionado por uma

tentativa de fundir os valores da Idade Média (teocêntricos) com os valores da Idade Moderna (antropocêntricos).

Atividades extras 22. Soma = 11 (01 + 02 + 08) Os tupiniquins interessaram-se, principalmente, pelas contas de ro-

sário, brancas, pertencentes aos portugueses.

23. a) Porque sua presença era indício de que muito em breve se al-cançaria terra firme.

b) O título remete à terra encontrada no final da Páscoa.

24. a) Ambos os textos tratam dos costumes e das características indí-genas, mas sob perspectivas opostas: o primeiro ressalta sua inocência, o que Pero Vaz vê como fator positivo para a futura catequização; o segundo retrata cenas de canibalismo, próprio de algumas culturas indígenas.

b) Os textos mostram que o comportamento violento, cruel e sangui-nário está presente na cultura branca e na indígena, que seus mé-todos são semelhantes quando o assunto é derrotar o inimigo.

c) As ações e reações dos seres humanos são semelhantes, inde-pendentemente de época, lugar ou cultura; a história tem mos-trado que muito comumente a força física é usada para dominar povos e culturas.

LL.06 1. a Padre Antônio Vieira notabilizou-se por uma retórica inconfundível,

tornando-se um dos intelectuais mais respeitados da língua portugue-sa, além do mais importante orador sacro da literatura luso-brasileira.

2. e O introdutor do Barroco brasileiro foi Bento Teixeira, autor de Proso-

popeia.

3. c Padre Antônio Vieira escreveu mais de duzentos sermões. Em muitos

deles, empregava seu profundo conhecimento bíblico para tecer du-ras críticas ao comportamento do homem.

4. a

5. O conectivo porque e o vocábulo causa possuem o traço semântico comum da causalidade, da motivação; para que e fruto, o traço co-mum da finalidade.

6. e O conceptismo, estilo que marca a prosa sermonística do padre An-

tônio Vieira, caracteriza-se pelo jogo de ideias e pelo raciocínio tor-tuoso, supervalorizando o conteúdo em detrimento da forma.

7. e Na poesia amorosa, Gregório de Matos exaltou a mulher tanto em

seus aspectos físicos quanto espirituais.

8. b Manuel Botelho de Oliveira foi o primeiro brasileiro a publicar um

livro de poesias e frei Vicente do Salvador foi o primeiro brasileiro a publicar um livro de prosa, História do Brasil.

9. a O paradoxo consiste em usar palavras e/ou ideias, criando uma con-

tradição.

10. c Esses elementos contrastantes são exemplos de paradoxos, isto é, o

jogo de palavras ou ideias, criando um absurdo, uma contradição.

11. d A simplicidade formal é característica do Arcadismo, uma reação ao

rebuscamento barroco.

12. O tema é o carpe diem, isto é, aproveite o dia enquanto se é jovem e a velhice não chega.

13. a Esse é um poema da lavra satírica de Gregório de Matos e Guer-

ra. Por seu inconformismo e pela crítica, dirigida principalmente aos governantes e ao clero, o autor foi perseguido e enviado a Angola, onde ficou exilado, para depois retornar ao Brasil com a condição de não mais pôr os pés na Bahia, vivendo, então, em Pernambuco.

14. c O contato direto com a natureza refere-se ao Arcadismo.

15. b O jogo de ideias refere-se ao conceptismo e não ao cultismo, que é

o jogo de palavras.

16. a A aliteração consiste na repetição frequente de consoantes.

17. d Padre Antônio Vieira não escreveu autos como o padre José de

Anchieta.

18. c Nos dois sonetos satíricos, o poeta explora a falsa aparência (do fi-

dalgo e do estudante).

19. d Prosopopeia é uma obra bajulatória (laudatória), apresentando bom

conteúdo histórico, entretanto, de baixo valor literário.

20. e

21. e Frei José de Santa Rita Durão, autor de Caramuru, pertence ao Ar-

cadismo brasileiro.

Atividades extras 22. d Neste soneto, Gregório de Matos explora a inconstância dos bens

mundanos por meio de um jogo de ideias e palavras, confirmando a tendência paradoxal da poesia seiscentista.

23. a) O quadro 2 aproxima-se mais do texto 1, por suas característi-cas barrocas, como traços e formas retorcidas, olhar de agonia, jogo de claro/escuro, luz/sombra.

b) A figura de linguagem que predomina é a anadiplose, que con-siste na repetição de palavra(s) do fim de um verso, no princípio do verso seguinte. Seu uso ressalta o conflito do eu lírico e a agonia e a ansiedade em que ele se encontra, numa insistência de mostrar-se arrependido.

c) A Luz, no texto 2, em oposição ao Sol, faz parte de uma das antíteses por meio das quais se revela o conflito do eu lírico; no quadro, ela faz parte do contraste claro/escuro, luz/sombra, téc-nica bastante característica do Barroco.

24. a) O recurso argumentativo mais evidente é a metáfora, como se pode observar em: “A primeira coisa que me desedifica, peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros”. Além dele, estão pre-sentes as perguntas retóricas e a exortação.

b) Essa passagem revela o que a cobiça dos homens pode fazer-lhes: os que têm muito são poucos e massacram os que quase nada têm; basta um que pode muito contra muitos que nada podem.

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LL.07 1. e Escola gongórica é outro nome dado ao Barroco.

2. O carpe diem, ou seja, aproveite o dia enquanto se é jovem e a ve-lhice não chega.

3. c A poesia épica também foi explorada, como Caramuru, do frei

José de Santa Rita Durão; Vila Rica, do Cláudio Manuel da Costa e O Uraguai, de José Basílio da Gama.

4. b Anáfora se caracteriza pela repetição de uma palavra ou termo no

início dos versos.

5. Qualidades financeiras (“Tenho o próprio casal, e nele assisto”); físicas (“Eu vi o meu semblante numa fonte / Dos anos inda não está cortado”) e intelectuais (“Nem canto letra, que não seja mi-nha”).

6. Os oito primeiros versos de cada estrofe são decassílabos; os dois últimos, hexassílabos:

De-pois-que-nos-fe-rir-a-mão-da-Mor(te), Ou-se-já-nes-te-mon-te,ou- nou-tra-se(rra), No-sso-cor-pos-te-rão-te-rão-a-sor(te) De-con-su-mir-os-dois-a-mes-ma-te-(rra). Na-cam-pa-ro-de-a-da-de-ci-pres-(tes), Le-rão-es-tas-pa-la-vras-os-pas-to-(res): “Quem-qui-ser-ser-fe-liz-nos-seus-a-mo(res), “Si-gaos-e-xem-plos-que-nos-de-ram-es(tes).” Gra-ças-Ma-rí-lia-be(la), Gra-ças-à-mi-nhaEs-tre(la)!

7. e Ao retornar da Ásia, Bocage encontrou a sua noiva casada com seu

irmão.

8. c

9. c O trecho que correspondente à alternativa foi retirado de uma lira

de Marília de Dirceu, do poeta árcade Tomás Antônio Gonzaga. Car-pe diem ou “aproveite o dia” era um dos lemas latinos que serviram de base para a construção dos poemas árcades.

10. a) O sujeito lírico é caracterizado de acordo com as convenções bucólicas no segundo fragmento.

b) Estão presentes as convenções bucólicas, ou seja, a sugestão campestre de um cenário de acordo com o locus amoenus: pas-tores e música sugerem um lugar ideal e prazeroso.

11. V – F – V – F

12. c O Arcadismo, movimento literário do século XVIII, foi influenciado

pelo iluminismo, em que a razão e a ciência se sobrepuseram à fé e ao sentimento.

13. a A segunda parte de Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga,

tem como cenário a masmorra, acusado de participar da Inconfidên-cia mineira (também conhecida por Conjuração mineira).

14. a) No poema, a natureza representa um argumento de sedução do eu lírico por meio da sugestão de que preservar a espécie é uma lei da natureza à qual todo ser está ligado. Os elementos da natureza exemplificam as leis naturais e às quais também a pas-tora deve se sujeitar.

b) São traços clássicos presentes no poema o formalismo: emprego de estrofação, métrica e esquema de rimas fixos; e o emprego da mitologia (Amor = Cupido ou Eros).

15. a

16. d Alvarenga Peixoto pertence ao Arcadismo brasileiro.

17. Arcadismo vem de Arcádia, região da Grécia Antiga, dominada pelo deus Pã e habitada pelos pastores. Os poetas árcades julgavam-se pastores, já que para eles o ideal de felicidade era viver em contato com a natureza.

18. a

19. b

20. a O pseudônimo pastoril de Cláudio Manuel da Costa é “Glauceste

Satúrnio” e “Eulina” é uma de suas pastoras-amadas.

21. d

22. a) “vale muito verde onde chove muito” e “uma terra tão verde” b) Trata-se do verso “Deixa louvar da corte a vã grandeza”.

Atividades extras 23. a) Vieira usa de antíteses, como amor e morte, união e separação.

Esse recurso é característico do Barroco cultista ou conceptista, revelando a intensidade dramática do texto.

b) As referências bucólicas, como em “pastora” e “seara”, bem como os pseudônimos dos amantes (Feliza e Sileu).

24. a) No poema de Bocage, o eu lírico duvida de que o amor seja um “bem”, um “suave abrigo”, corroborando a ideia de Vieira, de que o amor possui efeito diverso do que lhe atribuem quando é desmedido ou excessivo.

b) “Mas com dura experiência eu contradigo.”

LL.08 1. e Cláudio Manuel da Costa, o mais platônico dos poetas árcades, ficou

conhecido como o “poeta das lágrimas tristes”.

2. c A terceira parte é de autoria controversa, segundo alguns críticos.

3. d O Arcadismo é a escola mineira, coincidindo com o ciclo da minera-

ção.

4. a

5. d

6. e

7. a) O carpe diem. b) As tranças d’oiro transformando-se em prata; seus olhos deixa-

rão de ser estrelas; murchará o rosto.

8. b O desertor das letras (crítica ao fraco ensino jesuítico na Univer-

sidade de Coimbra, em apoio à política pombalina); Caramuru (poema épico, seguindo o estilo camoniano, sobre o naufrágio de Diogo Álvares Correia no recôncavo baiano); Obras poéticas (poemas líricos, com destaque para o platonismo amoroso de “Glauceste Satúrnio”).

9. a O Uraguai desvincula-se do estilo camoniano, já que o poeta usou os

decassílabos brancos e a estrofação irregular, além da divisão em V cantos.

10. b A obra satírica, Cartas chilenas, é atribuída a Tomás Antônio Gonza-

ga. Não há certeza na autoria, já que o autor usou o pseudônimo “Critilo”. Os outros personagens e ambientes também são designa-dos por falsos nomes, o que dificultou reconhecer a autoria.

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. 11. d A proposição II é falsa, pois o cenário não é a cidade de Vila Rica, e

sim o campo (Arcádia).

12. c Cláudio Manuel da Costa adotou o pseudônimo pastoril de “Glau-

ceste Satúrnio”. “Eureste Fenício” era Alvarenga Peixoto.

13. Pertence à segunda parte, em que o poeta, preso na Ilha das Cobras, mostra-se melancólico, pessimista e saudosista, temas recorrentes ao Romantismo, por isso, torna-se um poeta pré- -romântico.

14. a Cláudio Manuel da Costa, “o poeta das lágrimas tristes”, usou, não

só a pedra, mas penhascos, rochas, pedregulhos como símbolos da insensibilidade das pessoas: frias e duras como pedras.

15. a) No texto de Tomás Antônio Gonzaga, a mulher é descrita a partir de uma concepção idealizada. Para isso o poeta utiliza uma linguagem e uma sintaxe tradicionais. O vocabulário é simples, porém escolhido a partir de uma concepção semân-tica que valoriza a beleza e o estado divino sugerido pelo plato-nismo neoclássico. No texto de Manuel Bandeira, a mulher não é idealizada, mas vista de maneira irônica e zombeteira. A lin-guagem é coloquial e marcada pela presença de um tom cômi-co. O último verso reveste-se intertextualmente do tom bíblico do Genesis.

b) O primeiro texto é árcade, e o segundo, moderno.

16. e O erro se encontra no nome da índia. Lindoia é personagem de O

Uraguai, de José Basílio da Gama. Diogo Álvares Correia se casa com Paraguaçu, levando-a para a França.

17. a) Trata-se do carpe diem, isto é, o aproveitamento do tempo pre-sente.

b) Gonzaga valoriza o presente visto como um processo relativa-mente longo, ou seja, uma etapa da vida, ao passo que Ricardo Reis o faz considerando apenas o instante, o átimo, a precisa fração do momento.

18. c O Uraguai, poema épico de Basílio da Gama, tem como tema

central o conflito entre os índios, manipulados pelos jesuítas, e as tropas luso-espanholas, na região dos Sete Povos das Mis-sões, fronteira com o Uruguai. Sepé, Cacambo, Lindoia, Caitutu, Tanajura, padre Balda, Baldeta e general Gomes Freire de An-drade são os personagens da obra. Esse poema épico, já disso-ciado do estilo camoniano, apresenta estrofes irregulares e ver-sos decassílabos brancos.

19. b Na guerra entre índios e luso-espanhóis, os primeiros são derro-

tados e os jesuítas expulsos da região. A obra exalta a política pombalina.

20. a As pastoras-amadas de Tomás Antônio Gonzaga, José Basílio da

Gama, Caldas Barbosa são, respectivamente, “Marília”, “Marfisa”; “Nise”.

21. c

22. e

Atividades extras 23. O Uraguai é um poema épico constituído por versos decassílabos,

de linguagem simples, sem rimas. Com exceção dos versos decassí-labos, não há culto à forma. Está presente como característica árca-de o locus amoenus: “Na relva branda…”

24. Quando Caitutu vê Lindoia, ela está deitada, envolta por uma ser-pente. Caitutu acerta-a com uma flecha, matando-a, mas a serpente já havia picado Lindoia.

LG.01 1. d O texto de Rubem Alves faz uma reflexão sobre os usos da língua, suge-

rindo que certos usos formais podem, mesmo, impedir a comunicação em determinados contextos (como diz o autor, “conversar com a gente das Minas Gerais” usando a palavra “varrição” seria um problema).

2. e Verbo “fazer” com sentido de existir é impessoal. Como consequên-

cia não há sujeito e o verbo, segundo a norma culta, deve permane-cer no singular. (“faziam cinco dias” está errado)

3. d Segundo o texto, a origem da palavra não determina sua funcionali-

dade para o dia a dia.

4. c A alternativa está incorreta porque não é o Antonio Candido que faz

afirmações, mas o enunciador.

5. b O texto mostra que a escola deve ensinar a norma culta, mas precisa

perceber e respeitar as outras possíveis manifestações da língua.

6. e A construção “precisa-se gentes” demonstra a simplicidade linguísti-

ca desejada por Mário de Andrade.

7. a “Graciosa” sugere delicadeza, leveza, não o exagero sugerido em

“macaco até demais”.

8. Haveria prejuízo na sonoridade explorada no final do último verso, já que a crase entre o “aia” final de “atrapaia” e o “a” inicial de “ai, ai” não ocorreria.

9. a) O autor do texto, ao usar a expressão “Escolinha do profes-sor Raul”, associa um programa popular de auditório (Pro-grama Raul Gil) a dois programas humorísticos, também muito populares (Escolinha do professor Raimundo e Escolinha do barulho), com a evidente intenção de associar a partici-pação risível dos convidados do primeiro ao desempenho dos “alunos” dos outros dois.

b) De acordo com o texto, o apresentador cometeu mais de uma gafe, informação implícita em “Essa não foi a primeira vez [episó-dio envolvendo a palavra ‘xale’] que o apresentador e seus con-vidados derrapam na ortografia”. Como não se sabe se ele vali-dou a resposta “xampu”, infere-se que a outra gafe se relaciona ao enunciado “Quadro não vale”.

c) Na frase “Essa não foi a primeira vez que o apresentador e seus convidados derrapam na ortografia”, a correlação foi-derrapam poderia ser mais adequadamente substituída por foi-derrapa-ram ou por é-derrapam.

10. a “Falar e ser ouvido” é uma maneira de dizer que a intenção do blog

era permitir, possibilitar a comunicação.

11. Pedro refere-se a si mesmo sempre em terceira pessoa. As motiva-ções sociais para que isso ocorra estão ligadas ao fato de Pedro ser escravo e pertencer a uma classe inferior à de seus senhores. Por isso, Pedro não se reconhece como ser que fala, mas sobre o qual se fala, e mostra distanciamento, não identidade, não individualidade, não autonomia, e, por isso, usa a terceira pessoa. Ele não se assume como um “eu”, mas como aquele que é chamado por seus senhores.

12. c Há um equívoco na afirmação II, pois as descrições linguísticas não

devem se limitar pelo alcance do texto produzido, além disso é pos-sível, para a população, ter acesso à literatura de ficção.

13. b O primeiro trecho anuncia a morte de palavras, classificadas

como arcaísmos, enquanto o segundo defende a tese de que,

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mesmo não se manifestando na atualidade, os verbetes não morrem, ficam congelados, ou seja, discordam.

14. c A linguagem da música denuncia a simplicidade do eu lírico (observe

que não há qualquer descrição, mas é possível deduzir, pela lingua-gem empregada, como é o eu lírico), como um representante do povo, da identidade nacional.

15. b Há problemas em: a) “a nível de” c) “de menor” d) “a cores” e) “a domicílio”

16. a) No texto, o pronome “você” não se refere a alguém específico, isto é, trata-se de referente genérico — tanto ela (professora) quanto outros (professores). O pronome é próprio de uma varie-dade “informal”.

b) Sim. Na fala da professora, fica pressuposto que o que uma em-pregada fala não merece ou é digno de atenção.

17. c Em a, o autor repensa o “erro”; em b, pondera sobre quem “atenta”

contra a língua da pátria; por fim, em d, destaca o erro gramatical “vende-se à praso”.

18. d O autor sugere que os poetas e o povo têm mais liberdade para usar

a língua, podem ousar (o gramático não!), mas disso não se pode deduzir que apenas os poetas sejam os provocadores das grandes mudanças na língua.

19. d A expressão “Teve gente”, segundo a gramática tradicional, deveria

ser substituída por “houve gente que chiasse”.

20. c O texto destaca a necessidade de a linguística buscar meios para

firmar-se como ciência e, assim, ser respeitada como tal; o oposto do que diz a alternativa c.

21. c O texto mostra que a linguística tem conquistado respeito científico,

informação que ocorre somente na alternativa c.

22. e Linguística científica prevê observação e reconhecimento de carac-

terísticas em diferentes manifestações da língua, jamais imposições conceituais.

Atividades extras 23. c O compositor brinca com as palavras, mostrando quão arbitrária é a

língua (os significados das palavras são eleitos e combinados pelos usuários).

24. V – F – V – F

LG.02 1. a Ao sugerir que o “defeito” surgirá como “qualidade”, miss Jane cons-

trói um paradoxo, faz uso de ideias opostas incompatíveis (ou é uma coisa ou outra).

2. c Na alternativa c, o autor sugere que Carmela era um “bago de uva

marengo”, ou seja, faz uma metáfora.

3. a) “Estrada assassina” b) O adjetivo “assassina” transfere um traço humano a algo que não

é humano. A estrada pode ser assassina — trata-se de uma figura de linguagem chamada de prosopopeia ou personificação.

4. d A palavra “outra” não rima com “labuta”, “escuta” ou “bruta”,

como se poderia esperar.

5. b “Calada a boca” reforça a ideia de “cale-se” para o registro escrito

“cálice”.

6. a O uso do conectivo “como” deixa explícita a comparação.

7. a Em b, há metonímia; em c, eufemismo; em d, ironia e, em e, hipérbole.

8. e Observe que, após os dois-pontos, há três informações encadeadas,

e as duas primeiras seguem um padrão (a mesma quantidade de palavras ordenadas seguindo uma mesma disposição), mas a última, não.

9. e

10. d Observar a aliteração (repetição de sons consonantais) de /v/, /f/, /s/,

assim como as construções repetidas (“o vento varria”).

11. d Não há qualquer repetição na fala de Ed Sortudo.

12. a Observar o enunciado: “falta de um dos termos” é elipse, e “posição destes termos na ora-

ção” é inversão.

13. e “Hércules” indica o herói, belo, forte, admirável; já “Quasímodo” su-

gere o feio, fraco, sem postura, rejeitável.

14. a Em a, não ocorre exagero, mas sim oposição de ideias.

15. a O texto “Silêncios” trabalha palavras e evoca imagens com o in-

tuito de construir, sugerir emoções, sentimentos; ao ler o texto, pode-se experimentar a fúria ou a cólera que a linguagem pode materializar.

16. a) Neste capítulo, o narrador compara sua imaginação às éguas iberas. A metáfora empregada pelo narrador indica que sua ima-ginação corre livre e solta. É também fértil e ambiciosa, porque diante da “menor brisa lhe dava um potro, que saía logo cavalo de Alexandre”. Desse modo, a metáfora utilizada sugere que a natureza imaginativa do narrador permite que supostos indícios se transformem rapidamente em verdades.

b) A metáfora da égua ibera remete à natureza fantasiosa do narrador, Bento Santiago, que, no capítulo citado, recorre à imaginação para escapar da carreira eclesiástica. Como jus-tificativa para a falta de vocação religiosa, imagina confessar à mãe, a devota d. Glória, seu relacionamento amoroso às escondidas com Capitu. No romance, a imaginação fecunda de Bento Santiago justifica a hipótese de adultério, fazendo crescer o ciúme, que sustenta a acusação e condenação de Capitu sem provas concretas.

17. a) O paradoxo está na dor do cão, que morre envenenado, e no riso, no momento da morte.

b) Os passantes, curiosos, paravam para “apreciar”, em silêncio, a agonia do cão, como se sentissem prazer ao vê-lo sofrer.

c) O poema trata da reação paradoxal por parte dos passan-tes, que não sentem a dor do cão e apenas a observam, e por parte do próprio animal, que, agonizando, ri, pois logo se verá livre das dores que outros terão de sentir. O título revela tudo isso: prazer diante da dor alheia, sentindo-se imune a ela.

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. 18. O paradoxo está no fato de que o contato com a escassez de

bens de consumo implica a satisfação de ter esses bens que ativa ainda mais a necessidade e o prazer de ser um consumidor eficiente. O que soa ainda mais paradoxal é o fato de os turistas afirmarem que, após essa experiência, passam a dar valor ao que realmente importa.

19. c “Desembarcou”, se entendido literalmente, significa descer de um

barco, mas o uso fez com que o significado se tornasse mais abran-gente, trata-se de uma catacrese.

20. d “nata do concorrido mercado” é uma ocorrência de metáfora, e “11

em cada 10 publicitários” é um exagero, uma hipérbole.

21. d A intertextualidade é exemplificada nos textos II e III, os quais se

referem a dois conhecidos textos de Drummond.

Atividades extras 22. a) A expressão “gentios do sertão” refere-se àquelas pessoas

que não conhecem a fé ou não foram catequizadas, aos “pa-gãos”; também, pode-se entender que se refere aos que vi-vem distantes das comunidades que eram influenciadas pela Igreja.

b) Empregou-se a palavra “crucificado” para designar o momento em que o pajé morre. Essa expressão se associa a “cruz” (símbo-lo cristão) e sugere que o pajé tenha sido forçosamente “cristia-nizado”, razão pela qual diz “Tupã mentiu!”.

23. d Empregar a marca para falar de um produto (substituição) é uma

ocorrência de metonímia.

24. c O texto III, começando com um adjunto adverbial, cria a expectativa

de uma oração com a qual irá compor uma ideia, mas o que ocorre é a ruptura da estrutura sintática, marcada pelos dois-pontos que anunciam uma nova oração.

LG.03 1. d enquanto = 8 letras / 6 fonemas queimar = 7 letras / 6 fonemas folhas = 6 letras / 5 fonemas hábil = 5 letras / 4 fonemas grossa = 6 letras / 5 fonemas

2. e Na alternativa e, “ss”, “on”e “nh” são dígrafos.

3. Soma = 97 (01 + 32 + 64) Observar quando a vogal “u” é pronunciada e quando não é.

4. Soma = 28 (04 + 08 + 16)

5. d “Aqueles” exige o plural do verbo ter em “têm” e “detêm”.

6. b A palavra “quê”, quando ocorre em final de oração, deve ser acentuada.

7. e “Economia” não deve ser acentuada, pois é uma paroxítona termina-

da em a; “fragrância” recebe acento por ser paroxítona terminada em ditongo; em “raízes”, a segunda vogal tônica do hiato recebe acento e, por fim, “perspectiva” não deve ser acentuada, pois é uma paroxítona terminada em a.

8. b Basta analisar as palavras segundo as regras de acentuação gráfica,

por exemplo, “Virgília” é proparoxítona, por isso deve ser acentuada, mas a palavra “modelo” não recebe acento gráfico.

9. e A afirmação II está errada, pois oxítonas recebem acento quando ter-

minadas em -a(s), -e(s), -o(s), ou seja, “tu” não deve ser acentuada; e em III, os símbolos sugerem a indignação ou revolta da personagem e não reforçam a ideia da demora.

10. a) O item 1 contém sinônimos (definição semântica), e o item 2 apresenta uma característica fonológica associada a uma regra de acentuação gráfica.

b) O texto dirige-se ao público em geral, embora a mensagem es-teja mais relacionada ao universo de professores e alunos.

c) O texto sustenta-se na imagem de que o professor, sobretudo o de português, é um reprodutor institucional de regras e na ima-gem de que ele se aproveita de todas as situações para sempre ensinar algo.

11. e Basta analisar as palavras segundo as regras de acentuação gráfica

e de ortografia.

12. d As palavras são “álcool” e “sábado”, que ocorrem no texto IV.

13. a) A palavra aparece acentuada no texto para que o leitor saiba como ela foi pronunciada por uma das personagens, que tomou a sílaba “ra” por tônica.

b) “Báratro” é uma palavra proparoxítona, portanto a antepenúlti-ma sílaba é tônica e acentuada. A pronúncia deveria correspon-der a essas características.

14. b O acordo ortográfico prevê que ditongos abertos que ocorrem na úl-

tima sílaba devem receber acento gráfico, como em constrói; mas, quando ocorrem na penúltima sílaba, não há acento, como em ideia.

15. a Ao retirar a consoante final das palavras, têm-se oxítonas termina-

das em a(s), e(s), o(s), que devem ser acentuadas.

16. d Não há oxítona terminada em “-es”.

17. a A melhor maneira de estudar ortografia é usar o dicionário. Os erros

estão em: b) descarrilhar c) frustado – destrinchar – salchicha d) exarcebar – metiolate e) aterrisagem – cabeçário

18. a

19. b

20. a

21. a Observar que as formas que concordam no singular devem receber

acento agudo, e as que concordam no plural, acento circunflexo, sendo que, quando ocorrem vogais dobradas, não se usa mais o acento gráfico.

Atividades extras 22. São: fêmur e aljôfar (paroxítonas terminadas em -r recebem acento

gráfico).

23. a) Acréscimo de fonema: metade w ametade b) Supressão de fonema: acredita w credita; rastro w rasto c) Deslocamento de fonema: precisão w percisão d) Deslocamento de acento tônico: haverá w havéra; pântanos w

w pantanos e) Transformação de fonema oral em nasal: assim w ansim f) Transformação de fonema vocálico oral em outro fonema vocáli-

co oral: alemão w alamão; sedutor w sudutor

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g) Transformação de fonema consonantal em outro fonema conso-nantal: brava w braba

24. a) A troca do fonema acarretou mudança de significado na frase, já que “zil”, na linguagem coloquial, expressa uma hipérbole, muito mais expressiva do que o numeral “mil”.

b) Na primeira estrofe, embora “confirmar” não rime com “católi-ca”, a semelhança sonora ocorre na pronúncia das palavras quando cantadas; “tiranos” rima com “anos”, presente na segun-da estrofe, cujos dois primeiros versos possuem semelhança sonora como na estrofe anterior. Além disso, “católica” e “retóri-ca” apresentam sonoridade semelhante.

LG.04 1. c Basta verificar a grafia correta das palavras em um dicionário.

2. d espiar (estender) expirar (respirar), estender, extensão.

3. a) possui b) sequer c) habitue d) privilégio e) empecilho f) destilar

4. c Apenas catorze e quatorze são variantes.

5. b Há erro em: a) acensão c) viez d) esvaziar – páteos – dêem e) superhomem – vêm

6. a

7. e

8. c

9. d

10. c

11. d

12. b

13. c

14. c

15. d Observar a conjugação do verbo provir (provierem).

16. c “Insipiente” significa ignorante, sentido incompatível com o contexto

apresentado na alternativa.

17. c

18. a “flagrante” significa visto ou registrado no momento da realização e

“iminente” significa próximo, imediato.

19. F – F – F – V – F – F

20. d

21. c

Atividades extras 22. e I – explicação (porque) II – pergunta indireta (por que) III – diante de ponto (por quê?) IV – pergunta (Por que)

23. expresção = expressão; informassão = informação; discusão = dis-cussão; compreenssível = compreensível

24. A identificação das palavras incorretas torna-se mais difícil pela in-trodução de uma sílaba a mais para cada outra que houver na pala-vra, confundindo a leitura, já que a presença maciça da sílaba “pê” requer um esforço maior de atenção por parte do leitor. Além disso, se as regras de ortografia não estiverem bem assimiladas, os erros ortográficos tornam-se bem menos evidentes.

LG.05 1. d -va é desinência que indica pretérito imperfeito do indicativo.

2. a) etimo b) crisá c) enter d) xeró e) gimnos f) gine g) hemi h) hemató

3. c des e in significam “não”.

4. c Em “materialismo”, -ismo indica adepto, aderente, seguidor, partidário.

5. e bis significa “dois”, segundo o dicionário Houaiss, “biscoito” vem de

bis- “duas vezes” + coctus = “cozido” e “bisavô”, bis- + avô.

6. a Em II, -ir é vogal temática e sufixo formador de verbo e, em III, és é

verbo flexionado.

7. Em II, ir não é desinência; em III, és não indica plural, mas sim a se-gunda pessoa do singular.

8. V – F – V – V – V Em II, há diferença entre “o” rádio e “a” rádio.

9. b Os alunos deduzem o sentido da palavra pelo som (filan + tropo).

10. a) arca b) céfalo c) mano d) maquia e) grama f) gonal g) doxo h) mancia

11. a) O elemento morfológico comum quanto ao processo de forma-ção de palavras presente nos vocábulos “desagradável, desar-ranjo, desengonço” é o prefixo des.

b) O significado do prefixo des, que é o de negação, relaciona-se à caracterização física do narrador do texto, que é marcada pelo contrário da harmonia e da beleza.

12. 6 – 8 – 3 – 1 – 2 – 4 – 5 – 7

13. a

14. b

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. 15. e “ambi” e “anfi” são prefixos que indicam ambos os lados.

16. c “desacredito” tem como radical “cred-”, que também ocorre em “cre-

dencial” (dar crédito a alguém).

17. a Ao ler o texto, percebe-se que o eu lírico é ousado, mas reconhece

as limitações.

18. d “Epa!”, “gente” são marcas de coloquialismo, que deixam o texto

mais informal.

19. b O termo metabolismo é empregado no seu sentido neutro. É um

termo técnico.

20. A relação destaca o nível de perfeição do produto vendido e rompe com a expectativa do leitor, já que se espera um outro vocábulo após “aperfeiçoamento”.

21. Temos primeiramente uma derivação por parassíntese (de perfeição para aperfeiçoar), acréscimo simultâneo de prefixo (a, tornar-se) e sufixo (ar, sufixo formador de verbos). Depois há a derivação sufixal (de aperfeiçoar para aperfeiçoamento), com acréscimo de sufixo (“mento”, o ato de).

Atividades extras 22. Alevantarão e fugirão, que indicam, no texto, tempo passado, e não

futuro, atualmente grafados alevantaram e fugiram.

23. “Chamado”, presente no título do poema, encontra-se também em “um estranho chamado João”, e em “[acudindo] a chamado geral”. Percebe-mos, no título, um trabalho de síntese dos dois sentidos de “chamado” presentes nessas duas estrofes do poema.

Na passagem “um estranho chamado João”, “chamado” significa “de-nominado”. Não se cobrará, mas cabe explicitar que se trata de um particípio, com função adjetiva, que atribui ao “(homem) estranho” a qualidade de ser denominado como “João”. Deve-se notar nesse trecho que João é um nome próprio muito comum, muito usual, que se presta a exemplificações do tipo “um João qualquer”. Por isso, tratar “João” como um termo que designa, nomeia, qualifica o ho-mem ressalta a singularidade desse específico João (Guimarães Rosa). Na passagem “[acudindo] a chamado geral”, “chamado” significa “evo-cação”, “convocação”, “pedido”. Igualmente não se cobrará, mas é importante notar que se trata de um substantivo, ou melhor, do mes-mo particípio, substantivado na língua portuguesa.

No título, “chamado” pode ser entendido na síntese dos sentidos ante-riormente descritos: pode-se ler, nesse enunciado, ora “um (homem) chamado João”, isto é, um homem denominado como João; ora, ainda, “uma evocação”, caracterizada como típica de João. Nesta leitura, João é quem caracteriza o chamado, sendo assim, João passa a ser uma qualidade, em razão da força de sua obra. Sobretudo a um leitor fami-liarizado com o estilo de Guimarães Rosa, é lícito desenvolver mais pro-fundamente este sentido: em última análise, a formulação permite-nos dizer que João é o próprio chamado.

24. Em termos morfológicos, no primeiro verso, “fábula”, acrescido do sufixo -ista, gera “fabulista” (“alguém que escreve fábulas”); no se-gundo verso, acrescido de -oso, gera “fabuloso” (“imaginoso”, “cheio de fábula”, ou seja, “que tem a qualidade de ser incrível”, “extraordi-nário”). O jogo com a formação morfológica das palavras contribui para a construção da imagem de Guimarães Rosa no poema, visto que sugere uma imitação do estilo do poeta homenageado.

Em termos sintáticos, as três palavras acabam por atribuir uma qualidade ao sujeito, visto que funcionam como seu predicativo. Nos versos 2 e 3 da primeira estrofe, essa função sintática — predicativo do sujeito — se reconhece pela percepção da elipse do verbo “era”, presente no primeiro verso.

Desse modo, o sentido de “fabulista” designa o profissional, desta-cando a atividade de escritor, ao passo que o de “fabuloso” remete, de modo mais geral, a uma característica pessoal desse escritor, a

de ser incrível. Já a construção “(era) fábula?” identifica o escritor com sua própria obra. Forma-se assim uma imagem do poeta como tão extraordinário, que supera o incrível (“fabuloso”) e se confunde com o mito (“fábula”).

LG.06 1. Soma = 20 (04 + 16)

2. e É possível identificar o sentido de “adulto” e de “cêntrica” (centro).

3. b “estereótipo” é formado por composição.

4. O uso de “sabidórios” tem efeito pejorativo, depreciativo.

5. Poderiam ser usados sabichões, sabidões.

6. b Expropiar, entortar, amanhecer, desalmado e ensurdecer são pala-

vras formadas por parassíntese (prefixo e sufixo são conectados si-multaneamente ao radical).

7. Se a fala fosse lida fora do contexto, deveria ser entendida como os homens são mentirosos. A palavra é homemente, ou seja, “à moda dos homens”, “do jeito dos homens”.

8. Que mentir é próprio, típico, natural dos homens.

9. e As palavras gatinho, cabeçudo e debate foram formadas, respectiva-

mente, pelos processos de derivação sufixal, derivação sufixal e de-rivação regressiva.

10. a) Além do valor propriamente diminutivo, os adjetivos (diminutas, não comprida) e os substantivos (Brejeirinha, coisicas, carinha, perfilzinho, narizinho) agregam valores afetivos que ratificam a ligação emocional do narrador com a personagem.

b) Andorinhava é uma forma verbal no pretérito imperfeito do indi-cativo do verbo andorinhar, formado por derivação sufixal, que confere a noção de agitação de um ser saltitante e inquieto, ca-racterística de Brejeirinha.

11. a “inho” em fininho altera um adjetivo e indica que o assobio era muito

fino.

12. a Ao acrescentar o sufixo em internet, tem-se interneteniza, um vocá-

bulo novo.

13. d Em seleção não há ideia de aumentativo, por isso não é possível

aceitar a afirmação apresentada na alternativa d.

14. c Ao ler o texto, percebe-se que o autor mostra os problemas enfren-

tados pelos que têm capacidade limitada de comunicação.

15. e olig- indica “poucos”.

16. d cardisplicente resulta da composição entre “cardio” e “displicente”.

17. b Ocorre substantivação da forma verbal “arranjei-me”.

18. a) A forma verbal lularam significa “passaram para o partido de Lula”, ou seja, apoiaram Lula.

b) Neologismo. O recurso usado para se criar esse neologismo é conhecido pelo nome de derivação sufixal: Lula + ar = lular.

19. d

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20. jazinho = derivação sufixal, a partir do advérbio já; aquijá = composição por justaposição (advérbios aqui + já); tuoje = composição por aglutinação (pronome reto tu + advérbio

hoje); aquijá = composição por justaposição (advérbios aqui + já).

21. b O termo daquele é determinante do verbo e equivale a um artigo o,

provocando a nominalização do verbo.

Atividades extras 22. e Ocorre prefixo com valor negativo (não) em “irreal” e “inapto”.

23. a) Pode-se entender a expressão “dicionária” como referindo-se ao estado da palavra quando ela ainda não se faz presente na lin-guagem corrente, quando então pode ressignificar-se em conta-to com outras. Já “enfrasem” remete à noção de interligação, inter-relação, que é o que ocorre com os poços.

b) A palavra “dicionário” é, comumente, substantivo; “dicionária” está sendo usada como adjetivo, concordando em gênero e nú-mero com o substantivo “situação”; “enfrasem”: a partir de um substantivo, “frase”, criou-se um verbo, “enfrasar”, pelo acrésci-mo do prefixo “en-” e do sufixo “-ar”.

24. O vocábulo ex-cineclubista resulta da aplicação de quatro pro-cessos de formação de palavras: redução/abreviação vocabular (cine q cinema), composição (cine + clube), derivação sufixal (cineclube + ista) e derivação prefixal (ex + cineclubista).

LG.07 1. a De acordo com o contexto, tem-se primeiro como numeral ordinal,

quem como pronome interrogativo, pobre como adjetivo, sob como preposição e mau como adjetivo.

2. a Em II, o artigo uns causaria indefinição, no caso são peritos específi-

cos. Em III, o artigo definido atua na retomada de informações já apresentadas no texto, o que o artigo indefinido não faria.

3. c Pelo contexto, percebe-se que o narrador tem interesse em destacar

as reações da personagem.

4. d “negra” indica cor, uma referência visual.

5. c Em a, “ele” não é obrigatório; em b, “trás” não permite o uso de artigo;

em d, “traseira”, como substantivo, exigiria artigo; por fim, em e, “mas” indica oposição de ideias, o que não ocorre na estrutura sob análise.

6. e Apenas I está incorreta, pois “vão meter” anuncia uma ação futura,

uma previsão da personagem.

7. e “Sentimento vago” e “vago sentimento” têm o mesmo sentido. Ob-

servar que nas outras alternativas há alteração de significado.

8. Trata-se de uma locução adjetiva, com sentido de posse, e se refere ao termo antecedente “Gil Gomes”.

9. a A repetição da palavra “coração” sem artigo permite uma generaliza-

ção, ou seja, a reflexão é válida para todos os corações.

10. e “gradil” é substantivo, “enferrujar” ocorre por derivação parassintéti-

ca e “outra” é advérbio resultante de composição.

11. d “dos alunos” pode ser substituído por “estudantil”.

12. e O narrador anuncia com a preferência por “defunto autor” que não

tem experiência com a produção de texto, o que é pertinente ao contexto da obra.

13. c Fabiano, por exemplo, enfrenta dificuldades para se comunicar, portan-

to, o vocabulário sofisticado presente na obra são escolhas do narra-dor.

14. a) substantivo – adjetivo – substantivo – adjetivo – adjetivo b) O melhor do Brasil é o brasileiro. (substantivo) O melhor do Brasil é o povo brasileiro. (adjetivo) Ou outras respostas afins.

15. F – F – F – F Exercício de interpretação do gráfico.

16. e “ele” é pronome pessoal do caso reto, “você” é pronome de trata-

mento e “alguém” é pronome indefinido.

17. No primeiro parágrafo do texto, o vocábulo “homem” é empregado com o significado de indivíduo do sexo masculino, enquanto, no úl-timo parágrafo, o significado do vocábulo perde o enquadramento de gênero/sexo e passa a remeter a pessoa, ser humano.

18. a Com a simples leitura do texto, é possível verificar as palavras que os

pronomes retomam.

19. e Os pronomes demonstrativos da propaganda anunciam informa-

ções, por isso o ideal seria o pronome “isto”. Vale observar que há uma intenção no uso equivocado, enfatizar a velocidade da internet oferecida na propaganda.

20. e A leitura dos trechos mostra que a palavra “vulgar” significa co-

mum, trivial; o contrário do sentido previsto por muitos (“dife-rente”).

21. e Há erro em II, pois “sua sombra” equivale a “sombra de João”.

Atividades extras 22 a) Na letra de Chico Buarque, o eu lírico feminino refere-se ao com-

panheiro com o pronome de tratamento você — que se repete ao longo do texto. No final, aparece o pronome sua, usado cor-retamente para esse pronome de tratamento.

b) É comum a troca dos pronomes o/a pelo pronome lhe, especial-mente quando se refere a formas de tratamento como você; não é comum, porém, em relação aos pronomes pessoais ele/ela. Isso talvez explique a troca atual pelos editores. Além disso, o uso de você não especifica se se refere a homem ou a mulher, razão pela qual a canção pode ser interpretada por uma voz masculina ou feminina. Na letra original, a voz é, evidentemente, masculina, e causaria estranheza ser interpretada por uma voz feminina.

23. a) Esbarrou na palavra “báratro” e pronunciou “barátro”, pergun-tando “o que é?”. Eu corrigi sua pronúncia, mas não soube expli-car o sentido exato: é alguma coisa como oceano ou labirinto…

b) A primeira pessoa do plural é usada porque o narrador e seu companheiro estão fazendo, juntos, as mesmas ações a que se refere o primeiro.

LG.08 1. a “mal” indica ideia de tempo, que também ocorre em “logo que”.

2. a Observe que a mudança de posição do advérbio “só” altera o signi-

ficado da sentença.

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. 3. b O advérbio “infelizmente” altera o sentido da estrutura toda.

4. e “bem” é advérbio que altera “à vontade”, que também é advérbio.

5. c “ainda que” indica concessão, poderia ser substituída por “embora”.

6. d “como”, no contexto, estabelece uma comparação.

7. e “assim” apenas reforça a ideia (observe que seria possível retirar a

palavra “assim”).

8. a) A palavra mal na primeira frase é advérbio e, na segunda, substantivo.

b) Na primeira passagem, a palavra só equivale a sozinho e é um adjetivo. Na segunda frase é advérbio.

9. a) A preposição para indica ideia de direção, enquanto a preposi-ção de indica posse.

b) Vasto w adjetivo

10. e Ao ler o trecho, percebe-se que as preposições indicam posse, cau-

sa, assunto, lugar e finalidade.

11. d Ocorre posse somente em “águas de outras nascentes” (a nascente

possui a água).

12. c Na oração apresentada, “como” equivale a “conforme” (conformida-

de, citação); a mesma ideia ocorre em “como haviam combinado”.

13. O verso é o seguinte: “para a larga expansão do desejado surto”. Nesse verso, o conectivo “para” extrapola o sentido de finalida-de ou movimento e alcança efeito de relação ou comparação ou proporcionalidade (o infinito é curto em relação / em comparação / em proporção à larga expansão do desejado surto).

14. a “já que” indica causa.

15. c Observe que a preposição “a” poderia ser substituída pela preposi-

ção “para” (cedem lugar para as construções).

16. a – 3; b – 1; c – 4; d – 1; e – 5; f – 4; g – 2

17. b “atualmente” indica tempo.

18. e “para” equivale a conjunção “para que” e indica finalidade.

19. c As afirmações são absurdas, apenas a contração entre “em” + “a”

(“na”) está correta.

20. a “ainda” indica soma, algo a mais, ou seja, enfatiza a graça da canto-

ra, como afirma a alternativa a.

21. Em a, mas foi empregado em sentido retórico, o que contraria seu valor primário de oposição/contradição de ideias (aceitam-se tam-bém respostas tais como: o operador mas foi empregado para des-tacar, realçar, evidenciar, enfatizar, intensificar um questionamento ou uma pergunta; ou, ainda: o mas foi empregado sem necessidade e com sentido enfático).

Diferentemente do que se verifica em a, em b mas assume seu valor mais comum, estabelecendo relação de oposição com o contexto precedente.

Em c, o conector E também assume valor retórico, assemelhando-se com o mas, em a. Nesse caso, E não funciona como elemento tradi-cionalmente responsável pela adição de ideias/argumentos às par-tes do texto, mas serve como desencadeador de uma pergunta a ser respondida ao longo do texto.

Em d, o conector E assume seu valor primário, ou seja, estabelece relação aditiva com o contexto precedente.

22. c “com mais facilidade” equivale a “facilmente”, ou seja, indica modo.

Atividades extras 23. A preposição “em”, no caso, indica lugar (na rua); “de” indica

posse (de rua). Assim a troca faz com que os meninos não sejam qualificados como “de rua”, mas sim estejam localizados “na rua”, diminuindo o sentido pejorativo presente no texto.

24. a) Na primeira ocorrência, “atrás” é um marcador temporal, com sentido de “antes” (em relação ao momento da fala); na segunda, é um marcador espacial, com sentido de “outro lado”; “atrás de”, na última ocorrência, assume ambos os sentidos anteriores e, numa interpretação possível, significa “à procura de”, “em busca de”.

b) Na primeira frase, a narradora está “à procura de” explica-ções que a façam compreender o passado, uma época não vivida; na segunda frase, “atrás” indica marcação espacial, sugerindo um lugar que está do lado oposto àquele em que se encontra a narradora.

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