A HISTÓRIA DA PSICANÁLISE KLEINIANA. A história pessoal de Melanie Klein Nasceu em Viena em 1882...

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A HISTÓRIA DA PSICANÁLISE KLEINIANA

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A HISTÓRIA DA PSICANÁLISE KLEINIANA

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A história pessoal de Melanie Klein Nasceu em Viena em 1882 em uma família de

origem hebraica; Lidou muito cedo em sua vida com a temática

da perda: morte de dois irmãos; Casou-se aos 21 anos com Arthur Klein com

quem teve três filhos: Melitta (1904), Hans (1907) e Erich (1914);

1910: Ida para Budapeste. Período de profundos episódios depressivos e sucessivas internações em casas de repouso;

1913/1914: encontro de Melanie com a psicanálise a partir de sua análise com Ferenczi. Morre a mãe de Melanie;

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1914/1915: início das intervenções domésticas guiada pelas teorias psicanalíticas

1918: primeira participação em um congresso de psicanálise. No ano seguinte apresenta seu primeiro texto sobre o tratamento de Erich, ingressando como membro da sociedade psicanalítica de Budapeste;

1921: Muda-se para Berlim sem o marido e sem os dois filhos mais velhos. Busca por desenvolver sua vida profissional tendo como mentor Carl Abraham;

1922: ingressa como membro da sociedade psicanalítica de Berlim;

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1924: começa a análise com Abraham e apresenta seu trabalho sobre psicanálise com crianças, desagradando aos freudianos mais tradicionais;

1926: Muda-se definitivamente para a Inglaterra, lugar no qual seu pensamento ousado e singular era reconhecido;

1927: Ingressa como membro da sociedade Britânica

1930: Período conturbado, marcadopor sérios conflitos;

1960: Morre Melanie Klein aos 78 anos, já famosa na Inglaterra, na Argentina e no Brasil. Na frança e nos EUA demorou um pouco mais;

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A história da psicanálise kleiniana A base de Melanie Klein é experencial de

mãe analista; O primeiro momento importante da trajetória

profissional de Melanie Klein refere-se ao seu primeiro contato com a psicanálise e sua análise com Ferenczi: o envolvimento dela com a psicanálise é visceral e não intelectual;

A mudança para Berlim marca uma segunda etapa importante em sua trajetória: o desenvolvimento clínico a partir dos atendimentos de criança;

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Em Berlim, estabelece a análise de crianças como uma área legítima da clínica psicanalítica a partir de um fazer clínico singular ;

Já em Berlim, começaram a surgir divergências com Anna Freud: Melanie Klein, apesar de sua teoria inovadora, sempre considerou-se fiel ao espírito freudiano;

Em Londres, teve a liberdade que necessitava para desenvolver suas propostas clínicas e teóricas. Iniciou seu trabalho como analista didata, formando assim seus próprios analistas;

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1932: Lança seu primeiro livro sobre psicanálise de crianças, expondo seus fundamentos técnicos da análise através do brincar. Essa obra é o resumo dos 10 primeiros anos de Melanie Klein enquanto analista de crianças;

1934: publica seu primeiro texto radical que aborda a psicogênese dos estados maníaco-depressivos. A partir deste livro criam-se dois grupos:

1) os que simpatizam com a renovação;2) Os que condenam as pretensões e desvios

da autora;

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Apesar das críticas, Melanie Klein encontrava-se muito bem protegida na Inglaterra, defendida por Ernest Jones e representante dos analistas leigos;

Segunda metade da década de 30: freudianos de Viena e Berlim x psicanalistas ingleses: a situação política impedia que a psicanálise inglesa fosse expurgada, pois a condição da Inglaterra a colocava enquanto futuro e sobrevivência da psicanálise;

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Tentativa de solução do conflito: troca de palestras em Viena e Londres. Mesmo assim, não foi possível solucionar o conflito;

O conflito entre a escola inglesa e a vienense se acirrou com a necessidade de acollher os refugiados vienenses em Londres: Período de ataques pessoais e teóricos a Melanie Klein;

1939: Morre Freud intensificando o conflito e a disputa pela legitimidade;

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1941-45: Grandes controvérsias levam a formação do grupo kleiniano inglês: Melanie Klein, Susan Isaacs, Paula Heimann e Joan Rivière;

Nova configuração da Sociedade Britânica de Psicanálise: grupo kleiniano, freudiano e independente;

1. Grupo independente: mais numeroso e mais apto a exercer o poder, pois era menos ameaçador e mais propenso a discussões;

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Grupo Freudiano: tinha importância no cenário psicanalítico inglês e mundial. Contava com a presença de Anna Freud e mantinha estreitas relações com a comunidade Psicanalítica americana;

Grupo Kleiniano: Mais organizados e mais coesos dentro da sociedade britânica. Isolados no cenário internacional tendo representatividade apenas na América Latina

Apenas após a morte de Melanie Klein que sua influência passou a se estender mais, sendo apreciada na França e nos EUA

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Estilo de pensamento e escrita Seu estilo de escrita choca e promove

estranheza; Possui um estilo de escrita menos

acadêmico e mais informal; Importância da observação e do contato

direto com seus pacientes: Melanie Klein não se permitia discutir aquilo que provém da observação clínica que lhe davam uma convicção inabalável;

Sua teoria tem grandes dificuldades filosóficas, pois descrevia os processos psíquicos profundos através da observação e do trabalho analítico;

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Criou estratégias clínicas e teóricas inovadoras, direcionadas a clínica dos pacientes psicóticos, borderlines e crianças;

Em Melanie Klein, nunca podemos considerar a teoria separada da clínica. A experiência da clínica é traduzida na teoria;

Para a compreensão teórica da obra kleiniana precisamos considerar:

A oscilação de enfoques (etapas de desenvolvimento x dinamismo psíquico);

Diferença entra a criança (dimensão temporal) e o infantil (dimensão atemporal)

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O infantil permanece no adulto e deve ser alvo de constantes elaborações;

Este infantil que é o foco de interesse de Melanie Klein. Devido a ele que se observa a violência da obra kleiniana, a força da libido, da destrutividade e do superego em contato com os desejos mais arcaicos;

A clínica kleiniana é sensível aos excessos, ao inominável e às paixões. Entra em contato direto com a estranheza das formações inconscientes;