80 ANOS EM DEFESA DO TRANSPORTADOR
Transcript of 80 ANOS EM DEFESA DO TRANSPORTADOR
www.setcesp.org.br ABR 2016 | Ed. 30
ENTREVISTATayguara Helou é o novopresidente do SETCESP
Nova Diretoria Adjuntatoma posse
Nova Lei dos Exames Toxicológicos
ESPECIAL JURÍDICO
80 ANOS EM DEFESADO TRANSPORTADOR
EDITORIAL
3ABR 2016 | Revista SETCESP
Tayguara Helou
Por uma Grande São Paulo em movimento
São muitasas nossas batalhas, mas nosso paíssaberá driblaressa crisee crescer.
‘ ‘ ‘ ‘
Tenho o prazer de escrever
para vocês o meu primeiro
editorial como Presidente
do SETCESP para uma revista a
qual tenho me dedicado a
desenvolvê-la nos últimos anos.
Você vai notar que nossa revista
passou por mudanças. Com um
formato mais moderno, para
f a c i l i t a r a l e i t u r a , n o s s a
publicação está ainda mais
focada nas necessidades da
sociedade brasileira, trazendo
assuntos que estão em discus-
são no momento, além de impor-
tantes dicas e orientações
completas aos empresários do
TRC – Transporte Rodoviário de
Cargas.
Sou o mais jovem presidente a
assumir o cargo. Venho da
COMJOVEM (Comissão de Jo-
vens Empresários e Executivos),
u m a c o m i s s ã o q u e t e m
trabalhado pela perenidade do
nosso setor. E, agora, assumindo
a presidência do SETCESP,
continuarei trabalhando pelo
sucesso de nossas empresas,
b e m c o m o o s u c e s s o d a
indústria, do varejo e da rede de
serviços que dependem de um
sistema logístico mais eficiente.
Assim, “Por uma Grande São
Paulo em Movimento” é o lema
da minha jornada à frente do
SETCESP nos próximos 3 anos.
Lutar por um sistema de abas-
tecimento urbano mais eficiente,
trazendo às empresas do nosso
setor melhor infraestrutura, mais
tecnologia e mecanismos que
p o s s a m a j u d a r e m s e u
crescimento.
Lutaremos incansavelmente
para melhorar a relação entre
empresa e colaborador, ou
capital e emprego, pois é por
meio das nossas pessoas que os
nossos negócios prosperam.
I n fe l i z m e n t e o s s i s t e m a s
trabalhistas atuais atrapalham o
desenvolvimento profissional
d a s p e s s o a s e c o i b i o
crescimento das empresas,
emperrando o desenvolvimento
econômico brasileiro.
Temos passado por um difícil
período econômico e político.
Mas para o SETCESP, que
completou 80 anos no último
mês de janeiro, isto não é uma
novidade. Estamos presentes, há
muito tempo, nesta luta por um
País melhor, por melhores
condições para o transporte
rodoviário de cargas, e não é hora
de desanimar. São muitas as
nossas batalhas, mas nosso
País saberá driblar essa crise e
crescer.
Boa leitura!
Expediente
SETCESP - Sindicato das Empresas de Transportesde Carga de São Paulo e RegiãoRua Orlando Monteiro, 1, Vila Maria – São Paulo/SP – 02121.021Tel: (11) 2632.1000 | www.setcesp.org.br
PresidenteTayguara Helou
Vice-Presidenteso 1 Vice-Presidente: Adriano Lima Depentoro 2 Vice-Presidente: Antonio Luiz Leiteo
3 Vice-Presidente: Roberto Mirao
4 Vice-Presidente: Roberto Graneroo
5 Vice-Presidente: Roberto Mira Junior
Secretário Geral: Hélio José Rosolen1º Suplente: Luis Alexandre Duarte 2º Suplente: Rogério Simão Helou
Tesoureiro: Altamir Filadelfi Cabral1º Suplente: Celso Rodrigues Salgueiro Filho2º Suplente: Celso Masson
Conselho Fiscal
Titulares: José Maria Gomes, Nivaldo João de Oliveira, Thiago MenegonSuplentes: Jackson Martins Cruz, Marcelo Rodrigues, Armando Masao Abe
Delegados Representantes
Titular: Tayguara HelouSuplente: Manoel Sousa Lima Junior
Conselho SuperiorAristóteles de Carvalho Rocha, Romeu Natal Panzan, Rui César Alves,Urubatan Helou, Francisco Pelucio, Manoel Sousa Lima Junior
Revista SETCESPPublicação bimestral do Sindicato das Empresasde Transportes de Carga de São Paulo e Região
Conselho Editorial Tayguara Helou, Adriano Lima Depentor, Altamir Filadelfi Cabral, Hélio José Rosolen, Adauto Bentivegna Filho, Camila Florencio
Coordenação Camila Florencio
Produção Editorial Oficina da Comunicação Integrada – www.oficina.inf.br
Redação e reportagemFran Oliveira e Marcelo Casagrande
Jornalista ResponsávelMarcelo Casagrande (MTB 65102/SP)
RevisãoKátia Lima
ColaboraçãoRaquel Serini
Fotografia Camila Florencio
Arte, Projeto Gráfico e Diagramação Mayra Teixeira de Andrade
Circulação: Nacional Tiragem: 8.000 exemplaresContato: [email protected] | (11) 2632.1070
SINDICATO DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES DE CARGA DE SÃO PAULO E REGIÃO
EDITORIAL
CAPA
ENTREVISTA
JURÍDICO
Por uma grande São Pauloem movimento
SETCESP : 80 anos em defesado transportador
Tayguara Helou é o novopresidente do SETCESP
Nova Lei dos Exames Toxicológicosjá está valendo em todo o País
3
6
16
24
ÍNDICE
TECNOLOGIA
ESTRADAS
ESPAÇO DO MANTENEDORSEST/SENAT
RECURSOS HUMANOS INDICADORES
A importância da tecnologiano transporte
Um giro pelas estradasdo Brasil
Tradição e Excelência no Atendimentoa Emergências Químicas
Aedes aegypti: não dê caronapara o mosquito
A locomotiva do desenvolvimentoorganizacional
Acompanhe os dados de Fevereiro/2016
BEM-VINDOSVeja quem chegou para o nosso time
50
64
5266
56 69
58OPERACIONAL
ESPECIAL
COMJOVEM
TREINAMENTO
SETCESP EM AÇÃO
ECONÔMICO
Logística de cargas como aliada da mobilidade urbana
Nova Diretoria Adjunta
SUSTENTABILIDADESustentabilidade aplicadaaos negócios
Novos debates e oportunidadesa jovens empresários
Confira o calendário de cursospara Maio e Junho
As estradas nossas de cada dia
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44
63
5ABR 2016 | Revista SETCESP
á são 80 anos de história.
Em janeiro de 2016, o
SETCESP completou
mais uma década em defesa
dos interesses dos transporta-
dores de cargas de São Paulo e
Região. O marco foi celebrado
na tradicional e requintada Sala
São Paulo, com cerca de 700
convidados que presenciaram
também a posse da nova
diretoria. A entidade entra em
uma fase , marcada pe lo
dinamismo da nova diretoria e
do novo – e mais jovem da
h i s t ó r i a - p re s i d e n t e d o
SETCESP, Tayguara Helou.
Durante a cerimônia, Tayguara
fez questão de destacar o
trabalho da COMJOVEM, da
qual fez parte por 12 anos.
Planos
Entre as bandeiras que serão
defendidas daqui para frente
e s t ã o a ç õ e s f o c a d a s n o
abastec imento u rbano e
m o b i l i d a d e d a r e g i ã o
metropolitana de São Paulo. “O
SETCESP está com um pacote
de sugestões que está sendo
levado ao poder público para
que, juntos, possamos pensar
em melhorias na mobilidade,
no trânsito, priorizando o
transporte de pessoas e de
mercadorias, porque é por
m e i o d e s s e s e t o r q u e a
indústria brasileira se viabiliza.
É por meio dele que o comércio
brasileiro se desenvolve. E por
meio do setor que a rede de
6 ABR 2016 | Revista SETCESP
SETCESP 80 anos em defesa do transportador
História da entidade recebe um novo capítulo que deveser marcado pelo dinamismo
CAPA
J
:
8 ABR 2016 | Revista SETCESP
CAPA
serviços atende melhor”, afirma
Tayguara.
Outro ponto que fará parte das
prioridades da entidade é a
questão da concorrência com
os Correios. Helou aproveitou a
cerimônia dos 80 anos da
entidade para lembrar que a
instituição pública não paga
impostos, não obedece rodízios
nem restrições de circulação.
“A l é m d i s s o , o s C o r re i o s
transportam mercadorias sem
nota fiscal e estão desobrigados
a emitir o conhecimento de
transporte. É uma concorrência
desleal com nossas empresas”,
comentou.
Durante o discurso de posse,
Tayguara se comprometeu a
continuar combatendo o roubo
de cargas, afinal, somente no
ano passado os valores das
mercadorias chegaram a cerca
de R$ 1 bilhão. “Sabe quem
perdeu com isso? Não somente
o empresário do transporte,
mas a sociedade brasileira”,
destacou o presidente do
SETCESP.
Tayguara afirmou ainda que a
lista de metas da atual diretoria
conta com a ampliação das
d i s c u s s õ e s s o b r e a
Consolidação das Leis Traba-
l h i s t a s ( C LT ) . “A l g u m a s
questões estão atrapalhando o
desenvolvimento dos traba-
lhadores e da sociedade produ-
tiva como um todo. Trabalhado-
res, empresários e governo
e s t ã o p e r d e n d o m u i t o ” ,
comentou.
Os planos de Tayguara e da
nova diretoria do SETCESP
chegam para registrar mais um
capítulo da longa e consolidada
história da entidade.
POR DENTRO DA HISTÓRIA
Década de 1930 - Onde tudo
começou
O ano de fundação oficial do
SETCESP foi 1936, mas para
conhecer as origens é preciso
voltar a lguns anos antes ,
quando cinco representantes do
setor começaram a organizar o
Syndicato dos Transportadores
Rodoviários do Estado de São
Paulo. O grupo tinha como meta
fazer frente ao transporte
ferroviário que era impulsionado
por conta de privi légios e
incentivos.
O período era pré-industrial. O
t ranspor te de cargas era
praticamente todo feito por
carroças e poucos caminhões,
s o b re t u d o i m p o r t a d o s . A
década de trinta tinha acabado
de chegar à metade e São Paulo
ainda engatinhava no processo
de industrialização. Aos poucos,
indústrias mecânicas, metalúr-
gicas, de papel e cimento
começavam a ocupar espaço.
Grande parte de tudo o que era
produzido era escoado por meio
do Porto de Santos, mas a
ligação entre a capital e o litoral
paulista era feita, apenas, pela
precária estrada Caminho do
Mar. Foi nesse cenário
10 ABR 2016 | Revista SETCESP
CAPA
– antes mesmo da chegada da
indúst r ia automobi l í s t ica
nacional – que foi fundado o
SETCESP. O sindicato que em
oito décadas passaria a ser o
maior representante patronal de
transportes de toda a América
Latina.
Década de 1940 - Primeiras
Conquistas
A união dos transportadores foi
a base para que a categoria
pleiteasse a construção da Via
Anchieta, no começo da década
de 1940. Foi nessa
época, também, que
o s e m p r e s á r i o s
precisaram reforçar
os laços por conta do
rac ionamento de
combustível durante
a II Guerra Mundial.
A s v i a g e n s c o m
roteiro de mais de
1 5 0 q u i l ô m e t r o s
eram controladas
pelo governo e, o
Sindicato assumiu
u m p a p e l d e
a r t i c u l a d o r j u n t o à s
autoridades. No fim da década,
entre outras conquistas, a
entidade teve papel importante
na regulação do mercado de
fretes.
Décadas de 1950 e 1960 - O Avanço
Com o avanço da indústria
automobi l ís t ica com selo
nacional, as transportadoras
invest i ram for temente no
aumento do número de veículos
em suas frotas. Os tempos
eram novos, mas o SETCESP,
mais uma vez, assumiu a
responsabilidade de nortear as
condutas do setor, principal-
mente sobre o transporte de
cargas perigosas.
A atividade ficou ainda mais
forte no fim da década de 1960
por conta da construção de
centenas de obras viárias em
todo o País.
Década de 1980 - Concorrência e
Crescimento
A i n va s ã o d a s e m p re s a s
estrangeiras na atividade, com
p r á t i c a s d e s l e a i s d e
concorrência, ameaçou o setor
de transporte. O SETCESP se
aliou à NTC – que representava
o setor nacionalmente - para
lutar pela regulamentação do
12 ABR 2016 | Revista SETCESP
CAPA
transporte rodoviário que seria
oficializado em julho de 1980. A
partir de então, empresas de
transporte deveriam ter sede no
País ou contar com 80% de
capital nacional.
Em 1985 a sede provisória no
bairro da Vila Maria, em São
Paulo, ficou pequena para o
t a m a n h o q u e a e n t i d a d e
ganhou. Foi então que um novo
prédio, desta vez às margens da
Via Dutra, começou a ser
construído. A inauguração foi
feita em 1988. Com uma sede
mais ampla, o SETCESP passou
a investir em novos serviços e
treinamento especializado para
o setor de transporte.
Além disso, a entidade se
empenhou na c r iação da
Federação das Empresas de
Transporte de Cargas do Estado
de São Paulo (FETCESP) que
possibilitaria maior represen-
tatividade nacional. Outro
marco importante foram as
criações do Serviço Social do
Transporte (Sest) e Serviço
Nacional do Transporte (Senat)
q u e t i v e r a m o a p o i o d o
sindicato.
Décadas de 1990 a 2000 - Desafios
A década de 1990 foi marcada
por preocupações da categoria.
O avanço do crime organizado
especializado em roubos de
cargas e veículos de transporte
foi um dos motivos que fizeram
com que grupos e comissões de
especialidades fossem criadas
dentro da entidade.
Já nos anos 2000, o SETCESP
atuou amplamente em favor da
m o b i l i d a d e u r b a n a e d o
abastecimento em São Paulo.
Em 2007, os associados viram
mais uma movimentação
positiva da entidade, culminan-
do com a aprovação da lei que
disciplinou as atividades de
transporte de carga e criou
regras mínimas para a abertura
d e n o v a s e m p r e s a s d e
transportes.
A última década tem sido de
muitas conquistas. Em 2011, foi
criada a primeira cooperativa de
crédito voltada para o transpor-
tador rodoviário de cargas que
p e r m i t i u a c e s s o a t a x a s
bastante atrativas. Já em 2015,
o SETCESP passou a cooperar
com um departamento da
S e c r e t a r i a M u n i c i p a l d e
Transportes de São Paulo que
trata da movimentação de
carga na cidade.
Vem aí
N o m o m e n t o e m q u e o
SETCESP completa 80 anos, o
cenário econômico do Brasil é
delicado. Tayguara Helou diz
que, mesmo com a situação
difícil, o Brasil vai mudar. “O
Brasil vai ser um país mais sério,
o empresário que ganhar, vai
ganhar na inteligência, vai
ganhar na guerra intelectual”,
comenta o presidente que
complementou: “É isso o que a
gente precisa do Brasil de um
setor sério, organizado, uma
sociedade produtiva, traba-
lhando lado a lado de nossos
governantes e fazendo este
País, que é maravilhoso, ir para
frente cada vez mais”.
SETCESP EM NÚMEROS
a17 Gestão da Presidência +1300 EmpresasAssociadas
NÚCLEOSJurídico
EconômicoOperacional
15DIRETORIASADJUNTAS
CAPA
14 ABR 2016 | Revista SETCESP
Manoel Diegues
Américo Ramos
Carlos Humberto Caseiro
Fortunato Peres Júnior
José Morgado
1961 – 1965
Telêmaco Azevedo Silva
1965 – 1967
José C.de Gusmão Lacerda
1967 – 1970
Herlock Teixeira Júnior
1936 – 1940 1940 – 1942
1942 – 1952 1952 – 1960 1960 – 1961
Linha do Tempo Presidencial
CAPA
15ABR 2016 | Revista SETCESP
Aristóteles de C. Rocha
Sebastião U. C. Ribeiro
Adalberto Panzan
Romeu Natal Panzan
Rui Cesar Alves
2004 – 2006 2007 – 2012
Francisco Pelucio
2013 – 2015
Manoel S. Lima JúniorUrubatan Helou
1970 – 1979 1980 – 1987
1988 – 1991 1992 – 2000 2001 – 2003
uem é Tayguara Helou?
S o u c a s a d o c o m
Fabiola de La Lastra
Helou, tenho dois filhos, a Layla
e o Tayo. Sou di retor de
Desenvolvimento e Novos
Negócios do Grupo Braspress,
empresa fundada pelo meu pai,
e Sócio-Diretor da T.H.TEX,
minha empresa de transportes.
Também sou presidente do
SETCESP, vice-presidente
regional da FETCESP e diretor
adjunto da NTC. E, nas horas
v a g a s , s o u s u r fi s t a e
motociclista.
Como começou sua relação com o
setor de transportes?
Minha relação com o setor de
transportes começou ainda na
infância. Sou o filho mais novo,
nasci em 1980. Meu pai ,
Urubatan Helou, fundou a
Braspress em 1977, ou seja,
n a s c i d e n t r o d e u m a
transportadora. Ele, além de ser
um grande empresário, foi
também um grande pai, muito
presente na minha criação.
Meu pai nunca cometeu o erro
de me levar de castigo para a
empresa, tratou aquilo como
uma brincadeira quando eu
t inha um tempo l ivre. Na
adolescência, passei pelo
departamento de coleta e me
destaquei atendendo o dobro
de operações em um tempo em
que as solicitações dos clientes
ainda eram anotadas em papel.
Também trabalhei em outras
áreas da empresa, até mesmo
como ajudante, recebendo
mercadorias de frete FOB
diretamente na plataforma da
empresa.
Você foi estudar fora e ao retornar
teve uma ‘surpresa’ do seu pai. O
que aconteceu?
Quando terminei o colégio, fui
estudar Administração de
Empresas na Bond University,
na Austrália, e também fazer
outros cursos na área de
gestão empresarial. Quando
retornei ao Brasil, em 2003, ao
perguntar ao meu pai sobre
onde eu trabalharia, ele me
disse que ali ainda não tinha
espaço para mim porque eu
deveria ter mais experiência.
16 ABR 2016 | Revista SETCESP
O SETCESPé uma entidadetradicional com um presidente jovem,vejo nisso umaótima combinaçãoentre experiênciae inovação
‘ ‘ ‘ ‘ Tayguara Helou é o novo presidente do SETCESP
Confira na matéria abaixo quem é o mais jovem a assumir a presidência, como ele chegou ao cargo e quais são suas propostas de trabalho
ENTREVISTA
Q
18 ABR 2016 | Revista SETCESP
ENTREVISTA
Então eu poderia ficar ao lado da
secretária, em uma mesinha
com um computador e tentar
encontrar algo para aprender e
fazer. Foi quando tive a ideia de
a b r i r u m a e m p r e s a p a r a
trabalhar como agregada da
Braspress, a T.H.TEX, e comecei
a prestar serviço de transporte
rodoviário. Meu pai disse que
me emprestaria o dinheiro para
começar meu negócio. Em
minha expectativa, daria para
comprar um caminhão novo, de
última geração,
e u s a r a
e s t r u t u r a d a
B r a s p r e s s .
M a s , n a
real idade, só
c o n s e g u i
c o m p r a r u m
c a m i n h ã o
u s a d o ,
revendido pela
p r ó p r i a
B r a s p r e s s
d e v i d o à
renovação da
frota, e tive que
correr atrás de
toda parte burocrática para
efetivar o registro na Junta
Comercial.
Mas você chegou a ir para a
Braspress. Como foi esse processo?
Em minha empresa, a T.H.TEX,
eu desenvolvi uma metodologia,
f o r m a s d e c o n t r o l e e
acompanhamento para reduzir
custos operacionais e aumentar
a produtividade. Comecei a ter
lucro e reinvestir na própria
empresa. De um caminhão, em
três anos passei a 30 conjuntos.
Isso chamou a atenção do
G iusepe Co imbra , d i re tor
administrativo financeiro da
Braspress , com quem eu
sempre conversava a respeito
das minhas ações e, no ano de
2005, ele me convidou para ser o
Controller da Braspress, ele
presenciou o crescimento
saudável da T.H.TEX e confiava
em mim por isso. Giuseppe foi
conversar com o meu pai, que
dessa vez acabou cedendo, mas
deixando claro que eu estaria
sob sua responsabil idade.
Montei o setor de Controladoria,
i m p l e m e n t e i p r o c e s s o s ,
indicadores e melhorias. Fiquei
uma década por lá.
Sua participação na COMJOVEM
está ligada a sua história. Como
você começou lá?
Meu pai, quando presidente do
SETCESP, em 2004, retomou
novamente a COMJOVEM que já
existia na década de 90, mas
havia sido desativada. Durante a
reunião dos jovens empresários
do setor que formariam a
comissão, meu pai entrou e
começou a expl icar como
funcionava a entidade, trazendo
também a ideia que tinha para a
COMJOVEM. O que ele queria
era unir os jovens para que
todos pudessem participar da
e n t i d a d e ,
s e m p r e
afirmando que
aquela não era
uma comissão
do Urubatan,
mas do setor de
t r a n s p o r t e
rodoviário de
c a r g a . A
surpresa, mais
uma vez, foi que
e l e ve t o u o s
fi lhos de co-
m e ç a r e m n a
coordenação,
não só eu, como o meu irmão,
que também fazia parte da
Comissão e já trabalhava no
setor muito antes de mim. Até
que, no final de 2005, fui eleito
c o m o c o o r d e n a d o r d a
COMJOVEM pelos próprios
membros da comissão. Com o
cargo passei a compreender
muito mais os problemas que
tínhamos, em todas as esferas.
Fiz o primeiro seminário da
COMJOVEM trazendo o
20 ABR 2016 | Revista SETCESP
ENTREVISTA
e c o n o m i s t a D e l fi m N e t o .
Fizemos também uma parceria
com o Sérgio Reis, o Siga Bem
Criança. Entreguei no final da
minha gestão uma comissão
com 120 empresários, sendo
que havíamos começado com
16. A COMJOVEM se tornou um
sucesso e só cresceu. Ainda
cheguei a assumir o cargo de
v i c e - c o o r d e n a d o r d a
COMJOVEM Nacional, uma
conquista, pois no começo a
comissão era apenas regional.
Depois fui segundo diretor
tesoureiro do SETCESP.
Por uma Grande São Paulo em
Movimento é o slogan da sua
gestão. Por quê?
Porque tudo que a gente faz tem
que ter foco. Precisávamos
s e l e c i o n a r a s p r i n c i p a i s
angústias e focar nelas. São 81
sindicatos em todo o Brasil
ligados às suas federações - ao
todo são 11 - e que atuam de
forma municipal. Pra ter um
s i s t e m a l o g í s t i c o b o m ,
precisamos de um sistema
urbano de abastecimento
melhor, com ferramentas mais
modernas, que alivie o trânsito e
q u e n o s f a ç a g a n h a r e m
produtividade e eficiência.
Assim, temos uma série de
modelos de veículos urbanos de
carga, o VUC, que hoje cada
município tem uma dimensão
diferente. Quanto menor o
veículo, mais individualizado é o
transporte de cargas, o que não
quer dizer que queremos uma
carreta na Avenida Faria Lima. O
segundo passo é a coordenação
e a padronização das restrições
entre todos os municípios da
grande região metropolitana de
S ã o P a u l o . A c r i a ç ã o d e
entrepostos de distribuição de
carga ao redor da reg ião
metropolitana de São Paulo, as
entregas noturnas, entre outras,
pois tudo isso está coibindo o
crescimento da economia
nacional.
E por falar em entregas noturnas,
como fica a segurança?
Entendemos essa preocupação
e o combate ao roubo de carga é
uma bandeira nossa. Nós
estudamos isso, fomos para
Nova Iorque, v imos como
funciona por lá e estamos
t r a z e n d o i s s o d e f o r m a
tropicalizada para o Brasil, tanto
em questão de segurança
como, também, das leis já
existentes como o Psiu e as
re s t r i ç õ e s d e c i rc u l a ç ã o .
Fizemos um projeto-piloto com
a Prefeitura de São Paulo em um
quadrilátero na Lapa e foi um
sucesso. Com o Psiu, por
exemplo, minimizamos os
p r o b l e m a s c o m r u í d o s
aplicando maior tecnologia nos
veículos e treinando as equipes.
Com as entregas noturnas,
m a x i m i z a m o s o u s o d a s
marginais e dos veículos, que
são máquinas, e precisam, sim,
ser usadas em sua capacidade
máxima.
O que as empresas podem fazer em
m e i o a t o d o e s s e c e n á r i o
e c o n ô m i c o e p o l í t i c o p a r a
continuarem crescendo e driblarem
essa crise?
Agora é o momento no qual o
empresário precisa atravessar o
deserto e encontrar o equilíbrio
suficiente para continuar tendo
resultados positivos. Ele não
pode obviamente sair plane-
jando uma expansão
22 ABR 2016 | Revista SETCESP
ENTREVISTA
arrojada, mas também não
pode frear todos os seus
investimentos. O Brasil é um
país que não tem como dar
errado, vai dar certo, eu tenho
certeza absoluta disso.
O CAS – Central de Atendimento do
SETCESP é uma novidade da sua
gestão. Como funcionará?
Com o CAS, o SETCESP vai até o
empresário. Representamos 32
mil empresas, e cerca de 75%
delas são pequenas e médias
(PME´s). Vamos montar cen-
trais de apoio nos municípios
para atender o empresário. Nos
CAS, teremos todos os nossos
pacotes de consultoria em
d i v e r s a s á re a s , c o m o o s
serviços do núcleo jurídico do
SETCESP com consultoria nas
áreas trabalhista, tributária/
fiscal, civil e criminal. E você
pode quest ionar: por que
criminal? Por causa do suporte
ao t ranspor tador que for
vitimado com o roubo de carga.
Isso será feito por meio de
equipes de advogados que vão
acompanhar o empresário em
uma delegacia, seja para ajudar
a a g i l i z a r o p ro c e s s o d o
lavramento do BO, como para
ajudar a garantir que o docu-
m e n t o e s t e j a c o m p l e t o ,
incluindo todos os enquadra-
mentos necessários da ocor-
rência.Também teremos o
núcleo econômico ajudando o
empresário a entender como
funcionam seus custos e
auxiliando-o a formar um preço
que garanta seu lucro. Além do
núcleo operacional, grade de
cursos da ULT – (Universidade
de Logística e Transporte) e
uma base do SEST/SENAT
Express em Jundiaí.
Linha Direta do Transportador, o
que é?
Foi uma ideia que eu tive ano
passado e agora estamos
lançando a Linha Direta do
Transportador, uma parceria do
SETCESP com a NTC. O serviço
funcionará como um disque
denúncia para o transportador.
Toda a denúncia será tratada
apenas pelas lideranças do
n ú c l e o j u r í d i c o e p e l o s
presidentes das entidades,
garantindo sigilo total das
informações. Trata-se de uma
forma de proteger o transpor-
tador, encontrar caminhos para
mostrar aos clientes que eles
estão fazendo coisas erradas,
contrar iando legis lação e
normas do setor e daí pra frente
tentar melhorar a relação co-
mercial de forma conciliadora.
E a comemoração de 80 anos do
SETCESP?
O SETCESP comemorou 80
anos no dia 26 de janeiro.
Fizemos um grande evento na
Sala São Paulo para homena-
gearmos a entidade, sua gran-
deza e importância, já que
passou por tantos planos
econômicos num País que
i m p õ e t a n t o s d e s a fi o s e
dificuldades. A entidade come-
çou em 1936 com reuniões na
garagem do Sr. Manoel Diegues
e hoje temos uma bela sede
própria. Desde lá, acumulamos
m u i t a s c o n q u i s t a s q u e
impactam na vida de toda a
sociedade até hoje, como a
construção da via Anchieta, por
exemplo. Mas nunca paramos
de lutar pela melhoria do
t r a n s p o r t e d e c a r g a s . O
SETCESP é uma ent idade
tradicional com um presidente
jovem, vejo nisso uma ótima
combinação entre experiência e
inovação.
O mercado de transportes já foi
visto como marginalizado. Hoje não
é mais assim. Qual a sua visão de
futuro?
Nosso setor mudou muito. Hoje
as empresas são megaorga-
nizações, sérias e com concei-
tos de governança corporativa.
Estamos passando com essa
crise, por um processo de
depuração, e o empresário que
conseguir sobreviver, é porque
realmente tem condições de
fazer isso. Nosso setor precisa
de empresas sadias e que
consigam repassar isso para o
m e r c a d o . Te r e m o s u m a
melhora significativa do nosso
setor e, quem ganha com isso,
com certeza, são os traba-
lhadores e o consumidor. Afinal,
todos os produtos comercia-
lizados ou utilizados na presta-
ção de serviços passam pelas
estradas brasileiras.
esde 17 de abr i l as
empresas de transporte
rodoviário de cargas
d e v e r ã o e x i g i r o e x a m e
toxicológico do motor ista
profissional quando da sua
a d m i s s ã o , d e m i s s ã o e
periodicamente a cada dois
anos e meio. Esta exigência está
prevista na Lei 13.103/15,
também conhecida como “lei
dos caminhoneiros”.
O exame toxicológico avaliará o
histórico de no mínimo 90 dias do
motorista, período também
conhecido como “larga janela”. Ele
identifica cinco grupos de drogas:
cocaína, maconha, anfetaminas,
metanfetaminas e os opiáceos.
Além de seus derivados, como
por exemplo, o crack.
Em que pese a boa intenção de
se combater o uso de drogas, o
SETCESP tem entendimento
que esse exame não deveria ser
o b r i g a t ó r i o . Po i s , m u i t a s
empresas, por força da Lei
12.619/12, inst i tu í ram os
“Programas de Combate ao Uso
de Entorpecentes e Alcoolismo”,
o que têm permitido medidas
preventivas ou que diminuem o
problema.
Com a Lei 13.103/15, o exame
será obrigação trabalhista e,
caso não seja cumprido, a
empresa poderá sofrer multa
por parte do Ministério do
T r a b a l h o . “ Q u a n d o u m
e m p r e g a d o e n t r a n u m a
empresa, ele já deve fazer
os exames médicos de
praxe, porém, agora, para
o motorista foi acres-
centado o exame toxico-
lógico. No caso de uma
fiscalização, a empresa
prec isará apresentar
esses exames, tanto de
a d m i s s ã o , d e m i s s ã o
q u a n t o o p e r i ó d i c o” ,
afirma o advogado Adauto
B e n t i v e g n a F i l h o ,
assessor execut ivo e
jurídico da presidência do
SETCESP.
“É de extrema importância que
as empresas de transporte se
adequem às novas legislações
vigentes, pois aquelas que não
cumprirem o previsto em lei,
estarão criando para si um
p re c e d e n t e p a r a f u t u r a s
causas trabalhistas”, afirma o
Diretor Administrativo da Roda
Viva Transportes e Logística,
Gustavo Santos.
24 ABR 2016 | Revista SETCESP
Nova Lei dos Exames Toxicológicos já está valendo em todo o PaísMotoristas profissionais são submetidos ao exame de larga janela de detecção a cada dois anos e meio, além de na admissão e demissão
JURÍDICO
D
25ABR 2016 | Revista SETCESP
JURÍDICO
Uma grande preocupação das
empresas refere-se à demissão
do empregado, pois a dúvida
que fica é: se o resultado do
exame toxicológico der positivo
será possível concretizar o
desl igamento? Dr. Adauto
explica que, como esse exame
não faz parte do rol daqueles
exigidos pela Norma Regu-
ladora nº 7 do Ministério do
Trabalho, a demissão pode ser
concretizada normalmente, não
h a v e n d o n e c e s s i d a d e d e
suspendê- la . Dr. Adauto
comenta ainda que a Instrução
Normativa 116/15, do mesmo
ministério, informa que esse
exame não faz parte do PCMSO
de que trata a NR nº 7. Porém,
alerta que posições da Justiça
do Trabalho poderão caminhar
em sentido contrário, por isso
aconselha as empresas a con-
sultarem seus departamentos
jurídicos sobre a questão.
Um ponto importante é o sigilo
de todas essas informações. É
necessário que a empresa tenha
cuidado, pois a situação não
pode ser pública, uma vez que
e n v o l v e a i n t i m i d a d e d o
profissional, seja ele funcionário
ou candidato a uma vaga. “A Lei
fala claramente de sigilo, então
o RH da empresa precisará ter
alguém especialmente para
cuidar disso, não deixando que
s e t o r n e u m a s s u n t o d e
conhecimento geral, ou pode
a c a b a r t r a n s f o r m a n d o a
situação em um dano moral
p a r a a e m p r e s a c a s o a
informação venha a público”,
completa Adauto.
Lei trabalhista x Lei de trânsito
Além de se preocupar com as
leis trabalhistas, o empregador
também deve ficar atento às leis
de trânsito, que entram em cena
quando o motorista for renovar
a carteira de habilitação.
O exame toxicológico é um só,
porém, ele é utilizado em duas
situações. Uma na relação
empregado-empregador e a
outra na emissão ou renovação
da CNH para as categorias C, D e
E, já que os motoristas que
estão nessas categorias são
obrigados a passar pelo exame
na forma da lei acima citada. Se
o resultado do exame toxico-
lógico for positivo, o Detran pode
suspender a CNH do motorista
profissional, o que trará muitos
problemas trabalhistas, inclusi-
ve um possível desligamento
por justa causa. “Ainda assim,
nessas situações e antes de
qualquer medida, é recomen-
dável aguardar a contraprova
que poderá ser apresentada
pelo funcionário. Se for consta-
tada a perda da CNH por uso de
tóxicos, aí sim poderá vir a ser
motivo para uma demissão por
justa causa, conforme análise
do caso concreto“, explica o
advogado Adauto Bentivegna
Filho.
JURÍDICO
26 ABR 2016 | Revista SETCESP
Para o empregador é possível
acompanhar a situação da CNH
dos seus motoristas pelo site do
Detran. No caso de um exame
p o s i t i v o n o m o m e n t o d a
renovação da carteira, o órgão
informa que a carteira está
suspensa, sem indicar o motivo,
por tratar-se de um assunto de
privacidade inviolável.
Como funciona o exame
O objetivo da Lei é identificar os
usuários crônicos de droga.
Para o biomédico Leonardo
Tavares, do RH Labs, o teste é
extremamente confiável, já que
ele não analisa o uso pontual de
drogas, mas um período de 90
dias, que é o período exigido
pela Lei.
O teste toxicológico pode ser
f e i t o c o m c a b e l o , p e l o s
corporais, como barba, pelo dos
braços , ax i las ou pernas.
“Depois de ingerida, a droga cai
na corrente sanguínea e os
metabolitos da mesma droga
são absorvidos, por exemplo,
pelo bulbo capilar, ou raiz do
cabelo, como é mais conhecida.
Por isso, a maioria dos testes é
realizada utilizando-se o cabelo
ou pelos corporais”.
Segundo Tavares, os labo-
ratórios que realizam esse
exame possuem um protocolo
baseado no cabelo como fonte
de detecção por uma questão
de padronização, ainda que seja
possível realizá-lo por outras
fontes. “Um centímetro de
cabelo corresponde a um mês
na janela de detecção, ou seja,
para o exame da Le i dos
Caminhoneiros são analisados
três centímetros a partir da raiz,
que mostrará o histórico dos
últimos 90 dias. O teste vai
detectar o tipo de droga ingerida
e a frequência de utilização”,
esclarece o biomédico.
Caso o motorista, por exemplo,
não tenha o mínimo de 3cm de
cabelo, o teste poderá ser
27ABR 2016 | Revista SETCESP
JURÍDICO
feito utilizando pelos corporais,
e n t re t a n t o , n e s t e c a s o o
tamanho não será deter-
minante para a realização do
exame, mas a quantidade.
Em caso de substâncias que
podem estar associadas a
a lgum t ipo de medicação
controlada e de tarja preta, o
biomédico esclarece que o teste
é capaz de detectar, porém, eles
não foram exigidos pela Lei e
não serão testados.
Hoje os custos são arcados pelo
empregador. Até o momento
s ã o s e i s l a b o r a t ó r i o s
credenciados pelo Denatran
(Departamento Nacional de
Trânsito) para a realização do
exame, com preços a partir de
R$ 220,00.
Para Adauto Bentivegna Filho, o
valor que será gasto a mais
pelas empresas não deve
impactar na contratação de
f u n c i o n á r i o s , i s t o é , a s
empresas não devem diminuir o
número de empregados por
esse motivo, uma vez que o
m o t o r i s t a é v i t a l p a r a a
operação da empresa.
Posição do SETCESP
O SETCESP entende que a
i n c l u s ã o d o s e x a m e s
toxicológicos é uma evolução
para o segmento, trazendo mais
s e g u r a n ç a e a j u d a n d o a
m i n i m i z a r o n ú m e r o d e
acidentes causados por uso de
substâncias ilícitas, além de dar
o encaminhamento correto para
t r a t a m e n t o p a t o l ó g i c o e
psicológico a quem precisa,
g a r a n t i n d o m e l h o r a n a
qual idade de v ida dessas
pessoas e suas famílias.
Hoje as empresas de transporte
já vêm adotando programas de
combate ao uso de drogas e
e n t o r p e c e n t e s , c o n f o r m e
exigência da Lei e o SETCESP
entende que tais programas
devem ser suficientes para que
os exames toxicológicos sejam
f e i t o s j u n t o à s c l í n i c a s
c r e d e n c i a d a s d e f o r m a
periódica e sem a obriga-
toriedade de realizá-los na
admissão e/ou demissão.
Desta forma, conforme já dito
antes, o SETCESP apoia essa
iniciativa, desde que fique
adstrita aos programas exigidos
p e l a s L e i s 1 2 . 6 1 9 / 1 2 e
13.103/15, e que haja também
uma infraestrutura de saúde
que acolha as pessoas de forma
d igna , e com a rapidez e
eficiência que o assunto exige
quando o resultado apontar o
uso de substâncias. O SETCESP
entende, também, que o exame
toxicológico no momento de
obtenção e renovação da CNH é
um instrumento muito forte no
aumento da segurança no
s i s t e m a v i á r i o , e é u m
mecanismo gigante contra o
uso de drogas, um mal que
assola a sociedade mundial,
destrói a vida e as famílias.
Preços
Confira os preços praticados pelos
laboratórios credenciados pelo
DENATRAN para realização do exame
toxicológico de larga janela de detecção.
*Preços pesquisados pelo SETCESP em
abril/2016. Valores podem ser negociados
de acordo com o número de funcionários a
serem submetidos ao exame.
feito utilizando pelos corporais,
e n t re t a n t o , n e s t e c a s o o
tamanho não será deter-
minante para a realização do
exame, mas a quantidade.
Em caso de substâncias que
podem estar associadas a
a lgum t ipo de medicação
controlada e de tarja preta, o
biomédico esclarece que o teste
é capaz de detectar, porém, eles
não foram exigidos pela Lei e
não serão testados.
Hoje os custos são arcados pelo
empregador. Até o momento
s ã o s e i s l a b o r a t ó r i o s
credenciados pelo Denatran
(Departamento Nacional de
Trânsito) para a realização do
exame, com preços a partir de
R$ 220,00.
Para Adauto Bentivegna Filho, o
valor que será gasto a mais
pelas empresas não deve
impactar na contratação de
f u n c i o n á r i o s , i s t o é , a s
empresas não devem diminuir o
número de empregados por
esse motivo, uma vez que o
m o t o r i s t a é v i t a l p a r a a
operação da empresa.
Posição do SETCESP
O SETCESP entende que a
i n c l u s ã o d o s e x a m e s
toxicológicos é uma evolução
para o segmento, trazendo mais
s e g u r a n ç a e a j u d a n d o a
m i n i m i z a r o n ú m e r o d e
acidentes causados por uso de
substâncias ilícitas, além de dar
o encaminhamento correto para
t r a t a m e n t o p a t o l ó g i c o e
psicológico a quem precisa,
g a r a n t i n d o m e l h o r a n a
qual idade de v ida dessas
pessoas e suas famílias.
Hoje as empresas de transporte
já vêm adotando programas de
combate ao uso de drogas e
e n t o r p e c e n t e s , c o n f o r m e
exigência da Lei e o SETCESP
entende que tais programas
devem ser suficientes para que
os exames toxicológicos sejam
f e i t o s j u n t o à s c l í n i c a s
c r e d e n c i a d a s d e f o r m a
periódica e sem a obriga-
toriedade de realizá-los na
admissão e/ou demissão.
Desta forma, conforme já dito
antes, o SETCESP apoia essa
iniciativa, desde que fique
adstrita aos programas exigidos
p e l a s L e i s 1 2 . 6 1 9 / 1 2 e
13.103/15, e que haja também
uma infraestrutura de saúde
que acolha as pessoas de forma
d igna , e com a rapidez e
eficiência que o assunto exige
quando o resultado apontar o
uso de substâncias. O SETCESP
entende, também, que o exame
toxicológico no momento de
obtenção e renovação da CNH é
um instrumento muito forte no
aumento da segurança no
s i s t e m a v i á r i o , e é u m
mecanismo gigante contra o
uso de drogas, um mal que
assola a sociedade mundial,
destrói a vida e as famílias.
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Labet labet.com.br R$ 295,00
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29ABR 2016 | Revista SETCESP
NÚCLEO OPERACIONAL
mobilidade urbana é
u m a d a s m a i o r e s
limitações à qualidade
de vida nas médias e grandes
cidades e, por isso, se tornou um
grande desafio aos gestores
públicos. Um dos problemas
apresentados é a falta de
investimentos em transportes
de massa, o que faz com que a
população opte por métodos
mais rápidos e confortáveis
para se locomover. Com isso,
n o s ú l t i m o s o i t o a n o s , o
Governo Federal lançou um
programa de incentivos para
facilitar a venda de automóveis
e, como consequência, o cresci-
mento da frota de automóveis
nas ruas reduziu a velocidade
média do trânsito, aumentando
o tempo das viagens e trazendo
prejuízos a todos.
Com relação à logística de
cargas nos centros urbanos a
situação não é diferente. Com a
redução da velocidade média, o
número de viagens é menor e
consequentemente, a produção
é reduzida, o que afeta os
resultados das empresas e
aumenta custos para os contra-
tantes de fretes, aumentando
também os preços para os
consumidores. Além disso,
outro problema enfrentado são
os horários restritos à circula-
ção e a falta de padronização
das dimensões do Veículo
Urbano de Carga, o VUC. A partir
do momento que os veículos de
cargas são vistos como vilões
da mobilidade acaba-se punin-
do toda uma atividade que é
essencial para o desenvolvi-
mento econômico, social e,
principalmente, industrial do
Brasil. Com isso, em grandes
cidades como São Paulo e Rio
d e J a n e i ro , c a m i n h õ e s e
utilitários de cargas têm sua
produtiv idade duplamente
comprometida: durante parte do
dia são proibidos de circular e
quando liberados rodam com
velocidades baixas.
Sabendo que as transporta-
doras recebem demandas de
acordo com os horários da
indústria e do comércio e que
esses, muitas vezes, não são
compatíveis com as regras de
trânsito, surge aí um verdadeiro
impasse. A consequência disso
é a multiplicação de veículos
utilitários leves substituindo
caminhões, estacionamento
irregular para a realização de
entregas e coletas, entre outros.
Falta a visão de que a logística
urbana presta um serviço
público essencial e de extrema
importância.
Por isso, o SETCESP – Sindicato
das Empresas de Transportes
de Carga de São Paulo e Região
– defende algumas bandeiras e
fundamentos que colocam a
logística de carga como aliada
da mobilidade urbana. São elas:
1 ) I n c l u s ã o d e c a r g a n o s
planejamentos de transportes
urbanos e metropolitanos: O
SETCESP defende que as
administrações municipais
sejam assessoradas por uma
Secretaria, Diretoria ou Depar-
tamento de Logística e que
tenha como principal objetivo
Logística de cargas como aliada da mobilidade urbana
Sindicato defende propostas a fim de melhorar a mobilidade urbana e as condições de circulação dos transportes de cargas
A
30 ABR 2016 | Revista SETCESP
NÚCLEO OPERACIONAL
a movimentação de cargas na
cidade, buscando alternativas
construtivas que concilie a
mobi l idade urbana com a
atividade econômica local.
2) Adoção de políticas de uso do
solo no entorno do Rodoanel,
ferroanel e contornos rodoviários
para fins logísticos: O SETCESP
defende a aceleração das obras
do Rodoanel, de projetos e
financiamentos de outros
contornos rodoviários e fer-
roviários que possam retirar
veículos de carga das vias
urbanas, e também que seja
discutido o uso e ocupação do
solo ao redor dessas vias para a
instalação de entrepostos
logísticos multimodais, me-
diante concessão, para instala-
ção dos operadores.
3) Padronização dos conceitos e
elementos de logística de cargas:
Com relação a isso, o SETCESP
defende a padronização dos
horários de restrição conforme
a localidade e a padronização de
um VUC metropolitano com
capacidade 30% maior que o
VUC paulistano atual. Com isso,
o ve í c u l o s e r i a c a p a z d e
substituir dois utilitários e
poderia circular livremente pela
região metropolitana de São
Paulo e sem nenhuma restrição.
O SETCESP também defende a
padronização de um veículo
médio, do tipo TOCO, com dois
eixos, até 10m de comprimento
e 2,60m de largura.
E l e p o d e r i a
substituir 2 VUCs e
circular l ivre de
restrições pelos
corredores de liga-
ção entre as cida-
d e s e a r e g i ã o
m e t r o p o l i t a n a .
Além disso, tam-
bém é importante
d e s t i n a r p e l o
m e n o s 3 0 % d o
estacionamento
em vias públicas
para as atividades
de carga e des-
carga, bem como
que os estabe-
lecimentos comer-
ciais com área superior a 500m²
destinem em suas instalações
pelo menos uma vaga para
carga e descarga. Para as
operações exclusivamente
noturnas, e para estabele-
cimentos de grande porte, é
necessário respaldo de segu-
rança e transporte público para
os operadores e trabalhadores.
4) Alternativas à restrição nas
marginais do Tietê e Pinheiros:
Com relação a esta restrição, o
SETCESP defende essa redução
dos períodos para o horário das
6h às 9h e das 17h às 20h, de
segunda a sexta. Também é
importante a livre circulação de
todos os veículos comerciais de
carga, placa vermelha, até o
VUC e o caminhão TOCO nesses
corredores, bem como a criação
de um corredor para cami-
nhões, pela pista expressa da
Marginal do Tietê, entre as
pontes das rodovias Anhan-
guera e Dutra, como alternativa
até que o trecho Norte do
Rodoanel seja entregue.
O SETCESP atua para sempre
melhorar as condições para o
transportador. Por isso, inserir a
carga no planejamento da
m o b i l i d a d e u r b a n a , c o m
medidas propositivas e não
mais restritivas, será válido para
tratar o segmento como grande
aliado das cidades, melhorando
a circulação e estimulando a
economia do País.
BEBIDAS / CETRAN Ramon Alcaraz
“Vamos trabalhar pela mudança
da lei das multas para a não
identificação do condutor em
situações em que o motorista não é
culpado como estacionamento em
lugar proibido ou trânsito nas vias estruturais restritas (VERs). Queremos
ampliar o tamanho dos VUCs para 2,30m. E por fim, vamos buscar a
obrigatoriedade do abastecimento das grandes redes no período noturno”.
presidente do SETCESP,
T a y g u a r a H e l o u ,
empossou os diretores
adjuntos de especialidades para a
gestão 2016 - 2018. Os profissio-
nais foram escolhidos por suas
l o n g a s e x p e r i ê n c i a s e
conhecimento prático na diretoria
para qual foram nomeados.
O conceito da diretoria adjunta
está mudando. Tayguara explica
q u e t u d o a q u i l o q u e f o r
especialidade de transporte será
de responsabilidade da diretoria
adjunta e o diretor deve ser um
empresário. Aquilo que não
couber à espec ia l idade de
transportes será assumido por
diretorias técnicas, que podem
ser geridas também por grandes
executivos. “Cada diretor tem
colocado as suas propostas, e eu
t a m b é m e s t o u d a n d o u m
direcionamento. Entendo que
cada área precisa ter um foco. Se
a gente conseguir resolver uma
bandeira de cada um deles,
teremos várias conquistas”,
revela o presidente do SETCESP.
A seguir, você acompanha as
principais propostas de cada uma
das Diretorias Adjuntas para os
próximos anos de trabalho.
32 ABR 2016 | Revista SETCESP
Nova Diretoria Adjunta
ESPECIAL
O ADUANEIRO Hélio J. Rosolen
“Nossa
estratégia
está
voltada
para
superar
todos os
desafios
inerentes ao transporte
aduaneiro, através de uma
política voltada para abertura de
canais de comunicação, com
cada segmento, visando a
compreensão das diferentes
realidades e busca – sempre -
das melhores soluções.
Entendemos que somente
com trabalho árduo e,
principalmente, com muito
diálogo e troca de experiências
do setor que conseguiremos
vencer todos os desafios”.
ABASTECIMENTO
E DISTRIBUIÇÃOMarinaldo Barbosa dos Reis
“Daremos
continuidade
ao trabalho
de melhorias
operacionais
constantes
junto aos
grandes recebedores.
Queremos ainda discutir
assuntos que dificultam o
abastecimento como
estacionamento, horário para
carga/descarga, segurança,
verificação da infraestrutura e
tempo médio de descarga.
Vamos ampliar a participação
de pequenos e médios
transportadores em discussões
sobre abastecimento e
mobilidade urbana”.
ESPECIAL
COMJOVEM Barbara Calderani
“Nossos esforços estarão voltados em atrair
o público jovem das empresas para promover
negócios e network entre os membros da
Comissão. Outro ponto relevante é o
incentivo ao debate e a propagação de
conhecimento. Com isso, esperamos apoiar a
formação dos jovens empresários para que
possam assumir cargos de decisão e,
também, para a sucessão familiar. Ainda como parte dos objetivos,
esperamos envolver esses jovens em ações sociais e assim fazer a
diferença nas comunidades em que trabalhamos”.
34 ABR 2016 | Revista SETCESP
MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOSCelso
Masson
“Temos
cinco
grandes
frentes de
atuação:
defender as
bandeiras do SETCESP;
Aumentar nosso quadro
associativo; Propor estudos,
pesquisas, planos e políticas
públicas para nosso segmen-
to; Propor campanhas de
prevenção de acidentes que
dependam da infraestrutura,
educação e fiscalização;
Propor e defender Planos de
Mobilidade Urbana já que a
falta de planejamento
integrado aumenta o custo
logístico das mercadorias”.
MUDANÇAS Emerson Granero
“Teremos forte representação junto às
autoridades, especialmente a municipal em razão
da Zona Máxima de Restrição de Circulação
(ZMRC). Ampliaremos a presença das principais
empresas do setor junto ao SETCESP e à Diretoria de Mudanças. E vamos
pensar coletivamente nos desafios do setor para validarmos uma pauta
capaz de trazer valor às empresas do segmento”.
FARMACÊUTICOS Gylson Ribeiro da Silva
“Entre as principais propostas da diretoria estão
a atuação como assessoria técnica dos associados
auxiliando-os na orientação burocrática para obter as
licenças necessárias para atuar no transporte de
medicamentos e correlatos e, também, orientando
sobre a correta infraestrutura exigida para isso.
Queremos estreitar o relacionamento com a ANVISA
para uma contribuição positiva na construção de novas legislações que
sejam praticáveis pelo transportador desse tipo de produto. E vamos,
também, consolidar o SETCESP como referência para as empresas de
transporte e órgãos que regulam o setor farmacêutico”.
CARGAS COMPLETAS Marco Antonio Soares
“Buscare-
mos solu-
ções tec-
nológicas
que gerem
economia
nos pro-
cessos em
nosso setor. Além disso,
vamos combater a adoção
de critérios que vão contra
a legislação que regula o
transporte nas concorrências
de preços realizadas pelos
embarcadores, os chamados
“BISs eletrônicos”.
SEGURANÇA
E GERENCIAMENTO
DE RISCOS Rogério Helou
“A Diretoria vai buscar a
proximidade com as
seguradoras para facilitar o gerenciamento de riscos
das transportadoras. Desenvolveremos, ainda, um
aplicativo que possa integrar o sistema de
gerenciamento de risco das empresas de transporte
para ter pronta resposta no caso de roubo de carga”.
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Nivaldo João de Oliveira
“Vamos buscar soluções que visem
minimizar passivos trabalhistas,
incentivaremos o uso das
Comissões de Conciliação Prévia
(CCP’s). Além disso, vamos apoiar a
obtenção e renovação da ANTT. A
Diretoria estabelecerá parcerias,
buscará tecnologias que visam o
combate ao roubo de cargas e
caminhões e identificará
fornecedores de produtos comuns
ao segmento para baixar os custos.
Temos ainda a meta de desenvolver
debates junto às autoridades
governamentais sobre problemas
que afligem o segmento”.
RECURSOS HUMANOS Ducimara Salathiel
Vamos propor desafios nas reuniões da
Diretoria de Recursos Humanos em prol de
fazer a diferença. Queremos desenvolver
temas interessantes aos gestores e
funcionários das áreas, ou seja, estando
sempre atentos às estratégias dos nossos
associados, tendo a orientação e apoio como
foco principal”.
MEIO AMBIENTE E TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS Thiago Budni
“Vamos incentivar a implantação de programas de
controle e redução de emissão de poluição.
Também compartilharemos as ideias do tripé da
sustentabilidade corporativa, cujas estratégias são
baseadas na gestão, no meio ambiente e na
sociedade. Além disso, organizaremos a 2ª edição
do Prêmio SETCESP de Sustentabilidade. Quanto à
especialidade de transporte de produtos perigosos,
acompanharemos eventuais mudanças em normas e
regulamentações do segmento, propondo alterações quando
necessário. A diretoria também dará bastante importância para a
prevenção de riscos e acidentes envolvendo produtos perigosos”.
SEGUROS Marcelo Rodrigues
“Defenderemos o setor
perante a lei que trata
sobre seguros, além
de fazermos a defesa
da recuperação da
tarifade seguros para
cobrir os custos
envolvidos na operação”.
ESPECIAL
36 ABR 2016 | Revista SETCESP
38 ABR 2016 | Revista SETCESP
RESÍDUOSTercio Borlenghi Neto
“Minha principal meta é
aumentar o número de
associados do segmento de
transportes de resíduos, além
de fortalecer o conhecimento sobre o assunto por meio
de visitas técnicas conjuntas e individuais. Outro ponto
fundamental está em reforçar a conscientização
ambiental, uma preocupação constante e crescente
entre as empresas atuantes no setor”.
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃOAnírio Neto
“Traremos os gestores de TI para o
SETCESP para debaterem os
principais temas que envolvem
tecnologias, inovações, conceitos
atualizados, melhores práticas,
redução de custos e principalmente,
aplicação de tecnologia ao negócio. Estamos dispostos a
desenvolver uma ferramenta que seja a mais ampla
possível para informatização do comprovante de entrega”.
TECNOLOGIA DE
FROTAS José Tabone Júnior
“Vamos fazer a análise
técnica do cenário atual,
tendências de
conectividade e novas
tecnologias que
poderão ser
embarcadas na frota com o objetivo de melhorar
o aproveitamento dos veículos, redução de custos
e aumento de produtividade. Além disso, vamos
promover o conhecimento e assessorar o transportador
no melhor uso dessas tecnologias”.
Confira também a nova diretoria executiva do SETCESP para a gestão
2016 – 2018
Presidente Tayguara Helou
o 1 Vice-Presidente : Adriano Lima Depentoro 2 Vice-Presidente : Antonio Luiz Leite
o 3 Vice-Presidente: Roberto Mirao 4 Vice-Presidente : Roberto Graneroo 5 Vice-Presidente: Roberto Mira Jr.
Secretário Geral Hélio José Rosolen
1º Suplente – Secretário Geral Luis Alexandre Duarte
2º Suplente – Secretário Geral Rogério Simão Helou
Tesoureiro Altamir Filadelfi Cabral
1º Suplente – Tesoureiro Celso Rodrigues Salgueiro Filho
2º Suplente – Tesoureiro Celso Masson
1º Titular - Conselheiro Fiscal José Maria Gomes
2º Titular - Conselheiro Fiscal Nivaldo João de Oliveira
3º Titular - Conselheiro Fiscal Thiago Menegon
1º Suplente - Conselheiro Fiscal Jackson Martins Cruz
2º Suplente - Conselheiro Fiscal Marcelo Rodrigues
3º Suplente - Conselheiro Fiscal Armando Massao Abe
Delegados RepresentantesTitular: Tayguara Helou
Suplente: Manoel Sousa Lima Junior
Conselho SuperiorAristóteles de Carvalho Rocha,
Romeu Natal Panzan, Rui César Alves,Urubatan Helou, Francisco Pelucio,
Manoel Sousa Lima Junior
ESPECIAL
50 ABR 2016 | Revista SETCESP36 ABR 2016 | Revista SETCESP
No último dia 31 de março
aconteceu a visita téc-
n i c a n a B r a s p r e s s ,
transportadora especializada
em encomendas. Urubatan
Helou, Diretor-presidente da
Braspress, abriu o evento dando
boas-vindas aos participantes
da COMJOVEM contando a
história da fundação da empre-
sa e falando sobre os planos de
expansão com o Planeta Azul,
u m a m e g a e s t r u t u r a e m
Guaru lhos , reg ião metro-
politana de São Paulo, prevista
para ser inaugurada em junho
deste ano e que abrigará a
matriz, a operação da empresa e
um hotel para os motoristas,
a l é m d e u m m u s e u c o m
documentos e equipamentos
h i s t ó r i c o s d a B r a s p r e s s .
“Espero que vocês levem daqui
algo que possam aplicar em
suas empresas e que
nos deixem algo
q u e
também possamos aplicar na
nossa empresa”.
A D i r e t o r a A d j u n t a d a
COMJOVEM – Comissão de
Jovens Empresários e Executi-
vos, Bárbara Calderani, explicou
que a visita foi de grande valia
para todos os participantes,
pois durante o evento tiveram a
oportunidade de conhecer uma
s é r i e d e t e c n o l o g i a s q u e
auxiliam no aprimoramento de
suas atividades como empre-
sários do setor de transporte
rodoviário de cargas.
“As visitas técnicas são
sempre uma
COMJOVEM traz novos debates e oportunidades a jovens empresáriosCom visitas técnicas e debates sobre examestoxicológicos, a Comissão agrega novos olhares a temas importantes e abre espaço para networking
42 ABR 2016 | Revista SETCESP
possibil idade de visualizar
p rocessos , fo rnecedores ,
insumos e produtos na prática e
in loco. Isso proporciona um
grande networking, o que é uma
oportunidade importante para
que os jovens empresários se
conheçam e troquem conheci-
mentos”, explicou Bárbara.
Tayguara Helou, presidente do
SETCESP e Diretor de Desenvol-
vimento e Novos Negócios da
Braspress, que começou sua
t ra jetór ia na COMJOVEM,
r e l a t o u q u e “ a t r o c a d e
experiências, a integração e o
benchmarking proporcionados
p e l a C o m i s s ã o f o r a m
essenciais para me tornar o
e xe c u t i vo q u e s o u h o j e” .
Tayguara também comentou
s o b r e u m a i n o v a ç ã o n a
Braspress. “Um dos nossos
planos para este ano é a criação
do Banco Urbano, um banco
gerenciado por nós mesmos
para fomentar o crescimento de
pequenas empresas, garan-
tindo o aumento da produção e,
consequentemente, trazendo
maior movimentação de cargas
para a Braspress”.
Para Bruno Souza Melo, da
Translasil Cargas, as visitas são
fundamentais, principalmente,
pelo benchmarking. “Toda for-
ma de benchmark ing é e
sempre será bem-vinda. Acredi-
to que comparar a estratégia de
um concorrente ou até mesmo
de empresas de outros seg-
mentos para melhorar os
nossos próprios processos
contribui com a competitividade
no setor, uma vez que eleva a
q u a l i d a d e d o s e r v i ç o d e
transporte sempre a um nível
mais alto. Além disso, é uma
ó t i m a o p o r t u n i d a d e p a r a
reconhecermos o quanto ainda
temos para melhorar”.
Analisando a questão de como
a p e r f e i ç o a r o s p r ó p r i o s
processos, Bruno explicou que
conheceu o departamento de
cobrança da Braspress que
funciona de maneira centrali-
zada atendendo todo o Brasil.
“Assim como faz a Braspress
atualmente, acredito que abrir
um canal de atendimento 0800
para que os clientes de outros
Estados possam falar com o
departamento de cobrança que
está em São Paulo ajudaria a
resolver problemas nesta área,
trazendo assim um aumento da
eficácia no nosso processo. Vou
começar a estudar a possibi-
lidade e viabilidade de abertura
deste canal a partir disso e
verificar a melhor forma de
implantação”, contou.
Já para Anna Carolina May, da
Alemão Logística, a troca de
experiência, além de enriquecer
e aumentar o aprendizado,
ajuda a manter a sinergia
mercadológica, o que é positivo
principalmente para os clientes
que poderão ter à disposição
empresas cada vez mais
atualizadas.
Exames Toxicológicos
O u t r o p o n t o d i s c u t i d o p e l a
COMJOVEM é a nova lei de exames
toxicológicos. O item, pertencente à
lei 13.103/15, que passou a ser
exigido em 17 de abril, regulamenta
que o motorista profissional se
submeta a exames toxicológicos
periodicamente, bem como na
admissão e demissão. O exame,
realizado, geralmente, a partir do fio
de cabelo, analisará os últimos 90
dias, para verificar se o motorista fez
u s o d e q u a l q u e r t i p o d e
entorpecente , como cocaína,
m a c o n h a , a n f e t a m i n a s ,
metanfetaminas e opiáceos.
Para a Diretora da COMJOVEM,
essa é uma medida necessária, mas
que foi imposta aos empresários em
forma de lei, sem um planejamento
estratégico. “O início será de
bastante dificuldade para os
empresários, pois dependerá de
uma mudança de cultura e um
grande investimento financeiro.
Entretanto, em longo prazo trará
bons resultados para o setor e a
s o c i e d a d e , s e l e c i o n a n d o o s
profissionais do volante com
critérios de capacitação técnica e de
saúde”, declarou.
43ABR 2016 | Revista SETCESP
44 ABR 2016 | Revista SETCESP
A Diretoria de Especialidades de Abastecimento e
Distribuição se reuniu com representantes da
Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo para
discutir propostas de melhorias do abastecimento
urbano na capital paulista. Na pauta de debates foram
citados itens como a criação de novos terminais de
cargas e a ampliação dos existentes, a reativação da
entrega noturna, a reserva de vagas para veículos de
abastecimento e o aumento da medida dos veículos
classificados como VUC. Em outro encontro, a Diretoria e
o presidente do SETCESP, Tayguara Helou, debateram
possibilidades de ações para melhorar a entrega em
grandes redes varejistas.
Encontro debate melhorias de abastecimento urbano
São Paulo
O presidente do SETCESP, Tayguara
Helou, e o assessor executivo e jurídico
da presidência, Adauto Bentivegna Filho,
fizeram uma série de visitas aos
sindicatos dos colaboradores durante
os meses de fevereiro e março. A dupla
esteve com presidentes e equipes do
Sindlog, Simtratecor, Sindicargas,
Sinetrosv, Sindicato de Atibaia e Região,
Sindicato de Guarulhos, STTRJR
(Jundiaí e Região), além dos Sindicatos
Operacionais de Mogi das Cruzes, Ferraz
de Vasconcelos, Itaquaquecetuba e
Suzano. A agenda de encontros foi
marcada por grande cordialidade e
serviu para estreitar o relacionamento
entre as entidades, o que traz benefícios
para ambas as partes.
Presidente do SETCESP visita sindicatos dos colaboradores
Série de visitas
SETCESP EM AÇÃO
Os encontros da COMJOVEM foram produtivos nos
últimos meses. Os presentes participaram de uma
palestra sobre a abordagem prática dos exames
toxicológicos. Em outra oportunidade, o tema foi o
recadastramento da ANTT que deverá ser encerrado em
dezembro/2016 com os veículos de placa final 0.
COMJOVEM tem agenda variadaEncontros
SETCESP EM AÇÃO
46 ABR 2016 | Revista SETCESP
A Diretoria de Especialidade de Transporte Aduaneiro se
reuniu para ouvir uma palestra sobre o Programa Brasileiro
de Operador Econômico Autorizado (OEA). Os participantes
conheceram as fases de implementação do programa, os
critérios de elegibilidade e de segurança, além das condições
para certificação.
Palestra aborda benefícios de serum OEA
Benefícios
Projeto quer diminuir criminalidade nas estradasA Diretoria de Segurança e Gerenciamento de Riscos
apresentou uma proposta que usa tecnologia para trocar e
armazenar informações sobre criminalidade nas estradas. A
ideia é criar um banco de dados de sinistros dos associados
do SETCESP. As estatísticas serão usadas para criar
estratégias que tragam mais segurança ao transporte
rodoviário de carga.
Proposta
A Diretoria de Recursos Humanos promoveu uma palestra
sobre a desoneração da folha de pagamento no transporte
rodoviário de carga. Os participantes puderam entender a
legislação vigente e as formas de tributação que têm como
objetivo diminuir o impacto sobre os custos do transporte de
carga. Além disso, foram apresentadas as regras dos
exames toxicológicos de larga janela que são obrigatórios
desde 17 de abril.
Palestra aborda desoneração da folha de pagamento
Folha de pagamento
Cobrança do pedágiono eixo suspenso é tema de reunião
Cobrança polêmica
Na primeira reunião do ano, a Diretoria
de Cargas Completas apresentou os
projetos da entidade para 2016. No
encontro, os participantes debateram
também a cobrança do pedágio no
eixo suspenso. A medida que vale para
todas as rodovias estaduais tem
gerado muita polêmica já que penaliza
o transportador que atravessa as
estradas de ponta a ponta.
A Diretoria de Mudanças discutiu a
continuidade da liberação da circu-
lação dos caminhões de mudança na
ZMRC. A reivindicação é pela reno-
vação do benefício já que, desta forma,
as mudanças podem ser feitas em
menor tempo beneficiando o cliente
final e o transportador.
Diretoria reivindicarenovação de benefício
Mudanças
SETCESP EM AÇÃO
Diretas
O a t u a l
p re s i d e n t e d o
S E T C E S P ,
Tayguara Helou,
se encontrou com Aristóteles Rocha, o
“Rochinha”, ex-presidente da entidade
entre os anos 1970 e 1979. A visita também
teve a presença do atual membro do
conselho superior e ex-presidente do
SETCESP, Urubatan Helou;
Lideranças do SETCESP participaram do
Seminário Nacional do Marco Regulatório
do Transporte Rodoviário de Cargas, em
Brasília (DF);
O presidente do SETCESP, Tayguara Helou,
participou de reunião do Conselho Municipal de
Transporte, em São Paulo (SP);
As mulheres que representam nosso segmento
foram homenageadas durante um almoço realizado
no dia 08/03, após a Reunião da Diretoria Plena. O
presidente do SETCESP, Tayguara Helou, fez questão
de entregar flores para todas as mulheres que
participaram do evento.
TECNOLOGIA
50 ABR 2016 | Revista SETCESP
tualmente é fácil falar
d a i m p o r t â n c i a d a
tecnologia no transpor-
te, simplesmente porque sem
tecnologia não há transporte.
Mas é claro que existem
diversas formas de aplicá-la,
principalmente quando o foco é
buscar resultados reais.
Uso sempre uma frase que diz:
“Tecnologia, tão indispensável
para uma empresa quanto
eletricidade e água para uma
residência”. Para testar essa
a fi r m a ç ã o , v e j a s e v o c ê
consegue ficar um dia sem
qualquer uma das tecnologias
em sua empresa. Se por acaso
conseguir, avalie os prejuízos.
Aplicações da TI nas empresas de
transportes de cargas
O correto é fazer essa lista
depois de ouv i r os rea is
clientes. Assim, você terá
aplicações que realmente
interessam. Claro que tudo isso
depende muito do momento de
cada empresa e principalmente
daquilo que, o real cliente
espera. Mas confira abaixo,
algumas das tecnologias que
devem estar no radar das
transportadoras:
É importante e necessário
A
A importância da tecnologiano transportePor Anírio Neto*
Rastreabilidade de volumes: para ter velocidade no processamento das mercadorias;
Automação de armazém: para reduzir custos com mão de obra e indenizações;
Sistema de comando de voz: para que o sistema assuma a operação;
Computação vestível: para deixar as mãos livres na operação;
Braços mecânicos e mãos ventosas: para diminuir o esforço humano;
GED (Gerenciamento Eletrônico de Documentos): para ser rápido nas respostas aos clientes;
Controle de equipe em campo: para otimizar o uso da frota;
Baixas Online: para dar controle, velocidade e segurança sobre as coletas e entregas;
TECNOLOGIA
51ABR 2016 | Revista SETCESP
investir em TI, mas não se pode
esquecer as pessoas
As empresas de transportes que
fazem melhor uso da tecnologia
s ã o a q u e l a s q u e m e l h o r
recrutam e retêm talentos. Sim,
i s s o m e s m o . O u s o d a
tecnologia está diretamente
ligado às pessoas que lidam
com ela.
E é exatamente por isso que
todos que estudam a matéria
Tecnologia, sempre veem a
equação:
Hardware x Software x People =
Resultados
Isso faz com que todos os
elementos da fórmula acima
sejam igualmente imprescin-
díveis. Então os principais
diferenciais são as pessoas em
todos os níveis. Concluindo,
d e v e m o s s a b e r e s c o l h e r
corretamente os recursos
técnicos (hardware e software),
e as pessoas que lidarão com
eles. Isso faz bem para o bolso e
evita frustrações.
* A n í r i o N e t o , t e m M B A e m
Tecnologia da Informação e em
Administração. No SETCESP é
diretor adjunto de Tecnologia da
Informação.
e-Cliente: aplicativo que faça as informações chegar ao cliente, mesmo as que ele não pediu;
Telemetria ativa: para minimizar os acidentes;
Controle de Jornada: para atender ao bom-senso e em seguida à legislação;
RFID: para controle de acesso, de mercadorias, de recursos e de processos;
Videoconferência: para redução de viagens e convívio diário mesmo a distância;
Automação de expedição: para evitar a perda de tempo com processos burocráticos;
OCR: para leitura automática de documentos em papel e alertas inteligentes;
Bolsa de Fretes: para encontrar recursos já testados e aprovados pelo mercado;
Dashboards: para a tomada de decisão em todos os níveis;
CRM: para apoio ao Comercial, mas tem que ser um sistema especialista no TRC;
WhatsApp: ferramenta popular que ajuda muito na programação de entregas em residências;
Geoprocessamento: para fugir das limitações dos códigos postais em determinadas operações;
Roteirização: com reorientação automática de acordo com as condições do trânsito, como o Waze;
Operacional Online: programação operacional antecipada com tudo que está em campo.
á quase 30 anos a
S u a t r a n s , u m a
empresa do Grupo
Ambipar, trabalha no desen-
v o l v i m e n t o d e s o l u ç õ e s
voltadas à proteção ambiental.
São produtos, treinamentos e
serviços com padrões de quali-
dade reconhecidos no exterior,
por meio das normas OHSAS
18001, ISO 9001 e 14001, e que
t o r n a m a S u a t r a n s u m a
referência em atendimento a
emergências químicas no
mercado brasileiro.
A empresa possui mais de 70
bases - de prontidão 24 horas
por dia, sete dias da semana -
instaladas de norte a sul do
Brasil e em outros países do
M e r c o s u l , a e xe m p l o d e
Argentina, Chile e Peru. "Nossa
estrutura de atendimento
c o n t a c o m u m a e q u i p e
profissional multidisciplinar,
f o r m a d a p o r t é c n i c o s ,
qu ímicos , engenhe i ros e
biólogos e, também, com uma
frota de mais de 150 veículos,
incluindo helicópteros, todos
equipados com recursos de
última geração para pronta
resposta", comenta Marcel
Borlenghi, diretor da Suatrans.
Além do reconhecido atendi-
mento a emergências quími-
cas, a companhia destaca-se
na formação profissional da-
queles que atuam nas opera-
ções de resposta. A empresa
t e m u m c o r p o t é c n i c o
experiente e
c e r t i fi c a d o
i n t e r n a c i o -
n a l m e n t e
para ministrar
treinamentos
abertos e in
company.
No tocante aos cursos, aliás, é
da Suatrans o maior centro de
treinamentos multimodal do
Brasil, instalado em Paulínia,
São Paulo. "É um espaço de
150.000 m², onde realizamos
treinamentos e simulações de
ac identes , co locando os
participantes em contato com
as mais modernas técnicas de
atendimento emergencial",
explica Marcel.
Gestão de Documentos
Outro serviço desenvolvido
pela Suatrans é o Sistema Web
de Gestão de Documentos que
identifica toda a documenta-
ção, exigida por lei, das empre-
sas que operam o transporte, e
armazenagem de produtos
perigosos. O sistema controla
os documentos obrigatórios -
emitindo alertas perto das
datas de vencimento - tanto
para as unidades de armaze-
namento como para os
52 ABR 2016 | Revista SETCESP
Tradição e Excelência no Atendimento a Emergências Químicas
O transporte rodoviário de produtos perigosos exige preparo para
prevenção de possíveis acidentes e um suporte como
o proporcionado pela Suatrans: ágil, seguro e eficaz.
H
ESPAÇO DO MANTENEDOR
v e í c u l o s e m o t o r i s t a s
envolvidos no transporte das
cargas.
Um Processo Estruturado para
o D e s c a r t e d e R e s í d u o s
Automotivos
O fim inadequado de materiais
contaminados é crime ambien-
tal e coloca em risco à saúde e a
natureza.
O u t r a e m p re s a d o G r u p o
Ambipar, a ResiSolution é
pioneira no gerenciamento de
res íduos provenientes de
postos de combustíveis, con-
cessionárias automotivas,
oficinas mecânicas, transpor-
tadoras e demais empreendi-
mentos que geram materiais,
sólidos ou líquidos, conta-
minados por óleo, graxa, tinta,
solvente e tíner (Classe 1 –
Perigosos).
Entre os materiais coletados
p e l a R e s i S o l u t i o n e s t ã o
embalagens plásticas usadas
de óleo lubrificante;
bater ias ve icu lares ,
filtros de óleo e de ar
usados; estopas, panos,
EPIs, serragem, papel e
papelão contaminados
com óleo/graxa; lâmpa-
das; pneus; tíner usado.
A e m p r e s a c o l e t a
também lixo de banheiro; lixo de
restaurante; varrição de fábrica;
lixo comum; lixo de escritório;
entulho; podas e recicláveis,
como papelão e plástico.
Atuante em todo o Brasil, o
t r a b a l h o d a R e s i S o l u t i o n
engloba a coleta, transporte e
destinação final dos resíduos.
Ao fim do processo, emite ao
cliente o Certificado de Destrui-
ção do Resíduo, atestando que
todo o volume coletado foi
descartado de forma adequada.
“O serviço, além da correta
disposição final dos resíduos,
visa à atuação responsável em
conformidade com a le i " ,
esclarece Tito Borlenghi Jr.,
diretor da ResiSolution.
A empresa, que possui as
certificações OHSAS 18001, ISO
9001 e 14001, é licenciada pelo
IBAMA e pela Secretaria do
V e r d e e M e i o A m b i e n t e ,
seguindo todas as normas
técnicas do Conama e leis
ambientais. A ResiSolution
executa também o licencia-
mento ambiental de clientes
junto à Cetesb (SP), Inea (RJ) e
outros órgãos pertinentes.
Mais informações sobre a
ResiSolution e a Suatrans, ligue
(11) 3010-3700 ou escreva para
[email protected]. Para
informações sobre as outras
empresas do Grupo Ambipar,
ligue (11) 3429-5000.
ESPAÇO DO MANTENEDOR
RECURSOS HUMANOS
56 ABR 2016 | Revista SETCESP
ocê sabia que quatro em
cada dez participantes
frequentam o grupo de
Recursos Humanos em busca
de palestras e informações do
setor? Outros três vão atrás de
crescimento profissional. Tem
ainda quem queira novas
amizades, fazer networking e
por aí vai...
Independentemente do motivo, é
importante ter em mente, que as
influências das reuniões da
Diretoria de Especialidade de
Recursos Humanos têm como
meta estabelecer um caminho a
ser seguido pelas empresas
envolvidas na área. Um longo e
desafiador caminho, mas que
pode levar a um destino de
resultados positivos. A ideia não é
indicar milagres no RH, mas
mostrar como estruturar as ações.
Observa-se que os temas não
indicam como administrar o dia
a dia do trabalho, mas sim, em
ajudar a organizar ideias e a
redirecionar atividades. E é,
justamente, nesse tipo de tra-
balho que os resultados no
futuro aparecem. Afinal, as
empresas estão cada vez mais
rigorosas com sua administra-
ção, não havendo mais espaço
para as que seguem modelos
antiquados. A exigência é por
uma postura diferenciada.
Diante desse cenário, o RH pode
ser um aliado importante de
muitos outros departamentos.
Então pare e veja a importância
d e s e c r i a r m e c a n i s m o s
internos que incentivem os
colaboradores a participarem
d e a t i v i d a d e s q u e s e j a m
transformadas em benefícios
para a companhia, bem como
para ele mesmo. É aquela
máxima de que a empresa que
não tem funcionários moti-
vados enfrenta dificuldades
com a produt iv idade. Por
quanto tempo sobrevive uma
empresa improdutiva?
É por essas e por outras que fica
difícil entender os motivos pelos
quais alguns empresários ainda
resistem – e resistem muito – em
investir na gestão de pessoas. A
dica é buscar mecanismos que
estimulem e desenvolvam o
trabalho em equipe. Vou além.
Para que a vitória seja coletiva, o
RH deve estar ligado à direção da
empresa, desenvolvendo uma
abordagem que atinja, também, o
nível gerencial , ou seja, o
responsável pelo departamento e,
não somente a equipe de
assistentes/analistas/operadores.
Todos juntos por um só objetivo: o
dos bons resultados.
Vamos, juntos, usar ferramen-
tas de Recursos Humanos para
alavancar resultados, sejam
elas como parte integrante de
uma estratégia de aumento de
vendas, de fortalecimento de
marca, da melhoria no atendi-
mento ao cliente, na redução de
turn-over ou até mesmo na
fidelização do funcionário? É
preciso. É possível, basta se
movimentar e querer.
*Ducimara Salathiel, da Extramila
Transportes, é Diretora Adjunta da
Especialidade de Recursos Humanos
do SETCESP desde 2015.
V
Recursos Humanos: A locomotiva do desenvolvimento organizacionalPor Ducimara Salathiel*
58 ABR 2016 | Revista SETCESP
difícil prever o futuro do
transporte rodoviário de
cargas em um mundo
com rest r ições nas
emissões de carbono. Há várias
soluções disponíveis, ou sendo
desenvolvidas, mas faltam
vontade e urgência para fazer os
ajustes necessários no estilo de
vida e gestão. Nosso papel
como entidade representativa é
o de informar quais mudanças
estão ocorrendo, para em
seguida orientar e impulsionar
os transportadores a realizarem
esses ajustes de maneira
simples, clara e com impactos
positivos em seus negócios.
Nós acreditamos que as empre-
sas devem perceber a questão
ambiental como uma chance de
fazer diferente, uma chance de
criar um ambiente de trabalho
mais saudável, de rever seus
processos e promover inova-
ções. Essas mudanças podem
se transformar em verdadeiras
oportunidades, inclusive propi-
ciando vantagens importantes
sobre a concorrência.
Reinventar os negócios para um
futuro distante pode significar
encontrar valores compartilha-
dos apoiados por todos os
envolvidos, de acionistas a
funcionários, de consumidores
a comunidades em que uma
empresa opera. Alguns cha-
mam isso de capi ta l ismo
consciente. Esses valores, que
podem ser tangíveis e intangí-
veis, quando descobertos pelos
empresár ios , deverão ser
incorporados à estratégia
empresarial a fim de conseguir
os melhores resultados sociais,
ambientais e na própria gestão
dos negócios.
Heiko Spitzeck, Professor e Ge-
rente do Núcleo de Sustenta-
bilidade da Fundação Dom
Cabral – FDC, cita algumas das
vantagens mais perceptíveis ao
implantar a sustentabilidade na
estratégia do negócio, alinhada
aos projetos e objetivos da
empresa, como um maior poder
de precificação do serviço,
redução de custos, atração e
retenção de talentos, incentivos
fiscais, aumento de participa-
ção no mercado, bem como
acesso a novos nichos. Além
destes, outros valores intangí-
veis também são desenvolvi-
dos, como o aumento do valor
da marca, através da melhoria
da imagem, da diferenciação e
de fidelização e preferência de
clientes. O professor Heiko
também cita algumas vanta-
gens na gestão de risco, como a
redução de custos com multas,
facilitação de processos, menos
a t rasos nas operações e
aumento da longevidade da
empresa.
Nesse contexto, é preciso inovar
considerando os impactos das
três dimensões da sustentabili-
dade. Atualmente a aborda-
É
Sustentabilidade aplicada aos negóciosPor Thiago Budni*
SUSTENTABILIDADE
SUSTENTABILIDADE
gem do triple bottomline, que
i n t e g r a a s p re o c u p a ç õ e s
ambientais, sociais e econômi-
cas na estratégia da gestão, é
essencial e deve ser considera-
da para classificar uma em-
presa como sustentável.
Não temos dúvidas de que
aqueles que inovarem, tiverem
boas ideias e estiverem prepa-
rados para abr i r caminho
através dessa complexidade,
s e r ã o r e c o m p e n s a d o s . É
preciso ter em mente que o
caminho da sustentabilidade
pode gerar melhores resultados,
aumentar a eficiência e a
percepção de valor reduzindo
custos que os clientes e a
sociedade têm de nossos
serviços e de nossas empresas.
“O futuro pertence àqueles que
entendem que fazer mais com
menos é agir com compaixão, é
próspero e duradouro, mais
inteligente e até competitivo” –
Paul Hawken, escritor e ativista
ambiental.
* Thiago Budni, da Rodoeng
Transportes, é Diretor Adjunto
da Especial idade de Meio
Ambiente e Transporte de
P r o d u t o s P e r i g o s o s d o
SETCESP desde 2013.
60 ABR 2016 | Revista SETCESP
BEM-VINDOS
“Associamo-nos ao SETCESP porque o respaldo técnico-jurídico e
econômico oferecidos aos associados é de extrema importância e
muito útil para a Evolution. Além disso, para nós, é uma
segurança muito grande estarmos vinculados a uma
entidade séria e que defende os interesses da nosso setor” -
Júlio César A. Ferreira, diretor comercial da Evolution
Transportes e Logística .
Faça parte de um time campeão.Associe-se ao SETCESP.
(11) 2632-1072 [email protected]
amazontransportes.com.br(11) 2795-2200
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viavarejo.com.br/vvlog(11) 4225-9909
viaglobaltransportes.com.br(11)2701-6003
passlog.com.br(11) 4702-9500
pujante.com.br(19) 3833-4270
transmeg.com.br(11) 4199-4256 (11) 4198-4325
TREINAMENTO
62 ABR 2016 | Revista SETCESP
Calendário de treinamentos Maio e Junho/2016
Mais informações: (11)2632-1079/(11)[email protected]
Inscrições pelo site www.setcesp.org.br/cursos Calendário sujeito a alterações.
Preços especiais para associados. Para não associados acrescenta-se 30%.
Cursos de Junho Data Horário Investimento
Cursos de Maio Data Horário Investimento
Desconto Progressivo para o mesmo curso: 2 participantes = 10% 3-5 participantes = 15% + de 5 participantes = 20%
Planejamento estratégico e técnicas comerciais avançadas em transporte
Gestão orçamentária e fluxo de caixa
Administração do tempo com foco nos resultados
E-Social: aspectos preparatórios
Redução de custos operacionais - Logística para Excelência
As 7 melhores ferramentas da Qualidade
Estratégias de vendas por telefone no TRC
ISS; ICMS; PIS (PIS CUMUTATIVO), COFINS (COFINS CUMUTATIVA), IRPJ E CSLL
Rotinas trabalhistas na prática
Liderança e motivação de equipes
Gerenciamento de pneus no transporte
Coaching para liderança
Manuseio e armazenagem de produtos químicos perigosos
Desenvolvimento de líderes operacionais
Gestão de contas a pagar e receber
Liderança para coordenadores e supervisores
Gestão de folha de pagamento e recolhimento de encargos
Apuração de custos de armazenagem em transportadoras
Assistente de transporte e distribuição
A nova lei da jornada de trabalho do motorista profissional
Nova desoneração da folha de pagamento
Planejamento tributário no transporte de cargas e logística
Tratamento de não conformidades: ações preventivas e corretivas
Atendimento ao cliente para o segmento de transportes
Gerenciando a manutenção através de indicadores
Rotinas do E-Social na gestão de pessoas e recursos humanos
Gerenciamento estratégico de transportes
SASSMAQ –versão atualizada
Emissão da NFS-e, CT-e e MDF-e no TRC
06 e 07/mai
07/mai
07/mai
10/mai
10 e 12/mai
14/mai
14/mai
14/mai
17/mai
19/mai
21/mai
21/mai
21/mai
04/jun
04/jun
04/jun
07/jun
11/jun
11/jun
11/jun
14/jun
17/jun
18/jun
18/jun
18/jun
23/jun
25/jun
25/jun
25/jun
08h30 às 17h30
08h30 às 17h30
08h30 às 17h30
08h30 às 17h30
14h às 16h
08h30 às 17h30
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08h30 às 17h30
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08h30 às 17h30
08h30 às 17h30
08h30 às 17h30
08h30 às 17h30
08h30 às 17h30
08h30 às 17h30
08h30 às 17h30
08h30 às 17h30
08h30 às 17h30
08h30 às 17h30
08h30 às 17h30
08h30 às 17h30
R$ 380,00
R$ 300,00
R$ 300,00
R$ 300,00
R$ 300,00
R$ 300,00
R$ 300,00
R$ 300,00
R$ 300,00
R$ 300,00
R$ 300,00
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R$ 300,00
R$ 300,00
R$ 300,00
R$ 300,00
63ABR 2016 | Revista SETCESP
alta de estrutura em
rodovias brasileiras reflete
no custo logístico. Nessa
briga todos pagam a conta,
inclusive, o consumidor final.
O Brasil investe muito pouco na
infraestrutura de transportes e
nas rodovias em particular. A
longo prazo, os investimentos
em transportes no País vêm
sofrendo gradativa deteriora-
ção. Em termos numéricos, os
investimentos públicos autori-
zados em rodovias subiram de
R$ 2,65 bilhões em 2003 para
R$ 18,67 bilhões em 2012, mas
baixaram para R$ 11,93 bilhões
em 2014. Nem todos os recur-
sos autorizados foram gastos.
O total pago subiu de R$ 0,87
bilhão em 2003 para R$ 11,21
bilhões em 2011, tendo caído
para R$ 6,54 bilhões em 2014.
O Plano CNT de Transporte e
Logística de 2014 estima que
são necessárias 618 interven-
ções mandatórias para dina-
mizar o transporte rodoviário,
isso envolve investimento de R$
293,88 bilhões, em adequação
de rodovias (R$ 10,17 bilhões),
duplicação (R$ 137,13 bilhões),
recuperação de pavimento (R$
48,25 bilhões), construção de
rodovias (R$ 47,33 bilhões) e
pavimentação (R$ 51 bilhões).
Em toda a infraestrutura de
transportes, os investimentos
necessários somam R$ 987
bilhões. Números que mostram
a enorme distância entre o que o
País investe e aquilo que seria
necessário investir para elimi-
nar os gargalos do transporte
brasileiro.
E é justamente essa falta de
investimentos um dos itens que
fazem com que o custo logístico
aumente no País. Levanta-
mento feito pela Fundação Dom
Cabral mostra que o custo
logístico brasileiro passou de
11,52% para 11,73% do PIB
(cresci-mento de 1,8%) entre
2014 e 2015. O aumento reflete
no preço final dos produtos
comercializados e isso afeta
diretamente o consumo das
famílias.
Para se ter uma ideia dessa
relação custo x qualidade das
rodovias, nove em cada dez
empresas pesquisadas pela
Fundação Dom Cabral, dizem
que a melhoria nas condições
das rodovias é um fator impor-
tante para reduzir os custos
logísticos.
E como uma coisa puxa a outra,
o levantamento da CNT deixa
claro o atual cenário: 57,3% das
rodovias apresentam estado de
conservação péssimo, ruim ou
deficiente. Somente 37.9%,
portanto, estão em condições
ótimas ou boas.
Conclui-se, assim, que parte do
custo elevado dos produtos que
chegam às lojas ou supermer-
cados deve-se à má gestão das
rodovias. É preciso mais inves-
timentos e, muito mais!
*Neuto Gonçalves dos Reis, é
Diretor Técnico Executivo da
NTC & L o g í s t i c a , m e m b ro d a
Câmara Temática de Assuntos
V e i c u l a r e s d o C O N T R A N e
presidente da 24ª. JARI do DER-SP.
F
As estradas nossas de cada diaPor Neuto Gonçalves dos Reis*
NÚCLEO ECONÔMICO
64 ABR 2016 | Revista SETCESP
A malha rodoviária federal no estado do Espírito Santo
recebeu nova sinalização por meio do programa BR-Legal.
Os serviços foram feitos na BR-262/ES, uma das mais
movimentadas e importantes do estado. Além da pintura de
faixas e novas placas, a via passa a contar com sinalização
especial em trechos com registros de neblina. A nova
sinalização foi implantada em mais de 195 quilômetros da
via, o que proporcionou mais segurança aos motoristas.
Programa implanta sinalização no ESMelhorias
Os motoristas que passam pelas rodovias SP-225
e SP-310 já pagam mais barato pelas tarifas de
pedágio em quatro praças das regiões de São
C a r l o s ( S P ) e J a ú ( S P ) . D e s d e 2 0 1 4 , a
concessionária cobrava tarifas mais altas do que
as autorizadas pelo Governo do Estado de São
Paulo. Com a revogação da liminar da justiça, os
motoristas podem pedir o ressarcimento dos
valores pagos a mais entre setembro de 2014 e
março de 2016 nas praças que ficam nas cidades
de Brotas (SP), Dois Córregos (SP), Jaú (SP) e Rio
Claro (SP).
Pedágios mais baratosem duas rodovias paulistas
Redução
Um novo sistema de automatização
promete diminuir as filas de carretas
na área do Porto de Santos, no litoral
de São Paulo. A ferramenta que já é
usada na Holanda ag i l iza os
t rabalhos de carregamento e
descarregamento. O projeto tem
investimento de R$ 21,9 milhões e
será feito pela iniciativa privada. A
ideia é controlar o caminhão desde a
saída do terminal até o destino. Os
testes serão feitos inicialmente no
Porto de Vitória, no Espírito Santo.
Dispositivo deve diminuir filas em Portos
Tecnologia
ESTRADAS
ESTRADAS
65ABR 2016 | Revista SETCESP
Trechos interditados na Dutra
A concessionária que administra a rodovia Dutra realiza obras na ponte sobre o
rio Pararangaba, em São José dos Campos (SP). Durante os trabalhos, que
devem ser concluídos em março de 2017, a via terá diversas interdições e
desvios para o avanço do projeto. O acostamento será desativado durante o
período para que as obras não atrapalhem o fluxo de veículos.
Até 2017
A rodovia Raposo Tavares (SP-270), principal eixo de ligação entre os estados
de São Paulo e Mato Grosso do Sul, ficará parcialmente interditada para obras
no km 621, na altura de Presidente Venceslau (SP). O trecho terá desvios até a
primeira quinzena de maio para obras de drenagem. Durante a interdição,
carros e caminhões trafegarão pelo acostamento. Atenção redobrada!
Raposo Tavares tem trecho interditadoInterdição
O Governo Federal desapropriará áreas em três estados brasileiros: Mato
Grosso do Sul, Goiás e Santa Catarina. Os decretos valem para as rodovias
BR-153/GO, BR-163/MS e BR-101/SC. A retirada de imóveis que ficam às
margens das estradas abrirá espaço para obras de melhorias e ampliação.
Ainda não há prazo para o início dos trabalhos.
Governo Federal desapropria áreas
Aprovado
66 ABR 2016 | Revista SETCESP
SEST SENAT acaba de
entrar na luta contra o
m o s q u i t o A e d e s
aegypti com uma campanha de
mobilização voltada para o
setor de transporte. O tema
“Não dê carona ao Aedes
aegypti” vai nortear todas as
ações de conscientização que
serão feitas nas 149 Unidades
Operacionais espalhadas pelo
Brasil. Além disso, a instituição
a p o s t a n a i n t e r n e t p a r a
disseminar informações sobre
como evitar o avanço do
mosquito.
A campanha chega em um
momento em que o mosquito
se mostra longe de ser vencido.
Dados do Ministério da Saúde
revelam que no ano passado
mais de 1,54 milhão de casos
de dengue foram confirmados,
o equivalente a três novos
registros por minuto. Nos
primeiros três meses de 2016 a
avalanche de casos ficou cerca
de 46% maior do que no
m e s m o p e r í o d o d o a n o
passado.
“O Aedes aegypt i tem se
t o r n a d o u m a a m e a ç a
internacional à saúde, como
vetor de t ransmissão de
doenças sér ias . Dengue ,
chikungunya e o vírus zika são
as mais preocupantes. É
fundamental a mobilização de
t o d o s n o p r o c e s s o d e
c o n s c i e n t i z a ç ã o d o
profissional do transporte”,
d e s t a c a C l é s i o A n d r a d e ,
presidente dos Conselhos
Nacionais do SEST e do SENAT
e da Confederação Nacional do
Transporte.
Aedes aegypti: Campanha conscientiza profissionais do setor de transportes
“Não dê carona ao Aedes aegypti” terá ações na internet e nas 149 unidades SEST SENAT
O
67ABR 2016 | Revista SETCESP
A mobilização entre o setor de
transporte é de grande impor-
tância , já que um objeto
comum para os profissionais
da área é um dos principais
criadouros do Aedes: o pneu. A
diretora do Departamento de
Ambiente Urbano do Ministério
do Meio Ambiente, Zilda Veloso
e x p l i c a : “ O s p n e u s s ã o
perfeitos para a reprodução do
mosquito, pois são escuros,
bem vedados e acumulam
água facilmente”. Caso eles
não sejam usados para rodar, a
dica é procurar pontos de
coleta disponibilizados por
prefeituras, fabricantes ou
comerciantes.
Além dos cuidados com os
pneus, é preciso ficar atento
com lonas utilizadas para
cobrir objetos ou entulhos. Elas
devem estar sempre bem
esticadas, para não acumular
água. Vale também ficar de
olho em caixas d’água que
devem estar sempre cobertas,
as calhas merecem atenção
e s p e c i a l p a r a e v i t a r o
entupimento da passagem de
á g u a . B a n d e j a s d o a r -
condicionado e da geladeira
também precisam passar por
vistorias constantes. Faça sua
parte!
DENGUE CHIKUNGUNYA ZIKA
dor atrás dos olhostontura
manchas vermelhasfebre alta
perda de peso, náusease vômitosfraqueza
dor de cabeça/ articulações
sangramento no narize gengiva.
dor muscular
dor de cabeça
manchas
vermelhas
febre alta
dores intensas
nas articulações
de mãos e pés.
dor de cabeça /
muscular
febre baixa
dor nas articulações
lesões com pontos brancos
e vermelhos na pele.
Sintomas das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
Fonte: Ministério da Saúde
INDICADORES
69ABR 2016 | Revista SETCESP
s índices gerais, como
o IGP-M, IPC, INPC
entre tantos outros,
que refletem a inflação da nossa
economia, são utilizados para
medir o aumento generalizado
dos preços, sua variação e o
impacto no custo de vida. Mas
sabemos que a inflação sentida
no bolso dos consumidores e
dos empresários é bem maior
que o índice oficial, e isso não
s ignifica que os números
divulgados sejam “mentirosos”,
porém , os índ i ces ger a i s
compõem uma cesta de mais
de 400 itens e cada item tem um
peso na composição desse
indicador, ou seja, cada um tem
sua metodologia, quantidade de
itens apurados e faixa de
população estudada, por isso as
diferenças.
Se avaliarmos especificamente
o IPCA (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo)
veremos uma desaceleração
em fevereiro, mas em 12 meses
os valores acumulados conti-
nuam em dois dígitos, na ordem
de 10,36%. De fato, houve um
aumento menos intenso em
alimentos e bebidas o que gerou
uma variação mensal de 0,90%.
Pela ótica do INCTF (Índice
Nacional de Custos do Trans-
porte Carga Fracionada), que
vislumbra as oscilações de preço
do segmento de transporte,
apresentou uma variação mensal
positiva de 0,36%, acumulando
nos últimos 12 meses 8,57%.
Deste modo, os insumos que
contribuíram para sua variação
na operação de transferência
foram: veículo (3,80%), carroceria
baú 1,58%, pneu – 275/80 R 22,5
com variação de 4,95%, reca-
pagem (4,69%), lavagem com
6,04%, custo do motorista, salário
mais PLR 9,21% e seguro do
casco (3,18%).
Considerando o mês de feverei-
ro/2016 contra janeiro/2016, o
INCTL (Índice Nacional de
Custos do Transporte Carga Lo-
tação) apresentou os seguintes
dados: preço do cavalo mecâ-
nico registrou variação negativa
de (0,13%), pneu – 295/80 R
22,5 de (1,00%), seguro contra
terceiros e do casco 0,11%, as
despesas administrat ivas
0,37%, despesas administra-
tivas (exceto salários) 0,63%.
Nesse mesmo período, os
insumos que não registraram
variação foram: óleo de câmbio,
óleo de cárter, rodoar, lavagem,
recapagem e salários. Sua
variação mensal foi de 0,18%,
acumulando em 12 meses uma
variação de 6,71%.
Segundo dados apurados pela
ANP (Agência Nacional do
Petróleo) para a cidade de São
Paulo, o óleo diesel S-10,
registrou uma leve queda de
(0,06%) no mês de feverei-
ro/2016, quando comparado
com o mês anterior, sendo
comercializado a R$ 3,113 por
litro. No período de 12 meses
(fevereiro/15 contra feverei-
ro/16), a variação acumulada é
de 8,20%, resultado, principal-
mente, do aumento dos com-
bustíveis, ditado pela Petrobras,
entre fevereiro e setembro de
2015.
Indicadores econômicos de São Paulo– Fevereiro/2016
OÍndices de Inflação - Referência Fevereiro/2016
IGPM/FGV
INPC/IBGE
IPCA/IBGE
IPC/FIPE
INCT-F/NTC
INCT-L/NTC
1,29
0,95
0,90
0,89
0,36
0,18
12,09
11,08
10,36
10,45
8,57
6,71
Índice Índice%no mês %no mês%em 12 meses %em 12 meses
"
INDICADORES
70 ABR 2016 | Revista SETCESP
O óleo diesel comum, ainda
consumido pela frota brasileira,
tem uma variação acumulada
de 8,42% nos 12 meses. No mês
d e f e v e r e i r o o ó l e o f o i
comercializado a R$ 2,897 por
litro, contra R$ 2,899 por litro no
mesmo período do ano anterior.
No mês de fevereiro houve uma
ligeira queda de (0,07%) em
relação a janeiro/16.
"
Este material tem por
objetivo principal, que a
e m p r e s a c o n h e ç a a
mecânica dos custos, a
n a t u r e z a d o s g a s t o s
independente do porte que
elas possuem. A partir da
apuração dos custos fixos
e variáveis é permitido
f o r m a r p r e ç o s m a i s
consistentes.
O óleo diesel comum, ainda
consumido pela frota brasileira,
tem uma variação acumulada
de 8,42% nos 12 meses. No mês
d e f e v e r e i r o o ó l e o f o i
comercializado a R$ 2,897 por
litro, contra R$ 2,899 por litro no
mesmo período do ano anterior.
No mês de fevereiro houve uma
ligeira queda de (0,07%) em
relação a janeiro/16.
Diesel
Diesel S10
Gás
Álcool
GNV
2,897
3,113
3,507
2,658
1,935
8,12
8,20
13,24
28,72
9,76
Combustíveis $ litro %em 12 meses
Referência Fevereiro/2016 - Fonte ANP Valores referênciais para a cidade de São Paulo