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Evento reúne mais de 200 participantes para discutir projetos de pontes e grandes estruturas S ucesso comprovado, o IV Con- gresso Brasileiro de Pontes e Estruturas reuniu mais de 200 participantes nos dias 4 e 5 de abril de 2011, em São Paulo (SP), na Brazil Road Expo 2011 - Evento Internacional de Tecnologia em Pavimentação e Infraestrutura Viária e Rodoviária. Promovido pela ABECE e pela ABPE (Associação Brasileira de Pontes e Estruturas), o evento trouxe à discussão, por intermédio de palestras proferidas por renoma- dos expoentes internacionais e de profissionais de reconhecida atuação no cenário nacional, as- suntos pertinentes às áreas de pesquisa e aplicação, envolven- do projeto, construção, recupe- ração e reforço de pontes, está- dios, edifícios, indústrias, portos, barragens e fundações. Além disso, debates e mesas-re- dondas possibilitaram a discussão sobre normalização, experimen- tação, análise e dimensionamento de estruturas de concreto armado e protendido, metálicas, de ma- deira e de alvenaria. “Promover um evento deste porte em parceria com a ABPE é motivo de satisfação para a ABECE, pois vem atender à necessidade de constante conhecimento e atualização neste importante setor da engenharia de estruturas”, ressalta o eng. Eduardo Barros Millen, presidente da ABECE. O IV Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas foi patrocinado pela Alga Brasil, Berd, CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço), Gerdau, Protende, Rohr, S&P, MAC Protensão, Engeti, Multiplus, Cassol, SAE e TQS Informática, e contou com o apoio institucional da ABCIC (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto), Asbea (Associação Brasileira dos Escritó- rios de Arquitetura), Clube de En- genharia, CTE (Centro de Tecnologia e Edificações), EPUSP (Escola Poli- técnica da Universidade de São Paulo), Ibracon (Instituto Brasileiro do Concreto), Editora Pini, Secovi/SP (Sindicato das Empresas de Com- pra, Venda, Locação e Adminis- tração de Imóveis Residenciais e Co- merciais de São Paulo) e Sinaen- co (Sindicato Nacional das Empre- sas de Arquitetura e Engenharia Consultiva). Ano 15 - Nº 84 – mar/abr 2011 Abertura do Congresso, no dia 4 de abril, contou com os pronunciamentos (da esq.p/dir.) de Júlio Timerman (vice-presidente da IABSE- International Association for Bridge and Structural Engineering), Gilberto do Valle (presidente da ABPE), Eduardo B. Millen (presidente da ABECE) e Cátia Mac Cord (superintendente do CBCA e do Instituto Aço Brasil) Curso de formação de desenhistas de estruturas de concreto ABECE na Brazil Road Expo 2011 3 a7 Mais 15 novos associados 11 13 INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA E CONSULTORIA ESTRUTURAL ABECE 84.indd 1 ABECE 84.indd 1 25.04.11 08:38:44 25.04.11 08:38:44

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Evento reúne mais de 200 participantes para discutir projetos de pontes e grandes estruturas

Sucesso comprovado, o IV Con-gresso Brasileiro de Pontes e

Estruturas reuniu mais de 200 participantes nos dias 4 e 5 de abril de 2011, em São Paulo (SP), na Brazil Road Expo 2011 - Evento Internacional de Tecnologia em Pavimentação e Infraestrutura Viária e Rodoviária.

Promovido pela ABECE e pela ABPE (Associação Brasileira de Pontes e Estruturas), o evento trouxe à discussão, por intermédio de palestras proferidas por renoma-dos expoentes internacionais e de profissionais de reconhecida atuação no cenário nacional, as-suntos pertinentes às áreas de pesquisa e aplicação, envolven-do projeto, construção, recupe-ração e reforço de pontes, está-

dios, edifícios, indústrias, portos,barragens e fundações.

Além disso, debates e mesas-re-dondas possibilitaram a discussãosobre normalização, experimen-tação, análise e dimensionamento de estruturas de concreto armado e protendido, metálicas, de ma-deira e de alvenaria.

“Promover um evento deste porte em parceria com a ABPE é motivo de satisfação para a ABECE, pois vem atender à necessidade de constante conhecimento e atualização neste importante setor da engenharia de estruturas”, ressalta o eng. Eduardo Barros Millen, presidente da ABECE.

O IV Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas foi patrocinado pela

Alga Brasil, Berd, CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço), Gerdau, Protende, Rohr, S&P, MAC Protensão, Engeti, Multiplus, Cassol, SAE e TQS Informática, e contou com o apoio institucional da ABCIC (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto), Asbea(Associação Brasileira dos Escritó-rios de Arquitetura), Clube de En-genharia, CTE (Centro de Tecnologia e Edificações), EPUSP (Escola Poli-técnica da Universidade de SãoPaulo), Ibracon (Instituto Brasileiro do Concreto), Editora Pini, Secovi/SP(Sindicato das Empresas de Com-pra, Venda, Locação e Adminis-tração de Imóveis Residenciais e Co-merciais de São Paulo) e Sinaen-co (Sindicato Nacional das Empre-sas de Arquitetura e Engenharia Consultiva).

Ano 15 - Nº 84 – mar/abr 2011

Abertura do Congresso, no dia 4 de abril, contou com os pronunciamentos (da esq.p/dir.) de Júlio Timerman (vice-presidente da IABSE- International Association for Bridge and Structural Engineering), Gilberto do Valle (presidente da ABPE), Eduardo B. Millen (presidente da ABECE) e Cátia Mac Cord (superintendente do CBCA e do Instituto Aço Brasil)

Curso de formação de desenhistas de estruturas de concreto

ABECE na Brazil Road Expo 20113 a 7 Mais 15 novos

associados11 13

INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA E CONSULTORIA ESTRUTURAL

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2 ABECE INFORMA Ano 14 Nº 84

No primeiro editorial que escrevi neste espaço, no início da gestão do presidente Marcos Monteiro

(2008), com o título “Temos que crescer”, expus que a nossa associação estava consolidada e preparada para um momento de crescimento expressivo nos próximos anos.

Hoje volto a ocupar este espaço para demonstrar o que conseguimos concretizar em termos de aumento significativo do nosso quadro de associados, bem como das novas ações e serviços que a ABECE está disponibilizando aos mesmos.

Na gestão 2008-2010, ingressaram na ABECE 108 associados, entre novos e ex-integrantes que retornaram à associação, contemplados em quase todas as nossas regionais. Foram criadas duas novas delegacias regionais (SC/Leste e Goiânia) e, mais recentemente, na atual gestão, foi formalizada a de Natal. Estamos trabalhando para constituir as delegacias regionais de Londrina, Porto Velho, Maceió, Aracajú e São Luis.

O ritmo de crescimento na gestão 2010-2012 continua na mesma média da gestão anterior, pois já ingressaram, até o momento, 34 associados (entre novos e retornados). Em função da forte atuação de nossa associação, também tivemos, nos últimos anos, a adesão de vários novos associados colaboradores, como a Lajeal, Hilt, Mills, Abcic, Doka, Bentley, T&A, MC-Bauchemie, Nemetschek Scia e Construquímica.

Com relação às novas ações implantadas pela ABECE, destacam-se as transmissões on-line dos encontros mensais que são realizados na sede da entidade, em São Paulo (SP), todas as últimas quartas-feiras de cada mês. A cada nova transmissão, temos tido um maior número de participantes nas regionais e núcleos de associados, sendo que estamos transmitindo para mais de 20 localidades do Brasil.

Outra importante iniciativa foi a criação do grupo ABECE Inovação, formado por novos talentos da engenharia estrutural que desenvolverão atividades que visam, principalmente por intermédio da atuação nas universidades, a integração dos novos engenheiros na gestão da nossa associação, preparando-os para darem continuidade ao trabalho das gestões que os precederão.

A ABECE também vem investindo muito na atualização continuada e temos, neste ano, uma agenda extensa, iniciando com o IV Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas (em parceria com a ABPE), o Workshop na Concrete Show South America e, finalmente, o já tradicional ENECE, que, a cada ano, reúne mais participantes.

Além disso, a associação continua levando cursos de atualização técnica às suas delegacias regionais e um dos cursos mais solicitados é o ministrado pelo eng. Alio Kimura intitulado Cálculo de Pilares de Concreto Armado. O curso de pós-graduação sobre patologias nas obras civis, promovido pelo Instituto Idd, tem o apoio da ABECE e está sendo realizado na sede da associação.

Como forma de integração e valorização dos profissionais da área, não podemos deixar de destacar o já consagrado Prêmio Talento Engenharia Estrutural e o descontraído Destaques ABECE (mais conhecido como PUFA!).

Um novo e atraente serviço que a ABECE está disponibilizando aos seus associados é o Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Depois de muitos anos de trabalho do Grupo de Valorização Profissional, chegamos a um produto que se mostra adequado à nossa atividade.O primeiro grupo de vinte escritórios a contratar o seguro já foi formado e estamos na composição do segundo grupo. Para mais informações a respeito, basta acessar o nosso site ou entrar em contato por intermédio do e-mail [email protected].

Estas são algumas ações que justificam o contínuo crescimento da ABECE. Sem dúvida, a participação de todos é sempre bem-vinda para que reforcemos e possamos fazer valer, cada vez mais, a importância da valorização profissional do engenheiro de estruturas.

José Luiz V. C. VarelaDiretor de Relacionamento

O crescimento da ABECE, resultado das suas ações

EDITORIAL

Av. Brigadeiro Faria Lima, 1993 - Cj. 61CEP 01452-001 - São Paulo - SPTel.: (11) 3938-9400Fax: (11) 3938-9407 [email protected]

PresidenteEduardo Barros Millen

Vice-presidente de RelacionamentoSuely Bacchereti Bueno

Vice-presidente de Tecnologia e QualidadeAugusto Guimarães Pedreira de Freitas

Vice-presidente de MarketingJoão Alberto de Abreu Vendramini

Diretor administrativo-financeiroRoberto Dias Leme

DiretoresEnio Canavello Barbosa, Guilherme Covas, Jefferson Dias de Souza Júnior, José Luiz V. C. Varela, José Martins Laginha Neto e Thomas Garcia Carmona

Conselho deliberativoAlberto Naccache, Antonio Carlos Reis Laranjeiras, Antonio Carmona Filho, Bruno Contarini, Flávio Correia D´Alambert, Francisco Paulo Graziano, José Roberto Braguim (in memoriam), Júlio Timerman, Marcelo Rozenberg, Marcio Capetinga, Marcos de Mello Velletri, Marcos Monteiro, Natan Jacobsohn Levental, Nelson Covas, Ricardo Leopoldo e Silva França, Sônia Regina Freitas, Valdir Silva da Cruz e Virgilio Augusto Ramos

ABECE Informa é uma publicação bimestral da ABECE - Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural

Conselho EditorialDiretoria Executiva da ABECE

Produção Editorial e DiagramaçãoPrefixo Comunicação

Editora Rosana Córnea (MTb 17183)

Projeto GráficoSticker Comunicação

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ABECE INFORMA Ano 15 Nº 84 3

CONGRESSO BRASILEIRO DE PONTES E ESTRUTURAS

lém de palestras, acom-panhadas de debates com

grande participação dos pro-fissionais presentes, o IV Con-gresso Brasileiro de Pontes e Estruturas contou com uma mesa-redonda em cada dia do evento.

Desafios e tendências das es-truturas de aço no Brasil foi o tema que norteou a mesa-re-donda realizada em 4 de abril, encerrando os trabalhos do primeiro dia do Congresso.

Os convidados Flávio D´Alam-bert, Klemens Reher, Augusto Cláudio Paiva e Silva e Júlio Fruchtengarten fizeram im-portantes colocações a res-peito do uso do aço em obras gerando intenso debate me-diado pela superintendente do CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço) edo Instituto Aço Brasil Cátia Mac Cord.

No dia 5 de abril, a mesa-re-donda que discutiu questões pertinentes ao uso do concreto foi coordenada pela superin-tende do ABNT/CB-18 Inês Battagin e contou com a participação dos engenhei-ros Bruno Contarini, Fernando Stucchi,

Benjamin Ernani Diaz e Joaquim Mota.

Associados da ABECE podem assistir à

gravação das mesas-redondas acessan-do a área restrita do site da ABECE – www.abece.com.br.

Mesas-redondas complementaram a programação

A

Mesa-redonda do dia 4 de abril, intitulada Desafios e tendências das estruturas de aço no Brasil, contou com as participações (da esq. p/dir.) de Klemens Reher, Flávio D´Alambert, Augusto Claudio Paiva e Silva, Cátia Mac Cord (mediadora – CBCA) e Júlio Fruchtengarten

Os engenheiros (da esq. p/ dir.) Benjamin Ernani Diaz, Bruno Contarini, Inês Battagin (mediadora – ABNT/CB-18), Fernando Stucchi e Joaquim Mota se reuniram em mesa-redonda no dia 5 de abril para discutir sobre a utilização e normatização do concreto

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4 ABECE INFORMA Ano 15 Nº 84

IV CONGRESSO BRASILEIRO DE PONTES E ESTRUTURAS

Em debate, a normalização, experimentação, análise e dimensionamento de grandes estruturas

Foram dois dias de intensa programa-ção que confirmaram o sucesso da

quarta edição do Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas, promovido pela ABECE e pela ABPE (Associação Brasileira de Pontes e Estruturas), reu-nindo mais de 200 participantes.

As palestras ministradas por ilustres especialistas foram intermediadas por debates, que possibilitaram a participação dos congressistas, escla-recendo dúvidas e levantando ques-tionamentos pertinentes aos temas abordados.

Todas as apresentações estão disponíveis no site da ABECE – www.abece.com.br – seção Eventos/Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas. Associados têm acesso também às gravações de palestras por intermédio da área res-trita.

Mais de 200 participantes se reuniram para discutir projetos de pontes e grandes estruturas nos dois dias do evento

Mauro Schulz (coordenador do evento pela ABPE – primeiro à esq. sentado à mesa) foi o mediador do primeiro debate do Congresso, no dia 4 de abril, que reuniu os palestrantes Francisco Millanes Mato (palestra Tendências recentes na concepção e construção de pontes rodoviárias e ferroviárias), Alex Barros de Sá (Execução e instalação de aduelas pré-fabricadas em pontes de balanços progressivos) e Juan Sobrino (Pontes explorando novas formas e novos materiais)

Segundo debate no dia 4 reuniu os palestrantes, da esq. p/dir. sentados à mesa, Knut Stockhusen (palestra Pontes estaiadas contemporâneas), Catão Francisco Ribeiro (Alça es-taiada do viaduto Trabalhadores em Barueri-SP e pontes estaiadas em geral) e Karl Humpf (A contribuição da América Latina para o desenvolvimento de pontes de grandes vãos)

No dia 5 de abril, o primeiro debate foi mediado pelo eng. Celso Coracini (da CCR Nova Dutra), primeiro à esq. sentado à mesa, e contou com os palestrantes Paolo Franchetti (palestra Avaliação do desempenho estrutural, reabilitação e reforma de pontes exis-tentes: experiências no norte da Itália), Enrico Mascheroni (Equipment Bridges) e Diogo Teixeira G. Moura (A vanguarda da construção de tabuleiros de pontes em concreto)

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ABECE INFORMA Ano 15 Nº 84 5

Último debate contou com a participação, da esq. p/dir., de Armando António Marques Rito (palestra Concepção, construção e reabilitação de pontes – uma experiência portu-guesa), António Adão da Fonseca (palestra A ponte rodoviária e ferroviária de alta velocidade sobre o Rio Tejo, em Lisboa – concepção, dimensionamento, pormenorização e pro-cesso construtivo), Júlio Timerman (mediador) e Thomaz José Ripper B. Cordeiro (palestra Reforço de pontes e viadutos com laminados de fibra de carbono pré-tensionados)

Nos intervalos para coffee breaks, nos dois dias do Congresso, participantes puderam trocar experiências e conhecer serviços e produtos oferecidos pelos patrocinadores do evento

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ABECE INFORMA Ano 15 Nº 84 7

CONGRESSO BRASILEIRO DE PONTES E ESTRUTURAS

lém da realização do IV Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas

na Brazil Road Expo 2011, a ABECE apoiou, no dia 6 de abril, o seminário Pavimentos Rodoviários em Concreto à Base de Cimento Portland, organiza-do pela Engemix-Votorantim Cimentos e pela Construquímica como parte do programa de conferências do evento.

O Seminário reuniu os principais nomes no assunto, como os professores dou-tores José Balbo (USP) para falar sobre conceitos e tendências internacionais, Paulo Fernando Araújo da Silva sobre aspectos executivos e cases de sucesso, Marco Antonio Carnio (PUC-Campinas) sobre requisitos básicos para projeto em con-creto reforçado comfibras, e Antonio Domingues de Figuei-redo (USP) sobre controle tecnológico do concreto reforçado com fibras.

Nos três dias do evento – 4 a 6 de abril de 2011, a ABECE manteve, emparceria com a ABPE (Associação Brasileira de Pontes e Estruturas), um stand na feira para apresentar aos visitantes as ações desenvolvidas pelas entidades.

O presidente da ABECE, eng. Eduardo Barros Millen, esteve presente na ceri-mônia de abertura da Brazil Road Expo, realizada no dia 4 de abril, reunindo autoridades, entidades do setor de pa-

vimentação e infraestrutura viária e ro-doviária, imprensa, além das empresas expositoras.

No final da feira, o saldo foi bastante po-sitivo: mais de 9 mil profissionais do se-tor puderam conferir as novas soluções e tecnologias em sistemas e métodos para construção e infraestrutura de vias e ro-dovias, aplicáveis desde o projeto até a conservação e a manutenção, incluin-do inovações e tendências mundiais em equipamentos, produtos e serviços.

A expectativa de negócios, segundo os 170 expositores nacionais e internacio-nais, é de R$ 500 milhões gerados du-

rante e a partir da fei-ra. “Todos os elogios se atribuíram ao fato do evento proporcionar um grande encontro de especialistas, empre-sários e autoridades com o objetivo comum de suprir a carência de um evento único foca-

do, exclusivamente, em infraestrutura viária e rodoviária”, comenta Aldair Co-lombo, Superintendente da Quartier.

ABECE na Brazil Road Expo 2011

A

Cerimônia de abertura da Brazil Road Expo, em 4 de abril, contou com a presença de Guilherme Ramos (à esq.) e Aldair Colombo, respectivamente diretor executivo e superintendente da Quartier, organizadora do evento

Autoridades e representantes de entidades, como o presidente da ABECE,Eduardo B. Millen (segundo da esq. p/dir.), acompanharam a abertura do evento

Visitantes conheceram novidades apresentadas por mais de 150 expositores

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ACONTECE NAS REGIONAIS Salvador

Recife

Índices de melhoria são apresentados em workshop

Em um workshop promovido no au-ditório do Sinduscon/PE (Sindicato

da Indústria da Construção Civil de Pernambuco), em 23 de março de 2011, a Comunidade da Construção do Recife apresentou o balanço dos resultados al-cançados no 4º Ciclo de Atividades, que envolveu a participação de 30 construto-ras e 19 fornecedores do Estado nos últi-mos dois anos.

Liderada pela ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), junto ao Sinduscon/PE e à Ademi-PE (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco), a Comunidade da Construção registrou avanços significativos no período e apre-sentou os resultados do seu Programa Obra Monitorada, que no 4º Ciclo fez estudos e capacitações sobre um sistema construtivo mais ágil e racional que os convencionais: a alvenaria racionalizada de vedação com blocos de concreto. Com o uso da tecnolo-gia nas obras monitoradas, a Comunidade da Construção expandiu o conceito de ra-

cionalização construtiva para o mercado, registrando vários índices de melhorias.

As construtoras Romarco e Conic Souza Filho apresentaram suas experiências com a implantação da metodologia cien-tífica da Comunidade da Construção re-gistrando índices de melhoria em seus empreendimentos.

Fez parte do roteiro do workshop, ainda, uma palestra do professor Angelo Just, da Universidade Católica (Unicap) e da Escola Politécnica de Pernambuco, so-bre o Programa de Alvenaria Estrutural e Revestimento da Comunidade da Construção, e outra do consultor Roberto Barella (GMO Engenharia/SP) sobre os resultados do Programa de Produtividade na Execução de Estruturas de Concreto Armado. A eng. Ana Rocha, diretora da ProActive/SP, também apresentou o saldo da pesquisa de desenvolvimento e aplica-ção de metodologia de coordenação de projeto de estruturas de concreto. Foram

discutidas, ainda, as ações do 5º Ciclo de Atividades, nova etapa que durará cerca dois anos.

O manual de coordenação de projetos pernambucanos, elaborado sob a coorde-nação da diretora da ProActive, eng. Ana Rocha Melhado, foi lançado no workshop. Seguindo as diretrizes do Manual de Escopo de Serviços para Coordenação de Projetos elaborado pela AGESC, o manual será utilizado para todas as construções, independente do padrão do empreen-dimento. A vantagem do trabalho feito pelos construtores e incorporadores per-nambucanos está na otimização dos cus-tos de produção do manual que, feito em conjunto, será rateado.

Delegacia Regional de RecifeDelegado: Paulo Roberto Coutinho Cordeiro(81) [email protected]

No dia 24 de março de 2011, em um workshop promovido no Fiesta

Convention Center, na Pituba, a Comunidade da Construção de Salvador, da qual a ABECE participa por intermédio da Delegacia Regional de Salvador, apresentou o balanço dos resultados alcançados no 4º Ciclo de Atividades, que envolveu a partici-pação de 21 construtoras e 10 fornecedores do Estado nos últimos dois anos.

Liderada pela ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), em parceria com o Sinduscon/BA (Sindicato da Indústria da Construção Civil da Bahia), a Comunidade da Construção registrou avanços signifi-cativos nesse período quanto ao emprego da alvenaria racionalizada com blocos de concreto e da alvenaria estrutural, bem como nos demais sistemas construtivos objetos de estudo da Comunidade de Salvador.

O Gerente Nacional de Planejamento e Mercado da ABCP/SP, Valter Frigieri, fa-lou sobre o cenário da construção civil, fazendo uma avaliação do que está ocor-

rendo no mercado em termos de finan-ciamento, MCMV, unidades lançadas, ex-planando ainda sobre o comportamento atual das empresas em termos de deci-sões e os problemas que o setor tem en-frentado para atender à demanda.

Na ocasião, foi lançado um Manual de Alvenaria de Vedação com Blocos de Concreto, tecnologia que vem sendo mais utilizada pelas construtoras baianas por ser mais ágil e racional que os sistemas tradicionais. A alvenaria de vedação tam-bém foi tema de palestra do Prof. Alberto Casado Lordsleem Jr. (PE), que falou so-bre a metodologia de acompanhamento de desempenho e avaliação de resulta-dos adotada nas obras executadas com o sistema que são acompanhadas pela Comunidade.

Também foi lançado o segundo folheto de Concreto – Como receber, como moldar e como aceitar, que tem o objetivo de di-vulgar as boas práticas na especificação e controle do concreto empregado nas estruturas. Esse trabalho é a sequência

do primeiro folheto: Concreto – Como es-pecificar, como solicitar e como verificar, lançado no 3º ciclo.

O Workshop contou ainda com palestras do professor Adailton de Oliveira Gomes, da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, sobre “Concreto com qualidade”, e do professor Joel Araújo do Nascimento Neto, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sobre a consolidação do sistema construtivo de alvenaria estrutural com blocos de con-creto na região Nordeste.

O 5º Ciclo da Comunidade de Salvador será voltado à gestão de indicadores, com algumas ações complementares em temas como habitação de interesse so-cial, sustentabilidade e desempenho.

Comunidade da Construção faz balanço

Delegacia Regional de SalvadorDelegada: Jussara Bacelar de Melo(71) [email protected]

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ABECE INFORMA Ano 15 Nº 84 9

O delegado adjunto César da Silva Pinto proferiu a primeira palestra da Regional em 24 de março

Mais de 30 associados acompanharam a palestra do Prof. Dr. Valdir Pignatta e Silva (centro da foto ao lado do delegado adjunto César da Silva Pinto – à esq. – e do delegado Claudio Adler)

ACONTECE NAS REGIONAIS Rio de Janeiro

Para dar início aos trabalhos de 2011 da Regional Rio de Janeiro, o eng.

César da Silva Pinto (delegado adjun-to) proferiu, no dia 24 de março de 2011, para 16 associados locais, a pa-lestra Causas frequentes de insucesso na “materialização” de subsolos estan-ques no que se refere à estabilidade da estrutura como substrato adequado para receber a impermeabilização.

Enfatizou aos presentes os seguintes tópicos: falhas de projeto – erro na avaliação da sub-pressão do lençol freático acarretando uma estrutura sub-dimensionada; erros na análise estrutural – erros no cálculo estático, na combinação de carregamentos, no dimensionamento das seções de con-creto e aço; erros no detalhamento das armaduras – das lajes, das pare-des, das ligações entre as peças exe-cutadas, em etapas diferentes; erros de execução – planejamento inade-quado das etapas de concretagem, falta de juntas de retração hidráuli-

ca, excesso de etapas com excesso de juntas, posicionamento incorreto das armaduras, tratamento inadequado das juntas de concretagem, falta de tratamento nas juntas de concreta-gem, cura inadequada, fatal de cura de concreto.

No dia 13 de abril, mais de 30 asso-ciados contaram com a apresenta-ção do Prof. Dr. Valdir Pignatta e Silva, da EPUSP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), sobre projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio – revisão da ABNT NBR 15200.

“A palestra foi bastante objetiva e o assunto despertou o interesse de to-dos”, comenta o delegado regional eng. Claudio Adler. Partindo de al-guns casos de incêndio no Brasil e no mundo, o palestrante falou sobre o comportamento dos materiais (aço, madeira e concreto) em situação de incêndio, ressaltando as vantagens e

desvantagens do concreto nesta con-dição. Explicou o que é TRRF (tempo de requerido de resistência ao fogo) e comentou sobre as curvas de tempo x temperatura de como se comporta um incêndio e as curvas padronizadas tempo temperatura para testes de matérias. Mostrou as tabelas de TRRF (Norma 15200 ou decreto do corpo de bombeiros do estado) e os métodos de cálculo (tabular, simplificado de cálcu-lo, gerais de cálculo e experimental), além das tabelas para cálculos de vi-gas, lajes e pilar, e método tabular ge-ral para cálculo de pilares. “Enfatizou, finalmente, a aplicação do método do tempo equivalente, que é uma ótima alternativa ao método tabular dos tempos”, conclui o delegado.

Palestras iniciam atividades de 2011

Delegacia Regional do Rio de JaneiroDelegado: Claudio Adler(21) [email protected]

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31 DE AGOSTO A 2 DE SETEMBRO CENTRO DE EXPOSIÇÕES IMIGRANTES

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O ABECE Inovação vem se reunindo e somando esforços para colocar em

prática as primeiras ações propostas pe-los grupos constituídos (Universidades, Integração e Comunicação).

Resultado do trabalho do Grupo Integração, a Oldra Engenharia Ltda., de Itaquacetuba/SP, passou a fazer par-te, no final do mês de março, do quadro associativo da ABECE. “Fizemos uma abordagem direta com o eng. Ricardo Oldra, responsável pelo escritório, e conversamos sobre a importância de se fazer parte de uma associação que reúne nossa categoria e as vantagens

de ser um associado ABECE”, explica o eng. Gustavo Souza Silva, coordenador adjunto do Grupo Integração.

Novas abordagens já estão sendo feitas pelos membros do grupo no sentido de mostrar aos escritórios de projeto es-trutural, principalmente os de menor porte, os benefícios oferecidos pela ABECE aos seus associados.

Os integrantes dos outros grupos (Universidades e Comunicação) tam-bém estão empenhados em colocar em prática as iniciativas que já tomaram corpo desde a implantação do ABECE

Inovação, em outubro do ano passado.

Fazem parte destas ações as palestras a serem proferidas em universidades (nos cursos de graduação e pós-gradu-ação) e a implantação do Bate-papo ABECE (prevista para o primeiro semes-tre deste ano).

“Contribuições e sugestões para a con-cretização das propostas são muito bem-vindas. Basta entrar em contato com os coordenadores dos grupos, envian-do e-mail para [email protected]”, enfatiza a coordenadora geral Daniela Baldassarri.

Os primeiros frutos do trabalho do

Adesão de novos associados supera expectativas

Mais 15 associados (entre empre-sas e profissionais) de diferentes

localidades ingressaram nos últimos dois meses no quadro associativo da ABECE.

O ritmo de adesões, segundo o dire-tor de relacionamento José Luiz V. C. Varela, vem superando a média men-sal da gestão anterior. “Esta estima-tiva impulsiona a formação de novas delegacias regionais. Estamos em tra-tativas para a formalização da regio-nal de Aracajú e os associados de lá já estão definindo quem será o delegado e seu adjunto”, comenta.

A visibilidade conquistada pela enti-dade, dada suas ações em andamento e a participação em eventos do setor em comitês técnicos de normas, é um

fator que contribui, sobremaneira, para a conquista de novos associa-dos.

“Estamos vivenciando um momento

muito importante de reconhecimento da ABECE pelos profissionais da área e isto favorece a aproximação de po-tenciais associados”, ressalta o eng. Varela.

Nome Categoria Cidade/ EstadoMarcelo Silva Carvalho Aspirante Fortaleza/CEBrucken Eng. de Insp. de Estruturas Ltda. Efetivo São Paulo/SPLídia da Conceição Domingues Shehata Acadêmico Rio de Janeiro/RJRegina Helena Ferreira de Souza Acadêmico Rio de Janeiro/RJLuiz Fernando Farina Aspirante Presidente Prudente/SPOldra Engenharia Ltda. Aspirante Itaquaquecetuba/SPEstrutural Projetos e Cons. de Estr. Ltda. Efetivo Londrina/PRCTEC Engenharia Ltda. Efetivo Campo Grande/MSAluizio A.M.D´Avila & Associados Efetivo São Paulo/SPMarcelo dos Santos Silva Efetivo Belo Horizonte/MGEmerson Figueiredo dos Santos Efetivo Aracaju/SESteng Engenharia de Projetos Ltda. Efetivo São José do Rio Preto/SPAugusto Paulo de Carvalho Guerra Acadêmico Belém/PAM.H.A Engenharia de Projetos Efetivo Fundador São Paulo/SPEscritório Téc. Cesar P. Lopes S/C Ltda. Efetivo São Paulo/SP

Obs. Os três últimos são ex-associados que retornaram à ABECE

TORNE-SE UM ASSOCIADO ABECE, CONTRATE A APÓLICE DE SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL PROFISSIONAL E DESFRUTE DAS VANTAGENS PARA GARANTIR SEUS PRÓXIMOS PROJETOS

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12 ABECE INFORMA Ano 15 Nº 84

Profissionais reunidos na sede da ABCP, em 23/2, em palestra do eng. Marco Antonio Carnio (no destaque, à esq.), e na sede da ABECE, em 30/3, com a eng. Liberdade Izaguirre (à dir.)

Com transmissão on-line para asso-ciados e convidados, por intermé-

dio das delegacias regionais e associa-dos correspondentes, a ABECE realizou mais duas palestras, como parte dos encontros mensais, nos dias 23 de fe-vereiro e 30 de março de 2011.

Convidado para falar sobre radiers em concreto reforçado com fibras, o eng. Marco Antonio Carnio reuniu, na sede da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), em São Paulo (SP), mais de 60 participantes e foi acompa-nhado on-line por profissionais reunidos nas delegacias regionais de Goiânia, Manaus, Fortaleza, Natal e Belém.

Num breve histórico, o palestrante comentou sobre a origem do nome“concreto reforçado com fibras”, sugerido pelo prof. Augusto Carlos Vasconcelos, e das diversas aplicações: pisos e revestimentos de túneis, seções muito armadas, seções de pouca es-pessura e substituições de armaduras mínimas.

A palestra seguiu com as proprie-dades do concreto reforçado comfibra e como são feitas as suas carac-terizações, demonstrando que houve uma evolução no seu uso, uma vez que antigamente “ou se tinha armação ou fibra” e hoje os dois materiais convi-vem muito bem e se complementam nas diferentes aplicações.

Passando pelas normas, foi comenta-do que a norma italiana trata do as-

sunto com profundidade, destacando-se o conceito fundamental para di-mensionamento das fibras: definiçãoda resistência residual da fibra.

O eng. Carnio salientou também o draft código modelo fib 2010, cujo texto foidisponibilizado pela ABECE, e que tem dois capítulos que tratam dacaracterização e projeto dos cocre-tos reforçados com fibras.

Após a palestra, os debates foram inte-ressantes com questionamentos da pla-teia e da Delegacia Regional de Natal sobre cobrimento, relação com fctk, diferenças entre fibras sintéticas e me-tálicas e fluência.

O vice-presidente de Tecnologia e Qualidade da ABECE, eng. Augusto Guimarães Pedreira de Freitas, apro-veitou a oportunidade para convidar o palestrante a participar de um comitê técnico que está sendo constituído pela ABECE para tratar de fibras, possibili-tando uma futura normalização nacio-nal sobre o assunto.

BIM

No dia 30 de março, a sede da ABECE, em São Paulo (SP), recebeu a engenhei-ra Liberdade Izaguirre para falar sobre análise de estruturas e sua integração com modelos BIM (Building Information Modeling), sistema que revoluciona a forma de projetar e que está avançando cada vez mais no Brasil. Construtoras e incorporadoras estão se mobilizando

para implementá-lo e o grande desa-fio é difundi-lo em todo o mercado da construção civil, capacitando os proje-tistas para o novo trabalho.

Especialista em Engenharia Estrutural e Construções Metálicas, a engenhei-ra tem larga experiência na área de cálculo e detalhamento de estruturas, desde projetos até o acompanhamen-to de execução de obras, e iniciou a palestra apresentando aos cerca de 50 profissionais presentes uma visão ge-ral do BIM.

Discorreu sobre a necessidade da inte-roperabilidade entre os softwares, pre-missa básica para que haja a integração entre as várias disciplinas que atuam em um projeto de uma obra, e desta-cou a importância do envolvimento da indústria brasileira na padronização de seus produtos através dos códigos do IFC, padrão que já é usado nos países onde o BIM é utilizado há mais tempo.Também salientou a necessidade da elaboração de normas brasileiras sobre os vários temas que esta tecnologia ne-cessita para ser implantada no país.

Em seguida, mostrou exemplos de apli-cação de estruturas em BIM e a integra-ção do modelo BIM e Estrutura.

Radiers em concreto reforçado com fibras e BIM foram assuntos de encontros mensais

O conteúdo das palestras está disponibilizado no site da ABECE

(www.abece.com.br) - seção Eventos/Encontros Mensais. A

transmissão on-line está na área restrita aos associados.

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ABECE INFORMA Ano 15 Nº 84 13

ABECE apoia concurso para estudantes de Arquitetura, cujas inscrições estão abertas

O IV Concurso CBCA para Estudan-tes de Arquitetura 2011, que tem

o objetivo de promover e incentivar o conhecimento do aço como material básico da construção e seu desenvolvi-mento em uma concepção arquitetôni-ca e estrutural apropriada, já está com as inscrições abertas.

Podem participar do concurso equipes de estudantes dos últimos anos de faculdades de Arquitetura orientados por seu(s) respectivo(s) professor(es). O traba-lho vencedor do con-curso participará como representante do Brasil, concorrendo com os re-presentantes vencedores de países lati-noamericanos, tais como Argentina, Chi-le, Colômbia, México, Peru e Venezuela, no IV Concurso ILAFA de Diseño en Acero para Estudiantes de Arquitectura 2011.

A proposta dos concursos é mostrar a investigação em torno das potencialida-des do aço, suas tecnologias e múltiplos usos e aplicações na área da construção (estruturas, vedações, aplicações, aca-

bamentos etc.) e, neste ano, o tema para o IV Concurso CBCA de Projeto em Aço para Estudantes de Arquitetura será o projeto de uma Estação Intermodal de Transporte Terrestre de Passageiros. Os trabalhos serão julgados por uma comissão composta pelos membros da comissão executiva do CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço) e um

representante da ABECE, Asbea (Associação Bra-sileira dos Escritórios de Arquitetura) e da ABCEM (Associação Brasileira da Construção Metálica). A ABECE será representada pelo vice-presidente de Marketing eng. João Al-

berto de Abreu Vendramini.

As inscrições para o concurso encerram no dia 20 de agosto de 2011 e os traba-lhos deverão ser entregues de 19 a 22 de setembro, sendo que o julgamento será nos dias 28 e 29 de setembro. As informações completas, bem como o re-gulamento e as bases técnicas estão dis-poníveis no site do CBCA - http://www.cbca-iabr.org.br/arquitetura/in dex.php.

ApoiosEventos do setor promovidos por enti-dades e empresas parceiras da ABECE contam com o apoio institucional da entidade, como PCH 2011 - Terceiro Encontro de Investidores em Pequenas Centrais Hidrelétricas (24 e 25 de maio de 2011, no Blue Tree Premium Mo-rumbi - São Paulo - SP), Congresso Bra-sileiro do Aço / 22ª Edição & ExpoAço 2011 (1 a 3 de junho de 2011 no Tran-samérica Expo Center - São Paulo - SP),Cinpar 2011 - 7º Congresso Internacio-nal sobre Patologia e Reabilitação de Estruturas (2 a 4 de junho de 2011, no Ponta Mar Hotel - Fortaleza - CE), e Bridges Latam 2011 - Chile Edition (14 e 15 de junho de 2011 - Santiago – Chile).

Palestras do IE

A ABECE apoiou as seguintes pales-tras promovidas pela Divisão deEstruturas do Departamento de En-genharia Civil do Instituto de En-genharia de São Paulo: Contribuição à análise da resistência do concreto em estruturas existentes. Edificações (24 e 31 de março, com Prof. Dr. Paulo Helene), Arranha-céus cm concreto – a experiência de Panamá (7 de abril, com Prof. Oscar M. Ramirez), Pontes em Portugal – Concepção, constru-ção e reabilitação. Uso de FRP pré-tensionado, mantas e laminados de fibra de carbono (Professores Thomaz Ripper, Armando Rito, Filipe Dourado e Antonio Carmona).

Visando formar interessados em trabalhar como desenhistas na

área de projetos de estruturas de concreto armado, a ABECE, a FESP (Faculdade de Engenharia de São Paulo) e a TQS Informática acabamde lançar o Curso de Formação de De-senhistas de Estruturas de Concreto Armado.

Planejado para pessoas com o segundo grau completo, o curso objetiva voltar a formar uma mão de obra especializa-da que, no passado, era naturalmente concebida pelas empresas de projeto. Para tal, seu programa aborda os prin-cípios básicos de funcionamento das peças estruturais, os critérios de deta-lhamento e as formas de apresentação dos documentos de projeto, cujos con-teúdos são complementados com au-las práticas com o uso dos sistemas da

TQS, incluindo ferramentas de edição inteligente.

Com carga horária total de 78 horas/aula, o curso terá início no dia 16 de maio de 2011, com aulas às segundas e quartas-feiras, das 19 às 22h, na sede da FESP (Av. 9 de Julho, 5520 - Jardim Europa - São Paulo - SP).

A coordenação do programa está a car-

go dos engenheiros Antonio Rodrigues Martins (FESP), Augusto Guimarães

Pedreira de Freitas (ABECE) e Herbert Maezano (TQS Informática), sendo que as aulas serão ministradas pelos professores Enio C. Barbosa e Lidiane Faccio.

O preço total do curso é de R$ 1.000,00, pagos em três vezes (R$ 300,00 no ato da matrícula e mais duas parcelas de R$ 350,00). Interessados podem efetuar matrí-cula até o dia 29 de abril de 2011

na secretaria geral da FESP ou pelo site www.fesp.br. Outras informações tam-bém podem ser obtidas por intermédio do telefone (11) 3061-5022.

Novo curso forma desenhistas de estruturas parao mercado de trabalho

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EM TEMPO AGENDACurso Especificação, Gerenciamento e Controle de Concreto em Estruturas (com Egydio Hervé Neto)Data: 13 e 14 de maio de 2011Local: AEAMVI (Blumenau - SC)www.aeamvi.com.br/calendario

Construmat 2011 - The International Construction ExhibitionData: 16 a 21 de maio de 2011Local: Gran Via Exhibition Centre (Barcelona - Espanha)www.construmat.com

Seminário Controle de Riscos na Construção de BarragensData: 23 de maio de 2011Local: Blue Tree Towers Premium Morumbi (São Paulo - SP)www.viex-americas.com.br/eventos/77-barragens/223-contexto-e-objetivos

PCH 2011 - Terceiro Encontro Nacional de Investidores em Pequenas Centrais HidrelétricasData: 24 e 25 de maio de 2011Local: Blue Tree Premium Morumbi (São Paulo - SP)www.viex-americas.com.br/eventos/60-pch-2011/160-contexto-e-objetivos

Congresso Brasileiro do Aço / 22ª Edição & ExpoAço 2011Data: 1 a 3 de junho de 2011Local: Transamérica Expo Center(São Paulo - SP)www.expoaco.org.br/expoaco.php

Cinpar 2011 - 7º Congresso Internacional sobre Patologia e Reabilitação de EstruturasData: 2 a 4 de junho de 2011Local: Ponta Mar Hotel(Fortaleza - CE)www.cinpar2011.com.br

fib Symposium 2011 - Concrete Engineering for Excellence EfficiencyData: 8 a 10 de junho de 2011Local: Hotel Prague (Prague - Czech Republic)www.fib2011prague.eu/

II Encontro Regional do Ibracon em Sergipe - Avanço na tecnologia do concretoData: 9 e 10 de junho de 2011Local: Departamento de Engenharia Civil da UFS - Universidade Federal de Sergipe - Campus São Cristovão (Aracaju - SE)

Bridges Latam 2011 - Chile EditionData: 14 e 15 de junho de 2011Local: Santiago - Chilewww.bridgeslatam.com/Event.aspx?id=501698

Casa Viva: Transforma sua casa num pedacinho do planetaData: 30 de junho a 3 de julho de 2011Local: Centro de Convenções Sul América (Rio de Janeiro - RJ)www.nossacasaviva.com.br

Representando a ABECE, o eng. Júlio Timerman, delegado regional de São Paulo e membro do conselho deliberativo, parti-cipou, em 3 de março de 2011, de reunião na Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) sobre exportação de serviços. O novo secretário do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), sr. Henrique Monteiro, marcou presença no evento.

A reunião da Comissão de Estudo de Controle da Qualidade do Concreto (CE.18-300.03) aconteceu no dia 14 de março, na sede da ABESC (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem), em São Paulo (SP), e contou com a pre-sença do representante da ABECE eng. Thomas Carmona.

Também em 14 de março, membros do Comitê Técnico de Pontes e Grandes Estruturas, coordenado pelos engenheiros Júlio Timerman e Martin Beier, estiveram reunidos na sede da ABECE, em São Paulo (SP), para dar continuidade às ações que vêm sendo empreendidas.

No dia 15 de março, o presidente da ABECE Eduardo B. Millen participou da reunião do Consic (Conselho Superior da Indústria da Construção), da FIESP, do qual a ABECE é integrante.

O vice-presidente de Tecnologia e Qualidade, eng. Augusto G. Pedreira de Freitas, representou a ABECE na 2ª Reunião/2011 da Comissão de Estudo de Desempenho de Edificações (CE-02:136.01), realizada em 16 de março na sede do Sinduscon-SP. Na ocasião, iniciou-se o es-tudo do projeto de revisão da ABNT NBR 15575-3 mediante apresentação da propos-ta da relatora do Grupo de Trabalho 3.

Em 17 de março, as entidades do Fórum Permanente em Defesa do Empreendedor se reuniram na sede do Secovi-SP, em São Paulo (SP), e a ABECE esteve representada pelo eng. Fernando Mihalik.

Reunião da CE-02:140-1, realizada em 17 de março, na sede do Sinduscon-SP, em São Paulo (SP), contou com a presença do vice-presidente de Tecnologia e Qua-

lidade Augusto G. Pedreira de Freitas.

A vice-presidente de Relacionamento Suely B. Bueno representou a ABECE na reu-nião da Comissão de Estudo de Modelagem de Informação da Construção (ABNT/CEE-134), no dia 25 de março, na sede da ABCP, em São Paulo (SP), que deu continuidade ao estudo do PN 90:000.01-001.

Ainda no dia 25, a vice-presidente de Relacionamento Suely B. Bueno participou da solenidade de entrega dos diplomas na promoção Qualidade em Bancos 2010, no Espaço Rosa Rosarum, em São Paulo (SP), na qual estiveram presentes os presiden-tes do Banco Central Alexandre Tombini e do Banco Itaú Roberto Setúbal.

A entrega do 7º Prêmio ITCnet aconteceu em 30 de março, no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo (SP), e contou com a presença do presidente Eduardo B. Millen.

No dia 31 de março, os membros do Comitê Técnico de Construção Metálica se reuniram na sede da ABECE, em São Paulo (SP), sob a coordenação do eng. Flávio D´Alambert, para dar continuidade aos trabalhos.

A ABECE esteve representada pelo pre-sidente Eduardo B. Millen em encon-tro realizado, em 6 de abril, na sede da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), em São Paulo (SP), com a finali-dade de reunir participantes da cadeia da construção para discutir a melhoria da qua-lidade do concreto estrutural. Conduzida pelo presidente da ABCP Renato Giusti, a reunião teve participação de representan-tes da própria entidade, de fabricantes de cimento, concreteiras, construtoras, projetistas estruturais e tecnologistas de concreto. A partir da apresentação do Prof. Dr. Paulo Helene sobre os problemas existentes em toda a cadeia e das manifes-tações dos presentes, concluiu-se que os principais problemas são treinamento de mão de obra, escassez da mesma, prazos curtos para os serviços e, principalmente, gestão do sistema. A ABCP se propôs a pro-duzir um documento de recomendações para toda a cadeia, desde o projeto até a manutenção das estruturas.

Abertura do Curso Patologia nas Obras CivisO curso de es-

pecialização em Patologia nasObras Civis, pro-movido pelo Ins-tituto Idd com apoio da ABECE, teve inicio no dia 25 de mar-ço de 2011 com palestra do Prof. Pedro Castro Bor-ges (México) so-bre influência da mudança climática glo-bal na durabilidade das construções.

Coordenado pelo Prof. José Roberto Saleme,

o curso tem carga horária total de 426 horas e as aulas são realizadas na sede da ABECE, às sextas-feiras (das 19 às 22h40) e aos sá-bados, das 8 às 17h10.

Prof. Celso C. Borges (à esq.) fez palestra de abertura do curso

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ESPAÇO DO PATROCINADOR

Galpões para usos gerais

Um galpão para usos gerais em estrutu-ra de aço é composto de uma cobertura a duas águas, com terças e vigas de co-bertura, colunas, terças de tapamento, travamentos de cobertura e laterais e bases de apoio.

A primeira publicação a divulgar a aplicação de estruturas de aço no Brasil foi promovida pelo Ministério de Desenvolvimento da Indústria e Comércio em 1986. Compreendia qua-tro volumes, contendo mais de 1600 páginas de informações, algumas ainda atuais, com o título: Manual Brasileiro para Cálculo de Estruturas Metálicas. Nesse manual eram apresentadas todas as bases para o projeto de estruturas de aço em edifícios residenciais, co-merciais e industriais.

A segunda publicação promovendo o uso de aço foi um fascículo desenvolvido pela Companhia Brasileira de Projetos Industriais – COBRAPI, a pedido da Siderbrás em 1987, que é a primeira versão do Manual de Galpões Para Usos Gerais. Apresentava o cálculo passo a passo, ou marcha de cálculo, de um galpão de usos gerais. Esta aplicação é das mais usadas no mercado de estrutu-ras de aço. Já se passaram 24 anos da primeira versão desse importante do-cumento que colaborou como fonte de consulta de centenas de calculistas, e como elemento didático nas escolas de Engenharia para o ensino de estruturas de aço.

Com o advento da revisão e aprovação em 2008 da ABNT NBR 8800: Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas

de aço e concreto de edifícios, houve necessidade de revisar e atualizar o Manual de Galpões para Usos Gerais.

Nesta nova versão do Manual, foram mantidas as dimensões do exemplo pro-posto originalmente com perfis lamina-dos, porém foi necessário atualizar os métodos de dimensionamento, com a análise de segunda ordem.

O fluxograma de processo para dimen-sionamento de perfis laminados com flexocompressão foi totalmente atuali-zado, citando as formulações associadas ao item respectivo da ABNT NBR 8800. No desenvolvimento desta nova versão foram incluídos diversos desenhos que ajudam muito a compreensão dos pro-cessos envolvidos.

A maior novidade exposta no Manual revisado foi a aplicação da análise de segunda ordem que substituiu o método do comprimento efetivo de flambagem (parâmetro K). As estruturas agora são classificadas devido a sua deslocabili-dade lateral pela razão de deslocamen-to obtido na análise de segunda ordem, dividida pelo deslocamento obtido na primeira ordem. Estruturas com são consideradas com pequena deslo-cabilidade e podem ser dimensionadas com K=1,00 em todos seus elementos e com apenas análise linear. Já as estru-turas com , são consideradas

de média deslocabilidade e neste caso deve ser reduzido o módulo de elastici-dade da estrutura em 20%, realizando nova análise de segunda ordem e com seus resultados sendo usados para di-mensionar a estrutura com K=1,00 em todos os elementos.

O manual apresenta no capítulo 1 as partes componentes dos galpões de aço, seus detalhes construtivos, tipologias de composição e os procedimentos bási-cos para o desenvolvimento de projeto. No segundo capítulo são detalhados os aspectos dos documentos necessários a um projeto deste tipo e seus desenhos, e a marcha de cálculo das ações, com-binações, análise de primeira e segunda ordem, assim como as verificações dos elementos, contraventamentos e bases de apoio. Finalmente se anexa no fi-nal o fluxograma de dimensionamento de perfis I a flexocompressão, e como novidade quatro desenhos básicos para completar um projeto executivo de um galpão para usos gerais.

Os autores agradecem recomendações ou correções que os usuários tenham para aprimorar esta publicação.

CBCA - Centro Brasileiro da Construção em Aço www.cbca-iabr.org.br

∆2≤1.1∆1

1,1< ∆2

∆1 ≤1,4

Zacarias Chamberlain

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16 ABECE INFORMA Ano 15 Nº 84

COMPARTILHANDO EXPERIÊNCIAS

Vergalhão importado para o concreto armado

Entendo que, em todos os setores da economia, especialmente uma como a

nossa, em desenvolvimento e cheia de de-sequilíbrios, é necessário ter uma abertura inteligente do mercado. Essa abertura deve ser suficiente para que os preços internos fiquem razoavelmente dentro do mercado internacional, para ta-xas de cambio realistas.

É claro que essa abertura não deve ameaçar nossas empresas, especialmente as meno-res e de setores estratégicos, que podem sofrer e até desaparecer, se não estiverem protegidas por taxas de importação ade-quadas, da competição desequilibrada com empresas muito fortes de grandes nações desenvolvidas.

A Construção Civil, como todos os setores da economia, se encaixa nesse quadro, mas de uma maneira especial dada a estabilida-de e a força de suas empresas, as fábricas e as construtoras. Em princípio, nossas em-presas podem competir bem com as estran-geiras.

Como tudo na Construção Civil, em parti-cular, por exemplo, o cimento e o aço para Concreto Armado, só podem ser emprega-dos se atenderem as normas brasileiras. Isso não acontece com muitos produtos indus-triais, desde que o fabricante dê adequada garantia ao consumidor, mas é fundamental na Construção Civil, para garantir a quali-dade das nossas obras. Tanto projeto, mate-riais, execução e manutenção devem seguir um conjunto coerente de normas que dêem essa garantia.

Na verdade, como a indústria da Construção Civil é muito pulverizada, cada um faz um pequeno pedaço, a qualidade só pode ser garantida por um conjunto de normas mini-mamente coerente.

Assim, corre-se risco inaceitável se come-çarmos a usar aço produzido no exterior sem que atenda as nossas especificações, que foram admitidas pelo projetista ao lon-go do seu trabalho de projeto. Como ape-nas algumas propriedades desses produtos são verificadas por ensaios rotineiros de controle, outras propriedades importantes não serão verificadas, comprometendo a qualidade e especialmente a segurança da construção.

Hoje em dia, função do aquecimento do mercado brasileiro, especialmente no caso do aço CA50, os preços estão altos, muito altos, quando comparados a preços inter-nacionais. É claro que esses preços de-correm não apenas dos preços líquidos da indústria, mas também, e sobretudo, dos impostos e da taxa de cambio. Assim, além de procurar por uma reforma tributária e ainda outra cambial, uma das formas de se proteger de preços internos altos, é im-portar aço.

Ocorre que o nosso CA50 é um aço espe-

cialíssimo. Tem qualidades excepcionais de ductilidade, de soldabilidade, de resistên-cia á fadiga e mesmo de aderência, entre outras. Que seja do meu conhecimento, nenhum aço produzido fora do Brasil, para Construção Civil, se iguala ao nosso CA50. Metalurgistas estrangeiros experientes se sensibilizam e se admiram com as qualida-des desse nosso aço.

Um dos candidatos a importação é o Grade 75 (ASTM) produzido nos EUA. Seu uso no Brasil não é permitido porque ele não aten-de as especificações brasileiras do seu cor-respondente, o CA50.

Embora o G75 seja um pouco mais resisten-te que o CA50 na tração simples, escoamen-to 520 contra 500MPA, ele é menos dúctil, com alongamento de ruptura 6 ou 7% (de-pendendo da bitola) contra 8%. O próprio ensaio de medida desse alongamento não é exatamente o mesmo. Essa menor ductili-dade deve reduzir a capacidade de dobra-mento do aço, bem como a capacidade de adaptação plástica das peças armadas com ele.

Em relação aos ensaios de dobramento, as normas ASTM exigem diâmetros maiores que os das nossas normas ABNT. A ASTM exi-ge 5 e 7 diâmetros enquanto a ABNT 4 e 6, conforme a bitola.

Ainda em relação ao diâmetro de dobra-mento, mas agora nas normas de deta-lhamento de projeto, o ACI318 prescreve coisas parecidas com a NBR6118. A NBR admite dobramentos de estribos com 3d (d - diâmetro da barra) e ganchos com 5 e 8d conforme a bitola. Já o ACI318 admite dobramentos menores de 3 a 5d depen-dendo do diâmetro. Isso quer dizer que, embora a ASTM seja menos exigente nos ensaios, o ACI é mais permissivo no detalhamento. É possível que o G75 passe nos nossos ensaios de dobra-mento, mas isso deve ser comprovado, se-gundo os requisitos brasileiros.

Já em relação à capacidade de adaptação plástica, que está claramente definida na NBR6118, no item 14.6.5 Análise Plástica, através da capacidade de rotação plástica, deveria ser feita uma redução do CA50 para o G75.

Outro ponto a ser considerado é a diferen-ça de conformação superficial que altera propriedades de aderência e resistência à fadiga. Seria necessário medir o ηb do G75 e fazer as eventuais adaptações na tensão de aderência.

Em relação à fadiga, para aplicação nas pon-tes, seria necessário mostrar que o G75 aten-de bem as flutuações de tensão da NBR6118, como o CA50. Vale lembrar que a NBR 6118 não prescreve a aplicação de coeficiente de ponderação de 1,15 como o Eurocode EC2, ao CA50, reduzindo as flutuações aceitáveis na fadiga, por conta dessas suas qualidades.

Além disso, é importante lembrar também que as bitolas são diferentes. O projetista deveria redefinir as quantidades de barras e os espaçamentos.

Uma forma de viabilizar essa importação se-ria rever a norma NBR7480, reduzindo as es-pecificações do CA50, para que alguns aços estrangeiros, como o G75, com tensão de escoamento mínima de 500MPa, pudessem atender essas especificações. Essa solução não me é boa, porque vamos perder todas as excepcionais qualidades do nosso CA50. É como voltar para trás.

Recordando as discussões quando da última revisão da nossa norma NBR7480, verifi-quei, primeiro, que nossa norma já estava de acordo com a ISO6935 e, segundo, que já existiam muitos países preparando-se para produzir um equivalente do CA50.

Hoje em dia, existe uma significativa produ-ção mundial de CA50, inclusive com impor-tação para o Brasil, embora pequena. São aços que atendem plenamente a NBR7480 e, por isso, podem ser usados aqui.

Com isso, perde sentido pensar em rebaixar as especificações do CA50 ou mesmo incluir outra para o G75. Mesmo porque, o G75, que tem pouco uso no mundo, mesmo nos EUA, com a internacionalização do CA50, tende a perder espaço.

A solução é importar o CA50 produzido fora do Brasil, como alguns já estão fazendo.

Assim, é necessário muito cuidado com aços importados que não respeitem nossa normalização, especialmente para subs-tituição de CA50 por G75, em função das diferenças descritas acima. Essa substi-tuição não deve ser feita, especialmente agora que podemos sugerir a importação de CA50, dentro das nossas especificações, em lugar de G75.

Fernando Rebouças Stucchi EGT Engenharia

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