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Segunda-feira, 13-04-2015 Edição às 08h30 EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco Editor Raul Santos MARCELO REBELO DE SOUSA PS não tem alternativa a apoiar Sampaio da Nóvoa Deco recebeu mais de 7.300 pedidos de ajuda de famílias sobreendividadas MANUEL PINTO Candidatos presidenciais e "show bizz" mediático Falta de médicos de família. Acordo com IPSS será fechado até ao fim do mês “Ponto de viragem” entre EUA e Cuba Sonho angolano terminou para Mário. Maria luta para ficar Turquia "desapontada" com palavras do Papa Nigéria. Mais de 800 mil crianças fugiram de casa para não morrer Hillary Clinton volta a tentar chegar à Casa Branca Combustíveis mais baratos estão a chegar a todos os postos

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Segunda-feira, 13-04-2015Edição às 08h30

EDIÇÃO PDF

DirectoraGraça Franco

EditorRaul Santos

MARCELO REBELO DE SOUSA

PS não temalternativa a apoiarSampaio da Nóvoa

Deco recebeu maisde 7.300 pedidosde ajuda defamíliassobreendividadas

MANUEL PINTO

Candidatospresidenciais e"show bizz"mediático

Falta de médicosde família. Acordocom IPSS seráfechado até ao fimdo mês

“Ponto de viragem”entre EUA e Cuba

Sonho angolanoterminou paraMário. Maria lutapara ficar

Turquia "desapontada" compalavras do Papa

Nigéria. Mais de 800 milcrianças fugiram de casa paranão morrer

Hillary Clinton volta a tentarchegar à Casa Branca

Combustíveis mais baratosestão a chegar a todos ospostos

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Turquia"desapontada" compalavras do PapaFrancisco considera que o massacre doscristãos arménios foi o "primeiro genocídiodo século XX".

Papa durante a missa pelos arménios massacrados há um século. Foto:EPA

O Governo turco mostra-se “desapontado” com aspalavras do Papa Francisco, que este domingo apelidoude genocídio o massacre de cristãos arménios há umséculo. A posição das autoridades de Ancara foi transmitida aonúncio apostólico, que foi convocado após asdeclarações do Papa durante uma missa em memóriados arménios massacrados.A Turquia “lamenta profundamente” as palavras deFrancisco e mostra-se “desapontada”, de acordo comfonte oficial citada pela agência Reuters.O Governo de Ancara diz-se “surpreendido”. Sublinhaque a versão de genocídio da população arménio porsoldados do império otomano, entre 1915 e 1917, nuncafoi confirmada pelos tribunais internacionais.Os comentários do Papa causaram um “problema deconfiança” entre a Turquia e o Vaticano, afirma fonteoficial turca.

Hillary Clinton voltaa tentar chegar àCasa BrancaAnúncio oficial este domingo, através dasredes sociais.

Agora é oficial. Hillary Clinton é candidata a candidatapelo partido Democrata à Casa Branca em 2016. "Vouconcorrer à presidência".Numa mensagem deixada no seu site oficial, a ex-primeira dama, ex-secretária de estado, ex-senadora ecandidata a candidata presidencial em 2008 volta aentrar na corrida presidencial.“Todos os dias os norte-americanos precisam de umcampeão. Eu quero ser esse campeão”, diz a mulher doantigo presidente Clinton.Os norte-americanos lutaram para sair de temposeconómicos difíceis, mas os que mais têm continuama ser os mais favorecidos. Todos os dias os americanosprecisam de um campeão e eu quero ser esse campeãoe vocês podem fazer mais do que cruzar os braços:podem assumir a dianteira e permanecer na frenteporque quando as famílias são fortes a América é forte",disse.Hillary Clinton é a primeira candidata democrata àsucessão de Barack Obama. O lado republicano já temdois candidatos: Ted Cruz e Rand Paul.As eleições presidenciais estão marcadas para aprimeira terça-feira de Novembro de 2016.

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Aproveite hoje queamanhã já choveA temperatura máxima vai manter-se alta,mas a chuva vai voltar a quase todo o país,deixando a Madeira, já a partir destasegunda-feira, sob aviso amarelo.

Foto: DR

O dia acorda pouco nublado ou mesmo sem nuvens,esta segunda-feira, mas a nebulosidade vaiaumentando nas regiões do interior durante a tarde,podendo mesmo ocorrer alguns aguaceiros fracos edispersos na região Norte. Está também previsto vento fraco a moderado, maisintenso no Algarve e nas terras altas, e uma pequenasubida da temperatura, mínima e máxima. Em Lisboa, o termómetro vai oscilar entre os 14 e os 25graus, no Porto entre os 13 e os 26, em Vila Real entre os11 e os 25, em Bragança entre os 9 e os 24, em Viseuentre os 10 e os 24, em Coimbra entre os 14 e os 26, emCastelo Branco entre os 12 e os 24, na Guarda entre os 8e os 20, em Évora entre os 10 e os 25, em Beja entre os12 e os 26 e em Faro entre os 13 e os 21 graus. No arquipélago da Madeira, a previsão de chuva porvezes fortes e acompanhada de trovoada levou oInstituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) aemitir um aviso amarelo entre as 5h00 e as 16h00. Na Madeira, o céu deverá estar geralmente muitonublado, com períodos de chuva a partir do início damanhã, diminuindo de intensidade e de frequência apartir do final da tarde. Está também previsto vento fraco a moderado doquadrante sul, soprando temporariamente moderado aforte nas zonas montanhosas. No Funchal, as temperaturas vão variar entre 14 e 17graus. Nos Açores, o céu está nublado, mas com boas abertase o vento sopra moderado, mas com tendência adiminuir de intensidade ao longo do dia. No grupoOriental, estão previstos aguaceiros fracos durante amadrugada e manhã. As temperaturas vão variar entre os 10 e os 16 graus. Chuva instala-se na terça-feira O dia de terça-feira vai amanhecer com algumasnuvens, que se vão tornando mais escuras ao longo damanhã. A chuva vai instalar-se em quase todo oterritório continental, com excepção da região Norte,onde o sol vai andar escondido.

O distrito de Faro vai estar sob aviso amarelo, devido àprevisão de agitação marítima forte, entre as 6h00 e as15h00. As ondas, de sueste, vão variar entre os dois e2,5 metros. As temperaturas vão manter-se amenas, com asmáximas a ultrapassar os 20 graus e as mínimas a nãobaixar dos 11, com excepção de Bragança, onde baixamaos nove. Nas ilhas, o céu vai estar muito nublado, mas a chuvasó deve cair em Santa Cruz (Açores).

Combustíveis maisbaratos estão achegar a todos ospostosLegislação que generaliza gasolina e gasóleosimples entra em vigor na próxima semana.

Foto: DR

Os postos de abastecimento vão passar a vendercombustíveis simples, ou seja, gasóleo e gasolina semaditivos e por isso mais baratos a partir da próximaquinta-feira, sem que se saiba ainda qual será apoupança para os consumidores. Contactadas pela agência Lusa, as petrolíferas a operarem Portugal escusam-se a explicar como é que vão porem prática a lei nº. 6/2015, publicada no dia 16 deJaneiro, e que obriga todos os postos de combustíveldo território continental a disponibilizar combustíveissimples, mas dizem que o diploma, aprovado porunanimidade, será cumprido.Também a Associação Portuguesa de EmpresasPetrolíferas (Apetro), que representa petrolíferas como aGalp, a BP, a Repsol ou a Cepsa, se recusou a falar dalegislação na semana anterior à sua entrada em vigor,recordando apenas o seu "desacordo".Aquando da discussão da proposta legislativa, a Apetroalertou para o facto da redução de preços não ser aapregoada, dada a impossibilidade de as petrolíferaspraticarem preços próximos dos postos das grandessuperfícies, uma vez que são modelos de negóciodiferentes, com níveis de serviço distintos. A uma semana da entrada em vigor da lei,desconhece-se os preços ou a estratégica comercialque as marcas vão seguir para fazer cumprir a lei,sendo que em muitos postos algumas mangueiras dos

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produtos “premium” - os mais aditivados e mais caros -estão há vários dias fora de serviço para seremsubstituídos pelos combustíveis simples, constatou aLusa. Fonte oficial da Galp limitou-se a dizer que a petrolífera"vai respeitar a lei" nos seus 715 postos deabastecimento em Portugal. Já em Fevereiro, opresidente da empresa, Ferreira de Oliveira, dizia ter"equipa a trabalhar" para cumprir a legislação,admitindo a possibilidade de contestar o diploma nostribunais. "Temos que tirar a nossa gama de produtos para por láuma gama que o Governo nos impõe num mercadoque está totalmente livre", disse o presidente dapetrolífera, adiantando que a Galp trocará os seusprodutos aditivados pelos simples, uma vez que asatuais circunstâncias impedem o investimento emmais tanques e bombas.Também a BP garantiu que está preparada paracumprir a lei, partir de 16 de Abril, nos seus 350 postosde abastecimento em Portugal."No decorrer deste processo, estamos comprometidosem manter a qualidade reconhecida dos nossosprodutos. Neste momento, no âmbito da estratégiacomercial não é possível dar mais informação",adiantou fonte oficial da BP.A Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis(ENMC), que terá a missão de fiscalizar o cumprimentodo novo diploma, explicou que a lei dos combustíveissimples não coloca quaisquer restrições àcomercialização de combustíveis aditivados, contudo,e como forma de salvaguardar o direito de informaçãoaos consumidores, os postos estão obrigados a indicaro tipo de aditivos incorporados nos combustíveis.Os postos estão ainda obrigados a identificarclaramente as mangueiras que fornecem osdesignados combustíveis simples, por forma apossibilitar ao consumidor optar por este combustível,em princípio mais barato do que os aditivados.Em Dezembro, quando o decreto-lei foi aprovado, oministro da Energia, Moreira da Silva, defendeu que anova legislação "reforça a liberdade de escolha dosconsumidores e leva mais longe o objectivo de coesãoterritorial, permitindo aos consumidores distinguiremde forma clara entre a gasolina e o gasóleo rodoviáriossimples e a gasolina e o gasóleo rodoviáriossubmetidos a processos de aditivação suplementar,possibilitando uma escolha consciente e informadasobre o que estão de facto a comprar".

Deco recebeu maisde 7.300 pedidos deajuda de famíliassobreendividadasAssociação de Defesa do Consumidor alertapara "degradação da situação financeira dafamílias" portuguesas.

Um total de 7.354 pedidos de ajuda famíliasendividadas chegaram à Deco nos primeiros trêsmeses deste ano, indica um relatório a que aRenascença teve acesso. O número é idêntico ao registado em igual período doano passado, explica Natália Nunes, do gabinete deapoio ao sobreendividado da Associação de Defesa doConsumidor. “Em 2014, foram mais de 29 mil famílias que nospediram ajuda, sendo que no primeiro trimestre foram7.500 famílias que entraram em contacto com a Deco apedir ajuda. Este ano, exactamente no mesmo período,foram 7.300 as famílias que nos pediram ajuda.”Segundo a Deco, estes números mostram que asfamílias estão ainda com muitas dificuldadesfinanceiras.“Continuamos a verificar uma degradação da situaçãofinanceira da famílias, que leva a que muitas dasfamílias em situação de sobreendividamento que nospedem ajuda não tenham já qualquer capacidade dereestruturar as suas dívidas”, afirma Natália Nunes.Estas pessoas, explica, “têm fracos rendimentosdecorrentes de situações de longo desemprego” ouentão já voltaram a trabalhar “mas estão a receber osalário mínimo nacional, valor muito inferior ao querecebiam antes de entrarem em situação dedificuldade”.“Muitas vezes os fracos rendimentos inviabilizamqualquer possibilidade de ajudar as famílias areequilibrar financeiramente a sua situação”, diz NatáliaNunes, do gabinete de apoio ao sobreendividado.Dos mais de 7.300 pedidos de informação de famíliasendividadas, a Deco abriu um total de 663 processos.O desemprego e os cortes salariais, são razõesapontadas para as dívidas. Há também um númerocrescente de casos relacionados com penhoras dedívidas de terceiros, mas também de dívidas pessoaiscom o fisco e, sobretudo, ligadas ao Imposto Municipal

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sobre os Imóveis (IMI).

MANUEL PINTO

Candidatospresidenciais e"show bizz"mediáticoPraticamente todos os media ecomentadores calam e não denunciam ofacto de termos há meses ou anos, no canalde TV de maior audiência, um outroprotocandidato que faz semanalmenteshows televisivos sob a capa de comentáriosà actualidade, que comenta ao domingo,como se fosse juiz, assuntos de que é, àsemana, também parte e autor e que estápermanentemente a jogar connosco o jogodo “é, mas faz de conta”.

Os meios de comunicação influenciam a opiniãopública não apenas por aquilo que escolhem paradivulgar e pelo destaque que lhe dão, mas também pelosilêncio e silenciamento de certos assuntos. Essasoperações de publicitação e de apagamento são, podedizer-se, inevitáveis, já que não se pode dar tudo e,menos ainda, destacar tudo. Por isso mesmo é que seespera que os media, no seu conjunto e cada um deles,exprimam diversidade de assuntos e de pontos devista. E não apenas nas programações e nosnoticiários, mas também nos editoriais, nos painéis decomentadores, nos colunistas e nas vedetas docomentário.Na semana que passou pudemos ver o silênciotonitruante dos media sobre uma tentativa deassassinato de carater de um pré-candidatopresidencial, acusado de falta grave no exercício deuma função institucional. Apesar de ter sido logoesclarecido - nas redes sociais - que o cidadão emcausa não tinha margem legal para ter agido de outromodo, uma passagem pelas matérias publicadas dábem a ideia de como se faz o enquadramento: namelhor das hipóteses, uma vez levantado o assunto, osmedia acrescentam, no final, que há uma outra leitura.Aquela que fica - nos destaques e nos títulos - é que

estamos perante alguém sem coluna vertebral.Para abater um potencial candidato não se hesita empropagar como notícia factos sem consistência. Maspraticamente todos os media e comentadores calam enão denunciam o facto de termos há meses ou anos,no canal de TV de maior audiência, um outroprotocandidato que faz semanalmente showstelevisivos sob a capa de comentários à actualidade,que comenta ao domingo, como se fosse juiz, assuntosde que é, à semana, também parte e autor e que estápermanentemente a jogar connosco o jogo do “é, masfaz de conta”. Tudo legal, muitos veem, mas é preferívelfazer de conta que nada de especial se passa.Em 1998, o então director-geral da SIC Emídio Rangeldizia num documentário de Mariana Otero que “umaestação que tem 50% de share vende tudo, até oPresidente da República!”. A situação dos media mudoumuito, desde então. Há hoje um "sistema mediático"que, ainda que não envolva todos os grandes media,marca a agenda, estabelece a sua verdade e, em funçãodela, decide quem deve viver e quem deve morrer. Opoder que tem já não é o que porventura foi. Mas estáembrulhado em mais "show bizz2 e em menosproblemas de consciência.

MARCELO REBELO DE SOUSA

PS não temalternativa a apoiarSampaio da NóvoaO eventual candidato sustenta que aqueleque poderá vir a ser o seu adversário não éum candidato fraco.

Marcelo Rebelo de Sousa diz que "começa a ficar claroque não há alternativa do PS a um apoio a Sampaio daNóvoa" na corrida a Belém.Com as recusas de António Guterres, Jaime Gama eAntónio Vitorino, "para quê andar à procura de outroquando Sampaio de Nóvoa se vai lançar?", questionouMarcelo, no seu habitual comentário dominical, na TVI.Para além do apoio já declarado de Mário Soares, oantigo reitor da Universidade de Lisboa "pode vir a ter oapoio de Eanes" e, até, de Sampaio, antevê Marcelo que,perante este quadro, questiona: "É um candidato fraco?"

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Marcelo disse ainda que António Guterres esclareceuagora a sua posição em relação às presidenciais dopróximo ano “porventura, porque foi uma ajuda aAntónio Costa”.“Continuando a sombra de Guterres, nem ele avançava,nem deixava avançar ninguém. Assim permite atomada de posição do partido", argumentou.Quanto às legislativas, o antigo líder social-democrataconsidera que "há muito tempo que se devia teravançado para a coligação" entre PSD e CDS. Olhandopara as sondagens, "o PSD não chega lá sozinho, mascom o CDS fica próximo", defendeu Marcelo.

Governo acusado de“radicalismoideológico” porAntónio CostaLíder socialista reafirma que a alternativa é ovoto no PS.

O secretário-geral do PS, António Costa, acusa oGoverno de “radicalismo ideológico”.Em Coimbra, num encontro com militantes, o lídersocialista disse que o Executivo PSD/CDS olha semprepara os problemas com o preconceito ideológico.“É a direita mais extremista na sua concepção dasociedade e da economia. Este Governo nunca olhoupara os problemas de uma forma pragmática, olhasempre para os problemas com preconceitoideológico”, refere.Por isso, António Costa pediu o voto no PS comoalternativa.“O descontentamento que as pessoas têmrelativamente ao estado do país não se resolve com oqueixume entre família, com os colegas de trabalho,com os vizinhos ou com os amigos. Odescontentamento que o país tem resolve-seconstruindo alternativa, constrói-se e resolve-sevotando na alternativa”, acrescenta Costa.

PCP criticaindefinição no PS.Parece um"caranguejo moído"Jerónimo de Sousa defende que a alternativanas legislativas é a CDU.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, critica aindefinição do PS em delinear uma política alternativae considerou que o partido "nem é carne nem é peixe",parecendo "um caranguejo moído"."Neste quadro de objectivos claros por parte da direita edeste PS que nem é carne nem é peixe, que maisparece um caranguejo moído em termos de definiçãode uma política alternativa, nós queremos dizer `aquiestá a CDU`. Há razões para estarmos confiantes",afirmou Jerónimo de Sousa, referindo-se às próximaslegislativas.O secretário-geral do PCP falava durante um almoço-convívio com militantes em Castelo Branco.Lembrando que as eleições legislativas são já emSetembro ou Outubro deste ano, o líder dos comunistasreferiu que "esta batalha exige muito de cada um".

“Tempo de Avançar”quer acordo contraausteridadePartido apresentou ainda datas para oavanço de candidaturas às primárias para aslegislativas.

A candidatura cidadã Livre/Tempo de Avançar vaipropor a todas as forças políticas a construção de umacordo que permita no Parlamento reproduzir a maioriasocial que existe contra a austeridade."Achamos que deve haver um compromisso entrepartidos e cidadãos para dar resposta aos problemasmais prementes do país e que esse compromisso tenhaalguns pontos que sejam iguais para todos, para que oscidadãos possam ter a confiança de que após aseleições estes problemas vão ter resposta", afirmou RuiTavares, no final da segunda reunião do Conselho dacandidatura cidadã Livre/Tempo de Avançar, emLisboa.Rui Tavares explicou que se trata de um desafio "atodos os que se têm posicionado contra as actuaispolíticas e contra a austeridade", no sentido de que sejacriado um compromisso sobre "temas inadiáveis",como a renegociação da dívida, o desemprego, adesigualdade, as privatizações e a própria política,nomeadamente em termos de luta contra a corrupção eaprofundamento da democracia.Nesta mesa redonda, acrescentou, poderão estar

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todos os partidos e forças políticas que tenham "traçosde união", incluindo o BE, o PCP, o PS e "toda a genteque queira fazer esse compromisso", além de partidosque neste momento não têm representaçãoparlamentar. "É uma proposta a todos os que se têm posicionadocontra as atuais políticas, contra a austeridade",sublinhou Rui Tavares, que em 2009 foi eleito comoindependente nas listas do BE para o parlamentoeuropeu, para dois anos depois abandonar aquelegrupo parlamentar e se juntar ao grupo dos Verdes,criando depois o partido Livre.Antes, a ex-deputada bloquista e agora dirigente doFórum Manifesto Ana Drago já tinha explicado que aintenção da candidatura cidadã Livre/Tempo deAvançar é criar uma mesa redonda que, em torno deum conjunto de pontos fundamentais, saiba construirum acordo que "não vá trair a maioria social que existecontra a austeridade"."As diferentes forças que se vão apresentar nas eleiçõeslegislativas podem desde já e antes das eleições incluirnos seus programas eleitorais um conjunto de escolhaspolíticas que podem mudar radicalmente aquilo quetem sido a governação política dos últimos anos", disse,frisando que na sociedade portuguesa "todos os sinaismostram que existe claramente uma maioria social epolítica contra a austeridade, a crise social e a enormedesigualdade".Porém, acrescentou, não é claro que no novoparlamento seja possível "dar voz a esta vontade demudança política profunda" com um novo Governoque combata a política de austeridade.Eleições primárias para escolher deputadosEntretanto, a candidatura anunciou ainda que vairealizar eleições primárias a 21 de Junho para escolheros candidatos às eleições legislativas que se irãorealizar no final do Verão.Manuela Silva adiantou que a intenção é que aseleições primárias decorram pelo menos nos principaiscírculos eleitorais.A entrega de candidaturas estará aberta a partir de 25 deAbril, com o início da campanha dos candidatos àseleições primárias marcada para 30 de Maio.Na formalização das candidaturas, os candidatosdeverão apresentar uma breve nota biográfica, umanota de candidatura, além do compromisso de que"não têm acusações por corrupção". Cada candidaturaterá se ser proposta por cinco pessoas.O presidente da comissão eleitoral será Luís Moita,professor catedrático de relações internacionais.A candidatura cidadã Livre/Tempo de Avançar junta opartido LIVRE e as associações Fórum Manifesto, dosex-bloquistas Ana Drago e Daniel Oliveira, e RenovaçãoComunista, o Movimento de Intervenção e Cidadaniado Porto (MIC-Porto) - participante na candidaturapresidencial do histórico socialista Manuel Alegre - eoutras personalidades da esquerda envolvidas no"Manifesto 3D" ("Dignidade, Democracia eDesenvolvimento") e Congresso Democrático dasAlternativas, como Boaventura Sousa Santos, Isabel doCarmo, José Castro Caldas, Pilar del Rio ou Ricardo SáFernandes.

Impasse no ConselhoEconómico e Socialpreocupa SilvaPenedaPS defende solução provisória. Já PSD quereleição imediata para a presidência do CES,em vacatura a 1 de Maio. Daniel Bessaperplexo com falta de entendimento.

Por José Bastos

Nunca aconteceu no quarto de século de história doConselho Económico e Social (CES): o presidenterenuncia antes do final do mandato (de duração igual àlegislatura), mas a saída carece de enquadramentolegal.PS e PSD não se entendem para superar este vazio nalei à volta do órgão constitucional de consulta econcertação social. O Parlamento decide, mas o aindapresidente Silva Peneda já enviou à presidente daAssembleia da República, Assunção Esteves, umasugestão para superar o impasse: a alteração legislativado estatuto do CES, prevendo “em caso de morte ouvacatura da presidência” a substituição por ummembro do conselho coordenador. A actual lei só prevê a substituição em caso de falta ouimpedimento do presidente, não num cenário derenúncia.No programa “Conversas Cruzadas” desta semana,Silva Peneda historia todo o processo à volta da suaprópria substituição. Sugere igualmente um projecto delei a ser assumido pelos grupos parlamentares. “EmDezembro do ano passado anunciei – em conversaspessoais com todos os líderes parlamentares – a minhadecisão de aceitar o convite de Jean-Claude Junckerpara a Comissão Europeia”, começa por indicar.“Depois formalizei, por carta, o pedido de renúncia aocargo com efeitos a partir de 1 de Maio. Portanto houvetempo suficiente para tratar desta questão. Espero queacabem por encontrar uma solução”, afirma.“A carta que escrevi à presidente da Assembleia daRepública tem a ver com uma solução. Coloco umahipótese. Reconhecendo que é muito difícil convidaralguém para exercer um cargo durante três meses umadas soluções seria uma alteração à lei – fixando ummandato por cinco anos.” “Parece que é a solução que o PSD prefere. Nãohavendo entendimento, outra solução seria arranjaruma opção interna em que um dos vice-presidentessubstituiria o presidente nesta nova fase até novaeleição. Mas não apresentei uma solução a pensar emnenhum partido político.” Silva Peneda: “Elaborei o menu. Agora sirvam”“Acho que até excedi as minhas competências. O quedevia fazer era pedir a renúncia e ponto final. Mas nãofiquei quieto. Fiquei preocupado. Elaborei uma espéciede menu e agora façam o favor de servir a solução quemais agrada. Espero que nos próximos dias surja umasolução entre as principais forças políticas. Porque, defacto, têm de se entender. Sem isso não há solução,

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porque é preciso dois terços do Parlamento.” Ao sugerir a alteração legislativa para permitir a suasubstituição por um dos membros do conselhocoordenador, o lugar poderia ser ocupado pelopresidente da União das Misericórdias, em regimeinterino, até às eleições legislativas.Silva Peneda admite o cenário. “Na opção interna, seriao conselho coordenador do CES eleger umrepresentante de entre os seus membros. Aí terá queser o conselho coordenador. O Dr. Manuel Lemos é umdos membros, mas há mais, embora admita que os quesão dirigentes patronais e sindicais provavelmentefiquem de fora deste espectro”, indica. “O Dr. Manuel Lemos é um dos vice-presidentes epoderá ser escolhido. Mas isso depende do conselhocoordenador. A decisão não será minha e isso se aideia vier a ser concretizada. Não faço ideia”, diz opresidente do CES sobre uma solução provisória queseria do agrado do PS.Daniel Bessa: “Não há razão para o impasse”Já Daniel Bessa confessa olhar para o impasse “comangústia” por não detectar razões políticas substantivasque justifiquem a falta de entendimento.“Não consigo encontrar uma razão política para essetipo de diferenças. Pode dizer-se: ‘ah, o PS preferiaeleger o presidente do CES mais tarde, porque já estaráno poder’. Mas a presidência exige os dois terços dosvotos. Portanto qual é a diferença?”, pergunta o antigoministro da Economia.Silva Peneda partilha o desconforto face à inexistênciade um acordo. “É uma matéria que está na Assembleiada República. É evidente que para já estou preocupado.Gostaria que a instituição encontrasse rapidamenteuma solução”, afirma o ainda presidente do órgão deconcertação social.“De facto, o Daniel Bessa tem razão. Não vejo nenhumarazão objectiva para o impasse. Mesmo adiar a decisão.É preciso sempre os dois terços. Decidir agora oudepois é irrelevante. Se quiserem decidir depois épreciso arranjar uma solução interina para alguémdesempenhar a função até às eleições.”

“Se calhar o melhor é decidir já se fizerem a alteração àlei estabelecendo que o mandato é por cinco anos. Aífaria sentido”, remata o economista.Silva Peneda: “Legislador considera presidente do CESimortal”A lei que cria o CES ou os estatutos a regular o seufuncionamento não contemplam uma renúncia ou fimde funções, por exemplo, por morte.“O presidente do CES é considerado imortal, por partedo legislador”, diz Silva Peneda. “Em caso de morte ourenúncia não está previsto qualquer mecanismo legal”.“A minha sugestão vai nesse sentido também de haverum mecanismo estabelecendo que no caso derenúncia ou de morte há um vice-presidente quesubstitui o presidente até a Assembleia da Repúblicafazer nova eleição”, sustenta. “Isto aplicar-se-ia para sempre. No caso de não haverpossibilidade de entendimento agora – e oentendimento será seguramente depois das eleições –haverá uma solução interina. Mas tem de ser aAssembleia da República a legislar nesse sentidoporque o conselho coordenador do CES não tem, nestemomento, poderes para indicar um nome.

Do que li, o PSD prefere eleger já definitivamentealguém com um mandato de cinco anos. É esta aposição. Estão em negociações. Espero bem que hajaum entendimento”, deseja Silva Peneda.O vazio legal no cargo de presidente no ConselhoEconómico e Social pode ter várias implicações. É dasua exclusiva competência a convocação do tribunalarbitral que determina serviços mínimos em caso degreves, não estando prevista qualquer transferência depoderes numa matéria tão sensível.O semanário “Expresso” veio lembrar no sábado que,em caso de nova greve na TAP, não há qualquerentidade com força legal para determinar a um juiz afixação de serviços mínimos nas ligações aéreas.Com o PS a pretender adiar a solução definitiva paradepois das legislativas e o PSD a defender a eleiçãoimediata de um novo presidente, poderá a iminênciade uma greve acelerar uma solução?Daniel Bessa: “João Proença? Seria extraordinário”Num quadro de eventual entendimento será JoãoProença o que reúne mais consenso? O PSD não seoporá ao antigo secretário-geral da UGT e dirigente doPS com António José Seguro, mas António Costapoderá preferir Vítor Ramalho.“Se vamos por aí, vamos muito mal”, afirmou osocialista Álvaro Beleza sobre as notícias que aludemao possível veto a Proença para presidente do CES. NaRenascença, Beleza considera que “não são bonssinais para unir o PS”.À margem de qualquer lógica partidária, o antigoministro Daniel Bessa destaca o lado positivo de umaeventual presença de um ex-sindicalista à frente doConselho Económico e Social.“Evidentemente, numa instituição com estascaracterísticas acho que seria um sinal extraordináriose, por exemplo, as forças patronais aceitassem que umex-dirigente sindical assumisse a presidência de umórgão como o CES”, observa Daniel Bessa.“Se há em Portugal alguém que tem uma históriasindical que pudesse aproximar-se desse perfil pareceque seria o Eng. João Proença. Seria um sinalextraordinário”, faz notar.“Mais extraordinário ainda seria se tocasse ao nossocolega de painel, neste programa, Manuel Carvalho daSilva. Se um dia os patrões portugueses dissessem: ‘oManuel Carvalho da Silva foi o que foi. Tivemos comele as zangas que tivemos. Mas o que lá vai, lá vai. Maso mundo muda. O Carvalho da Silva também já não é oque era. Também nós não somos. E portanto: aí está ohomem!”. “Isto seria extraordinário. Seria extraordinário emrelação ao Dr. Carvalho da Silva, não tanto, talvez, emrelação ao Eng. João Proença. Faz sentido ir buscaruma pessoa o mais independente possível – se é queexiste – e, sobretudo, que mantenha uma boa relaçãoentre as partes”, defende Daniel Bessa.Nomes à parte, o antigo ministro da Economia nãoconsegue encontrar razões para as divergências entrePSD e PS sobre a substituição de Silva Peneda no CES. Daniel Bessa mostra perplexidade com o impasse.“Acho que qualquer solução proposta é boa e serve.Como é que alguém pode gastar tanto tempo? Porcausa de uma questão que é mínima como é quealguém pode gastar tantos cartuchos e tanto fogo?”

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Lista VIP.Investigação "nãoencontrou umacolaboração aberta"Em declarações ao “Em Nome da Lei”, daRenascença, Ana Roque, da ComissãoNacional de Protecção de Dados,responsabiliza o Governo pelo facto demilhares de funcionários do Estado eexternos terem acesso aos dados doscontribuintes.

A Administração Tributária (AT) não demonstrou umaatitude colaborante no início da investigação ao casoda “Lista VIP”, denuncia Ana Roque, da ComissãoNacional de Protecção de Dados (CNPD).Em declarações ao programa “Em Nome da Lei” daRenascença, a vogal da CNPD admite que “não” setratou de uma atitude “normal”.“Na primeira fase da fiscalização a equipa técnica nãoencontrou uma colaboração aberta e, como sedesejava, frontal. Mas, entretanto, o processo foievoluindo e acabou por ser levada a cabo a totalidadeda fiscalização”, afirma Ana Roque. A inspecção feita pela Comissão de Protecção deDados, cujo relatório já está mãos da Procuradoria-Geral da República, detectou uma “falta de segurançageneralizada” quanto ao cumprimento do sigilo fiscal.Ana Roque destaca ainda outra conclusão: “o númerocompletamente exagerado, desproporcionado, depessoas que podem aceder, sem nenhum tipo detravão, à situação contributiva dos cidadãos”. A responsabilidade pelo facto de 75% dos funcionáriosdo fisco, além de mais de dois mil funcionários deempresas externas, poderem aceder livremente aosdados fiscais dos contribuintes portugueses é doGoverno, sublinha.Alexandre Sousa Pinheiro, que que acaba de editar umlivro sobre protecção de dados, considera que aAdministração Pública ainda não interiorizou bem asregras e os procedimentos que tem de ter quando lidacom os dados sensíveis dos portugueses.Para este professor universitário, o que acontece naprática é que, a partir do momento em que umfuncionário acede a algum dado, todos acham que têmo direito de aceder. “Há uma falta de consciência doque é um tratamento de dados pessoais”, frisa.Alexandre Sousa Pinheiro lembra que o novo Códigode Procedimento Administrativo impõe maisobrigações à Administração Pública em matéria desegurança dos dados pessoais dos portugueses.

Estado vaicomparticipar vacinaPrevenarFármaco contra a pneumonia, meningite esepticémia custa, actualmente, cerca de 180euros.

O Estado vai comparticipar a vacina Prevenar, contra apneumonia, meningite e septicémia, disponibilizandouma verba de oito milhões de euros até fim do ano paraapoiar famílias mais necessitadas. “O Governo dispôs-se a alocar oito milhões de eurospara a comparticipação desta vacina, o que já é umgrande passo. É uma esfera muitíssimo importantepara as famílias, para a protecção das crianças e doponto de vista da saúde pública”, disse à Renascença adeputada do CDS, Teresa Caeiro. Só dentro de um mês é que o Ministério da Saúdedeverá anunciar os valores da comparticipação davacina Prevenar e que famílias vão ter direito a essebeneficio, adianta a parlamentar centrista.

A vacina Prevenar está indicada para a imunização debebés e crianças contra a doença invasiva causadapela bactéria “streptococus pneumoniae” - que podeprovocar meningite, pneumonia ou septicémia - eactualmente custa cerca de 180 euros às famílias e nãotem comparticipação.A Direcção-geral da Saúde tem estado a estudar acomparticipação ou inclusão no Plano Nacional deVacinação da Prevenar, que está disponível emPortugal desde 2001 mediante receita médica e com opagamento integral pelas famílias.[notícia actualizada às 16h39]

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Falta de médicos defamília. Acordo comIPSS será fechado atéao fim do mêsFederação Nacional dos Médicos contesta aopção do Ministério da Saúde, considerando-a eleitoralista e demagógica.

Foto: Lusa

Até final de Abril deve ficar fechado o acordo entre oGoverno e as Instituições Particulares de SolidariedadeSocial (IPSS) para minorar o problema da falta demédicos de família.“Até ao final do mês de Abril haverá acordo”, garantiu àRenascença o presidente da Confederação dasInstituições de Solidariedade Social, Lino Maia.Lisboa, Amadora e Felgueiras estão entre as regiões quepodem beneficiar do recurso às InstituiçõesParticulares de Solidariedade Social, segundo admitiuesta sexta-feira o ministro da Saúde. Paulo Macedoassumiu que recorrer de forma "residual e temporária"às IPSS para dar resposta ao problema.Lino Maia garante que esta parceria representa“menores custos para o Estado e com melhoresserviços para a comunidade”, explicando que se tratade rentabilizar recursos que já existem nas IPSS.“As instituições já têm médicos, particularmente asinstituições que têm lares de idosos, que têm apoiodomiciliário, que têm centros de dia. Se já há apoiomédico, poder-se-á alargar esse apoio à comunidadesem grandes custos e com benefícios”, rematou.Já a Federação Nacional dos Médicos mostra-semenos favorável a esta opção, considerando-aeleitoralista.“[O ministério] andou durante quatro anos a boicotar areforma dos cuidados de saúde primários que previa aabertura alargada de novas unidades de saúdefamiliares. Agora, em vésperas de eleições, vem dizerque vão fazer contratos com as IPSS. O senhor ministrotem é de utilizar toda a franqueza e toda a seriedadepolítica para dizer que a sua opção continua a ser defavorecer as instituições privadas, como sempre àcusta do sector público e do serviço nacional de saúde”,afirmou Mário Jorge, dirigente da FNAM.

Sonho angolanoterminou para Mário.Maria luta para ficarCrise económica está a dificultar a vida aosmilhares de portugueses que emigrarampara Angola.

Luanda. Sonho perdido para muitos portugueses. Foto: DR

Quando Mário Rodrigues chegou a Luanda, em Agostodo ano passado, Maria Peixoto já se tinha estabelecidoem Angola há uma década, altura em que o país cresciaa toda a força, com o fim da guerra.Nunca se conheceram e Mário acaba de regressar aPortugal, com salários em atraso, enquanto Maria aindahoje não consegue dizer se está em Angola para ficar.Ambos são exemplo de duas gerações de portuguesesque se voltaram para Angola, estima-se que cerca de200 mil actualmente, à procura de oportunidades que opetróleo, que rende agora muito menos ao Estado, estáa deitar por terra.Aos 31 anos, Mário, engenheiro civil, trocou Ourém porLuanda, para ser director de obra numa empresaangolana de construção. A experiência de oito mesesterminou há uma semana."Fiquei com três meses por receber, mais subsídios deférias", conta à agência Lusa, na partida de Luanda,decisão que se tornou incontornável nas semanasanteriores."Dificuldades em enviar dinheiro para Portugal, atrasosnos pagamentos, incerteza do futuro de Angola quantoao pagamento das obras. Têm-me dificultado a vida,pois tenho pagamentos em Portugal a fazer, aprestação da casa", diz, inconformado.Mais a norte, de Viana do Castelo, Maria Peixoto, de 48anos, deixou para trás um salão de cabeleiro na terranatal, onde empregava sete trabalhadoras, para se fixarem Luanda, terra onde viveu com os pais e onde oirmão nasceu, ainda no tempo colonial."Vim cá há 11 anos, para 15 dias, ver como estavam ascoisas. Recuperei um património do meu pai, que eraempreiteiro, e por cá fui ficando. Mas ao fim destetempo todo ainda não sei se é de vez. São muitasdificuldades que temos pela frente", desabafa, ementrevista à Lusa.Além do arrendamento do prédio que possui, Maria,que continua em Angola sozinha, abriu há dois anosum negócio de decoração em Luanda. Emprega cerca

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de uma dezena de trabalhadores, mas a crise, num país"totalmente parado", também afecta aquele ramo. "Até fornecia cortinas para ministérios, mas o negóciocomeçou a baixar e agora está muito, muito fraco. Parao Estado já não estamos a trabalhar, tinha umaencomenda grande que há pouco tempo ligaram amandar parar", conta, assumindo "apreensão" com ofuturo."Temos verbas a receber e só não temos mais porquedecidimos que tinha de ser pago antes. E mais a coisaparou depois disso", confessa.Também sozinho durante os oito meses em Angolaesteve Mário. Tempo curto, em que assistiu a doisfortes aumentos dos combustíveis e ao preçogalopante dos alimentos. "E comer fora de casa, estáfora de questão", garante.Contas feitas, chegou a ver-se a ganhar menos 40%face à primeira remuneração em Angola, devido àdesvalorização do kwanza e à dificuldade em transferirdinheiro para Portugal. Mais do que uma opção, voltar acasa foi a única solução."Agora só regresso [a Angola] se tiver uma propostamais segura, se for a própria empresa a pagar emPortugal, assim que arranjar trabalho em condiçõesrazoáveis. É um país que ainda tem muito que sereestruturar, com potencial, mas ainda com poucaqualidade de vida", remata.Problemas que Maria Peixoto, que já passou por doisassaltos com armas e as habituais "peripéciasburocráticas" do país, conhece bem."Felizmente tenho a minha vida organizada e noimediato não está ninguém à espera. Mas posso dizer-lhe que em Dezembro, em Janeiro e em Fevereirosimplesmente não consegui transferir dinheiro paraPortugal, o que é complicado", diz.O caos da vida diária, o trânsito, a falta de segurança, acrise financeira e o demorado regresso aos níveis decrescimento anteriores ou a taxa que o Governopretende aplicar às transferências financeiras para forade Angola são motivos que não permitem a MariaPeixoto, ainda hoje, afirmar se está em Luanda paraficar."Tenho medo desta paragem do país, mas aindaacredito em Angola, apesar destas dificuldades. Só queao fim de 11 anos não consigo dizer se vou mesmoassentar raízes", desabafa.

FRANCISCO SARSFIELD CABRAL

A herança jacobinaA Grã-Bretanha é um dos países europeusmais descristianizados, mas os seus políticosnão receiam apontar o cristianismo comouma das raízes da nossa civilização.

Por Francisco Sarsfield Cabral

Na sexta-feira, Raquel Abecasis elogiou umadeclaração do primeiro-ministro britânico contra aperseguição aos cristãos no mundo. Dias antes, 148jovens cristãos tinham sido mortos numa universidadedo Quénia. Cameron explicou que, ao atacar estescristãos, “é a todos nós que estão a atacar”. Lamentava Raquel que a intervenção de Cameronfosse uma excepção nesta “Europa velha e caduca”. Eque as suas palavras tenham sido praticamenteignoradas entre nós. De facto, eu próprio não tinhadado conta, nos “media” nacionais e estrangeiros, dacorajosa mensagem de Cameron. Percebi, depois, que os líderes dos principais partidosbritânicos, incluindo Ed. Milliband, líder do PartidoTrabalhista, haviam nas suas mensagens de Páscoacondenado a perseguição religiosa aos cristãos. A Grã-Bretanha é um dos países europeus maisdescristianizados. E vai a eleições a 7 de Maio. Noentanto, os seus políticos não receiam apontar ocristianismo como uma das raízes da nossa civilização.E divulgam mensagens de Páscoa... Algo impensávelem França ou mesmo em Portugal, porque a herançajacobina o impede.

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Europa velha ecaducaAtaque à universidade de Garissa, no Quénia,fez 148 mortos. Aparentemente, de todos oslíderes do mundo ocidental, só o primeiro-ministro britânico tem a lucidez de perceberque isto é de tal forma grave que justificauma mensagem ao seu país.

148 jovens cristãos mortos numa universidade doQuénia. São os últimos números de uma tragédiaatentatória de tudo aquilo que é a nossa civilização eque tem como único propósito atacar e mesmo destruira civilização ocidental que quer se goste quer não ébaseada nos valores da cultura cristã. Aparentemente, de todos os líderes do mundoocidental, só o primeiro-ministro britânico tem alucidez de perceber que isto é de tal forma grave quejustifica uma mensagem ao seu país, explicando queao atacar estes cristãos é a todos nós que estas forçasestão a atacar. Os outros líderes europeus continuam apreferir viver na ilusão de que a afirmação do laicismodos nossos estados nos protege desta ameaça. Puraingenuidade. A lucidez das palavras de David Cameron merece serouvida. Infelizmente por terras lusas a sua mensagem,tal como a gravidade de mais este ataque àUniversidade de Garrissa, no Quénia, forampraticamente ignorados no nosso país. Apesar da tragédia que quase diariamente se vive nomediterrâneo, com milhares de mortos que procuramuma vida melhor no nosso continente, e do avanço dasforças terroristas que afinam o alvo “aos homens dacruz”, expressão que utilizam para definir o mundocristão, a Europa, continua alheia ao que se passa à suavolta. Ao pensar que só o que se passa neste velhocontinente interessa, a Europa demonstra bem comoestá velha e caduca. Valia a pena que acordássemos todos, antes que sejatarde demais. Vale o que vale, mas hoje quero dizer que eu tambémsou um daqueles estudantes da universidade deGarrissa, no Quénia, brutalmente assassinados nasemana santa.

Bombas matamcinco crianças emescola da SíriaAtaque atribuido às forças governamentaistambém resultou na morte de quatroprofessores.

Pelo menos cinco crianças e outros quatro civismorreram, este domingo, no bombardeamento pelasforças do regime sírio de uma escola em Alepo, nonorte do país, avança o Observatório Sírio dos DireitosHumanos."A aviação militar atingiu uma escola no leste de Alepoe matou cinco crianças, três professoras e umprofessor", disse o director daquela organização não-governamental, Rami Abdel Rahman, citado poragências internacionais.Segundo Rahman, o bombardeamento fez tambémnumerosos feridos, alguns em estado grave, o quepode vir a aumentar o número de mortos.Alepo, segunda maior cidade da Síria, é parcialmentecontrolada pelas forças do regime, mas vários bairrosda parte oriental da cidade estão nas mãos de gruposda oposição a Bashar al-Assad.No sábado, pelo menos 35 civis morreram durantecombates entre as forças militares e os rebeldes emdois bairros do leste de Alepo.

Duas embaixadasatacadas na LíbiaGrupo leal ao Estado Islâmico reivindicou aautoria dos ataques.

As embaixadas de Marrocos e da Coreia do Sul foramalvo de ataques entre domingo e a madrugada destasegunda-feira. O primeiro ataque foi levado a cabo por um armadocontra a representação diplomática sul-coreana emTripoli. Foi no domingo e os disparos mataram duaspessoas. Uma outra ficou ferida. Horas depois, na madrugada desta segunda-feira, umengenho explodiu à entrada da embaixadamarroquina, desta vez sem fazer vítimas. Na rede social twitter, um grupo que se diz leal aoEstado Islâmico reivindicou a autoria dos ataques. Osmilitantes do EI aproveitam-se assim do caos políticoexistente na Líbia, onde dois grupos lutam pelo poderquatro anos depois da queda de Muammar Khaddafi. Este ano, grupos leais ao Estado Islâmico járeivindicaram vários ataques a interesses estrangeirosna Líbia, como o que ocorreu contra o Hotel Corinthia,em Tripoli, contra as embaixadas da Argélia e do Egiptoe a decapitação de 21 cristãos egípcios. O Governo oficial, e internacionalmente reconhecido,da Líbia mudou a sua sede para o leste do país desdeque uma facção rival denominada “Amanhecer naLíbia” cercou a capital, onde se instalou.

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O Governo oficial, e internacionalmente reconhecido,da Líbia mudou a sua sede para o leste do país desdeque uma facção rival denominada “Amanhecer naLíbia” cercou a capital, onde se instalou.

Nigéria. Mais de 800mil crianças fugiramde casa para nãomorrerRelatório da UNICEF revela que o número decrianças nigerianas refugiadas mais do queduplicou em 2014. A alternativa é seremmortas ou obrigadas a servir os terroristas doBoko Haram.

Há um ano, o mundo pediu a libertação das jovens raptadas. Nadaaconteceu. Foto: EPA

Por Pedro Mesquita

Mais de 800 mil crianças foram já forçadas a fugir decasa, na Nigéria, procurando refúgio face à acção dosterroristas do Boko Haram. O número de criançasrefugiadas mais do que duplicou em 2014. Um ano após o rapto de mais de 200 estudantes nalocalidade de Chibok, um relatório da UNICEF ,divulgado esta segunda-feira, mostra que aumentoupara o dobro o número de crianças refugiadas. Muitasatravessaram as fronteiras para o Chade, o Níger e osCamarões. As crianças fogem do terror e as que não podem ounão conseguem são obrigadas a combater nas fileirasdo Boko Haram: carregam materiais pesados, servemos terroristas como vigilantes e cozinheiras. Há relatossobre meninas e jovens mulheres que terão sidovioladas ou obrigadas a casar. Só no último ano, mais de 300 escolas foram destruídase 196 professoras e 314 estudantes terão sidobarbaramente assassinados. Boko Haram significa terror para mais de 800 milcrianças da Nigéria e para muitas outras pessoas,menores ou maiores de idade.

“Ponto de viragem”entre EUA e CubaObama garante que Cuba não é umaameaça e que a sua política em relação à ilhatem apoio maioritário nos Estados Unidos eesmagador em Havana.

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama,considera que o seu encontro histórico com oPresidente Raul Castro pode ser um “ponto de viragem”entre os dois países.Os dois líderes tiveram um encontro privado – oprimeiro dos últimos 60 anos - à margem da Cimeiradas Américas que está a decorrer no Panamá.Em declarações aos jornalistas, Obama reafirma que osdois países vão continuar a ter divergências ediferenças, mas que há pontos comuns que podemavançar.“Foi uma conversa franca e produtiva, entre mim e RaulCastro. Posso dizer-vos que de todas as conversas queeu tive até agora com ele, duas ao telefone e estefrente-a-frente, podemos falar honestamente sobre asnossas diferenças e as nossas preocupações. De ummodo que pode conduzir as relações entre os nossospaíses numa diferente relação. Nós temos diferençasmuito marcadas sobre como a nossa sociedade deveestar organizada, e eu fui muito directo sobre o facto denão pararmos de falar de temas como a democracia,direitos humanos, liberdade de expressão e liberdadede reunião”, disse.O líder norte-americano considerou ainda que, em suaopinião, a abertura a Cuba tem apoio maioritário entreos americanos e um apoio esmagador em Havana.Barack Obama acrescentou que Cuba “não é umaameaça para os Estados Unidos” mas que, apesar disso,ainda não decidiu retirar o país da lista dos terroristas.Nesta conferência de imprensa, Obama falou aindasobre o Iraque e sobre a eventual candidatura de HillaryClinton à Casa Branca.Já antes do encontro histórico a dois, Raul Castro tinhaconsiderado que Barack Obama é "um homemhonesto".

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Divulgada Bula quetraça objectivos doJubileu daMisericórdiaO Jubileu começa a 8 de Dezembro, dia daImaculada Conceição, e estende-se até 20 deNovembro do próximo ano, festa do Cristo-Rei.

Por Aura Miguel

O Papa convocou a Igreja para o Jubileu daMisericórdia. Foi divulgada a Bula que traça os grandesobjectivos da iniciativa. Francisco pede uma Igrejacentrada no essencial.O Sumo Pontífice não quer uma igreja distraída doessencial, por isso, propõe “o perdão e a misericórdia”como critério imperativo “no concreto das intenções,atitudes e comportamentos quotidianos”.O Papa diz que “a credibilidade da Igreja passa atravésdo caminho do amor misericordioso e compassivo” epede especial atenção “aos que vivem nas maisdiversas periferias existenciais que o mundo modernocria de maneira dramática”.Para isso, é preciso “não cairmos na indiferença quehumilha, nos hábitos que anestesiam a alma eimpedem descobrir a novidade, ou no cinismo quedestrói”, o que implica “abrir os olhos para ver asmisérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãsprivados de dignidade e ouvir o seu pedido de ajuda”.Neste Jubileu Francisco dirige-se também “aoshomens e mulheres que vivem no mundo do crime”,pedindo-lhes que se convertam, que “mudem de vida”e “não caiam na terrível armadilha de pensar que a vidadepende do dinheiro”. O mesmo apelo é lançadotambém aos “autores e cúmplices da corrupção”, que oPapa define como “uma chaga putrefacta da sociedadee um grave pecado que brada aos céus, porque mina asbases da vida pessoal e social”.Francisco espera ainda que este Ano Santo daMisericórdia “favoreça o encontro entre religiões” –sobretudo com os judeus e os muçulmanos – para se“eliminar todo o tipo de desprezo, violência ediscriminação”.O Jubileu começa a 8 de Dezembro, dia da ImaculadaConceição, e estende-se até 20 de Novembro dopróximo ano, festa do Cristo-Rei.

Flamingo negroavistado. Pode serúnico em todo omundoAve rara não tem a plumagem cor de rosacaracterística dos flamingos.

Poderá ser único em todo o mundo. Um flamingonegro foi avistado esta semana na ilha de Chipre, umfenómeno raro que está a entusiasmar os amantes danatureza.A ave pernalta foi fotografada a alimentar-se nasmargens de um largo salgado, na quarta-feira demanhã. As Imagens foram agora divulgadas. O flamingo avistado na zona protegida de Akrotiri, nosul de Chipre, é todo negro, à excepção de algumaspenas brancas. Não apresenta a habitual plumagemrosa.Os especialistas acreditam que o fenómenoextremamente raro se fica a dever a uma condiçãogenética, conhecida como melanismo, que provocaum aumento da pigmentação preta.“Pelo que vimos na internet, só há registo de outroavistamento, em Israel”, afirma Pantelis Charilaou,director do departamento ambiental das BasesBritânicas Soberanas, um território ultramarinobritânico em Chipre.Os especialistas admitem que o flamingo negroobservado em Chipre pode ser o mesmo que foiavistado o ano passado em Israel.

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Mazgani "apodera-se" de cançõesalheiasMúsico luso-iraniano, a quem a música"safou de tremendos sarilhos", lança álbumde versões "Lifeboat".

O músico luso-iraniano Sharyar Mazgani apoderou-sede 20 canções de outros autores e gravou "Lifeboat", oseu primeiro álbum de versões, que edita na segunda-feira pela Sony Music."Um disco de versões não é um empreendimentomenor. Os músicos fazem versões, contam a suaversão da história, com a sua voz. É apoderar-se deuma canção e fazer dela sua. Não se pode fazer deforma leviana", contou à agência Lusa."Lifeboat" reúne 20 músicas que Mazgani gravou aovivo em estúdio, durante uma semana. Estão láalgumas referências mais conhecidas, como LeonardCohen, PJ Harvey e Lee Hazelwood, mas tambémescolhas menos óbvias, como Cole Porter, ChavelaVargas e Bee Gees."Todas elas ultrapassam essa memória emocional, sãocoisas que continuam vivas para mim e ainda pordescobrir, continuam com mistério", afirma o músico.No álbum, Mazgani reinterpretou "Love me tender",conhecida na voz de Elvis Presley, "Trouble will soon beover", de "Blind" Willie Johnson, e "These Arms ofmine", de Otis Redding. Sobre esta, diz: "É uma cançãodesesperada de amor. Adivinha-se na versão original asombra e eu queria explorar a sombra que acho queestá lá. É camoniana".A este álbum, Mazgani chamou "Lifeboat", porque todasas músicas o "safaram de tremendos sarilhos"."Esta é a minha convicção: sou uma pessoa muitooptimista, mas acho que todos nós estamos metidosnum tremendo sarilho que é andar aqui e precisamosdestas coisas, estas coisas são pão. As cançõesinscrevem-se no território das coisas do amor, da arte edessas coisas sérias que nos podem safar", admitiu.Mazgani, iraniano de 40 anos, que vive em Portugaldesde criança, edita este disco apenas dois anos depoisde "Common Ground", gravado e produzido com omúsico inglês John Parish e o australiano Mick Harvey."Lifeboat" será apresentado ao vivo a 14 de Maio, nadiscoteca Lux, em Lisboa, e no dia 23, no Hardclub, noPorto.

Antes de "Common Ground" e "Lifeboat", Mazganieditou "Song of distance" (2010) e "Song of the newheart" (2007).

Espanha-Portugal:“Temos de fazer umesforço paradesconstruir ocastelo depreconceitos”O tema “De Espanha, nem bom vento, nembom casamento” pôs frente-a-frente oportuguês Francisco José Viegas e oespanhol José Manuel Fajardo.

Foto cedida pela Câmara Municipal de Castelo Branco

Por Maria João Costa

Portugal-Espanha poderia ser um jogo entre selecçõesde futebol, mas foi um frente-a-frente entre doisescritores. O português Francisco José Viegas e oespanhol José Manuel Fajardo discutiram as fronteirasentre os dois países.Na Biblioteca Muncipal de Castelo Branco no âmbitoda terceira edição do Festival Fronteira, o públicocomeçou por ouvir o escritor espanhol que vive háanos em Portugal falar dos preconceitos que há narelação entre os dois países. Para José Manuel Fajardo,Espanha e Portugal “são como duas vizinhas de costasvoltadas”. Para o autor de “O meu nome é Jamaica”,agora que vive em Lisboa e toca a realidade, “pareceque estou em Espanha” e - conclui - os “preconceitosestão na cabeça”.Francisco José Viegas, que recordou a sua vivência emChaves durante 12 anos e falou da proximidade comEspanha, lembrou o seu primeiro livreiro galego. Para oautor de “O Mar em Casablanca”, “a existência deEspanha é muito importante porque temos alguém quenos ajuda a justificar a vocação atlântica”. O editor daQuetzal, que lembrou a Espanha como uma imensacama, quando atravessava de comboio o país acaminho de Paris, sublinhou o facto de ainda hojehaver um certo desconhecimento mútuo sobre aliteratura dos dois países.

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Numa tarde de sol em Castelo Branco, o público queencheu sala da Biblioteca ouviu no “portunhol” de JoséManuel Fajardo que Portugal e Espanha “estão a perdermuito um do outro” quando desconhecem a literaturaproduzida nos dois lados da fronteira. Mas não é só noslivros que isto se passa, explica Fajardo. “Esse problemaestá a impedir muito do que poderia ser desenvolvidona política, economia e cultura ibérica”, afirma o autornascido em Granada que termina afirmando que“temos de fazer um esforço para desconstruir estecastelo de preconceitos”.Lembrando com saudades o tempo em que se viajava ese ganhava carimbos no passaporte, Francisco JoséViegas afirmou que esses carimbos davam ao viajantea noção de que “o mundo era interminável”. Depois,admitindo que estava a ter um “discurso irresponsável”e reconhecendo que “é inestimável a livre circulação”,Viegas explicou que “a grande vantagem de viver numpaís moderno é ter o atractivo de poder sair dele”.Contudo, para o autor é preocupante a noção de quetudo está a ficar igual para lá da fronteira.Falando sobre a realidade espanhola, José ManuelFajardo caracterizou o seu país como uma “invençãovirtual que antecipou a internet” e questinou-se “Ondeestá Espanha? Em Madrid, não sei”. Para o escritorcastelhano “Espanha é um país muito complicado” quesó quer perceber olhando de longe.Fajardo, que ultimamente se tem dedicado à tradução,lembrou que “as fronteiras serviram primeiro paraimpedir a passagem de pessoas”. Viegas respondeuque “viajar sem passar fronteiras não tem tanta graça”.José Manuel Fajardo encerrou a conversa alertantopara as barreiras que hoje Espanha está a colocar aquem quer entrar nas suas fronteiras vindo de paísesde expressão espanhola como Cuba, Venezuela ouArgentina.

FUTEBOL

Resultados,marcadores eclassificaçãoPonto da situação do campeonato de futebolà jornada 28. Esta segunda-feira, joga-se oEstoril-Paços de Ferreira.

Tudo (quase) na mesma. Foto: Fernando Veludo/Lusa

Falta uma partida para terminar a jornada 28 do

campeonato nacional de futebol. Destaque para avitória dos quatro primeiros e para a derrota dos cincoúltimos.Resultados:Arouca 0-1 Belenenses[Pelé]Boavista 0-2 Marítimo[Éber, Alex Soares]Benfica 5-1 Académica[Jardel, Jonas (2), Lima e Fejsa; Rafael Lopes]Rio Ave 1-3 FC Porto[Tarantini; Quaresma, Danilo, Hernani]Moreirense 2-1 V. Guimarães[André Simões e João Pedro; Alex]Nacional 3-2 Gil Vicente[Marco Matias (2) e Ali Ghazal; Simy (2)]Sp. Braga 4-0 Penafiel[Ruben Micael (2) e Pardo (2)]V. Setúbal 1-2 Sporting[Suk; Carlos Mané e Tanaka]Estoril - P. Ferreira (segunda-feira)Classificação1- Benfica 71 pontos2- FC Porto 683- Sporting 604- Sp. Braga 535- V. Guimarães 436- Belenenses 427- P. Ferreira 38 (-1 jogo)8- Rio Ave 379- Nacional 3610- Marítimo 3511- Moreirense 3512- Boavista 2913- Estoril 28 (-1 jogo)14- Académica 2715- V. Setúbal 2516- Arouca 2317- Gil Vicente 1918- Penafiel 18

REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA

Todos iguais

Tanaka e Carrillo em festejo. Os três diários desportivosfizeram a mesma opção para as suas primeiraspáginas. A Bola escreve "Marcador implacável", oRecord "Mais uma alegria" e O Jogo "Tanaka agarra opódio".Na edição Norte de O Jogo, o destaque vai já para o

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FC Porto-Bayern, com o título "Jackson não desiste".Sobre o mesmo assunto, A Bola diz que "Jacksoncontinua em dúvida". Nos três jornais está também Jorge Jesus e pelomesmo moitvo. "Fenerbahce louco por Jesus", lê-se emO Jogo. "Fenerbahce tem milhões para levar Jesus",escreve o Record. "Jesus recusa Turquia", adianta ABola.

RIBEIRO CRISTÓVÃO

Tudo como dantesO campeonato ainda não está ao rubro, maspara lá caminha.

Por Ribeiro Cristóvão

A jornada 28 da primeira Liga não trouxe novidades: asquatro equipas da frente passaram incólumes pelasdificuldades que se lhes deparavam pelo caminho,nuns casos mais que noutros, e cada vez mais sedeposita toda a expectativa nesse aguardado embateque porá frente a frente Benfica e Futebol Clube doPorto, e fim a todas as dúvidas que ainda persistem. O Benfica foi, mais uma vez, a estrela do fim-de-semana. Não só cilindrou a frágil equipa da Académicade Coimbra por números expressivos, como juntou aessa catadupa de golos uma exibição de reconhecidacategoria, num jogo em que os estudantes fizeram demeros comparsas, não autorizados a participar norecital. Aos prosélitos da equipa comandada por Jorge Jesusvoltaram a ser deixados sinais de que o grupo estápujante e cheio de confiança e, sobretudo, prevenidopara as dificuldades que esse grande momento dodesafio com os dragões irá colocar no seu caminho. Estes, a iniciar um ciclo terrível que comporta desafiosde elevado grau de exigência, cumpriram em Vila doConde sem deslumbrar quem pode assistir aoencontro. De resto, nem era preciso tanto, pois o maisimportante - conseguir os três pontos em disputa- foiconseguido sem discussão, poucos dias antes docomeço da escalada do rubicão. Os leões também não fugiram à regra e regressaramvitoriosos a casa depois de uma curta deslocação aSetúbal, onde não têm sido muito felizes nos últimostempos. Mesmo sem uma actuação bem conseguida, omais importante permitiu ao Sporting manter osbracarenses à distância, ainda que estes tenhamdeixado sinais de que estão a passar por momentosmarcados por visível confiança do grupo.

A seis jornadas do fim, o campeonato ainda não estáao rubro. Mas para lá caminha.

Dobradinha daMercedes em XangaiBritânico Lewis Hamilton aumentavantagem na liderança do mundial deFórmula 1.

Foto: EPA

O britânico Lewis Hamilton, em Mercedes, venceu estedomingo o Grande Prémio da China em Fórmula 1,disputado no circuito de Xangai. No segundo lugarficou o seu colega de equipa Nico Rosberg.A dupla da Mercedes foi seguida pelos dois pilotos daFerrari. O alemão Sebastian Vettel ficou em terceirolugar e o finlandês Kimi Raikkonen terminou na quartaposição. Com esta vitória no Grande Prémio da China, ocampeão em título Lewis Hamilton reforçou a liderançana classificação.A corrida terminou com o “safety car” em pista, depoisde o Toro Rosso de Max Verstappen ter sofrido umproblema no motor na zona da recta da meta, a duasvoltas do fim.Destaque negativo para a McLaren. Fernando Alonso eJenson Button ficaram na 12ª e 13ª, respectivamente, auma volta do vencedor.Resultado do Grande Prémio da China1. Lewis Hamilton (Mercedes) 2. Nico Rosberg (Mercedes) 3. Sebastian Vettel (Ferrari) 4. Kimi Raikkonen (Ferrari) 5. Felipe Massa (Williams-Mercedes) 6. Valtteri Bottas (Williams-Mercedes) 7. Romain Grosjean (Lotus – Mercedes) 8. Felipe Nasr (Sauber – Ferrari) 9. Daniel Ricciardo (Renault) 10. Marcus Ericsson (Sauber – Ferrari) 11. Sergio Perez (Force India – Mercedes) 12. Fernando Alonso (McLaren) 13. Jenson Button (McLaren) 14. Carlos Sainz Jr (Toro Rosso – Renault) 15. Will Stevens (Marussia – Ferrari) 16. Roberto Merhi (Marussia – Ferrari) 17. Max Verstappen (Toro Rosso – Renault) Pastor Maldonado (Lotus – Mercedes) – desistiu

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Daniil Kvyat (RedBull – Renault) – desistiu Nico Huelkenberg (Force India – Mercedes) – desistiu Classificação de pilotos1. Lewis Hamilton - 68 pontos2. Sebastian Vettel - 55 3. Nico Rosberg - 51 4. Felipe Massa - 30 5. Kimi Raikkonen - 24 6. Valtteri Bottas - 18 7. Felipe Nasr - 14 8. Daniel Ricciardo - 11 9. Romain Grosjean - 6 10. Nico Huelkenberg - 6 11. Max Verstappen - 6 12. Carlos Sainz Jr - 6 13. Marcus Ericsson - 5 14. Daniil Kvyat - 2 15. Sergio Perez - 1 16. Jenson Button - 0 17. Fernando Alonso - 0 18. Roberto Merhi - 0 19. Will Stevens - 0 Classificação de construtores 1. Mercedes - 119 pontos2. Ferrari - 79 3. Williams-Mercedes - 48 4. Sauber - Ferrari - 19 5. RedBull – Renault - 13 6. Toro Rosso - Renault - 12 7. Force India - Mercedes - 7 8. Lotus - Mercedes - 6 9. McLaren - 0 10. Marussia - Ferrari 0

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