A Carta Aos Efésios TEXTO

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CURSO DE TEOLOGIA PARA LEIGOSDISCIPLINA: CARTAS PAULINASPROFESSOR: WESLEY SANTOSALUNOS: LLEN, DORALICE, SIDNEY, ESCOBAR, ENEDINA, IDALINO ROSAMNICA, JOSEFINA

EPSTOLA AOS EFSIOS

MAIO/20114A EPSTOLA AOS EFSIOS

VISO TEOLGICA Sabemos que Paulo escreveu com certeza as sete cartas cannicas: aos Romanos, a primeira e a segunda aos Corntios, aos Glatas, aos Filipenses, a primeira aos Tessalonicenses e a Filemon. bem provvel que tenha escrito tambm a segunda aos Tessalonicenses, aos Colossenses e a segunda a Timteo. Efsios, Tito e a primeira a Timteo so obras da Escola Paulina. Hebreus obra autnoma, de um cristo bem formado, possivelmente Apolo, de Alexandria, que viveu em feso e em Corinto. Assim, acredita-se que algum escreveu a carta aos Efsios e usou o nome de Paulo para dar autoridade ao escrito. Este algum seria um cristo que conhecia os ensinamentos de Paulo, mas foi avante na reflexo sobre a Igreja, sua natureza e sua funo no mundo como comunidade una e universal.

A carta aos Efsios uma grande meditao teolgica, o fruto maduro do pensamento de Paulo, contemplando o Projeto de Deus para a salvao da humanidade. O olhar de Paulo se concentra sobre JESUS CRISTO no cu. o centro da carta universal. Foi escrita para toda a Igreja e no exatamente s comunidades de feso. Ao longo do tempo recebeu esse nome de Carta aos Efsios e foi atribuda ao apstolo Paulo. Ela tem certo parentesco com a carta aos Colossenses. As duas cartas destacam a ideia da Igreja como um Corpo e basta estar nesse Corpo para ser seguidor de Jesus Cristo. No h necessidade de outras prticas. A Igreja aparece com a funo de mediao. So Paulo j tinha morrido quando a carta foi escrita. Era, pois, importante manter a unidade das comunidades em torno de ideias firmes e claras sobre o significado da prpria comunidade.O cristo, que continua vivendo no mundo, mas passou a integrar uma comunidade de f formada por seguidores de Jesus Cristo, deve saber que faz parte de um Corpo cuja cabea Cristo. A Igreja, que sua pessoa ajuda a formar, um ser em Cristo, uma nova construo, um templo santo, a esposa de Cristo, a plenitude de Cristo, a nova criatura, o homem perfeito. Ela na terra o espao no qual se pode viver a novidade de vida trazida pelo Salvador.Uma passagem de especial importncia para a compreenso da obra de Jesus nesta terra e da unidade universal em sua pessoa encontra-se em 2,11-22. Aqui se v que a Igreja o que por causa de sua cabea, Jesus Cristo. A carta no prope uma eclesiolatria, mas uma eclesiologia fundamentada numa clara cristologia. A Igreja no vem ocupar o lugar de Jesus. Ela est ao seu servio em favor do mundo.Ele a nossa paz, diz o texto. A paz no simples ausncia de guerra ou um bem estar interior quando as relaes sociais vo bem. A paz algum, e esse algum Jesus. Nele estamos na paz, porque ele vem fazer dos dois povos um s. Dois povos so os judeus e os gregos, ou a toda a humanidade. Ele veio fazer do mundo inteiro um s povo. Para isso ele derruba o muro que separa uns dos outros e mata a inimizade em sua prpria carne. As distncias comeam e crescem. Ele vem encurt-las. Entre mim e o outro, um tijolo d incio ao muro de separao. Conhecemos na histria o muro de Berlim e hoje em dia o muro que separa israelenses e palestinos. Ele veio derrubar o muro de separao, suprimindo em sua carne a inimizade. Ele no mata o inimigo. Ele mata a inimizade, e a mata em si mesmo. Ele se sacrifica para que a inimizade desaparea. O resultado da reconciliao o Homem Novo ou a Paz. Agora todos, judeus e pagos, num s Esprito, podemos chegar at o Pai.Curiosamente, o autor coloca no centro da sua reflexo como a causa da inimizade e da separao, ou como explicao do que a inimizade, a Lei dos mandamentos expressa em preceitos. Podemos entender de forma rpida essa expresso como a afirmao de que uma vida na Paz, com relacionamentos humanos de qualidade, no se faz sobre a observncia de leis e de preceitos, e sim na caridade. A entrega de Jesus foi um ato livre de amor. A observncia dos preceitos pode dar a falsa ideia de superioridade e de separao.Depois da introduo, da saudao e da bno do incio (1,1-23), a carta desenvolve longamente o tema da Igreja una e universal, explicando em que consiste ser um mesmo Corpo (2,1-3,21) e viver nesse corpo (4,1-6,9). A concluso (6,10-24) feita de exortaes e saudaes finais.

VISO BBLICA

CHAVES PARA EFSIOS

Palavraschave: Edificando o Corpo de Cristo.

Versculoschave (2.810; 4.13) "Porque pela graa sois salvos, por meio da f; e isto no vem de vs, dom de Deus; no vem das obras, para que ningum se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andssemos nelas" (2.810).

"Rogovos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis como digno da vocao com que fostes chamados, com toda humildade e mansido, com longanimidade, suportandovos uns aos outros em amor, procurando diligentemente guardar a unidade do Espirito no vnculo da paz" (4.13).

Captulochave (6) Ainda quando o cristo abenoado "com toda sorte de bno espiritual nos lugares espirituais em Cristo" (1.3), a guerra espiritual ainda uma experincia diria do cristo enquanto vive neste mundo. O captulo 6 o mais claro conselho de como "ser forte no Senhor a na fora de seu poder" (6.10).

CRISTO EM EFSIOS

A importante frase de Paulo, "em Cristo" (ou seu equivalente), aparece cerca de trinta e cinco vezes, mais que em qualquer outro livro do Novo Testamento. O crente est em Cristo (1.1), nos lugares celestiais em Cristo (1.3), escolhido nele (1.4), adotado atravs de Cristo (1.5), no Amado (1.6), redimido nele (1.7), recebeu uma herana nele (1.11), recebeu esperana nele (1.12), est selado nele (1.13), vivo juntamente com Cristo (2.5), ressuscitado e sentado com ele (2.6), criado em Cristo (2.10), aproximado pelo seu sangue (2.13), edificado em Cristo (2.21), participante da promessa em Cristo (3.6) e tem acesso pela f nele (3.12).

Diferentemente de Glatas, que uma carta muito pessoal e controversa, Efsios formal e impessoal em seu estilo e ausncia do esprito controverso em seu tema. Paulo comunica apenas dois fatos acerca de si nesta epstola: sua priso e sua razo para enviar Tquico. diferentemente do restante de suas epstolas, a bno est na terceira pessoa (6.2324). Efsios, com seus 6 captulos, est cheia de pensamentos sublimes e de um rico vocabulrio, especialmente nos captulos 13, onde a teologia e o culto se entretecem. Muitos a consideram o mais profundo livro do Novo Testamento.

ESBOO DE EFSIOS

Parte Um: A Posio do Cristo (1.13.21)

I. Louvor pela Redeno 1.114A. Saudao de Paulo 1.12B. Escolhidos pelo Pai 1.36C. Redimidos pelo Filho 1.712D. Selados pelo E.S. 1.1314II. Orao por Revelao 1.1523III. Posio do Cristo 2.13.13A. A Posio do Cristo Individualmente 2.110B. Antiga Condio 2.13C. Nova Condio 2.410D. A Posio do Cristo Corporativamente 2.113.13E. Reconciliao dos Judeus e Gentios 2.1122F. Revelao do Mistrio da Igreja 3.113IV. Orao por Realizao 3.1421

Parte Dois: A Prtica do Cristo (4.16.24)

I. Unidade na IgrejaA. Exortao e UnidadeB. Explicao da Unidade 4.46C. Meios para a Unidade 4.711D. Propsito dos Dons 4.1216

II. Santidade na Vida 4.175.21A. Despindose do Velho Homem 4.1722B. Revestindose do Novo Homem 4.2329C. No Entristecendo o Esprito Santo 4.305.12D. Andando como Filhos da Luz 5.1317E. Enchendose do Espirito 5.1821

III. Responsabilidades no Lar e no Trabalho 5.226.9A. Esposas: Submisso a Seus Esposos 5.2224B. Esposos: Amor por Suas Esposas 5.2533C. Filhos: Obedincia a Seus Pais 6.14D. Servos: Servio Sincero a Seus Senhores 6.59

IV Conduta no Conflito . 6.1024A. Vestindo a Armadura de Deus 6.1017B. Orando com Ousadia 6.1820C. Concluso 6.2124

Ao lado de Cl, Fl e Fm, a Epstola aos Efsios se apresenta como escrita por Paulo da priso (3,1; 4,1; 6,20). A Igreja antiga, desde o II sculo, considerou Ef. como carta paulina. difcil, contudo precisar quando e onde foi escrita, e at mesmo a que leitores se destina, pois em alguns dos melhores cdices falta a indicao em feso (1,1s). improvvel que Paulo tenha escrito uma carta to impessoal aos efsios, entre os quais trabalhou quase trs anos (At 19,120,1. 31), a ponto de consider-los desconhecidos (Ef. 1,15; 3,2s; 4,21). Por isso vrios crticos consideram Ef. uma espcie de carta circular, dirigida a vrias comunidades da sia Menor.

A primeira parte uma meditao sobre a Igreja como corpo de Cristo (1,33,21). O autor louva a Deus pela redeno e predestinao em Cristo filiao divina (1,3-14); agradece pela graa da salvao, obtida de Cristo, que ressuscitou os efsios do pecado para faz-los viver a vida celestial (1,15-23). A redeno e unio de judeus e pagos na nica famlia de Deus, a Igreja, fruto da morte e ressurreio de Cristo (2,1-12). A doutrina apostlica, especialmente de Paulo, o fundamento desta Igreja (3,1-13); por isso o autor pede para que os leitores cheguem a compreender a grandeza do mistrio de Cristo (3,14-21). Na segunda parte (4,16,20) exorta os leitores a uma conduta digna da vocao: a unidade de esprito na Igreja deve ser salvaguardada apesar da diversidade de dons e graas (4,1-16). Para tanto necessrio despojar-se dos antigos vcios e revestir-se do homem novo em Cristo (4,17-24), seguindo as exigncias da vida crist (4,255,21). Segue-se uma exortao dirigida aos vrios membros da famlia crist (5,226,9), convidados a travar o combate espiritual da f (6,10-20), e a saudao final (6,21-24).O autor se dirige a gentio-cristos, aos quais era necessrio recordar que a universalidade da Igreja inclui tambm um passado judeu-cristo. Adverte-os para o perigo de retrocesso na vida moral e para os desvios da f (4,17s; 5,6s). Quer levar os cristos a tomar conscincia da radical transformao trazida pela morte e ressurreio de Cristo. Mas a plenitude do conhecimento de Cristo (3,14-19) e da vida crist um ideal a ser atingido por uma vigilncia contnua: Desperta tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminar (5,14).

Aps a saudao inicial (1.12) vem o louvor a Deus por sua atividade de predestinao e de redeno em Cristo (1.314) e a ao de graas e orao em favor dos destinatrios da carta (1.1523). O captulo 2 lembra os leitores de sua pecaminosidade e de sua salvao pela graa (2.110) e depois fala da paz e da unidade que Cristo traz (2.1122). Paulo fala do "mistrio de Cristo", em que os gentios esto sendo levados a integrar um corpo junto com o antigo povo de Deus, Israel (3.16), e da maneira como o propsito eterno de Deus se realizou em Cristo (3.713). Isso conduz a uma orao pelos leitores, terminando com uma doxologia (3.1421).

Enfatizase a importncia de manter "a unidade do Esprito" (4.16) e tambm os dons de Deus a igreja, que criam condies para o crescimento em amor (4.716). Os leitores so exortados a viver como filhos da luz (4.175.21). Seguem orientaes para a vida familiar, com exortaes a esposas e maridos (5.2233), a filhos e pais (6.14) e a escravos e senhores (6.59). Paulo insta seus leitores a vestir a armadura que Deus da (6.1018), concluindo com um pedido para que usem a arma da orao em favor dele (6.1920). A carta termina com saudaes finais (6.2124).

CONTEDO E PROPSITOS

Efsios endereada a um grupo de pessoas ricas em Jesus Cristo alm de toda medida, mas que vivem como mendigas, unicamente porque ignoram sua riqueza. Visto que ainda tem de aceitar sua riqueza, se relegam a viver como espiritualmente pauprrimos. Paulo comea descrevendo, nos captulos 13, o contedo da "conta bancria" celestial dos cristos: adoo, aceitao, redeno, perdo, sabedoria, herana, o selo do Esprito Santo, vida, graa, cidadania em suma, toda beno espiritual. Apossandose de to enorme dote espiritual, o cristo possui todos os recursos de que necessita para viver "para o louvor da glria de sua graa" (1.6). Os captulos 46 lembram uma clnica ortopdica, onde o cristo aprende a andar espiritualmente ancorado em sua riqueza espiritual. "Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus (13) para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andssemos nelas" (2.10).

O ttulo tradicional desta epstola a Pros Ephesious, "Aos Efesios". Muitos manuscritos antigos, contudo, omitem en Epheso, "em feso", no captulo 1, versculo 1. Isto tem levado muitos estudiosos a colocar em dvida o conceito tradicional de que esta mensagem foi dirigida especialmente aos efsios. A teoria encclica prope que ela foi uma carta circular enviada por Paulo as igrejas da sia. Argumentase que Efsios realmente um tratado cristo destinado ao uso geral; no envolve controvrsia nem trata de problemas especficos em alguma igreja particular. Isto corroborado pelo tom formal (sem termos carinhosos) e pela fraseologia distante ("depois que ouvi falar de vossa f", 1.15; "se que tendes ouvido" acerca de sua mensagem, 3.2). Estas coisas parecem inconsistentes com a relao que Paulo teria tido com os efsios depois de um ministrio de quase trs anos entre eles. Em contrapartida, a ausncia de saudaes pessoais no constitui apoio para uma teoria encclica, visto que Paulo teria agido assim para evitar favoritismos. As nicas cartas que contm saudaes a pessoas especficas so Romanos e Colossenses, e estas foram endereadas a igrejas que Paulo no visitara. Alguns estudiosos aceitam uma tradio antiga de que Efsios carta de Paulo aos Laodicenses (C1 4.16), mas no h como ter certeza disso. Se Efsios comeou como uma carta circular, eventualmente se associou a feso, a principal dentre as igrejas da sia. Outra opo plausvel a que esta epstola foi diretamente endereada aos efsios, mas escrita de tal maneira que se tornou til a todas as igrejas da sia.

AUTORIA

Toda evidncia interna e externa corrobora fortemente a autoria paulina de Efsios. Em anos recentes, contudo, os crticos tm revertido as bases internas num desafio contra a tradio antiga e unnime. Temse argumentando que o vocabulrio e o estilo so diferentes das demais epstolas de Paulo; mas isso ignora a flexibilidade de Paulo em diferentes circunstncias (cf. Rom. e 2 Co.). A teologia de Efsios em alguns aspectos reflete um desenvolvimento posterior; mas isso deve ser atribudo ao prprio cultivo e meditao de Paulo sobre a igreja como o corpo de Cristo. Uma vez que a epstola nomeia claramente o autor no primeiro versculo, no necessrio teorizar que Efsios foi escrita por um dos alunos ou admiradores de Paulo, por exemplo Timteo, Lucas, Tquico ou Onsimo.

DATA E CENRIO

No final de sua segunda viagem missionria, Paulo visitou feso, onde se despediu de Priscila e quila (At 18.1821). Esta cidade estratgica era o centro comercial da sia Menor, mas um grande volume de sedimentos requeria que se mantivesse um canal especial para que os navios pudessem chegar ao porto. feso era tambm um centro religioso, famoso especialmente por seu magnificente templo de Diana (nome romano), estrutura considerada uma das sete maravilhas do mundo antigo (cf. At 19.35). A prtica de magia e a economia local estavam claramente relacionadas com este templo. Paulo permaneceu em feso por quase trs anos, em sua terceira viagem missionria (At 19; 20.30); a Palavra de Deus difundiuse por toda a provncia da sia. O eficaz ministrio de Paulo comeou a prejudicar seriamente o trfico de magia e imagens, provocando um tumulto no grande teatro efsio. Paulo ento partiu para a Macednia, mas logo depois encontrouse com os presbteros efsios em sua passagem rumo a Jerusalm (At 20.1738).Paulo escreveu as "Epstolas da Priso" (Efsios, Filipenses, Colossenses e Filemom) durante sua primeira priso romana em 6062 d.C. Todas estas epstolas fazem referncia a sua priso (Ef 3.1; 4.1; 6.20; Fp 1.7, 1314; Cl 4.3, 10, 18; Fm 910, 13, 23) e se adaptam bem ao cenrio de Atos 28.1631. Isto especialmente procede a luz das referncias que Paulo faz a "guarda palaciana" (guarda oficial da residncia do governador, Fp 1.13) e a "casa de Usar" (Fp 4.22). Alguns comentaristas acreditam que a priso em uma ou mais destas epstolas se refere a priso de Paulo em Cesaria ou a uma hipottica priso em feso; mas o peso da evidncia favorece o ponto de vista tradicional de que elas foram escritas em Roma. Efsios, Colossenses e Filemom foram evidentemente escritas quase ao mesmo tempo (cf. Ef 6.2122; Cl 4.79), em 6061 d.C. Filipenses foi escrita em 62 d.C., no muito antes da libertao de Paulo.

TEMA PRINCIPAL

O tema de Efsios a responsabilidade do cristo de andar de acordo com sua vocao celestial em Cristo Jesus (4.1). Efsios no foi escrita para corrigir erros especficos numa igreja local, mas para prevenir problemas na igreja como um todo, encorajando o corpo de Cristo a buscar a solidez nele. Foi tambm escrita para tomar os cristos mais cnscios de sua posio em Cristo, uma vez que esta a base para sua prtica em todos os nveis da vida.

CONCLUSO

A Unidade da Igreja o objetivo principal desta carta; Judeus e Gentios so um em Cristo.Paulo dedicou a vida a ensinar aos gentios que eles podiam ser cristos sem se tornar proslitos dos judeus. Em geral, isso desagradava a estes porquanto, na sua concepo, a Lei mosaica obrigava a todos, e tinham fundos preconceitos contra os gentios incircuncisos que se atreviam a se ter na conta de discpulos do Messias judeu.

Por um lado, Paulo ensinava aos gentios que permanecessem firmes como rochedo na liberdade que tinham em Cristo, como fez nas cartas aos Glatas e aos Romanos; por outro lado, no queria que esses gentios tivessem preconceitos contra os judeus, seus companheiros cristos, antes os considerassem como irmos em Cristo.No queria ver duas igrejas: uma judaica e outra gentlica: mas uma igreja: judeus e gentios; um em Cristo.

Seu gesto, em favor dessa unidade, visando os elementos judaicos da Igreja, foi a grande oferta em dinheiro que levantou nas igrejas gentlicas, ao fim de sua terceira viagem missionria, em prol dos crentes pobres da igreja-me em Jerusalm (Atos 21). Esperava que esta demonstrao de amor cristo levasse os cristos judeus a ser mais benvolos para com seus irmos gentios.

Seu gesto, em favor dessa mesma unidade, tendo em mira os elementos gentlicos da Igreja, foi esta Epstola, escrita ao principal centro de seus convertidos gentios, onde exalta a UNIDADE, UNIVERSALIDADE e GRANDEZA INDIZVEL do corpo de Cristo.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ( LLEN)

STORNIOLO, Ivo; BALANCIN, Euclides Martins. Conhea a Bblia. So Paulo: Paulus, 1986.A Bblia de Jerusalm. Nova edio, revista. So Paulo: Paulinas, 1992.BORTOLINI, Jos. Como ler a carta aos Efsios.O universo inteiro reunido em Cristo.So Paulo: Paulus, 2001.