2ª Revista Painel Imobiliário

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Participe das programação do PEA para este segundo semestre, some pontos para participar da Gincana Cerrado Nosso e concorra ao título de Corretor Ambientalista 2009 É hora de partir para a AÇÃO Confira a nova tabela de honorários dos corretores de imóveis Reajuste Conheça iniciativas imobiliárias que buscam o equilíbrio com o meio ambiente Desenvolvimento sustentável Washington Novaes apresenta o cenário do aquecimento global Entrevista SEGURANÇA Creci-GO cria a e-Fiscalização para proporcionar mais segurança aos negócios imobiliários na internet

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2ª edição da Revista do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis, 5ª Região/GO

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Participe das programação do PEA paraeste segundo semestre, some pontospara participar da Gincana CerradoNosso e concorra ao título de CorretorAmbientalista 2009

É hora de partir para a

A Ç Ã O

Confira a nova tabela dehonorários dos corretores de imóveis

Reajuste

Conheça iniciativas imobiliáriasque buscam o equilíbrio com omeio ambiente

Desenvolvimentosustentável

Washington Novaes apresenta ocenário do aquecimento global

Entrevista

SEGURANÇA Creci-GO cria a e-Fiscalização para proporcionar mais segurança aos negócios imobiliários na internet

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O Conselho Regional de Corretores de Imó-veis da 5ª Região-GO é uma autarquia fe-deral de disciplina e fiscalização da profis-são de corretor de imóveis. Regulamentadapela Lei Federal 6.530/1978

Endereço: Av Anhanguera, 5674, Ed. Palácio do Comércio,5º andar, Centro, Goiânia - GO CEP 74043-906 Fone/ fax:62 3224 2299 Homepage: www.crecigo.org.br E-mail: [email protected]

Diretoria: Oscar Hugo Monteiro Guimarães, Luiz Robertode Carvalho, Rafael Nascimento Aguirre, Maria AparecidaMoreira, Juscemar Antônio de Oliveira, José Arantes Costa,Jair Reis de Melo.

Conselheiros: Antônio Alves de Carvalho, Antônio Rosa deMesquita, Antônio Spinetti Alves, Eduardo Coelho Seixo deBrito, Euclides Domingos Marcante, Francisco LudovicoMartins, Geraldo Dias Filho, Geraldo Pereira Braga, Jair Reisde Melo, Jackson Jean Silva, João Benício Gomes, João Pe-dro Vieira, José Arantes Costa, José Machado Resende,Juscemar Antônio de Oliveira, Leandro Daher da Costa, Lu-iz Robeto de Carvalho, Marcelo Alves Simon, Márcio AntônioFerreira Belo, Maria Francisca Alves Carvalho, Oscar HugoMonteiro Guimarães, Rafael Nascimento Aguirre, Ricardo Al-ves Vieira, Sérgio Teodoro da Cruz, Walter São Felipe, Wil-des Marcos Faustino.

Suplentes: Ademir Silva, Ana Mônica Barbosa da Cunha,Arton Martins Peixoto, Celso Monteiro Barbugiani, CláudioGonçalves de Araújo, Dionísio Nascindo Gonçalves, Domin-gos Alves de Castro Filho, Elmo Monteiro Clemente Aguirre,Evaldo Euler Duarte de Almeida, Helder José Ferreira Paiva,João Soares da Silva, José Humberto Martins Vieira Carva-lho, José Severino de Lima, Luis Clemente Barbosa, MarcoAntônio de Oliveira, Nagib de Paula Sahb Novaes, NaidosonBernades de Queiroz, Omar Ataides de Castro, RodrigoPaullus Barreto Machado, Saul Pereira da Costa, ValgmarDomingos Tavares, Valoni Adriano Procópio, Veronde Antô-nio de Oliveira, Vilmar Pereira de Oliveira, Wilmar Viana.

A Revista Painel é uma publicação doCRECI-GOJornalista responsável e editora: Raquel Pinho - GO 01752 JPProjeto gráfico Raquel Pinho Diagramação: Daniel SiqueiraEstagiário de jornalismo: Hugo Faria (UFG)Revisão jurídica: Eduardo Felipe Silva - OAB 25566Tiragem: 6000 exemplares Fotolito e impressão: Gráfica e Editora AméricaEm

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SumárioEntrevista 6

Washington Novaes - jornalista

Mercado 22Nova tabela de honorários dos corretores de imóveis

Perfil 34Afonso Rodrigues MolinaRenato Faria

Artigo 37Capacidade técnica e legalidade na avaliação de imóveis

Social 38

Creci na Mídia 41

Para refletir 42

Programa de Educação Ambiental 16Gincana Cerrado NossoFórum do Desenvolvimento Imobiliário Sustentável

Fiscalização 12Denúncia à DeconE-FiscalizaçãoEle é mesmo corretor de imóveis?Encontro de Delegados

27 de agosto 10Mestrado para corretores de imóveisComemorações

Na festa do corretor de imóveis, em Goiânia, a animação foi até às 4 da manhã,conduzida pela banda Marcantes

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brO HOMEM MODERNO“Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira

que alcancemos um coração sábio”. (Sl 90:12)

Temos vivenciado no mundo ações brutais. O homem está agindo como co-

mo um ser irracional, desprezando todos os bons sentimentos humanos, para

não dizer que os cristãos já fazem parte do passado, vendo no seu semelhante

apenas uma fonte de ouro e poder.

A história antiga nos mostra homens que se esqueceram da sua condição de

ser humano, na medida em que foram adquirindo o poder. Julgaram-se deuses,

mas destruídos foram. Paralelamente, vemos nessa mesma história pequenos ho-

mens que cresceram em sabedoria e poder,porque souberam valorizar a criação,

respeitaram quem estava ao seu lado e porque confiaram em Deus.

É Deus que nós dá a esperança de uma vida melhor e mais honesta do

que vemos nos dias atuais. Estamos passando por uma época em

que os valores estão sendo deturpados. O correto já não é ser

certo. Ser previdente tornou-se sinônimo de ser medroso;O

ético é visto como bobo. E quem é honesto está perdendo

oportunidades.

Presenciamos nos dias atuais a destruição da família, dos

bons costumes, da fé em Deus, do amor ao próximo, do servir

sem interesse.Vivemos em novo canibalismo, em que somos de-

vorados e engolidos pelos adversários.A sinceridade parece uma

utopia. No jogo da vida, só está valendo ganhar a qualquer

custo,mesmo que custe a felicidade ou a vida de outrem.

O momento é de rever os conceitos, mudar os

procedimentos, clamar ao Criador que nos ensine a

contar os nossos dias de tal maneira que alcance-

mos um coração sábio e amoroso.

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Jornalista especializado emmeio ambiente, cada respostade Washington Novaes éminuciosa, rica em detalhes,números e pormenores. Nãocontém receitas nemsoluções, afinal sua atividadepassa longe da dos gurus. Éinformação. Contudo em seuretrato realista dosproblemas climáticosenfrentados pelo Planeta,está sempre um recadoobjetivo: "Criem juízo".Atualizado, estudioso, ele éhoje um dos profissionaismais consultados quando oassunto é o aquecimentoglobal. Mais parece umabiblioteca de tantos dadosele tem, fruto de anos depesquisa ininterrupta.Atualmente supervisor geraldo Repórter Eco, na TVCultura e colunista nosjornais O Popular e O Estadode São Paulo, carrega consigoum notável currículo.Washington Novaes foiconsultor do "PrimeiroRelatório Brasileiro para aConvenção da DiversidadeBiológica", dos "Relatórios sobre Desenvolvimento Humano" da ONU, de 1996 a 1998, foisistematizador da "Agenda 21 Brasileira - Bases para a Discussão". Dirigiu váriosdocumentários, entre eles a famosa série "Xingu" e, mais recentemente, "Primeiro Mundo éAqui", no qual destaca a importância dos corredores ecológicos no Brasil. Em seu portifóliotambém está a atuação na TV Globo, como editor-chefe do Globo Repórter e editor doJornal Nacional, além de comentarista do Globo Ecologia.Tem vários livros publicados, entreeles "Xingu - uma flecha no coração" (Brasiliense), "A quem pertence a informação" (Vozes) ,"A Terra pede água" (Sematec/BSB) e "A Década do Impasse" (Editora Estação Liberdade).Em Goiás, é consultor do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental e coordenadorda Agenda 21 do Estado de Goiás, ainda em construção. Motivos que tornaram um privilégiopara os corretores de imóveis ouvirem-no durante o Fórum do Desenvolvimento ImobiliárioSustentável, realizado em junho pelo Creci e o Sindimóveis. E também para mim, que fuirecebida em sua chácara, numa tarde quente e seca, como são os dias de agosto, de onde eleconcedeu esta entrevista.

POR RAQUEL PINHO

“Criemjuízo”

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Durante o Fórum do De-senvolvimento Imobiliá-rio, o senhor afirmou quejá estamos produzindo25% a mais do que a ca-pacidade natural de re-posição.Além disso, a po-pulação deve aumentarde 6 para 8,5 bilhões até2050. Disse também quenão há recursos naturaispara um crescimentomodesto do PIB mundi-al, 3,5% ao ano. Ao ouviristo, uma ouvinte na pla-téia comentou comigo:daqui a 50 anos, não ha-verá mais vida humana,pois jamais as indústriasirão diminuir o ritmo deprodução para preservaros recursos naturais. Étão catastrófico assim?

WN - Acho difícil queaconteça neste espaçode tempo, de 50 anos, aextinção da espéciehumana. Mas ela estáem risco, ela tem de seadequar. As mudançasclimáticas e o consumoalém da capacidade dereposição da biosferasão as duas questõesque ameaçam a sobre-vivência da espécie hu-mana. Diante disso, nóstemos algumas possibi-lidades.A primeira seráa humanidade tomarjuízo e encontrar no-vos modos de viver,que sejam de acordocom as possibilidadesdo nosso Planeta. Estaé uma hipótese que euespero que aconteça.Mas, para isso, tudodeverá mudar: as ma-trizes energéticas, ospadrões de constru-ção, os formatos deconsumos de recursosnaturais. Uma segunda

hipótese será uma dis-puta cada vez maisacirrada por estes re-cursos, e isso levar in-clusive parte da popu-lação do mundo viverentrincheirada em áre-as mais favorecidas e oresto ficar em circun-stâncias e situaçõesmuito mais difíceis.

O relatório da ONU nosdeu 10 anos para diminu-irmos os índices de emis-

são do dióxido de carbo-no para que a situaçãoclimática não se tornasseinsuportável. A questãoexige políticas e legisla-ção que estimulem novasmatrizes e um novo mo-delo de civilização. Co-mo está, no cenáriomundial, esta transição?

WN - O que o Painel In-tergovernamental de Mudan-ças Climáticas diz é que sejao que for que nós façamos, a

temperatura vai subir atédois graus - já subiu quase0,8 graus centígrados. Isso,por melhor que nós faça-mos, ela vai continuar subin-do. Com dois graus já haveráconseqüências graves e paraque não passe disto, nós te-mos de reduzir as emissõesem 50% até a metade do sé-culo. O relatório do Nicho-las Stern, ex-economistachefe do Banco Mundial, fei-to para o governo inglês, diz:nós temos uma década para

enfrentar esta questão sobpena de conseqüências eco-nômicas muito graves.Agorapouco, ele declarou: quandoapresentei o relatório em2006, acho que fui otimista.Acho que temos de atacar issomuito mais rápido. E o Rajen-dra Pachauri, que é o presi-dente do Painel do Clima,também disse: nós temos até2015 para determinar estescaminhos. Nós continuamosna mesma questão, precisa-mos de regras universais e

instituições universais. Asdiscussões no âmbito daConvenção do Clima aindacontinuam. Os experts di-zem que é preciso ter chega-do a este acordo, em janeiro,na reunião marcada na Dina-marca. Mas existem discus-sões muito complicadas. Porexemplo, agora começa-se adiscutir o seguinte: mas aon-de é que tem mesmo de fa-zer a redução? É no país queproduz ou no consome?

O que produz geralmen-te não quer reduzir asemissões...

WN - Saiu estudo de umauniversidade americana,dizendo o seguinte: umterço das emissões daChina - e a China é hoje amaior emissora - aconte-ce na produção de bensque vão ser consumidosno Primeiro Mundo. Se is-so não fosse computadopara China, reduziria emum terço suas emissões. Eque isto deveria, talvez,ser computado no paísque consome.Tem sua ra-zão. Porque os relatóriosdo Programa das NaçõesUnidas para o Desenvolvi-mento dizem que hoje80% do consumo está nospaíses industrializados.Então eles vão continuarconsumindo e não pagaro ônus disso? Mas isso éuma questão complicada.Como é que você irá fa-zer? Se você levar isso pa-ra o transporte aéreo,que é um dos setores on-de mais crescem as emis-sões, onde taxar? No paísonde começa o vôo, nopaís onde termina ou noslugares onde ele passa?

A verdade é que os Esta-dos Unidos sempre ten-

“As mudanças climáticas e oconsumo além da capacidade

de reposição da biosfera são asduas questões ameaçam asobrevivência da espécie

humana”....

“Esta é uma discussão muitodifícil e complicada onde,

genericamente, todo mundoconcorda que o problema

existe, só que a solução está noquintal do vizinho”.

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taram escapulir destaresponsabilidade. Comoestá esta situação?

WN - A China já é o mai-or emissor. Os EUA são osegundo, em compensa-ção, são o País que maisconsome no mundo.Quando eles dizem que aChina não pode continuarneste rumo, não podecontinuar implantandousinas a carvão como vemfazendo, os chineses argu-mentam: mas um chinêsconsome onze vezes me-nos energia que um nor-te-americano. E nós é quevamos ser responsabiliza-dos? Então é uma discus-são muito difícil e compli-cada onde, genericamen-te, todo mundo concordaque o problema existe, sóque a solução está noquintal do vizinho.

E como está o Brasil nes-te contexto?

WN - O Brasil é o quartomaior emissor. Se vocêtomar por base o inventá-rio das emissões, em1994, o Brasil emitia maisde um bilhão de toneladasde dióxido de carbono,mais de 30 milhões de to-neladas de metano, com aseguinte peculiaridade:75% são por desmata-mento, queimadas e mu-danças no uso da terra, ouseja, 750 milhões de tone-ladas por ano. Isso querdizer que esta área emitetrês vezes mais que toda amatriz industrial e detransporte. Se o Brasil pa-rasse de emitir por causado desmatamento, quei-madas e uso do solo, oBrasil passaria de quartopara o décimo oitavo lu-gar entre os emissores. E

há também questõescomplicadas e difíceis atéde se discutir. Por exem-plo: nestas 30 milhões detoneladas de metano, umaboa parte disto se deve àpecuária. Um estudo daEmbrapa demonstra isto:cada boi emite 58 quilosde metano por ano. Co-mo nós já temos mais de200 milhões de cabeçasde boi, são mais de 12 mi-lhões de toneladas porano. E o metano, emboraele permaneça menostempo na atmosfera doque o carbono, ele é 23vezes mais nocivo do queo dióxido de carbono. Sevocê multiplicar 12 mi-lhões de toneladas por23, terá em torno de 250milhões de toneladasequivalentes de carbonopor ano. Os bois, sozi-nhos, emitem tanto quan-to as indústrias e trans-portes no Brasil.

Quando um fazendeiroouve isso, deve ficar bra-vo demais da conta...

Fica muito bravo. E agora,o Brasil já é o maior ex-portador mundial de car-ne, o pecuarista quer ex-portar muito mais. Só que

tem este problema. E porenquanto, não tem nenhu-ma solução.A Alemanha ea Suíça estão tentandoencontrar aditivos quími-cos para colocar na raçãodos bois para diminuir aemissão de metano, masnão tem resultado ainda.A Embrapa também estátentando encontrar algu-ma variedade de capimque os bois emitam me-nos metano, mas aindasem sucesso.

Aliás, o pecuarista viveuma ótima fase.A arrobado boi está cotada a qua-se cem reais...

Mas é exatamente por-que os países consumido-res, que são os industria-lizados, não querem pro-duzir carne. Porque elesnão têm área nem águapara isto. Na Alemanha eDinamarca, é proibidousar água superficial emcriação de animal.Tem deusar água subterrânea, fa-zer exame a cada trêsmeses acerca da qualida-de daquela água, arcarcom custos disto. Temtambém o problema dosresíduos. Isso vale tantopara boi, mas é mais gra-

ve ainda na criação de su-ínos. A Holanda, que é omaior produtor de carnesuína, teve de reduzirmuito fortemente suaprodução porque nãotem onde colocar as fe-zes. No Brasil, a Perdigãofoi montada em Rio Ver-de porque eles já tinhamacabado com a bacia hi-drográfica do oeste deSanta Catarina.A questãoficou muito grave e elestiveram que buscar ou-tras áreas. Em Rio Verde,o projeto é trabalharcom um milhão de suínospor ano. Um suíno, emidade adulta, produz umvolume de fezes quatrovezes maior que um serhumano. Então, um mi-lhão de porcos produzesgoto equivalente a umacidade de quatro milhõesde habitantes.Além disso,a demanda bioquímica deoxigênio para decomporas fezes desta populaçãode porcos é 25 vezesmaior do que a das fezeshumanas porque, comoele é alimentado 24 ho-ras por dia, para engor-dar rápido, produzir rápi-do e chegar rápido nahora do abate, metade doque sai nas fezes não estánem processado. Entãoisso precisa se decomporna natureza, nas etapasposteriores, exigindouma demanda bioquímicade oxigênio muito maior.

Como está esta situaçãoda construção civil frenteao problema das emis-sões de carbono?

A construção também te-rá de se adaptar... Os pa-drões de construção te-rão de ser revistos para

“Os bois, sozinhos, emitemtanto quanto as indústrias e

transportes no Brasil”....

“Mas a pressão virá. Oimportador dirá: se

continuar por este caminho,sua carne não entra aqui”.

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consumir menos materiale energia. Hoje, há cons-truções que praticamentenão utilizam a iluminaçãonatural, então, o consumode energia é além do queseria necessário. Em gran-de parte das áreas comer-ciais, o consumo de ener-gia também é grande coma refrigeração usada paracombater o calor produ-zido pela iluminação artifi-cial, há um estudo quemostra isso. Nos shop-pings, mais de 50% doconsumo de energia écom o ar-condicionadopara abaixar a temperatu-ra que sobe com a ilumi-nação artificial. Eu sempremenciono que, recente-mente, no auditório doIbirapuera, em São Paulo,às dez horas da manhã,haviam 600 lumináriasacesas. Isso é uma calami-dade em um país com onível de insolação como onosso. As construçõestambém terão de se adap-tar a outras necessidades,como a de se deixar áreaspermeáveis pra absorçãode água de chuva e nãocontribuir pra inunda-ções; a de se implantarmecanismos para a reutili-zação da água da chuva.Há lugares, como NovaYork, onde se começa adesenvolver o conceitode agricultura urbana nacobertura dos edifícios.

A produção de energiaelétrica no Brasil vemdas hidrelétricas. O fatode não ter queima nanossa produção - comonos EUA em que a ener-gia vem das termelétri-cas - coloca-nos em umpatamar melhor? Ou a

gente ainda tem de preo-cupar com isso ?

O Brasil é um país privi-legiado. Existe um estudoda Unicamp e de profes-sores da USP que diz queé possível reduzir hojeem 30% o consumo deenergia com programasde conservação e eficiên-cia. O Brasil mesmo jámostrou que pode fazerisso, no Apagão de 2001:reduziu em quase 30% enão houve prejuízo paraninguém, a não ser paraos produtores e distribu-idores de energia. É pos-sível economizar mais10% com a re-potencia-ção de usinas que já es-tão antigas, que estãocom rendimento baixo.

O custo é muito menordo que implantar umanova energética. E pode-mos ganhar mais 10%com programas de efici-ência nas linhas de trans-missão. Estamos perden-do 15% da energia nas li-nhas de transmissão. OJapão perde 1%. Então,podemos ganhar 50%sem necessidade deconstruir novas unida-des. E se fosse necessá-rio, só o potencial eólicobrasileiro é duas vezes emeia superior ao atualnível de consumo deenergia no Brasil. Em re-lação a energia solar, háum estudo recente mos-trando que, se em umquarto da área do reser-

vatório Itaipu for implan-tando painéis solares, aprodução de energiaserá tanta quanto a deItaipu. Eu costumo dizerque o Brasil é uma espé-cie de sonho do mundo.Enquanto o problemacentral do mundo é quevocê está consumindomais do que o planetapode repor, o Brasil temum território continen-tal, tem sol o ano todo,quase todos os dias, temenergias alternativas elimpas em abundância, in-clusive as hidrelétricas.

Construções sustentá-veis são um modismo ouvieram para ficar?

Tem de vir para ficar. Senão vier por vontade pró-pria, será por outros ca-minhos. Por exemplo, aexportação de carnes. Po-de ser que o Brasil conti-nue com esta falta de juí-zo, de não tomar nenhumcuidado. Mas vai vir pres-são. O importador dirá: secontinuar por este caminho,essa carne não entra aqui.Hoje não entra por ra-zões sanitárias, por aftosaou vaca louca. Mas podevir por uma razão destas:enquanto seu rebanho emi-tir esse tanto de metano,nós não vamos comprarcarne de vocês. Ou: se vo-cês não adotarem uma ma-triz energética mais limpa emais eficiente, não iremoscomprar tal produto. Ouseja, o mundo vai ter dese acertar. Hoje temos es-sa discussão e este impas-se, mas eu acredito que oinstinto de sobrevivênciahumana é mais forte doque esta falta de juízo.

“Os padrões de construçãoterão de ser revistos para

consumir menos material eenergia”.

...“Também terão de se adaptar aoutras necessidades como a dese deixar áreas permeáveis para

absorção de água de chuva enão contribuir para inundações;a de se implantar mecanismospara reunilização da água da

chuva. Há lugares, como NovaYork, onde se começa a

desenvolver o conceito deagricultura urbana na cobertura

dos edifícios”.

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Dia Nacional do Corretor de Imóveis

UCG apresenta mestradoaos corretores de imóveis

O coordenador do mes-trado em Desenvolvimento ePlanejamento Territorial daUniversidade Católica deGoiás (UCG), AristidesMoyses, e a coordenadorados programas de pós-gradu-ação da instituição,Ana Cris-tina Sanches, convidaram oscorretores de imóveis paracompor o corpo discente daformação stricto sensu, cujasaulas deverão começar emmarço de 2009. Eles estive-ram na 495ª Reunião Plenáriado Creci de Goiás, eventorealizado em 27 de agosto,Dia Nacional dos Corretoresde Imóveis. O prefeito ÍrisRezende também teste-munhou este salto da catego-ria.

O convite da UCG feitono dia em que a categoriacompletou 46 anos de regu-lamentação representou ummomento histórico para oscorretores de imóveis. "Esta-mos saindo do tecnicismopara a academia, do empiris-mo e do achismo para as res-postas científicas", salientouOscar Hugo Monteiro Gui-marães, presidente do Crecide Goiás.

Para que todos entendes-sem a dimensão daquele mo-mento, ele lembrou aos pre-sentes a trajetória percorridapara que o corretor de imó-veis chegasse àquele contex-to.Até um passado não mui-to distante, a categoria não

possuía credibilidade. Nacondição de diretor de as-suntos pedagógicos do Con-selho Federal de Corretoresde Imóveis (Cofeci), OscarHugo propôs o investimentoem qualificação como formade reverter este quadro, em1995, durante uma plenáriado órgão máximo da catego-ria, o Cofeci, onde estavamreunidos os líderes do mer-cado imobiliário nacional.

Ele apresentou um proje-

to de ações institucionais pa-ra promover a implantaçãoem todo o País do curso su-perior, mestrado e doutora-do para a categoria. A partirdo ano 2000, os primeirosresultados aconteceram: ocurso superior começou aser implantado. "E hoje, já éoferecido por 80 universida-des brasileiras", orgulha-se.Cerca de dois anos depois, jásurgiram as pós-graduaçõeslato sensu, especialmente em

Goiás. E, no dia em que a ca-tegoria completou 46 anosde regulamentação, o mes-trado bate à porta dos pro-fissionais goianos que hoje játem formação superior espe-cífica em negócios imobiliá-rios.

Testemunha deste mo-mento histórico, o prefeitoÍris Rezende cumprimentouos corretores de imóveis."Não faz muito tempo, me-dia-se um país pela dimensãode seu exército e volume dearmas. Hoje, a força de umpaís é medida pelo conheci-mento de seu povo", comple-tou.

EditalPara o coordenador do

mestrado, os corretores deimóveis têm um papel rele-vante no desenvolvimentodo espaço porque são agen-tes de ocupação do territó-rio. "Serão muito bem vindosneste mestrado", disse Aryti-des Moisés. O aluno tem en-tre dois e três anos para con-cluir o mestrado. A previsãoé que o edital de seleção se-ja publicado em setembro nosite da UCG e do Creci deGoiás.

A Reunião Plenária doCreci de Goiás reúne osconselheiros da casa. Líderesdo mercado imobiliário, rep-resentam a categoria, umavez que foram eleitos porela, através de voto direto.

Professor Arytides: corretores são bem vindos neste mestrado

Prefeito: “força de um país é medida pelo conhecimento de seu povo”

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Confira as comemoraçõesda categoria

Corretores de imóveisamanheceram o 27 deagosto celebrando o ani-versário de 46 anos de re-gulamentação da categoriana Câmara Municipal deGoiânia, onde a data fazparte do calendário cívico-cultural e, por isso, todosos anos, uma sessão solene

comemorativa é realizadaao ar livre, logo pela ma-nhã, na entrada daquela ca-sa de leis.

Antes disso, a data forafestejada em show-baile,realizado dia 23, no ClubeAntônio Ferreira Pacheco.Mais de mil pessoas partici-param do evento, cuja ani-

mação ficou por conta daBanda Marcantes.

Para os desportistas acomemoração aconteceupor meio do futebol. Emagosto, foi realizada o XTorneio de Futebol Soçaitedo Mercado Imobiliário,reunindo imobiliárias e cor-retores de imóveis. A reali-

zação dos eventos foi umapromoção do Sindimóveiscom apoio do Creci.

Foi em 27 de agosto de1962 que a profissão decorretor de imóveis foi re-conhecida por lei federal e,em razão disso, este passoua ser o Dia Nacional doCorretor de Imóveis.

"A gente planta a felicidade. Quem não querter a sua casinha?" Tito Adrien, corretor de imóveis desde

1978, ao lado de seu colega, Dionísio Nascindo

1º lugar do futebol do mercado imobil-iário: equipe da Tropical Imóveis

Bela festa dos corretores de imóveis: mais de mil pessoas

Na festa do corretor de imóveis,a animação tomou conta da pista

Só corretores: o casal Magot-HugoGuimarães e Antônio Mesquita

Gente alegre e bonita curtiu a festaem Goiânia

Em Anápolis, o mercado imobil-iário se reuniu em um jantar

Na Câmara Municipal de Goiânia,a comemoração solene

Em Valparaíso, corretores deimóveis também festejaram

O profissional Salomão Gauy foi àcasa de leis receber a homenagem

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Fiscalização

Creci denuncialoteamentoclandestino à DeconRaquel Pinho

O Creci de Goiás entre-gou ao titular da Delegacia Es-tadual de Repressão a CrimesContra o Consumidor denún-cia de loteamento clandestinoencontrado pela fiscalizaçãodo Conselho. A área rural,próxima ao Campus Samam-baia da Universidade Federalde Goiás, estava dividida em48 lotes sem qualquer autori-zação da Prefeitura e total-mente em desacordo com alegislação municipal. Alguns jáforam vendidos.

O então delegado JoséCorreia Barbosa recebeu adenúncia do assessor jurídicodo Conselho, Eduardo Felipe

Silva,dia 29 de maio,e se com-prometeu a dar início às inves-tigações para responsabilizaros acusados de crime de par-celamento irregular de solourbano que tem pena previstade um a quatro anos de reclu-são e multa. Em depoimento,o proprietário alegou que pre-tendia fazer um condomíniode lazer entre amigos da glebade terra e, como tratava-se deárea rural fora da expansãourbana, só necessitava de au-torização do Instituto Nacio-nal de Colonização e ReformaAgrária (Incra). A Deconpediu parecer oficial do casono órgão assim como na Pre-feitura Municipal de Goiânia.

Não há imobiliárias nem

corretores de imóveis envol-vidos no empreendimento ilí-cito. Portanto, o Creci nãotem legitimidade para tomarqualquer medida disciplinar,mas levou a denúncia para osórgãos competentes.Além daDecon, a informação tambémfoi repassada à Secretaria Mu-nicipal de Fiscalização e, ainda,ao Ministério Público do Esta-do de Goiás. A denúncia fazparte de convênios de coope-ração que o Creci mantémcom a Secretaria de Seguran-ça Pública, o município de Go-iânia e o Ministério Público.Atroca de informações entre asinstituições torna o processode repressão contra a cidadeilegal mais célere e eficiente.

Creci cria a e-Fiscalização

A internet está pre-sente na vida cotidianada sociedade, inclusivenos negócios imobiliá-rios. Para supervisionaras operações imobiliá-rias que acontecem nagrande rede, garantindoa segurança do consu-midor e a legalidade domercado imobiliário, oCreci de Goiás deu iní-cio à e-Fiscalização, emjulho. As operações se-rão contínuas.

A e-Fiscalização ve-rifica o registro de in-corporação e opção devenda dos imóveis anun-ciados nos sites, deacordo com a legislaçãovigente. Corretores deimóveis on-line e sitesde imobiliárias deverãoexibir seus números deinscrição, que serãochecados. Sempre queforem citados no site, osanúncios de venda e lo-cação deverão estaracompanhados do nú-mero de inscriçãoprofissional ou empresa(e não apenas na páginainicial).

Em dois meses deatividades, 180 sites deimobiliárias e de corre-tores de imóveisautônomos já foramverificados. Ao todo, 52irregularidades foramautuadas. Peça esclareci-mentos ou faça denún-cias pelo e-mail: [email protected].

Troca de informações entre as instituições torna o processo de repressão contra a cidade ilegal mais ágil

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Fica até cansativo e repe-titivo, mas está é a ori-entação continua doCreci de Goiás.Veri-fique sempre se a pes-soa que se identifica comocorretor de imóveis a vocêé de fato um profissional de-vidamente habilitado.O Cre-ci é uma autarquia federal, aquem a Lei 3.530/78 conferiua tarefa de fiscalizar o exercí-cio profissional da categoria.É o local certo para se obtera informação correta.

A orientação é contínuaporque, apesar da fiscalizaçãosistemática do Conselho, ain-da são freqüentes casos depessoas exercendo ilegal-mente a profissão de corre-tor de imóveis. O pior de tu-do é que, muitas vezes, estefalso título é reforçado pelasociedade. No cotidiano, oscontraventores se identifi-cam como corretores deimóveis a seus conhecidos,vizinhos, ao caixa do super-mercado, ao atendente dapadaria. E, tantas vezes repe-tido, o dito vira verdade.

Até mesmo com a im-prensa isto acontece. Só pa-ra se ter uma idéia, a Asses-soria de Imprensa do Creciestá freqüentemente conta-tando as redações de jornaispara solicitar correção dasinformações acerca de pes-soas que foram erroneamen-te denominadas de correto-res de imóveis nas reporta-gens. O entrevistado se iden-tifica como corretor de imó-veis e alguns repórteres nãoverificam a informação.

O problema só vem a to-na quando o consumidortem prejuízo financeiro nasnegociações imobiliáriasconduzidas por falsos profis-sionais. Sem compromissoético, sem capacitação técni-ca, eles põem em risco o pa-trimônio do cliente. Não sepreocupam se o imóvel emnegociação está devidamen-te registrado ou se a docu-mentação do vendedor estáregular. Afinal, é um fora dalei, para que irá se preocuparcom tantos detalhes legais?

Não é apenas o consumi-dor o único prejudicadocom a ação do contraventor.Quem contrata falso profis-sional para trabalhar em suaimobiliária ou escritóriotambém incorrer em ilegali-dade, estando sujeito à pro-cesso na Justiça Criminal eprocesso ético no Creci.Além do mais, quando umfalso profissional erra, muita

gente nem sabe queele não é corretorde imóveis, que aca-ba levando a famasem deitar na cama.

Então, fica o re-cado. Verifique sem-pre o número dainscrição junto aoCreci de quem seidentifica como cor-retor de imóveis. E émuito fácil fazer is-so: pela internet( w w w . c r e c i -go.org.br), você emi-te a Certidão de Re-gularidade; por tele-fone (62 32242299), você tambémtem a informaçãogratuita de segundaà sexta, das8h30min às17h30min.

Verifique se ele é mesmoum corretor de imóveis

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Em Itumbiara, ao sul doEstado, divisa com MinasGerais, os tabeliões traba-lham com contraventores eesta ingerência representaum grave problema para omercado imobiliário local. Jáem Niquelêndia, a 350quilômetros da capital,região norte do Estado, abaixa qualificação dos ava-liadores de imóvel daprefeitura atrapalha as ope-rações imobiliárias.

Esta e outras situaçõesenfrentadas pelos corretoresde imóveis no interior doEstado foram tratadasdurante o 11º Encontro deDelegados, realizado dia 22de agosto, em Goiânia. Osrepresentantes do Creci nointerior expuseram os prob-lemas e irregularidades queafetam o setor em suascidades e, ao final, junta-mente com a coordenadoriade fiscalização e da assesso-ria jurídica da instituição,redigiram o documento quepassará a nortear as açõesda fiscalização no interior.

Delegados de 15 cidadesparticiparam do evento, quetrouxe também palestraspara contribuir com sua atu-ação. O procurador fiscal doCreci, Manoel Dias, falousobre contratos imobiliários.Ele destacou a importância enecessidade do registro paraa segurança de quem estácomprando um imóvel.

Após o almoço, o pro-motor de justiça MaurícioNardini abordou as conse-qüências da urbanização semplanejamento das cidadesbrasileiras, além de algunsaspectos do plano diretor deGoiânia. "A urbanizaçãoagravou o histórico quadrode exclusão social, margina-lização e violência. Só emGoiânia, há 150 mil imóveissem escritura, o que repre-senta milhares de famíliassem acesso aos bens eserviços disponibilizadospela cidade", afirma o pro-motor.

Após as palestras, ocor-reu a solenidade de posse dodelegado de Iporá, ViltonPereira da Silva. "Encaro essanomeação como um grandedesafio na minha vida. Juntocom o Creci, vamos traba-lhar para acabar com as

irregularidades em Iporá ena nossa região", afirmou odelegado.

Para o delegado deNiquelândia, Xisto PereiraDamas, os encontros repre-sentam o momento certopara encontrar soluções dosproblemas enfrentados emcada município. "Nessesencontros discutimos asdiferenças existentes entreos municípios, os problemasenfrentados por cada delega-do. Por meio da interativi-dade e das trocas de expe-riências, há uma grande pos-sibilidade de resolução dess-es problemas. É um momen-to único para a nossa cate-goria", finaliza.

O delegado de Anápolis,Jairo Belém Soares Ribeiro,também registrou suaopinião: "esse evento temuma grande importância

para todos os delegados,pois há uma variedade muitorica de informações. Alémdisso, há uma real oportu-nidade de fazer networking eaté estabelecer parcerias denegócios com os outros de-legados. Com certeza estareipresente no próximo", afir-mou. (Hugo Faria)

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Delegados elaboram carta de sugestõesDocumento elaborado durante o 11º Encontro de Delegadosnorteará as ações da fiscalização do Conselho.

Inhumas ganhadelegado do Creci de Goiás

Em solenidade de posserealizada no dia 13 deagosto, na CâmaraMunicipal de Inhumas,Valdir Marques Martins foinomeado como primeirodelegado de Inhumas.Estiveram presentes nasolenidade o presidente doCreci-Go, Oscar HugoMonteiro; o presidente doSindimóveis, Antônio RosaMesquita; o presidente daCâmara Municipal deInhumas, Antônio DomingosBraga, entre outrasautoridades locais.

Os delegados são osintermediários queconectam a sociedade aoCreci. São eles querecebem as denúncias,colhem provas eposteriormenteencaminham o problemapara o conselho. "Há emInhumas inúmerosproblemas com oscontraventores. Agoraposso ajudar efetivamentena resolução desseproblema", afirmou odelegado Valdir MarquesMartins após a solenidadede posse. (H.F.)

Delegados ouviram palestra do promotor Maurício Nardini

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Reajustados os honoráriosdo corretor de imóveis

Nova cláusula fortalece a Justiça Arbitral

A 8ª Corte de Concilia-ção e Arbitragem (8ª CCA)foi criada há oito anos pararesolver toda e qualquer de-manda da sociedade relacio-nada a problemas contratu-ais e patrimoniais. Bem dife-rente da justiça comum, oatendimento é rápido, debaixo custo, sem complica-ção e não há necessidade deconstituir um advogado.

Devido a essas vanta-gens, uma boa parte doscorretores de imóveis eimobiliárias insere a cláusulacompromissória da 8ª CCAem seus respectivos contra-

tos, garantindo assim queum possível litígio seja re-solvido de uma forma rápi-da na entidade.

Entretanto, como essacláusula era pouco informa-tiva e excessivamente sinté-tica, durante a controvérsia,muitos alegavam o não co-nhecimento desse item con-tratual, e por isso o proces-so não era encaminhado pa-ra a 8ª Corte de Conciliaçãoe Arbitragem.

Para resolver essa falha, aentidade reformulou o textodessa cláusula compromissó-ria, que agora conta inclusive

com o endereço onde a con-trovérsia será julgada, as res-pectivas regras utilizadas du-rante o processo, entre ou-tros detalhes.

"É preciso que os corre-tores de imóveis insiram es-sa nova cláusula em todos oscontratos e informem aspartes envolvidas sobre aexistência desse benefício.Assim, uma controvérsia oulitígio contratual será resol-vido com segurança e agili-dade pela 8ª CCA". Essa é aafirmação do conciliador-ár-bitro da 8ª CCA, Fernandode Pádua Silva Leão Júnior.

A comissão devida ao se-tor imobiliário pela venda deimóveis urbanos sofreu rea-juste nesta sexta-feira, pas-sando de 5% para 6%. O rea-juste faz parte da nova tabe-la de honorários da catego-ria, que foi um dos destaquesda última Reunião Plenáriado Conselho realizada noauditório do Creci. Por una-nimidade, os conselheirosaprovaram novos valores,que foram previamente dis-cutidos e aprovados por as-

sembléia geral do Secovi eSindimóveis - os sindicatosda categoria.

Goiás era um dos poucosestados brasileiros onde es-se honorário mínimo era de5%, em vigor desde 1997. Se-gundo o presidente do Sindi-móveis-Go,Antônio Rosa deMesquita, esse reajuste re-presenta uma maior valori-zação para a categoria: "Ocusto operacional do corre-tor de imóveis hoje é maisalto. Exige-se do profissional

mais qualificação e melhorestrutura, como um bomcarro, notebook, investimen-to em cursos. Não há dúvidaque o corretor de imóveismerecia uma valorização,pois hoje ele é um consul-tor", salientou.

De acordo com a novaregulamentação, aprovadapor unanimidade no auditó-rio do Creci-Go, o corretorde imóveis tem direito a 6%do valor da venda em imó-veis urbanos, comerciais, in-

dustriais e venda judicial. Fo-ram alterados também nanova tabela o valor percen-tual de venda de imóveis emcidades turísticas e de imó-veis rurais. Todas as mudan-ças presentes na nova tabelade honorários estarão no si-te do Creci-GO (www.creci-go.org.br); do Sindimóveis-GO (www.sindimoveis-go.org.br) e do Secovi-GO(www.portalsecovi.com.br).Confira novos valores na ta-bela publicada na página 22.

8ª CCA Confira na íntegra a nova cláusula:

"Todo litígio ou controvérsia originárioou decorrente deste instrumento serádefinitivamente decidido por arbitragem. Aarbitragem será administrada pela OitavaCorte de Conciliação e Arbitragem de Goiânia- GO (8ª CCA-GO), eleita pelas partes einclusa nesta cláusula, cujo Estatuto eRegimento Interno, registrado no Cartório deTítulos e Documentos, as partes adotam edeclaram conhecer, concordar e integrar esteinstrumento. Qualquer das partes que desejarinstaurar o procedimento arbitral, manifestarásua intenção a 8ª CCA-GO, devendo indicar amatéria que será objeto da arbitragem, o seuvalor, o nome e qualificação completa porparte contrária devendo anexar cópia docontrato. A controvérsia será dirimida porárbitro preferencialmente único, dentre a listados nomeados pela 8ª CCA-GO / OAB-GO. Aarbitragem processar-se-á na sede da 8ªCCA-GO e o árbitro decidirá com base nasregras do direito positivo brasileiro, nosprincípios gerais de direito, podendo aindavaler-se dos usos e costumes, bem como dasregras internacionais de comércio. O Termode Compromisso Arbitral conterá o nome doárbitro que julgará a controvérsia, nome doárbitro substituto, o valor dos honoráriosarbitrais, a data designada para recolhimento,identificará quem será o responsável pelopagamento dos honorários arbitrais, a data darealização da audiência de instrução, senecessária, e ainda conterá a data dapublicação da sentença arbitral. Havendodesentendimento quanto a constituição docompromisso arbitral será tal questãoresolvida pelo Conciliador-Árbitro da 8ª CCA-GO nos moldes preconizados na Lei número9.307, de 23 de setembro de 1996. O idiomaoficial da arbitragem será o português".

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Imobiliárias ecorretores de imó-veis: chegou a horade participar deuma animada aven-tura, divertir-se, in-tegrar-se com omercado, contribuir com omeio ambiente e, ainda, con-correr ao título de CorretorAmbientalista 2009

Está rolando a ação Cer-rado Nosso, a mais nova pro-gramação do Programa deEducação Ambiental (PEA), aser realizada pelo ConselhoRegional de Corretores deImóveis de Goiás (CRECI-GO) em parceria com o Sin-dicato dos Corretores deImóveis de Goiás (Sindimó-veis-GO).Você não pode ficarfora desta!

A corrida já começou, emagosto, durante o Painel De-senvolvimento das Cidades evai até fevereiro do ano quevem. Quem participar dasações do Cerrado Nosso,acumula pontos para recebero título e a premiação - quedeverá ser tudo de bom, co-mo foi em 2008 (leia mais napágina 33).

O CerradoNosso é umaação constituídade palestras,desafios e gin-cana esportiva(veja box). Quem

participa dos painéis, além desomar pontos para o título,ainda concorre a entrada gra-tuita na Gincana CerradoNosso, prevista para o dia 13de dezembro. Este será umdia muito especial de compe-tições esportivas, diversão eintegração entre os correto-res de imóveis de todo omercado imobiliário goiano.E, também, valerá pontos pa-ra o título de Corretor Am-bientalista 2009.

Está esperando o que pa-ra participar do CerradoNosso? No site do Creci -www.crecigo.org.br - vocêacompanha a programaçãodos próximos eventos.

Se tem interesse de parti-cipar da Gincana CerradoNosso, já pode fazer sua re-serva com Thaysa, da assesso-ria de imprensa do Conselho(62 3224 2299). Familiarestambém poderão participar.

Programa de Educação Ambiental

O mercadoimobiliárioem equipe

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Profissionais discutem odesenvolvimento das cidades

A participação e o com-prometimento de todos ossegmentos são imprescindí-veis para a promoção da ci-dade de qualidade. A abor-dagem foi ponto de consen-so entre os quatro pales-trantes do Painel Desenvol-vimento das Cidades, eventorealizado pelo Creci e o Sin-dimóveis dias 11 e 12 deagosto, no auditório da Cai-xa Econômica Federal. Oevento marcou o lançamen-to da mais nova programa-ção do Programa de Educa-ção Ambiental do Creci deGoiás (PEA), o CerradoNosso, discutindo os planosdiretores no Estado de Goi-ás e o marketing das cidades.

No primeiro dia, a platéiaconheceu duas experiênciasde cidades que encontraramo ritmo do desenvolvimentoturístico após terem identifi-cado e focado em seus po-tenciais: Tamandaré, no Per-nambuco, e Seia, em Portugal.

"E, neste processo, o mo-rador deve se identificar coma imagem do município.Quando ele fala de sua cida-de, seus olhos têm de brilharpara atrair o turista.Afinal, vi-ajar é arriscar ir a um localsem conhecê-lo", disse omestre em gestão pública,Fernando Braga, ao apresen-tar como as praias Tamandarépassaram a figurar o rankingdas dez mais belas do Brasil.

O envolvimento da po-pulação local foi igualmenteimportante para o desenvol-vimento de Seia, municípiosituado dentro de uma im-portante reserva ecológicade Portugal, a Serra da Estre-

la. Com 10 mil habitantes, pas-sou a ter 130 mil visitantes aoano,depois que a iniciativa priva-da fundou o Museu do Pão. Oempreendimento valorizou acultura local, gerou empregos eenvolveu a população no proje-to. "Antes,os turistas não entra-vam na cidade,iam direto para asestações de esqui", comparouJoão Augusto Brás, doutorandoda Universidade do Algarve - emPortugal.

Planos diretoresMesmo se o município

não tiver vocação turística, oenvolvimento da populaçãocontinua sendo fundamentalpara a promoção de uma ci-dade equilibrada.Foi o que sa-lientou a presidente da Agên-cia Goiana de Habitação, Sil-mara Vieira, que coordenou,enquanto superintendente daSecretaria de Cidades, a capa-citação de moradores de 91municípios do interior para aelaboração dos planos direto-res de suas cidades.

"O plano diretor parecedistante, mas está próximode nós porque diz respeitoao espaço em que vivemos,onde trabalhamos, onde le-vamos nossos filhos para es-tudar", acentuou. Para ela, oscorretores de imóveis sãopeças fundamentais nesteprocesso para fomentar estediálogo com a sociedade."Todos os dias, vocês aten-dem pessoas que buscamuma cidade de qualidade", di-rigiu-se à platéia.

Durante sua exposiçãosobre o plano diretor deGoiânia, outro assuntoabordado no Painel Desen-volvimento das Cidades, osecretário Municipal de Pla-nejamento Urbano, Jeová deAlcântara Lopes, reforçouque a lei que orienta o cres-cimento da capital foi cons-truída com a participaçãopopular. "Foram realizadasmais de 500 audiências pú-blicas", informou.

João Brás mostrou como Seia, em Portugal, chegou ao desenvolvimento

OUTUBRO

PAINEL: VALORIZAÇÃOIMOBILIÁRIADas 18h30min às 22hDia 22: Palestra Vetores deLançamentoDas 9h às 11hDia 25: Plantio de ÁrvoresFrutíferas em praça pública

NOVEMBRO

PAINEL: REVENDADE IMÓVEISDas 9h às 12hDia 22: Palestra ImóveisUsados: Bons NegóciosFinanceiros e AmbientaisOficina de fotos com ofotógrafo João CaetanoLançamento da CampanhaFotografia do Cerrado

DEZEMBROGINCANAECOADVENTUREDas 8h às 16hDia 13: Atividades de lazere aventuraPalestra Equilíbrio e Bem-EstarAtrações culturais erecreativas

JANEIRO

SEMINÁRIO DO NEGÓCIOIMOBILIÁRIO RURALDia 16 e 17Temas: Crédito de carbono,Georeferenciamento,procedimentos junto aoIncra, entre outros

FEVEREIRO

PAINEL: PANORAMA GOIÁSDas 18h30min às 22hDia 19: PalestraOportunidades de Negóciosno Interior do EstadoExposição das fotografiasdo cerrado e resultado dedesafio

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O novo mercado imobiliárioHugo Faria

Começou um novo tem-po para os corretores deimóveis. O despertar da res-ponsabilidade social aconte-ceu para a categoria. O meioambiente passou a ser umimperativo da pauta de tra-balho do mercado imobiliá-rio. Esta foi a repercussão doFórum do DesenvolvimentoImobiliário Sustentável, even-to realizado pelo Creci e Sin-

dimóveis, de 17 a 19de junho, no audi-tório da CâmaraMunicipal de Goiâ-nia.

"Após este Fó-rum, tenho uma nova vi-são sobre Goiânia. O eventofoi ótimo, agora tenho váriosconhecimentos novos, sobreum novo mercado", salientouo corretor de imóveis Ita-mar Vitorino. "Todos os te-mas foram bem abordados,

isso foi importantepara a real conscien-tização dos correto-res de imóveis",completou a profissi-

onal Joyce Citon."Agora sim está se forman-

do uma nova linha de corre-tores em Goiás, com umanova mentalidade", resumiuo corretor de imóveis MarcoTúlio. "O Fórum foi maravi-lhoso. Gostei de todas as pa-lestras, aprendi muito.Vale a

pena investir mais vezes emum evento como esse", ava-liou a corretora de imóveisCleunice Luiza da Silva.

Os depoimentos são re-flexo do sucesso do evento,que apresentou os empreen-dimentos sustentáveis goia-nos, que trouxe representan-tes do Green Building Coun-cil Brasil para apontar os ca-minhos e as vantagens de seinvestir na certificação verdepara as construções; o jorna-

Programa de Educação Ambiental

Auditório lotado: corretores de imóveis queriam conhecer o caminho do futuro imobiliário

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"Brilhante a iniciativa doCRECI-GO, de abordar tematão relevante neste momentohistórico e polêmico quevivemos. Quero parabenizarpelo alto nível das discussões.Os negócios sustentaveispodem caminhar lado a lado aproteção ambiental, aorespeito aos direitoshumanos, à igualdade social eà Paz".

Elizabeth Álvares,coordenadora do Instituto de

Pós-Graduação (IPOG)

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lista Washington Novaes pa-ra apresentar a real situaçãoclimática por que passa oPlaneta e os caminhos para omercado imobiliário enfren-tar o problema; o fotojorna-lista Hélio de Oliveira paramostrar o crescimento deGoiânia por meio de seuacervo de mais de 30 mil fo-tos de Goiânia desde a déca-da de 50; e o doutor emmarketing estratégico, SérgioLovatto, para trazer ao cor-retor de imóveis sugestõesde práticas sustentáveis nodia a dia, para cada um fazera diferença.

Depois que Elvis Chova-to assistiu as palestras doevento, passou a ter uma no-va visão sobre a sustentabili-dade. "Antes, eu achava queisto era utopia, agora, que éalgo viável", salientou o pro-fissional que pretende fazerseu papel de propagador domeio ambiente harmoniza-do. "Todas vezes que vende-mos um imóvel, enaltecemostodos os pontos do produto.Agora, também vamos pro-pagar a sustentabilidade co-mo um item que agrega va-lor ao imóvel e qualidade devida", disse

As palavras de Chovatovieram ao encontro das pala-vras do líder nacional da ca-tegoria, o presidente doConselho Federal de Corre-tores de Imóveis, João Teo-doro da Silva, que realizou apalestra de abertura. "Preo-cupação com o impacto di-tará as regras do mercadono futuro; sem este pré-re-quisito, não haverá comer-cialização", salientou, catego-ricamente.A abertura foiprestigiada por líderesdo mercado imobiliá-rio nacional e esta-dual, além de autori-dades do Estado.

Segundo dados da Funda-ção Americana de Investiga-ção de Engenharia Civil, den-tre todas as indústrias nomundo, a construção civil é aque mais consome os recur-sos naturais do Planeta - en-tre 15 e 50%. Na Inglaterra oconsumo de materiais deconstrução por habitante éde seis toneladas por ano. Aindústria da construção civilé a maior geradora de resí-duos sólidos do mundo. Osetor produz até o dobro dolixo urbano sólido produzi-do pelos grandes municípios.Só em São Paulo,são gerados2500 ca-minhõescarrega-dos deentulhospor dia.

Aindaassim, ép o s s í v e lque aconstruçãocivil mini-mize

seu impacto sobre o meioambiente. Teodoro defendeua coleta seletiva nas obras, oque traz também vantagenseconômicas. "A reciclagemda parte mineral do entulhosubstitui agregados naturaisna produção de concreto eblocos de pavimentação, oque diminui o preço do ci-mento e conseqüentementeo custo da obra". Outra al-ternativa apontada foi o usode tecnologias sustentáveis.Ao final de sua palestra, opresidente do Cofeci rece-beu do Creci sua mais altacondecoração, o Colibri de

Esmeralda. A comenda foientregue na presença

dos conselheiros regi-onais e federais.

"Preocupação como impacto ditará asregras do mercadono futuro; sem estepré-requisito, nãohaverácomercialização"

.João Teodoro da Silva.

"Todas vezes que vendemosum imóvel, enaltecemos todosos pontos do produto. Agora,também vamos propagar asustentabilidade como umitem que agrega valor aoimóvel e qualidade de vida".

Elvis Chovato,corretor de imóveis

"Dou nota máxima para oFórum. As palestras foramdinâmicas, não deu nemsono. Saí do eventopreocupado com o futuro dosmeus netos, bisnetos, quetalvez nem terão água potávelpara beber. ".

Sérgio Teodoro da Cruz,corretor de imóveis

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De volta parao passadoÉ por meio do passado que temos condiçõesde enxergar o futuro. Controverso? Pode atéparecer, mas é com base na experiência denossos antecessores, por meio da observaçãoe da criteriosa observação de seus feitos, quepodemos compreender o nosso presente,identificar erros e acertos. Planejar o futuro.Foi com este objetivo que o Fórum doDesenvolvimento Imobiliário Sustentávelpromoveu uma viagem pela linha do tempocom o jornalista Hélio de Oliveira.

Raquel Pinho e Hugo Faria

Ele começou a fotografarGoiânia em 1951, como re-pórter fotográfico do jornalO Popular. Nesta época, eletambém passou a ser fotó-grafo dos governadores.Acompanhou os passos detodos os líderes do Estadoaté 1999, quando se aposen-tou. Dos atos de Pedro Lu-dovico aos de Marconi Peril-lo, é uma testemunha viva.Ele é Hélio de Oliveira, umdos nomes que já fazem par-te da história da capital pla-nejada e construída.

Antes mesmo de se tor-nar fotógrafo, ele já registra-va na memória os primórdi-os de Goiânia, uma vez queaqui aportara aos seis anosde idade. O pai era constru-tor e para cá veio em buscade oportunidades na capital

goiana que nascia nosanos 30. " Eu crescijunto com Goiânia.Acompanhei todoo progresso da ci-dade. Presenciei aabertura das ruas, ave-nidas e sofri muito com apoeira daquela época", dizele, que foi um dos desta-ques do Fórum do Desen-volvimento Imobiliário Sus-tentável.

Hélio de Oliveira acom-panhou ainda a vida política,social, esportiva, econômicae cultural da capital, que re-sultaram em um acervo demais de 30 mil fotos. Orgu-lha-se, ainda, de ter participa-do de fatos importantes dahistória nacional, como omomento em que JuscelinoKubitscheck pisou em Brasí-

lia pela primeira vez."Foi em 2 de outu-bro de 1956, eu deium furo de reporta-gem. Quando o pre-

sidente desceu do avi-ão e pisou no solo, eu o

fotografei, antes mesmo daimprensa nacional chegar. Oavião que transportava ogrupo ainda não tinha pousa-do", lembra-se com exatidão.

Sua participação no Fó-rum foi uma viagem históricapelo desenvolvimento da ca-pital. Em clima nostálgico,Hélio apresentou uma amos-tra de seu acervo, acentuan-do a evolução da cidade queinicialmente era tranqüila,com poucos carros e muitasárvores. Deu um passeio pe-las décadas, lembrando asprimeiras construções da

Rua 20, a abertura da Aveni-da Anhanguera, a construçãodas redes de água e esgotoda nova capital, um pouco davida social e urbana.

Os primeiros problemasda nova capital também fo-ram lembrados, como a criseenergética da década de 40,quando a pequena Usina doJaó, responsável então pelofornecimento de energia pa-ra Goiânia, foi danificada. "Osproblemas tornaram-se diá-rios.Toda noite, a luz piscavaduas vezes. Era o sinal de queficaríamos sem luz", lembrou.Só após a construção da usi-na Cachoeira Dourada, ofornecimento energético foisolucionado.

O fotojornalista tambémmostrou a expansão urbana,o surgimento dos novos se-

História

O alto do bueno, em 1969.

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Goiânia em verticalização

Av. Anhanguera - a foto é da época da construção da avenida, ligandoGoiânia a Campinas.

Praça universitária

tores - que passarama ser empreendidospela iniciativa privada- e da verticalização dacapital.Após o final dasexposições, o fotógra-fo Hélio de Oliveirarecebeu o Colibri deEsmeralda, a mais altacondecoração oferecidapelos corretores de imó-veis. Sob uma chuva deaplausos da platéia, conse-lheiros do Creci entrega-ram a comenda. O presi-dente do Conselho, OscarHugo, justificou: "É pormeio de suas lentes e suasensibilidade de jornalistaque ele registrou Goiânia.Imagens que hoje são fontede aprendizagem para o mer-cado imobiliário, que só tem areconhecer o seu legado".

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Tabela de honorários doscorretores de imóveis

1. Cabe ao corretor de imóveis,pessoa física ou jurídica, devidamen-te inscrita junto ao CRECI-GO, Con-selho Regional de Corretores deImóveis, 5ª Região, Goiás contrataro serviço de intermediação na ven-da, compra ou locação de imóveis,com exclusividade de forma expres-sa, conforme determina a lei6.530/78 e resolução nº 458/95 doCOFECI - Conselho Federal de Cor-retores de Imóveis.

2. Fica esclarecido que o corre-tor de imóveis que pertencia a Cate-goria Econômica do 3º grupo dosagentes autônomos do comércio doplano da Confederação Nacional doComércio até o advento da Portarianº 3.245 de 08 de julho de 1986, doMinistério do Trabalho. Através destaportaria assinada pelo Ministro doTrabalho, Almir Pazzianoto Pinto, acategoria foi transferida para 33º

Grupo do Plano da ConfederaçãoNacional das Profissões Liberais, fi-cando, os Corretores de Imóveis, ni-velados aos médicos, advogados,engenheiros e demais profissionais,assim classificados. Dessa maneira,o Governo Federal reconheceu, ofici-almente, a importância social do pro-fissional imobiliário, ficando o mes-mo com direito de perceber honorá-rios, pelos serviços prestados, deacordo com a tabela elaborada peloSindicato da categoria (SINDIMO-VEIS) e homologada pelo CRECI decada região.

3. A presente tabela deve serobservada nos contratos celebrados,especialmente quanto aos limites mí-nimos nela estabelecidos, sendo ve-dado ao corretor contratar com índi-ce abaixo dos aqui definidos, confor-me o ditame do artigo 6° inciso V daResolução nº 326/92 do COFECI.

4. Constituem, entre outras, in-fração grave ao código de ética insti-tuído pela resolução nº 326/92 doCOFECI, a cobrança de percentuaisou valores superiores ao convencio-nado na autorização de venda oucontrato de prestação de serviço deintermediação de venda, compra oulocação.

5. No caso de imóveis com sal-do devedor junto à agentes financei-ros, consórcios ou diretamente como proprietário, os percentuais serãoaplicados sobre o valor total do con-trato, ou seja, valor do direito mais ovalor do saldo devedor.

6. No caso de contratos de ad-ministração de aluguéis, os percen-tuais abaixo serão aplicados sobre ovalor de recebimento mensal ouequivalente a 40 (quarenta) UFIR´s,sempre a maior deles.

7. No caso de permuta de bens

imóveis, a remuneração do corretorserá paga pelo vendedor e compra-dor na proporção de 50% cada umdeles, salvo acordo por escrito entreas partes.

8. No caso de venda com partede pagamento representado porbens imóveis, o vendedor pagará so-bre o valor recebido em moeda cor-rente e o comprador sobre o valordos bens dados em pagamento.

9. No negócio concluído comparceria entre pessoa física e pes-soa física ou pessoa jurídica e pes-soa jurídica, a remuneração será pa-ga a todos em partes iguais, salvoajuste por escrito em contrário.

10. Esta tabela de honorários de-verá ser afixada pelas imobiliárias ecorretores de imóveis em local visívelao público e também será publicadano website do SINDIMOVEIS-GO,CRECI - 5ª região e SECOVI-GO

1. Pela Venda, Compra ou Locação de Imóveis

1.1. Imóveis Urbanos, Comerciais, Industriais e Venda Judicial. 6%

1.2. Imóveis em cidades turísticas. 10%

1.3. Imóveis Rurais. 7%

1.4. Cotas de fundos de investimentos imobiliários ou equivalentes. 5%

1.5. Lançamento de loteamentos Fechados 5%

1.6. Lançamento de loteamentos abertos. 7%

1.7. Lançamento de Condomínios Verticais e Horizontais (casas, sobrados ou edifícios). 5%

1.8. Intermediação de locação de imóvel ( ocupação de imóvel vago) 5%

1.9. Intermediação de locação por contrato (ocupação de imóvel vago) de galerias e shopping center. 5%

1.10. Intermediação de Locação de imóvel por temporada (contrato até 90 dias). 20%

1.11. Observação:

1.11.1. Os percentuais referentes aos itens 11.1 ao 11.7 serão calculados sobre o valor do imóvel comercializado.

1.11.2. Os percentuais referentes aos itens 11.8 ao 11.10 serão calculados sobre a soma do valor total do contrato de locaçãoe o valor do fundo de comércio, se houver.

2. Administração da Carteira de Recebíveis

2.1. Carteira de recebimentos de aluguéis sem garantia de liquidação. 10%

2.2. Carteira de recebimentos de loteamentos abertos. Livre negociação

2.3. Carteira de recebimentos de condomínios horizontais fechados, condomínios horizontais,loteamentos urbanísticos ou assemelhados.

Livre negociação

2.4. Carteira de Taxas de Condomínio. Livre negociação

Page 23: 2ª Revista Painel Imobiliário

23

3. REVENDAS OU TERCEIROS - Participação entre Pessoa Física e Jurídica

13.1 Pessoa Física (distribuição conforme acordo entre as partes). 50%

13.2 Pessoa Jurídica. 50%

4. LOCAÇÃO - Participação entre Pessoa Física e Jurídica

4.1. Pessoa Física (distribuição conforme acordo entre as partes). 40%

4.2. Pessoa Jurídica. 60%

5. LANÇAMENTOS VERTICAIS / HORIZONTAIS CONSTRUÍDOS OU CONDOMÍNIOSURBANÍSTICOS - Participação entre Pessoa Física e Jurídica

5.1. Pessoa Física (distribuição conforme acordo entre as partes). 30%

5.2. Pessoa Jurídica. 70%

6. LOTEAMENTOS POPULARES,ABERTOS OU SIMILARES - Participação entre Pessoa Física e Jurídica

6.1. Pessoa Física (distribuição conforme acordo entre as partes). 30%

6.2. Pessoa Jurídica. 70%

6.3. Observação:

6.3.1. Os percentuais acima serão aplicados sobre o valor da remuneração auferida pelo titular da autorização de venda doimóvel, Contrato de Prestação de Serviço de Venda ou similar, após a devida dedução dos impostos, a serem recolhidos referentes a aquela operação, excluindo-se valores advindo de contratos de prestação de serviços de administração de carteira ou recebíveis.

6.3.2. Corretores de imóveis indicadores de empreendimentos serão remunerados com o valor equivalente a 5% (cinco por cento) calculados sobre o valor destinado ao titular da autorização de venda, contrato de prestação de serviços ou similar.

7. Demais Serviços Inerentes ao Corretor de Imóveis

7.1. Emissão por escrito de parecer de opinião de preço de mercado, em caráter extrajudicial. 0,5% ou o mínimo de R$ 500,00

7.2. Assessoria, planejamento e viabilização do crédito imobiliário junto a agentes financeiros. 1,5%

7.3. Assessoria, Planejamento, Organização de lançamento de empreendimento imobiliário,tais como, Loteamentos Fechados, Loteamentos abertos, Condomínios Urbanísticos,Condomínios Verticais, Condomínio de casas ou Conjuntos Habitacionais, sobre o valor total do empreendimento.

1%

7.4. Hora técnica de consultoria R$ 200,00

7.5. Taxa de locomoção 20 UFIR's

Observações

Os percentuais acima serão aplicados sobre o valor da avaliação técnica de preçode mercado e sobre o valor do financiamento contratado com o agente financeiro.

Os valores constantes em moeda corrente nesta tabela de honorários serãoreajustados com base no IGP-M (Fundação Getulio Vargas), tendo como data base aaprovação da tabela na assembléia do Sindimoveis - GO.

Esta tabela foi apresentada, debatida e aprovada na Assembléia do Sindimóveis/GOem 21/05/2008, na reunião de diretoria do Secovi - Sindicato da Habitação de Goiásem 12/06/2008 e homologada na 494 Reunião Plenária do Creci - Conselho Regionalde Corretores de Imóveis - 5ª região em 27/06/2008, publicada no Diário Oficial doEstado de Goiás do dia 8 de julho de 2008, sob nº 20.405, data em que entra em vigor,revogando e cancelando todas as tabelas anteriores.

Page 24: 2ª Revista Painel Imobiliário

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Fórum apresentaexperiências sustentáveisimplantadas no Estado A tecnologia sustentável está disponível para todos e omercado imobiliário goiano já tem se utilizado delas.Trêscasos foram apresentados durante o Fórum deDesenvolvimento Imobiliário Sustentável. Confira:

Reportagens: Raquel Pinho e Hugo Faria

Vista aérea do condomínio de sítios de lazer Águas da Serra

Imagens do apartamento decorado do Residencial Ecovillaggio. Ao lado, fachada do ResidencialLagoinha

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Empreendimento contempla osquatro pilares da sustentabilidade

As piscinas serão aqueci-das por energia solar e tam-bém virá do sol a fonte deenergia para iluminar os jar-dins do térreo. A água daschuvas, dos lavatórios dosbanheiros e dos chuveirosserá reutilizada na limpezadas áreas comuns, na irriga-ção dos jardins e no lava-jatoque lá será instalado para co-modidade de quem não temquintal para lavar o carro aosdomingos. Do alto de seusapartamentos, os moradoresterão uma paisagem verdesob seus olhos em razão dos1,5 mil metros quadrados degrama que serão plantadosno telhado das garagens.Além de encher os olhos, oecotelhado também vai me-lhorar a temperatura local efavorecer a purificação do ar,conforme afirma estudos daUniversidade Federal do RioGrande do Sul (UFRS). Naárea de lazer, a churrasqueiranão utilizará o carvão, massim pedras vulcânicas, quepossuem vida útil de doisanos, não geram fuligem, fu-maça nem gás carbônico. Nacobertura das torres, serãoutilizadas telhas feitas comtubos de pasta dental, queabsorvem 30% menos calorse comparada com as tradi-cionais telhas de amianto enão liberam gases tóxicos.

Se fosse há alguns anosatrás, muitos imaginariamque a descrição acima seriade um experimento. Hoje,transformou-se em um im-perativo para a construçãocivil e é descrição de prédioresidencial real em constru-ção, o Residencial Ecovillag-

gio, que conseguiu co-ordenar essa longalista de itens susten-táveis. O empreen-dimento foi um doscases apresentadosdurante o Fórum de De-senvolvimento ImobiliárioSustentável.

Foram dois anos de pes-quisa para que o projeto fi-casse pronto. De acordocom o engenheiro responsá-vel pela obra, Gustavo Veras,da Loft Construtora, cadadetalhe das tecnologias sus-tentáveis foi estudado paraoferecer um resultado efici-ente ao futuro morador. Umexemplo é a coleta seletiva.Além de entregar as unida-des e o hall dos andares comos coletores para lixo orgâ-nico e inorgânico, a constru-tora separou um espaço de50 metros quadrados, nosfundos do empreendimentopara que o condomínio ar-mazene o lixo separado. Issoporque as cooperativas sóbuscam o lixo em grandequantidade. Outro deta-lhe diz respeito ao clima-tizador evaporativo, arcondicionado que resfriae umidifica o ambienteao mesmo tempo. "Paraque o morador possainstala-lo, providencia-mos um ponto de águapróximo à tomada doequipamento na suíte", expli-cou.

Mais que contemplar omeio ambiente, para ser sus-tentável, um empreendimen-to precisa também ser eco-nomicamente viável, social-mente justo e culturalmente

aceito - estes são osquatro pilares dasustentabilidade.A construtoratambém se aten-

tou para isto: o cus-to da tecnologia verde

não será superior a 5%. "Nãoadiantava ter tudo isso e cus-tar caro", comentou Veras.Sem contar que a economiade água e de energia reverte-rá em economia contínuapara o bolso dos moradores.

A expectativa da constru-tora é de que uma nova cultu-ra seja promovida entre osmoradores.Veras cita o exem-plo do pomar.Aoinvés de in-vestir apenas

em paisagismo, o empreendi-mento terá árvores frutíferase ervas medicinais. "Com averticalização, isso não fazmais parte do cotidiano daspessoas, especialmente entreas crianças. Queremos pro-mover este resgate", explica.Levantamento feito pelaconstrutora, apresentado du-rante o Fórum, mostrou o ín-dice de aceitação e aprovaçãodos clientes. "Preservar omeio ambiente gera satisfa-ção, orgulho e economia paraos moradores. Esse é ummercado em expansão que sótende a crescer", disse. OEcovillaggio está situado em

Aparecida de Goiânia. Osapartamentos serão deduas e três suítes.

Gustavo Veras: doisanos de pesquisa paracriar o Ecovillaggio

Page 26: 2ª Revista Painel Imobiliário

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Na zona rural, as chuvassão bênçãos dos céus; na ci-dade, entretanto, muitos asvêem como maldição, em vir-tude das enchentes e desas-tres que causam. Realidadeque pode ser mudada com atecnologia. A água da chuvapertence ao dono do terrenoonde cai e a legislação permi-te seu reuso na irrigação pai-sagística, lavagem de veículos,de pátios e de calçadas, des-cargas em bacias sanitárias,além de espelhos d'água.Quanto mais é reutilizada,mais democratizado fica oacesso a este bem vital a to-da sociedade e menos elatransborda das sarjetas.

Estes são alguns benefíci-os proporcionados pela reu-tilização da água das chuvasabordados pelo engenheirohidrosanitarista Flávio Rios,que apresentou uma experi-ência concreta do reuso noFórum do DesenvolvimentoImobiliário Sustentável: o Re-sidencial Lagoinha, obra da

Toctao Engenharia,onde vivem 200 fa-mílias desde 2006.

Situado na Ci-dade Jardim, o Resi-dencial Lagoinha pos-sui a tecnologia de rea-proveitamento das águas daschuvas na limpeza das áreascomuns e nas descargas dosbanheiros dos apartamentos.Em tempo de chuva, a econo-mia de água na área comumchega a 30% , afirma o síndi-co do condomínio, Fredy

Stewvster. Já nos apar-tamentos, estima-seque a economiaatinja os 15%.

A captação é fei-ta por meio de calhas

nos telhados e direcio-nada para um reservatório,de 200 mil litros, instaladoem baixo da quadra esporti-va. O reservatório também éalimentado pela água do len-çol freático, que é recarrega-do pelas chuvas que caem naárea do estacionamento. No

local, a construtora instaloucanaletas que direcionam aágua para poços de infiltra-ção.Após passar por um pro-cesso de desinfecção, a águaé reutilizada.

Com a realimentação dolençol freático, não só os mo-radores são beneficiados,mas toda a vizinhança, salien-tou o palestrante. Os condô-minos passam a ter água noreservatório mesmo emépoca de estiagem. "Não estáchovendo, mas o terreno es-tá cheio de água", salientou. Ea vizinhança ganha em segu-rança. A água captada deixade ser lançada nas sarjetas,amenizando inundações.

Este foi o primeiro prédioresidencial a receber este tipode tecnologia sustentável emGoiás. A inovação deu àconstrutora o Prêmio ECO2007, da Câmara Americanade Comércio (Amcham).Atraiu a atenção de autorida-des e foi tema de palestras epesquisas universitárias.

Água da chuva ainda é de graçaE a instalação de um sistema de aproveitamento não é tão complicada e cara quanto se pensa

Em sua palestra, Riossalientou ainda que épossível montar sistemasde reutilização em resi-dências com áreas de co-bertura a partir de 50metros quadrados, emtelhados de meia-água.Ele exemplificou que umacasa com telhado de 100metros quadrados conse-gue suprir a demanda deconsumo de água para

descargas sanitária e lavagemde piso de uma família decinco pessoas.

"A água da chuva que caino terreno particular perten-cem ao proprietário. Sua reu-tilização ainda é de graça",chamou a atenção da platéia,referindo-se à legislação atual.

De acordo com NBR15.527:2007, a água da chuvapode ser utilizada na irriga-ção paisagística, lavagem deveículos, de pátios e de calça-das, descargas em bacias sani-

tárias, além de espelhosd'água e para sistema de re-serva de incêndio, trazendoeconomia para o bolso doconsumidor e proporcionan-do um bem social. "Se maispessoas fizerem a reutiliza-ção, as companhias de forne-cimento de água terão me-nos problemas para garantiro suprimento da comunida-de, contribuindo para oabastecimento de uma popu-lação maior", salientou.

De acordo com o Institu-

to Nacional de Pesquisas Es-paciais (INPE), em Goiâniacaem 1.500 litros por metroquadrado de chuva ao ano,em média. O custo para seimplantar um sistema deaproveitamento de água daschuvas, informou Rios, repre-senta a partir de 0,07% dovalor total de uma constru-ção. "O valor final dependede como o proprietário pre-tende reutilizar a água.Em ge-ral, o que mais encarece é oreservatório", observou.

Viabilidade

No Residencial Lagoinha, economia de água chega a 30%

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A permacultura é a inte-ração do homem com os ele-mentos naturais sem agrediros ciclos da Terra; é o ato deretirar do Planeta tudo o quenecessita sem, entretanto,causar desequilíbrio. No con-domínio de sítios de lazerÁguas da Serra, estes princí-pios foram colocados emprática na concepção do em-preendimento. Tratamentode esgoto a base de bactériase valas de infiltração são osdestaques do projeto arqui-tetônico apresentados peloengenheiro Raphael Gualber-to durante o Fórum.

O sistema de tratamentode esgoto com filtro biológi-co implantado no empreen-dimento é prova de que hásolução para todo problema."Faz parte deste filtro umabactéria, responsável peladecomposição da matériaorgânica, eliminando o riscode contaminação do lençolfreático e a necessidade delimpeza das fossas ou uso deprodutos químicos".

As valas de infiltração,

que ficam no fundo de cadaunidade, aumentam a capaci-dade de infiltração do solo eajudam assim na recarga na-tural do lençol freático. Aoreduzir o escoamento su-perficial causado pelas chu-vas, as valas de infiltração im-pedem a formação de ero-sões na área do condomínio.

Elas ajudam ainda a com-pletar o ciclo natural da água- água contida no solo é ab-sorvida pelas plantas; pormeio da fotossíntese ela éevaporada, formando assim asnuvens; após a formação daschuvas essa água volta para osolo e completa esse ciclo,que é o responsável pela re-

novação da água no planeta.No residencial Águas da

Serras, os empreendedoresoptaram por reduzir a quanti-dade de lotes em 40% paraprivilegiar as áreas verdes. Háum milhão de metros quadra-dos em áreas verdes distribu-ídos em 100 alqueires, con-tando inclusive com um bos-que temático onde forampreservadas as espécies nati-vas da região.

Comercialmente, o enge-nheiro Raphael Gualbertogarantiu que um menor nú-mero de lotes não significanecessariamente um lucromenor com esse tipo deobra. "Há na verdade umamaior velocidade nas vendasdeste tipo de residencial,porque o produto é muitomais atrativo que um condo-mínio convencional. O ambi-ente mais rural, a preserva-ção das áreas verdes, o me-lhor aproveitamento dos es-paços, até um cliente leigono assunto percebe que estáem um local diferenciado, eisto aquece as vendas".

"Há na verdade uma maior velocidade nas vendasdeste tipo de residencial, porque o produto é

muito mais atrativo que um condomínioconvencional. O ambiente mais rural, apreservação das áreas verdes, o melhor

aproveitamento dos espaços, até um cliente leigono assunto percebe que está em um local

diferenciado, e isto aquece as vendas".RAFAEL GUALBERTO

A permaculturana prática

Raphael Gualberto: inve-stir em sustentabiidadeaquece as vendas

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Sustentabilidade tem forma, sabor e cor

Nada de fazer um eventosó com palestras científicas.O Fórum do Desenvolvi-mento Imobiliário Sustentá-vel também ofereceu atra-ções culturais aos partici-pantes e, mais do que pro-porcionar descontração, suafunção foi mostrar que a sus-tentabilidade tem forma, sa-bor e cor.

Um desfile com roupasfeitas de materiais reciclá-veis, produzido pelos alunosdo curso de Eventos da Uni-versidade Católica de Goiáse batizado como Lixo é Lu-xo, marcou a abertura doevento, mostrando que é

possível sim dar uma novadestinação ao lixo.

Atualmente, são produzi-dos três milhões de toneladasde lixo comercial e domiciliarpor dia.Só o Brasil produz 240mil toneladas, sendo que 76%é encaminhada para aterros acéu aberto, contribuindo parao aquecimento global, a conta-minação e poluição do meioambiente.

Com a reciclagem ou areutilização do lixo, é possí-vel diminuir o volume dosaterros e foi esta a alternati-va apresentada na aberturado Fórum. Saias feitas comjornal, blusas bordadas com

CD's, brin-cos feitos a partir de mídiaspequenas, anel de lata, adere-ços produzidos com lacre delatas de cerveja, e até umvestido de noiva confeccio-nado com plástico-bolha esacola plástica branca foramalguns modelitos apresenta-dos.

"A idéia principal foimostrar que algo que muitosnão vêem utilidade pode sereverter em benefício aomeio ambiente, além de seruma oportunidade de ren-da", destacou a coordenado-ra do desfile, Maria Apareci-da Evangelista.

Sabe aquele plástico com bolhas dear que protegem equipamentos

eletrônicos? Virou vestido de noiva

O vestido é feito compapel-jornal

É deplástico a

blusa damoça

O look ganhouum brilho

especial com oslacres de latas

de refrigerantee cerveja

Page 29: 2ª Revista Painel Imobiliário

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Outras perspectivasPor ser um problema

complexo, a questão do lixofoi tema recorrente da pro-gramação cultural, apresenta-da sob várias perspectivas.Nasessão pipoca realizada no úl-timo dia, o curta-metragemO Pesadelo é Azul, do cineas-ta Ângelo Lima, mostrou asmarcas do acidente com océsio 137 em Goiânia. Após20 anos do triste episódio,pessoas ainda vivem as con-seqüências do lixo radiativomal condicionado.

No último dia, um cardá-pio montado para estimular areflexão. Bolos, doces e ou-tras iguarias, feitas com in-gredientes que normalmenteas pessoas ignoram, foramservidos no coffee break. Bo-lo com casca de banana, patêde talos foram alguns dospratos servidos, apontandoassim mais uma alternativainteligente e nutritiva de di-minuir o volume do lixo decada dia.O cardápio é da Me-sa Brasil (Sesc).

Além de promover a sus-tentabilidade, a reutilizaçãodo lixo também pode sereconomicamente viável. Atu-almente, essa atividade sus-tenta cerca de 500 mil brasi-leiros. Estima-se que cata-dores estejam organizadosem quase 500 cooperativas,criadas em parceria comONGs, empresas privadas epoder público. De acordo oMinistério do Meio Ambien-te, a reciclagem rende cercade R$ 7 bilhões por ano.

Jornal: de manhã vocêpode ler suas notícias;de tarde, podetransformá-lo nestemodelito aí

Bolo de casca

de

banana

Ingredientes

2 xícaras (chá) de casca de banana madura

4 gemas4 claras em neve

2 1/2 xícaras (chá) de açúcar

3 xícaras (chá) de farinha de trigo

5 colheres (sopa) rasas de margarina

2 colheres (sopa) de fermento em pó

Canela em pó para polvilhar

Modo de Preparo

Bater no liquidificador as cascas de banana com

1/2 xícara

(chá) de água. Reservar. Na batedeira, colocar a

margarina,

a gema e o açúcar, batendo até ficar

homogênea. Misturar

as cascas de banana batidas, a farinha e

o fermento. Por último, colocar as

claras em neve, polvilhando com a

canelaantes de ir ao forno. Levar ao

forno em forma untada, assar

durante 30 ou 35 min.

Page 30: 2ª Revista Painel Imobiliário

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O lucro dasustentabilidadeEmpreender construções sustentáveis não é apenas uma ação deresponsabilidade ambiental. A sustentabilidade também é umnegócio lucrativo.A afirmação é de Nelson Kawakami, diretor doGreen Building Council Brasil (GBCD) durante o Fórum doDesenvolvimento Imobiliário Sustentável.

Por Raquel Pinho

O custo de uma constru-ção sustentável no País podeser elevado entre 5% a 10%,mas o investimento retornaem valorização do imóvel pa-ra venda ou locação, em que-da do custo de manutenção,em melhoria de condição desaúde e em produtividadedas pessoas que ocupam oimóvel. "É o caro que sai ba-rato", afirmou Kawakami. Emsua palestra, ele apresentoupesquisas realizadas pela ainstituição norte americanaGreen Building (USGBC),matriz da GBCB, que com-provam o retorno mercado-lógico da sustentabilidade.

A locação de imóveis co-merciais sustentáveis têm 3%a mais de rentabilidade. Aocupação também é maiságil: a velocidade que as imo-biliárias conseguem ocupar oimóvel é 3,5% maior que osconvencionais. Se o imóvelfor colocado à venda, a nego-ciação também acontecerámais rápido e com uma so-brevalorização de 7,5%. Osvalores e a agilidade são re-flexos dos custos de manu-tenção e operação do edifí-cio: eles caem com o uso de

tecnologias sustentá-veis entre 8 a 9%,ainda de acordocom a USGBC. Tra-duzindo: a reutiliza-ção da água, o uso deenergia solar, entre outrastecnologias sustentáveis, tra-zem economia para o bolsodos condôminos.

Os benefícios atingemtambém a qualidade de vidadas pessoas. Em 2003, aUSGBC realizou na Califór-nia um estudo comparativoem 100 empreendimentossustentáveis e outros 100convencionais. Os resultadosdemonstram que os projetossustentáveis, que contem-plam a renovação do ar porventilação natural, o contro-le da umidade e o uso de fil-tros eficientes nos ar condi-cionados, reduziram cercade 40% os sintomas de gripe,asma, alergia, infecções respi-ratórias, dores de cabeça eresfriados das pessoas quetrabalhavam nestes espaços.

"Normalmente, os em-presários ainda não calculameste benefício, que é grande.Considerando custos típicosde um escritório nos EUA,

3% de ganho na pro-dutividade temmais representativi-dade que 100% de

redução nos custosde manutenção e ope-

ração do edifício", disse.Além dos benefícios mer-

cadológicos, a construção ci-vil é uma das atividades quemais causa impacto no meioambiente. No Brasil, é res-ponsável por 12% do consu-mo de água, 40% das emis-sões dos gases que provo-cam o efeito estufa, gera 65%dos resíduos e consome 40%de energia, considerando umciclo de vida de 50 anos. Oinvestimento na sustentabili-dade pode reduzir significati-vamente estes percentuais,alguns deles para a metade,assinalou o palestrante.

BRASILO GBCB foi instalado em

São Paulo desde o ano passa-do. A matriz foi criada em1993 para difundir as constru-ções sustentáveis. Desde1999, lançou a ferramenta LE-ED (Leadership in Energy andEnvironmental Design) com asdiretrizes para emitir os certi-

ficados dos "prédios verdes".Desde que aqui chegou, pas-sou a difundir a cultura sus-tentável que, em passos lar-gos, começa a tomar fôlego.

Atualmente, sessenta etrês projetos no País estãoem andamento para recebera certificação LEED e já háconstrutoras de Goiânia inte-ressadas no selo verde.Kawakami deu exemplo deuma construtora de São Pau-lo, que constatou que 30% deseus clientes optam por seusimóveis por causa dos itens desustentabilidade implantadosem seus empreendimentos.

Mas o desconhecimentoainda é o principal entravepara o aumento do investi-mento em prédios verdes."Por falta de conhecimento,os profissionais, empresá-rios e usuários do setor daconstrução civil tendem asubestimar a importância eos benefícios da sustentabili-dade e sobreestimar os cus-tos", disse Kawakami.

Nesse sentido,o diretor doGBCB considerou fundamen-

Kawakami: setor da construçãoainda subestima benefícios dasustentabilidade e sobreestima oscustos da sustentabilidade

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tal falar sobre o tema a umaplatéia de corretores de imó-veis. "São profissionais que for-mam opinião entre os clientese entre os empreendedores.Na medida em que o públicoconsumidor entender seus be-nefícios, irão estimular que asconstrutoras invistam na sus-tentabilidade", salientou o pa-lestrante. Foi a primeira vezque o GBCB foi convidado pa-ra falar à categoria no Brasil.

Apesar de ser mais práti-co e barato implantar a sus-tentabilidade durante aconstrução do empre-endimento, oGBCB infor-mou que tam-bém há pos-sibilidade deadaptar umempreendi-mento pron-to para rece-ber a certifi-cação.Tambémé possível plei-tear o seloverde para umaparte de um

empreendimento - para áre-as comuns de um condômi-no ou para empresas instala-das em um andar de um pré-dio convencional.

No problema está a soluçãoPor Stephanie Silva

Esta é a premissa docorretor de imóveis especia-lizado em ecologia e consul-tor da BioDesign, AntônioZayek, que também falouaos corretores de imóveissobre imóveis e sustentabili-dade. "Quando você enten-de que o caminho que estáseguindo é errado, descobreuma grande oportunidade. Omundo está ai para ser res-taurado então temos muitotrabalho para fazer, e isso ébom demais. A sustentabili-dade é a grande oportunida-de do mercado" afirmou.

Zayek apresentou parâ-metros destas novas tecnolo-gias, como elas funcionam,como fazer delas um produtode mercado, e um negóciorentável e de sucesso. "Agrande sacada da visão desustentabilidade é que o pro-blema é sempre a solução"disse, ao exemplificar oproblema do esgoto, ricoem nutrientes, que é umasolução para criarmosnovos sistemas deencanamen-

to e utilizarmos seus restos edejetos para adubos de jar-dins e plantações

Para ele, a sustentabili-dade ainda não adquiriu tan-to espaço no mercado porfalta de design, atratividadee conhecimento. "Design émuito mais que desenho, éplanejamento. É preciso pla-nejar um empreendimentosustentável que seja aceitoe atrativo. Ele não pode serecochato e nem biodesagra-dável", fez o trocadilho.

Como profissional daárea, o palestrante lembrouo quanto é importante o pa-pel do corretor de imóveis noprocesso de mudança de pa-radigmas. "Para mim, o nos-so trabalho é a parte funda-mental pois, quando a pes-soa compra, é porque ela foiconvencida. Esta é a grandetransformação. Porque sócolocamos nossas finançasnaquilo que amamos" afir-

mou ao citar a leitura dolivro A Cabala do Di-

nheiro, de NiltonBonder, que fala so-

bre a ligação entre oamor e o dinheiro.

Lidar com a sus-tentabilidade, para

Zayek, também é sinônimode esperança e otimismo."Quando você trabalha comsustentabilidade a vida éboa. Você deixa de ser o se-nhor catástrofe e achar queo mundo está sempre aca-bando. Você começa a fazerum mundo novo, a ver a vidavoltar, a impactar o mundopositivamente", finalizou.

Antônio Zayek:sustentabilidade é agrande oportunidadedo mercado

Page 32: 2ª Revista Painel Imobiliário

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O mundo mudou, e aprofissão de corretor deimóveis não é a mais a mes-ma. O profissional é parte in-tegrante do setor imobiliário- uma indústria que causaenormes impactos ambien-tais para o planeta. Não é ra-zoável que ele se preocupeapenas com a venda. Muitobem, todos estão em alertas.Todos já estão cientes de

que é preciso cuidar domeio ambiente sob o riscode comprometermos o futu-ro. Mas, afinal, como ajudar oPlaneta? Como o corretorde imóveis pode agir comresponsabilidade social e darsua parcela de contribuição?

Dicas para praticar a sus-tentabilidade no dia-a-dia fo-ram a tônica da palestra dodoutor em marketing estraté-

gico Sérgio Lovatto, que tam-bém é construtor e lecionaaos futuros corretores deimóveis que fazem o curso su-perior de Gestão Imobiliáriana Universidade Caixas do Sul(UCS).O que precisa mudar éo comportamento da socie-dade como um todo. O cor-retor tem que ser o guia des-sa nova sociedade, mostrar ocaminho do desenvolvimento

sustentável para as pessoas.Se ele praticar pequenasações a cada dia, certamentefará a diferença no futuro denosso Planeta.Afinal, como jádisse o poeta Fernando Pes-soa,“tudo vale a pena se a al-ma não é pequena", deu a re-ceita e mostrou os ingredien-tes. "Façam isso e daqui a doisou três anos,estarão orgulho-sos do resultado".

Receita de Sustentabilidade

Quando vender um imóvel, oriente o cliente na distribuição de sua mobília. Geladeira sob os raios de luz gasta mais ener-gia e nao coloque a geladeira perto de eletrodomésticos que produzam calor, como por exemplo o fogão ou um forno elétri-co, pois há um desperdício de energia nesses casos;

Se o cliente estiver construindo, informe-o sobre as tecnologias sustentáveis, que fazem bem ao meio ambiente e ao seubolso: torneiras e iluminação que funcionam com sensores, sanitários com descarga para sólido e líquido, entre outras. E nãocusta lembrá-lo de que o projeto arquitetônico pode privilegiar a iluminação e ventilação natural. Se puder implantar o usoda energia solar e reutilização das águas das chuvas, melhor ainda;

Sempre que estiver assessorando uma construtora, um arquiteto ou engenheiro, incentive-a a implantar, ao menos, umatecnologia verde em seus projetos;

Lembre seu cliente que o uso de material de demolição, além de ser atual e esteticamente bonito, é uma prática susten-tável;

No mercado, já existem: vidro que retém menos calor e, com isso, traz economia no uso do ar condicionado, madeiracom certificação, que garante que sua produção e extração causam impacto mínimo no meio ambiente. Espalheisso a seus clientes;

Adira à coleta seletiva: mobilize todos em seu condomínio a separar o lixo e incentive seus clientes afazerem o mesmo;

Faça um compromisso consigo mesmo: fale sobre a sustentabilidade pelo menos uma vez ao mês acrianças ou grupos da comunidade;

Plante 10 árvores a cada ano. Em uma década, teremos uma considerável área verde renovada.

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Bioma Cerrado Património Nacional

Autografe esta idéiaAmeaçado, Cerrado ganha parceiros na luta contra sua extinção. E você pode dar suacontribuição. Participe do abaixo-assinado promovido para acelerar a votação de emendaconstitucional que o transforma em patrimônio nacional.

Com uma extensão dedois milhões de metros qua-drados, o Cerrado ocupa umquarto do território nacional,é o segundo maior bioma bra-sileiro e está presente em to-das as regiões do País. Com5% de toda a diversidade doPlaneta, é a savana mais ricaem espécies animais e vege-tais no mundo. Apresentamais de 11 mil espécies deplantas e está entre as maio-res diversidades ecológicascom maior poder medicinal,de acordo com o pesquisadorda Universidade de Brasília(UNB), Jader Marinho Filho.

Do ponto de vista hídrico,é considerado o berço daságuas brasileiras, pois nelenascem as seis mais impor-tantes nascentes e afluentesdos principais mananciais doBrasil - a saber alguns deles:os Rios São Francisco,Tocan-tins e Paraná. No entanto, es-sa riqueza corre o sério riscode se perder pela falta de leisque a protejam. Nos últimos50 anos, 80% da coberturaoriginal foi desmatada, e os 20% restantes estão sob ameaçadiante da expansão do agro-negócio exportador. Atual-mente o nível de desmata-mento do Cerrado é duas ve-zes superior ao da Amazônia.

Na Constituição Federalaprovada em 1988, os biomas

Amazônia, Mata Atlântica ePantanal foram reconhecidoscomo patrimônio nacional,assim a exploração indiscri-minada dessas áreas se tor-nou proibida por lei. Entre-tanto, o Cerrado não. Em1995, o deputado Pedro Wil-son propôs na Emenda Cons-titucional 115/150 o reco-nhecimento do Cerrado e daCaatinga como patrimôniosnacionais, porém até hoje nãofoi votada.

Com o objetivo de, pormeio da pressão exercidapela sociedade, conseguir aaprovação da Emenda quetorna os biomas Cerrado eCaatinga patrimônio nacio-nal, a equipe do ProgramaTrilhas do Brasil está mobili-zando o povo goiano com a

campanha "Bioma Cerrado -Patrimônio Nacional! Abraceesta idéia!". Lançada em ou-tubro de 2007, tem o objeti-vo de fazer um abaixo-assi-nado para sensibilizar oCongresso Nacional a darmais atenção à questão.

O Programa Trilhas doBrasil é comandado pelosjornalistas Rosângela Aguiar eÁlvaro Duarte, e tornou-sereferência em conscientiza-ção ambiental por desenvol-ver atividades que incluem einformam a sociedade dosproblemas e das alternativaspara a sustentabilidade.

"Temos o objetivo de co-letar 1 milhão de assinaturas,e mostrar assim que além deuma necessidade, a aprovaçãodessa emenda é uma vontade

popular", afirma Álvaro Duar-te, jornalista que comanda oprograma juntamente comsua colega de profissão e es-posa, Rosângela Aguiar.

Juntos, eles são o casal20 da sustentabilidade. Háseis anos no ar veiculadopela TV Serra Dourada, oTrilhas do Brasil realiza tam-bém ações que explicam pa-ra a população a importân-cia da aprovação destaemenda no Congresso Na-cional e porque é necessáriaa implantação de políticasde desenvolvimento susten-tável para a Caatinga e oCerrado. Nas diversas açõesrealizadas pelo programa, jáforam coletadas mais de 30mil assinaturas.

Diversas empresas e ór-gãos governamentais apóiama iniciativa do programa Tri-lhas do Brasil. Dentre elas, oCreci de Goiás, que implan-tou um posto de coleta deassinaturas em sua sede. Ve-nha dar o seu autógrafo. Aaprovação no Congresso Na-cional garante a estes biomasmais recursos para o desen-volvimento de estudos, pes-quisas e projetos que poten-cializem o uso correto dosrespectivos recursos naturaisencontrados nessas áreas.Seja consciente, diga sim aofuturo do Cerrado.

Sua assinatura pode preservar este patrimônio natural, seja consciente

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Perfilando

Desembarquede sortePaulista comemora em outubro 30 anos deatuação no mercado imobiliário goiano.Conheça a história de Afonso Rodrigues Molina,um homem que viveu a expansão urbana dacapital e aprendeu a indicar o endereço certopara negócios que desejam crescer.

Hugo Faria e Raquel Pinho

Natural de Franca, o pau-lista Afonso Rodrigues Molinadesembarcou em Goiânia em1973 com a missão de expan-dir os negócios de uma em-presa de turismo de seu Esta-do por aqui. Chegou a Goiáscheio de projetos, sedento pa-ra inovar nas ações mercado-lógicas, utilizar mais o marke-ting nas ações promocionais,promover o intercâmbio deconhecimento entre profissio-nais daqui e São Paulo, enfim,fazer tudo o que hoje as em-presas de qualquer ramo sa-bem que é imprescindível parasua sobrevivência, mas naque-la época ignoravam.

"Eu senti que havia umacerta recusa do segmentoem relação ao que eu queriaimplantar, foi uma época mui-to difícil", lembra-se. Mas aquijá estava e vislumbrou na jo-vem capital de Goiás umachance de prosperar na vida.E como já comprovaram asleis da Física Quântica, na vi-da tudo é uma questão de re-ciprocidade e de atração.Aconteceu que nesse perío-

do turbulento, Molina conhe-ceu a família Bufaiçal. Depoisde vender uma passagem aé-rea a Marcos, o filho do pio-neiro do mercado imobiliárioElias Bufaiçal, os dois torna-ram-se amigos. Da amizade,resultou um convite para tra-balhar na imobiliária do pai,na época, a maior importantede Goiânia.Depois de muitosconvites, ele aceitou. E aca-bou tomando gosto pela coi-sa. "Mergulhei de cabeça.Desde o início gostei da pro-fissão e atuo por amor atéhoje", disse.Após cinco anos,fundou em outubro 1978 suaprópria empresa, a MolinaImóveis, especializada emoperar na implantação e ven-da de loteamentos.

Nem todos se dão conta,mas nestes 30 anos, foi o tra-balho de sua empresa queajudou a consolidar bairrosde Goiânia, onde vivem mi-lhares de pessoas e por ondetransitam outras milhares.Setores como Vila Brasília,Jardim Guanabara, Vila Boa,Parque Real, Parque Amazô-

nia, Jardim Europa, ParqueJardim Petrópolis,Vale do Solforam consolidados graças aMolina e seus corretores declientes, que de sol a sol, deargumento em argumento,convenceram pessoas queestes eram bons lugares paraconstruírem suas vidas.

"Fiz parte de aproximada-mente 40 loteamentos. Agente vendia o lote em 60meses e ainda dava o materialde construção. Foi isto quefez a cidade crescer", diz ele,fazendo menção ao boom po-pulacional da capital planejadapara 50 mil habitantes. Nosanos 50, Goiânia já atingira os53 mil habitantes, quase tripli-cando a população no final dadécada em função da constru-ção de Brasília (153 mil). Che-gou a 1970 a 385 mil habitan-tes e, nesta década, quandoatuava Molina na venda de lo-teamentos, a população che-gou a 817 mil em 1980.

O tempo se encarregouem mudar o perfil da capitale, junto com ela, o mercadoimobiliário evoluiu.A empre-

sa de Afonso Molina tam-bém: não se limitou a tão-so-mente vender imóveis. AMolina Imóveis tornou-seuma promotora de negócios,oferecendo consultoria a cli-entes que desejam planejar edimensionar seu posiciona-mento no mercado.

Afonso Molina explicacomo funciona sua atuação:"Primeiro, nós fazemos umlevantamento financeiro doestabelecimento comercialpara ver a estrutura do em-preendimento. Depois faze-mos uma mini-auditoria, inloco.Analisamos o perfil soci-oeconômico dos habitantesdaquela região, o tráfego decarros e pedestres, o tipo decomércio mais atuante, o ca-pital necessário para fazer al-gumas reformas, ou umasimples troca de equipamen-tos de lugar, etc. Então, dis-ponibilizamos para o nossocliente um estabelecimentocomercial competitivo, sejaele uma lanchonete ou umaindústria de avião".

Neste novo ramo de

O trabalho de Afonso Molina contribuiu para a consolidação de váriosbairros da capital

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Quando o Creci de Go-iás, com o apoio do Conse-lho Federal dos Corretoresde Imóveis (Cofeci), plane-jou o crescimento qualitati-vo da profissão, há 10 anos,momento em que o cursosuperior para a categoria foidesenhado, os líderes domercado imobiliário já es-peravam por esta manche-te. Era quase uma utopia.Ameta era que o corretor deimóveis investisse em suaformação de maneira as-cendente e que a fome peloconhecimento permaneces-se insaciável.

Hoje, o sonho começa ase tornar realidade. Em Goi-ânia,um corretor de imóveisgraduado pelo curso superi-or de ciências imobiliáriaschegou ao mestrado - e eleé o primeiro desta safra. Seunome é Renato Faria, núme-ro de inscrição 7997. "O co-nhecimento é curioso.Quanto mais estudamos,mais percebemos que temosa aprender", diz ele, que é

mestrando em Planejamen-to Urbano-Territorial minis-trado pela Universidade Ca-tólica de Goiás (UCG.

A trajetória deste profis-sional ilustra bem a mudançado perfil da categoria na últi-ma década. Renato Faria co-meçou na atividade imobiliá-ria ilegalmente, em 1994.Pouco tempo depois, foi au-tuado.Mas recebeu do presi-dente do Creci de Goiás,Oscar Hugo Monteiro Gui-marães,uma bolsa para fazero curso Técnico em Transa-ções Imobiliárias no Senac.

"O curso que fiz foi pre-sencial, durou dois anos eum mês. Fiquei orgulhoso daformatura, que contou como ministro Elias Bufaiçal, quefoi um grande empresáriodo setor imobiliário, o presi-dente do Creci e o coorde-nador de fiscalização que meautuou", lembra-se.

Foi provar do doce paraquerer mais. "Vender porvender já não me satisfaziamais. Eu queira saber mais,

entender os projetos dos pro-dutos que oferecia a meus cli-entes, da avaliação de preço,do impacto do empreendi-mento para a cidade e assimpor diante", disse.

Logo quando o curso su-perior de ciências imobiliáriasfoi implantado pela Universi-dade Estadual de Goiás(UEG), em 2001, Renato Fariaestava na sala de aula de novo.Ele foi, inclusive, um dos líde-res do Centro Acadêmico desua época e exerceu influênciana turma para que acreditas-sem no investimento em co-nhecimento. E agora, chegouao mestrado.

"De repente, o que euaprendi no curso de ciênciasimobiliárias começou a serpouco. Quis ampliar horizon-tes", complementa Faria, quehoje dedica-se ao estudo daregião metropolitana de Goiâ-nia em busca de soluções e al-ternativas para que o cresci-mento da metrópole nãocomprometa a qualidade devida. Que venha o doutorado.

atuação, a Molina Imóveis,instalada em uma modestasede no Setor Jardim Améri-ca, provou que nem semprea competência está estampa-da em luxuosos escritórios.A empresa foi responsávelpela implantação de aproxi-madamente 70 farmácias,350 padarias, 450 restauran-tes, entre eles o "Picanha naTábua", localizado na NovaSuíça, e o "Cateretê", no Se-tor Bueno.

Grandes negócios tambémfazem parte de seu portifólio,como a instalação da Vipal emGoiás, hoje localizada na BR-153, onde funcionava a Recapa-gem Americana. "Foi uma nego-ciação muito difícil, muito com-plicada em função de dívidasmonstruosas da RecapagemAmericana. Nós viabilizamos is-so tudo com o Ministério Públi-co e assim trouxemos para Go-iás a Vipal, que é uma das maio-res empresas do Brasil na áreade pneus, borracha e recapa-gem",destaca.

Além de Goiânia,a empresaatua no triângulo mineiro, comdestaque para Uberlândia eUberaba e o próximo passodesta pequena gigante do mun-do corporativo é atuar em todoBrasil, em cidades com popula-ção acima de 500 mil habitantes.O projeto só encontra um obs-táculo:"a falta de material huma-no qualificado".

Ele próprio já formouvários profissionais durantetodo este tempo. Gente queaprendeu o ofício, que cres-ceu e apareceu. "Sempretentei estimular que meusprofissionais acreditassemno potencial do mercado.Por que nós, corretores deimóveis, vendemos a cidade,não se trata apenas de umimóvel apenas. Nós vende-mos uma idéia, um projeto,um sonho", disse.

Corretor de imóveischega ao mestrado

Com a turma do curso superior

Orador na formatura de TTI, que EliasBufaiçal entre as autoridades

Renato Faria: corretor de imóveis mestrando

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Luiz FernandoPinto BarcelosVice-presidente adjuntode avaliação imobiláriado Conselho Federal deCorretores de Imóveis.

* Artigo publicado naRevista Construção eMercado de julho de2008.

Capacidadetécnica elegalidade

Quando se fala em avaliar um imóvel, saber seu valor de mer-cado, vem logo a idéia de consultar um corretor de imóveis. É in-discutível que o profissional conhecedor do mercado imobiliárioé o corretor de imóveis.Até os engenheiros, quando realizam ava-liações, procuram as informações nas imobiliárias e em seus anún-cios de imóveis à venda.

As entidades de classe ligadas aos engenheiros, entretanto,têm reinvidicado a exclusividade na realização de avaliações deimóveis aos profissionais de engenharia.A Lei 5.194/66, que regu-lamenta a profissão de engenheiro, inclui, entre outras de suasatribuições, a de realizar avaliações. Não estabelece a exclusivida-de. Esta surge quando a ABNT (Associação Brasileira de NormasTécnicas), por meio de sucessivas normas quedisciplinam a matéria de avaliações de bens eimóveis, das quais as vigentes são as da sérieNBR 14653, define avaliação de imóveis e lau-do de avaliação como trabalhos realizados por"engenheiro de avaliações". O Código de De-fesa do Consumidor (Lei 8.078/90, art.39,VIII)estabelece a obrigatoriedade de atenção àsnormas da ABNT em qualquer venda de pro-duto ou serviço, ratificando a exclusividade daemissão de laudos de avaliação de imóveis pe-los profissionais de engenharia:Art.39. É veda-do ao fornecedor de produtos ou serviços,dentre outras práticas abusivas: (...) VIII - colocar, no mercado deconsumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com asnormas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se nor-mas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Nor-mas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conmetro(Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade In-dustrial).

Acontece, entretanto, que a Lei 6.530/78, que regulamenta aprofissão de corretor de imóveis, dispõe, em seu artigo 3°, que"compete ao corretor de imóveis exercer a intermediação nacompra, venda, permuta e locação de imóveis, podendo, ainda, opi-nar quanto à comercialização imobiliária".

Voltando à norma NBR 14653-1, da ABNT, encontramos a de-finição de Parecer Técnico: "Relatório circunstanciado ou esclare-

cimento técnico emitido por um profissional capacitado e legal-mente habilitado sobre assunto de sua especialidade". O corretorde imóveis devidamente inscrito no conselho fiscalizador doexercício profissional, o Creci (Conselho Regional de Corretoresde Imóveis) de sua região, é um profissional capacitado e legal-mente habilitado (Lei 6.530/78) e o mercado imobiliário é sua es-pecialidade.

A opinião sobre comercialização imobiliária, como previstoentre suas atribuições profissionais, apresentada por escrito, emforma de relatório circunstanciado, é um parecer técnico de va-lor de mercado do imóvel. Há competência legal, portanto, paraos corretores de imóveis emitirem pareceres técnicos sobre o

valor de mercado dos imóveis.No que diz respeito às normas para

Laudos de Avaliação e Pareceres Técnicos,as normas da ABNT da série 14653 estabe-lecem regras para conteúdo mínimo e me-todologia dos trabalhos avaliatórios realiza-dos por engenheiros de avaliação e apre-sentados sob a forma de Laudos de Avalia-ção. Para os Pareceres Técnicos, não há re-gramento algum.

O Cofeci (Conselho Federal de Corre-tores de Imóveis), preocupado com a quali-dade dos Pareceres Técnicos emitidos pe-

los corretores de imóveis, editou a Resolução-Cofeci número1.066/2007, dispondo sobre o conteúdo mínimo e a forma deapresentação desses trabalhos, adotando a denominação de Pare-cer Técnico de Avaliação Mercadológica.

Para emitir pareceres técnicos de valores de mercado, os cor-retores de imóveis devem empregar, tão-somente, o métodocomparativo direto de dados de mercado. Outros métodos ava-liatórios exigem conhecimentos que não estão incluídos no con-teúdo programático mínimo dos cursos de Técnico em Transa-ções Imobiliárias.

Pode, assim, o corretor de imóveis, emitir o Parecer Técnicode Avaliação Mercadológica, onde expressa sua opinião com rela-ção ao valor de mercado de um imóvel, de forma fundamentada,metódica e revestida de legalidade.

Artigo *

Para emitir parecerestécnicos de valoresde mercado, oscorretores de imóveisdevem empregar, tão-somente, o métodocomparativo diretode dados de mercado.

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soci

al CorretoraAmbientalista 2008

Com um total de 150pontos, Oleida Rodrigues é aCorretora Ambientalista2008, título conferido peloPrograma de EducaçãoAmbiental (PEA) doCreci de Goiás. A reve-lação aconteceu durante oFórum do DesenvolvimentoImobiliário e o critério deseleção foi a participação noseventos do PEA promovidosdesde junho do ano passado.Esta profissional do mercadoimobiliário, só faltou a um dosdois dias do "Curso deReaproveitamento do LixoDoméstico", realizado emoutubro de 2007. No mais,participou de todas as ativi-dades: da palestra de lança-mento do programa comJosé Antônio Marengo, Ph.Dem Meteorologia e um dos10 representantes brasileirosno colegiado que elaborou orelatório do Painel Inter-governamental em Mudançado Clima (IPCC); da palestracom o promotor de justiçaMaurício Nardini; palestracom o presidente da Agência

Municipal de MeioAmbiente, Clarismino LuizPereira Júnior; da ação deplantio de mudas realizadano Parque Areião; dapalestra com o arquitetoLuiz Fernando Cruvinel.Neste ano, compareceu àspalestras sobre Código deEdificações, Lei do Grau deIncomodidade e ParâmetrosUrbanísticos, Lei da Outorga

Onerosa, além do Fórum doDesenvolvimento Imobili-ário Sustentável, é claro.Como prêmio por seu enga-jamento, ganhou o título euma viagem para PortoSeguro com todas as despe-sas pagas e direito a a-companhante. Conheça umpouco mais esta embaixatrizda sustentabilidade no mer-cado imobiliário.

Por Hugo Faria

Por que escolheu sercorretora de imóveis?Sempre gostei de vender, desentir aquela sensação boa aoconcretizar um bom negócio,por isso resolvi ir para o mer-cado imobiliário e ser corre-tora de imóveis.

Você acabou de ganharo prêmio CorretoraAmbientalista 2008.O quevocê faz no dia-a-dia para

contribuir com a preser-vação da natureza? Passoaos meus clientes os cuidadosque devemos ter com o meioambiente. Como trabalho nodepartamento de chácaras,destaco para eles a importân-cia da preservação das áreasverdes, que evitem queimadas,a importância da reciclagem,entre outras coisas.

Como embaixatriz domeio ambiente, qual é orecado que você deixa

para seus colegas deprofissão? Temos que unirnossas forças e caminharmosna mesma direção, semprecuidando do nosso lar maior,que é o planeta.Aprendemosmuito em todos os eventosdo Creci-GO, agora temos aconsciência que nós correto-res podemos contribuir paraa preservação do meio ambi-ente e conseqüentemente,proporcionar as pessoas umamelhor qualidade de vida.

PERFILNome: Oleida Rodriguesda SilvaIdade: 38 anosImobiliária onde trabalha:Máximo ConstrutoraTempo de profissão: 4anosMaior venda: "MáximoParque", em dezembro2007Ser CorretoraAmbientalista 2008 é:Uma honra muito grande.Entre 600 pessoas, ganharesse prêmio foi especial.

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Casa nova (nova sede sindimóveis)Em breve, o Sindimóveis irá se mudar para nova sede, no

Jardim Goiás.A área já foi adquirida e, no dia da oficializaçãodo negócio, mereceu este registro. Na foto, a diretoria da

casa juntamente com o tabelião Adriano Artiaga.

Alegria, alegriaGrupo de teatro Bastet foi responsável pelo

encerramento do Fórum do Desenvolvimento ImobiliárioSustentável com clima de gargalhada. Na foto, os artistascom as organizadoras do evento,Thaysa Mazzarelo e RaquelPinho.

Reconhecimento Conselheiros do Creci-GO aplaudem o fotojornalista

Hélio de Oliveira por ter recebido a Comenda Colibri deEsmeralda, a mais alta condecoração do Conselho.

TroféuCorretores de imóveis do interior entregam ao jornalista

Washington Novaes o troféu do Fórum do DesenvolvimentoImobiliário Sustentável.

Nacional Quem também recebeu a Comenda Colibri de

Esmeralda foi João Teodoro da Silva, presidente do Cofeci. Ogrande parceiro do Creci-GO foi homenageado na abertura

do Fórum do Desenvolvimento Imobiliário Sustentável napresença da diretoria do Cofeci e do Creci-GO.

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Fiscalização

1º lugar no ranking nacionalA fiscalização do Creci de

Goiás conquistou o primeirolugar no pódio do ranking na-cional de produtividade dafiscalização, realizado pelaDiretoria Nacional de Fiscali-zação do Conselho Federalde Corretores de Imóveis(Cofeci). O balanço de de-sempenho de todos os Cre-cis do Brasil foi divulgado nasemana passada. A média dedocumentos lavrados por fis-cal no Creci de Goiás foi de10,9 por dia.A média do Paísé de 5,36.

O bom desempenho dafiscalização goiana é fruto deestratégias criadas nos últi-mos meses como a e-fiscaliza-ção. "Os maiores beneficiados

desta conquista são o merca-do e a sociedade, que contamcom mais organização e regu-laridade nas operações imobi-liárias", salienta o presidente

do Creci de Goiás, Oscar Hu-go Monteiro Guimarães.

A função primordial dosConselhos é a fiscalização. Oranking nacional foi criado

em julho de 2007 com obje-tivo de estimular a produtivi-dade entre os fiscais de todoo País. Confira o desempe-nho geral no gráfico.

Creci traça estratégiasem prol do mercadoimobiliário rural

Convidados pelo Crecide Goiás, corretores de imó-veis rurais se reuniram, nasemana passada, com a equi-pe de fiscalização e o presi-dente do Conselho, OscarHugo Monteiro Guimarães,com a meta de tratar estra-tégias para melhorar o ambi-ente do negócio imobiliáriorural.

Durante uma tarde, oConselho ouviu as principaisqueixas que atrapalham asnegociações dos corretoresde imóveis rurais. Entre elas,

estão a dificuldade de se ob-ter a exclusividade de vendados proprietários, o respeitoà tabela de honorários etambém a contravenção.

"Precisamos da ajuda doCreci", disse Wilson BarboSiqueira, de Jaraguá. Ao querespondeu o presidente Os-car Hugo: "foi por isso quenós o chamamos aqui". Ameta do Conselho é traçarnovas estratégias para resol-ver tais problemas: campa-nhas educativas, estímulo pa-ra que cada município tenha

ao menos um corretor deimóveis e reunião com ossindicatos rurais serão algu-mas das ações desenvolvi-das. Para levar mais qualifica-

ção ao profissional da área,em janeiro de 2009, o Crecide Goiás realizará o Seminá-rio do Negócio ImobiliárioRural.

Presidente do Creci, acompanhado do assessor jurídico e do coordenadorde fiscalização, ouviu as solicitações dos corretores de imóveis rurais

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O jornalista WashingtonNovaes concede entrevista àTV Fonte da Vida noFórum do DesenvolvimentoImobiliário Sustentável, emmais um evento promovidopelo Programa de educação

Ambiental do Creci-Go, dia18 de junho.

No caderno de Imóveis dojornal "O Popular", dia 1° dejulho, foi divulgada a proibiçãopela Caixa Econômica

Federal, da cobrança obri-gatória de honorários destina-dos aos corretores deimóveis. O presidente OscarHugo explicou que o con-vênio da entidade com aCaixa encerrou em 2004, eressaltou que o papel doCreci-Go é o de fiscalização.

Em entrevista concedida arádio CBN Anhanguera,dia 29 de maio, o coorde-nador de fiscalização doCreci-Go falou sobre adenúncia encaminhada pelaentidade sobre um loteamen-to clandestino próximo aoCampus Samambaia. A RádioDifusora AM e a TV BrasilCentral também repercuti-ram o fato.

Cre

ci n

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ídia

No segundo trimes-tre de 2008, o ConselhoRegional de Corretoresde Imóveis conquistouum destaque na mídiaprincipalmente devidoaos projetos sustentá-veis e a conseqüentepreocupação com omeio ambiente. O bommomento no mercadoimobiliário em Goiâniae a sempre atuante fis-calização da entidadetambém estiveram namídia.

Ao todo, foram 52participações na im-prensa goiana. Confira,ao lado, as principaismanchetes.

29 matérias publica-das em veículos impres-sos.

15 matérias exibidaspela televisão.

8 entrevistas conce-didas a rádios.

Em matéria publica-da no Diário daManhã, dia 11 dejunho, o Corretor deImóveis AntônioZayeck e o presidentedo Creci-Go, OscarHugo Monteiro, mos-tram a nova tendênciado mercado imobi-liário goiano, que alia oconforto e a qualidadede vida com a preser-vação ambiental.

Em entrevista para ocaderno especial "VidaUrbana" do jornal "OPopular", dia 13 de maio,Oscar Hugo falou sobrea segurança e o retornogarantidos ao se investirna compra de lotes eterrenos. Os bairrosJardim América e ParqueAmazônia foram citadospelo presidente doCreci-Go como locaisque apresentam umaboa possibilidade deretorno.

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para

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Quando me amei deverdade, compreendi que emqualquer circunstância, euestava no lugar certo, nahora certa, no momentoexato.

E então, pude relaxar.

Hoje sei que isso temnome...Auto-estima.

Quando me amei deverdade, pude perceber queminha angústia, meusofrimento emocional, nãopassa de um sinal de queestou indo contra minhasverdades.

Hoje sei que issoé...Autenticidade.

Quando me amei deverdade, parei de desejarque a minha vida fossediferente e comecei a verque tudo o que acontececontribui para o meucrescimento.

Hoje chamo isso de...Amadurecimento.

Quando me amei de

verdade, comecei a percebercomo é ofensivo tentarforçar alguma situação oualguém apenas para realizaraquilo que desejo, mesmosabendo que não é omomento ou a pessoa nãoestá preparada, inclusive eumesmo.

Hoje sei que o nome dissoé... Respeito.

Quando me amei de verdadecomecei a me livrar de tudoque não fosse saudável...Pessoas, tarefas, tudo equalquer coisa que mepusesse para baixo. De iníciominha razão chamou essaatitude de egoísmo.

Hoje sei que se chama...Amor-próprio.

Quando me amei deverdade, deixei de temer omeu tempo livre e desisti defazer grandes planos,abandonei os projetosmegalômanos de futuro.

Hoje faço o que acho certo,o que gosto, quando quero e

no meu próprio ritmo.

Hoje sei que isso é...Simplicidade.

Quando me amei deverdade, desisti de querersempre ter razão e, comisso, errei muitas menosvezes.

Hoje descobri a...Humildade.

Quando me amei deverdade, desisti de ficarrevivendo o passado e depreocupar com o futuro.Agora, me mantenho nopresente, que é onde a vidaacontece.

Hoje vivo um dia de cadavez. Isso é... Plenitude.

Quando me amei deverdade, percebi que minhamente pode me atormentare me decepcionar. Masquando a coloco a serviçodo meu coração, ela se tornauma grande e valiosa aliada.

Tudo isso é... Saber viver!!!

Quando me amei de verdade

Kim e Alison McMillen

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