A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)

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7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar) http://slidepdf.com/reader/full/a-analise-do-discurso-e-sua-interface-com-o-materialismo-historico-socorro 1/12 _  / 1 f r 1 1 i inara Sabadin D a g n P ~ e Sabino allon Rev.são de Texto e Revisão de Emenoas Sirlete Regina da S ilva P r ojeto Gráfico Diagramação e r o d u ~ o d Capa ~ s t e iivro no todo ou em parte c ont orme oeterminacac 1egll l , não pod< :~ei p r o a u z1do por qualquer meio sem autonzar;ao expressa e por escrito do aui:or ou o :r editore exatidão das informações e dos concenos e op1móes em1tioos. as imagens quadros e figuras s ao de exclusivo re sponsabilidade dos autore' CIP - Dados lntemac1onms óe Cm.:ilogaciio n:i Publica< ;5o H673 lli st6na das ideias: d i á l o g o ~ cncre lingua;;cm, c;iltura e h1stóna I Ana Zandwais \Org. ). - Passo Fundo. Ed. Universidade de Passo FW1do. 20i2 . 312 p. : il.; 21 cm. I n clu i bibliografia. L SBN 978-857515-790- 9 l. Linguagem e linguas - Filosok .:. i dentidaat . Cultura. 4. História - Filosofia. L Zanówa1s, ,.._ na. cnorc. CDl.> Bi bliotecária responsável Jucele1 Rod ri gues Dommt,'l.les - CR B H J 1 5t ;  ;- UPF EDITORA Campus 1, BR 285 - Krn 171 - Bairro S ão Jos é Fone/Fax: (54) 3316-8373 CEP 99001-970 - Passo Fundo - R S - Brasii Home-page: ww w .up f . br/ed1tora E-mail: editora@u pf .  :r E on:ora VPF afihaan e tííiill~~11m11 1 1 1 1 ~ ~ ~ Asso ciação Srasde1ra dilS Cdrtoras U ~ 1 v e ""'\ f L ::>uma no ApresentaçãG 17 Língua. podeí e ::orpc Patnck Sénc t : .. i . ., emergênc:a ca scc1olingu1st 1 c2 sov1e t ?:::a ::;2:-0 c1 r.:::32 G é osico ogia do oo vc .:;ra1g Branc :s; 32. \/ alemin \ioioshino signos, 1 oeologr :;; e sem1o c Mika Lahteenmaki ?ovos e iínguas esievas: :.ima ··aber;açãc' " j a "í 1 ng uist1c2 tradí c1onal"? A eslavística fantástica de "licolai akovievitcn Ma rr Ekarerina V e l m e z o ~ · a 135 O que a herança de Marr pode nos oferecer? . Vladimir Alpatov 157 A procura da l íngua e ; s a e n t n ~ ê ·er;; ;; e 1is t6 1 - 1 à A.manda Eloina Scherer . .. , ( ~ u b j e t i v i d a d e , sentido e linguagem: desc .)nSmJir) c 0 o n-tit c. 2 2 homogeneidade :::a l íngua na Zandwais Origens filosóficas da ética em Bakhtir · . e 1 e i t u ~ a s Cê. 11etafisica e da fe nomenologia ::>moióg1 c'.:-ner:-'lenêut1c2 Maria Cristina .Yennes Sampaio 2' 5 A. :::hegacc; de °Va lcsni no v/SaKhtir: ao Bíasi: :--.::; oe caca de i9 7 C 3a tn Srait ]Ã i 1 vlacunaírna r;c3 :>lhes do outrc · · : · ::on ce:  : : ::i aKht:n iaro .Je · ·9x cedeme .:ie v isão" ana 3a ns: ê . :ar noos 253 :J n orne si nc:car o qo 3 r asi : ~ m = càc.. :r~gt.i isto ::::::i: iG C;.  1 r ã Sc ;or s · -- s 1or:cv \/t ana -1c Socc . ...2 g u ; a r Je :jti ve sre :a;,,·a ;. :a 3 9 3üt· r : s autcres

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7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)

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1

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inara Sabadin

D a g n P ~ e

Sabino allon

Rev.são

de

Texto e Revisão de

Emenoas

Sirlete Regina da S ilva

Projeto

Gráfico

Diagramação

e

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~ s t e

iivro no todo

ou

em parte

c ont

orme oeterminacac

1eglll,

não

pod< : ~ e i p r o a u

z1do por qualquer meio

sem

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zar

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e por escrito do aui:or ou

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editore

exatidão das informações e dos concenos

e op1móes

em1tioos. as imagens

quadros e figuras sao de exclusi

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responsabilidade dos

autore'

CIP - Dados lntemac1onmsóe Cm.:ilogaciio

n:i

Public

a< ;5o

H673 lli s

t6na das

ideias:

d i á l o g o ~

cncre lingua;;cm, c;iltura e

h1stóna I Ana Zandwais \Org.). - Passo Fundo. Ed.

Universidade de

Passo FW1do.

20i2 .

312 p. :

il. ;

21 cm.

In clu i bibliografia.

LSBN

978-857515-790-9

l.

Linguagem

e

lingua

s - Filosok .:. i

dentidaa

t .

Cultura. 4. História -

Filosofia.

L

Zanówa1s

, ,.._ na. cnorc.

CDl.>

Bibliotecária responsável Jucele1 Rod rigues Dommt,'l.les - CR B HJ1 5t; ; -

UPF EDITORA

Campus 1, BR 285 - Krn 171 - Bairro São José

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E

on:ora VPF

afihaan e

t í í i i l l ~ ~ 1 1 m 1 1

1 1 1 1 ~ ~ ~

Asso

cia

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Srasde1ra

dilS Cdrtoras U ~ 1 v e

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::>umano

ApresentaçãG

17 Língua. podeí e ::orpc

Patnck Sénct

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..

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emergênc:a

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scc1olingu1st1

c2 sov1e

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.:;ra1g Branc :s;

32. \/alemin \ioioshinov· signos, 1oeologr:;; e sem1oc

Mika Lahteenmaki

?ovos e iínguas esievas: :.ima ··aber;açãc'" j a "í1nguist1c2

tradíc1onal"? A eslavística

fantástica

de "licolai

akovievitcn Ma rr

Ekarerina V e l m e z o ~ · a

135 O que a herança de Marr pode nos oferecer? .

VladimirAlpatov

157 A procura

da

língua e ; s a e n t n ~ ê · e r ; ; ;;

e

1ist6

1

-1à

A.manda

Eloina Scherer

. ..

,

( ~ u b j e t i v i d a d e ,

sentido

e linguagem: desc  .)nSmJir) c0

o

n-

tit

c. 22

homogeneidade :::a língua

na Zandwais

Origens filosóficas da ética em Bakhtir·. e 1 e i t u ~ a s Cê.

11etafisica e da fenomenologia ::>moióg1c'.:-ner:-'lenêut1c2

Maria Cristina .Yennes Sampaio

2' 5

A.

:::hegacc; de °Valcsninov/SaKhtir: ao

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s1mbó

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____ Exterioridade

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o°.€

Es:ud<i2 Ln?- L;,;

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_ _ _ _ A

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no Brasil 1889-19201: d o c u m ~ a t o : : . : .

Sfü

1

?aulo:

Brasiliense:

Funcam p. i98:é. v. E

RANCIERE.

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ê

fiiosot:a. -::-:-a('°c. c.C

A;i

gela Leite Lopes. São Paulo : Ed. :34. 1996.

SCHONS

C

R

._4.

dorâucu;'-·

revolucionár1:os:

produção

: c : r c u , L ( . L Ç ~ o

de

práticas p o l í t i c o - d 1 s c u r s i . v a ~

no

Bras

i  da

?:ime ira

Repubiic.;:;..

Tese <Dou torado

1 - Z:nivP:s1dacie Federal

do Ric

Grande ê.q

Su.i ? ~ n

  ºAlegre, 2006 .

Z A 1 ~ D W A I S , A.

~

d.ispositiv:-i

àe

lm;a

pom1c:J.

J.a

c asse

:me:ri

:,

?.

brasiieira na

Primeira

República:

;:irocessos

àe i;:iterpelação <lo ..;,Clj• i

·

to operário a;;ravés da i : n ~ < e n s a

p a : ~ i 1 e l a 1-rl:

SC:::-ICNS. C.

3..:

P.8-

SING. T.

M

K

Que

.::iõe.c:; ü . ~ :

· .scritc.

:?as:::0 F : . i . r ~ . d a : f d  L oTa - ~ : r ) :

20C5.

. 288 -

,A,

análise

do discurso

e

sua interface ~

coir:

0

rnaterlalismo histórico

1"

:v -

it

1

1éna :lo

Soc

orro

14guiar Cie O

li

veira Cavaicante

~

~

~ - e ~

. , . . . , · 

i

:

1,rr,0

11;. mssemos

ante:normente.

QiJerentes ,.

V .  

posicões teóricas possibilitam diferentes ...

' ~ ~

olhares sobre um mesmo ob

jet

o. Em

se

v

canelo da

análise

do d i s c u ~ s o , embora terJ1a

:;urgido aoenas a parti.r

de

meados do século xx

esse campo

de

saber tem atravessa do f r o n ~ e i r a 2 .

deslocado territórios, estabelecendo diferentes in

terl

ocuções

teóricas. num

movimento cons

<:ante

de

expansão

e de transter:-i

to

rialização. Por '3ssa a-

zão. ou.ando falamos

em

~ 1 á l i s e do discurso. hoie .é

:u.ecessan o <3Xplicitar àe que lugar teórico 8s

ta m

os

falando. me

smo

quàndo nos

referimos

à a:'..áiise de

discurso

fr

ancesa, pois sabemos que. na .t<rança.

:Jas decaàa.i:

de

1960 e 1980, vár ios c o s ~ rea

hza,·am

trabalhos

de

análise

de

discursos, a par-

t . ~ r

de diferen-ces

pressi.:postos teóricos - semiótica.

.1..:.n

 ?-

u.1stica.

le;ricologia. Embora c o n s i d e r e m o ~ de

gr2.'1cie

' ' ~ 1 e v a n c i a

as

bases

ep

is t

emoiógicas que

: : ; ; _ : ~ ; : ; e n i . ; ~ , : ; : i as

:-eferidas

abordagens ,

nã0

n.os ocupc.

··::rz:

cs

d.essa <:2..refr.

no

tex:tc

que ora iniciam.os.

Aqui trataremos

especificamente da análise

::0 ó s ~ u r s o ancorada na p e r s p : om

ológica

Cf. _ i1za.11s1· elo

wi;curso procedirr.entos

t i c a . 2009.

~ e - . , - i - S t . :

a i · ~ .

Tudorov. 3artes. Gre mus.

Du

bois. r e ~ outrr.s

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do m

aterialismo

hi

stór

ico

dialét

ico . No

sso percurso

terá

co

mo

pon

to de pa

r

ti d

a os

es

tu dos de

se nv.:

olvidos

por Mi

chel

P

êch

eux,

na

Fra nça, dos

anos

de 1

96

0,

cujo objet

ivo

er

a

romper com a conjuntura política epístemológica dos

es tudos da l i n

gu

a gem, e n t ã o v ig e n

t e

s -

o es

t

ru tura l ism

o

linguí

s

tic

o e o

gerativismo chomski

ano.

Segundo

Orla

nc

ti

(19

74

, p. 7).

A

Análise ào Discurso t. . ..J é D acor1;:,ecime:--'

to teórico

mais

i

mportante,

dep01s

cio estruturúi

smc,

r ~ : : .

França". Ferreira

12010,

p .

19 tambem afirma

que.

do

pont

o de

vista

político, a

Anáiise

do Discurso r.asc\ó.

a s s i r r ~ .

na pers p

ec t

iva de uma in t ervenção, de uma ação transformt.

dora, qu e visava com ba ter o excessivo form a

li

s

mo lingüístico

então vige

nt

e [

..

].

O

que a

AD fez

de mais

corrosivo fo:

abrir

urr.

campo de

qu

estões no

interior

da própria linguístic:i,

operanril

um sensível deslocam ento de terr eno

na

área. sobretuuo noe

co

nceito

s

de língua

, h i

stor i

cidade e suje

it

o [

..

]. AAD. sempre é

bom fr

is

ar

, soube dar

um caráter revo

lucionário

ao modo

come

abo r dou o papel da

lingu

agem; bem distante dú aspecto me

ramente formal e

catego

rizador a ela atribu1do por uma visão

es

truturali

st a.

N a AD fundada

por

Michel Pêcheux, o esmdo

da

lín-

~ gu

a ,

estrut ura

fec

hada

, concebida como

objeto científico.

a m p u t a d a do

social,

higjenizada

de qualquer relação

com

~ ~ ~ s i

concret as,

objeto de

estudo da linguísüca, cede

J g a r ao es t

ud

o

do

discurso, hiS<odcamente àetermi;,;-,;;;: ~ g

,,, b Assim, a

língua

passaria a ser

não

o objeto de

estudo, mas

~ ~ ; j : >

uma

forma

de ma te ri alização dos discurso::; e um

d.os aspec

-   - 

'

t

ºd ' - 'd d' .•\ :1

s cons1

er

aoos pa ra a sua

compreensao

\. os i:scuz·sos;

.n.

,3

AD

se de

bru

çaria,

pois,

o

sobre

a

língua em

s1,

mas

sob

re

o

di s

cu rso. Como diz Indurski (2010, p. 39J língua, nesse

d

om í

nio de

sabe

r , vem,

desde

sempre emrelacada a exte

rioridade e é concebida como

uma

materialidade .a.:ravés cir.

qu al o ideológico se manifesta,.

Aanálise do discurso e sua interface com o matenahsmc nistónc

-

290-

Essas questões postas pela teoria do di scu rso não ob- ~

j e t i ~ a v a m ~ p e n a s inaugurar U... '11 novo campo de es t

ud

o,

l

.3

mas também um instrumen to de luta política. A p roposta

de ?êche ux (1988. p. 24 J era contribuir

para

o av an ço dos S

~

ôstudos na perspectiva do materialismo histórico,

do

efeito

das relações de c1asse sobre

o

que 'Jodt:

chamar

as 'pré-

 

- .

-::1cas ling-...úst1(;as

··.

~ s s a po

s

tura e

coerente com

a

m a n e i r ~

r e

; . · a 7 a . ~ ci < r - e-'°' . . . , , . _ , , . . : ; : n p . n ~ · ' . , ; , à.,, :Ila'(P....;ai ; Sill0 t'1:::t0TÍC0 f. ,

u

i.

.;:.J-.l l c<:;

 

i

v '-•

"-

 -- .a. L 1

- · . . • -

o propno Marx•.

::.985. p. ~ l : J quem

a

5rma

que "os

filósofos

. ~ · ( _

L

apenas

inte

rpreta:ram

:;

rn.unao ae

moaos

cfü.e::.·ent,,es,

e

pre

-

cise

a g o r a ~

transformá

to' .

Se g

u

ndo Silva Sobrinho

(2007,

p. '.::'.:?.; .·'e necessário

to

mar .partiào den-::ro da _,inguística D e ; . . . ; : . - ~ · e, em S e f ~ ~ d ~ ,

wmar artido

d.eni;ro n ela

ontologia

mâ.naana·.

::'..

.

p01&,

a

partir desse iugar

teórico

que desen

v

olveremos nos

sas reflexõe

s, enfocando ca

t

egorias

ce m::-

ais da

1\.D -

di

s

curso,

iàeologia

e su1eitc,•

uma vez

que nessa pe:rspect:iva a

produção

de

s e n ~ i d o

não

se

a

partir

de

arranjos

sintáti

cos, mas

se

constrói .socialmente

nu:::n

processo que envolve

a língua, o sujeitü

ê

a

história.

O estudo das citaà.as cate

gorias - língua, discurso . ideologia e

s u j i ~ i ~

- abriga

varias

teorias,

algu.."Ilas divergentes que µossibiiita::i entendimen

tos diversos. Isso ocorre tanto nas C.iversas áreas dos es

tudos àa linguagem. \filologia. linguística do texto . análise

do discurso;. como nas à.iversas tendê 'l<.:ia::: àent:.·

o-

de cada

uma

dessas áreas. Seg-...;.ndo Siha Sob:·rnho '2007,

p.

32), é

necessári0

~ o m a r particio

d.e

ntro ia Lngufat:ic:: .

oela

AD.

.

s

~ . ~

....

º

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1

Tomando partido

A partir do entendimento anterio:cmente esboçado

'·tomando

partido" pela

ontologia marxiana.. cons

id

eramof'

imprescindível. além

a.e .?êchec:x óaloga::- - ~ : > m r.ex;:;os Õ.·2

Lukács.

B a k h t i n / \ T o l o c h í n o ; ~ e Leontie:v. qus. embora nãc

I;ratem

especificamen

r.e

ÓP

análise

d

óscurs

o.

;:los

forn1::-

cerr contr ibuições teoricé..s no

:n.:.e

f;Studo j,·_.

categorias constitutivas

cio à.iscurso -  .ing-,_·.2, ideohgia e

_jj1

S U J e j ~ o .

k . " , . , .

d

, J _ara Lu. acs. a categon::. runa.ante cto se:· soc1ai e e t r&-

 

'

ij P f f ~

_É por meio deste

que o

homem

.::;e

destaca da

n ~ - : : ; -

/

.. \ '.. J \li reza e mtervem sobre ela. modificando-s. para atender

suas

' ~ l r v l ~

; b ~ l \ Q J A

c l o j e t \ 1 1 e 1 . . ~

'f .'fl\ó.n

\

nkluin.W:i..

e o ~ a.ó

Ci.l

 

C.C'\cSW.:1\ -

ci.c1

 c

,

~ ~ ~ ~

6 ~ ~ C k

necess10ades e. ao modifica-la. :arr_be:m se moàifica. Issc

se dá num processo ccntí:nuo e

ininterrupto em

que o se:·

social, diante de

limites

e oossú)ilidades presentes na

sua

realidade, busca resnostas Dara atende ' suas necessià.ades.

e

cada

resposta encontrada

desencadeia

0

surgimento

de

:-q

~

:iovas

perguntas

que -::arecem de nevas -espostas. o:)

Isso ocorre. segundo LuK.ácE 11981. o. :i.90l, oorm1e G

Q

~ ~ a b a l . h o

"cria c o m i n u a m ~ m :

'1.ov;a.ad2s

o o j e t i v _ a ~ -

e

s ~ . i b j ; -

~ ~ ~ l t

---,.-,,. oara nue "' -·cn

1

·onucao

D o s e - ~

- . e . ~ . - r ' i 1

v.

'· :::L.:: ç

... 1.

a 1 ,-

.

L.. • .,e - 'e. t C 1 . - ~ · J .l .:..-.:--e ~ J . .

 

::J . '

~ ~ s ~ á r i o

~ ~ m : : ~ .

x ~ , - ~ m n : ~ ~ ~ i ~ t : i ; } · ~ - ~ ~ ª : . ~ : ~ a_e"

o n s : ~ : . ª ~

~ l .

1c

consc,er.c.a e C ~ L U - - ~

.,OI' ':. .• J...J.Ca

~ l a ~ a . Q L . . . l . v J . C O ~ S do,...<:..

••

:;

--b i

ro humano: a f a ~ a : · . ; ?or r:.1eie

de

; : : r a b e ~ r b o ; : : . } ~ C

Ou::-tca

d(7-

..

. . ..

.

tB=":JOstas p:õ:.:a ater..ae; "''-'-2-f' n-?c-ess:d.aaes :: : ~ : : : : · socrn: -;,1a-

- ~ r J c o r i . s e q u é ~ . : : ~ c..s :r1'2'.

; ~ < = - ~ -coder·ã.

::;

:::. T_:-:_-.

i l l e s ~ r . . ~ · : 1 : ~ . .:

;;;.er1do capaz de p r e - - ; ~ - r

:".:Jat:..s

2 s ( ; . . 2 . ~ : : : ~ ; r . s e q _ : : i ~ . , . . . ~ c 1 Z : . s . ~ n d . s . '3-C·

. . .

.n ; ~ ~ r

i - ? . r:P ui'-:l'.:.:·

7 a.

}n/ ~ s s e r e snc1 u lr

~ : ; : . . . : f . 1 .........

...

.

.

._.:u

: i l t ··.;.r:

T 1 ~ 1 o s 1 : :

_ ·· : t ' ~ r . c

: : - l ~ C l . : : : ; - · ....:nc:-: 1 - ' 2 ~ ~ ..

i - 1 · 1 u a g e ~ 1 · · ~ ~ v e ~ · í . . 1 ~ ····;ds ··

- 292 -

ci.a de

trabafüo,

pois wm este surge a reiação

sujeito

-objeto

e o

distanciamento

suje ito-objeto. Esse distanciamento ,

confüma Luká:::s (p.

65l. "cria

imediatamente uma das ba

ses indispensáveis, f .. ) do ser Social dos bOElenS - a liri

~ u a g e m E::n:endemos aqui o

termo

i i : i g u a g e r ~ 1 ' · ,

d i f e : : - e n t ~

e.a rnrma de comunicação dos animai:;,

que .?

meramente

::.10lóg.tca.

i::J.stin:i·,c,s.

e

se presta

para

atender

as

suas

ne·

cessiclad.e:: :::i:rgáníca ::: alimentar-se, defender-

se

etc.

e .:;e ::.2.

d.12.1Ee

d(J que e manifesto. O ser soóal , ac cont:tádo

aos an1mais, ê

capaz

de referir-se a um objeto que

não

 

faz 01esem.e: é

capaz

de descrevê -lo. àe conceituá-lo. d.e co -

-

.

"

;:vinicá-h Foi essa

necessidade

de

falar

do objeto q-c.e nãc v

'

está

presente

que fez com que o se :- soci.&l desenvolvesse 0

órgã0 (

aparelh0

fonador para a realização da fala

~ s s i n - . 1 . .

afirma Lukács. ·'de pesmo :nodo gue com o trabalhe. :::am-

. . . . 1 l ] ' .

::iem CO'.T;

a

lmguagem se rea.c1zou

um s to .:w se;- n . a t z ; ; a ; . o

.-,.-

·1.·

p

.;er o c i a ~

µ." 1 -

z-n.l

o

nosso) .

rossegue o

a-c;,tor:

i--;c.

:heàiaa e : ~

o_ue

<

homem se

e:õforçB.

por

precisar

:ad2

. vez

mais o o ~ j e t o co::::no aigo concreto. os seus meics de ex;Yressão.

s.s suas

ci.esignações .são

tais que permitem muito hem :;. ~ a d a

2-in.a] fige.:ar eo co

ntext0

s completamente diferentbs. De modo

q u ~ l: reprodução

realizada através

do signo ver :Jai se sepa:·a

cio."

c b . 1 e ~ J : o

â.esign.ados por ela e, por c::mseguime. :.ambém

cio

sujeita

que a realiza, tornando-se expressão

conceptual '.ie

um

ip.

- - -Pº inteiro de fenornenos determinados. que p ú e t ~ n : i se".' atili

zaa.05 d.e modc 8.:i.álogo por .s1Jjeitos intei.rar:lente d.ifo:romes. em

C ' f ü t ' 1 ~ w s diferences (

p.

P,f: 1_

("

r , ~ a i ) é : i h c ,

esercve

En.geis

1.197fi.

p.

1

i l : .

'·c...-icll

s

pré-

:.>:-;:: 1 c . m r : : ~ 1

'

..

.

.?:-i

neir 3

e

t.raoa.lho, depoj

s

üeLe,

e

a J ::-_1es

i ~ o :'.=..1n·L:o 0 l 2 ~

2;e. a

li riguagem tais

são cs

d.o;s ê S t í m u l o ~

·:::,sse:ic1 ..:s s . : · ~

.e:

i:.1:luên cia. dos quai.:; o cér'3brc de ;__,:n1

n1acs.-

:c

:42 : r a n s f o s ~ a ]X1UCt' a poi.:co nu.m ( érebr0 h - i ~ 1 2 n o .

Aêrja

do Socorro

Agu

iaí

de

Oiiverrn Cava lcante

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7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)

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•1

Sobre

a

consciência ~ _cj

. - - -  g

A consciência é um conhecimento das coisas

e de

s1;_.f g ; : ~

• • · (

fj - T , <: d

um

conhecimento

desse

conhecimento ,re lexao - Leontie,,

+

1 b di - , ~

2004, .P- 94), em seu estua.o

so

re as_ cor:,_- çoes ae

mento da consciência, nos fornece s1gnmcativa c

ont::-mu.1-

ção

quando afirma

que é a par tir do desenvolvim

ento

do

trabalho que

se

dá o processo

de hominizaçâo do

ce reGr::

humano,

dos

órgãos

dos

sentidos

, enfim,

de

wdos os

or

g

áos

da atiyidade humana_

Diz o referido

autor p. 92  :

A consciência só podia aparecer nas condições de

uma aç ã

o efe

tiva sobre a natureza, nas condições de uma atividade de t ra

b:::

lho

por

meio de instrumentos, a qual é ao mesmo t

emp

o a f? rma

prática do co nhecimento humano. Nestes te rmos, a consc1e

nc12.

é a forma do reflexo

que

conhece

ativamente

[ ..]. É o reflexo

da

realidade , refratada através do

prisma das

significayõe i: e doe

conceitos lingüísticos, elaborados socialmente [ .. _ E a forma

histórica concreta de seu psiquismo. Ela adquire particu.la:ridé,

des

diversas segundo

as condições da vida dos

hom

e

r>..s

e tran.:;

forma-se

na

seqüênc

ia

do

desenvolvimento

das

s

ua

s

rel

a

çõ

e

s.

É, pois, a consciência

que

fixa

as aquis

ições e os

tados alcançados a cada momen

to

pela

hu

manid

ade,

que

confronta ess;;-aq-;isições

com a

realidade

e

trans

form

a.:

adquirido

(

apropriado)

em base

para

a prod

uçã

o do

n ~ v o

Adquire forma

e e

xis tê

ncia nos s

ign

os c

ri a

dos

pe

los

mG.lVl -

duos no

processo de

tr a

b

alho em

q

ue

, agi

ndo

so

bre

a

natu

reza

, os

home

ns a transforn1.am e

se

tr a

ns formam

. ao

me&

@

~

mo

tempo

em

que

(inter

agem

com

e

s

obr

e o

ut

ros

homen2

B

nas

suas

relações

sociais.

Os

sig

nos sã

o.

pois,

o

alimento

Ó.3

~ , Q

d 1 - .

,..)

c1> • 5

consciência e só e

merge

m no processo e

re

açao emre .JS

t:..

,M

indivíduos. A

forma

conc

re

t a sob a

qual opera

a

c ~ m s c i ê n c ~

~

:

 ) "i da r e a l i ~ a d ~ c i r c u n _ d ~ ~ t e

é .ª

~ ~

consequencia

da at1via.ade p ro

du i,1

V

a.

dos :lornen::;. ~ ~

A análise do discurso e sua interface cem e materialismo h:smncc

- 294 -

E

ss

a

ativid

a

de

se d

es

e

ncade

ia em

dua s di r

eções:

na

ação

dos

homens sobre

a n a

tureza; ap

ro

pr i

a

nd

o-se de meios

de sat is

fazer

suas

aecessidades,

e

na necessi

dade de

se

co

municar com outros homens -

cons equênci a

da ati

v

idad

e

prod

u t iva.

Etll

arx <1975. p . 159/ temos

que

··a

linguagem

e

tão velha

como

. ;: c o n s c i ~ n c i a .

a linguagem é a w nsciência

~ e a l prátice.,

qt l

e

ex i

s

te

t am

m pa

ra

outros homens, que

~

existe,

p 0 ~ 8 - : : ~ G .

e:_cáo, pc.tra

rr

im

ta m

b

ém".

Apo

iad

o.

ne

ssa

afirmação de

M:arx_

Le

on t

iev

p. 92) acrescenta

q

ue "a cons

cién

cia

é

m p a ~ á v e l da

li

nguag

em. Com o a consciência

hu -

. d ~

m

an

a, a lingua

ge

m

ap

ar

ece no processo de

tr aba

lho, ao

i:nes mo

_

emp

? e ~ e

..

como a

s c ~ ê n c l i ~ ~ H

= o

prndL:.tú d.a

co1et1vi.aaa

e.

o

proauw ªª

a t1v1dade

numa

-

s:::i s

na

·.

Ao fazer ess

a

af i

rm

açã o.

o

a

uto

r reitera a

pre

mi

ss

a

mar

xist a de que

-é a

existê

n

cia qu

e determina a consciência

",

ou

seja. como

urodmo da

atividade human a, àa co

le tiv

ida de, a

co

nsci

ê

nci

a

não se

desenvolve

de

forma

idên ti

ca

em

to

d

os

os

seres. Seu

ma10:r

ou menor

nível

de

desen

volvim

en

to

de

pen

de da re

alid

ade material. à.a

at

ivid

ade

produ t iva. da

s

rel a

çõ

es

socia

is

em que os sujeitos

se ins

e

re

m e

das

con

di

ções

sócio-

históricas fue engenàra

m

ess

as relaç

ões_

De

outra

maneu-a.

a percepção e a efetivação

das

rela

cões soci

ais

são

po

ss

íveis

atravé

s da lingu

ag e

m.

sem lin

g-..iagem

:::ião

ná consciência. En

tretanto. ;;orno já foi

dito an

ceriormeme

as

formas de

ma n

i.fostacâo

2a consci

ênci

a não

são idênticas; variam àe

acordo com

aR rela

cões s

oc ü

is a ue

o

:nàivid.Lo

es:;aneiecE- e

seu grau ae ciareza

é

proporcion

al

ao

grau

de orientacão social

em

que o

sujeite>

se

in

sere.

t . , ~ r r - r . ~ , , - . ' - a ' ~ 7 : : ; - . , . , ; 1 - - . ~ · ·   1 9 3 1 "'i'".::;1 a · ~ t o m ~ f c , . -

'-'

.:

:_L.

""'"""-"'-

 _ _  __. __ i à.

..

v t

J · ·- '-" , • 1 .L

. _

i..; - . _

; ; ~ .

::nais

: - i e ~

orga l:zaci.& s di.fer'::mciada

rnr

a ..:oletividaàe

::J.C

inte·:-ior

a.a qual

C

i:1dividuo se

01.-ienta.

mais

disti.."ltO

e

C(lmple2-;o ;,erá seu

:nundo

in terior

·'.

Ivlaria

r,v Socorro

Aguiar de

iv ra

Caval:z.nte

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7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)

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.

"[

l

1

i

1

Diante d.o

exposto,

podemos concluir que a consciên

cia tem origem social; tem a linguagem como :material de

expressão

semiótica;

manifesta-se em ri.iveis.

Tomando

as

. . d ,, .,, " · i;. t ''i º '

categorias marxianas

,e·

em Si e para sr. u rnzaaas por

Duarce

(1993).

teremos. de

acordo com o nível de

manifes

tação a conscíência em

si

e a consciência para si.

c;on

sciência em

si

1

?

a

~ o n s c i ê n c i ~

v i - v i d . a ~

ma.s

:lã.o

f l e : K : i · v a . ~

i1a qual o u j e 1 ~ 0 te

1

_ t1ma v·aga e confusa pereepcàc

de

si ·cüesmo e do que se passa

à sua

volta. Apropria-se

da:.:

objetivaçõ

es

genéricas . sem manter uma relação conscien

i:e com elas

,

ou seja,

o

indi-v-1duo

se apropr:a ela

linguagem

e at;ravés

àela se objet

iva:

relaciona

-se com instrtimen.ws:.

aprende

a

utilizá

-los,

prociuz

novos objetos, sem te ·

cor:. 3-

siência plena de que a linguagem, os i n s t r u m e n ~ o s , os ob

_ietos

são produtos humanos

e

de que suas objetivações

~ n d i v i d u o ) também estarão a serviço da hu man idade e se

rão por ela

apropriadas

.

Consciência para s1 é a consciência ativa e reflexiva

ca

qual

o sujeito

tem

consciência de pertencer ao gênero ,

de c0m ele relacionar-se .

É

capaz de reconhecer a diferença

ent.;:-2

si e o gênero ,

de

direcionaT sua ação em função dos

valores genéricos que assume.

Ent

endimento ià.émico vamos en co

ntr

ar em Baklltir.t1

0 ~ ' - ; ~ 0 '

1

98

1

nr-:1

,; ;, . ,. . d •

.J.l ,;:,1.u.u " ;_

.

l, p .

üu

: ~ - o .

co

ns c1e

nc1a a

quire

:::orrt.a e

:: xi.stôncia nos signos c' '·iados oor um 7í UPO o • · o - o : i r ' , _ ~ ' ; : i r l n n•

\

_ o -

. _

:::::_ _

. ..1

. . . . . . . . . . .

...

4

cur;;:o de suas relações sociai.s. Os signos são o alimento da

consciência individual,

8.

m 2 ~ é r i a

de

seu

àesenvolvimento.'·

.AiT::da

e·m

consonância

con

a. a d . i s s o c i a b l i d a d e

li1:g-u.agerr

.

consciência defendida por

IJeontie\i.

va:nos e11contra.r na

1 ' ,. . . ,. .

.

- ,.. , ' . .

mesma JD:ra Gos

-ceor1\::

os

30\

1

Jet1cos 1,p.

l l ·5

q u e 1 - a s1ti1aça

G

~ o c i . 9

rr1ai

s

in1ediata e o m·?-iG socia}. i:.1ais E l i ~ ~ r t ' }

ria·..,,, C J J p P " - ~ m . : : . · ~ . , _ e P . ,.:i· '

_

...

d \,1  

.1.

l_.;Va._ vl l t ... .

po

r

8 SSlffi

\..4.J.Ze'f,

é1

pê.T:l ?°

0 0

f ,êU

l l ~ : ;

a e s t r 1 1 ~ 1 1 r a da eru .1nciacão · .

anãii e do d iscurso e su3

interface

com o marena iis+.--:o h 1stÓrico

-

296-

Os ~ s t u d o s da linguagem desenvolvidos por Bakhtin/

Voioshinov, na então União Soviética, pós -revoh.lcão d.e

1917, objetivàvam, segu.ndo

Zandwais

(2009,

p.

100 ), "con

:rfo11ir pa ::a a constnlção de uma sociedade

mais

emancipa-

d i . : ~ ' ' e º ;j d "" .: , ,

ri

. . · 1 1

-'·ª·

...i .., , « · c 1 . ~

e

::i

;.gua1a

au e

s

soc

1a1s

e ancerçaaa em ,Jases

' ~ v · , - : : ~ . . r 1 5 ' · : : l ~ d . ~

A

1

.a.

nc· l \ T

' · " ·

.

. , , ~ ~ - - -•· ª '

e

'-' lc. . J. essa perspecn

va,

os

rerenctos

au

-

tores crió cam

o

somente as

orientações

do

pensamento

5 iosófi.sc-Eag-J..isticc do suojetivisrno

individuali

sta, do ob-

5

eüvism

o abstrato, mas t ambém as concepções mecanícis

t as do materialismo h is tórico. bem como a nova teoric:. -:ia

lin

guagem desenvolvicia por Nicolai Mar:r. Quanto a

essa

"nova doutrina" de Marr, escreve

Zandwais

(p. 101) que

''7e:m beneficiar o regime de governo stalinista, a fim de

soliciificar o prc:jeto

político de unificação e homogeneização

à.

o

povo russo-soviético". Assim,

os

também teóricos russos,

:s , ' "

1

h

aK h trn e Vo os ..

üD.O I

> propõem uma abordagem marxísté'.

' r.:·1 ,. '

1•

c.a

Ll:osona

da

nnguagem,

defendendo

a

possibilidade

de

estudar

a linguagem levando

-se em

conta a historicidade

os

sujeit

os e o sociaL É a partir

desses pressupostos

a u ~

em

marxismo

e füosófia da lin.guagem, B a k h t

ó l o s h ~ o v

'.1931, p.

32)

desenvolvem uma

teoria

do sign

o:

A

'

,.i 1 .(. ' ,.

,o 1a u.o aos ienomerros

na

tur ais do m a ~ e n t l · ·

. . , " ecno ogico e dos

~ r t i g o s

ae

c o n ~ u m o , existe

um

universo p

articul

ar,

o universo

aos signos.

[

..

1 todo produto natural t ~ c n o l o ' o-ic '

· . · , e · , , ~

o ou ae con.su-

mo pode tornar-se ml{no e q u i r i ~ assun· um t·d· ul

. .- • , , , ·

"'

n l o que , -

0

ra pass

e

suas

p1·opr:as

particularidades

.

Um

signo não existe

;penas

como parte de uma realidade; ele também reflete e re

u·ata uma

º.u;ra:

Ele

pode distorcer

essa realidade

,

se r

-

lhe

fiel,

ou

apreende- a

o.e

um ponto de -

ista

específi

co

t

ri:

.d · .

"'

, , , ., . .. , . , e e

.1:0

o srgno

L ' ;

S J . J ~ h o

aos cn t

enos

de avaliação ideológica (isto é: se é

v e r a ~ d ~ fals_o , correto, justificado, bom, etc ).

o

domínio do·

ldeologJ.co

:::ornc1de com

o domínio

dos

signos: são mutuamente

,

,p ·osno '

1

1· • ·

, . ~

• , naeil\.es. f . 1 ond.e o s1g110 S"' < > n c o n t r en '

'

  nr

-,,,

,,, -

0

m

... . '-'--'

_

_

,:..;

. . , . ~ , : , e , : : : :

e::._

-

D- :1: ; / ldeo1ogi

cc;.

Maiia o SV(orro

Agüiar

de Ol:veiia Cava1cante

-

} Q 7

-

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7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)

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Temos, pois,

que

o

signo não apena..§...i:

reflexQ

do rw

o

que

significa

dizer que não

a p e n a ~ reproduz a

realida

de dada de

antemão, mas gue

ILQartir de um processo ll<

identificacão ou

desidentifica_ç_uo com a realidad1· Lmnl>um

possível refratá-la, d i s t o r c ~ - l n . o

rPs1dt.n

na conHtru ·ao

·

de uma

nova realidade. O

qm

pmun 1

1ta

eSA«   < H ~ O d

refração

é a

luta

de ciassos.

1 . . , , o n ~ c q u

ntcm •ntl ufn num

Bakhtin/Voloshinov

11

) 8 1 . p

461

qu " ·rn

todo

s1gno 1d o·

lógico confrontam-AC

tndicc d v.dor

conlrad1t.onwi._O

s i ~

no

se torna a arC'na ondP

81,.1

dl'H•·nvolvt n luta de classes"

Assim

sendo, a coni=1t.ruç.1u

d o ~ t10111.1clo8 n:

o

se

do

ele

forma

neutra

e isoladn do t • o 1 1 t 1 ~ x t o

soc1ul, mus

conl'ormc Leontiev

(2004,

p. 105), "o B<'ntido

1

••

J

tr d u ~ proc1AamPnte a n : i l ~ ç ~

do sujeito

com

Ob fpno1111 1111 oh 1<

L1

vos con::;cicmtizudos". As

sim,

um sentido nt

nhutdo um signo n1w Ht:> RUHtentn

na

difer

enças

que 0At.1tli11l1•cu corn ~ r o 1 3

H1gnob, p o í ~ Heu valor

é,

antes

do tudo,

uma

c11n1

1

nu;. o 1d<'olug11,; l

1 .k

muda de

valor

de ucordo com n

pu11

1

c,;1'10 dllll"'

l

H

qu o l

1

mpreg-nm.•

Essa ancoragem

t

1

ú1·icn

pCJH Hhilit.n, cünw 1 diSHt mm:

em Cavalcanle (2007,

p

1l,11Ra11m1r

tima

ccinc >'' o

dl hn

gua

como atividade

espc<.:i fü:rnnon LO h urnnrw, <01\ 1· ti

1

tórica [ ..

).Uma

concepçao

que

a •ntead1> 11 o

tidade

abstrata e

imut

avel,

mas como oµui..'a

>m 1

mcompl

que

acolhe

todas

as

manifestações

da vid:.i

hunwnu •

q 1

no

interior

das relaçõ

es

sociais, atua para Lrunt->í'orm.1-h

Sendo

a linguagerr:. uma

das

oojetivucoes gc11eni;a

que

constitui

a base do

desenvolvimento humano. ter.t

1

remos,

de

agora em diante,

tece:·

c o n s i d e r a ~ . O ( • s

a

· < ~ r t . ; a

Ll

relações

que

os indivíduos

estaoeiecem

com

e:-.;sa

oh./'JtH' -

-

 

d D . 1º9Q ,... - 38 " . . '

....

çao.

;::)egu.n O uarte

t ..,

w,_j;>. __ _,/-;.. , . :l

l t1VlUUUt: vl1,.l

humana,

sendo o

riginariamente coletiva.

~ x i ~ e .

purta 1t0..

'

Essa

co

ncepção de valor contrapõe-se

a

oe

Sv.us;;urn, purn •1uem

11

nu..

JL

signo sustenta-se nas diferenças que os sii:mm; csi:.ibclecem <'l l tre ll

A analise

do

discurso e sua interface com o rni

1ler1

,111s.mu mstcntco

- 298 -

a

atividade cornumcat1va.

A at1vidaae

de

comunicacão foi

> •

ao longo

da história pnmitiva se objet1·:ando em processos

que geraram a linguagem[ .. (. Sem aprdpnar-se da lingua

gem. doi, objews ê do::: usos e c o s t u m e ~ tlmguém pode exis

tu· enquanto ser .::rJ.manc

/'_ lmguag

err

. ~ o m a consciência . ?.. pois. um fato so

-::iaL umc. vez -iUE

r-esd-.;2

âc p:rocess0 ::.::: 2.p;:-o:;r.iacão-obje

i.JVacãc· àos p:·oau.toE

h u ~ n o s hiswricamentE:

acumulados.

Co

morm-:=

drnsemos

an7.e:-1ormente, ser.J.

:..:o lsciência

não

ha

p e r ~ e p ç ã o da g e n ~ n a . . a a . : ; e sem linguagem ~ ã . 0

há conscien

c ~ a . É através

da

lingua

gem

que os i n à i v ~ d u o s

se apropriam

-:la realidadE: e d& própria linguagem. G.é conceiws que lhe

permitem entender 8 fenômenos e

ag1:-

.::10

: - ~ : . : : m d o .

Essa

+orma de

ob,iet

1vaç::l

o

,..,e

matenaliza vi:·

d.isclll""'"

J1scurso

ideologia esujeito

Opta

ndo

por : : - i . ~ n a ; : ·

'.l

ma perspectiva de análise do

dis

c

urso que

se

f o . n d a m e n - ~ a

na

nerspectrva do materiallsmo

hist0nco-dialético.

nessa perspect1v2 que -:::·abalharemo1:-

as categorias funà

a:ites

da AD A par,;1r ae.ssa

ancoragem

teórica. todo àiscm:·sc, e '.lm f a z e ~ h1stonco r.a :ned.iàa er::i

gm·

é o

resultaa.o

cia elaboração

de

um suieito ~ - : . i s t o r i c u ::.< -

bre l rt•nlídade, nàc

e

pensado -::8mc

.. r:-1

b l o c ~ arriforme.

mllA

como

um esoaco marcado peia

heterogenern.ade

de

"'di

'l'l'8aS vozei:;"', ~ n d a : : ; cie t r o ~

discurso;

-

:

:iiscu:·so de

' ,

j ,

.

• . 1.()

1H O\li.ru

mterlocut:r

1 D o s t ~

em cena Dei-_

f:l:.1-:.nciaaor.

ou

g

J

diSCUl'Rll do

cnunc1&.dor C010CanciO

··

:O·e ':;E1 ~ e : 1 8 . -:orno um e

t

N

' . .. . . . :.(5

1u t'o

CAH•'

:ownc:wo.

·

,.;•,q

e1to

\::·az

er:1

s:

s o c . : . . t ~ .

u:-:

\'Oze1;

que

nl

1

. "

1

e

•e

erum. um muna.e ou::: -a .::c1 ~ = - r : ~ c u . i a d c . ~ o m p r e e n -ç; -?}

lido 11 . lllr"O te. 1 c.iscurso

S

?O ,. e::::: :d:11DG

ae

m•->-

 @

d1 1nd 1 1<

1

art1cuJam novos senw:0s .i( ia

conhecid<1

&i,..,

IH , 1 novo 'l 1u µoüc ser enunciado

ke nàc

seja a partir

ou rcss11.(uifi cacão d.o

.ia s

xisiente que impli-

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7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)

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t t

1111v11

n l111;rn•:-; do

S

U.J t::l tv diant e

de

àiscursos omros. E,

f\1   •11

1:1·10i;üo do novo. necessário se

faz que

as mudanças

cheguem

até a consciência para conservá-

las

e

promover

a

reprodução através da generalização social. É

nesse

procet:

so que a linguagem

cumpre

uma de suas fo.ncões: fixar na

consciência as aquisições. conservando-as e

superando-a

:;,

a partir do desenvolvimento de no<7as pergun:as e

respostas.

Segundo Pêcheux

12002.

o. 45 i. ·'o à.iscurso e aconteci

ment.o que

articula

uma atualidade a ums. rede

de

memória

[ ..]. Todo

discurso

é mdice

de agitação

;1as

filiações

sócio

-históricas

de identificação.

na

•nedida em

que ele

constitu:

ao mesmo

tempo

um efeito dessas filiações e

um trabalh

o

• ma

u.

:

ou

menos

consci

en

te . deliberado. construido

ou

o.

mas.

de todo modo. atrr-<vessad o

pelas determinaçõe

s in

conscientesr·.

Magalhães 75

1

tamh1•n1 'Xplic

ir-

a s1.:a posição,

concebendo

o

iôCUfBO

como

praxis

lmmana

que

pode

ser compreendida a pnrtir do enLt1ntl rnento das contradi

ções sociais que

possibilitam

sua

objt•t.ivução, pois todo dis

curso tem

a

ver com

o

tipo

d t ~

r e h ~ · 1 1 0 do sujeito no processo

de produção da vida d<' umn socieduclc

Sendo

produzido Aociu

lm entP, num dete

rm

ina do mo

mento histórico, para rcspondc.•r 'A nuc(

1

Hsidades postas nas

re lações entre os sujeitos pul'I_ 

:l

produyt l.o e reprodução de

sua

existência, o discurso c a r r ~ a o

históri

co e o ideológico

dessas

relacões

e, como diz Bakhtin t

1992,

p. 28), é

con

s

ti t

uíd

o,

na sua

tessitura,

por

milhares

de

fios ideológicos .

Logo,

par

a entendê-lo faz-se necessário conhecer

as

deter

minações ontológicas que permitiram o seu surgimento, ou

seja, as condicões de uroducão do discurse que compreen

dem ,

fundamentalmente. os

sn.JeitGs falantes em constm  1

te

re

l

acao

c

om

a cuitu.:-a . corr. a socieà1 de 2

Mn:.

a tJ 1:

 

mn d•

te

r:minado ; . n o m e i c c . . Ne

ssa

i n t e r

a c ~ . c .

A

êH1li liSP

oo dic;r.urso f sua

r

 ?r

íace

com• ( ~ n n 1 •

r n c h1:;tcncv

- 300 -

os suJeiws assum em posições, tomam

partido

e essas to

madas

de

posição sempre

se

àão em relação à lur,a de clas

ses. Em Lrlkacs

r

1981, apud Vaísman, 1981, p. 411; Lukacs,

1989. p. 4:i.-4í2 1 temos que, todos os momentos da vida

socio-humana. quando não tem um

caráter

biológico tot ai

rnen'

te

nec

essári

o, (respr:ar l. são resultados c

au

sais de po

siçôef

teleológicas e

:1ãG

simples

elos das

cadeias c

a:.1sa.is

.. .

-::od.

o

<:c

to

s o c ~ a l

s1.:rge,

portanto

,

de

uma

decisã

0

a}terna;;ivas

acerca de posições teieológícas fu turas'·

Ainda parafr aseand

o Lukács

t

1978

),

a produção e a

. . ., º   ·eriarie 6

1' r,

: : p r : x u ç : ã Qá ex1stenc1a. aos :iomens em

s

vl ....

processo que se dá a

partrr

de posições teleológicas.

que

são uma especificjd.ade do ser social, ou seja, só o ser soci

a.1

é capaz d.e preestabelecer uma finalidade para seus atoE

e

prever- alg'- mas consequências deles resultantes. Essas

posições t eleológicas recebem.

segundo

Lukács í1978). a

d.

enominacã

o de

r i m á r

- aquelas em aue e homerr:.

) -

... A

tr

ansforma

a

natureza

para responder às

necessidade de

sobrevivência (come r, prote ge r-

se

etc. ), e secund ár ias - as

que atuam sobre outras consciências. visando orientar

as

ações dos homens entre si, induzindo-os a

as

su mirem posi

ções (de mando, de subordinação, de cooperação, de

adesão,

de

resistência),

frente a uma situação posta por uma forma

ção social. Consequentemente,. é

nas

posições

tele

ológicas

...secundárias que surge a ideologia, como expressão de ·

uma

tom

ada

de posicão.

A ideologia

é definida

por Vaisman (1989, p. 18),

en

quanto

veículo

de conscientização

e

pr é

via

-

ideação

da

prá

tica social dos home

ns

 . É, acima de tudo, afirma Lukács

(1978, p. 446), aquela

forma

de elaboração ideal da

re a

lidade que serve

para

tornar a

práxis

social d

os

homens

J.

• ' r 1

rn

'

e -

~ a . -

' r ' · ~ P . , -

C D

l ) D e . : t p v , ; ;

'

l e""'  ::,, a o-enese Q l · t :

i..:..:.:.

 

J.

u.

C.

_

... ...

...... .... ...

.... ... --.. . -A

••

• -

. . l l

. . . \ w o

::H

:.1a ativi

dad

e socia l d.os

h om ens e

nasce

exat

amente

af'.

.

..

- . , . . .

Ci : T - , •

e:

:

_. ;:-oi

s.

u:na r .;.nçao capaz de a.inm1:- COD...1.:..- ,,o:.. so._

,,aL

.

v1a

ria do S

oc

or

r() .•gui<.

r de

Cliveira v ~ l c a n t e

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7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)

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regular a práxis coletiva, de oferecer ao indivíduo 11.ma com

pr eens ão do mundo em que vive, tornando-o a'cei

vel e na

tu ral. Surge do aqui e agora da realidade social que coloca

probl

emas

que precisam ser resolvidos. Como já

foi

diw em

Cavalcante (2007, p. 51

),

a nrática social imo

lica

o desen

volvimento

de

um

conjunt

o

de

ideias, v a l o r e s ~

c r e n ~ a s , etc.

acerca

do

mundo

e

da

vida.

Esse conjunto

de

à . e i a ~

e

va.

1

,:,.

res

possibilita

a configuração de uma lógica q Je

direG1one

os atos

hum

anos, que

solucione

ou mini

mi z

e os (:Onf

ii

i:.os

gerados

nas

relaç

oes dos homens com outros

homens-

.

Entendido co

mo

prá..xis humana, o

discurs

o é um rn.odc

de se ôr

formas

específicas de ideologia, como,

por

exem

plo, a política, a religião , o direito, a educação. Não nasce

da vontade repentina de

um

sujeito, mas de u.m trabaihc

sobre outros discursos com os quais

o

sujeiw se idenàifica

- repet

in

do,

reafirmando

- ou desidentificanà.o - negando.

ress

ignificando.

Esse entendimento nos

remete

a 3akhtirl

(1981,

p.

28),

que

faz do dialogismo

o

fundamemo

à.e to do

processo discursivo

.

Afirma que

todo à

isc

urso

é

de

~ e r t a

maneira parte integra

nte de u

ma discussão ideológica

e : r ~

grande

escala:

ele responde

a alguma coisa.

refu-;;E.,

c:.;n

firma , procura apoio", ou

seja

, todo discurso dfa.1o

e:2

~ 8 E .

.discursos que o precederam, incorpora elementos produ:::1-

dos em outros discursos, em outras épocas, aue constituem

uma memória discursiva. Ne sse sentido, o discill'so nãc _

uma

construção

independente

das

relações sociais ,

mas. 2.(..

con

tr

ário , o fazer

discursivo é ::ma prax.is humana a .le

pode

ser

compre

endi

da a partir

do

enter.dimento

i a ~ :.:o:::

tradições sociais

que possfoüitaram

st:.a objet1

-.rac2.o

A

nosso

ver, o dialogismo vem estabelece:· :.:ma. ::'."2Dt<.::-:±

tanto COm a visão de SUJ.eiw for>e Ínfe ' CJ P ·

••g;c.' -õ n "

i.J

.. .1.

...

..1

..... ..:.

- - ':"'..._.:..\,,_;

.:i1

cial, como com a

visão

de

SUJ.eito

assuie1.ta""o

:o:u'bm·

~ c . . . , , . , ... ,

• ... . \ L .

. - '--

,_.

~ l . L

. . - .

:....

ambiente sócio-his tórico. É a pa:rtfr dessa perc.uectin

s:i-::

defendemos

um

e i t o

C o n s t 1 t m 1 a u ~ nac ~ r c . ~ - ~ . , . a' ·

... ... u : ~ · . . L t , . . . . . . _ ' - ~ :w

\,.;.\.

... ::

... \....1.. ,;.-

A anáiise

Go

discursoe sua interrace com o matena

li

smo nistoni:.o

- 302 -

eretas

por elas concnc10nado, mas também capaz

àe

fazer

escolhas, n ão

qualquer

ama,

mas dentr

o

das

possibilidades

permitidas

pela

oǕjet:h,id.ade;

capaz de intervir

aa realidade

e essa rnte 'vencâc,

sera tão mais aàequada

e eficaz quanw

maior for o conhecimemo que

<.;ssa s•ibjetivid.aàe

tive:- da

objetividade posta.

Essas

ê . l : - x : 1 . s . , ~ õ e ~ enco11trarn

-:8.:::aldc ~ a : n o e r r 1 e : : - ~

-

·1

,

·a e

- e 0 0 · ~

;.,, · ~ ~ -

. ~ i u . ~ a c s , p a ~ a qaerr.: o nomen1 e urr1 :; .... ::

·-:

;,.... . • G.b -

a.t-

...... r:..J.a--=-

. - -· - - - · -

··

;.,..; . • . . . , ~

- T ~ · · ~

· ......

Q E ' ~

"

c..spoc-,,,=

.a:::::

pO;::,t,a._,::, pE;.t.c...

;.

ecd. u.&QS

OuJ6t1.1 . a Ll. .. :. = .......

.

_ ._e.. --

.

..... ... .........

2. necessidades determinadas.

P..

firma ...:.inda

'.:".u2 '·e

homerr.:.

wrna-se um

~ e r que

respostas.

precisameme na medi

da em que -

a i e l a m e m e

ao

desem

1olvin1en.to sociai e e:::

proporção

crescente

-

ele generaliza,

t'ransfo::"Illa:ldü

em

per

~ , n · ~ ~ -e,,-

- 1 . · · o p - ~ o - ,.. , _ . ª ~ ~ n e ~ r n c º

..,

. "'" '"OS"i·o  i · 1 1 a · ~ 1 d e c fie

:;i.. ..J.

vai::-;:,...._,::,.:-: l;.

t.,..c;...o.v\...-..1.

.

.:..vvi-; \ ... u ';:.

........

- .1 . .

. . . . . .

._

.......

s a t . i s f a z ê l o s f u ~

a,dquando

.

em sua

r e s ~ o s t

<. O

~ _ : ; e c d . i m c e

n t o

t q ' ~ ~

j.

a provoca, _1n a e en.nquece a prop:nc.. ativ10.a e m c:.1.,,.

nediaç:ões. freqüe ntemen.te

bem

articuiaàas·· l97E-,

p._5

' · . ~

~

~ e a g i n d n

o

c.i:e:.·nativas cobcadas pe-:.:.. · :...aha.ad.e

:::r·-

jetiva,

o

sujeito

e

faz

aceitando

-

as.

detas

disccrdando.

mo

-

difi.canclo-as, rer,en.dc certos

elementcs

n e ~ & . : o e : ~ i s - c e n . t e s . ~

r a n s f o r m a n à . o - s . s em

:iovas

pergu.ntas pa:-:::.

ss

quais

· : : : ~ ~ ~

procurar :respostas. essa atindaàE qu2 :3.i or iem,a.r :.::. ~ ~

açao

ao suJ

e1t0, sem .n.o 'ntan ..,c . a.::::ic.;..::hu . :-·· .•b senu '"'.:..." \

1 . . - - ·- - •. -

 . ·

""0 ·

· · ;y ~ ~

se::- aue

re

snoncie ao set:

ambten::e .:

1az a.al1Ci.o a.3 resposts.f

- · ~

- - . . .. . , .

nossíveis

::iaau.ei.e mor:1ento. em ra'.'.'.ãu

·.1v

::. l1m1tes e poss1D1-

Q.I

: . . .. . • b' .

..

.

:1daa.es

aue

J. "?ea1idaae o ~ e t 1 v a ~ ~ e ; er8cs_

~ s s a s

res?OS-

tas

podem, ::ic

1 e i l W

subseou.entt :": t:-a.nsformar er::

nevas pergu.ntas. ass1m sucessi·,,..arr1i:mt2 . de t.al mod.o

que

.

-

,.

:.2n:o

r;

~ o n j t

" . I l l . D -:e

g u : ~ t a s

C : " ' . . 1 a r 1 t . ~ . ' -

' ? ' · ~ s p o s 0 a S

VaG

: - O ~ " -

- - a ~ a ~

( - r - o . - . ~

.....

. a ~ ' ~ - - . : - c .

\C °

, . - , ~ ; - ; f J · - ni,,- ._ --i.:.::. ~ . C , d . ~ a c ü e . : : . ~ , . : .

-

.1.

1._ V

5.J.

,:::.--.:::.. ._ . i . \ : ; ;.:.. . . -" ' - '

\jO

\• . - . _ . ., _. , .. , -.. .. .   '-

. _ ... _,

" 'i ...- -

: ; ~ r : : : : . 1

. .>rarn

·= : : o : ; . : p : _ e : ~ : Í i c a r r 1

? a1:i,11aacE=-

JG

i:1omerr;..

:'.or:10 , ~ n r i q u e c e : - : 1

·::

~ r a n s r O r r n a m

-5\1

.,t ~ ~ { 1 s 0 ê n c 1 ~

,._ . . .

... cocp:re-2r .. Co

que e s : a ~ 1 ' " " . ~ -

J . 1 s c u t 1 ~ c . 0

- -.: r __ -

-..... .........- .......... . .. ....... .,..:

.

" 't 'I. ··= l lc::rno Y . . i . : - - ~ . , . . . . . ; ; ~ ~ · -

:'c:::.:.v-::_

::,.,,;;:ne

•• . e ... .::.. : - · e ~ , , , µ e c ~ l v a a ~ ,

_?J.si.

- - - - ·--"'vV--··

. 30.:.

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7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)

http://slidepdf.com/reader/full/a-analise-do-discurso-e-sua-interface-com-o-materialismo-historico-socorro 10/12

1

i

1

i

-dialético, nunca

pela

concepção

est:mturalísta

ou

idealista.

Nesse

sentido, Magalhães considera que

(2009, p   7) o es

copo teórico

marxian

o dá um

passo

decisivo

p r estabele

cer

o

pa p

el da

subjetividade

na

construção

do

ir-sendo

de

ser

social, ou

seja.

é a subjefridade

que

instaura a possi

bilidade de

um

mu n

do ht.:ma:noisociaL mas

:r;.ão

uma s:ú:>.w-

tivià.ade autónoma que se iillpõe

iàeaimeme

à realiàace·

Assim. não se tem o

ente:idimento

de um sujeito capa:

de cnar o

que

quiser, mas u

11

sujeito que no

seu

move:

-se no mundo, em razão àos hmir,es e possibilidadet== que

objetividade

lhe

impõe

. faz

escolhas

e

imprime

a

marca

de

sua su bj

etividade.

Na verdade.

te m

-

se

uma _ubietívidaàe

_objetivada,

i s ~ o

é,

um s ~ ; e i t o

que possu:

his-cória. por isso.

limites

na construção

1d.ea1

e efetiva de suas

re

a lizações.

E a partir

desse

entendimemo que analisamos J.ma

matéria

publicada

no Jorn.aZ

de maio de 2011, na cidade

de Maceió · AL.

HA

escoia

é

pública,

m

as

o

ensino

éde

qualid

ade:

Zsse enu nciado abre a

matéria

do jornal que

fala de

urna escola

pública

do interíor do estado de

Alagoas

, consi

derada modelo peio ensino ofertado à população: A. escola

pública de Junqueiro se d.estaca no ensino . 30

alunos

anro-

rndos no vestibular da U l i . A . . i . . , ~ l5 aprovados

na

t..TNCIS-AL

:: 5 8. Ç'rovados

na

SET....T .'·ff. aprovaç5c

em massa

m o s t r ~

·T.le '' ensino público pode ser sim. de qualidade. A instJ

miçàc·

é

vencedora

do

é m i o

G-ESTAO

DE

QUALIDADE.

a n a f i s ~ o .J sc: rso e sua mterrace com o

m ? t ~ r t a i i s : n o

h stcrico

de

qualidade

não é uma característica da escola pú.bli.ca.

Por essa

razão,

a re

ferida escola constitui-se

uma exceção -·

embora pública, esar de pública, o

ensino

é de quali

da d

e.

O

ra

. mas por que e sujeito/enunciante escolheu

esse

arran

~ . 0 sintático e não ~ r o

que

poderia se:: - a escola é pública

e

:- e : ; s ~ n c e de qu alidade? Por que hoje causa admiração

L::;r..a

escola

pública

oferecer

ensino

de

qualidade? A

partir

C: ?

que iugar histórico-ideológico esse sujeito em.i...ricia?

?ara responder

a

essas questões

é necessário, primei

rJ

identificar

as conà.içõ

es

sócio-históricas

que

possibili-·

ªm o surgimento

desse

d

iscurso

- as

políticas

neolib

erai

s

d.e privatização que implicam

a demonizaçào d.o público,

:.udo que e público é ineficiente e rep

re s

enta um peso para.

o Estado que deve

cada

vez mais eximir-se à.a

responsabili

dade àe oferecer educação de quaiidaàe para

o d e s

Depois.

é importante indagar também o que o enunciante enten-

de por

nsino

l

QuahdadQ.

u n d o

stlva

l

p.

i ~ ~ ,

qualidade

é um

desses

termos que

por

sua carga semânti

ca,

por

sua capacidade de mobilizar inversões afetivas, por

saa

irrecusável

desejabilidade, ocupa lugar centrai no léxi

neoliberai, especia lme

nte

no capítulo dedicado à ed uca

r;ão . Para Bakhtin/Volishinov (1

98

1, p. 46 ),

em

todo signo

ideologico confrontam-se índices de

va

lor contraditórios . O

si.gnose

torna

a

arena

o

nde se dese

nvol

ve

a luta

de classe

 .

Ora,

existem

forma.s

antagônicas

de

se

entender

um en

sino de qualidade

ou uma educação de

qualidade

- na

perspectiva ào

governo,

íleia

-

se

do

mercado)

e

na

perspec

tiva da grande maioria de brasiieiros, excluídos do acesso à

educação formal.

Uma educação de qualiàade, na perspectiva de Saviani

.199lb. p. 6li, deve

estar

comprometiàa em ;;:roduzir 110

·::idiY{(hi.Os smgulares a :.-n,_manidade que é pr3duzicla hís

:;ôrica e coietivamente peio conj

unto

dos homens ,

ut.1

seja,

dev.<.: possibilitar a todos o acesso aos bens cientfficos e e : t . ~ l

\ ~ a n a

do

Socorro

Aguiar

de

Jliveirê

Cava cante

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7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)

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,,

/

1

ttt· : " ~ . ? : . . r.

·

turais,

historicamente

produzidos pela

humanid

ad e .

p o s ~

sibilitando o desenvolvimento inte

gr a

l

do

indivíduo, pa:;,·c.

além

dos l

imites

impostos pela divisão

socia

l

d.o

trababc.

,

Na perspectiva ào discurso neoliberal. a educação de

l

9;ialidade é vista a par tir de uma ótica econômica, pragma- j ~

tica, ge r encia l e

administrar. iva

e

e5tá

vinculada a c o n c e i t . ~ ~ l

como produ

tividade, otimização

de

recursos

e redução à - : : - ~ ~ ~

custos.

Esse

discurso

está

materializado

no

Plano

N

c i o n a ~

de Educação em

vigência

a pa rtir de 1998, quan

do estabe-

lece que

"há

que se pensar em racionalização de gastos e

diversificação do sistema [ .. ]. O setor público poderá, sem

gastos adicionais,

atender

a

um nú

mero bem maior

de

es

tudantes". É esse

o

critério, a

partir

do qual é

avaliada a

escola

pública

em

questã o.

"A

escola pública

à.e

Junqueir0

se destaca no en sino.

3 alunos

aprovados no

ve

stibula:- da

UFAL; 15

aprovados

na lJNCISAL; 25 aprovados

na

S E " í _ ~ -

NE. A

aprovação

em massa mostra que o ensino

públicc

pode

ser sim, de qualidade". Está claro,

no

enunciado que

o que caracteriza um "ensino de qualidade é o índice

à.E:

aprovação no ves

tibu

lar.

Essa

posição se afilia

à

defesa d2

adequação

da

educação às exigências do e r ~ a < i o " '

Segundo Pêcheu..x,

(19

88,

p .

160), "as

palav:-a.s.

expr•.=s

sões proposições,

etc.

mu

dam

de sentido

seg-undo a.:, ; : ; o s ~

cões su stenta

das

por

aa

ueles que e m p r e g a r r ~ . o q_c:.e .:r:.:s:.-

  -

dizer que elas

adquirem

seu sentido em reforênc1:l :1

·2ss.'.ls

'posiçoes", que são posições de classe.

· A

partir daí, podemos afirmar que 1:i.

maceria.lidacis G.-::

cursiva

do

iornal

incorpora

os

proce

ss

os discc:.r

sivos

c;u.

e

o : r 1

figuram

os

discur

sos

àa

reestruturaçào proca:;.;;:·,:;_:i.

.

. : : r . ,,2::-.

inú:io l1as últimas décadas

do seculo XX.

ou

se.ia.

J

se:::ii .

de qualidade como

valor ativo

da

educação é

ress:gr..::.5.::a.:

pelo

neoliberalism

o, sendo:-lhe atribuíaa uma :iov'.3..

c0nrigL

ração na perspectiva da ideologia co mercacb. Assi.o.. :;u.(L.

que

u ma escola de qualidade pode oferece:- z.cs que :ie-:s.. . ·

A anãllsedo discurso e s1.1a :nterface

r.om

e matena11smc rnstcnce:

- 306.

g:-essam é

"t

:-ei:ia -lcis" para passar

no

v-::stibular e os meios

de comunicação 1e

massa.

a se:-viço do ~ a p i t a L ~ u m p r e m a

função à s inc J.ti:: essa visão de educaç8.ü de qualidade co

:no

C:nica. <.:orreta. ~ n c l i s c u t í v e l e almejada Dor todos .

'... . r · - ao.  ...

Veja.mos

e que

m: _v

esz2.ros

• ..1. ........

p.

_,_ J 2. esse ::e::

-

pe

ir.o:

'·D

evs

-se er_faüza::-

que

o pocler ~ : . : . :

ciass2 :ion:üna:ite

e

ind.u.bir.a-

J err:ie:1r,.s

e11orme. r1ão

peio esmagador poder

~ . - . - ç , . . . . . . ; r " ' , . . . .

-

e-

-m

.-..

-

..........

r ...l """'ol='1-if'111

..

- r - ~ ; . .

.....

:' 'QSl

,..a-o

dn.::

, ; : _ _ . : , . ~ : _ , . _

_ _:...:: .:.::

l.

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,:><:::;_ ..

a..;.

_ .i

. . . l . V - _ . \ . . : . . . ~ , _ . _ . _ : . a .

ú

. . : . ~ : '

)

·

G..._

:::asses de:mi:nc.:r\.es

rr:

9.::- s i r r ~ . porq bSE: poder ideológico

Dode

prevalecer s:racas à

nosicào d . ~ sunreE1a

mistifica -

... - ·- . .

.  

.

çâo .

at.ra-Jés

da : : . ~ L ' . a . ~ c.s p " ' e ~ e p w r e s p o t « : : : i c i a i ~

podem

ser

in

duzidos a enàossa::-.

consens

ua

lmer:te

·. \

alores

e

d.ir-e:;

:-izes

práticas que são. r;a :·ealidade . toralm1:=:-rn,ç .adve:·sos a s e u ~

interesses ·'Íts.1s.

Sobre

0 p1·ocessc às :11ist.ificacão C.,; d ~ s c t - ; . :

ent.en

uE-··

mos ser necessa:rio :recorrer a Voese t

J..998. :;. 127

;,

que

o

defi

ne

z:omo " ' · . : ~ n 2 . acão

aüe leva

o

d i ~ ~

a . s s t . 1 i ~ e

~ s t a i ~ . ~ ; , . ~ ·

à.e

algc posw

e

i:c.ci.is c

u:;Ivel.

Essa

man

o:·ra

coasisi:e.

ora

err:

aDrese lta

:r

a

ve

rsão

de

um fenôrrienc. :ie w::: a - ; ; . ~ , a;:.ag-anC.o

- '

e ~ a m i . l i l - 1 0 percorTido. dificultando 2 e o m u r ~ e r i s ã o de

S'.J.8.

1 0 o 2 . i C ~ ,

.....

ra

const1"-i:'lQC ..ietermi :lados ~ a n e e 1 t 0 ; : ; . m a s c a : - a

d.0 seu

proce:5su

8 a b o r a o ~ ~ : r . o e d ~ - ~ c i o e s s ~ m . umê..

à.es-

co r.1.i5 'C:rt1çào

c r í t i c a ~ ~

._):-G., (iUe::i sãv ··p:·eceptm·es pcr.ênc .a1s e auem

se

r ' . c .

. . : . ~ '

r . ' ~ ';:.se · 1 · . , , r > u . r ~ '

• 

~ ~ m a -::-r'ancie

" . ú ~ l ' ~ e l a

d.a socieàade

_

_ _uw

.

--..

. . .;i..._. • ... . . - - -

brat:iiiei:r-s. ( :icm:n11.·-

6.=

e.:: não ape:'l::.:::

.-

::;las.s.;:· ::·abalhado -

· · · - · · ·:' ·· -

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. .

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-

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7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)

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p v

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Céunpi.nas: E t l i i : o : ~ : 01

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19:32

PECREl;]C M. O

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V A I S J \ l

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São ?aulo

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de

si

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Z . r ~ ç ã c . 1 ,

f0rn .ação de professores. lLt1g-i1a :; ::iate ·:is. e

: : s ~ · 3 . r _ : ~ e i r ~ ~ - ~ a r r : : i .as: ~ \ . t [ e r c ã . à o i . : ~ a . s e t : l ' 3 . $ 2Ul0.

A.na.

: . ~ : : i . . u ; : · : . ~ -

: ; ~ J c e n t · 2

dos ~ s e s de bachareiado

a

~ i c e n c i a t u r a

e : i T ~ " - 1 e t r d . F

: - ~ r .

? : - r . ' ~ 8 . m a

de P6s-Graduaçãv ar:i L - ~ t

~ : - r . t . S

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l í n ~ v e r H i

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