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I SEMINÁRIO SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS E ASPECTOS DAS MUDANÇAS INSTITUCIONAIS NO BRASIL E EM GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS, ESTRATÉGIAS E DESENVOLVIMENTO PPED/UFRJ/UEG OUTUBRO/2012 68 POLÍTICA INDUSTRIAL COMO POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO EM GOIÁS: A CONSTRUÇÃO DE UMA REGIÃO Mario Cesar Gomes de Castro UFRJ/UEG/CAPES [email protected] Ana Célia de Castro UFRJ Introdução Desde a década de 1970 o Estado de Goiás tem balizado a busca do desenvolvimento através de políticas para dinamizar seu parque produtivo e de atração de indústrias, com ações de cunho fiscal, facilidade de crédito e, em algumas situações, a criação de infraestrutura (principalmente via criação de Unidade de Desenvolvimento Industrial / Distritos Industriais). Por outro lado, o setor industrial apresentou relevante crescimento de sua participação no Produto Interno Bruto do Estado, saindo de 17,9% em 1970 para 32,5% em 2000. Apesar de na última década (2010) não demonstrar o mesmo dinamismo, caindo praa 27,01% (GOIÁS. 1999 e 2011). Esta mudança na estrutura produtiva caracterizou-se pelo setor industrial estar concentrado em 20 municípios, aproximadamente 8% do Estado. Consequência ou não de tal fato, no Estado 56,17% dos habitantes estão residindo em 6,61% dos municípios (do total de 246) de médio e grande porte. A concentração, tanto produtiva quanto populacional, pode até certo ponto, ter refletido no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) alcançado pela maioria dos municípios goianos (total de 86%) ter ficado abaixo da taxa estadual no ano 2000 1 (IPEA, 2003). Aceitando-se que a política pública é o campo do conhecimento que busca, ao mesmo tempo, “colocar o governo em ação” e/ou analisar essa ação (variável independente) e, quando necessário, propor mudanças no rumo ou curso dessas ações (variável dependente)” (SOUZA, 2006, p. 26) e que em Goiás a promoção do desenvolvimento teve como principal instrumento a industrialização, tem-se que o desafio maior é conhecer os descaminhos das políticas industriais adotadas, buscando conhecer os motivos pelos quais estas não surtiram efeito no todo do Estado. Fato que leva ao objetivo da pesquisa: analisar o peso da política industrial para a construção do que hoje se conhece como o território goiano. Tendo como objeto da pesquisa: a política industrial como política de desenvolvimento em Goiás. 1 No ano 2000, 34 dos 246 municípios estavam com o IDH-M acima de 0,775 (IDH do Estado de Goiás).

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    POLTICA INDUSTRIAL COMO POLTICA DE DESENVOLVIMENTO EM GOIS:

    A CONSTRUO DE UMA REGIO

    Mario Cesar Gomes de Castro

    UFRJ/UEG/CAPES

    [email protected]

    Ana Clia de Castro

    UFRJ

    Introduo

    Desde a dcada de 1970 o Estado de Gois tem balizado a busca do desenvolvimento atravs

    de polticas para dinamizar seu parque produtivo e de atrao de indstrias, com aes de cunho

    fiscal, facilidade de crdito e, em algumas situaes, a criao de infraestrutura (principalmente via

    criao de Unidade de Desenvolvimento Industrial / Distritos Industriais). Por outro lado, o setor

    industrial apresentou relevante crescimento de sua participao no Produto Interno Bruto do Estado,

    saindo de 17,9% em 1970 para 32,5% em 2000. Apesar de na ltima dcada (2010) no demonstrar

    o mesmo dinamismo, caindo praa 27,01% (GOIS. 1999 e 2011).

    Esta mudana na estrutura produtiva caracterizou-se pelo setor industrial estar concentrado

    em 20 municpios, aproximadamente 8% do Estado. Consequncia ou no de tal fato, no Estado

    56,17% dos habitantes esto residindo em 6,61% dos municpios (do total de 246) de mdio e

    grande porte. A concentrao, tanto produtiva quanto populacional, pode at certo ponto, ter

    refletido no ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) alcanado pela maioria dos municpios

    goianos (total de 86%) ter ficado abaixo da taxa estadual no ano 20001 (IPEA, 2003).

    Aceitando-se que a poltica pblica o campo do conhecimento que busca, ao mesmo

    tempo, colocar o governo em ao e/ou analisar essa ao (varivel independente) e, quando

    necessrio, propor mudanas no rumo ou curso dessas aes (varivel dependente) (SOUZA,

    2006, p. 26) e que em Gois a promoo do desenvolvimento teve como principal instrumento a

    industrializao, tem-se que o desafio maior conhecer os descaminhos das polticas industriais

    adotadas, buscando conhecer os motivos pelos quais estas no surtiram efeito no todo do Estado.

    Fato que leva ao objetivo da pesquisa: analisar o peso da poltica industrial para a construo do que

    hoje se conhece como o territrio goiano. Tendo como objeto da pesquisa: a poltica industrial

    como poltica de desenvolvimento em Gois.

    1 No ano 2000, 34 dos 246 municpios estavam com o IDH-M acima de 0,775 (IDH do Estado de Gois).

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    Segundo Bresser-Pereira (2008), a discusso sobre desenvolvimento econmico

    historicamente se relaciona ao bem-estar material da humanidade e que os seus fatores

    fundamentais, so: a acumulao de capital em relao ao produto nacional e a capacidade de

    incorporao de progresso tcnico produo, que levar ao aumento da produtividade, dos salrios

    e do padro mdio de vida da populao. Portanto, DE, um processo de transformao

    econmica, poltica e social, atravs do qual o crescimento do padro de vida da populao tende a

    tornar-se automtico e autnomo. (BRESSER-PEREIRA, 1968, p. 15).

    Para Schumpeter (1988, p. 47), o desenvolvimento so mudanas que no so impostas de

    fora, mas que surjam de dentro, por sua prpria iniciativa e se realiza pelas novas combinaes de

    materiais e foras produtivas, e introduo de novos mtodos de produo. Neste contexto a

    Comisso Econmica para America Latina e Caribe (CEPAL) explica que o desenvolvimento do

    progresso tcnico aconteceu em ritmos diferentes: a) em pases centrais ele foi mais rpido e regular

    e, b) em outros pases ele foi lento e irregular - o caso dos pases perifricos (FURTADO, 2009). E

    a soluo para a reduo da distncia entre centro e periferia, e/ou, desenvolvidos e

    subdesenvolvidos, a industrializao.

    Contudo, essa relao - industrializao e desenvolvimento - vem sofrendo abalos com a

    perda de representatividade da indstria no Produto Interno Bruto (PIB) de alguns pases, dentre

    eles o Brasil. Situao, que segundo Suzigan e Furtado (2006), reflexo das dificuldades que o pas

    enfrentou a partir da dcada de 1980 para fazer poltica Industrial.

    Derivando, da a importncia da poltica industrial para o crescimento e desenvolvimento

    econmico, pois elas buscam criar estmulos ao investimento privado, seja por via da alterao dos

    preos relativos, a exemplo da concesso de subsdios e isenes, seja atravs da reduo da

    incerteza quanto ao retorno de tais investimentos (DELGADO, 2010). Pode ser feita diretamente a

    empresas especficas poltica vertical; ou polticas que abrangem o crescimento da economia

    como todo as polticas horizontais (CHANG, 1994). E elas afetam o bem-estar econmico de um

    pas ao intervir na alocao dos recursos entre empresas (ITOH et al., 1991). Resumindo, s

    polticas cabe apoiar as empresas de variadas formas, para que possam lanar mo destas armas da

    competio. (CASTRO, 2002, p. 253).

    Outros elementos que devem ser considerados quando se trata de industrializao, dizem a

    respeito dos fatores que levam as empresas e pessoas a se localizarem ou se aglomerarem em

    determinados locais, que podem ser assim resumidos: a) as condies fsicas (clima e solo, por

    exemplo); b) proximidade que favorece a disseminao do conhecimento; c) frete ou tarifa

    alfandegria menor; d) produo em larga escala; e) vantagens do tamanho dos mercados; f)

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    ligaes para trs e para frente; e, g) efeitos da causao circular e acumulativa que uma ao ou

    fato ocorrido em determinada economia (ou local) ir desencadear reaes que podem ser negativas

    ou positivas (MARSHALL, 1996 e MYRDAL,1972).

    Reforando a ideia de polos de crescimento (PERROUX, 1967), em que um centro de

    acumulao e concentrao de meios humanos e de capitais fixos, chama existncia outros centros

    de acumulao e concentrao. Polos que podem ser mais a consequncia de provocao e

    mobilizao de recursos, fatores de produo e aptides, do que de uma tima confluncia destes

    (HIRSCHMAN, 1961). Onde a participao dos agentes locais fundamental para a organizao

    dos fatores do processo acumulativo (STORPER, 1997).

    Metodologia

    Para atender o objetivo da pesquisa, que o de estudar as polticas pblicas para a

    industrializao como poltica de desenvolvimento do Estado de Gois, far-se- estudo das

    principais ideias tericas que ajudam a entender as propostas de industrializao do Estado e/ou

    fatores que impulsionam as empresas a se fixarem em determinados territrios.

    No cenrio que : se entender o objeto a poltica industrial como agregadora das aes que

    visam industrializao do Estado, vai-se fazer uma abordagem qualitativa, empregando a tcnica

    descritiva analtica, procurando comparar e/ou cruzar variveis ligadas aos processos internos de

    criao de tais polticas aos resultados, para se entender como elas serviram de pano de fundo para o

    avano da fronteira industrial das regies mais dinmicas do pas.

    Para tanto, sero utilizadas como ferramentas a pesquisa bibliogrfica para coleta de dados

    estatsticos e outras tantas anlises de polticas que afetaram o Estado de Gois. Outro procedimento

    ser o levantamento documental nos rgos como a Secretria da Fazenda e Planejamento, para se

    conhecer a participao das diversas empresas (ou ramos produtivos) na gerao de tributos, bem

    como, a relevncia para a microrregio do Estado em que se instalou, tal procedimento se justifica,

    pelo fato de que a maioria dos dados no est disponvel em publicaes dos rgos citados.

    A anlise do impacto da industrializao decorrente das polticas industriais implantadas se

    dar pela participao do setor industrial no PIB, na gerao de impostos, no volume de emprego,

    na renda, no comrcio exterior, entre outros indicadores de desenvolvimento industrial, econmicos

    e sociais.

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    Resultados e Discusso

    Como resultado de levantamento preliminar, tem-se que a introduo da poltica industrial no

    cenrio da economia goiana, como meio de promoo do desenvolvimento, veio como

    consequncia da desconcentrao da indstria da regio sudeste, acentuada a partir da dcada de

    1970. Momento dos primeiros movimentos para uma poltica industrial em Gois, que tinha por

    objetivo atrair empresas e comear a industrializao do Estado.

    A indstria no Centro-Oeste se pode dizer tambm em Gois, caracterizava-se at dcada de

    1960, por gerar produtos para o mercado domstico, sem grandes pretenses tecnolgicas, que se

    concentrava na produo de bens de consumo e intermedirios (CANO, 2007), com tendncias

    agroindustriais. Este estgio da industrializao, que ocorreu com a introduo das agroindstrias,

    foi dividido por Castro e Fonseca (1995), em trs fases, a) caracterizada pela adaptao de espcies

    de soja ao cerrado, na dcada de 70, com algumas atividades de beneficiamento de gros; b) nesta

    fase ocorre a expanso da soja (e do milho), notabilizanda pela deficincia de infraestrutura e pela

    entrada de grandes empresas; e, c) os grandes conglomerados industriais introduzem fbricas de

    beneficiamento de gros e atividades integradas de criao e abate de pequenos animais.

    As primeiras empresas vieram, portanto, em busca de um grande mercado fornecedor, sem

    obederecem a um planejamento, ou mesmo atradas por polticas pblicas. As demais j tiveram

    vantagens adicionais com as polticas de atrao implentamentadas, de forma planejadas a partir de

    1971, com destaque para o Programa Fomentar (1984) e o Programa Produzir (2000), segundo

    Fonseca (2004, p. 20).

    Alm dos programas de incentivo fiscais, o Estado de Gois, dentro de uma perspectiva

    desenvolvimentista, criou outros meios de incentivos, como a implantao do Plano de

    Desenvolvimento de Gois (PDEG), em 1961, a criao da Secretaria de Indstria e Comrcio, a

    Carteira de Crdito Industrial do Banco do Estado de Gois, distritos industriais e agncias de

    fomento.

    As consequncias podem ser observadas pela melhor participao dos diversos setores

    produtivos (industriais) na Estrutura do Produto Interno Bruto, em relao ao agropecurio, que at

    o incio do sculo XX foi sustentculo da economia do Estado (aps o declnio na minerao do

    ouro), chegando a representar mais de 70% da renda interna em 1939. Teve sua participao

    relativa reduzida para 14% em 2009. Contudo, ainda no se conseguiu reverter o processo de

    concentrao industrial e de produo de riqueza no Estado, quando se tem destacado 10

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    municpios com elevado PIB dentre os 246 do Estado (GOIS, 2012).

    Este parque industrial goiano, em 2008, foi responsvel por 2,27% do valor da transformao

    industrial (VTI), ficou em 9 lugar no ranking brasileiro, e no quesito contingente de mo de obra

    empregada em Gois ocupa a 10 posio (GOIS, 2012). O setor se ainda caracteriza por forte

    presena de agroindustriais, com poucas incurses em outros ramos como montadora de motos e

    veculos utilitrios e a incipiente indstria farmacutica no municpio de Anpolis. ainda,

    altamente dominanda por capital oriundo de outros Estados, em 2011, entre as cinquenta maiores

    contribuintes de Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS) do Estado, tm-se

    duas indstrias com capital social majoritariamente do Estado. Quanto ao ICMS, Gois participa

    com 3,16% da arrecadao brasileira, estando em 8 lugar (GOIS, 2012a).

    Consideraes Finais

    Discutir a poltica industrial como promotora do desenvolvimento em Gois, torna-se

    fundamental, para analisar tanto o seu papel como instrumento, bem como, as reais consequncias

    de sua implantao. Facultando, em momento que o Estado amplia sua condio de fronteira do

    processo produtivo, possveis mudanas de rumo no s na elaborao de novas polticas, como

    tambm no olhar sobre as diferentes regies do Estado.

    Promovendo alterao da condio de dependente (ESTEVAM, 1998), com melhor utilizao

    dos fatores endgenos. E seja revertido o resultado do estudo sobre o crescimento da economia do

    Centro-Oeste entre 1960 e 1996, feito por Monteiro Neto e Gomes (2000), quando se constatou que

    no perodo analisado o grande financiador das mudanas ocorridas foi o recurso pblico, que criou

    infra-estrutura econmica e social e expandiram a demanda agregada, induzindo o investimento

    privado. E que estes recursos aplicados na Regio foram provenientes de transferncias de renda de

    outras regies do pas.

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    Agradecimentos

    Inicialmente, quele que permitiu que se chegasse a este momento.

    Em especial, Profa. Ana Clia Castro que incentivou, iniciou e orientou a concretizao do

    sonho de (quase) quinze doutores em tornar melhor o Estado de Gois. Alm do fato de com

    generosidade aturar-me como orientando.

    Deixo tambm meus agredecimentos Profa. Lia Hasenclever pelo excelente trabalho e

    segura conduo da coordenao geral do Dinter e ao Elizer pela competncia e dedicao na

    coordenao local. Sem deixar de reconhecer o papel fundamental da Letcia e do Renato.

    Agradeo ainda direo da UEG pelo empenho para que o Dinter ocorresse. E Capes pelo

    apoio financeiro.

    A Joana, Flvio, Larissa, Isabella e Rebeca .... s a eternidade.

    Referncias

    BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Crescimento e desenvolvimento econmico. Disponvel em:

    .

    Acesso em: 05/04/2012.

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    INSTITUTO DE PESQUISA ECONMICA APLICADA (IPEA). Atlas do desenvolvimento humano no

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    MARSHALL, Alfred. Principio de economia: tratado introdutrio. So Paulo: Nova Cultura, 1996. (Vol. 1.

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    MONTEIRO NETO, Aristides; GOMES, Gustavo Maia. Quatro dcadas de crescimento econmico no

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    STORPER, Michael. The regional world: territorial development in a global economy. New York: The

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    Abstract

    This paper presents succinctly search intent on how industrial policy was employed as development

    policy in the state of Gois since the 1970s.The state over the last forty years of intensive support

    for industrialization failed to leave the periphery condition in relation to the states of southeastern

    Brazil, and bitter in unfavorable conditions on income generation, employment and development

    spatialization. To address the theme,it will be performed a descriptive and analytic search on the

    consequences of policies through industrial performance indicators, economic and social

    development of regions of the State. When searching results that can promote change in direction of

    industrialization policies.