Há muitas coisas que só parecem impossíveis enquanto não tentamos fazê-las. André Gide AGOSTO 2013.
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FACULDADE DE LETRAS
UNIVERSIDADE DO PORTO
Poliana Nair Borges Ludovino
Mestrado em Ensino de História e de Geografia no 3º ciclo do Ensino Básico
e Secundário
A aprendizagem cooperativa: uma metodologia a aplicar nas
disciplinas de História e de Geografia
setembro 2012
Orientador: Professor. Doutor Paulo Santos
Coorientadora: Professora Doutora Maria Felisbela Martins
2
Relatório final da unidade curricular de Iniciação à Prática Professional do Mestrado em
Ensino de História e Geografia no 3º ciclo do Ensino Básico e Secundário sob a orientação
científica do Professor Doutor Paulo Santos e a coorientação da Professora Doutora Maria
Felisbela Martins, apresentado à Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Porto, setembro de 2012
3
Resumo
Sendo a Escola uma instituição social e reprodutora da vida em comunidade, com a
difícil tarefa de formar jovens para a vida em sociedade, julgamos que devem ser utilizadas
outras metodologias de ensino-aprendizagem que preparem os jovens para uma vida
profissional e social cada vez mais exigente em que o trabalho de equipa, de partilha é cada
vez mais valorizado. Assim, ao longo do ano de estágio foi aplicada a metodologia da
aprendizagem cooperativa nas disciplinas de História e de Geografia, através da realização
de trabalhos de grupo com objetivos específicos. Aquando da realização desses trabalhos
podemos verificar a relação que os elementos iam estabelecendo uns com os outros, o seu
desempenho e se houve, efetivamente, aprendizagens significativas em relação às
temáticas exploradas. Após a análise de uma série de dados, recolhidos ao longo das aulas
de trabalho de grupo, tentamos perceber se existem, de facto, vantagens na aplicação da
aprendizagem cooperativa como o desenvolvimento de competências sociais e específicas,
para além de promover melhorias nos resultados escolares dos alunos em relação às
disciplinas de História e Geografia.
Palavras-chave: metodologia de aprendizagem, aprendizagem cooperativa, trabalho de
grupo, competências sociais, sucesso escolar.
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Abstract
Being school a social institution and a reproducer of life in community, with the
difficult task of forming young people for life in society, we believe that other
methodologies of teaching-learning should be used, preparing young people for a more
demanding professional and social life where the team work and sharing is more and more
appreciated. Thus, along the internship year it was applied the cooperative learning
methodology in the courses of History and Geography by doing some group works with
specific objectives. When the realization of this works we can verify the relation
established between the elements of each group, they´re performance and if there were,
indeed, significant learning on the explored topics. After the analysis of the data, which
was collected along the classes where the group works took place, we tried to understand
if there is any kind of advantage at the application of the cooperative learning, such as the
development of the social skills and specific ones, besides promoting an improvement of
the school results of the students concerning the courses of history and geography.
Key words: learning methodology, cooperative learning, teamwork, social skills, school
success.
5
Ao meu irmão, ao meu pai e à minha mãe
6
Agradecimentos
À Ana Isabel, por me ter acompanhado ao longo de todo este percurso.
Aos meus colegas que partilharam comigo bons e maus momentos.
Aos meus pais pelos conselhos e por contribuírem para que tudo isto fosse possível.
A toda a comunidade da Escola Básica de Arrifana.
Ao meu orientador, o professor Paulo Santos e à minha coorientadora, a professora Maria
Felisbela Martins pelos sábios conselhos e orientações.
Obrigada!
7
Why have we humans been so successful as a species? We are not strong like tigers, big
like elephants, protectively colored like lizards, or swift like gazelles. We are intelligent,
but an intelligent human alone in the forest would not survive for long. What has really
made us such successful animals is our ability to apply our intelligence to cooperating with
others to accomplish group goals.
Robert Slavin
8
Índice
Introdução ................................................................................................................... 11
PARTE I ......................................................................................................................... 14
Construindo referenciais teóricos sobre a aprendizagem cooperativa............................ 14
1.1. Das origens até à disseminação da aprendizagem cooperativa nas escolas ..... 15
1.2. Aprendizagem cooperativa: o conceito ............................................................ 17
1.3. Aprendizagem cooperativa versus aprendizagem colaborativa ....................... 20
CAPÍTULO II ................................................................................................................. 22
As características da aprendizagem cooperativa e as vantagens na sua aplicação em
contexto sala de aula ....................................................................................................... 22
2.1. As características da aprendizagem cooperativa .................................................. 22
2.2. Os métodos da aprendizagem cooperativa ........................................................... 27
2.3. A importância e as vantagens da aplicação da aprendizagem cooperativa .......... 30
2.4. O papel do professor na aplicação da aprendizagem cooperativa ....................... 33
2.5. A avaliação do trabalho de grupo segundo a aprendizagem cooperativa. ........... 34
PARTE II – ESTUDOS DE CASO ................................................................................ 37
A aprendizagem cooperativa nas disciplinas de História e de Geografia no 3º Ciclo do
Ensino Básico. ................................................................................................................ 37
Capítulo III. Instrumentos de recolha de dados .............................................................. 38
3.1. Grelhas de avaliação ............................................................................................ 39
3.2. Documentos de auto e heteroavaliação ................................................................ 42
3.3. Questionário ......................................................................................................... 43
3.4. Análise de conteúdo ............................................................................................. 44
Capítulo IV-O trabalho de grupo desenvolvido nas disciplinas de Geografia e História45
4.1. O trabalho de grupo em Geografia ....................................................................... 45
4.1.1. Caracterização da turma 9º2.............................................................................. 45
4.1.2. A finalidade e o conteúdo do trabalho de grupo ............................................... 46
4.1.3. A constituição dos grupos ................................................................................. 48
4.1.4. As aulas de trabalho de grupo em Geografia na turma 9º2 ............................... 49
4.2. Resultados do estudo na disciplina de Geografia ................................................. 53
4.2.1.Análise das grelhas de avaliação e dos documentos de auto e heteroavaliação 53
9
4.2.2. Questionário ...................................................................................................... 57
4.3. O trabalho de grupo na disciplina de História na turma 8º 1 ............................... 64
4.3.1. Caracterização da turma .................................................................................... 64
4.3.2. Constituição dos grupos .................................................................................... 65
4.3.3. A finalidade e o conteúdo do trabalho de grupo ............................................... 66
4.4. Resultados do estudo na disciplina de História .................................................... 69
4.4.1. Análise das grelhas de avaliação e dos documentos de auto e heteroavaliação 69
4.4.2. Questionário – 8º1 ............................................................................................. 71
Considerações finais ................................................................................................... 80
Referências bibliográficas ........................................................................................... 84
Anexos
Índice de Figuras
Figura 1: Componentes básicas que estruturam a aprendizagem cooperativa (adaptado de Freitas e
Freitas, 2002) .................................................................................................................. 26
Figura 2. Vantagens da aplicação da aprendizagem cooperativa nas escolas (adaptado de Freitas &
Freitas, 2002). ................................................................................................................. 32
Figura 3 – Esquema da organização dos grupos dentro da sala de aula – 9º 2 ............... 50
Figura 4. Esquema da organização dos grupos dentro da sala de aula de História. ....... 66
Índice de Tabelas
Tabela 1. Resultados obtidos após análise das grelhas de avaliação – 9º2. ................... 54
Tabela 2. Frequência dos temas identificados na questão 1 em Geografia ................... 57
Tabela 3. Frequência dos temas identificados na questão 2 em Geografia .................... 59
Tabela 4. Se aprendeu mais com o trabalho de grupo do que e tivesse sido ensinado pela
professora. ...................................................................................................................... 62
Tabela 5. Se gosta de trabalhar segundo o modelo da diferenciação de notas ............... 63
Tabela 6. Resultados obtidos após análise das grelhas de avaliação – 8º 1 ................... 69
Tabela 7. Frequência das categorias identificadas na questão 1 na turma 8º1 ............... 72
Tabela 8. Frequência das categorias identificadas na questão 2 na turma 8º1 ............... 74
Tabela 9. Se aprendeu mais sobre o tema com a realização do trabalho de grupo do que se tivesse
ensinado pela professora ................................................................................................. 76
Tabela 10. Se gosta de trabalhar segundo o modelo da diferenciação de notas. ............ 77
Tabela 11. Frequência das categorias identificadas na questão 4.1 na turma 8ª1. ......... 77
10
Índice de Anexos
Anexo 1-Questionário sociométrico………………………………………………..87
Anexo 2-Planos de aula de Geografia……………………………………………….89
Anexo 3-Regras e orientações para o bom funcionamento do grupo em Geografia…..96
Anexo 4-Grelhas de avaliação utilizadas em Geografia………………………………101
Anexo 5-Documentos de auto e heteroavaliação aplicados em Geografia…...….106
Anexo 6- Questionário aplicado em Geografia……………………………..……..109
Anexo 6.1- Análise de conteúdo da questão 1……………………………….……112
Anexo 6.2- Análise de conteúdo da questão 2……………………………..…...…116
Anexo 7- Planos de aula de História………………………………………….....…120
Anexo 8- Regras e orientações para o bom funcionamento do grupo em História...130
Anexo 9- Tarefas desenvolvidas em História……………………………..….……132
Anexo 10- Grelhas de avaliação utilizadas em História……………………….…136
Anexo 11- Documentos de auto e heteroavaliação aplicados em História………144
Anexo 12- Questionário aplicado em História……………………………………147
Anexo 12.1- Análise de conteúdo da questão 1…………………………….……150
Anexo 12.2- Análise de conteúdo da questão 2………………………….…....…154
Anexo 12.3-Análise de conteúdo da questão 4.1…………………………..……158
11
Introdução
O presente relatório final tem como objetivo apresentar um estudo realizado ao
longo do ano de estágio em que foi iniciada a prática profissional, na Escola Básica de
Arrifana, nas disciplinas de História e de Geografia, onde foi aplicado o trabalho de
grupo segundo os princípios da aprendizagem cooperativa. A realização de um estudo
sobre esta temática prende-se com o facto de considerar pertinente e urgente a
promoção do desenvolvimento de uma série de competências sociais, uma maior
aceitação em relação ao próximo, o desenvolvimento do processo de socialização, para
além do desenvolvimento de outras competências que poderão contribuir para o sucesso
escolar dos alunos.
Por tradição, o sistema de ensino caracteriza-se por fomentar o individualismo e a
competição entre os alunos, ignorando, na maior parte das vezes, a necessidade
crescente no desenvolvimento das relações sociais. Contudo, enquanto instituição social
e reprodutora da vida em comunidade, a Escola ainda apresenta resistência à
implementação de estratégias de aprendizagem diversificadas, nomeadamente, aquelas
que alteram a tradicional estrutura da sala de aula.
Mas, se vários são já os estudos que apresentam as vantagens da aplicação da
aprendizagem cooperativa, por que não reestruturar a forma como são desenvolvidas as
diferentes temáticas, e proporcionar aos alunos o desenvolvimento de novas
competências e capacidades que no futuro servirão como porta de entrada para o
mercado de trabalho, que exige cada vez mais a colaboração e a criatividade, fruto do
trabalho de equipa, para além de uma participação ativa na comunidade onde estiverem
inseridos?
Assim, este trabalho pretende fazer uma abordagem reflexiva sobre a aplicação da
aprendizagem cooperativa nas disciplinas de História e Geografia, através da realização
de um estudo de caso. Mais especificamente pretende-se verificar se existem, de facto,
vantagens na sua aplicação, através da análise de uma série de dados, recolhidos ao
longo de cada uma das aulas em que as turmas estiveram a trabalhar em grupo.
O desenvolvimento deste trabalho partiu, assim, de uma questão central, à qual
pretenderei encontrar resposta: proporcionarão as disciplinas de História e Geografia, o
desenvolvimento de competências sociais através da aplicação da aprendizagem
cooperativa?
12
Em concordância com esta questão central, e como forma de organizar este
relatório, indicam-se, de seguida, uma série de objetivos mais específicos às quais este
trabalho de investigação pretenderá, igualmente, dar resposta:
1. O que se entende por aprendizagem cooperativa e quais as suas origens?
2. Quais as eventuais vantagens da aplicação da aprendizagem cooperativa?
3. Que métodos podem ser utilizados na aplicação desta estratégia de
aprendizagem?
4. Qual o papel do professor na implementação da aprendizagem cooperativa?
5. De que forma podemos aplicar a aprendizagem cooperativa nas disciplinas
de História e de Geografia?
6. Quais as dificuldades sentidas na aplicação da aprendizagem cooperativa?
O desenvolvimento do presente trabalho de investigação recaiu sob o 3º ciclo do
Ensino Básico, mais precisamente numa turma do 8º ano, na disciplina de História e
numa turma do 9º ano na disciplina de Geografia. A opção por turmas do ensino básico
deve-se ao facto de o ano de estágio ter sido cumprido na Escola Básica Arrifana, onde
só se leciona o 3º ciclo do ensino básico.
Foi escolhida uma metodologia de trabalho de investigação de natureza mista,
qualitativa e quantitativa, por forma a conseguir perceber se ao colocar os alunos a
trabalhar em grupo, segundo a metodologia da aprendizagem cooperativa, estava a
promover o desenvolvimento de relações interpessoais, para além de promover o
sucesso no desenvolvimento de competências relativas às temáticas exploradas no
trabalho proposto. Pretendia ainda verificar se os alunos conseguem fazer uma auto e
heteroavaliação coincidente com o trabalho efetivamente desenvolvido pelo grupo e se
gostam de trabalhar em grupo segundo o modelo da aprendizagem cooperativa.
Para conseguir desenvolver estes pontos, foram utilizados três instrumentos de
recolha de dados: as grelhas de avaliação, criadas pela professora e preenchidas em
todas as aulas em que os grupos estiveram reunidos; as fichas de auto e heteroavaliação,
preenchidas pelos alunos, concluído o trabalho de grupo e, ainda, a aplicação de um
13
inquérito por questionário, aos alunos do 8º1 (em História) e 9º21 (em Geografia), um
total de 48 alunos (26 alunos da turma 9º 2 e 22 alunos da turma 8º 1), cujo tratamento e
análise dos dados basearam-se em métodos quantitativos e qualitativos.
O trabalho de investigação encontra-se dividido em duas partes: a primeira
dedicada ao enquadramento teórico, que serviu como suporte para a segunda, dedicada
ao estudo de caso. Estas duas partes apresentam a seguinte estrutura:
-Introdução, na qual são apresentados os motivos e os objetivos do trabalho, para
além das questões pelas quais se rege a investigação e a estrutura do estudo.
-Enquadramento teórico em que se apresenta uma revisão bibliográfica, sobre a
metodologia da aprendizagem cooperativa e que que servirá como fundamentação
teórica para a parte empírica do trabalho, encontra-se dividido em dois capítulos: do
surgimento à construção do conceito de aprendizagem cooperativa, as características da
aprendizagem cooperativa e as vantagens na sua aplicação em contexto sala de aula.
-Estudo de caso que começa com a caracterização das turmas onde foi realizada a
investigação e onde posteriormente é feita uma descrição da estrutura das aulas nas
quais se desenvolveu o trabalho de grupo. De seguida é apresentada a metodologia
utilizada para este trabalho de investigação e a análise e interpretação dos dados,
recolhidos através das grelhas de avaliação, das fichas de auto e heteroavaliação e do
inquérito por questionário.
-Considerações finais, constituído pelas conclusões e limitações do estudo, sendo
apresentadas sugestões para futuros trabalhos de investigação sobre o tema no 3º ciclo
do Ensino Básico.
1 Por imperativos éticos, que deverão presidir à investigação em ciências sociais e por forma a
salvaguardar o anonimato das duas turmas em que se realizou o estudo de caso, neste relatório não será
revelada a verdadeira identidade das duas turmas.
14
PARTE I
Construindo referenciais teóricos sobre a aprendizagem cooperativa
15
CAPÍTULO I
Do surgimento à construção do conceito de aprendizagem cooperativa
1.1. Das origens até à disseminação da aprendizagem cooperativa nas escolas
Sendo os Estados Unidos da América um país multicultural, com escolas repletas
de alunos que apresentam diferentes características de natureza cultural, étnica,
religiosa, entre outras, e onde a discriminação e a violência provocada por tais
diferenças permaneceu uma preocupação durantes décadas, foi necessário desenvolver
estratégias que atenuassem e/ou solucionassem a intolerância pela diferença.
Durante muitos anos esta multiculturalidade permaneceu segregada, com a
constituição de turmas homogéneas, para não haver uma mistura de géneros, crenças,
ideias, modos de vida e costumes. Contudo, tal medida não contribuiu para que a
violência e a discriminação fossem abolidas por completo das escolas, nem as
aprendizagens podiam ser consideradas verdadeiramente significativas, dado o facto de
os alunos não terem contato com as diferentes realidades existentes na sociedade.
Assim, tendo como fundo este cenário, foi necessário repensar a forma como se
praticava o processo ensino-aprendizagem e encontrar uma nova estratégia de
aprendizagem que conseguisse superar tal segregação entre alunos, tendo como objetivo
“melhorar e facilitar a compreensão e as relações mútuas entre os diferentes grupos
étnicos e no relacionamento entre géneros” (Freitas & Freitas, 2002, p.18).
Freitas e Freitas (2002) referem que foi no início do século XX que se começou a
pensar na aprendizagem cooperativa como sendo uma alternativa ao processo ensino-
aprendizagem que vigorava em exclusivo nas escolas, assente no individualismo e na
competição entre os alunos.
Embora tenha as suas origens nos Estados Unidos da América, mais
concretamente nas ideias de John Dewey, que acreditava na importância da partilha das
aprendizagens, com a conceção de uma escola diferente, ligada à vida em sociedade,
vários foram também os autores europeus do séc. XIX como o filósofo e psicólogo
alemão Johann Friedrich Herbart, o pedagogo alemão Friedrich Froebel e o pedagogo
suíço Heinrich Pestalozzi, já falavam na importância e nas vantagens da aplicação da
aprendizagem cooperativa (Freitas & Freitas, 2002). Contudo, foi essencialmente no
decorrer década de setenta do séc. XX, que se iniciou o estudo e investigação sobre a
16
forma como a aprendizagem cooperativa era aplicada no contexto escolar, dentro das
salas de aula. Esta estratégia da aprendizagem, assente na cooperação, começou por ser
estudada por investigadores norte americanos e aplicada nas escolas norte americanas,
começando pelo desafio da “constituição de turmas com alunos provenientes de etnias
diferentes” (Freitas & Freitas, 2002, p.18).
Mais tarde a estratégia da aprendizagem cooperativa começou a despertar o
interesse das escolas e dos investigadores ingleses, que também começaram a utilizar
esta estratégia de aprendizagem com os seus alunos, ganhando, rapidamente, relevo no
processo ensino-aprendizagem europeu.
Em Portugal existem já diversas as obras e artigos publicados sobre a
aprendizagem cooperativa, nomeadamente na área das ciências sociais, como a
Psicologia e as Ciências da Educação, principalmente em trabalhos de natureza
académica, com mais expressividade nas áreas disciplinares referentes às ciências
naturais (Costa, 2002; Ribeiro, 2006; Serra, 2007).
Contudo, e depois de verificarmos que têm vindo a crescer os estudos sobre a
aplicação da aprendizagem cooperativa dentro da sala de aula, os trabalhos e atividades
em grupo ainda ocupam uma pequena parte do percurso escolar dos alunos, embora
vários sejam os autores que incentivam a aplicação da aprendizagem cooperativa dentro
da sala de aula. Na maior parte do tempo os alunos trabalham individualmente e estão
constantemente em competição uns com os outros: pelas notas, por prémios e
reconhecimento e, muitas vezes, o professor acaba por ser o principal agente na
promoção destas atitudes pois, dentro da sala de aula existe, em grande parte das vezes,
a tendência para destacar o aluno que melhor responde a uma questão ou o que mais
rápido resolve o exercício, havendo mesmo lugares de destaque para os bons alunos e
para os menos bons, o que acaba por desincentivar os alunos que não apresentam bons
resultados.
Assim, de uma forma involuntária, e porque gostamos de destacar aqueles que
apresentam melhor desempenho, acabamos por fazer com que os alunos sejam
adversários uns dos outros, o que não é positivo (Slavin, 1985), já que mais tarde serão
inseridos numa sociedade complexa que exige crescentemente aprender a enfrentar e
resolver problemas em contexto de grupo. Tal como referem Bessa e Fontaine (2002),
a crescente complexidade das condições sociais da existência humana tem vindo
a acentuar a importância das competências sociais dos sujeitos. Sermos capazes
17
de aprender a relacionarmo-nos e a cooperar com os outros, aparece cada vez
mais como uma das dimensões axiais numa sociedade multirracional e
multicultural, que oferece o mesmo estatuto a ambos os géneros. (p. 47)
1.2. Aprendizagem cooperativa: o conceito
No ponto anterior foi feita uma breve referência às origens da aprendizagem
cooperativa, ao período em que se iniciou o estudo da sua aplicação dentro da sala de
aula, e ainda uma breve abordagem sobre o objetivo da sua aplicação nas escolas. No
entanto, embora queiramos demonstrar que a aplicação da aprendizagem cooperativa
trás uma série de vantagens para o sucesso escolar do aluno para além de promover o
desenvolvimento do uma série de competências socias, o controle de impulsos, o que os
ajudará a integrar e a participar na sociedade, não queremos de todo substituir o trabalho
individual e competitivo pelo trabalho em cooperação. Aliás é válido que cada uma
destas estruturas seja utilizada na sala de aula e cabe ao professor escolher o melhor
momento para elas serem aplicadas (Monereo & Gisbert, 2002).
O ensino que vigora na maioria das escolas é um ensino que fomenta uma atitude
passiva da parte dos alunos, em que a figura do professor permanece como central
dentro da sala de aula, com o papel de transmitir uma série de conhecimentos aos
alunos, sem ter a certeza de que eles realmente apreenderam aquilo que lhes foi
transmitido.
A aprendizagem cooperativa faz com que os alunos deixem de ter essa atitude
passiva e passem a ser figuras centrais no processo de aprendizagem, sendo-lhes
proporcionada uma série de atividades, “através de uma metodologia servida por um
conjunto de técnicas específicas a utilizar em situações educativas” (Freitas &
Freitas,2002, p.9), nas quais terão que mobilizar uma série de competências, para além
daquelas que têm a ver com os saberes programáticos, como as competências sociais, ou
seja, de relação com o próximo, que nas aulas tradicionais não são estimuladas. Tendo
em conta toda esta necessidade de mudança (não havendo uma rutura definitiva com o
tradicional processo ensino-aprendizagem), na forma como se realiza o processo ensino-
18
aprendizagem, Niquini, citado por Scheibel, Silveira, Resende e Júnior (2009) salienta
que a
aprendizagem cooperativa é uma proposta que orienta o trabalho dos professores
que desejam oferecer aos alunos, uma formação que contemple não apenas a
transmissão de conteúdos, mas o desenvolvimento de outras habilidades sociais
como a comunicação, a cooperação, o trabalho em equipa, o pensar e o avaliar
no coletivo. (p. 77)
Se observarmos o sistema de ensino dito tradicional que se baseia num ensino em
que o professor, detentor de todo o conhecimento, deposita o seu saber (Monereo &
Gisbert, 2002), constataremos, logo pela estrutura da sala de aula, que este não fomenta
a cooperação entre os alunos, muito difícil de ser praticada, já que estes se encontram
sentados em cadeiras e apoiados em mesas, colocadas umas à frente das outras, em filas,
direcionadas para o quadro, espaço destinado ao professor para explicar os conteúdos
programáticos; nem a comunicabilidade, já que os alunos apenas respondem às questões
colocadas pelo professor, e questionam-no sobre as dúvidas que possam surgir no
decorrer da uma aula e muito menos o pensar e o trabalhar em conjunto, algo que
deveria ser promovido desde cedo tendo em conta as alterações sociais que
mencionámos anteriormente.
Como todos nós sabemos e segundo o relatório publicado pelo Conselho
Nacional de Educação sobre o Estado da Educação em 20112, a taxa de insucesso
escolar continua a ser elevada no sistema educativo português e uma realidade em pleno
século XXI. Muitos alunos sentem-se desmotivados e desinteressados em frequentar o
sistema de ensino, fazendo com que Portugal seja um dos países da Europa como uma
das maiores taxas de abandono escolar. Assim, seria importante implementar novas
estratégias de aprendizagem, que trouxessem de novo os alunos para dentro da sala de
aula. Uma dessas estratégias pode passar pela aprendizagem cooperativa, que para além
da promoção de competências sociais, como as de trabalho de equipa e de cooperação,
como referem Bessa e Fontaine (2002), possibilita também aos alunos aprender e
colmatar as divergências e as desigualdades existentes entre eles, tendo por base modos
de trabalho pedagógico que impliquem interajuda, partilha de saberes e organização em
função de objetivos comuns. Assim, havendo vantagens na aplicação da aprendizagem
2 O relatório Estado da Educação 2011 – A Qualificação dos portugueses, encontra-se disponível em
http://www.cnedu.pt/images/stories/2011/PDF/Estado_da_Educacao_2011_web.pdf.
19
cooperativa3, vários são os autores, que nos servem de suporte para a fundamentação
teórica deste trabalho, que desenvolveram e continuam a desenvolver estudos sobre a
aplicação desta estratégia de aprendizagem, nas salas de aula, através da utilização de
diferentes métodos.
Bessa e Fontaine (2002) apresentam-nos três termos diferentes para que nós,
enquanto leitores, possamos identificar com exatidão o que é a aprendizagem
cooperativa, sem a confundir com as outras abordagens que normalmente são utlizadas:
a aprendizagem cooperativa; a explicação por pares e a colaboração entre pares.
No que respeita à estratégia da explicação por pares, terá que existir um desnível
nas competências dos alunos participantes, ou seja, um dos alunos participantes terá que
possuir um maior número de competências com a função de explicar a matéria ao
colega que não detém o mesmo nível de competências, auxiliando-o na aplicação dos
diferentes conceitos. Geralmente este método é utilizado com alunos mais velhos, que
explicam os conceitos a alunos mais novos. Este pode ser um método benéfico para
ambas as partes, pois, segundo Bessa e Fontaine (2002)
o aluno que explica é beneficiado na medida em que o exercício da tarefa que
lhe é atribuída permite que ele elabore e reformule os seus conhecimentos,
aumentando a sua mestria. O aluno que recebe as explicações retira benefício do
facto de receber explicações e de colocar questões e modelar comportamentos.
(p. 44)
Já a colaboração entre pares, que consiste na reunião de dois alunos com o mesmo
nível de competências que terão de trabalhar conjuntamente na resolução de tarefas,
permite “aumentar o grau de mestria na tarefa, ou mesmo torná-los capazes de
apresentar soluções para tarefas que, individualmente, nunca seriam capazes de
resolver” (Bessa & Fontaine, 2002, p. 44).
Schmuck, citado por Bessa e Fonteine (2002) refere que “a aprendizagem
cooperativa propõe metodologias alternativas de ensino-aprendizagem, baseados na
promoção e no desenvolvimento de competências sociais e na ação individual exercida
em estruturas cooperativas no seio de pequenos grupos, obrigando à manutenção e
satisfação de objetivos em quadros sociais de interdependência e reciprocidade.”
3 - Vamos ter a oportunidade de explorar melhor este assunto no capítulo II, no ponto 2.2.
20
(p.48) Assim, esta estratégia de aprendizagem visa o fomento de uma série de
competências e capacidades que não são estimuladas nas aulas ditas tradicionais. Esta
estratégia pode ainda ser caracterizada sob um conjunto de outros aspetos, como vamos
ter a oportunidade de explorar no ponto a seguir, com algumas diferenças entre si, como
sejam: a utilização de recompensas extrínsecas; a utilização de tarefas estruturadas pelo
professor; a utilização de elementos de competição intergrupal e a determinação do
sucesso do grupo, através do somatório das várias contribuições individuais de cada um
dos elementos, ou seja, a diferenciação de notas (Bessa & Fontaine, 2002).
Para concluir este ponto sobre o conceito de aprendizagem cooperativa e
utilizando as conceções de Freitas e Freitas (2002), podemos referir que o conceito de
aprendizagem cooperativa é muito abrangente, pois tem a vantagem de acolher um
número muito vasto de estratégias, acompanhadas por técnicas que têm a vantagem de
poderem ser aplicadas nos diferentes níveis da escolaridade. E, a partir dos princípios
fundamentais da aprendizagem cooperativa, o professor pode criar outras técnicas a
serem utilizadas segundo as suas necessidades.
1.3. Aprendizagem cooperativa versus aprendizagem colaborativa
Muitas vezes utilizamos as palavras cooperação e colaboração como sendo
sinónimos, permitindo-nos descrever situações de parceria e de interajuda. Contudo,
vários são os autores que exploram e explicam as diferenças existentes entre estes dois
conceitos e, embora este trabalho se centre nas vantagens da aplicação da aprendizagem
cooperativa dentro da sala de aula, será importante fazer uma breve referência sobre esta
questão tendo em conta que frequentemente são considerados sinónimos pela maioria
das pessoas. Ao mesmo tempo que apareceu uma série de literatura sobre a
aprendizagem cooperativa, também surgiu o termo aprendizagem colaborativa,
especialmente a partir da década de 1970, com particular destaque para o livro
Collaborative learning da autoria de Edwin Mason. Para se explicar a diferença entre
cooperar e colaborar é necessário, antes de mais, falar nas suas origens, como explica
Panitz, citado por Freitas e Freitas (2002). Para este autor as origens da aprendizagem
cooperativa encontram-se nos pensamentos filosóficos do americano John Dewey, que
dá significativa importância a uma aprendizagem de cariz social e ao trabalho
21
desenvolvido em dinâmicas de grupo, valorizado por Kurt Lewin. Por outro lado, a
aprendizagem colaborativa tem origens inglesas, assumindo o professor um importante
papel, pois cabe-lhe a ele explorar diferentes formas para auxiliar os alunos e criar uma
série de tarefas que promovam um papel mais ativo dos alunos na sua aprendizagem.
Para Bruffee, citado por Freitas e Freitas (2002) “a aprendizagem colaborativa e
aprendizagem cooperativa (…) são duas versões da mesma coisa” (p. 23). Já Freitas e
Freitas (2002) consideram que colaborar e cooperar podem ser considerados sinónimos.
No entanto, também salientam que o termo colaborar apresenta uma maior amplitude do
que cooperar. Por forma a simplificar a diferença entre colaboração e cooperação estes
autores dão um exemplo que é praticado várias vezes em contexto sala de aula:
se numa turma empenhada num projeto que exija a produção de materiais
diversificados, o professor designar diversos grupos para executar partes do
trabalho existe colaboração mas não existe cooperação intergrupos. Isto porque
o projeto final será uma “colagem” e não uma estrutura elaborada com a
participação de todos, cooperativamente. Mas em cada grupo que realizou a
parte do trabalho que lhe competia pode ter havido cooperação, se respeitaram
os princípios gerais aplicáveis à técnica usada. (p.22).
Monereo e Gisbert (2002), fazem uma abordagem muito simples e sucinta sobre a
diferença entre cooperação e colaboração, referindo que a cooperação baseia-se “na
aquisição e/ou na aplicação de um conhecimento, estabelecida entre um grupo de alunos
com habilidades heterogéneas dentro de margens de proximidade” (p. 13); já a
colaboração baseia-se na “relação centrada na aquisição e/ou na aplicação de um
conhecimento entre dois ou mais alunos com habilidades similares” (p. 13).
Para Freitas e Freitas (2002) antes de pegarmos e aplicarmos cada um destes
conceitos, é preciso definir muito bem aquilo que pretendemos que os nossos alunos
desenvolvam pois, já que vivemos num período no qual se invoca e defende uma
“cultura de colaboração”, praticada pelos docentes, não docentes e pelos alunos, será
importante haver espaço para se aprender a ser cooperativo, pois só assim é que a
cultura da colaboração se poderá consolidar.
22
CAPÍTULO II
As características da aprendizagem cooperativa e as vantagens na sua aplicação
em contexto sala de aula
2.1. As características da aprendizagem cooperativa
Tal como acontece com outras estratégias de aprendizagem, a aprendizagem
cooperativa apresenta uma série de características que a identificam: desde a
constituição dos grupos, à estrutura da sala de aula, local onde os grupos deverão
desenvolver o seu trabalho, até ao papel que o professor desempenha e a forma como
deve ser praticada a avaliação do desempenho coletivo e individual de cada um dos
elementos. Tudo segue uma hierarquia para que o trabalho de grupo seja identificado
como seguindo uma metodologia de aprendizagem cooperativa e não um trabalho de
grupo como tantos outros que se praticam nas nossas escolas, em que os grupos acabam
por ser homogéneos, é aplicada a liderança a um membro do grupo, não existe
responsabilização individual perante o trabalho a ser desenvolvido, o professor não
interfere no grupo e onde não são desenvolvidas competências sociais (Monereo &
Gisbert, 2002). Assim, acreditamos ser uma crença nossa de que muitos dos trabalhos
de grupo desenvolvidos nas escolas acabam por não ser trabalhos de um grupo, mas sim
trabalhos em grupo. Vários são os professores que ao estarem perante programas
extensos, para uma carga letiva de apenas noventa minutos semanais de aulas,
encontram nos trabalhos em grupo uma forma de cumprirem o programa da sua
disciplina. Muitas vezes é atribuído a cada um dos grupos um tema, que acaba por ser
desenvolvido fora das salas de aula, através de uma pesquisa feita na internet e, por
norma, o resultado dos trabalhos elaborados pelos alunos, resume-se a uma série de
textos copiados dos websites visitados. Neste género de trabalho de grupo, o professor
não acompanha a realização do trabalho, orientando os grupos na realização das suas
tarefas, nem consegue observar se o trabalho é efetivamente resultado do desempenho
de uma equipa, ou de apenas um ou dois elementos do grupo, acabando, no final do
trabalho, por atribuir a todos a mesma classificação. A aprendizagem cooperativa
quebra completamente com este tipo de trabalho em grupo, através da utilização de um
conjunto de princípios, logo a partir do momento em que os grupos são constituídos.
23
Bessa e Fontaine (2002), Freitas e Freitas (2002) e Slavin (1999), entre outros
autores, apresentam nas suas obras, as características da aprendizagem cooperativa, que
se rege pela constituição de pequenos grupos heterogéneos com quatro ou cinco
elementos, Freitas e Freitas (2002) fazem referência a Johnson e Johnson (1999), que
consideram que o professor deve ter conta quatro fatores para o número de elementos
que um grupo deverá ter: o tempo de duração do trabalho de grupo; a experiência que os
elementos já têm na realização de trabalhos de grupo; a idade dos elementos; e por fim,
os materiais e equipamentos que o grupo terá que utilizar. Em relação à constituição dos
grupos, é ainda de relevar que o professor deverá ter em atenção se algum aluno tem
necessidades especiais de aprendizagem, tanto a nível físico como mental, se existem
alunos de etnias ou culturas diferentes e, acima de tudo, se os alunos se conhecem, pois
tal como referem Freitas e Freitas (2002), “para que se crie o espírito de equipa é antes
de mais necessário que os membros do grupo se conheçam suficientemente” (p. 38). No
entanto, também não é necessário que os elementos nutram entre si uma amizade sólida,
mas sim um espírito colaborativo assente num conjunto de regras.
O importante é que os grupos consigam estabelecer uma relação de cordialidade,
mesmo com aqueles por quem não tenham amizade. Mas como constituir os grupos?
Freitas e Freitas (2002) referem que existem três possibilidades na constituição dos
grupos: serem os alunos a escolherem os elementos que constituirão o seu grupo, o que
poderá ter como consequência a formação de grupos de amigos e não de grupos de
trabalho; constituir os grupos de forma aleatória, ao acaso, uma possibilidade que pode
ser utilizada no início de cada ano letivo ou no primeiro trabalho de grupo que se
realizar, com o objetivo único de fortalecer o espírito de grupo; a possibilidade de ser o
professor a constituir os grupos de trabalho é, de acordo com a aprendizagem
cooperativa, a alternativa mais indicada e poderá ser aplicada quando o professor já
tiver reunido determinadas informações sobre os alunos, relacionadas com as suas
capacidades intelectuais e até mesmo com a sua estrutura pessoal, o que possibilita a
formação de grupos heterogéneos. Embora os grupos não devam ter mais que quatro ou
cinco elementos, poderá haver a formação de grupos com três elementos e até trabalho
de pares, dependendo da complexidade da tarefa e do tempo definido para a realizar.
Nos grupos pequenos será mais fácil todos os elementos trabalharem e existir uma
maior interajuda entre eles, enquanto que nos grupos grandes, haverá, com maior
24
probabilidade, elementos que não trabalhem sendo a comunicação e a interajuda entre
os eles mais difícil. O sucesso de um grupo de trabalho reside no respeito e no
“princípio da interação face a face, ou seja, que todos os membros do grupo tenham a
possibilidade de se olharem mutuamente” (Freitas & Freitas, 2002, p.40), partilhando
ideias, auxiliando os elementos que necessitem, fazem com que todos estejam
envolvidos de igual forma nas tarefas que têm de realizar em conjunto. Se o tempo para
a realização da tarefa for pequeno, o grupo também o deverá ser, tornando-se mais
difícil haver algum elemento do grupo que não trabalhe. Quando acontece o grupo ser
maior, este já deve ter experiência em trabalhar em grupo; contudo, poderá ser menor a
interação entre os diferentes elementos. Na aprendizagem cooperativa os grupos não
devem ser sempre os mesmos, pois, geralmente, acabam por haver conflitos entre os
elementos, tornando-se, assim, importante alterar de vez em quando, a constituição dos
grupos. Este tipo de aprendizagem pretende que os alunos desenvolvam a sua
capacidade de interação social, promovendo, desta forma, uma série de situações que
vão ao encontro da realidade do quotidiano. (Freitas & Freitas, 2002). E para que os
elementos dos grupos desenvolvam uma relação entre si, é importante que a sala de aula
tenha uma estrutura que permita aos diferentes elementos dos grupos olharem-se de
frente. Na aprendizagem cooperativa podemos ainda utilizar três tipos de grupos, tal
como referem Freitas e Freitas (2002): grupos informais; grupos formais mas não
permanentes e grupos permanentes.
-Os grupos informais podem durar apenas alguns minutos durante a aula, ou uma
aula inteira. A disposição da sala de aula não é alterada.
-Os grupos formais mas não permanentes “podem durar uma aula ou várias
semanas”. Todos os elementos dos grupos têm uma tarefa em comum.
-Os grupos permanentes podem durar um semestre inteiro, um ano letivo ou
vários. Os grupos terão que ser heterogéneos. Johnson e Johnson, citados por Freitas e
Freitas (2002), consideram que não existem tipos de grupos ideais, e assumem que o
segredo para o sucesso de produtividade de um grupo não se encontra nos membros que
o constituem, mas sim na forma como estes trabalham juntos. Os autores consideram
que haverá alturas em que seja necessária a formação de grupos homogéneos para que
se atinjam determinados objetivos ou para serem ensinados determinados skills. No
entanto, os autores sublinham que existem, efetivamente, vantagens na formação de
grupos heterogéneos, pois os alunos encontram-se perante ideias e ideais diversificados,
25
provenientes de diferentes contextos, confrontam-se com alunos que apresentam
capacidades e competências diversas, revelando diferentes interesses e apresentando
múltiplos métodos para a resolução de problemas, confrontando-se, assim, com uma
série de perspetivas fazendo ainda com que a criatividade e o desenvolvimento
cognitivo e social sejam estimulados, pois os alunos deparam-se com diferentes pontos
de vista sobre os quais terão que tomar partido através do debate de ideias,
desenvolvendo o seu raciocínio. No seio do grupo, os alunos podem ainda dar e receber
explicações sobre as temáticas exploradas.
Os grupos heterogéneos poderão ainda estimular as capacidades dos alunos que
não apresentam tão bons resultados. Normalmente são alunos que pertencem a grupos
sociais mais carenciados, que não têm acesso a tantos meios de informação e o
acompanhamento escolar por parte dos seus familiares também é muito reduzido, pois,
em muitos dos casos, são familiares que não completaram sequer o Ensino Básico.
Assim, estando inseridos em grupos com colegas que apresentam melhores resultados e
demonstram mais capacidades na forma como encaram a aprendizagem, os alunos
considerados menos aptos, acabarão por ser estimulados por todo o contexto em que
estão inseridos, conseguindo, assim, melhores resultados.
Estes alunos poderão ainda desenvolver empatia com os restantes colegas, e
estimular a sua comunicabilidade numa relação interpessoal que requer respeito,
solidariedade, compreensão, entre muitas outras capacidades, que contribuirão para o
desenvolvimento de pessoas altruístas e cada vez mais competentes na forma como
devem atuar em comunidade.
No que respeita aos alunos com mais capacidades, inseridos nos grupos
heterogéneos, também são visíveis os seus benefícios, através da estimulação das suas
capacidades, quando auxiliam aqueles com menores capacidades. Contudo, muitas das
vezes os pais destas crianças, mostram-se preocupados com a formação de grupos
heterogéneos, pois temem que os seus filhos sejam explorados, sobretudo se forem bons
alunos, temendo que as suas capacidades não sejam estimuladas da melhor forma.
(Freitas & Freitas, 2002)
Os grupos homogéneos acabam por gerar menos preocupações para o professor,
já que tendem a não surgir tantas divergências e conflitos no seio do grupo. De uma
forma geral, todos os elementos canalizam as suas capacidades, estimuladas ao máximo,
para um bom resultado final, com notas praticamente iguais para todos os elementos
26
(Freitas & Freitas, 2002).
No que respeita à avaliação, um elemento importante do trabalho de grupo, e que
será desenvolvido no ponto 2.5 deste trabalho, os alunos devem saber que esta será
praticada de forma contínua, rigorosa e individual, responsabilizando-os pelas suas
atitudes e procedimentos, comunicando-lhes que o seu trabalho está ligado ao sucesso
ou ao insucesso do grupo e vice-versa, o que se designa por interdependência positiva
(Monereo & Gisbert, 2002).
Monereo e Gisbert (2002) também apresentam vantagens na aplicação da
aprendizagem cooperativa, referindo que os alunos ao serem organizados em grupo
aprendem um com os outros, o que facilita a aquisição de competências sociais, o
processo de socialização no qual os alunos desenvolvem a capacidade de controlar
determinados impulsos, para além da melhoria no desempenho escolar.
Em suma, podemos dizer que no que concerne à aprendizagem cooperativa,
várias são as componentes que a estruturam (como as que são apresentadas no esquema
a seguir) e fazem dela uma estratégia de aprendizagem que estimula o desenvolvimento
de uma série capacidades, nomeadamente as sociais, para além de promover o sucesso
escolar dos alunos.
Componentes básicas que
estruturam a
aprendizagem cooperativa
Interação
face a face Avaliação
individual
Interdependência
positiva Avaliação do
processo do
trabalho do grupo
Uso de
competências
interpessoais
Figura 1: Componentes básicas que estruturam a aprendizagem cooperativa
(adaptado de Freitas e Freitas, 2002)
27
2.2. Os métodos da aprendizagem cooperativa
Ao longo dos últimos anos foram desenvolvidos diferentes métodos em que a
aprendizagem cooperativa pode ser estruturada (Bessa & Fontaine, 20002; Freitas &
Freitas, 2002; Slavin, 1995). A maior parte desses métodos foram desenvolvidos nos
Estados Unidos, um país multicultural e multirracial onde até há bem pouco tempo
existia a segregação social. A violência nas escolas permanecia uma preocupação diária
e o insucesso escolar era uma realidade.
Vários são os métodos que podem ser utilizados na aprendizagem cooperativa. Os
que se apresentam em seguida são métodos que podem ser aplicados ao longo do
Ensino Básico, a partir do 2º ciclo até ao término do 3º ciclo.
O Learning Together é um método que foi desenvolvido por David e Roger
Johnson. É um método que pode ser utilizado nas diferentes disciplinas curriculares. Os
alunos são distribuídos por grupos heterogéneos de quatro ou cinco elementos, a quem
são distribuídas fichas de trabalho. No final cada um dos grupos entrega apenas uma
ficha, que será avaliada. Na realização desta atividade não existe qualquer tipo de
recompensa extrínseca. Este método tem como objetivo promover nos alunos “um
sentimento de interdependência e reciprocidade face aos objetivos e aos elementos do
grupo, o que levará cada um dos alunos a sentir-se compelido a dar o melhor de si
próprio para o sucesso do grupo” (Bessa & Fontaine, 2002, p.60). Johnson e Johnson,
citados por Bessa e Fontaine (2002), referem que cabe ao professor “avaliar
continuamente o nível de realização de cada aluno, dando assim informação aos
indivíduos e aos grupos acerca das contribuições individuais e, com isso,
responsabilizando as pessoas ao longo do processo” (Bessa & Fontaine, 2002, p.60)
O JIGSAW foi desenvolvido com o fim de combater a segregação racial nas
escolas do Texas, nos Estados Unidos, em 1971. Este método é “utilizado com alunos a
partir do quinto ano de escolaridade, em matérias relacionadas com as ciências, os
estudos sociais e a literatura” (Bessa & Fontaine, 2002, p.61). Na sala de aula os alunos
são distribuídos por grupos heterogéneos de cinco ou seis elementos. Cada grupo deve
ter um líder, escolhido pelo professor, com a tarefa de organizar e auxiliar no
funcionamento do grupo, tendo que evitar e resolver os conflitos e estabelecer a ligação
entre o grupo e o professor. No início do trabalho de grupo são distribuídos cartões que
28
contêm informações sobre um determinado(s) tema(s). Em seguida, o grupo divide-se,
reunindo-se cada um dos seus elementos noutro grupo, formado por elementos de outros
grupos. Os alunos envolvem-se em diversas tarefas, que lhes permitirão adquirir o
domínio do tema atribuído e preparar a sua apresentação aos colegas do seu grupo. Os
alunos com “maior à vontade” em cada uma das matérias abordadas exercem um papel
importante dentro do grupo. Estes podem auxiliar os colegas com maiores dificuldades
no entendimento da matéria e na preparação da sua apresentação. A avaliação é feita de
forma individual, não existindo recompensa para o resultado final do grupo. Todos os
elementos dependem dos colegas do grupo para poderem dominar o conjunto da
matéria. “ A organização das atividades dentro do Jigsaw torna os alunos dependentes
dos colegas para poderem dominar o conjunto da matéria sobre o qual vai incidir a
avaliação” (Bessa & Fontaine, 2002, p.62).
O Jigsaw II é um método que promove nos alunos o desenvolvimento do
conhecimento e especialização numa determinada tarefa e integração nos grupos de
especialistas para que depois, quando regressarem aos seus grupos de origem, partilhem
as suas aprendizagens com os colegas. No final são sujeitos a uma avaliação individual
(Bessa & Fontaine, 2002, p. 71).
O Group Investigation é um método que combina tarefas individuais por pares e
em grupo, oferecendo recompensas ao grupo, tendo em consideração as realizações de
cada indivíduo. Pretende proporcionar aos alunos uma série de experiências. Cabe aos
alunos decidir a forma como poderão abordar uma determinada temática, colocada pelo
professor perante a turma. “Cabe aos alunos selecionar o que vão abordar, como vão
fazer e qual o objetivo final do seu trabalho” (Bessa & Fontaine, 2002, p.63). Depois de
fazerem a seleção trabalham
individualmente, embora a integração, o resumo e a apresentação de resultados
seja da responsabilidade coletiva. Durante a avaliação, na qual participa o grupo
e os restantes elementos da turma, são tidos em consideração quer os elementos
cognitivos de aprendizagem (aplicação prática, capacidade de síntese, realização
de inferências), quer outros elementos como a motivação e o envolvimento dos
elementos. (Bessa & Fontaine, 2002, p. 63)
Cabe ao professor facilitar o trabalho dos alunos, mantendo os grupos segundo a
conduta cooperativa. Embora haja tarefas desenvolvidas individualmente, a atividade do
29
grupo é conjunta, até porque só se consegue obter um resultado final, através da junção
dos subtemas distribuídos a cada um dos elementos.
O STAD – Student Teams Achievement Divisions, foi desenvolvido durante a
década de 70, por Robert Slavin. No entanto, este método tem as suas origens na década
de sessenta. Apela para o trabalho dos alunos, organizados em pequenos grupos,
permitindo-lhes criarem “formas de interdependência que os tornam responsáveis pelo
sucesso de sua aprendizagem e também pela dos outros” (Bessa & Fontaine, 2002,
p.67). Neste método são utilizadas “recompensas grupais”; logo, relativamente a outros
métodos, neste existe claramente uma “motivação de tipo extrínseca”. O sucesso do
grupo está associado às contribuições individuais de cada um dos elementos
promovendo, assim, o sucesso do grupo e o sucesso do elemento e vice-versa. Ao
responsabilizar-se o aluno de que as suas contribuições influenciam o sucesso do grupo,
atribuindo-lhe responsabilidade e pressão, é-lhe também transmitida a ideia de que a
melhoria do seu desempenho pode ser obtido através da interajuda, garantindo assim o
bom desempenho das suas tarefas. Este método tem a vantagem de poder ser utilizado
em diversas disciplinas; seguindo uma hierarquia na qual o professor apresenta, em
primeiro lugar, a matéria e, em seguida, organiza os grupos com quatro ou cinco
elementos, de preferência heterogéneos. Posteriormente, cada um dos grupos trabalha a
matéria explicada “recorrendo a um formato do peer-tutoring, em que os melhores
alunos auxiliam aqueles com maiores dificuldades” (Bessa & Fontaine, 2002, pp. 68-
69). Este método tem como objetivo permitir que todos dominem a matéria ou os
exercícios que tiverem de realizar. A avaliação deste método tem como característica a
avaliação diferenciada. Cada um dos elementos do grupo é avaliado individualmente e,
normalmente, as avaliações “decorrem depois de um ou dois períodos de apresentação
da matéria pelo docente e outros tantos de trabalho de grupo. A avaliação individual dos
conhecimentos acerca das matérias estudadas reforça a responsabilidade de cada um
acerca do seu correto conhecimento e domínio” (Bessa & Fonatine, 2002, p. 69).
O TGT – Team Games Tournement foi desenvolvido por David De Vries e Keith
Edwards. É um método idêntico ao STAD, tanto no funcionamento relativamente à
constituição dos grupos, bem como em relação ao papel desempenhado pelo docente. A
diferença encontra-se na forma como os alunos expõem a sua mestria em relação à
atividade que estão a desempenhar. Ao contrário do STAD, método em que os alunos
realizam fichas de trabalho individualmente, no TGT os alunos participam em torneios
semanais em que os alunos igualmente competentes, ou seja, os médios com os médios
30
e os menos competentes com os menos competentes, jogam entre si. No torneio são
feitas questões simples sobre a matéria e, semana após semana, o nível de competências
dos alunos é reavaliado. Estes torneios promovem nos alunos entusiasmo e excitação,
embora também produza barulho e alteração na estrutura da sala de aula (Bessa &
Fontaine, 2002)
2.3. A importância e as vantagens da aplicação da aprendizagem cooperativa
A escola predispõe-se a promover o desenvolvimento de competências assentes
no saber, no saber fazer e no saber ser, os três saberes que vão sendo desenvolvidos
pelos alunos ao longo da sua vida escolar através da realização de uma série de tarefas,
aplicadas pelo professor.
Ao mesmo tempo, a partir do seu método de ensino tradicional, as escolas
também acabam por fomentar nos alunos a memorização, o individualismo e a
competição, acabando por serem desvalorizadas as relações interpessoais, a
solidariedade e a cooperação. No entanto, a escola detém um importante papel na
formação dos seus jovens, pelo que terá que definir uma série de estratégias que
proporcionem aos seus alunos “as aprendizagens mais convenientes” (Freitas & Freitas,
2002) Assim sendo, cabe à escola adotar novas metodologias de trabalho, dissolver os
espaços de solidão substituindo-os por espaços de convivência, de forma a privilegiar a
solidariedade, a partilha de ideias e os trabalhos de equipa, promotores das relações
interpessoais.
Como já tivemos a oportunidade de referir no capítulo anterior (ponto1.1), a
investigação sobre a aprendizagem cooperativa tem sido abundante desde a década de
setenta e, tal como referem Bessa e Fontaine (2002), é uma estratégia de aprendizagem
que se for aplicada de forma correta e sistemática, poderá conduzir a aprendizagens com
melhores resultados, independentemente da localização da escola, do nível de ensino e
das características dos alunos, do que aqueles que poderão ser obtidos através das
“estratégias do tipo competitivo ou individualista”.
Slavin (1985) refere que a aprendizagem cooperativa tem vindo a revolucionar as
práticas educacionais e que os alunos que trabalham segundo este modo de trabalho
pedagógico acabam por gostar mais da escola do que aqueles que trabalham
individualmente; para além de desenvolverem o seu altruísmo e demonstrarem-se
31
disponíveis para cooperarem, acreditando, efetivamente, que a partilha só lhes poderá
trazer benefícios.
Podemos dizer que os modelos que caracterizam a escola tradicional estão a ficar
ultrapassados. A escola que os nossos avós e pais frequentaram não é a mesma que nós
frequentamos e, de certeza que os nossos filhos não frequentarão uma escola igual à
nossa. A escola terá que ir ao encontro das sucessivas transformações que têm ocorrido
na sociedade, oferecendo “aos alunos uma ambiência favorável ao desenvolvimento de
novas aprendizagens, pois não se formam alunos críticos, participativos, cooperativos,
preocupados com questões sociais, em ambiente de aprendizagem engessados, frios e
austeros” (Sheibel; Silveira; Resende e Júnior. 2009, p.80).
Atualmente, a Escola está a percorrer um caminho que irá ao encontro de uma
educação para a cidadania que, digamos, já deveria estar há muito no mesmo patamar de
sucesso, que se pretende nas diferentes disciplinas. Praia, citado por Freitas e Freitas
(2002), considera que
a cidadania não se resume a uma soma de direitos (ou de deveres); ela é,
também, um modo de ser, uma implicação pessoal na construção da sociedade,
dimensão que não se esgota numa listagem de direitos/deveres nem sequer em
nenhuma constituição. (p.98)
Para tal, é necessário aplicar novas estratégias de aprendizagem, que fomentem a
educação para a cidadania, uma participação ativa na comunidade, que só poderá ser
melhorada se os cidadãos souberem dialogar entre si, respeitar e aceitar os ideais de
cada um. Assim, e indo ao encontro das ideias de Freitas e Freitas (2002), a
aprendizagem cooperativa e a educação para a cidadania apresentam uma forte relação,
pois a estratégia de aprendizagem explorada neste trabalho, “está ligada a um
movimento de defesa da igualdade de direitos humanos para todos e de uma sociedade
democrática”, para além de “propiciar o desenvolvimento de competências de
comunicação, de tomada de decisão e de empatia com os outros.” Torna-se, assim,
evidente que a aplicação desta estratégia de aprendizagem é um importante motor no
desenvolvimento da prática das relações entre os alunos, pois estes “poderão assumir
uma função equilibradora que visa a adaptação do indivíduo a estatutos e papéis sociais,
ou mesmo uma função produtora e transformadora, que desenvolve nos alunos
competências de produção e transformação, enquanto agentes sociais” (Bessa &
32
Fontaine, 2002, p. 48).
Para além de uma série de aprendizagens, que estão incluídas no currículo do
Ensino Básico, a aprendizagem cooperativa proporciona aos alunos uma série de
aprendizagens que são consideradas fundamentais para o desenvolvimento e formação
dos alunos e para a atuação destes na sociedade. Para além do desenvolvimento de
competências sociais, que graças à estrutura desta estratégia de aprendizagem é
promovido, os alunos contactam e convivem uns com os outros, o que faz com exista,
potencialmente, uma maior tolerância em relação às diferenças e às origens de cada um,
contribuindo assim para a diminuição da conflitualidade entre alunos (Bessa &
Fontaine, 2002).
Em suma, a aprendizagem cooperativa acarreta consigo uma série de vantagens,
que vão desde o evidente sucesso no processo de aprendizagem, ao desenvolvimento de
uma série de capacidades, até à promoção de uma série de relações interpessoais:
Vantagens na aplicação
da aprendizagem
cooperativa nas escolas Melhoria da
autoestima
Melhoria das
aprendizagens
na escola Melhoria das relações
interpessoais
Melhoria nas
competências e
no pensamento
crítico
Maior capacidade
em aceitar as
perspetivas dos
outros
Maior número de
atitudes positivas
para com a
disciplina
Aquisição de
competências
para trabalhar
com os outros
Menos problemas
disciplinares
Figura 2. Vantagens da aplicação da aprendizagem cooperativa nas escolas (adaptado de
Freitas & Freitas, 2002).
33
2.4. O papel do professor na aplicação da aprendizagem cooperativa
No processo ensino-aprendizagem dito tradicional o professor assume o papel
principal, envolvendo-se num método de ensino essencialmente expositivo, no decurso
do qual os alunos terão que escutar o professor sem terem, em grande parte das
situações, um papel ativo, e sem que as capacidades sociais dos alunos sejam
estimuladas. Contrastando com este cenário, quando a estratégia da aprendizagem
cooperativa é aplicada dentro da sala de aula, o professor assume um papel
completamente diferente, existindo um maior equilíbrio entre o professor e os alunos,
deixando estes de ter uma atitude passiva, passando para uma atitude mais ativa.
Para que a estratégia da aprendizagem cooperativa seja desenvolvida na sua
plenitude, o professor deverá seguir determinados procedimentos, para conseguir atingir
o sucesso pretendido. Freitas e Freitas (2002) apresentam toda uma hierarquia de cinco
procedimentos diferentes, que o docente deverá seguir para que a aprendizagem
cooperativa seja implementada de forma correta dentro da sala de aula: em primeiro
lugar, e depois de definir o trabalho que pretende que seja desenvolvido, o professor
deve especificar os objetivos do trabalho, onde devem estar sinalizados os conceitos a
serem explorados e as estratégias utilizar e quais as competências interpessoais que
deverão ser desenvolvidas; em segundo lugar, devem ser tomadas decisões
fundamentais para a aplicação da aprendizagem cooperativa, tais como a constituição
dos grupos, a estrutura da sala de aula e os materiais necessários para a realização do
trabalho de grupo; em terceiro lugar, todas as tarefas devem ser bem explicadas pelo
professor e, sempre que se torne pertinente, relembrar os conceitos e as estratégias, para
além de apresentar o contributo que cada um deve ter na concretização do trabalho e o
caminho que os alunos devem seguir para que seja garantida a aquisição dos
conhecimentos e desenvolvimento das competências interpessoais; de seguida, o
professor deve recolher dados relativos ao elemento de cada grupo e, caso seja
necessário, intervir se o grupo não estiver a corresponder ao esperado; por último, o
professor deve avaliar de forma fidedigna o trabalho do grupo, havendo ainda um
momento para a autoavaliação.
Assim, o papel que o professor assume dentro da sala de aula altera-se de forma
progressiva, para que a estratégia da aprendizagem cooperativa seja motivadora para os
alunos. Contudo, há que referir que existe um período de adaptação para que o professor
34
consiga assumir na sua plenitude as funções inerentes a esta estratégia. Para Monereo e
Gisbert (2002) o professor terá que ser o engenheiro da aprendizagem cooperativa e não
apenas um técnico, o que significa que terá que saber muito bem aquilo que aplica,
sendo ainda capaz de fazer ajustes à realidade em que se encontra e proceder a
alterações sobre aquilo que aplica, sempre que se torne pertinente. Johnson e Johnson
(1999) referem que o professor deverá seguir três regras muito simples para que o
resultado final da aplicação da aprendizagem cooperativa seja benéfico para os alunos,
na medida em que, no seio de um grupo, existam alunos que ensinam aos colegas aquilo
que sabem e alunos que apliquem aquilo que aprenderam na resolução de problemas:
em primeiro lugar, o professor deve ser específico, ou seja, definir bem as competências
sociais que pretende que sejam desenvolvidas; em segundo lugar, os autores referem
que o professor deve começar devagar, o que significa que não deve sobrecarregar os
alunos com mais capacidades sociais do que aquelas que eles têm potencial para
desenvolver, num espaço de tempo que é curto. Para os autores apenas devem ser
estimulados um ou dois comportamentos e os alunos devem aprender que
comportamento é apropriado e que comportamento é inapropriado no seio da
aprendizagem cooperativa; por último, é importante estimular e fazer com que os alunos
pratiquem as capacidades sociais que foram desenvolvidas até que eles as reproduzam
automaticamente e com frequência.
2.5. A avaliação do trabalho de grupo segundo a aprendizagem cooperativa.
Avaliar seja o que for dentro da sala de aula é um processo complexo, que exige
rigor por parte do professor, pois este deverá ser o mais correto possível ao atribuir uma
classificação, que deverá corresponder ao trabalho efetivamente desenvolvido pelo
aluno. Para que a avaliação seja o mais rigorosa possível, demonstrando aos alunos que
tudo é motivo de avaliação, é necessário haver uma observação exaustiva do trabalho
dos alunos e recolher uma série de dados que permita ao professor avaliar de forma
fidedigna. Contudo, quando se trata de avaliar trabalhos de grupo, o professor, em
muitos dos casos, acaba por atribuir a mesma nota a todos os membros do grupo, o que
é injusto, já que em muitos trabalhos de grupo o que acaba por acontecer é que o
trabalho final resulta de diferentes contribuições de valor desigual, trabalhando uns
elementos mais do que outros. Entendamos que esta não será a melhor forma de avaliar
35
um grupo de trabalho, já que o professor está a fazer com que alguns alunos continuem
a ser avaliados com notas positivas por trabalhos que foram outros a realizar.
Como tal, é importante que exista uma avaliação da contribuição individual do
trabalho de grupo, pois cada um dos elementos do grupo deverá saber que “a sua
avaliação é o resultado dessas avaliações individuais. Isto tem como consequência que
sejam os próprios elementos do grupo a procurarem que todos aprendam e realizem bem
as suas tarefas” (Freitas & Freitas, 2002, p.29), o que acabará por levar a uma boa
realização das tarefas por cada um dos elementos. Freitas e Freitas (2002) fazem
referência a Johnson e Johnson, que consideram haver uma série de fatores que
facilitam a avaliação individual como: formar grupos pequenos, para que todos os
elementos interajam entre si; realizar testes individuais; colocar questões orais ou
solicitar, ao acaso, a demonstração de certas competências a elementos do grupo;
observar sistematicamente o trabalho dos grupos; existir no grupo o papel de verificador
da aprendizagem, o qual deve fazer perguntas para que cada membro demonstre se de
facto compreendeu, aprendeu, sendo capaz de explicar as respostas e conclusões do
grupo; os estudantes ensinarem uns aos outros o que aprenderam, fazendo o que se
designa por explicação simultânea (peer tutoring). Assim, tendo em conta todos estes
procedimentos, o elemento saberá que as suas ações contribuirão para o sucesso ou o
fracasso do seu grupo, tendo que dar o seu melhor e assumir uma atitude de
responsabilidade. É também importante que os elementos reflitam sobre o contributo
que deram na realização do trabalho e sobre os objetivos atingidos. O professor deverá
estruturar a aprendizagem por forma a proporcionar aos grupos uma “real avaliação”,
tendo em conta cinco procedimentos (Freitas & Freitas, 2002):
1º- A avaliação das interações no grupo, devendo, o professor, com o auxílio de grelhas,
avaliar de forma sistemática todas as interações entre os elementos dos grupos.
2º-O feedback constante, com o objetivo de os elementos se poderem avaliar e refletir
sobre o trabalho já desenvolvido. Os elementos podem encontrar uma forma para
ultrapassar determinadas dificuldades dentro do grupo, havendo, assim, uma maior
interajuda entre os elementos.
3º- O tempo para reflexão requer algum tempo da sala de aula, para os elementos
fazerem uma avaliação do processo, o que às vezes não acontece, pois o professor tem a
tendência para reservar este procedimento para os minutos finais das aulas. Neste
36
momento, os elementos deverão pensar sobre o que poderá estar a correr mal dentro do
grupo.
4º- A avaliação do processo em grupo turma, é um procedimento através do qual todos
os grupos ficam a saber, através do professor, as observações que este tem feito sobre o
desempenho de cada um dos grupos, o que está mal, o que pode ser melhorado, mas,
acima de tudo, os aspetos positivos.
5º- A demonstração de satisfação pelos progressos, defendida por Johnson e Johnson,
poderá, sempre que possível, ser uma estratégia aplicada pelo professor. Ao fazer
comentários sobre o trabalho desenvolvido pelos grupos, o professor acabará por
contribuir para um bom resultado final.
37
PARTE II – ESTUDOS DE CASO
A aprendizagem cooperativa nas disciplinas de História e de Geografia no 3º Ciclo
do Ensino Básico.
38
Capítulo III. Instrumentos de recolha de dados
Como já tivemos a oportunidade de referir anteriormente, a aprendizagem
cooperativa é um modo de trabalho pedagógico que pode ser aplicada em contexto sala
de aula com o objetivo de promover nos alunos a qualidade das aprendizagens e o
desenvolvimento de uma série de competências sociais, ao aplicarmos esta abordagem
pedagógica, cujas características fomentam o trabalho de equipa, de parceria e de
confronto de capacidades e saberes, mas também melhorias nos resultados académicos,
neste caso nas disciplinas de Geografia e de História, é nosso objetivo contribuir para
que os alunos desenvolvam competências fundamentais para o seu percurso académico
e profissional futuros e para o exercício de uma cidadania ativa na comunidade em que
se inserem..
Mas, será que existem, efetivamente, vantagens na aplicação da aprendizagem
cooperativa nas disciplinas de Geografia e de História? Quais serão essas vantagens?
Conseguiremos verificar melhorias nos resultados dos alunos? Para conseguirmos dar
resposta a estas questões foi necessário criar uma série de instrumentos de recolha de
dados. Sendo assim, existe todo um trabalho desenvolvido pelo professor, que antecede
aquele que será realizado pelos grupos em contexto sala de aula, que também poderá
contribuir ou não para o sucesso final do trabalho de grupo. Cabe ao professor pensar
sobre o trabalho a ser desenvolvido pelos grupos, quais os dados a recolher ao longo da
realização dos trabalhos para que no final se possa analisar se houve melhorias nos
resultados obtido pelos alunos. É importante o professor estar atento aos grupos, à
forma como os elementos interagem entre si, ao desempenho e ao contributo de cada
um para o resultado final.
Ao longo deste capítulo pretendemos descrever quais os instrumentos de recolha
de dados utilizados e que opções metodológicas adotamos na realização do presente
estudo de caso. Este capítulo divide-se em três partes: a primeira relaciona-se com os
instrumentos de avaliação utilizados para que a aprendizagem cooperativa, aplicada nas
disciplinas de Geografia e de História, fosse praticada de forma fidedigna;
seguidamente, e porque a avaliação do trabalho de grupo é um elemento muito
importante na aprendizagem cooperativa, iremos fazer uma análise dos instrumentos de
avaliação utilizados ao longo de todo o processo e fazer uma pequena abordagem sobre
39
as fichas de auto e heteroavaliação; por último, analisaremos os dados obtidos com a
aplicação de um questionário que tinha como objetivo recolher dados sobre a forma
como os alunos percecionaram todo o processo..
3.1. Grelhas de avaliação
Para que os trabalhos de grupo na turma 9º2 e na turma 8º1 fossem avaliados de
forma contínua, rigorosa e sistemática, foram construídas uma série de grelhas de
avaliação, onde se pudesse registar o desempenho de cada um dos elementos dos
grupos4. Tal como referem Santoro, Santos e Borges
5 o professor encontra na avaliação
a possibilidade de perceber até que ponto os objetivos definidos foram efetivamente,
alcançados. Os mesmos autores referem ainda que a avaliação deve ser reflexiva, crítica
e coerente. É importante referir que, desde logo, os alunos foram alertados para o facto
de poder haver diferenciação de notas dentro do mesmo grupo, havendo, portanto,
compensações para os que trabalhassem mais e penalizações para aqueles que
trabalhassem menos ou até nada. Assim, as classificações caracterizariam o desempenho
que cada um demonstrou na realização de um trabalho que deveria ser construído em
equipa.
A diferenciação de notas, como já tivemos a oportunidade de explorar na primeira
parte deste trabalho, é uma das caraterísticas da aprendizagem cooperativa e um
elemento importante para que o aluno se responsabilize pela posição que assume no seio
do grupo, posição que acabará por influenciar o resultado final do trabalho. Para tal,
elaboramos um conjunto de grelhas de avaliação de forma a avaliarmos os três tipos de
conteúdos (temáticos, procedimentais e atitudinais) onde registamos o empenho e
desempenho dos alunos ao longo da realização do trabalho de grupo. Assim, e antes de
avançarmos para a explicação de como efetuamos a avaliação nas duas turmas onde a
aprendizagem cooperativa foi aplicada, é melhor elucidarmos os nossos leitores sobre os
conteúdos em avaliação. Os conteúdos temáticos dizem respeito aos conhecimentos que
podem ser adquiridos. Mas, o que são procedimentos? E o que são atitudes? Segundo
Coll e Valls (1992) um procedimento resume-se a um conjunto de ações, com a
4 Aquando da atribuição das classificações finais não se recorreu à utilização de nenhum modelo rigoroso
de avaliação, enquadrado na aprendizagem cooperativa, no qual se deveria realizar uma série de cálculos.
As classificações foram atribuídas de forma qualitativa, após a análise do desempenho dos alunos. 5 Este documento pode ser acedido em
http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2010/02/02.pdf
40
característica de serem realizados de forma sistemática e ordenada, um passo após
outro, que acabará por resultar num produto final. Os mesmos autores referem que
quando os alunos trabalham procedimentos, estão a desenvolver a capacidade de saber
fazer e de atuar eficazmente.
No que respeita às atitudes, um conteúdo sempre complexo de avaliar, já que o
professor tem que ter a capacidade de analisar, identificar uma série comportamentos,
de disposições e ações, Morissette e Gingras (1999) referem que uma atitude se resume
à disposição interior da pessoa “que se traduz em reações emotivas moderadas que são
assimiladas” (p.53) e que depois são exploradas sempre que a pessoa que encontra uma
tarefa ou ideia. As reações tanto podem aproximar-se ou afastar-se do que é esperado.
Começando pelas grelhas de avaliação na turma 9º2, na disciplina de Geografia,
onde teve início este trabalho, constituíram-se quatro grelhas: duas preenchidas ao longo
da realização do trabalho de grupo e outras duas preenchidas aquando da apresentação
dos trabalhos (ver anexo 4 a partir da p.101). Posteriormente estas quatro grelhas foram
objetivo de análise. Ao longo das três aulas em que os grupos estiveram reunidos a
trabalhar (16, 23 e 31 de janeiro) foram avaliadas várias atitudes, tais como o interesse,
o empenho, a cooperação e o espírito crítico. Foram ainda avaliados diversos
procedimentos, tais como a recolha de informação, organização da informação,
tratamento dos dados e sistematização da informação. Nestas grelhas podemos observar
as evoluções no desempenho e posturas dos elementos perante esta estratégia de
aprendizagem (ver anexo 4 a partir da p.101).
Nas aulas de apresentação dos trabalhos (6 e 13 de fevereiro), foram utilizadas as
outras duas grelhas de avaliação, uma atitudinal – na qual foram avaliadas atitudes
como o empenho, a comunicabilidade, o espírito crítico, a sensibilidade e a criatividade;
e uma grelha de avaliação temática – na qual foram avaliados os conteúdos temáticos
explorados pelos grupos (ver anexo 4 a partir da p.101). A grelha de avaliação temática
sofreu alterações à medida que os grupos iam apresentando os seus trabalhos, pois o
tema trabalhado apresenta uma diversidade ampla de informação, havendo mesmo
grupos que focaram assuntos pertinentes que não constavam da grelha de avaliação
original.
É importante referir que para preservar o rigor da informação transmitida por cada
um dos elementos dos grupos, a professora optou por registar tudo aquilo que foi dito e
41
expresso pelos alunos, incluindo as suas posturas, que posteriormente ficaram
resumidas nas grelhas de avaliação.
No que concerne à avaliação do trabalho de grupo, realizado na turma 8º1 na
disciplina de História, foram utilizadas uma série de grelhas de avaliação adequadas a
cada uma das tarefas realizadas pelos grupos.
As atitudes avaliadas em cada uma das aulas foram a responsabilidade, o empenho,
a cooperação, o respeito, a criatividade e o rigor. Cada uma destas atitudes foi avaliada
em diferentes cenários, devido à diversidade e às características das tarefas realizadas.
Na primeira aula de trabalho de grupo, no decurso da qual os grupos tinham de
responder a duas questões (ver anexo 9 a partir da p.132) recorrendo ao manual escolar
para elaborarem as respostas, que posteriormente teriam que ser lidas perante todos os
grupos, foram avaliados o empenho, a cooperação e o respeito (ver anexo10 a partir da
p.136).
Já na segunda aula, em que os grupos tiveram que trazer de casa informações sobre
um invento técnico do século XVIII (ver anexo 9 a partir da p.132), que lhes foi
atribuído através de um sorteio na aula anterior, para poderem preparar uma
apresentação em Power Point, foram avaliadas a responsabilidade, o empenho, o
respeito, a cooperação, a comunicabilidade e a criatividade (ver anexo 10 a partir da
p.136). Estas atitudes foram avaliadas nas duas partes da realização desta tarefa: na
primeira parte da aula, em que os grupos estiveram a tratar e a sistematizar a informação
trazida por cada um sobre a temática em estudo; e na segunda parte em que todos
apresentaram o seu trabalho perante os grupos. Para além das atitudes, também foi feita
uma avaliação temática, com o registo dos conteúdos desenvolvidos por cada um dos
grupos (ver anexo 10 a partir da p.136). Na terceira aula os grupos tiverem que recorrer
novamente ao manual escolar, explorando os conteúdos sobre as alterações que a
Revolução Industrial provocou a nível da produção, da sociedade, da paisagem e do
ambiente (ver anexo 9 a partir da p.132). O manual escolar foi frequentemente utilizado
nas tarefas realizadas porque apresenta uma diversidade de documentos escritos e
iconográficos que, ao serem lidos pelos grupos lhes permitiria construir os
conhecimentos sobre este período histórico. Sabemos que a utilização do manual escolar
é uma das características do denominado ensino tradicional, mas como já tivemos a
oportunidade de verificar na primeira parte deste trabalho, o professor pode mobilizar
42
uma infinidade de materiais que se adequem aos objetivos pretendidos e ao contexto em
que se encontra, entre os quais o manual escolar, que pode ser utilizado de forma muita
variada podendo, assim, constituir um forte recurso. A opção de recorrer ao manual
escolar para a realização do trabalho de grupo, ficou a dever-se ao fato de a sala de aula
ser desprovida de computadores para os grupos realizarem pesquisas, para além de
também ter sido uma opção da professora não utilizar em excesso o computador como
ferramenta de trabalho. A biblioteca da escola também não dispunha de bibliografia que
abordasse com rigor e nos descrevesse o período em estudo, enquanto que a bibliografia
que a professora reunia era complexa para os alunos deste nível de escolaridade. O
importante era que os alunos estavam a construir algo em conjunto, independentemente
dos materiais utilizados para o efeito. Os grupos tiveram que recorrer, acima de tudo, à
criatividade (contudo esta atitude só foi devidamente avaliada na aula seguinte, aquando
das apresentações) para poderem criar uma encenação/dramatização onde os conteúdos
pretendidos estivessem presentes. Nesta aula foram avaliados o empenho, a cooperação
e o respeito (ver anexo 10 a partir da p.136).
Na aula de apresentação das dramatizações/encenações foram avaliados a
cooperação, a criatividade, a comunicabilidade e o rigor, para além de também ter sido
feita uma avaliação temática para ser possível analisar se os grupos utilizaram os
conteúdos exigidos e se havia diversidade na sua exploração ao longo da apresentação.
No final dos respetivos trabalhos de grupo todas as grelhas de avaliação foram
analisadas de forma rigorosa para que as classificações finais correspondessem
exatamente ao trabalho efetivamente desenvolvido por cada um dos elementos.
3.2. Documentos de auto e heteroavaliação
No primeiro capítulo desta Parte II foi referida a importância de colocarmos os
nossos alunos a autoavaliarem-se e a avaliarem o trabalho dos seus colegas. Tal ato
promove a responsabilidade que cada um deve construir em relação às tarefas realizadas
com a sua equipa. Atribuir a responsabilidade pelo sucesso do grupo a cada um dos
elementos funciona como um forte incentivo para que cada um desenvolva o seu
trabalho com o máximo de empenho e rigor. Contribui, igualmente, para que cada aluno
se responsabilize pelo trabalho que os outros elementos terão que realizar, fazendo com
que, desejavelmente, aprenda a construir algo em parceria. Neste sentido, no final dos
43
trabalhos de grupo, realizados nas turmas 8º1 e 9º2, foi dada a oportunidade aos alunos
de se autoavaliarem e avaliarem o desempenho dos seus colegas de grupo. Este
exercício acabou por ser algo de inédito para ambas as turmas, pois os alunos afirmaram
que nunca tinham tido a oportunidade de fazerem uma avaliação deste tipo. Dar-lhes a
oportunidade de expressarem a sua opinião sobre aquilo que se passou no seio do grupo,
é dar-lhes voz para identificarem quem, na sua opinião, mais trabalhou, empenhou e
cooperou com o grupo ou, em contraste, quem não investiu no trabalho e/ou assumiu
uma atitude mais individualista.
Em cada uma das duas turmas em que o trabalho de grupo foi aplicado foram
entregues duas fichas de avaliação. Na turma 9º2 na primeira folha da ficha auto e
heteroavaliação (ver anexo 5 a partir da p.106), os elementos tiveram que refletir sobre
os indicadores apresentados, tais como: o empenho ao longo da realização do trabalho
de grupo, nomeadamente a participação na concretização de diferentes tarefas, a recolha
e organização de informação sobre o tema, a cooperação com os restantes elementos do
grupo, partilhando tarefas e ideias, a demonstração de um espírito crítico, apresentando
ideias e soluções e o respeito do trabalho e a opinião dos restantes elementos do grupo.
Os elementos tinham que atribuir, através da colocação de uma cruz (X), um nível em
cada um destes indicadores, com as seguintes alternativas de resposta: Insuficiente,
Suficiente, Bom e Muito Bom.
Em seguida, foi pedido aos elementos que tivessem em conta a sua participação
no trabalho de grupo e colocassem uma cruz (X) na classificação que avaliasse o seu
desempenho.
Já na turma 8º1 a ficha de auto e heteroavaliação apresentava uma estrutura
diferente, talvez mais simples para os alunos preencherem, embora os elementos em
avaliação fossem muito similares aos avaliados em Geografia, na turma 9º 2 (ver
anexo11 a partir da p.144).
3.3. Questionário
Para que a recolha de informação não se restringisse às observações da professora,
resumidas nas grelhas de avaliação e pelos documentos de auto e heteroavaliação, foi
criado um questionário que nos permitiu ficar a saber mais sobre as conceções dos
alunos relativamente ao trabalho de grupo. O questionário foi aplicado na turma 9º2,
44
após os alunos terem realizado a auto e heteroavaliação. Já na turma 8º1, o questionário
foi aplicado após os alunos saberem a avaliação do seu desempenho. Esta alteração
ficou a dever-se ao fato de considerarmos que a questão número quatro, referente ao
modelo de avaliação diferenciada, seria respondida com um maior rigor após os alunos
saberem as suas avaliações.
Ao nível da conceção, o questionário aplicado na turma 9º2 divide-se em quatro
questões, sendo que as duas primeiras são de resposta aberta e as outras duas de
resposta fechada (ver anexo 6 a partir da p.109). Nas questões de resposta aberta foi
solicitado aos alunos que identificassem os aspetos positivos e negativos na realização
trabalho de grupo. Já nas questões de resposta fechada pretendia-se saber se os alunos
consideraram ter aprendido mais sobre o tema com a realização do trabalho de grupo
por comparação com um modo de trabalho pedagógico centrado na professora,
conforme sucede noutros casos, e se gostam de trabalhar segundo o modelo da
aprendizagem cooperativa que incluiu uma componente de diferenciação de notas.
A estrutura do questionário aplicado na turma 8º1 permaneceu igual, havendo
apenas duas pequenas alterações: na questão 2 a expressão – aspetos negativos – foi
substituída pela expressão – aspetos menos positivos; e a questão 4 referente ao modelo
da diferenciação passou a ser uma questão passou a ser uma questão semifechada (ver
anexo 12). Esta alteração prende-se com o facto de queremos ficar a saber a opinião dos
alunos, relativamente às suas escolhas.
3.4. Análise de conteúdo
Para podermos analisar as respostas dadas pelos alunos às questões de reposta
aberta foi utilizada a metodologia da análise de conteúdo. Antes de explicarmos como
foi feita essa análise de conteúdo consideramos pertinente abordar, ainda que
brevemente, onde surgiu e em que é que consiste. Bardin (1977) refere que a análise de
conteúdo se desenvolveu nos Estados Unidos, no princípio do século XX, com o
objetivo de analisar material jornalístico, sendo posteriormente aplicada nas mais
diversas áreas. O mesmo autor refere que nos anos 50 Berelson definiu a análise de
conteúdo como sendo “uma técnica de investigação através de uma descrição objetiva,
sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto das comunicações” (Bardin, 1977,
p.36) Anos antes o Handbook of Social Psychology descreveu a análise de conteúdo
como “uma técnica que consiste em apurar descrições de conteúdo muito aproximativas,
45
subjetivas, para pôr em evidencia com objetividade a natureza e as forças relativas dos
estímulos a que o sujeito é submetido” (Bardin, 1977, p.34)
Segundo Bardin (1977) a análise conteúdo pode apresentar diversas formas, como
a análise categorial, a análise de avaliação, a análise da enunciação, a análise da relação
e a análise do discurso. Para a realização deste trabalho foi utilizada a análise categorial,
a mais antiga forma de análise de conteúdo. A partir desta análise categorial criámos
uma unidade de contexto onde inserimos uma a uma, as respostas criadas pelos alunos,
o que nos permitiu uma leitura mais simples e contextualizada da unidade de registo,
onde desmontamos as respostas dos alunos e destacamos frases consideradas
importantes para a investigação que pretendíamos fazer. Posteriormente, e após uma
leitura flutuante prévia, foram criadas subcategorias e categorias, recorrendo a um
processo recursivo, e calculamos o número de ocorrências de cada uma delas. Em
seguida, e depois de fazermos uma análise das respostas dos alunos, decidimos destacar
excertos das respostas dos alunos exemplificativos das categorias identificadas.
Capítulo IV-O trabalho de grupo desenvolvido nas disciplinas de Geografia e
História
4.1. O trabalho de grupo em Geografia
4.1.1. Caracterização da turma 9º2
A turma 9º2 é constituída por 26 alunos: 17 rapazes e 9 raparigas, sendo a média
de idades de 13,9 anos. Os alunos são todos de nacionalidade portuguesa, havendo
apenas um aluno luso-venezuelano. Os alunos são provenientes de diferentes meios
socioeconómicos como podemos constatar através da profissão dos encarregados de
educação e do escalão escolar atribuído a cada um dos alunos, e diferentes origens
socioculturais, como podemos constatar a partir do perfil do aluno.
No que concerne ao percurso escolar da turma existem quatro alunos que se
encontram a repetir o 9º ano e outros quatro que se destacam pelos excelentes resultados
escolares. A turma divide-se ainda por alunos de menor rendimento escolar, que
demonstram claramente as suas dificuldades dentro da sala de aula, e alunos de
rendimento escolar mediano, que embora tenham uma participação discreta nas aulas, e,
46
em alguns momentos, até passiva, conseguem atingir resultados razoáveis nas fichas de
avaliação sumativa.
Através da observação direta, feita ao longo do 1º período na disciplina de
Geografia, e depois de algumas conversas com o orientador desta mesma disciplina,
parecia-nos evidente que esta turma de 26 alunos demonstrava ter características
individualistas e competitivas. Pensamos que tal facto poderá ficar a dever-se à estrutura
da sala de aula, à utilização do método expositivo, no qual o professor explica os
conteúdos e os alunos escutam de forma passiva, tendo que aplicar mais tarde os
conhecimentos adquiridos na resolução de uma ficha de trabalho, para além,
naturalmente, da cultura organizacional prevalecente na maioria das nossas escolas. É
no momento em que os alunos têm de realizar a ficha de trabalho que a competição é
estimulada. Tal como refere Slavin (1995), não devemos encarar a competição como
sendo algo de errado, muito pelo contrário, pois ao estarmos a estimular a competição
os alunos acabam por se sentirem motivados a dar o seu melhor. Porém, o mesmo autor
refere, igualmente, que é importante reunir alunos que apresentam diferentes
capacidades para poderem aprender uns com os outros, auxiliando-se, trocando ideias e
saberes, formando-se, ao mesmo tempo, como seres sociáveis que conseguem ajudar-se
mutuamente. Todos estes fatores acabaram por influenciar na tomada de decisão quanto
à aplicação do trabalho de grupo dentro da sala de aula e só posteriormente surgiu a sua
aplicação através da estratégia da aprendizagem cooperativa.
4.1.2. A finalidade e o conteúdo do trabalho de grupo
Ao longo de quatro aulas de 90 minutos, ocorridas às segundas-feiras, às
10h:15m, a turma 9º2 explorou uma série de conteúdos temáticos, inseridos na unidade
didática Países desenvolvidos versus Países em desenvolvimento, integrada no tema
Contrastes de desenvolvimento (ver anexo 2 a partir da p.89). Esta exploração serviu-se
de uma série de indicadores, tais como: indicadores económicos (e.g., PIB per capita do
país, e importações e exportações de bens e serviços); indicadores demográficos (e.g.,
população absoluta, taxas de natalidade, mortalidade e mortalidade infantil e esperança
de vida); indicadores socioculturais (e.g., taxas de analfabetismo e de escolarização,
número de médicos por cada 100 000 habitantes, percentagem de população com
saneamento básico e percentagem de partos assistidos por pessoal qualificado) e
47
indicadores políticos (e.g., reconhecimento dos direitos humanos e dos direitos das
crianças, participação dos cidadãos na vida política e índice de corrupção). Os grupos
teriam contato com diferentes dimensões que caraterizam o país que lhes seria atribuído
de forma aleatória. Ao pesquisarem sobre o seu país, o grupo teria que tomar decisões,
recolhendo a informação exata para desenvolver o seu trabalho, tratando e
sistematizando os dados recolhidos, saber organizar-se como uma verdadeira equipa,
desenvolvendo, assim, uma série de competências que são importantes para as suas
vidas pessoais, académicas e, futuramente, profissionais.
Os países selecionados para serem explorados pelos grupos foram o Brasil,
Noruega, Níger, China, Portugal e Argélia. Todos estes países apresentam níveis de
desenvolvimento diferentes: uns são países desenvolvidos, outros são considerados
países emergentes e outros, países em desenvolvimento ou menos desenvolvidos.
Para que a abordagem dos diferentes conteúdos fosse apelativa para os alunos,
foi-lhes sugerido que criassem uma revista intitulada “Países”. O conteúdo da revista
teria que mostrar aos seus leitores qual o nível de desenvolvimento do país explorado na
revista. Aquando da apresentação dos trabalhos, no decurso da qual teria de ser feita
uma abordagem objetiva dos indicadores que nos permitem identificar os níveis de
desenvolvimento dos países, os alunos seriam confrontados, de facto, com um mundo
de contrastes. Como podemos perceber, este tema envolve um conjunto de conteúdos
temáticos muito vasto que não se esgota rapidamente. São conteúdos que requerem
alguma reflexão, capacidade de síntese e de organização. Assim, para além do objetivo
deste trabalho ser a construção da revista, na qual teriam que constar informações
relativas aos diferentes indicadores anteriormente referenciados, para que se percebesse,
efetivamente, o nível de desenvolvimento dos seis países, de uma forma sintética,
apelativa e criativa, julgamos que o grande desafio se encontraria na forma como este
trabalho teria que ser realizado, ou seja, segundo uma estratégia da aprendizagem
cooperativa. Mesmo antes de confrontar a turma com esta metodologia de aprendizagem
surgiram logo uma série de questões: Saberão os alunos trabalhar em equipa? Como é
que vão lidar com os diferentes métodos de trabalho, personalidades e ideias? Será que
os alunos vão escutar os seus colegas de grupo e conseguir resolver conflitos?
Perceberão a importância e as vantagens de trabalharem em equipa? Haverá
aprendizagens significativas com a aplicação da aprendizagem cooperativa? Afinal, este
48
é o objetivo deste trabalho, perceber se os alunos ao partilharem ideias, saberes e
capacidades, desenvolvem uma série de aprendizagens significativas que os ajudarão a
enfrentar um conjunto de situações no presente e no futuro, para além, claro está, de
desenvolverem as aprendizagens relativas às temáticas exploradas em grupo tanto na
disciplina de Geografia como na disciplina de História.
4.1.3. A constituição dos grupos
Na aula que antecedeu o início do trabalho de grupo a turma preencheu um
questionário sociométrico constituído por duas questões: com quem gostariam de
realizar um trabalho de grupo e com quem prefeririam não realizar esse trabalho (ver
anexo 1ª partir da p.87). Em cada uma das questões os alunos tinham que indicar o
nome de cinco colegas por ordem de preferências e de rejeições. O questionário
sociométrico foi um dos instrumentos utilizados aquando da constituição dos grupos. A
partir do seu preenchimento foi calculado para cada aluno o seu estatuto sociométrico
de acordo com os procedimentos descritos por Bastin (1980), fazendo com que a
professora não constituísse grupos com elementos que se rejeitavam mutuamente ou que
reunissem os alunos populares. A aplicação do questionário permitiu-lhe ainda
identificar os alunos isolados (alunos que não foram preferidos nem rejeitados pelos
colegas) para que, de igual forma, não fossem inseridos no mesmo grupo.
Para além do questionário sociométrico a professora recorreu às observações
feitas nas aulas e aos registos com o percurso escolar dos alunos, para que os grupos
fossem o mais heterogéneos possível, constituídos por elementos com caraterísticas
diversas, uma das principais exigências da aprendizagem cooperativa.
Foi notória a rejeição perante a possibilidade das aulas serem desenvolvidas
através do trabalho de grupo logo no dia da aplicação do questionário. O facto de os
alunos terem que trabalhar em conjunto não agradou à turma em geral e aos bons alunos
em particular. Estes últimos sentiram o seu desempenho e sucesso na disciplina
ameaçados pelos elementos que poderiam vir a constituir o seu grupo, referindo não
estarem habituados a trabalhar em grupo e argumentando que já tinham trabalhos de
outras disciplinas para realizar. Ora, neste dia apenas foi pedido aos alunos para
preencherem o questionário sociométrico, nada lhes tendo sido dito sobre o objetivo do
trabalho, a metodologia que teriam de utilizar nem os critérios de avaliação. Contudo,
49
foi clara a rejeição evidenciada por esta turma no que respeita aos trabalhos de grupo.
No final da aula, os melhores alunos ainda conversaram com a professora na tentativa
de que ela desistisse da aplicação do trabalho de grupo, referindo terem más
experiências na realização deste tipo de tarefa noutras disciplinas.
4.1.4. As aulas de trabalho de grupo em Geografia na turma 9º2
O trabalho de grupo teve o seu início no dia 16 de janeiro e prolongou-se até ao
dia 6 de fevereiro, aula em que todos os grupos tiveram que entregar o trabalho escrito
(como explicaremos mais à frente) e fazer uma apresentação em PowerPoint.
A aula do dia 16 de janeiro (ver anexo 2 a partir da p.89), primeira aula do
trabalho de grupo, desenvolveu-se da seguinte forma:
Em primeiro lugar, identificaram-se os elementos que constituíam cada um dos
seis grupos de trabalho. Neste momento foi transmitida a importância do trabalho de
equipa em prol de um objetivo comum. Como forma de motivação e incentivo para o
despertar da cooperação entre os diversos elementos, do espírito de interajuda, que
envolve o respeito e a solidariedade, a professora utilizou como exemplo uma equipa de
futebol. A partir deste exemplo foi-lhes transmitido que só com a mobilização das
capacidades e potencialidades de cada um em prol do grupo, seria possível concretizar o
trabalho com sucesso.
Em seguida, foi feito o sorteio dos países a serem estudados. A cada um dos
grupos foi atribuído um país, que teria que ser explorado a nível social, económico,
político e cultural, para que no final todos os grupos pudessem constatar que os países
não estão todos no mesmo nível de desenvolvimento e que, efetivamente, vivemos num
mundo de contrastes. Posteriormente foi entregue um guião com as regras e orientações
para o trabalho (ver anexo 3 a partir da p.96), que cada um dos grupos deveria seguir.
Este guião incluía várias dimensões, nomeadamente: conselhos para o bom
funcionamento do grupo, sendo reservadas algumas linhas para os grupos registarem
outros conselhos que considerassem importantes seguir; as regras pelas quais os grupos
deveriam reger o seu trabalho (conteúdos da revista, tipo e tamanho da letra, número de
páginas, normas de referência bibliográfica, sites onde deveria ser feita a pesquisa e o
dia da entrega e apresentação dos trabalhos em PowerPoint). No final do guião estavam
50
discriminados os critérios de avaliação, com o peso que cada um tinha na avaliação
final. Logo no início deste documento os alunos podiam registar o seu nome, o nome de
cada um dos elementos do grupo, assim como o nome que dali para a frente identificaria
a equipa, que seria escolhida por esta, e um quadrado reservado para o símbolo do
grupo. Contudo, nenhum dos grupos recorreu a um símbolo que os identificasse.
Os grupos reuniram-se para começarem a discutir a forma como iriam
desenvolver o seu trabalho. O primeiro passo foi encontrar um nome que identificasse o
grupo, para que as relações interpessoais começassem a ser cimentadas.
Embora o trabalho de grupo segundo a estratégia da aprendizagem cooperativa
exija que os grupos estejam estruturados de forma a conseguirem trabalhar face a face,
para poderem discutir ideias e encontrar soluções, neste trabalho tal não foi possível,
como podemos ver na Figura 3, devido ao facto de o trabalho ter que ser elaborado no
computador. Como não foi possível alterar a estrutura da sala de aula, a forma como os
grupos trabalharam teve influência no processo e poderá ter contribuído para os
resultados finais.
A partir do momento em que os grupos se reuniram foi possível verificar uma
série de comportamentos de alguns alunos no âmbito do grupo que integraram. Desde
elementos que insistiam em não se quererem inserir no seu grupo; elementos que não
comunicavam entre si, demorando praticamente uma aula inteira para encontrarem um
Figura 3 – Esquema da organização dos grupos dentro da sala de aula – 9º 2
51
nome para o grupo; elementos que tentaram “negociar” com a professora a troca de uns
elementos do grupo por outros. Tendo em conta todas estas situações foi possível
concluir que iria ser uma tarefa difícil fazer com que estes alunos trabalhassem em
parceria uns com os outros.
Os primeiros minutos da aula do dia 23 de janeiro foram aproveitados para a
professora saber em que fase se encontrava o trabalho de cada um dos grupos (ver
anexo 2 a partir da p.89), através de questões feitas aos elementos que trabalharam
menos. As dúvidas que poderiam existir serviriam para orientar todos os grupos.
De seguida, os grupos reuniram-se junto aos computadores para continuarem o
seu trabalho. Inesperadamente, ou talvez não, devido à posição que vários alunos
tomaram antes do início do trabalho de grupo, foi evidente o individualismo de alguns
elementos, nomeadamente dos melhores alunos, que insistiam em não querer cooperar
com os restantes elementos, como vamos ter a oportunidade de explorar no ponto a
seguir quando analisarmos as grelhas de avaliação.
Houve várias tentativas por parte da professora para inverter a situação, o que se
refletiu na tentativa de alguns alunos de trabalharem em equipa. Contudo, um dos
grupos acabou por se destacar no meio deste cenário. Soube organizar-se desde o início,
através do diálogo e da discussão permanente estabelecida entre os elementos. O
entusiasmo e dedicação com que este grupo encarou o trabalho, sabendo aproveitar as
capacidades de cada um, foram alguns dos “ingredientes” que contribuíram para o bom
desempenho que estavam a ter até então.
Motivar os grupos e transmitir-lhes a importância da aprendizagem partilhada,
na construção do saber, foi sempre uma preocupação para a professora, pois vários
alunos tinham uma conceção negativa sobre o trabalho de grupo, achando mesmo que
este modo de trabalho pedagógico não era adequado e conduziria a resultados
indesejáveis.
A aula do dia 31 de janeiro foi desenvolvida da mesma forma que a aula do dia 23
de janeiro (ver anexo 2 a partir da p.89). A professora começou por questionar os
grupos sobre o trabalho já desenvolvido e o que ainda faltava para que o trabalho fosse
terminado. Como é lógico, não é possível observar tudo aquilo que se passava em todos
os grupos nem orientar todo o trabalho que está a ser desenvolvido por eles, tendo em
52
conta o número de grupos e a duração das aulas, que eram de 90 minutos. Nestes
primeiros minutos da aula era dada voz aos elementos para poderem colocar dúvidas,
comunicar como é que o trabalho estava a ser construído, em que fase se encontrava e
se os elementos estavam a conseguir trabalhar em conjunto. Depois de discutidas
questões relacionadas com a estrutura do trabalho de grupo, os grupos reuniram-se mais
uma vez para darem continuidade aos seus trabalhos.
No dia 6 de fevereiro iniciou-se a apresentação dos trabalhos de grupo, segundo
uma ordem estabelecida pela professora (ver anexo 2 a partir da p.89). Cada um dos
grupos teve um máximo de 10 minutos para apresentar o seu trabalho. No final das
apresentações os grupos eram questionados tanto pela professora como pelos restantes
grupos sobre a apresentação que tinham acabado de fazer. Foram discutidas
informações, fizeram-se comparações entre os diferentes países explorados nos
trabalhos, os alunos comentavam as imagens, ou seja, gerou-se uma pequena discussão
relativamente aos conteúdos temáticos explorados.
Para além das apresentações, todos os grupos tinham ainda de entregar o trabalho
em papel. Contudo, apenas três dos seis grupos o fizeram, o que constituiu um
incumprimento face às regras e aos objetivos que inicialmente foram traçados pela
professora.
Na aula do dia 13 de fevereiro (ver anexo 2 a partir da p.89), dois dos seis grupos
apresentaram os seus trabalhos uma vez que não tiveram a oportunidade de o fazer na
data inicialmente aprazada porque na aula anterior os comentários que se sucederam no
fim de cada uma das apresentações ocuparam uma parte significativa da aula, o que
acabou por ser positivo já que alguns alunos colocaram questões pertinentes e atuais
sobre a temática em estudo.
Concluídas as apresentações, a professora fez uma apreciação global sobre os
trabalhos que foram apresentados. Nesta apreciação, para além de terem sido feitas
algumas observações formais sobre a estrutura dos trabalhos apresentados, a
organização dos textos, o facto de haver textos copiados na íntegra dos sites indicados
pela professora, a forma como apresentaram imagens, quadros e gráficos não constando,
em alguns casos, as respetivas legendas, os grupos também foram alertados para a
importância de cumprirem com o calendário estabelecido, já que houve grupos que não
entregaram o trabalho em suporte papel na data indicada. Também foi feita uma
apreciação sobre o trabalho desenvolvido pelos grupos, a forma como trabalharam ou
53
não em equipa. Foi-lhes dito que deveriam aprender a relacionarem-se uns com os
outros, escutar opiniões diferentes das suas, a comunicar e aprender a criar algo em
conjunto, pois só assim conseguiram ser, de facto, seres socialmente ativos e integrados
na sociedade.
De seguida, distribuiu-se pelos alunos a ficha de auto e heteroavaliação (ver anexo
5 a partir da p.106) para que eles pudessem avaliar a seu desempenho no trabalho de
grupo e o desempenho dos seus colegas.
Posteriormente, a professora aplicou na turma um questionário (ver anexo 6 a
partir da p.109) constituído por quatro questões, para que fossem recolhidas
informações sobre as opiniões dos alunos relativamente a este trabalho de grupo.
4.2. Resultados do estudo na disciplina de Geografia
4.2.1.Análise das grelhas de avaliação e dos documentos de auto e
heteroavaliação
A avaliação do trabalho de grupo é um processo que deverá ser rigoroso,
contínuo e sistemático para que no final a classificação atribuída a cada um dos
elementos reflita o trabalho efetivamente concretizado por cada um. Desde logo, será
importante promover nos alunos uma responsabilização individual e coletiva pelo
trabalho desenvolvido no grupo, pois só assim estamos contribuir para que os alunos
desenvolvam a responsabilidade de estarem inseridos num projeto coletivo.
A avaliação realizada aos grupos da turma 9º 2 foi uma avaliação contínua feita
através da observação direta do trabalho desenvolvido pelos elementos do grupo, ao
longo das três aulas em que estiveram reunidos a trabalhar na construção do trabalho
final e nas aulas em que apresentaram o trabalho perante a turma.
A observação direta, realizada pela professora ao longo de todo este processo,
que pretendeu ser sistemática, rigorosa e objetiva, foi concretizada pelo preenchimento
de grelhas de avaliação: atitudinal e procedimental, ao longo do processo de construção
dos trabalhos; e atitudinal e temática aquando da entrega e apresentação dos trabalhos
(ver anexo 4 a partir da p.101).
Para poder haver uma análise rigorosa do desempenho de cada um dos grupos
foi necessário fazer, em primeiro lugar, uma análise do desempenho de cada um dos
54
elementos, desde o primeiro dia do trabalho de grupo, até à entrega e apresentação dos
trabalhos. Portanto, foi feita uma análise das observações da professora sistematizadas
nas grelhas de avaliação.
Posteriormente, e para que a análise dos resultados obtidos fosse feita de uma
forma simples e objetiva, decidimos agrupar os elementos que demonstraram
comportamentos muito similares. O quadro que apresentamos em seguida expressa o
desempenho dos elementos ao longo do trabalho de grupo.
Tabela 1. Resultados obtidos após análise das grelhas de avaliação – 9º2.
Comportamentos e desempenhos identificados Elementos
Alunos com resultados positivos nos testes de etapa (com avaliações
entre o Bom e o Muito Bom), com participações ativas e
frequentes nas aulas onde colocam questões pertinentes.
Assumiram-se como verdadeiros líderes, auxiliando os colegas de
grupo com maiores dificuldades.
Estabeleceram a união no grupo, demonstrando um desempenho
regular no seio do grupo, com uma sequência lógica na realização
dos diferentes procedimentos, contribuindo para um bom resultado
final.
Aquando da apresentação do trabalho, revelaram estar bem
preparados, com um discurso bem estruturado, dinâmico e
coerente, em que a utilização do vocabulário geográfico da
disciplina foi notória.
B1
Alunos com resultados positivos nos testes de etapa (com avaliações
entre o Bom e o Muito Bom), com participações ativas e
frequentes nas aulas onde colocam questões pertinentes.
Demonstraram alguma dificuldade em adaptarem-se à estratégia da
aprendizagem cooperativa, revelando, em alguns momentos, o seu
individualismo.
Raramente ou nunca se demonstraram disponíveis em auxiliar os
colegas com maiores dificuldades na realização do trabalho,
revelando, assim, não serem cooperativos. Não se demonstraram
recetivos a partilhar tarefas e a discutir ideias.
Não realizaram os diferentes procedimentos segundo uma sequência
lógica.
Aquando da apresentação do trabalho, revelaram estar bem
preparados, com um discurso bem estruturado, rico em conteúdos
temáticos pertinentes sobre o tema em estudo.
A1; E1
55
Alunos com resultados positivos nos testes de etapa (com avaliações
entre o Satisfaz e o Bom), com participações ativas mas não
frequentes nas aulas onde colocam questões que nem sempre são
pertinentes.
Revelaram facilidade em integrar-se no grupo de trabalho
participando de forma interessada, empenhada e cooperativa na
realização do trabalho de grupo, evidenciando, no entanto, algumas
dificuldades em demonstrar o espírito crítico.
O seu desempenho na realização do trabalho foi melhorando.
Aquando da apresentação revelaram estar preparados, com um
discurso bem estruturado rico em conteúdos temáticos pertinentes
sobre o tema em estudo.
B3; C1;
C3; D1;
D2; E5
Alunos com resultados positivos nos testes de etapa (com avaliações
de Satisfaz), com participações ativas mas não frequentes nas aulas
onde, por vezes, demonstram dificuldade em comentar/abordar
determinados conteúdos. Um dos elementos encontra-se a repetir o
9º ano.
Revelaram facilidade em integrar-se no grupo de trabalho
participando de forma interessada, empenhada e cooperativa na
realização do trabalho de grupo. Tiveram, no entanto, algumas
dificuldades em demonstrar o espírito crítico.
Aquando da apresentação revelaram estar preparados, com um
discurso bem estruturado e rico em conteúdos temáticos
pertinentes sobre o tema em estudo.
B2; B4
Alunos com resultados que variam entre o Não Satisfaz e o Satisfaz
nos testes de etapa, com participações nas aulas que não são
frequentes e onde por vezes demonstram dificuldades em
comentar/abordar determinados conteúdos.
Não revelaram interesse nem se demonstraram empenhados na
realização do trabalho de grupo. Não demonstraram ser
cooperativos com os restantes elementos do grupo.
O seu desempenho foi irregular ao longo de todo o processo.
Aquando da apresentação revelaram estar preparados, através de um
discurso estruturado, com a abordagem de conteúdos temáticos
pertinentes sobre a temática em estudo.
A3; A4;
C2; E3
Alunos com resultados que variam entre o Não Satisfaz e o Satisfaz
nos testes de etapa, com participações nas aulas que não são
frequentes e onde, por vezes, demonstram dificuldades em
comentar/abordar determinados conteúdos. Dois dos elementos
encontram-se repetir o 9º ano.
Não revelaram interesse nem se demonstraram empenhados na
realização do trabalho de grupo.
Não demonstraram ser cooperativos com os restantes elementos do
grupo.
O seu desempenho foi irregular ao longo de todo o processo.
Aquando da apresentação revelaram estar pouco ou nada preparados,
A2, D3;
D4; E2;
E4; F3; F4
56
demonstrando-o através de um discurso pouco ou nada estruturado,
no qual foi evidente a ausência do vocabulário geográfico.
Como podemos verificar houve uma diversidade de comportamentos e
desempenhos que caracterizaram o trabalho de grupo realizado nesta turma. Para além
da dificuldade em construírem uma relação de parceria, também foi visível a
inexistência de método de trabalho destes grupos, ou seja, os grupos não sabiam por
onde, como e até quando começar a realizar o trabalho que lhes foi proposto. Todos
sabiam que tinham um trabalho para realizar, que conteúdos temáticos deveriam constar
da revista, os sites onde efetuar a pesquisa e o tempo que tinham para realizar o
trabalho, um total de três aulas e mais uma para a apresentação.
Depois de analisarmos os dados obtidos a partir dos documentos de auto e
heteroavaliação para chegarmos a uma avaliação final6, retiramos algumas conclusões:
os alunos apresentam dificuldades em avaliar com exatidão o trabalho que efetivamente
realizaram. Houve alunos que tiverem um desempenho positivo que contribuiu em
muito para o sucesso do grupo, mas que se autoavaliaram com níveis inferiores e o
inverso também acabou por ocorrer, já que alguns alunos não fizeram aquilo que era
suposto fazer no trabalho de grupo, mas que se autoavaliaram com níveis superiores que
não caracterizavam fielmente o trabalho realizado. Tivemos ainda a oportunidade de
verificar que, no concerne às heteroavaliações, os alunos ainda protegem muito os seus
colegas de grupo ao atribuírem-lhes classificações positivas quando o seu desempenho
não merecia tal avaliação. Esta situação também foi motivo de abordagem por parte da
professora numa das aulas, comunicando-lhes a importância de serem sinceros e de
refletirem sobre o seu trabalho e o trabalho desenvolvido pelos seus colegas, pois só
assim conseguirão melhorar o seu trabalho. Se os alunos realizaram uma auto e
heteroavaliação era precisamente para ajudarem a professora ser o mais justa possível
na avaliação de cada um dos elementos dos grupos, já que não consegue observar tudo
aquilo que se passa no seio dos grupos, e para refletirem sobre o trabalho que
desenvolveram e sobre o dos respetivos colegas que integraram o seu grupo.
6 A avaliação final atribuída a cada um dos elementos, como já referimos anteriormente, foi feita de uma
forma meramente qualitativa, não tendo sido seguido nenhum modelo rigoroso que alguns autores que
advogam a utilização da aprendizagem cooperativa utilizam.
57
4.2.2. Questionário
A análise dos resultados obtidos através da aplicação do questionário ao 9º 2 vai
ser feita segundo a ordem pela qual as questões foram colocadas.
No que respeita às questões de resposta aberta (ver anexo 6 a partir da p.109), foi
efetuada uma análise de conteúdo. Da análise feita à questão número 1, emergiram sete
categorias temáticas, que se subdividem em dezasseis subcategorias.
Como podemos verificar, duas das cinco categorias identificadas, a cooperação
e as relações interpessoais, surgem direcionadas para questões de sociabilidade e de
relação com o outro. As restantes três categorias, conhecimento/saber, método de
trabalho e desempenho, dizem respeito a questões metodológicas relacionadas com a
aquisição do saber geográfico, o método utilizado para construir o trabalho e o
contributo dos elementos ao longo do desenvolvimento da tarefa e a estratégia de
aprendizagem aplicada.
Tabela 2. Frequência dos temas identificados na questão 1 em Geografia
Como podemos verificar na Tabela 2, a categoria relações interpessoais foi a que
surgiu em grande parte das respostas. Os alunos focaram questões a aprendizagem
conjunta e a troca de ideias como podemos constatar nas seguintes expressões (ver
anexo 6.1 a partir da p.112):
-“…bom relacionamento entre os membros do grupo.”
-“…houve muita "discussão" em certas decisões do trabalho.”
-“ Conseguir de uma maneira coletiva e divertida, aprender a matéria.”
-“ …aproximação de cada elemento do grupo”.
Temas Respostas
n Percentagem
1.Conhecimento/Saber 8 16,7%
2.Cooperação 10 20,8%
3.Método de trabalho 6 12,5%
4.Relações interpessoais 18 37,5%
5.Desempenho 6 12,5%
Total 48 100%
58
-“ …entendíamo-nos bem e que todos contribuímos com as nossas ideias.”
-“ …interagimos com os elementos do grupo.”
A categoria cooperação também foi identificada como um dos aspetos positivos
na realização do trabalho de grupo. Muitos dos alunos referiram como foi importante
aprenderem a cooperar, a trabalhar em equipa com os colegas de grupo, uma barreira
ultrapassada por muitos, como fizeram questão o referir (ver anexo 6.1 a partir da
p.112):
-“Trabalhámos todos em equipa.”
-“…foi havendo cooperação no grupo.”
-“…todos cooperar, (pouco mas fizeram-no).”
-“…trabalhamos em conjunto.”
-“…cooperação entre os membros do grupo.”
-“…trabalhar em conjunto com os colegas.”
A categoria conhecimento/saber surge como um dos aspetos positivos na
realização do trabalho de grupo. Os alunos deram uma importância significativa ao
conhecimento adquirido através das pesquisas nos sites que apresentavam uma
diversidade de conteúdos muito ampla de informações relativas ao tema explorado (ver
anexo 6.1 a partir da p.112):
-“…ficar a conhecer melhor os países que estudamos.”
-“ conhecer melhor o país em questão.”
-“… todos os conteúdos e mesmo curiosidades que aprendi com a realização do trabalho.”
-“ …o conhecimento que adquirimos.”
-“ …aprendemos várias coisas sobre o país que trabalhamos.”
Relativamente à categoria método de trabalho, os alunos fazem referência a uma
série de elementos que poderão contribuir em muito para o sucesso de um trabalho de
grupo, como a organização que foram construindo e as tarefas que cada um dos
elementos desempenhou, que contribuíram para a construção da Revista e do
PowerPoint (ver anexo 6.1 a partir da p.112):
59
-“ …soubemos organizarmo-nos.”
-“…cada um retirou a informação necessária para o trabalho e as tarefas foram divididas e
respeitadas.”
-“ …a realização da revista e do Power Point.”
Já em relação ao tema desempenho, os alunos refletiram sobre o contributo que os
colegas de grupo deram na realização do trabalho (ver anexo 6.1 a partir da p.112):
-“ Toda a gente trabalhou e se esforçou para obter boa nota.”
-“ Todos colaboraram uns mais e outros menos.”
-“ …cada um desempenhou bem as suas tarefas e demonstrou interesse.”
-“ Todos os membros se esforçaram e trabalharam devidamente.”
-“ …todos trabalharam de forma e quantidade igual e houve organização.”
Relativamente à questão 2, em que era pedido aos alunos para referirem os
aspetos negativos na realização do trabalho de grupo, foram identificadas sete
categorias, como podemos verificar na tabela 3.
Tabela 3. Frequência dos temas identificados na questão 2 em Geografia
Temas Respostas
n Percentagem
1.Tempo 4 14,8%
2.Irresponsabilidade 5 18,5%
3.Desorganização 6 22,2%
4.Aprende-se pouco 1 3,7%
5. Ausência de cooperação 2 7,4%
6.Desigualdade 2 7,4%
7.Disputa 3 11,1%
8.Não houve aspetos
negativos
4 14,8%
Total 27 100%
A partir da análise da tabela 3 podemos constatar que a categoria desorganização
aparece como o aspeto negativo com maior número de ocorrências. Os alunos
salientaram que não conseguiram organizar-se para que o trabalho fosse realizado com
eficiência, revelando mesmo algumas dificuldades em desenvolverem o trabalho
60
segundo a estrutura proposta pela professora, o que acabou por se refletir em trabalhos
não concluídos e outros nitidamente copiados dos sites indicados. Alguns dos alunos
referiram mesmo que a impossibilidade de se encontrarem fora das aulas acabou por
influenciar negativamente o resultado final do trabalho. Sendo assim, podemos inferir
que para além dos alunos terem enraizada a ideia de que os trabalhos de grupo têm que
ser feitos fora das salas de aula, por outro lado não souberam aproveitar as aulas
calendarizadas para a realização do trabalho de grupo. Este facto também pode ficar a
dever-se à inexperiência que esta turma tem na realização de trabalho de grupo na
disciplina de Geografia (ver anexo 6.2 a partir da p.116):
-“ …tivemos no início do trabalho alguns problemas com a estrutura do trabalho.”
-“ apesar de no início da realização do trabalho estarmos um pouco desorientados depois
conseguimos manter a ordem.”
-“ Não termos possibilidade de nos encontrarmos fora da aula.”
-“ …houve um pouco de desorganização na parte da distribuição das tarefas a cada elemento
do grupo.”
-“ …um pouco de má organização, mas, também foi o 1º trabalho de grupo a Geografia.”
-“ …incapacidade de concentração aquando da realização do trabalho.”
-“ o facto de nós vivermos um pouco longe uns dos outros o que talvez tenha dificultado a
realização do trabalho.”
A irresponsabilidade é uma das categorias que mais se destaca como sendo um
dos aspetos negativos do trabalho de grupo. Quem esteve presente em todas as aulas de
trabalho de grupo pôde verificar, de facto, uma grande irresponsabilidade por parte de
quase todos os grupos ou por elementos de alguns grupos. Efetivamente, o 9º ano
poderá ser um ano difícil para se promover as relações sociais e ainda mais quando não
existe uma tradição nas aprendizagens através dos trabalhos de grupo. Os alunos
apresentam uma atitude de arrogância e uma indiferença em relação aos seus colegas,
caraterísticas particularmente visíveis na adolescência.
Vários foram os grupos que apontaram, de uma forma direta ou indireta, a
irresponsabilidade como um aspeto negativo (ver anexo 6.2 a partir da p.116):
-“ Falta de responsabilidade por parte de algumas pessoas.”
-“… não termos entregue no 1º dia previsto.”
-“ …alguns alunos trabalharem e outros ficarem à sombra da bananeira.”
61
-“ Houve um pouco de irresponsabilidade.”
A categoria tempo, também foi identificada como um dos aspetos negativos do
trabalho de grupo. De facto, foram alguns os alunos que consideraram o tempo
estipulado para a realização do trabalho de grupo foi curto, chegando mesmo alguns
deles a salientar a falta de tempo para se puderem reunir e finalizarem o trabalho, como
um dos aspetos negativos (ver anexo 6.2 a partir da p.116):
-“ …falta de tempo, quer dizer, o facto de os nossos horários e localidades não serem os
mesmos.”
-“ Devíamos ter trabalhado um pouco mais fora das aulas, mas não foi possível.”
-“ Pouco tempo para realizar o trabalho.”
-“ …não tivemos tempo suficiente para o realizar.”
A categoria disputa surge porque alguns alunos identificaram querelas entre
elementos e até entre grupos, o que acabou por contribuir para o insucesso do trabalho
de grupo. Um elemento chegou mesmo a referir que, aquando da apresentação do
trabalho de grupo, foi interrompido por outro elemento do grupo, não o deixando
terminar a sua apresentação (ver anexo 6.2 a partir da p.116):
-“ …outros grupos falarem do que se passa num trabalho que não o deles.”
-“ quando estavam a apresentar o trabalho quando ia falar não me deixavam.”
As categorias ausência de cooperação e desigualdade também surgem como
aspetos negativos do trabalho de grupo. Efetivamente, a cooperação, atitude de maior
relevância, acabou por ser pouco percetível através do olhar da professora; poucos
foram os alunos que cooperaram entre si, havendo mesmo alunos a trabalharem
isoladamente (ver anexo 6.2 a partir da p.116):
-“Os aspetos mais negativos foi a falta de cooperação do grupo.”
-“ …não cooperação com os colegas nas aulas.”
Relativamente à categoria desigualdade, os alunos salientaram o facto de haver
elementos que trabalharam mais do que outros dentro do grupo e com a atribuição
distinta de tarefas, pois quem tivesse maiores capacidades acabava por ficar com as
tarefas mais difíceis ou de maior responsabilidade (ver anexo 6.2 a partir da p.116):
62
-“ …não haver igual distribuição das tarefas devido à diferença de capacidade dos diferentes
membros do grupo.”
-“ Nem todos trabalharam o mesmo para o trabalho.”
-“ Todos sabiam que o tínhamos de fazer, mas ninguém me ligou a perguntar se precisava de
ajuda, e acabei por fazê-lo sozinha num fim de semana.”
Foi ainda identificada a categoria aprende-se pouco, já que um dos alunos
considerou que aprendeu pouco, tendo em conta o tempo “gasto” na realização do
trabalho de grupo (ver anexo 6.2 a partir da p.116):
-“… o que se aprende em relação ao tempo gasto.”
Relativamente à questão 3, de resposta fechada, em que se pretendia saber se os
alunos consideram ter aprendido mais, igual ou menos sobre o tema do que se tivesse
sido ensinado pela professora como sucede noutros casos, chegamos aos resultados da
tabela 4, após termos feito o tratamento dos dados.
Tabela 4. Se aprendeu mais com o trabalho de grupo do que e tivesse sido ensinado
pela professora.
Ao analisarmos a tabela 4, podemos verificar que 50% dos alunos, ou seja, metade
dos alunos da turma considera que no trabalho de grupo aprende-se mais. Este resultado
acabou por ser um pouco inesperado, tendo em conta a qualidade dos produtos finais,
Se aprendeu mais sobre o tema com
a realização do trabalho de grupo
do que se tivesse sido ensinado pela
professora Frequência Percentagem
No trabalho de grupo aprende-se
bastante mais
2 7,7
No trabalho de grupo aprende-se
mais
13 50,0
No trabalho de grupo aprende-se
tanto quanto noutras aulas
8 30,8
No trabalho de grupo aprende-se
menos
2 7,7
No trabalho de grupo aprende-se
bastante menos
1 3,8
Total 26 100,0
63
com trabalhos cujos conteúdos não atingiram os objetivos esperados, tendo sido mesmo
comunicado aos alunos que eles podiam ter feito melhor, já que dispunham de
informação e meios para tal. Contudo, também será importante referir que houve alunos
que no momento da apresentação do seu trabalho revelaram conhecimentos sobre a
temática em estudo, demonstrando ter havido aprendizagens a nível dos conteúdos
temáticos. Porém, também houve uma percentagem significativa de alunos que
consideram que no trabalho de grupo aprendem efetivamente o mesmo que numa aula
tradicional. Podemos ainda observar que apenas três num total de 26 alunos considera
ter aprendido menos ou bastante menos com a metodologia da aprendizagem
cooperativa por comparação com as outras aulas lecionadas pela professora.
No que respeita à pergunta 4, na qual se pretendia saber qual a sua opinião sobre o
modelo da diferenciação de notas, uma das características centrais da aprendizagem
cooperativa, os alunos dispunham de 5 alternativas de resposta, que variavam entre o
não gostarem nada de trabalhar segundo este modelo e o gostarem muito de trabalhar
segundo este modelo. Após o tratamento dos dados, obtivemos os seguintes resultados,
apresentados na Tabela 5.
Tabela 5. Se gosta de trabalhar segundo o modelo da diferenciação de notas
A partir da análise de Tabela 5 podemos referir que uma percentagem bastante
significativa, ou seja, mais de metade dos alunos, considera gostar ou gostar muito de
trabalhar em grupo segundo o modelo da diferenciação de notas. Este resultado já era
esperado, pois a professora escutou alguns comentários negativos sobre o trabalho de
grupo, considerado um método prejudicial para os resultados escolares que tinham
Se gosta de trabalhar segundo
este modelo Frequência Percentagem
Não gosto nada de trabalhar em
grupo desta forma.
2 7,7
Não gosto de trabalhar em
grupo desta forma.
3 11,5
É-me indiferente. 5 19,2
Gosto de trabalhar em grupo
desta forma.
11 42,3
Gosto muito de trabalhar em
grupo desta forma.
5 19,2
Total 26 100,0
64
atingido até então na disciplina de Geografia. Como já tivemos a oportunidade de referir
anteriormente, os alunos que apresentavam bons resultados escolares na disciplina de
Geografia tinham receio de serem prejudicados pelos colegas do grupo onde seriam
inseridos, já que antecipavam que uns iriam trabalhar mais do que outros e que no final,
provavelmente, acabariam todos por ter a mesma nota. As restantes percentagens
repartiram-se pelas outras opções, o que nos leva a pensar que talvez tenham sido
aqueles alunos que não se esforçaram tanto ou mesmo nada quanto poderiam na
realização do trabalho de grupo que consideram ser-lhes indiferente ou não gostarem de
trabalhar segundo o modelo da diferenciação de notas.
Contudo, é importante voltarmos a referir que este questionário foi aplicado antes
de a professora ter comunicado as avaliações do trabalho de grupo à turma, decisão que
terá condicionado os resultados nesta questão que, seguramente, seriam diferentes caso
os resultados individuais e coletivos fossem conhecidos antecipadamente.
4.3. O trabalho de grupo na disciplina de História na turma 8º 1
4.3.1. Caracterização da turma
A turma 8º1, constituída por 22 alunos (12 rapazes e 10 raparigas) é uma turma
heterogénea, com dois alunos oriundos de nacionalidade não portuguesa: um aluno
tailandês e uma aluna polaca. Integra esta turma um aluno com dificuldades motoras e
de comunicação, provocadas por uma doença grave que o impossibilita de interagir
mais com os colegas e ter uma participação ativa, dentro e fora da sala de aula.
Nesta turma conseguimos identificar claramente 5 alunos de elevado rendimento
académico, que obtêm bons resultados nas fichas de avaliação sumativa, sendo alunos
com participações ativas nas aulas, colocando questões pertinentes e respondendo a
tantas outras sempre que estas lhes são feitas. Existem ainda 14 alunos, que apresentam
características e comportamentos dentro da sala de aula distintos: desde os alunos que
são esforçados e que trabalham para conseguirem melhores resultados, com
participações assíduas mas nem sempre satisfatórias, até aos alunos que perturbam as
65
aulas e apresentam dificuldades em permanecerem atentos. Dos 22 alunos podemos
ainda identificar 3 que apresentam dificuldades no processo de aprendizagem. São
alunos com dificuldades na interpretação dos diferentes documentos históricos e na
articulação dos diferentes conteúdos, revelando mesmo algum desinteresse nos
conteúdos que são abordados nas aulas.
4.3.2. Constituição dos grupos
Tal como aconteceu em Geografia, na turma 9º2, na disciplina de História os
grupos foram constituídos após os alunos preencherem o inquérito sociométrico (ver
anexo1), um momento que se revelou diferente e especial para os alunos, pois como eles
chegaram a referir, nunca ninguém nos tinha perguntado com quem gostaríamos de
trabalhar em grupo, apenas constituíam os grupos e pronto. Como já estávamos no
final do ano letivo foi mais fácil constituir os grupos, que se pretendiam heterogéneos,
uma vez que conhecíamos melhor as caraterísticas dos alunos.
Na aula que antecedeu o início do trabalho de grupo foi comunicado à turma os
elementos que constituíam cada um dos cinco grupos, quais os objetivos do trabalho e a
postura que cada um dos elementos deveria assumir para que o resultado final de cada
uma das tarefas fosse resultado de uma equipa que trabalhou em prol de um objetivo
comum. Mais uma vez foi utilizado como exemplo as equipas de futebol, que embora
sejam constituídas por jogadores de diferentes nacionalidades, culturas e costumes, com
personalidades e habituados a métodos de trabalhos distintos, têm que trabalhar em
equipa para conseguirem vitórias.
A cada um dos elementos dos grupos foi distribuída uma folha onde podiam
escrever o nome dos colegas de grupo e o nome do grupo, para além de lhes serem
dados alguns conselhos para o bom funcionamento do grupo, a temática que iria ser
desenvolvida no trabalho e os critérios de avaliação com o peso que cada um teria para a
avaliação final. Com os critérios de avaliação pretendíamos mostrar aos elementos que
o trabalho de grupo deve ser encarado com seriedade, rigor e dedicação, para que no
final os objetivos definidos fossem atingidos, mas igualmente identificar os indicadores
que serviriam para realizar o processo de avaliação (ver anexo 8). Nesta aula foi visível
a expetativa e o entusiasmo de praticamente todos os grupos e curiosidade em relação às
tarefas que tinham pela frente, comportamentos completamente diferentes daquelas que
tínhamos verificado em Geografia, na turma 9º2. Os alunos mostraram estar
66
predispostos para realizar as tarefas que a professora tinha preparado para os grupos
concretizarem, o que acabou por ser um bom ponto de partida.
4.3.3. A finalidade e o conteúdo do trabalho de grupo
A aplicação do trabalho de grupo na turma 8º1 concretizou-se apenas no terceiro
período, com a realização de três tarefas diferentes, que permitiram a exploração dos
conteúdos programáticos referentes à Unidade Didática – G1: A Revolução Agrícola e o
Arranque da Revolução Industrial, mais especificamente os conteúdos do subtema A
Revolução Industrial em Inglaterra.
O trabalho de grupo teve início no dia 10 de maio, às 11h.00, numa aula de 45
minutos (ver anexo 7), com a alteração da estrutura da sala de aula, como podemos ver
na figura 4, para que todos os grupos pudessem desenvolver as diferentes tarefas em
parceria, facilitando o contacto ocular e discutindo face a face as diversas etapas do
trabalho, potenciando assim as relações interpessoais.
Seguidamente a professora distribuiu por cada um dos grupos a folha com a tarefa
(ver anexo 9) que tinham de realizar. Como orientadora e moderadora, a professora leu
com os grupos a finalidade da tarefa, que se resumia à resposta a duas questões: a
primeira tinha como conteúdo uma abordagem sobre a passagem da manufatura para a
maquinofatura e a segunda pedia aos grupos para identificarem a prioridade inglesa na
Figura 4. Esquema da organização dos grupos dentro da sala de aula de História.
67
Revolução Industrial. Neste momento da aula, a professora aproveitou ainda para tirar
algumas dúvidas, até porque também era a primeira vez que os grupos estavam
reunidos, sendo necessário aconselhá-los a partilharem as tarefas, a saberem escutar a
opinião de todos e impedir que fosse um aluno ou dois que respondesse às questões. Ao
fim de quinze minutos procedeu-se à correção da tarefa. Para que cada uma das
questões fosse devidamente corrigida e para que todos os grupos pudessem completar
ou corrigir as suas respostas, um elemento de cada um dos grupos, selecionado pela
professora, leu perante a turma a resposta elaborada pelo grupo.
Nos últimos minutos da aula foi distribuída pelos grupos a folha com a tarefa II
(ver anexo 9). Esta tarefa tinha como objetivo a preparação de uma apresentação em
PowerPoint sobre um invento técnico do século XVIII, que foi atribuído a cada um dos
grupos depois de um sorteio, com as seguintes informações: o autor da invenção, o ano
da invenção, as caraterísticas e finalidade do invento, e a importância que o invento
técnico teve no arranque da Revolução Industrial (ver anexo 7 a partir da p.120). Todos
os elementos tinham de fazer, em casa, uma pesquisa e trazer a informação na aula
seguinte para poderem selecionar e organizar a informação e prepararem a apresentação.
Logo no início da aula do dia 15 de maio, com duração de 90 minutos, após os
grupos terem organizado a sala de aula para poderem começar a trabalhar, a professora
passou por todos os grupos, registando se algum dos elementos não tinha realizado a
pesquisa sobre o invento técnico do século XVIII (ver anexo 7 a partir da p.120).
Depois de prepararem a apresentação, ao longo de 30 minutos, cada um dos
grupos, segundo uma ordem indicada pela professora, fez a sua apresentação com uma
duração máxima de 10 minutos. Cada um dos elementos tinha que ter uma participação
ativa na apresentação. Mais uma vez a professora registou os comportamentos e o
desempenho dos elementos no momento da apresentação. Terminadas as apresentações
e depois de feita uma síntese das informações transmitidas através das apresentações
dos grupos, a professora distribuiu a folha com a tarefa III (ver anexo 9 a partir da
p.132) com todas as indicações para a realização da mesma. Nesta terceira e última
tarefa, os grupos tiveram que criar uma dramatização/encenação, com um texto criativo,
em que estivessem presentes os conteúdos sobre as transformações ocorridas com a
Revolução Industrial a nível da produção, da sociedade e do ambiente. A partir da
leitura e interpretação de documentos escritos e iconográficos, os grupos identificaram e
reuniram uma série de conteúdos programáticos, permitindo-lhes, assim, retirar a
informação necessária para a criação dos textos. Esta tarefa, para além de permitir a
68
mobilização e a utilização de uma série de conteúdos históricos, também possibilitou
que os grupos se envolvessem em algo de diferente e original que lhes estimulasse a
criatividade, uma dimensão ainda muito desvalorizada no contexto escolar, mas que
num futuro muito próximo, será um veículo para a entrada no mundo do trabalho destes
jovens.
Na aula do dia 17 de maio, com a duração de 45 minutos (ver anexo 7 a partir da
p.120), os grupos continuaram a trabalhar na criação da dramatização/encenação. Esta
tarefa foi bem aceite pelos grupos, havendo mesmo elementos que chegaram a comentar
com professora que não sabiam que também se podia aprender História desta forma.
Os grupos mobilizaram uma série de conteúdos, aplicaram-nos na construção dos
textos, criaram cenários de fundo, para tornarem a atuação mais real e criativa, e
procuraram sons para que a cena fosse emotiva e original.
Antes da aula do dia 22 de maio ter início (ver anexo 7 a partir da p.120), a
professora aproveitou o intervalo para organizar a sala de aula, com a ajuda de alguns
alunos, de forma a criar-se um espaço onde os grupos pudessem atuar e um outro espaço
onde os restantes se pudessem sentar, constituindo a plateia, enquanto esperavam pela
sua vez de apresentar a sua dramatização/encenação. Todos os grupos tiveram um
máximo de 10 minutos para fazer a sua apresentação; contudo, nem todos a fizeram,
havendo um grupo que, por falta de um dos elementos, não apresentou o trabalho final.
À medida que os grupos iam fazendo as suas apresentações a professora ia tirando notas
sobre o desempenho de cada um dos elementos e registava os conteúdos históricos
focados ao longo das apresentações. No final, e depois de serem feitas algumas
observações sobre as apresentações, com algumas achegas sobre a forma como os
grupos aplicaram os conteúdos históricos nas encenações, a estrutura da sala de aula
voltou à sua forma original, sendo dados alguns minutos aos alunos para refletirem
sobre o seu desempenho ao longo do trabalho de grupo, o contributo de cada um na
realização das diferentes tarefas e a relação que foi estabelecida entre os elementos. De
seguida, a professora distribuiu a ficha de auto e heteroavaliação (ver anexo 11 a partir
da p.144) a cada um dos elementos. Aquando da avaliação final, a professora analisou
cada uma das fichas e comparou-as com os registos feitos ao longo das aulas de trabalho
de grupo.
69
4.4. Resultados do estudo na disciplina de História
4.4.1. Análise das grelhas de avaliação e dos documentos de auto e
heteroavaliação
Ao longo das quatro aulas em que a turma 8º1 trabalhou em grupo, várias foram
as grelhas de avaliação (ver anexo 10 a partir da p.136) que acompanharam as
observações da professora, para que houvesse uma avaliação contínua, sistemática e
rigorosa do desempenho de cada um dos elementos dos 5 grupos. Como já foi referido
anteriormente, a estrutura da sala de aula contribuiu em muito para uma melhor
mobilidade da professora entre os grupos, facilitando o auxílio e orientações, sempre
que se impunham pertinentes e necessárias.
A avaliação formativa e contínua é uma das funções dos professores, sempre que
aplicam o trabalho de grupo nas aulas. Dar importância aos gestos, reações, emoções e
ao trabalho desenvolvido pelos alunos, é muito importante para que possamos, em
conjunto com os alunos, melhorar determinados comportamentos individuais e de grupo
(Santoro, Santos & Borges).
Fazendo uma análise geral da aplicação do trabalho de grupo desta turma
podemos concluir que as expetativas foram superadas (ver Tabela 6) e que de facto é
possível desenvolver as temáticas segundo a estratégia da aprendizagem cooperativa,
havendo grupos que se uniram em prol do sucesso da sua equipa. Contudo, é óbvio que
nem todos os alunos tiverem os mesmos comportamentos dentro do grupo, chegando
mesmo a haver um pequeno conflito no seio de um dos grupos. Este conflito surgiu
porque o grupo, constituído por dois rapazes e duas raparigas, se dividiu em dois tendo
como critério o género dos elementos. Ao observar que o grupo se tinha dividido num
grupo de rapazes e outro de raparigas, depois de se deparar com respostas diferentes na
Tarefa I, a professora tentou perceber e escutar os dois lados para poder ultrapassar este
problema. Na Tabela 6 podemos analisar o desempenho dos elementos de todos os
grupos de uma forma simples e objetiva.
70
Tabela 6. Resultados obtidos após análise das grelhas de avaliação – 8º 1
Comportamentos e desempenhos identificados Elementos
Alunos com resultados positivos nas fichas de avaliação (com
avaliações entre o Bom e o Muito Bom), com participações ativas
e frequentes nas aulas, onde colocam questões e discutem
assuntos pertinentes.
Revelaram ser verdadeiros líderes, impulsionadores, animadores e
dinamizadores do grupo.
O seu desempenho foi evidente e contínuo ao longo da realização
das tarefas.
Demonstraram saber cooperar com os restantes elementos do
grupo, partilhando os seus conhecimentos e ideias e auxiliando
aqueles que apresentavam mais dificuldades.
Demonstraram ser comunicativos, estabelecendo um diálogo
frequente com os colegas de grupo e aquando das apresentações
utilizaram o vocabulário específico da disciplina, através de um
discurso estruturado.
A1; A3; A5;
B3; C1;C3;
D3
Alunos com resultados positivos e negativos (com avaliações entre
o Não Satisfaz e Satisfaz nas fichas de avaliação); apresentam,
por vezes, dificuldades em realizar algumas atividades relativas à
disciplina..
O seu desempenho foi evidente e contínuo ao longo da realização
das tarefas.
Revelaram empenho na realização das diferentes tarefas.
Demonstraram saber cooperar com os restantes colegas de grupo,
respeitando as suas ideias e o auxílio que lhes era prestado ao
longo da realização das tarefas.
Apresentam ainda algumas dificuldades em comunicar,
nomeadamente na apresentação dos trabalhos.
A2; A4; B4;
C5; E2; E3
Alunos com resultados positivos e negativos (com avaliações entre
o Não Satisfaz e Satisfaz nas fichas de avaliação), que
importunam várias vezes as aulas de História, com comentários
desadequados e, por vezes, apresentam-se distantes em relação
aos assuntos abordados nas aulas.
Demonstraram, por vezes, não saber respeitar o trabalho
desenvolvido pelos colegas de grupo, nem o trabalho dos
restantes grupos, aquando das suas apresentações.
O seu desempenho foi irregular.
Demonstraram não saber cooperar com os colegas de grupo.
Revelaram ser pouco comunicativos e aquando das apresentações
houve uma ausência na utilização do vocabulário específico da
disciplina.
B1; B2; E1;
E4
Aluno com resultados negativos (com avaliações de Não Satisfaz
nas fichas de avaliação) e que, por vezes, tem uma presença
distante nas aulas de História, não sendo uma figura assídua nas
aulas, o que acaba por dificultar o seu sucesso na disciplina.
Demonstrou ter-se integrado no grupo.
D2
71
O seu desempenho no trabalho de grupo foi irregular ao longo da
realização das diferentes tarefas, embora tenha contribuindo e
participado de forma discreta na concretização das mesmas.
Revelou ter dificuldades em comunicar, quer com os colegas de
grupo quer nas apresentações que fez perante as turmas.
Aluno com resultados positivos (com avaliações entre o Satisfaz e
o Bom nas fichas de avaliação). As dificuldades físicas que
possui não lhe permitem participar como os restantes colegas nas
aulas.
Ao longo do trabalho de grupo não foi possível identificar nenhum
tipo de comportamento, apenas a sua responsabilidade de trazer
materiais para a realização das tarefas e o facto de ter participado
na apresentação da encenação/dramatização com uma pequena
personagem o que acabou por ser gratificante para quem aplicou
a estratégia da aprendizagem cooperativa.
C2
Depois de compararmos as grelhas de avaliação da professora com os dados das
fichas de auto e heteroavaliação conseguimos verificar que os alunos fizeram uma
avaliação do seu desempenho e do desempenho dos colegas de grupo muito semelhante
às observações que a professora fez ao longo das aulas de trabalho de grupo. Há apenas
que destacar os alunos as autoavaliações feitas pelos elementos B1 e B2, que, como já
tivemos a oportunidade de verificar, não conseguiram aproveitar as vantagens que
existem no trabalho de grupo organizado segundo os princípios da aprendizagem
cooperativa. Estes dois elementos autoavaliaram-se de uma forma que não correspondia
em nada com os seus desempenhos.
4.4.2. Questionário – 8º1
Ao contrário da metodologia seguida na disciplina de Geografia (9º2), em que o
questionário foi aplicado no mesmo dia do preenchimento das fichas de auto e
heteroavaliação, na disciplina de História do 8º 1 a recolha de dados (ver anexo 12 a
partir da p.147) foi realizada após os alunos terem conhecimento das avaliações obtidas
no trabalho de grupo.
Relativamente à questão 1, em que era pedido aos alunos para referirem os
aspetos positivos na realização do trabalho de grupo, foram identificados, após
procedermos ao tratamento da informação cinco categorias (ver Tabela 7).
72
Tabela 7. Frequência das categorias identificadas na questão 1 na turma 8º1
Como podemos verificar a categoria cooperação foi o aspeto positivo mais
referido pelos alunos. De facto, os alunos frisaram que o trabalho de grupo na disciplina
de História fomentou a partilha, o aprender a trabalhar em grupo, dando grande
relevância à importância do trabalho de equipa, como um forte elemento para o sucesso
de cada uma das tarefas realizadas (ver anexo 12.1 a partir da p.150):
-“Os aspetos positivos são: coordenamos bem…”
-“Podemos todos cooperar para um bom trabalho…”
-“O grupo trabalhou bem em equipa, todos cooperaram, todos se esforçaram. …”
-“…os elementos do grupo que todos juntos conseguimos cooperar bem.”
-“Ouve muita cooperação com os colegas.”
-“Aprender a cooperar com os colegas.”
-“…trabalhamos bem em grupo.”
-“Havia bastante cooperação entre todos os elementos do grupo.”
-“Ouve cooperação entre todos, e todos tiveram ideias e partilharam-nas.”
-“Os aspetos positivos na realização do trabalho de grupo foi a cooperação que ouve entre nós
todos…”
Os alunos revelaram terem gostado de participar no desenvolvimento das quatro
tarefas, criadas com o objetivo de estimular o trabalho de equipa, mas também, através
da sua realização, mobilizar uma série de conteúdos históricos relacionados com o
arranque da Revolução Industrial. Assim, a categoria estratégia de aprendizagem surge
em destaque, como um dos aspetos positivos na realização do trabalho de grupo (ver
anexo 12.1 a partir da p.150):
Temas Respostas
n Percentagem
Cooperação 14 38,9%
Estratégia de aprendizagem 10 27,78%
Relações interpessoais 9 25,00%
Contributo dos elementos 2 5,56%
Não houve aspetos positivos 1 2,78%
Total 36 100%
73
-“O tema do trabalho…”
-“Na realização do trabalho de grupo, os aspetos positivos são estarmos um pouco mais livres
do que nas aulas normais.”
-“Os aspetos que considero positivos que ao realizar este trabalho de grupo foram: apresentar
o power point sobre a máquina a vapor, foi divertido o teatro…”
-“Os aspetos positivos na realização do trabalho de grupo foram (…) a maneira como as aulas
foram dadas.”
-“Gostei (…) do trabalho que fizemos.”
-“Gostei bastante das atividades desenvolvidas durante estas aulas.”
-“…mas eu gostei mais do teatro, foi engraçado, divertido.”
Para alunos também se revelou importante poderem partilhar ideias, discutir uma
série de questões, chegar a acordo, aprender a respeitar métodos de trabalho e
adaptarem-se a eles, para que houvesse um bom ambiente de trabalho. Daí ter sido
identificada a categoria relações interpessoais como um dos aspetos positivos deste
trabalho (ver anexo 12.1 a partir da p.150):
-“Os aspetos positivos são: (…) concordámos com as ideias uns dos outros e demos bem uns
com os outros.”
-“Os aspetos positivos na realização do trabalho de grupo foram trabalhar com a (…) uma
grande amiga e além disso mantém o grupo em ordem.”
-“Gostei da interação que tivemos; gostei de estarmos todos em sintonia.”
-“Acho que o melhor do trabalho de grupo foi ouvir a opinião dos outros colegas de grupo e
acrescentar a minha também.”
-“Respeito pela opinião dos colegas.”
-“Os aspetos que considerei mais positivos na realização do trabalho de grupo foi discutir
como iríamos realizar a peça de teatro.”
A categoria contributo dos elementos surge, embora em menor percentagem,
como aspetos positivos do trabalho de grupo, sendo dada importância ao trabalho
desenvolvido pelos elementos (ver anexo 12.1 a partir da p.150):
-“Todos os elementos trabalharam.”
-“Todos os elementos cumpriram com as tarefas.”
Ao analisarmos a Tabela 7 podemos ainda verificar que houve um aluno que
referiu não ter havido aspetos positivos na realização do trabalho de grupo.
74
No que diz respeito à questão 2, na qual era pedido aos alunos para exporem os
aspetos menos positivos na realização do trabalho de grupo, foram nove as categorias
identificadas (ver Tabela 8).
Tabela 8. Frequência das categorias identificadas na questão 2 na turma 8º1
A categoria não houve aspetos menos positivos foi aquela que os alunos
destacaram mais na resposta à questão 2. De facto, e se tivermos presente a análise que
a professora fez do desempenho de cada um dos grupos, podemos concluir que a maior
parte dos grupos os grupos trabalhou como uma verdadeira equipa, com elementos
muito empenhados em estabelecer relações de comunicação com os restantes elementos,
recetivos às ideias dos colegas de grupo, e que revelaram ter sido significativo,
prazeroso e diferente terem podido realizar as tarefas numa estrutura de parceria.
As categorias divergências entre elementos e desigualdade surgem como dois dos
aspetos menos positivos, o que acaba por ser expetável porque, de facto, estes alunos
estão a desenvolver a capacidade de trabalhar em conjunto, o que implica uma
aprendizagem para, nomeadamente, saber lidar com pequenos conflitos devido às
diferenças de opinião que inevitavelmente surgem, às cedências que devem ser feitas
com o objetivo de chegar a um consenso ou ao empenho desigual que cada um
evidencia na realização das tarefas. Conseguir lidar com estas e outras variáveis é
difícil e os alunos desta turma referiram-no (ver anexo 12.2 a partir da p.154):
Temas Respostas
n Percentagem
Não houve aspetos menos
positivos 9 37,50%
Dependência 1 4,17%
Falta 1 4,17%
Excesso de informação 1 4,17%
Divergências entre elementos 4 16,67%
Desigualdade 4 16,67%
Tempo 1 4,17%
Estratégia de aprendizagem 1 4,17%
Ausência de cooperação 2 8,33%
Total 24 100%
75
-“Os aspetos negativos foi ter de trabalhar com o (…) e o (…). Eles ainda foram fazendo
alguma coisa, mas mesmo assim não gostei de trabalhar com eles.”
-“Os aspetos menos positivos é que às vezes as opiniões diferentes criaram uma pequena
confusão.”
-“Os aspetos menos positivos foi quando a (…) e a (…) decidiram separar o grupo em
duas partes.”
-“As discussões que tivemos por causa do (…) e o (…) não fizeram nada no início do
trabalho.”
O facto de haver elementos que não revelaram o mesmo empenho na realização
das tarefas fez com que alguns alunos considerassem esse comportamento prejudicial
para o grupo, identificando-o como um dos aspetos menos positivos na realização do
trabalho de grupo. Daí ter sido criada a categoria desigualdades (ver anexo 12.2):
-“Gostei menos do (…), porque achei que ele não contribuiu muito para a concretização
dos trabalhos que fizemos ao longo de algumas aulas.”
-“A falta de trabalho de um dos elementos do grupo.”
-“Para mim os menos positivos foram que um do grupo não fez quase nada, mas
respeitou as ideias.”
Se muitos foram os alunos que focaram a importância da cooperação, houve uma
pequena percentagem, correspondente a dois alunos, que referiu não ter havido
cooperação no seu grupo, pelo menos numa determinada fase do trabalho de grupo (ver
anexo 12.2):
-“Que na primeira parte não trabalhamos em grupo.”
-“Não cooperamos.”
As categorias dependência, falta, tempo e estratégia de aprendizagem, aparecem,
embora com um muito menor número de ocorrências, como aspetos menos positivos.
De todas estas categorias vamos apenas destacar a categoria dependência, porque um
dos alunos considera que ao estar integrado num grupo o seu trabalho e o resultado final
acaba por ficar dependente do trabalho de terceiros (ver anexo 12.2):
-“Na realização do trabalho de grupo, os aspetos negativos são, eu não gostar
de trabalhar em grupo, pois o nosso trabalho torna-se dependente do trabalho dos outros e por
vezes não fica tão bem um trabalho em grupo como um trabalho individual, devido aos colegas
de trabalho.”
76
No que concerne à questão 3, em que era perguntado aos alunos se
consideravam ter aprendido mais sobre o tema com a realização do trabalho de grupo do
que se tivesse sido ensinado pela professora, verificámos, após os tratamento dos dados,
que os alunos consideram ter aprendido mais ou até bastante mais sobre a temática com
a estratégia aplicada (ver Tabela 9).
Tabela 9. Se aprendeu mais sobre o tema com a realização do trabalho de grupo do que
se tivesse ensinado pela professora
Os resultados obtidos com esta questão acabaram por confirmar aquilo que já
anteriormente foi referido relativamente à outra turma. De facto, os grupos puderam
explorar uma série de conteúdos programáticos relacionados com temática em estudo
que provavelmente não seriam referenciados nas aulas em que o modelo expositivo é
utilizado. Devemos lembrar-nos que os alunos para concretizarem as diferentes tarefas
tiveram que ler vários documentos, retirar deles os conteúdos importantes, fazer
pesquisas sobre inventos técnicos do XVIII, partilhando com toda a turma informações
sobre quem o criou e quando o criou, para além de terem de explicar qual a finalidade
daqueles inventos técnicos. Ou seja, houve um enriquecimento e uma mobilização de
competências e de informações que talvez nas outras aulas não teria sido possível
abordar devido, principalmente, à pequena carga letiva que existe para um programa tão
extenso como é o da disciplina de História. Relativamente à questão 4 os alunos
revelaram claramente que gostam ou gostam muito de trabalhar segundo o modelo da
diferenciação de notas (ver Tabela 10).
Se aprendeu mais sobre o tema com
a realização do trabalho de grupo do
que se tivesse sido ensinado pelo
professor Frequência Percentagem
No trabalho de grupo aprende-se
bastante mais.
7 31,8
No trabalho de grupo aprende-se
mais.
8 36,4
No trabalho de grupo aprende-se
tanto quanto noutras aulas.
3 13,6
No trabalho de grupo aprende-se
menos.
3 13,6
No trabalho de grupo não se aprende
nada.
1 4,5
Total 22 100,0
77
Tabela 10. Se gosta de trabalhar segundo o modelo da diferenciação de notas.
Se gosta de trabalhar segundo o
modelo da diferenciação de notas Frequência Percentagem
Não gosto de trabalhar em grupo
desta forma.
1 4,5
É-me indiferente. 2 9,1
Gosto de trabalhar em grupo desta
forma.
10 45,5
Gosto muito de trabalhar em grupo
desta forma.
9 40,9
Total 22 100,0
Contudo, quando pedimos aos alunos para justificarem a opção escolhida na
questão 4, verificamos que uma percentagem considerável acabou por não responder
àquilo que lhes era pedido (ver Tabela 11), o que nos faz refletir se a questão estaria
bem elaborada. Porém, será importante referir que após ter sido entregue o questionário
aos alunos a professora leu-o com os alunos explicando aquilo que era pretendido em
cada uma das questões.
Tabela 11. Frequência das categorias identificadas na questão 4.1 na turma 8ª1.
Temas Respostas
n Percentagem
Aquisição de
conhecimentos 5 16,67%
Auto e heteroavaliação 3 10,00%
Colaboração 1 3,33%
Estratégia de aprendizagem 6 20,00%
Diversidade de informação 1 3,33%
Cooperação 2 6,67%
Convívio 3 10,00%
Diferenciação de notas 4 13,33%
Rejeição 1 3,33%
Divergências 1 3,33%
Elogio 1 3,33%
Indiferença 2 6,67%
Total 30 100%
78
Como podemos observar nas Tabela 11, após a feita a análise de conteúdo, foram
identificadas uma série de categorias que não correspondem ao que era pedido na
questão, havendo apenas duas categorias relacionadas com as opções selecionadas na
questão 4: auto e heteroavaliação e diferenciação de notas. Na categoria auto e
heteroavaliação os alunos focaram a importância de poderem avaliar o seu trabalho e o
trabalho dos colegas de grupo, até porque, como já foi referido anteriormente, o
professor não consegue observar tudo aquilo que ocorre no seio de um grupo. Embora
existam casos em que a auto e heteroavaliação não coincidam de todo com o
desempenho do aluno, noutros casos o professor pode esclarecer dúvidas e atribuir uma
classificação que reflita melhor o desempenho individual no seio do trabalho de grupo
(ver anexo 12.3 a partir da p.158):
-“Gosto mais de trabalhar em grupo desta forma porque assim podemos dizer se todos os
elementos de grupo cooperaram na realização e representação do trabalho de grupo.”
-“Gosto de trabalhar em grupo desta forma, porque ao fim podemos dar a nossa opinião
do trabalho que os restantes membros fizeram, para que a avaliação não seja injusta com os
colegas.”
-“Gosto de trabalhar em grupo desta forma pois cada um pode atribuir e dar a nota que
realmente o outro merece.”
-“É bom, porque nos avaliamos mutuamente.”
Relativamente à categoria diferenciação de notas, os alunos focaram que é assim
que deve ser, cada um deve ter a nota que realmente merece. Como tivemos a
oportunidade de verificar, uma das razões pelas quais os alunos rejeitam o trabalho de
grupo é o facto de acontecer, na maior parte dos casos, os membros dos grupos terem a
mesma nota no final de trabalho, nota essa que muitas vezes não corresponde ao
desigual investimento de cada um dos elementos (ver anexo12.3):
-“Apesar de eu não gostar de trabalhar em grupo, a maneira como a professora avaliou
os alunos para mim foi a melhor, porque assim a nossa nota não fica tão dependente do
trabalho dos nossos colegas.”
-“Escolhi aquela resposta (gosto de trabalhar em grupo desta forma) porque é assim que
deve ser feito.”
79
-“Eu gosto de trabalhar e grupo desta forma, porque os que trabalham mais têm de ter a
sua recompensa, e os que trabalharam menos têm a nota que merecem segundo o que fizeram
para a concretização do trabalho.”
-“Gosto de trabalhar em grupo desta forma porque assim ficamos a saber melhor como
trabalhar em grupo e acho que a avaliação assim é mais justa porque não é justo que uns
membros do grupo sejam prejudicados por causa de outros ou serem beneficiados e não
fazerem nada.”
-“Quem não trabalha recebe as notas que merece pois a professora não vê tudo…”
Fazendo uma análise geral dos resultados obtidos com a aplicação do questionário
em História ao 8º1, podemos concluir que esta turma gostou de trabalhar em grupo,
tomando consciência de que é importante para eles partilhar os saberes, permitindo-lhes
desenvolver uma série de capacidades que lhes dará ferramentas para melhorarem o seu
desempenho escolar, para além de desenvolverem a capacidade de relacionamento
interpessoal. Aquilo que é diferente acaba por cativar a atenção daqueles que por vezes
estão um pouco afastados dos assuntos que são explorados nas aulas, e foi o que
aconteceu, embora tenhamos tido alguns casos de alunos que não corresponderam às
nossas expetativas, como já tivemos a oportunidade de referir anteriormente.
80
Considerações finais
Com a realização deste estudo não se pretendeu defender que a aprendizagem
cooperativa é melhor do que o método competitivo e individualista. Não se pretendeu,
igualmente, sustentar que este modo de trabalho pedagógico substitua todas as outras
estratégias de ensino-aprendizagem. O que se pretendeu, tão só, foi promover as
relações interpessoais e estimular uma série de capacidades que serão muito importantes
para a vida dos alunos, para além de tentarmos perceber se houve aprendizagens
significativas em relação às temáticas exploradas nos trabalhos de grupo.
Todos nós sabemos como é cada vez mais difícil e exigente o mundo do trabalho
e a vida em comunidade nas sociedades contemporâneas e como as competências
sociais e cívicas assumem, neste contexto, uma particular importância. É certo que já
existem vários estudos que demonstram as vantagens que aprendizagem cooperativa
assume ao nível do desempenho académico, já que pode ajudar os alunos, quando
aplicada em sala de aula, a melhorar o seu desempenho escolar. O nosso propósito foi o
de identificar as vantagens que esta estratégia de aprendizagem pode trazer às
disciplinas de História e de Geografia, através de um estudo de caso que foi
anteriormente apresentado. Como este foi o primeiro ano em que a professora teve
contato com o exigente, complexo mas muito gratificante e desafiante “mundo” da
docência, mais especificamente na lecionação das disciplinas de História e Geografia,
na qual aplicou a estratégia da aprendizagem cooperativa pela primeira vez, várias
foram as limitações encontradas após uma análise reflexiva de todo este percurso. E,
pegando nas ideias de Johnson e Johnson (1999), não é fácil utilizar esta estratégia de
aprendizagem e, provavelmente, só daqui a alguns anos, já com alguma experiência
com este modo de trabalho pedagógico, é que serão ultrapassadas as dificuldades que
enfrentámos e superadas as nossas lacunas . Para concluirmos este trabalho, vamos
fazer uma análise simples e objetiva sobre a aplicação da aprendizagem cooperativa:
primeiro na disciplina de Geografia e em seguida na disciplina de História.
Como a disciplina de Geografia foi a primeira disciplina onde aplicamos a
estratégia em estudo, julgamos que já seria de esperar alguns aspetos fossem menos
conseguidos, até porque é com a prática e com a identificação dos erros cometidos que a
utilização de uma determinada metodologia vai sendo aperfeiçoada. Assim, será
importante começarmos por analisar a planificação que a professora fez para que a
81
aprendizagem cooperativa fosse aplicada. Quando falamos em planificação estamos a
falar de recursos utilizados, da organização da sala de aula, da estrutura das aulas e dos
conteúdos a serem explorados, para além, claro está, da comunicação que foi
estabelecida com os grupos e a avaliação que foi efetuada ao longo de todo o processo.
A professora planificou quatro aulas para que o trabalho de grupo fosse realizado: três
aulas em que os grupos estivessem reunidos para construir o trabalho final, mais uma
aula para a apresentação dos trabalhos, que depois acabou por se prolongar por mais por
mais quarenta e cinco minutos numa outra aula. Os grupos sabiam o desafio que tinham
pela frente e para que este fosse concretizado tinham de recolher informação seguindo
uma série de procedimentos, até chegarem ao resultado final. Ora, como nós já tivemos
a oportunidade de referir anteriormente, os alunos da turma não tinham hábitos de
trabalho de grupo. Contudo, a professora não estruturou as aulas para que os grupos
tivessem um período limitado de tempo para concluir cada uma das etapas do trabalho
de grupo. Provavelmente se isso tivesse sido feito não teríamos verificado a
desorganização em relação aos procedimentos a realizar.
De igual forma, também achamos pertinente salientar que a estrutura da sala de
aula dificultou o diálogo e a discussão de ideias, já que os elementos estavam de frente
para os computadores e não de frente com os restantes elementos, facto que condicionou
fortemente a comunicação, a partilha de ideias e a cooperação. Porém, esta situação
também aconteceu porque não era possível alterar a estrutura da sala de aula, não sendo
possível retirar os computadores dos seus lugares, recurso importante para a realização
do trabalho.
Relativamente à disponibilidade dos alunos em relação ao trabalho de grupo,
voltamos a referir que a maioria dos alunos não demonstrou predisposição para
trabalhar num grupo, constituído por elementos com capacidades diferentes das suas.
Talvez porque aplicamos o trabalho de grupo num ano de escolaridade que por norma é
complexo porque os alunos encontram-se numa fase do seu desenvolvimento em que
estão muito centrados no seu “eu”, o que vulgarmente se designa, no campo da
psicologia, por egocentrismo adolescente.
Como apreciação global do desempenho da turma 9º2, após termos feito a análise
dos dados recolhidos, podemos concluir que os alunos demonstraram-se sensíveis para a
importância do desenvolvimento de tarefas em equipa, referindo mesmo que aprendem
82
mais com o trabalho de grupo. No entanto, a falta de prática acabou por ser um fator que
influenciou, pela negativa, o resultado final. Os alunos consideram que cooperar é
importante, mas alguns alunos revelam que ainda existem dificuldades no
estabelecimento das relações interpessoais, como o diálogo, a partilha de ideias e a
resolução de conflitos, fundamentais para um bom resultado final.
Após termos refletido sobre os aspetos menos conseguidos na aplicação do
trabalho de grupo em Geografia, podemos referir que a aplicação do trabalho de grupo
em História acabou por se beneficiada. A estrutura da sala de aula, para além de
permitir uma melhor mobilidade da professora enquanto os grupos trabalhavam,
contribuiu para que os elementos construíssem um espírito de equipa, sendo facilitada a
interajuda, a comunicação, a discussão, a partilha e o auxílio.
A professora estruturou as aulas tendo em conta os conteúdos que queria que os
grupos explorassem e as características das tarefas, preocupando-se que elas fossem
diversificadas e estimulassem a criatividade dos alunos.
Julgamos que o sucesso que o trabalho de grupo teve na disciplina de História
também se ficou a dever à vontade que os alunos demonstraram em trabalhar em
equipa. Sabemos que podemos aplicar o trabalho de grupo com recursos variadíssimos,
criar uma série de situações que estimulem o desenvolvimento de um leque amplo de
capacidades, propondo-lhes a realização de tarefas criativas. Contudo, se os alunos não
se mostrarem com disposição para trabalhar em grupo, acabamos por encontrar um
obstáculo para o sucesso das nossas finalidades.
O facto de os alunos terem percebido que podiam crescer como indivíduos
capazes de participar na construção de algo em conjunto, contribuiu em muito para que
a aprendizagem cooperativa tivesse funcionado bem nesta turma.
Queremos ainda mencionar a dificuldade em encontrar bibliografia com modelos
que nos auxiliassem numa das partes mais importantes da aprendizagem cooperativa
que é a avaliação. De facto, uma das maiores dificuldades encontradas na realização
deste estudo, para além daquelas que já foram referidas anteriormente, foi o de construir
os instrumentos que nos permitissem avaliar de forma rigorosa o desempenho, o
comportamento e o trabalho realizado pelos alunos.
83
Embora tenhamos verificado que ainda existe um longo percurso a percorrer até
conseguirmos alcançar todas as vantagens que os investigadores da aprendizagem
cooperativa apresentam, muito devido a aspetos menos conseguidos na organização dos
trabalhos de grupo, não podemos deixar de apontar as vantagens que conseguimos
verificar à medida que os grupos iam trabalhando. Consideramos que conseguimos
consciencializar os alunos para as vantagens que existem em trabalhar em equipa, já que
são confrontados com uma série de ideias, de capacidades e de métodos de trabalho, que
os ajudarão a colmatar determinadas dificuldades, para além, claro está, de
desenvolverem a capacidade de relacionamento interpessoal e de cooperação.. De igual
forma, através desta abordagem pedagógica a professora consegue identificar melhor as
dificuldades e as capacidades de cada um dos elementos, procurando auxilia-los sempre
que pertinente, tendo ainda a vantagem de atribuir a todos os elementos o papel
principal na construção do trabalho final, não esquecendo, todavia, de diferenciar a
avaliação final de cada aluno em função da do seu grau de investimento.
Constatamos também que houve um crescente interesse em relação às temáticas
exploradas, muito devido ao próprio objetivo dos trabalhos de grupo. Sabemos que
algumas destas vantagens foram mais alcançadas numa disciplina do que noutra, mais
em alguns grupos e menos noutros, mas o importante a reter é que se começarmos a
aplicar de forma sistemática, estruturada e organizada a aprendizagem cooperativa, esta
metodologia poderá contribuir para a obtenção de melhores aprendizagens nas
disciplinas de História e de Geografia.
84
Referências bibliográficas
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Bessa, N., & Fontaine, A. M. (2002). Cooperar para aprender: Uma Introdução à
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modernidade crítica Educação Sociedade e Culturas, 18, 123-147.
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Geografia – Orientações Curriculares – 3º ciclo, Ministério da Educação: Departamento
da Educação Básica.
Coll, C., & Valls, E. (1992). Los contenidos en la Reforma: Enseñanza y aprendizaje de
conceptos, procedimentos y actitudes. Madrid:Santinalla
Costa, R. (2002). Aprender a cooperar e a trabalhar em grupo. Revista Portuguesa de
Investigação Educacional, 1, 79-88.
Dias, P. (2001). Comunidade de conhecimento a aprendizagem colaborativa. Redes de
aprendizagem, redes de conhecimento. Lisboa: Conselho Nacional de Educação.
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Johnson, D. W., & Johnson, R. T. (1999). Learning together and alone: Cooperative,
competitive, and individualistic learning. Massachuttes: Allyn and Bacon.
Morissette, D., & Gingras, M. (1999). Como ensinar atitudes: Planificar, Intervir,
Valorizar. Lisboa: Edições ASA
Monereo, C., & Gisbert, D. (2002). Procedimentos para a aprendizagem cooperativa.
São Paulo: Artmed Editora
Pato, M. (1995). Trabalho de grupo no Ensino Básico – Guia Prático para professora.
Lisboa: Texto Editora
Programa de História: Plano de organização do Ensino-aprendizagem, Ministério da
Educação: Departamento da Educação Básica, 4ª edição.
Ribeiro, C.M.C. (2006). Aprendizagem cooperativa na sala de aula: Uma estratégia
para aquisição de algumas competências cognitivas e atitudinais definidas pelo
Ministério da Educação. Dissertação de Mestrado em Biologia e Geologia para o
ensino. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real.
85
Santoro, M. F., Santos, N., & Borges, M. R. S. A Avaliação de estudantes em ambientes
de aprendizagem cooperativa apoiados por aomputadores. Retirado em 3/08/2012, na
World Wide Web (http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2010/02/02.pdf).
Scheibel, M. R., Silveira, R. M.C. F., Resende, L. M.,& Júnior, G. S. (2009).
Aprendizagem cooperativa: Uma opção metodológica para se trabalhar as questões da
ciência e da tecnologia nos cursos de formação de professores, R.B.E.C.T, 2, 75-87
Serra, A. P. L. B. (2007). Uma oficina de Formação de aprendizagem cooperativa:
Aspetos da lecionação da Matemática. Dissertação de Mestrado em Ensino das
Ciências. Universidade Aberta, Lisboa.
Slavin, R. E. (1995). Coperative Learning: Theory, Research, and
Practice.Massachusetts: Allyn and Bacon.
Slavin, R. (1985). Learning to cooperate, cooperating to learn. New York: Plenum
Press.
Anexo 1- Questionário sociométrico
Questionário
Já conheces os teus colegas de turma, pelo menos, desde o início do ano letivo. Ao longo
deste período relacionaste-te melhor com uns do que com outros.
1-Imagina que tens que realizar um trabalho de grupo. Indica, por favor, os 5 colegas, por
ordem de preferência, com quem mais gostarias de trabalhar:
1. _____________________________________
2. _____________________________________
3. _____________________________________
4. _____________________________________
5. _____________________________________
1.1-Indica agora, por ordem de preferência, aqueles colegas com quem preferirias não
trabalhar:
1. _____________________________________
2. _____________________________________
3. _____________________________________
4. _____________________________________
5. _____________________________________
OBRIGADO PELA TUA COLABORAÇÃO
Nome:_____________________________________________ Ano:____ Turma:___ Nº:_____
Data:___/___/___
Anexo 2- Planos de aula de Geografia
Escola Básica de Arrifana
Unidade Didática: Países desenvolvidos vs Países em desenvolvimento Ano:9º
Turma:2 Aula nº:33/34 Data: 16/01/2012
Sumário (Provável)
Intenções específicas
Organização e realização de trabalhos de grupo em torno da temática: Países desenvolvidos vs
Países em desenvolvimento.
Objetivos e competências
Saber
-Caracterizar os países
desenvolvidos, os países em
desenvolvimento, os países
emergentes e os países menos
desenvolvidos.
-Utilizar diferentes
indicadores, que permitam
analisarem o nível de
desenvolvimento dos países.
Saber fazer
-Utilizar vocabulário geográfico
em expressões orais e escritas
-Pesquisar e recolher informação
relacionada com o tema a ser
desenvolvido.
-Organizar a informação
recolhida.
Saber ser
-Demonstrar empenho
- Ser comunicativo
-Ter espírito crítico
-Ser cooperativo
- Revelar sensibilidade
C.E
g); j); k);
l);m); n);
o)
Conteúdos e competências
Temáticos
- Países desenvolvidos; países
emergentes; países em
desenvolvimento; países menos
desenvolvidos.
-Indicadores simples: Indicadores
demográficos; indicadores
socioculturais; indicadores
económicos; indicadores
políticos.
-Indicadores compostos: IDH;
IDG; IPH
Procedimentais
-Utilização do vocabulário
geográfico.
-Pesquisa e recolha de
informação.
-Organização da informação.
Atitudinais
-Empenho
-Comunicabilidade
-Espírito crítico
-Cooperação
-Sensibilidade
C. E
g); j); k);
l);m); n);
o)
Momentos Didáticos Cron. Recursos
-A professora dita aos alunos o sumário da aula anterior,
aproveitando para pedir aos alunos que relembrem os
conteúdos temáticos abordados nessa aula.
-A professora comunica aos alunos, que estes terão de
realizar nas próximas duas aulas um trabalho de grupo,
que terá como finalidade a criação de uma revista
intitulada “PAÍSES”, cujo conteúdo revelará o nível de
desenvolvimento de seis países a serem trabalhos por cada
um dos seis grupos.
-A professora forma os grupos de trabalho, atribuindo
ainda, um país a cada um dos grupos.
-Os grupos de trabalho reúnem-se, começando por
escolher um nome e imagem que identifique o grupo. A
professora entrega aos alunos um guião que os ajudará a
organizarem o trabalho que terão de realizar.
-Os grupos começam a pesquisar e a selecionar a
informação que lhes servirá como suporte para a
elaboração do trabalho escrito.
-Os alunos arrumam a sala de aula e registam o sumário
nos cadernos diários.
10min.
5min.
5min.
5min.
60min.
5min.
-Caderno diário
-caneta
-Folha com a
formação com
grupos
-Guião de apoio
aos grupos de
trabalho.
-Computadores
-Internet
Escola Básica de Arrifana
Unidade Didática: Países desenvolvidos vs Países em desenvolvimento Ano: 9º
Turma: 2 Aula nº:35/36 Data: 23/01/2012
Sumário (provável)
Continuação da realização dos trabalhos de grupo em torno da temática “Países desenvolvidos
vs Países em desenvolvimento”.
Intenções específicas
Objetivos e competências
Saber
-Caracterizar os países
desenvolvidos, os países em
desenvolvimento, os países
emergentes e os países menos
desenvolvidos.
-Utilizar diferentes
indicadores, que permitam
analisar o nível de
desenvolvimento dos países.
Saber fazer
-Utilizar vocabulário
geográfico em expressões
orais e escritas
-Pesquisar e recolher
informação relacionada com
o tema a ser desenvolvido.
-Organizar a informação
recolhida.
Saber ser
-Demonstrar empenho
- Ser comunicativo
-Ter espírito crítico
-Ser cooperativo
- Revelar sensibilidade
C.E
g); j); k);
l);m); n);
o)
Conteúdos e competências
Temáticos
- Países desenvolvidos; países
emergentes; países em
desenvolvimento; países
menos desenvolvidos.
-Indicadores simples:
Indicadores demográficos;
indicadores socioculturais;
indicadores económicos;
indicadores políticos.
Procedimentais
-Utilização do vocabulário
geográfico.
-Pesquisa e recolha de
informação.
-Organização da informação
Atitudinais
-Empenho
-Comunicabilidade
-Espírito crítico
-Cooperação
-Sensibilidade
C. E
g); j); k);
l);m); n);
o)
Momentos Didáticos Cron. Recursos
- A aula começa com a escrita do sumário da aula anterior.
-Os grupos partilham com toda a turma, aquilo que já foi feito para a
realização da revista “PAÍSES” com o objetivo de revelarem o nível
de desenvolvimento do país que lhes foi atribuído. Neste momento
poderão ser trocados experiências sobre a forma como está a decorrer
o trabalho de grupo; algumas dificuldades/dúvidas que existam sobre a
realização da pesquisa e do tratamento da infirmação que é diversa e deve
ter uma seleção rigorosa e criteriosa. A professora aproveita para dar alguns
conselhos, para que o trabalho seja desenvolvido da melhor forma possível.
-Os grupos de trabalho reúnem-se em frente aos computadores e continuam
o processo de recolha e tratamento de informação, que enriquecerá o
conteúdo de todas as revistas. Cabe à professora circular pelos diferentes
grupos, para retirar duvidas, dar algumas sugestões e partilhar com os
restantes grupos, informação que seja pertinente e relevante para a
concretização da revista. A professora regista ainda, o comportamento de
cada um dos elementos dos grupos, que posteriormente servirá para fazer
uma avaliação dos grupos e de cada um dos seus elementos.
- Os grupos arrumam a sala de aula e regressam aos seus lugares, para que
em conjunto seja elaborado o sumário da aula.
5min.
15min.
65min.
5min.
-Caderno
diário.
-Canetas
-Computadores
com internet.
- Pen drive
-Caderno
diário.
-Canetas.
Escola Básica de Arrifana
Unidade Didática: Países desenvolvidos vs Países em desenvolvimento Ano: 9º
Turma: 2 Aula nº:37/38 Data: 30/01/2012
Sumário (Provável)
Continuação da realização dos trabalhos de grupo, em torno da temática “Países
desenvolvidos vs Países em desenvolvimento”.
Intenções específicas
Objetivos e competências
Saber
Caracterizar os países
desenvolvidos, os países em
desenvolvimento, os países
emergentes e os países
menos desenvolvidos.
-Utilizar diferentes
indicadores, que permitam
analisar o nível de
desenvolvimento dos países.
Saber Fazer
-Utilizar vocabulário
geográfico em expressões
orais e escritas.
-Pesquisar e recolher
informação relacionada
com o tema a ser
desenvolvido.
-Organizar a informação
recolhida.
-Tratar a informação
recolhida.
Saber ser
-Demonstrar empenho
- Ser comunicativo
-Ter espírito crítico
-Ser cooperativo
- Revelar sensibilidade
C.E
g); j);
k);
l);m);
n); o)
Conteúdos e competências
Temáticos
Países desenvolvidos; países
emergentes; países em
desenvolvimento; países
menos desenvolvidos.
-Indicadores simples:
Indicadores demográficos;
indicadores socioculturais;
indicadores económicos;
indicadores políticos.
Procedimentais
-Utilização do vocabulário
geográfico.
-Pesquisa e recolha de
informação.
-Organização da
informação.
-Tratamento da
informação recolhida.
Atitudinais
-Empenho
-Comunicabilidade
-Espírito crítico
-Cooperação
-Sensibilidade
C.E
g); j);
k);
l);m);
n); o)
Momentos Didáticos Cron. Recursos
-A professora inicia a aula ditando o sumário da aula anterior para a
turma.
-Os grupos são questionados sobre o trabalho que está a ser
desenvolvido, para a criação da revista PAÍSES. Neste momento da
aula, a professora terá a oportunidade de perceber em que fase do
trabalho, os diferentes grupos se encontram, quais as dificuldades
inerentes a este tipo de trabalho, podendo dar sugestões para os
grupos enriquecerem o trabalho. Todos os elementos poderão dar
informações sobre a forma como o grupo se tem organizado e quais
as tarefas que cada um tem vindo a desempenhar. Cabe à professora
alertar os grupos, que esta é a última aula antes da apresentação dos
trabalhos, logo devem ter em consideração o tempo que lhes resta e
aproveitarem a aula, para começarem a finalizar o tratamento da
informação recolhida, estruturarem a revista e por último, prepararem
a apresentação. Ao longo da conversa que vai tendo com os grupos, a
professora vai registando a informação dada por eles, de forma a
comparar o processo evolutivo de trabalho de cada um dos grupos,
pois desde o início deste trabalho, tem vindo a registar toda a
informação de forma sistemática, para que a avaliação dos grupos e
de cada um dos seus elementos seja justa e adequada ao desempenho
de cada um.
-Os grupos reúnem-se em frente aos computadores para continuarem
o trabalho, com o objetivo de criarem uma revista, que elucidará os
seus leitores sobre o nível de desenvolvimento de alguns dos países
do planeta. A professora percorrerá e orientará todos os grupos,
verificando o trabalho que está a ser desenvolvido por cada um dos
elementos dos grupos, registando e fazendo uma avaliação das
atitudes e procedimentos de cada um, traduzidos em grelhas de
avaliação.
-Os grupos recolhem o material com o qual estiveram a trabalhar,
arrumam o local que utilizaram e escrevem o sumário da aula.
5 min.
15min.
65min.
5min.
-Caderno diário
-Caneta
-Computadores
-Internet
-Pens Drive
-Guião com
regras e
orientações
para o trabalho
de grupo.
-Caderno diário
-Caneta
Anexo 3- Regras e orientações para o com funcionamento do grupo
Escola Básica de Arrifana
Ano Letivo 2011/2012
Disciplina: Geografia
Tema: “Contrastes de Desenvolvimento – Países Desenvolvidos vs Países em
Desenvolvimento
Trabalho de grupo
Título do trabalho: _________________
Regras e orientações para a realização do trabalho de grupo
Título do trabalho de grupo:_________________
País a ser explorado pelo grupo:______________
Nome do grupo:__________________________
Os meus colegas de grupo:
Conselhos para o bom funcionamento do grupo:
Estipular, desde logo, as tarefas de cada um dos membros do grupo.
Resolver, através do diálogo, pequenos conflitos que possam surgir no grupo.
Escutar e respeitar as opiniões de todos os elementos do grupo.
Trabalhar em equipa é fundamental para o bom desempenho do grupo.
_____________________________________________________
_____________________________________________________
Regras para o trabalho de grupo:
O vosso trabalho será desenvolvido em torno da abordagem de indicadores elucidativos sobre a educação, saúde, política, demografia, economia, cultura,
sociedade, entre outros que considerem relevantes, do país atribuído (a cada um dos grupos).
Não existem regras para a capa do trabalho. No entanto, é importante referir que o grupo vai ter de fazer uma revista, logo seria importante que a vossa capa seja
apelativa e que revele os assuntos da revista.
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_____
O texto deve ser realizado em Times New Roman, tamanho 12, espaçamento 1,5 (linhas), justificado, sendo que os títulos dos artigos devem ser destacados a “bold”.
O trabalho deve ser paginado e limitado a 15 páginas.
A inserção de imagens deve ser criteriosa, com qualidade e devidamente legendadas, identificando o local, o ano e o assunto retratado.
As referências textuais a citações devem ser colocadas entre aspas; referindo em nota de rodapé, a origem do documento. Exemplo:
Livros
FERNANDES, Ana Luísa; CRUZ, Ermelinda Vilela (2003). Assimetrias: Contrastes de desenvolvimento. Porto: Porto Editora, 1ª Edição
Sites
Relatório do desenvolvimento Humano 2011. Retirado em 5/01/2012, na word wide web http://hdr.undp.org/en/media/HDR_2011_PT_Complete.pdf
Para que exista rigor no vosso trabalho, a consulta de informação na internet está limitada aos seguintes sites institucionais. As consultas de informação noutros
sites, deve ser criteriosa e fidedigna, com autorização prévia da professora.
Sites em que devem realizar a pesquisa:
http://hdr.undp.org/en/media/HDR_2011_PT_Complete.pdf (relatório do desenvolvimento Humano 2011)
http://observatorio-das-desigualdades.cies.iscte.pt/index.jsp?page=publications&id=13 (Observatório das desigualdades)
http://hdr.undp.org/en/reports/global/hdr2010/chapters/pt/(Human development reports)
http://www.indexmundi.com/ (Index Mundi)
O trabalho final deverá ser entregue, em papel, no dia 6 de fevereiro. O trabalho terá que ser apresentado à turma, no mesmo dia. A apresentação deve ser feita em
Power Point, de forma resumida, de modo a serem expostos os aspetos mais relevantes de cada país trabalhado. Cada grupo terá 15 minutos para apresentar o
trabalho
Critérios de avaliação:
Cooperação entre os membros do grupo – 45%
Rigor dos conteúdos do trabalho – 25%
Apresentação do trabalho – 15%
Domínio do vocabulário específico da disciplina – 15%
BOM TRABALHO
Anexo 4- Grelhas de avaliação utilizadas em Geografia
Anexo 5- Documentos de auto e heteroavaliação aplicados em Geografia
Fazendo uma reflexão sobre todo o trabalho que foi desenvolvido por ti e por todos
os elementos do teu grupo de trabalho, faz uma avaliação do teu desempenho e do
desempenho dos restantes elementos do grupo, colocando um X na classificação que
consideras correta, em cada um dos parâmetros de avaliação, que te são apresentados.
Começa por fazer a tua avaliação e, em seguida, faz a avaliação de cada um dos
elementos do grupo.
A minha avaliação do trabalho de grupo.
Tendo em conta a minha participação no trabalho de grupo acho que a minha
classificação deveria ser: (Assinala com um x a classificação que pensas merecer)
Disciplina:_______________________ Data:___/___/___ Ano:___ Turma:___
Nome do grupo:___________________________________________________________
Título do trabalho:_________________________________________________________
Nome:__________________________________________________________ Nº:______
Parâmetros de avaliação Insuficiente Suficiente Bom Muito bom
Revelei empenho ao longo da elaboração do
trabalho de grupo, com a participação na
concretização de diferentes tarefas.
Recolhi e organizei informação sobre o
tema.
Cooperei com os elementos do grupo, com
partilha harmoniosa das tarefas, troca de
ideias.
Demonstrei espírito crítico, apresentando
ideias e soluções, para a concretização e
sucesso do trabalho de grupo.
Respeita o trabalho e opinião dos restantes
elementos do grupo.
Escola Básica de Arrifana
Ano letivo 2011/2012
Insuficiente
Suficiente
Bom
Muito Bom
A avaliação dos meus colegas de grupo.
Nome do meu colega:________________________________________________ Nº:_____
Tendo em conta a participação do meu colega no trabalho de grupo acho que a sua classificação
deveria ser: (Assinala com um x a classificação que julgas o teu colega merecer).
Parâmetros de avaliação Insuficiente Suficiente Bom Muito bom
Revelou empenho ao longo da elaboração do
trabalho de grupo, com a participando na
concretização de diferentes tarefas.
Recolheu e organizou informação sobre o tema.
Cooperou com os elementos do grupo, com
partilha harmoniosa das tarefas, troca de ideias.
Demonstrou espírito crítico, apresentando ideias
e soluções, para a concretização e sucesso do
trabalho de grupo.
Respeitou o trabalho e opinião dos restantes
elementos do grupo.
Insuficiente
Suficiente
Bom
Muito Bom
Anexo 6- Questionário aplicado em Geografia
1-Quais os aspetos que consideras positivos na realização do trabalho de grupo?
2-Quais os aspetos que consideras negativos na realização do trabalho de grupo?
3-Consideras que o trabalho de grupo que realizaste fez com que aprendesses mais sobre o tema
escolhido do que se tivesse sido ensinado pelo professor conforme sucede noutros casos? (Assinala
a alternativa que melhor corresponde à tua opinião)
Disciplina:_______________________ Data:___/___/___ Ano:___ Turma:___
Nome do grupo:___________________________________________________________
Título do trabalho:_________________________________________________________
Nome:__________________________________________________________ Nº:______
No trabalho de grupo aprende-se bastante mais.
No trabalho de grupo aprende-se mais.
No trabalho de grupo aprende-se tanto quanto noutras aulas.
No trabalho de grupo aprende-se menos.
No trabalho de grupo aprende-se bastante menos.
No trabalho de grupo não se aprende nada.
O trabalho de grupo no qual participaste teve algumas características especiais. Uma dessas
características foi a de que os alunos avaliam no final a sua participação, assim como a dos seus
colegas. Esta apreciação pode fazer que nem todos os alunos tenham a mesma classificação,
sendo beneficiados os que trabalharam mais, tendo em conta as avaliações dos alunos assim
como a avaliação dos professores.
4-Gostas de trabalhar em grupo segundo este modelo? (Assinala a alternativa que melhor
corresponde à tua opinião)
Obrigado pela tua colaboração!
Não gosto nada de trabalhar em grupo desta forma.
Não gosto de trabalhar em grupo desta forma
É-me indiferente.
Gosto de trabalhar em grupo desta forma.
Gosto muito de trabalhar em grupo desta forma.
Anexo 6.1- Análise de conteúdo da questão 1
Nome do
grupo
Unidade de contexto Unidade de registo Subcategorias Categorias
c A pesquisa de informação ser
ampla; ficar a conhecer
melhor as países que
estudamos
a pesquisa de informação ser
ampla
informação
ampla
conhecimento/saber
ficar a conhecer melhor os
países que estudamos
conhecer
melhor o país
conhecimento/saber
C Trabalhámos todos em equipa
e soubemos organizarmo-nos.
Trabalhámos todos em equipa trabalho de
equipa
cooperação
soubemos organizarmo-nos. organização método de trabalho
C A estrutura do trabalho e a
cooperação e colaboração dos
elementos do grupo.
A estrutura do trabalho estrutura do
trabalho
método de trabalho
a cooperação e colaboração
dos elementos do grupo.
relação entre
os elementos
relações interpessoais
C Durante a realização do
trabalho foi havendo
cooperação no grupo, cada
um retirou a informação
necessária para o trabalho, as
tarefas foram divididas e
respeitadas, trabalhamos em
grupo, pesquisamos muita
informação, ninguém foi
individualista nem
"preguiçoso".
foi havendo cooperação no
grupo
trabalho de
equipa
cooperação
cada um retirou a informação
necessária para o trabalho as
tarefas foram divididas e
respeitadas
recolha da
informação
método de trabalho
trabalhamos em grupo trabalho de
equipa
cooperação
ninguém foi individualista
nem "preguiçoso".
relação entre
os elementos
relações interpessoais
A Um bom relacionamento dos
membros do grupo. Todos
cooperaram (pouco mas
fizeram-no).
bom relacionamento dos
membros do grupo
relação entre
os membros
relações interpessoais
todos cooperaram (pouco mas
fizeram-no)
trabalho de
equipa
cooperação
A No meu grupo houve um
certa união por parte de todos
os elementos do grupo, houve
muita "discussão" em certas
decisões do trabalho.
houve uma certa união por
parte de todos os elementos do
grupo
união do
grupo
relações interpessoais
houve muita "discussão" em
certas decisões do trabalho.
relação entre
os elementos
relações interpessoais
A Trabalhamos em conjunto, há
mais convívio e é mais
divertido trabalhar em grupo.
Trabalhamos em conjunto trabalho de
equipa
cooperação
há mais convívio convívio relações interpessoais
A O facto de proporcionar o
companheirismo e fornecer a
amizade e a relação com os
outros membros do grupo.
O facto de proporcionar o
companheirismo e fornecer a
amizade
promoção das
relações
relações interpessoais
a relação com os outros
membros do grupo.
promoção das
relações
relações interpessoais
E Toda a gente trabalhou e se
esforçou para obter boa nota.
Toda a gente trabalhou e se
esforçou para obter boa nota.
desempenho
dos alunos
desempenho
E Todos colaboraram uns mais
e outros menos.
Todos colaboraram uns mais e
outros menos.
desempenho
dos alunos
desempenho
E O trabalho de equipa, a
participação e a organização
do grupo.
trabalho em equipa trabalho de
equipa
cooperação
a participação e a organização
do grupo
desempenho
do grupo
desempenho
E Conseguir de uma maneira
coletiva e divertida, aprender
a matéria.
Conseguir de uma maneira
coletiva e divertida, aprender a
matéria.
promoção das
relações
relações interpessoais
E O facto de aprendermos um
pouco mais sobre este
assunto.
aprendermos um pouco mais
sobre este assunto.
aprender mais conhecimento/saber
D Considerei todos os aspetos
positivos como a realização
da revista e do Power Point, a
cooperação.
a realização da revista e do
Power Point
realização das
atividades
método de trabalho
a cooperação. trabalho de
equipa
cooperação
D Ficamos a conhecer melhor o
país em questão, e os seus
contrastes de
desenvolvimento.
conhecer melhor o país em
questão
conhecer
melhor o país
conhecimento/saber
D Os aspetos mais positivos
foram todos os conteúdos e
mesmo curiosidades que
aprendi com a realização do
trabalho. E também a
oportunidade de fazer algo
diferente como uma revista,
algo que nunca tinha feito.
todos os conteúdos e mesmo
curiosidades que aprendi com
a realização do trabalho
aprender mais conhecimento/saber
a oportunidade de fazer algo
diferente como a revista
trabalho
diferente
estratégia de
aprendizagem
D Organização do grupo e
interesse, ficamos a conhecer
melhor o interior do País
referente ao grupo.
organização do grupo organização método de trabalho
conhecer melhor o interior do
País referente ao grupo
conhecer
melhor o país
conhecimento/saber
B União, interajuda União interajuda união do
grupo
relações interpessoais
B Os aspetos que considerei
positivos na realização do
trabalho de grupo foi a
cooperação, união.
cooperação trabalho de
equipa
cooperação
união união do
grupo
relações interpessoais
B O meu grupo nas aulas
trabalhou muito bem e
demonstramos o que era a
cooperação e o trabalho de
grupo. Cada um
desempenhou bem as suas
tarefas e demonstrou
interesse. Todos os membros
se esforçaram e trabalharam
devidamente.
demonstramos o que era a
cooperação e o trabalho de
grupo
relação entre
os elementos
relações interpessoais
cada um desempenhou bem as
suas tarefas e demonstrou
interesse.
desempenho
dos alunos
desempenho
Todos os membros se
esforçaram e trabalharam
devidamente.
desempenho
dos alunos
desempenho
B A cooperação entre os
membros dos grupos.
cooperação entre os membros
dos grupos.
trabalho de
equipa
cooperação
Fn Houve cooperação, todos
trabalharam de forma e
quantidade igual e houve
organização e creio que todos
gostamos de fazer este
trabalho.
Houve cooperação relação entre
os elementos
relações interpessoais
todos trabalharam de forma e
quantidade igual e houve
organização
desempenho
dos alunos
desempenho
F O aspeto que considero
positivo na realização do
trabalho de grupo são
trabalhar em conjunto com os
colegas.
trabalhar em conjunto com os
colegas.
trabalho de
equipa
cooperação
F Na realização do trabalho de
grupo os apectos que
considero mais positivos é a
aproximação de cada
elemento do grupo, o
conhecimento que
adquirimos.
aproximação de cada elemento
do grupo
promoção das
relações
relações interpessoais
o conhecimento que
adquirimos.
saber
adquirido
conhecimento/saber
F Os aspetos positivos foram:
nos entendíamo-nos bem e
que todos contribuímos com
as nossas ideias.
entendíamo-nos bem e que
todos contribuímos com as
nossas ideias
promoção das
relações
relações interpessoais
F Os aspetos positivos são:
aprendemos várias coisas
sobre país que trabalhamos e
interagimos com os elementos
do grupo de uma melhor
forma.
aprendemos várias coisas
sobre o país que trabalhamos
conhecer
melhor o país
conhecimento/saber
interagimos com os elementos
do grupo
promoção das
relações
relações interpessoais
Anexo 6.2- Análise de conteúdo da questão 2
Nome
dos
grupos
Unidade de contexto Unidade de registo Subcategorias Categorias
C Além da falta de tempo, quer
dizer, o facto de os nossos
horários e localidades não
serem os mesmos. E tivemos
no início do trabalho alguns
problemas com a estrutura do
trabalho.
falta de tempo, quer dizer,
o facto de os nossos
horários e localidades não
serem os mesmos
falta de tempo tempo
tivemos no início do
trabalho alguns problemas
com a estrutura do trabalho
problemas de
estrutura do
trabalho
desorganização
C Houve falta de
responsabilidade por parte de
algumas pessoas
Falta de responsabilidade
por parte de algumas
pessoas.
irresponsabilidade
dos elementos
irresponsabilidade
C Não termos entregue no 1º
dia previsto.
não termos entregue no 1º
dia previsto
incumprimento do
tempo previsto
irresponsabilidade
C O trabalho foi essencialmente
positivo, na minha opinião,
apesar de no início da
realização do trabalho
estarmos um pouco
desorientados depois
conseguimos manter a ordem.
Devíamos ter trabalhado um
pouco mais fora das aulas,
mas não foi possível.
apesar de no início da
realização do trabalho
estarmos um pouco
desorientados depois
conseguimos manter a
ordem.
desorientação desorganização
Devíamos ter trabalhado
um pouco mais fora das
aulas, mas não foi possível.
falta de tempo tempo
A Pouco tempo para realizar o
trabalho. Não termos
possibilidade de nos
encontrarmos fora da aula.
Pouco tempo para realizar
o trabalho.
falta de tempo tempo
Não termos possibilidade
de nos encontrarmos fora
da aula.
impossibilidade de
se encontrarem
desorganização
A A meu ver houve um pouco
de desorganização na parte da
distribuição das tarefas a cada
houve um pouco de
desorganização na parte da
distribuição das tarefas a
desorganização desorganização
elemento do grupo. cada elemento do grupo.
A Talvez um pouco de má
organização, mas, também foi
o 1º trabalho de grupo a
Geografia.
um pouco de má
organização, mas, também
foi o 1º trabalho de grupo a
Geografia.
desorganização desorganização
A O facto de não haver igual
distribuição das tarefas
devido à diferença de
capacidade dos diferentes
membros do grupo; a
incapacidade de concentração
aquando da realização do
trabalho, pois surge um tema
de conversa que atrasa o
processo.
não haver igual
distribuição das tarefas
devido à diferença de
capacidade dos diferentes
membros do grupo;
diferença na
distribuição de
tarefas
diferentes
empenhos
incapacidade de
concentração aquando da
realização do trabalho
incapacidade de
concentração
desorganização
E Nenhum aspeto negativo há
para referir.
Nenhum aspeto negativo
há para referir.
E Organização. Organização desorganização desorganização
E À pessoas do grupo que
fogem às suas
responsabilidades, ou seja,
uns trabalham e outros não
fazem nada.
pessoas do grupo que
fogem às suas
responsabilidades
irresponsabilidade
dos elementos
irresponsabilidade
uns trabalham e outros não
fazem nada.
E Se calhar o que se aprende
em relação ao tempo gasto,
não tenho a certeza.
o que se aprende em
relação ao tempo gasto.
relação entre o
tempo gasto e o
que se aprende
aprende-se pouco
E O facto de alguns alunos
trabalharem e outros ficarem
à sombra da bananeira. O
facto de poucas vezes os
alunos do grupo estarem de
acordo.
alguns alunos trabalharem
e outros ficarem à sombra
da bananeira.
irresponsabilidade
dos elementos
irresponsabilidade
poucas vezes os alunos do
grupo estarem de acordo.
desacordo entre
elementos
disputa entre
grupos
D Nenhum nenhum
D Não considerei nada
negativo.
Não considerei nada
negativo
D Os aspetos mais negativos foi
a falta de cooperação do
grupo já que alguns
elementos pouco ajudaram
para a realização do mesmo.
falta de cooperação do
grupo
falta de cooperação ausência de
cooperação
D Nem todos trabalharam o
mesmo para o trabalho.
Nem todos trabalharam o
mesmo para o trabalho.
nem todos
trabalharam o
mesmo
diferentes
empenhos
B amizades, "queimas" entre
grupos, outros grupos falarem
outros grupos falarem do
que se passa num trabalho
intromissão dos
outros grupos
disputa
do que se passa num trabalho
que não o deles.
que não o deles.
B Os aspetos negativos é
quando estavam a apresentar
o trabalho quando ia falar não
me deixavam.
quando estavam a
apresentar o trabalho
quando ia falar não me
deixavam.
não a deixaram
falar
disputa
B Fora da aula, nenhum dos
membros se lembrou do
trabalho. Todos sabiam que o
tínhamos de fazer, mas
ninguém me ligou a perguntar
se precisava de ajuda, e
acabei por fazê-lo sozinha
num fim de semana.
Todos sabiam que o
tínhamos de fazer, mas
ninguém me ligou a
perguntar se precisava de
ajuda, e acabei por fazê-lo
sozinha num fim de
semana.
nem todos
trabalharam o
mesmo
diferentes
empenhos
B Nenhum. Nenhum
F Houve um pouco de
irresponsabilidade e nas
primeiras aulas houve
demasiada brincadeira.
Houve um pouco de
irresponsabilidade
irresponsabilidade
dos elementos
irresponsabilidade
F O aspeto que considero
negativo foi a falta de
organização.
falta de organização falta de
organização
desorganização
F Os aspetos que considero
negativos são o facto de
vivermos longe uns dos
outros, não termos horas
compatíveis.
vivermos longe uns dos
outros, não termos horas
compatíveis.
impossibilidade de
se encontrarem
desorganização
do grupo
F Os aspetos negativos foram: o
facto de nós vivermos um
pouco longe uns dos outros o
que talvez tenha dificultado a
realização do trabalho.
o facto de nós vivermos um
pouco longe uns dos outros
o que talvez tenha
dificultado a realização do
trabalho.
impossibilidade de
se encontrarem
desorganização
F Na realização deste trabalho,
negativamente não tivemos
tempo suficiente para o
realizar, a não cooperação
com os colegas nas aulas.
não tivemos tempo
suficiente para o realizar
falta de tempo tempo
não cooperação com os
colegas nas aulas.
não cooperação ausência de
cooperação
Anexo 7- Planos de aula de História
Ano/Turma : 8º1 Aula n.º: 87 Duração: 45 minutos Data: 10/05/2012
Sumário A Revolução Industrial em Inglaterra: condições e setores de arranque.
Trabalho de grupo
Motivação
Situação-Problema A máquina a vapor foi o motor da Revolução Industrial em Inglaterra.
Questões Orientadoras 1-Onde se localiza Inglaterra?
2-O que permitiu a passagem da manufatura para a maquinofatura?
3-O levou à prioridade inglesa na Revolução Industrial?
Metas de
aprendizagem
Conteúdos Indicadores de
Aprendizagem
Experiências de Aprendizagem Avaliação
Momentos Pedagógicos Recursos
Didáticos
Tratamento de
informação/Utilizaçã
o de fontes.
1-Ler e interpretar
documento escritos,
cujos conteúdos
abordem a prioridade
inglesa na Revolução
Industrial.
2-Analisar
documentos
iconográficos sobre a
manufatura e a
maquinofatura.
3- Sintetizar a
informação recolhida
A Revolução Industrial, que ocorreu no
século XVIII, consistiu na passagem da
manufatura para a maquinofatura.
Diversos foram as condições que
contribuíram para a prioridade inglesa na
Revolução Industrial, tais como:
Condições políticas
A paz política em que a Inglaterra
vivia desde o final do século
XVII.
Condições sociais
Vontade da nobreza e da
burguesia para investirem em
novas inovações.
A Revolução Agrícola que
disponibilizou mão-de-obra,
-Descreve em que
consistiu a passagem
da manufatura para a
maquinofatura.
-Explica os fatores
que contribuíram para
a prioridade inglesa
Os cinco grupos reúnem-se. Em seguida a
professora distribui a ficha com as atividades
a realizar, usando como recursos o manual
escolar com documentos escritos e
iconográficos, que lhes permitirão
desenvolver as atividades referentes à
passagem da manufatura para a
maquinofatura sobre a prioridade inglesa na
Revolução Industrial. A professora regista
nas grelhas de avaliação, o desempenho de
cada um dos elementos do grupo. (1);
(2);(3);(4);(5);(6)
2- A atividade é corrigida oralmente, através
das respostas dadas por cada um dos grupos,
que serão registadas e avaliadas pela
-PowerPoint
-Folha com
regras e
orientações para
o bom
funcionamento
do grupo.
-Ficha de
atividade com
questões para os
grupos
responderem.
-Manual escolar
-Serão avaliados o
empenho e a
cooperação dos
diferentes elementos
dos grupos, na
realização das
tarefas.
-Será avaliados a
utilização do
vocabulário
específico da
História, nas
sínteses elaboradas
pelos grupos com,
Palavras-chave
Revolução Industrial; Inglaterra;
Manufatura; maquinofatura;
A estagiária: Poliana Borges
através da análise do
documento e da análise
de imagens
Compressão histórica
contextualizada
4-Analisar em que
consistiu a passagem
da manufatura para a
maquinofatura.
5-Explicar a prioridade
inglesa na Revolução
Industrial.
Comunicação em
História
6- Utilizar diferentes
formas de
comunicação na
abordagem das
atividades.
facilitando o arranque da
Revolução Industrial.
Condições geográficas e naturais
A abundância de matérias-primas.
Condições económicas
A existência de um mercado forte
baseado no comércio colonial.
Existência de vias de
comunicação, que facilitavam a
circulação de produtos.
Condições técnicas
Criação de máquinas,
nomeadamente a máquina a
vapor.
Desta forma, a Inglaterra tornou-se o
primeiro país industrializado do mundo.
na Revolução
Industrial.
professora.(6)
3- A professora distribui pelos grupos, a
folha com a tarefa que terão de realizar na
próxima aula. Cada um dos grupos escolherá
um invento técnico do século XVIII, para
que, em casa, pesquisem informação sobre
esse invento técnico, que será sintetizada e
preparada um apresentação em Power Point,
na próxima aula.
págs.12 e 13:
docs.13, 14 e 15
-Folha com
atividade, que
será realizada na
próxima aula.
-Manual
escolar, pág.14:
doc.16.
os diferentes
assuntos a serem
abordados.
-Serão avaliados o
respeito e a
cooperação de cada
um dos elementos
dos grupos.
Bibliografia:
HOBSBAWN, Eric. J. (1992). A era das Revoluções: 1789-1848. Editorial Presença. 4ª edição
Ano/Turma : 8º1 Aula n.º:88 e 89 Duração: 90 minutos Data: 15/05/2012
Sumário A revolução Industrial em Inglaterra: progressos técnicos e alterações no regime de produção.
Trabalho de grupo.
Motivação
Situação-Problema Com o objetivo de aumentar a produção, reduzir os custos, melhorar os meios de transporte e facilitar a comunicação entre as pessoas, cientistas do
mundo todo inventaram importantes máquinas para a sociedade.
Questões Orientadoras 1-Quais os inventos técnicos do século XVIII?
2-Qual o contributo dos inventos técnicos para a Revolução Industrial?
3-Quais as transformações ocorridas com a Revolução Industrial, a nível da produção, da sociedade e do ambiente?
Metas de aprendizagem Conteúdos Indicadores de
Aprendizagem
Experiências de Aprendizagem Avaliação
Momentos Pedagógicos Recursos
Didáticos
Tratamento de
informação/Utilização de
fontes.
1-Sistematizar a informação
recolhida sobre os inventos
técnicos do século XVIII e os
seus contributos para o regime
de produção. Apresentação
dos grupos em Power Point.
2- Ler e interpretar
documentos escritos e
iconográficos sobre as
transformações ocorridas com
Os progressos técnicos do século XVIII
Ao longo do século XVIII, vários foram os inventos
técnicos criados como: a máquina a vapor (por James
Watt); a locomotiva (por Stephenson); a máquina de
fiar (por Richard Arkwright); o fabrico do ferro
fundido (por Abraham Darby) que permitiu a
construção da primeira ponte de ferro. Estes inventos
foram muito importantes para o desenvolvimento da
indústria têxtil e metalúrgica, permitindo a produção
de tecidos, ferro e máquinas em maior quantidade e
de melhor qualidade.
Também se verificou inovações nas vias de
comunicação, com a abertura de canais, a construção
-Indica os novos
inventos
técnicos do
século XVIII.
-Relaciona os
-Os grupos reúnem-se e a
professora verifica e regista se
todos os elementos trouxeram a
informação necessária para a
elaboração de uma apresentação em
Power Point, sobre os inventos
técnicos do século XVIII.
-Os grupos elaboram e preparam o
discurso para a apresentação em
Power Point (30 minutos). A
professora orienta e auxilia os
grupos, caso surja alguma dúvida,
registando ainda o comportamento
-Informação
recolhida
pelos
elementos dos
grupos sobre
os inventos
técnicos, em
casa.
-Computador
-Power Point
-Será avaliada a
responsabilidade
dos elementos dos
grupos, na recolha
da informação
necessária para a
elaboração de uma
apresentação em
Power Point.
-Serão avaliadas a
Palavras-chave
Progressos técnicos; regime
de produção; sociedade;
ambiente.
a Revolução Industrial, a
nível: da produção, da
sociedade e do ambiente.
3-Sintetizar a informação
recolhida através dos
documentos escritos e
iconográficos e criar uma
encenação/dramatização sobre
as transformações ocorridas
com a Revolução Industrial.
Compreensão histórica:
Contextualização
4-Referir a importância dos
inventos técnicos para a
Revolução Industrial.
5-Explicar as transformações
ocorridas com a Revolução
Industrial.
Comunicação em História
6- Utilizar diferentes formas
de comunicação na
abordagem das atividades da
aula.
de estradas e de caminhos-de-ferro.
As alterações no regime de produção, na
sociedade e no ambiente
As consequências da passagem da manufatura para a
maquinofatura foram evidentes nas alterações no
regime de produção, com a concentração de
máquinas e homens no mesmo local; a afirmação do
operário com a função de controlar a máquina; o
trabalho rotineiro do operário e a pouca intervenção
que este tinha na transformação/criação do produto,
produzido em série.
A paisagem também sofreu alterações, com a
concentração das fábricas, próximas das matérias-
primas, ou próximas dos portos ou mercados onde era
possível escoar os produtos, provocando o
crescimento desenfreado das cidades, que ficaram
cada vez mais poluídas, com os resíduos sólidos e
líquidos expelidos pelas fábricas, que poluíam o
ambiente.
No que respeita à sociedade, esta vivia nos subúrbios
das cidades, em bairros degradados sem higiene. Nas
fábricas, as condições de trabalho não eram as
melhores. Mulheres e crianças eram mal pagas e
trabalhavam em locais sem segurança.
inventos
técnicos com as
alterações no
regime de
produção.
-Refere as
transformações
ocorridas com a
Revolução
Industrial a
nível da
produção, da
sociedade e do
ambiente.
da cada uma dos elementos dos
grupos. (1)
-Ao longo de 5 minutos, cada um
dos grupos, faz uma apresentação
sobre o invento técnico do século
XVIII que selecionou. A professora
regista nas grelhas de avaliação o
desempenho de cada um dos
grupos. (1); (4); (6)
-A professora distribui a folha com
as indicações com a atividade que
cada um dos grupos terá que
realizar. Estes terão que criar uma
encenação/dramatização em que
estejam presentes os conteúdos
referentes às transformações
ocorridas com a Revolução
Industrial a nível do sistema de
produção, da sociedade e do
ambiente. Esta atividade terá como
recursos, documentos diversos.
(2); (3); (5); (6)
-Power Point
-Projetor
-Ficha com
orientações
para a
realização da
atividade
sobre as
transformaçõe
s ocorridas
com a
Revolução
Industrial.
-Manual
escolar,
págs.17, 18 e
19, docs.23,
criatividade, a
comunicabilidade
e a utilização do
vocabulário
específico da
disciplina na
apresentação dos
trabalhos.
-Serão avaliados o
empenho e a
cooperação dos
elementos dos
grupos, na
elaboração da
apresentação em
Power Point sobre
os inventos
técnicos para além
da criação de uma
encenação/dramati
zação sobre as
transformações
ocorridas com a
Revolução
Industrial.
24, 25, 26 e 27
-Caderno
diário
-Canetas
Ano/Turma : 8º1 Aula n.º:90 Duração: 45 minutos Data: 17/05/2012
Sumário Continuação do trabalho de grupo sobre: As transformações ocorridas com a Revolução Industrial.
Motivação Dramatização/encenação
Situação-Problema
Questões Orientadoras 1-Quais as transformações ocorridas com a Revolução Industrial, a nível da produção, da sociedade e do ambiente?
Metas de aprendizagem Conteúdos Indicadores de
Aprendizagem
Experiências de Aprendizagem Avaliação
Momentos Pedagógicos Recursos
Didáticos
Tratamento de
informação/Utilização de
fontes.
1- Ler e interpretar documentos
escritos e iconográficos sobre as
transformações ocorridas com a
Revolução Industrial, a nível: da
produção, da sociedade e do
ambiente.
2-Sintetizar a informação
recolhida através dos documentos
escritos e iconográficos e criar
uma encenação/dramatização
sobre as transformações
ocorridas com a Revolução
Industrial.
Compressão histórica:
Contextualização
A Revolução Industrial em Inglaterra
As alterações no regime de produção, na sociedade e no
ambiente
As consequências da passagem da manufatura para a
maquinofatura foram evidentes nas alterações no
regime de produção, com a concentração de máquinas e
homens no mesmo local; a afirmação do operário com a
função de controlar a máquina; o trabalho rotineiro do
operário e a pouca intervenção que este tinha na
transformação/criação do produto, produzido em série.
A paisagem também sofreu alterações, com a
concentração das fábricas, próximas das matérias-
primas, ou próximas dos portos ou mercados onde era
possível escoar os produtos, provocando o crescimento
desenfreado das cidades, que ficaram cada vez mais
poluídas, com os resíduos sólidos e líquidos expelidos
-Refere as
transformações
ocorridas com a
Revolução
Industrial a nível
da produção, da
sociedade e do
ambiente.
- Os grupos reúnem-se e a professora
verifica o trabalho desenvolvido por cada
um, orientando-os de forma a retirar
algumas dúvidas, para que o trabalho seja
enriquecido e direcionado para o objetivo
pretendido. Ao mesmo, tempo vai
registando nas grelhas de avaliação o
contributo de cada um dos elementos e o
trabalho já elaborado. (2)
-Os grupos continuam a trabalhar na
elaboração da encenação/dramatização,
tendo como fonte de inspiração e recurso os
documentos escritos e iconográficos do
manual escolar. Os alunos poderão pensar e
criar adereços, que possam tornar a
representação mais apelativa e criativa. A
professora continua a circular por cada um
dos grupos registando o trabalho
-Folha com regras
e orientações para
o bom
funcionamento do
grupo.
-Ficha com
orientações para a
realização da
atividade.
-Caderno diário
-Canetas
-Manual escolar,
págs.17, 18 e 19,
docs.23, 24, 25,
-Será avaliada a
cooperação entre
os elementos dos
grupos.
-Será avaliado o
empenho de cada
um dos elementos
dos grupos, na
realização da
atividade.
-Será avaliado o
respeito que cada
um dos elementos
dos grupos
demonstrara pelos
trabalho e ideias
Palavras-chave
Operário; poluição ambiental;
trabalho infantil
Bibliografia:
HOBSBAWN, Eric. J. (1992). A era das Revoluções: 1789-1848. Editorial Presença. 4ª edição
3-Explicar as transformações
ocorridas com a Revolução
Industrial.
Comunicação em História
4- Utilizar diferentes formas de
comunicação na e os conteúdos
da disciplina, na criação da
encenação/dramatização.
pelas fábricas, que poluíam o ambiente.
No que respeita à sociedade, esta vivia nos subúrbios
das cidades, em bairros degradados sem higiene. Nas
fábricas, as condições de trabalho não eram as
melhores. Mulheres e crianças eram mal pagas e
trabalhavam em locais sem segurança.
desempenhado por cada um. (1); (2); (3),
(4)
26 e 27
dos restantes
elementos.
Ano/Turma : 8º1 Aula n.º:91 e 92 Duração: 90 minutos Data: 22/05/2012
Sumário A Revolução Industrial em Inglaterra: Apresentação das encenações/dramatizações, sobre as transformações ocorridas com a Revolução Industrial.
Motivação Apresentação das dramatizações/encenações dos grupos.
Situação-Problema
Questões Orientadoras 1-Quais as transformações ocorridas com a Revolução Industrial, a nível da produção, da sociedade e do ambiente?
Metas de
aprendizagem
Conteúdos Indicadores de
Aprendizagem
Experiências de Aprendizagem Avaliação
Momentos Pedagógicos Recursos
Didáticos
Compressão
histórica:
Contextualização
1-Explicar as
transformações
ocorridas com a
Revolução Industrial.
Comunicação em
História
2- Utilizar diferentes
formas de
comunicação na
abordagem das
atividades.
A Revolução Industrial em Inglaterra
As alterações no regime de produção, na sociedade e no
ambiente
As consequências da passagem da manufatura para a
maquinofatura foram evidentes nas alterações no regime
de produção, com a concentração de máquinas e homens
no mesmo local; a afirmação do operário com a função de
controlar a máquina; o trabalho rotineiro do operário e a
pouca intervenção que este tinha na
transformação/criação do produto, produzido em série.
A paisagem também sofreu alterações com a
concentração das fábricas, próximas das matérias-primas,
ou próximas dos portos ou mercados onde era possível
escoar os produtos, provocando o crescimento
desenfreado das cidades, que ficaram cada vez mais
poluídas, com os resíduos sólidos e líquidos expelidos
-Refere as
transformações
ocorridas com a
Revolução Industrial
a nível da produção,
da sociedade e do
ambiente, sob a
forma de uma
encenação/dramatiza
ção.
-Os grupos reúnem-se e ultimam os preparativos
para as suas apresentações. A professora orienta
e esclarece alguns problemas que possam surgir.
-Os grupos iniciam as suas apresentações sobre
as transformações ocorridas com a Revolução
Industrial, a nível do regime de produção; da
sociedade e do ambiente. Todos os grupos terão
10 minutos para demonstrarem o trabalho
elaborado ao longo das últimas aulas. A
avaliação incidirá sobre a forma como os
conteúdos são mobilizados. Serão avaliadas a
originalidade e criatividade, assim como o
desempenho individual de cada um dos
elementos.
-Os alunos fazem a auto e heteroavaliação dos
elementos do grupo.
- Adereços
trazidos pelos
grupos.
-Power Point
-Será avaliada a cooperação
entre os elementos dos grupos.
-Será avaliada a utilização do
vocabulário específico da
disciplina.
-Serão avaliadas a
criatividade/originalidade das
dramatizações de cada um dos
grupos.
Palavras-chave
Operário; trabalho infantil; poluição
ambiental
pelas fábricas, que poluíam o ambiente.
No que respeita á sociedade, esta vivia nos subúrbios das
cidades, em bairros degradados sem higiene. Nas fábricas
as condições de trabalho não eram as melhores. Mulheres
e crianças eram mal pagas e trabalhavam em locais sem
segurança.
-Ficha de auto e
heteroavaliação.
Anexo 8- Regras e orientações para o bom funcionamento do grupo em História
Agora que vocês vão trabalhar como uma verdadeira equipa, sugiro-vos que sigam alguns conselhos para o bom
funcionamento do grupo: (podem acrescentar outros conselhos, que considerem ser importantes para o vosso grupo)
Estipular, desde logo, as tarefas de cada um dos elementos do grupo.
Resolver, através do diálogo, pequenos conflitos que possam surgir no grupo.
Escutar e respeitar as opiniões de todos os elementos do grupo.
Trabalhar em equipa é fundamental para o bom funcionamento e sucesso das atividades realizadas
pelo grupo.
Respeitar o tempo estipulado para a realização de cada uma das atividades.
________________________________________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________
Lembrem-se que o sucesso individual de cada um dos elementos representa o sucesso do grupo
e vice-versa.
Critérios de avaliação:
Cooperação entre os elementos do grupo – 45%
Rigor na aplicação do vocabulário específico da disciplina – 25%
Originalidade e criatividade na realização das diferentes atividades – 15%
Empenho na realização das diferentes atividades – 15%
Ao longo das próximas, serão vocês a construir o conhecimento em torno da subunidade didática: “A Revolução
Industrial” e, para isso, terão que recorrer à leitura e análise de documentos escritos e à interpretação de
documentos iconográficos, que se encontram no vosso manual escolar.
Nome:__________________________________________ Ano:_____ Turma:____ Nº:____ Data:___/___/___/
Nome do grupo:__________________________________________
Os meus colegas de grupo: _______________________________
_______________________________
_______________________________
_______________________________
_______________________________
_______
Anexo 9- Tarefas desenvolvidas em História
Parte I
1-Tendo em conta os docs. 13, 14 e 15 das páginas 12 e 13 do vosso manual respondam às seguintes questões:
1.1 – Indiquem em que se baseou a passagem da manufatura para a maquinofatura.
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
1.2 – Expliquem os fatores que contribuíram para a prioridade inglesa na Revolução Industrial.
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________
(A Parte I tem a duração de 15 minutos. Em seguida, procederemos à sua correção, oralmente.)
Bom trabalho!
Parte II
2- Cada um dos grupos terá que escolher um dos inventos técnico do séc. XVIII, representados em imagens
no doc. 16, da pág. 14 do manual escolar. Em casa, cada um dos elementos dos 5 grupos, terá que
pesquisar informação relativa ao invento técnico que o grupo escolheu, para que na próxima aula
selecionem e organizem a informação, por forma a prepararem uma apresentação de 5 minutos, em Power
Point. Caso a
vossa apresentação venha a conter imagens, terão que as trazer numa pen drive. A preparação para a
apresentação terá a duração de 30 minutos, na próxima aula. Sejam criativos na forma como vão apresentar o
vosso invento técnico.
Aspetos a focar sobre o invento técnico:
Autor da invenção.
Ano da invenção.
Características/finalidade do invento.
Importância que o invento teve no arranque da Revolução Industrial.
Bom trabalho!
Parte III
3- A partir da leitura e análise dos docs. 23, 24, 25, 26 e 27, das páginas 18 e 19 do manual, perceberão que
ao longo do período da Revolução Industrial, várias foram as transformações ocorridas na sociedade (alterações
nas condições habitacionais; exploração do trabalho infantil, da mão-de-obra; condições de trabalho desumanas);
no regime de produção (passagem da manufatura para a maquinofatura; substituição dos artesãos pelos
operários; organização do trabalho, tornando-o mais rentável); na paisagem citadina e no ambiente (alteração
da paisagem citadina, prevaleciam as chaminés das fábricas, que poluíam os rios e o ar, tornando as cidades
cinzentas). Tendo em conta todos estes
fatores, desafio-vos que os utilizem na criação de uma dramatização/encenação. Espero que sejam criativos e
originais e lembrem-se que são uma equipa, logo, com o contributo de todos, o resultado final será excelente.
Sugestões para a criação da dramatização/encenação:
Relembrar e consultar os conteúdos das atividades realizadas nas últimas aulas.
Focar o máximo de assuntos, que considerem importantes sobre a Revolução Industrial.
Todos os elementos do grupo terão que ter uma participação ativa na preparação e apresentação da
dramatização/encenação.
A vossa apresentação não poderá ter mais que dez minutos por isso, quando criarem a vossa
dramatização/encenação terão que ter em conta o fator tempo.
O grupo pode discutir a possibilidade de trazer adereços/ acessórios no dia da apresentação, por
forma a torna-la mais apelativa a realista.
Bom trabalho!
Anexo 10- Grelhas de avaliação utilizadas em História
Anexo 11- Documentos de auto e heteroavaliação aplicados em História
Fazendo uma reflexão sobre todo o trabalho que foi desenvolvido por ti e por todos os elementos do teu grupo de trabalho,
faz uma avaliação do teu desempenho e do desempenho dos restantes elementos do grupo. A presente ficha premir-te-á
avaliar a tua contribuição, assim como a dos restantes elementos do teu grupo, em relação às atividades desenvolvidas em
grupo.
A minha avaliação do trabalho de grupo
Assinala com um círculo as seguintes questões:
1-Empenhei-me em desenvolver um trabalho em equipa? 1 2 3 4 5
2- Cooperei com os elementos do grupo na realização das atividades? 1 2 3 4 5
3-Apresentei ideias e soluções para a concretização das atividades? 1 2 3 4 5
4- Recolhi e organizei informações importantes para a concretização das atividades? 1 2 3 4 5
5- Respeitei a opinião e o trabalho desenvolvido pelos restantes elementos do grupo? 1 2 3 4 5
A minha avaliação global:______________________________
(escolhe um dos termos da escala indicada em baixo)
Muito Bom – Fiz muito bem o trabalho que me competia. Mostrei-me muito empenhado e participativo/a na realização das
atividades e fui muito cooperante com os colegas do grupo.
Bom – Fiz o que era suposto fazer. Mostrei-me empenhado e participativo na realização das atividades e fui cooperante
Satisfaz – Nem sempre fiz o que era suposto fazer. Por vezes, empenhei-me e cooperei com os colegas, na realização das
atividades.
Não Satisfaz – Participei muito pouco na realização das atividades e, nem sempre cooperei com os colegas do grupo.
Disciplina:_______________________ Ano:_____ Turma:_____ Nº:_____ Data:___/___/___
Nome do grupo:________________________________________________________________________
Nome:_______________________________________________________________________ Nº:______
1 – nunca 2 – raramente 3 – algumas vezes 4 – bastantes vezes 5 – sempre
A avaliação dos meus colegas de grupo
Nome do colega:__________________________________________________ Nº:____
Assinala com um círculo as seguintes questões:
1-Empenhou-se em desenvolver um trabalho em equipa? 1 2 3 4 5
2- Cooperou com os elementos do grupo na realização das atividades? 1 2 3 4 5
3-Apresentou ideias e soluções para a concretização das atividades? 1 2 3 4 5
4- Recolheu e organizei informações importantes para a concretização das atividades? 1 2 3 4 5
5- Respeitou a opinião e o trabalho desenvolvido pelos restantes elementos do grupo? 1 2 3 4 5
A avaliação global do meu colega:______________________________
(escolhe um dos termos da escala indicada em baixo)
Muito Bom – Fez muito bem o trabalho que me competia. Mostrou-se muito empenhado e participativo na realização das
atividades e foi muito cooperante com os colegas do grupo.
Bom – Fez o que era suposto fazer. Mostrou-se empenhado e participativo na realização das atividades e foi cooperante
Satisfaz – Nem sempre fez o que era suposto fazer. Por vezes, empenhou-se e cooperou com os colegas, na realização das
atividades.
Não Satisfaz – Participou pouco na realização das atividades e, nem sempre cooperou com os colegas do grupo.
Nome do colega:__________________________________________________ Nº:____
Assinala com um círculo as seguintes questões:
1-Empenhou-se em desenvolver um trabalho em equipa? 1 2 3 4 5
2- Cooperou com os elementos do grupo na realização das atividades? 1 2 3 4 5
3-Apresentou ideias e soluções para a concretização das atividades? 1 2 3 4 5
4- Recolheu e organizou informações importantes para a concretização das atividades? 1 2 3 4 5
5- Respeitou a opinião e o trabalho desenvolvido pelos restantes elementos do grupo? 1 2 3 4 5
A minha avaliação global:______________________________
(escolhe um dos termos da escala indicada em baixo)
Muito Bom – Fiz muito bem o trabalho que me competia. Mostrou-se muito empenhado e participativo na realização das
atividades e foi muito cooperante com os colegas do grupo.
Bom – Fiz o que era suposto fazer. Mostrou-se empenhado e participativo na realização das atividades e foi cooperante.
Satisfaz – Nem sempre fez o que era suposto fazer. Por vezes, empenhou-se e cooperou com os colegas, na realização das
atividades.
Não Satisfaz – Participou pouco na realização das atividades e, nem sempre cooperou com os colegas do grupo.
1 – nunca 2 – raramente 3 – algumas vezes 4 – bastantes vezes 5 – sempre
1 – nunca 2 – raramente 3 – algumas vezes 4 – bastantes vezes 5 – sempre
Anexo 12- Questionário aplicado em História
1-Quais os aspetos que consideras positivos na realização do trabalho de grupo?
2-Quais os aspetos que consideras menos positivos na realização do trabalho de grupo?
3-Consideras que o trabalho de grupo que realizaste fez com que aprendesses mais sobre o tema
escolhido do que se tivesse sido ensinado pela professora conforme sucede noutros
casos? (Assinala a alternativa que melhor corresponde à tua opinião)
Disciplina:_______________________ Ano:____ Turma:____ Data:____/____/____
Nome do grupo:________________________________________________________
Nome:__________________________________________________________ Nº:____
No trabalho de grupo aprende-se bastante mais.
No trabalho de grupo aprende-se mais.
No trabalho de grupo aprende-se tanto quanto noutras aulas.
No trabalho de grupo aprende-se menos.
No trabalho de grupo aprende-se bastante menos.
No trabalho de grupo não se aprende nada.
Escola Básica de Arrifana
Ano letivo 2011/2012
O trabalho de grupo no qual participaste teve algumas características especiais. Uma dessas
características foi a de que os alunos avaliam no final a sua participação, assim como a dos seus
colegas. Esta apreciação pode fazer com que nem todos os alunos tenham a mesma classificação,
sendo beneficiados os que trabalharam mais, tendo em conta as avaliações dos alunos, assim
como a avaliação da professora.
4-Gostas de trabalhar em grupo segundo este modelo? (Assinala a alternativa que melhor
corresponde à tua opinião)
4.1. Justifica a resposta que deste no ponto anterior.
Obrigado pela tua colaboração!
Não gosto nada de trabalhar em grupo desta forma.
Não gosto de trabalhar em grupo desta forma
É-me indiferente.
Gosto de trabalhar em grupo desta forma.
Gosto muito de trabalhar em grupo desta forma.
Anexo 12.1-Análise de conteúdo da questão 1
Nome do
grupo
Unidade de contexto Unidade de registo Subcategorias Categorias
A Os aspetos positivos são:
coordenamos bem, concordámos
com as ideias uns dos outros e
demos bem uns com os outros.
coordenamos bem trabalho de equipa cooperação
concordámos com as ideias
uns dos outros e demos
bem uns com os outros.
acordo de ideias relações
interpessoais
A Podemos todos cooperar para um
bom trabalho. Os alunos
superiores podem ajudar aqueles
com mais dificuldades. Enfim, é
basicamente isso. O grupo
trabalhou bem em equipa, todos
cooperaram, todos se esforçaram.
Gostei da actividade.
Podemos todos cooperar
para um bom trabalho
trabalho de equipa cooperação
Os alunos superiores
podem ajudar aqueles com
mais dificuldades
relação entre
elementos
relações
interpessoais
O grupo trabalhou bem em
equipa, todos cooperaram,
todos se esforçaram.
trabalho de equipa cooperação
A O tema do trabalho e os
elementos do grupo que todos
juntos conseguimos cooperar
bem.
O tema do trabalho tema do trabalho estratégia de
aprendizagem
os elementos do grupo que
todos juntos conseguimos
cooperar bem.
trabalho de equipa cooperação
A Ouve muita cooperação com os
colegas.
Ouve muita cooperação
com os colegas.
trabalho de equipa cooperação
A Na realização do trabalho de
grupo, os aspetos positivos são
estarmos um pouco mais livres do
que nas aulas normais.
estarmos um pouco mais
livres do que nas aulas
normais.
estrutura das aulas estratégia de
aprendizagem
B Aprender a cooperar com os
colegas e estar à vontade.
Aprender a cooperar com
os colegas
trabalho de equipa cooperação
estar à vontade. estrutura das aulas estratégia de
aprendizagem
B Aprender a cooperar com os
colegas.
Aprender a cooperar com
os colegas.
trabalho de equipa cooperação
B Os aspectos que considero
positivos que ao realizar este
trabalho de grupo foram:
apresentar o power point sobre a
máquina a vapor, foi divertido o
teatro gostei desta actividade, foi
pena não o conseguirmos mostrar
à turma, porque não trouxemos o
material.
apresentar o power point
sobre a máquina a vapor
atividades estratégia de
aprendizagem
foi divertido o teatro gostei
desta atividade
B Os aspectos positivos na
realização do trabalho de grupo
foram trabalhar com a Soraia que
uma grande amiga e além disso
mantém o grupo em ordem.
Gostei também da maneira como
as aulas foram dadas.
trabalhar com a Soraia que
uma grande amiga e além
disso mantém o grupo em
ordem
relação entre
elementos
relações
interpessoais
da maneira como as aulas
foram dadas.
estrutura das aulas estratégia de
aprendizagem
C Gostei da intercção que tivemos;
gostei de estarmos todos em
da interacção que tivemos relação entre
elementos
relações
interpessoais do ambiente que tivemos
sintonia; gostei do ambiante que
tivemos e do trabalho que
fizemos.
do trabalho que fizemos. atividades estratégia de
aprendizagem
C Gostei do trabalho, colaboramos
todos, trabalhamos bem em
grupo.
Gostei do trabalho trabalho estratégia de
aprendizagem
colaboramos todos colaboração cooperação
trabalhamos bem em
grupo.
trabalho de equipa cooperação
C Acho que o melhor do trabalho de
grupo foi ouvir a opinião dos
outros colegas de grupo e
acrescentar a minha também.
ouvir a opinião dos outros
colegas de grupo e
acrescentar a minha
também.
respeito relações
interpessoais
C Gostei do trabalho, ambos os
elementos trabalharam. Havia
bastante cooperação entre todos
os elementos do grupo. Gostei
bastante das atividades
desenvolvidas durante estas aulas.
Gostei do trabalho atividades estratégia de
aprendizagem
ambos os elementos
trabalharam
todos trabalharam contributo
dos
elementos
Havia bastante cooperação
entre todos os elementos
do grupo
trabalho de equipa cooperação
Gostei bastante das
atividades desenvolvidas
durante estas aulas.
atividades estratégia de
aprendizagem
D Ouve cooperação entre todos, e
todos tiveram ideias e
partilharam-nas.
Ouve cooperação entre
todos, e todos tiveram
ideias e partilharam-nas.
trabalho de equipa cooperação
D Respeito pelas opiniões dos
colegas. Todos os elementos
trabalharam. Todos os elementos
cumpriram com as tarefas.
Respeito pela opinião dos
colegas.
respeito relações
interpessoais
Todos os elementos
cumpriram com as tarefas.
cumprimento das
tarefas
contributo
dos
elementos
D Trabalhar em grupo, soubemos
respeitar as ideias dos outros mas
eu gostei mais do teatro, foi
engraçado, divertido…
Trabalhar em grupo trabalho de equipa cooperação
soubemos respeitar as
ideias dos outros
respeito relações
interpessoais
mas eu gostei mais do
teatro, foi engraçado,
divertido
atividades estratégia de
aprendizagem
D Os aspetos positivos na realização
do trabalho de grupo foi a
cooperação que ouve entre nós
todos cumprimos as tarefas
estabelecidas pelo grupo .
cooperação que ouve entre
nós todos
trabalho de equipa cooperação
cumprimos as tarefas
estabelecidas pelo grupo.
cumprimento das
tarefas
relações
interpessoais
D Os aspetos que considerei mais
positivos na realização do
trabalho de grupo foi discutir
como iriamos realizar a peça de
teatro.
discutir como iriamos
realizar a peça de teatro.
discutir ideias relações
interpessoais
E Os aspetos que considero
positivos, foi a cooperação da
Albina desde o início do trabalho
comigo. E gostei das atitudes des
rapazes o Miguel e o Bruno, mais
para o fim do trabalho.
cooperação da Albina
desde o início do trabalho
comigo.
relação entre
elementos
relações
interpessoais
gostei das atitudes dos
rapazes…, mas para o fim
do trabalho.
relação entre
elementos
relações
interpessoais
E Que na segunda parte toda a gente
colaborou.
na segunda parte toda a
gente colaborou.
colaboração cooperação
E é uma coisa diferente. é uma coisa diferente. é diferente estratégia de
aprendizagem
E Não houve aspetos positivos no
meu trabalho.
Não houve aspetos
positivos
Anexo 12.2- Análise de conteúdo da questão 2
Nome do
grupo
Unidade de contexto Unidade de
registo
Subcategorias Categorias
A Não há aspetos negativos,
porque o nosso grupo foi
bem feito e combinámos
bem uns com os outros.
Não há aspetos
negativos.
A Não existem, acho que é
muito bom trabalhar em
grupo.
Não existem.
A Não tem. Não tem.
A No meu grupo não houve
aspetos negativos.
não houve aspetos
negativos.
A Na realização do trabalho
de grupo, os aspetos
negativos são, eu não
gostar de trabalhar em
grupo, pois o nosso
trabalho torna-se
dependente do trabalho
dos outros e por vezes não
fica tão bem um trabalho
em grupo como um
trabalho individual,
devido aos colegas de
trabalho.
eu não gostar de
trabalhar em
grupo, pois o
nosso trabalho
torna-se
dependente do
trabalho dos
outros e por vezes
não fica tão bem
um trabalho em
grupo.
trabalho
dependente da
prestação dos
outros
elementos
dependência
B Não há. Não há.
B Não houve. Não houve .
B Os aspetos que considero
menos positivos durante a
realização do trabalho
foram: a impossibilidade
de não ter visto o trabalho
dos outros, e no caso da
máquina a vapor, existir
muita informação e o
facto de ter sido defícil
selecioná-la.
a impossibilidade
de não ter visto o
trabalho dos
outros
impossibilidade
de ver os outros
trabalhos
falta
no caso da
máquina a vapor,
existir muita
informação e o
facto de ter sido
difícil selecioná-
la.
dificuldade em
selecionar
informação
excesso de
informação
B Os aspectos negativos foi
ter de trabalhar com o
Gabriel e o Alexandre.
Eles ainda foram fazendo
alguma coisa, mas mesmo
assim não gostei de
trabalhar com eles.
ter de trabalhar
com o Gabriel e o
Alexandre
relação entre
alguns
elementos
elementos
divergências
entre elementos
C Gostei menos do Alberto,
porque achei que ele não
contribuiu muito para a
concretização dos
trabalhos que fizemos ao
longo de algumas aulas.
Gostei menos do
Alberto, porque
achei que ele não
contribuiu muito
para a
concretização dos
trabalhos que
fizemos ao longo
de algumas aulas.
contribuiu
pouco para o
trabalho
desigualdades
C Nós tinhamos muitas
imagens, muito boas para
o trabalho, o Alberto
escusava de mudar os
slides, mas de resto correu
tudo bem.
o Alberto
escusava de
mudar os slides
atitude do
elemento
divergências
entre elementos
C Os aspectos menos
positivos é que ás vezes as
opiniões diferentes
criaram uma pequena
confusão.
ás vezes as
opiniões
diferentes criaram
uma pequena
confusão.
desacordo entre
elementos
divergências
entre elementos
C A falta de trabalho de um
dos elementos do grupo,
neste caso o Alberto.
A falta de
trabalho de um
dos elementos do
grupo
falta de
trabalho do
elemento
desigualdades
D Não ouve aspetos
negativos.
Não ouve aspetos
negativos.
D Não considero aspetos
negativos no meu grupo
de trabalho.
Não considero
aspetos negativos
D Para mim os menos
positivos foram que um do
grupo não fez quase nada,
mas respeitou as ideias.
Eu não tenho nenhum
aspeto negativo para dizer.
um do grupo não
fez quase nada,
mas respeitou a
ideias
falta de
trabalho do
elemento
desigualdades
não tenho aspeto
negativo para
dizer.
D Foi a preção nas aulas
para termos de entregar o
trabalho a tempo.
preção nas aulas
para termos de
entregar o
trabalho a tempo.
rigor no
cumprimento
do tempo
tempo
D Os aspetos que considero
menos positivos na
realização do trabalho de
grupo foram representar a
peça de teatro.
representar a peça
de teatro.
atividade estratégia de
aprendizagem
E As discussões que tivemos
por causa do Miguel e o
Bruno não fazerem nada
no início do trabalho.
As discussões que
tivemos por causa
do Miguel e o
Bruno não
fazerem nada no
início do trabalho.
falta de
trabalho dos
elementos
desigualdades
E Que na primeira parte não
trabalhamos em grupo.
na primeira parte
não trabalhamos
em grupo.
não
trabalharam em
grupo
ausência de
cooperação
E Não cooperamos. Não cooperamos. não cooperaram ausência de
cooperação
E Os aspetos menos
positivos foi quando a
Juliana e a Albina
decidiram separar o grupo
em duas partes.
a Juliana e a
Albina decidiram
separar o grupo
em duas partes.
divisão entre
elementos do
grupo
divergências
entre elementos
Anexo 12.3- Análise de conteúdo da questão 4.1
Nome
do
grupo
Unidade de contexto Unidade de registo Subcategorias Categorias
A Gostei de trabalhar em grupo
desta forma, porque vamos
buscar muito mais
informação para apresentar
os trabalhos.
Gostei de trabalhar em
grupo desta forma,
porque vamos buscar
muito mais informação
para apresentar os
trabalhos.
trabalhos ricos
em informação
diversidade de
informação
A É bom, porque nos avaliamos
mutuamente, todos
cooperamos, aprendemos
todos mais, socializamos
assim um pouco mais nas
aulas.
É bom, porque nos
avaliamos mutuamente
mútua avaliação auto e
heteroavaliação
todos cooperamos cooperação cooperação
aprendemos todos mais Aprende-se mais Aquisição de
conhecimentos
socializamos assim um
pouco mais nas aulas.
Convívio Socialização
A Gosto de trabalhar em grupo
porque assim também
aprendo a cooperar com os
meus colegas.
Gosto de trabalhar em
grupo porque assim
também aprendo a
cooperar com os meus
colegas
aprender a
cooperar
cooperação
A Gosto de conviver com os
colegas, sinto-me mais à
vontade e aprendo mais sobre
a matéria.
Gosto de conviver com
os colegas
convívio convívio
aprendo mais sobre a
matéria
Aprende-se mais Aquisição de
conhecimentos
A Apesar de eu não gostar de
trabalhar em grupo, a
maneira como a professora
avaliou os alunos para mim
foi a melhor, porque assim a
nossa nota não fica tão
dependente do trabalho dos
nossos colegas.
assim a nossa nota não
fica tão dependente do
trabalho dos nossos
colegas
nota
independente do
trabalho dos
colegas
diferenciação de
notas
B Não me faz diferença
nenhuma fazer trabalho de
grupo.
Não me faz diferença
nenhuma fazer trabalho
de grupo.
indiferença
relativamente à
estratégia de
aprendizagem
indiferença
B Escolhi aquela resposta
(gosto de trabalhar em grupo
desta forma) porque é assim
que deve ser feito.
porque é assim que deve
ser feito.
é o mais correto diferenciação de
notas
B Eu não gosto desta forma,
porque não gostei de
trabalhar com o Alexandre e
o Gabriel trabalharam no
início, mas não o suficiente.
Eu não gosto de
trabalhar desta forma
não gosta do
método
Rejeição em
relação ao
método
não gostei de trabalhar
com o Alexandre e o
Gabriel trabalharam no
início, mas não o
suficiente.
relação entre
elementos
divergências
entre elementos
B Gosto de trabalhar em grupo
desta forma pois cada um
pode atribuir e dar a nota que
realmente o outro merece.
cada um pode atribuir e
dar a nota que realmente
o outro merece.
atribuição de
notas
auto e
heteroavaliação
C Eu gosto de trabalhar e grupo
desta forma, porque os que
trabalham mais têm de ter a
sua recompensa, e os que
trabalharam menos têm a
nota que merecem segundo o
que fizeram para a
concretização do trabalho.
porque os que trabalham
mais têm de ter a sa
recompensa, e os que
trabalharm menos têm a
nota qe merecem
segundo o que fizeram
para a concretização do
trabalho
recompensa aos
que trabalham
mais
diferenciação de
notas
C Porque a aula é diferente e
quando gostamos com quem
fazemos o trabalho.
Porque a aula é diferente aula diferente estratégia de
aprendizagem
e quando gostamos com
quem fazemos o
trabalho.
elogio aos
colegas de
grupo
elogio ao grupo
C Gosto de trabalhar em grupo
desta forma porque assim
ficamos a saber melhor como
trabalhar em grupo e acho
que a avaliação assim é mais
justa porque não é justo que
uns membros do grupo sejam
prejudicados por causa de
outros ou serem beneficiados
e não fazerem nada.
acho que a avaliação
assim é mais justa
porque não é justo que
uns membros do grupo
sejam prejudicados por
causa de outros ou
serem beneficiados e
não fazerem nada.
recompensa aos
que trabalham
mais
diferenciação de
notas
C Os elementos do grupo eram
excelentes, por isso foi muito
optimo.
Os elementos do grupo
eram excelentes
elogio aos
colegas de
grupo
elogio ao grupo
D As aulas são mais divertidas
e mais rápidas.
As aulas são mais
divertidas e mais rápidas
aula diferente estratégia de
aprendizagem
Gosto muito de trabalhar em
grupo desta forma porque
aprendo mais; sinto-me mais
à vontade e estou em
aprendo mais Aprende-se mais Aquisição de
conhecimentos
D sinto-me mais à vontade estrutura das
aulas
estratégia de
aprendizagem
convívio com os amigos. estou em convívio com
os amigos.
convívio Socialização
D Quem não trabalha recebe as
notas que merece pois a
professora não vê tudo, faz-
se coisas divertidas que
ficam na nossa cabeça para a
"vida toda".
Quem não trabalha
recebe as notas que
merece pois a professora
não vê tudo
recompensa aos
que trabalham
mais
diferenciação de
notas
faz-se coisas divertidas
que ficam na nossa
cabeça para a "vida
toda".
aula diferente estratégia de
aprendizagem
D Porque assim à troca de
impressões e de opiniões
conseguindo assim uma
melhor comprenção da
matéria em estudo.
à troca de impressões e
de opiniões conseguindo
assim uma melhor
comprenção da matéria
em estudo.
troca de ideias Aquisição de
conhecimentos
D Gosto mais de trabalhar em
grupo desta forma porque
assim podemos dizer se todos
os elementos de grupo
cooperaram na realização e
representação do trabalho de
grupo.
podemos dizer se todos
os elementos de grupo
cooperarm na realização
e representação do
trabalho de grupo.
expressarem-se
sobre o trabalho
dos colegas
auto e
heteroavaliação
E gosto de trabalhar em grupo
desta forma, porque ao fim
podemos dar a nossa opinião
do trabalho que os restantes
membros fizeram, para que a
avaliação não seja muito
injusta com os colegas.
ao fim podemos dar a
nossa opinião do
trabalho que os restantes
membros fizeram
expressarem-se
sobre o trabalho
dos colegas
auto e
heteroavaliação
E Porque nós colaboramos,
trocamos de ideias e assim
gosto de trabalhar quando
todos juntos a trocar ideias.
Porque nós colaboramos colaboração
entre os
elementos
colaboração
trocamos de ideias troca de ideias Aquisição de
conhecimentos
E Passa-se melhor o tempo. Passa-se melhor o
tempo.
aula diferente estratégia de
aprendizagem
E Para mim fazer trabalho de
grupo e ter aulas teóricas é-
me indiferente porqe aprendo
igualmente nas duas formas
de estudo.
fazer trabalho de grupo
e ter aulas teóricas é-me
indiferente porque
aprendo igualmente nas
duas formas de estudo
indiferença
relativamente à
estratégia de
aprendizagem
indiferença