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A importância da iluminaçãono ambiente físico hospitalar Dezembro/2016 1 ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016 A importância da iluminaçãono ambiente físico hospitalar Marinêz Helena Lacerda – [email protected] Iluminação e Design de Interiores Instituto de Pós-Graduação – IPOG Belo Horizonte, MG, 10 de março de 2016 Resumo Este artigo tem por objetivo apresentar um estudo acerca da importância da iluminação no ambiente físico hospitalar. Tem-se ainda como finalidade, analisar de que forma a iluminação pode contribuir para ambientes mais humanizados, auxiliando no tratamento de pacientes e acelerando sua recuperação, além da qualidade das atividades realizadaspelos profissionais que trabalham e prestam serviços em hospitais. O interesse pelo tema se deu diante da observação do problema evidenciado nos hospitais relacionado ao impacto negativo e ao estresse causado pela rotina de pacientes nos ambientes hospitalares e os riscos causados pela má iluminação no campo de trabalho. Quanto aos procedimentos metodológicos, trata-se de um artigo de natureza descritiva e qualitativa, por meio de revisão de publicações relacionadas ao tema. Alguns exemplos foram utilizados como forma de ilustrar e reforçar as reflexões e conceitos mencionados. Os resultados encontrados indicam que a iluminação tem papel importante no ambiente físico hospitalar, capaz de influenciar no comportamento humano e assim, beneficiar o tratamento terapêutico do paciente hospitalizado e aumentar a qualidade e segurança do serviço realizado pelos profissionais da área da saúde de forma mais humanizada. Percebe-se a necessidade do máximo aproveitamento da luz natural e inclusão de espaços externos nos projetos arquitetônicos hospitalares como forma de auxílio ao tratamento e recuperação de pacientes. Adicionalmente, os projetos arquitetônicos hospitalares devem sempre levar em consideração as normas reguladoras vigentes, embora ainda existam lacunas em termos de regulamentação. Conclui-se que a arquitetura hospitalar demanda de profissionais qualificados da área, juntamente com lighting designers para uma adequada compreensão dos espaços e de seus usos para que a iluminação possa influenciar beneficamente no tratamento hospitalar e contribuir para a qualidade dos serviços de saúde prestados pelos profissionais. Palavras-chave:Arquitetura hospitalar. Iluminação hospitalar. Humanização. 1. Introdução Este artigo se propõe a apresentar um estudo acerca da importância da iluminação em ambientes físicos hospitalares, tendo em vista o bem estar e a recuperação dos pacientes, e a qualidade das atividades realizadas pelos funcionários. Com referência ao contexto no qual o hospital está inserido, é necessário que alguns pontos sejam levados em consideração na hora de se projetar, devido a sua complexidade e extensão.

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1 ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016

A importância da iluminaçãono ambiente físico hospitalar

Marinêz Helena Lacerda – [email protected] Iluminação e Design de Interiores

Instituto de Pós-Graduação – IPOG Belo Horizonte, MG, 10 de março de 2016

Resumo Este artigo tem por objetivo apresentar um estudo acerca da importância da iluminação no ambiente físico hospitalar. Tem-se ainda como finalidade, analisar de que forma a iluminação pode contribuir para ambientes mais humanizados, auxiliando no tratamento de pacientes e acelerando sua recuperação, além da qualidade das atividades realizadaspelos profissionais que trabalham e prestam serviços em hospitais. O interesse pelo tema se deu diante da observação do problema evidenciado nos hospitais relacionado ao impacto negativo e ao estresse causado pela rotina de pacientes nos ambientes hospitalares e os riscos causados pela má iluminação no campo de trabalho. Quanto aos procedimentos metodológicos, trata-se de um artigo de natureza descritiva e qualitativa, por meio de revisão de publicações relacionadas ao tema. Alguns exemplos foram utilizados como forma de ilustrar e reforçar as reflexões e conceitos mencionados. Os resultados encontrados indicam que a iluminação tem papel importante no ambiente físico hospitalar, capaz de influenciar no comportamento humano e assim, beneficiar o tratamento terapêutico do paciente hospitalizado e aumentar a qualidade e segurança do serviço realizado pelos profissionais da área da saúde de forma mais humanizada. Percebe-se a necessidade do máximo aproveitamento da luz natural e inclusão de espaços externos nos projetos arquitetônicos hospitalares como forma de auxílio ao tratamento e recuperação de pacientes. Adicionalmente, os projetos arquitetônicos hospitalares devem sempre levar em consideração as normas reguladoras vigentes, embora ainda existam lacunas em termos de regulamentação. Conclui-se que a arquitetura hospitalar demanda de profissionais qualificados da área, juntamente com lighting designers para uma adequada compreensão dos espaços e de seus usos para que a iluminação possa influenciar beneficamente no tratamento hospitalar e contribuir para a qualidade dos serviços de saúde prestados pelos profissionais. Palavras-chave:Arquitetura hospitalar. Iluminação hospitalar. Humanização.

1. Introdução Este artigo se propõe a apresentar um estudo acerca da importância da iluminação em ambientes físicos hospitalares, tendo em vista o bem estar e a recuperação dos pacientes, e a qualidade das atividades realizadas pelos funcionários. Com referência ao contexto no qual o hospital está inserido, é necessário que alguns pontos sejam levados em consideração na hora de se projetar, devido a sua complexidade e extensão.

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Os principais fatores são: acessibilidade, usabilidade, funcionalidade, normas e legislação, conforto, ventilação, bem como a iluminação. A iluminação é um quesito indispensável para contribuir significantemente para as boas condições visuais, térmicas, e também proporcionar ambientes humanizados, capaz de constituir em um instrumento terapêutico para pacientes. Embora a edificação hospitalar abranja inúmeras instalações imprescindíveis à realização de atividades específicas, é importante entender, compreender e perceber os espaços pelo ponto de vista dos usuários, para que as questões voltadas à humanização, segurança e qualidade da assistência em saúde, dentre outras, sejam melhores exploradas, sendo a iluminação uma importanteferramenta nesse processo. Partindo do princípio que a iluminação está diretamente ligada a ambientes mais humanizados eà qualidade da assistência em saúde, este é um ponto a ser revisado e que carece de alguns cuidados especiais. Além disso, existe uma carência de linhas de luminárias específicas para o ambiente hospitalar, conforme constatado pela lighting designerNeide Senzi (SENZI, 2006) e, sendo assim, os estabelecimentos de saúde acabam utilizando peças e componentes inicialmente desenvolvidos para outro fim, sem levar em conta necessidades técnicas específicas e critérios de controle asséptico. Por exemplo, é comum o uso de luminárias com fechamento de acrílico leitoso, sem considerar e avaliar sua real eficiência, rendimento e eficácia na retenção de bactérias, resíduos e poeira. Diante do cenário explanado, este artigo tem por objetivo apresentar um estudo acerca da importância da iluminação nos ambientes hospitalares e a forma que a iluminação pode contribuir para um ambiente hospitalar mais humanizado. Optou-se porenfatizar as características da iluminação nesses ambientes, levando em consideração os diferentes usuários, como pacientes e funcionários. Tem-se por finalidade, salientar e discutir medidas técnicas que possam interferir positivamente nas condições físicas e psicológicas destes usuários, e investigar a possibilidade da iluminação possuir influência benéfica no tratamento de pacientes, auxiliando sua recuperação e reabilitação.

2. Iluminação A iluminação é um componente essencial na elaboração de projetos arquitetônicos, levando em consideração a iluminação natural e artificial, assim como o uso do ambiente e a atividade exercida naquele determinado espaço físico (Horevicz, 2007). Além disso, a iluminação deve atender às demandas de acordo com as diferentes percepções de um determinado grupo de usuários (pacientes e profissionais) para que os projetos atendam de uma forma geral as necessidades físicas, psicológicas e funcionais (Bins Ely, 2006). Dentro do contexto hospitalar, a iluminação não deve ser tratada somente como um recurso visual, mas também terapêutico, capazde trazer benefícios para a saúde do paciente ao proporcionar sensação psicológica do tempo, tanto do ponto de vista cronológico (ciclo circadiano) quanto climático (Corbella, 2003). Existe comprovação científica que demonstra a redução no tempo de internação quando o paciente tem noção de temporalidade, percepção da variação da luz durante o dia e visão para o exterior (Peccin, 2002). O uso adequado da iluminação natural também trás vantagens econômicas para o edifício através de uma boa eficiência energética como complementa Vera Lúcia Dutra Mascarello, 2005.

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Permitir o contato visual com o exterior e utilizar adequadamente a luz natural são fatores fundamentais, tanto para manutenção dos níveis de conforto visual e psicológico do usuário como para aumento da eficiência energética dos edifícios, pois um projeto de iluminação natural bem planejado diminuirá a necessidade de uso de iluminação artificial e de ar-condicionado.(MASCARELLO, 2005).

A iluminação artificial também é fundamental noespaço físico hospitalar, contribuindo para o conforto, bem-estar, segurança e qualidade do trabalho profissional (ANVISA, 2007). Do ponto de vista do paciente, a quantidade e qualidade adequada de iluminação artificial influenciam diretamente na sensação de bem-estar físico e mental, além de reduzir riscos de acidentes comuns.

Quanto a quantidade, deve-se lembrar que a percepção individual varia segundo os locais e a atividade, se contínua ou intermitente. Já a qualidade depende do índice de expressões e temperatura de cor. Por exemplo, a luz natural, cujo espectro é contínuo e completo, tem índice de expressão de cores igual a 100. (MATINS, 2004).

Em unidades de internação(figura 1), por exemplo, a luz indireta é mais recomendadadevido ao fato da área de visão do paciente geralmente ser o teto, evitando dessa forma, desconforto e ofuscamento (Costi, 2001), embora a luz direta possa ser necessária e utilizada quando houver atendimento assistencial.Por outro lado, do ponto de vista do profissional de saúde, além da prevenção de ocorrência de acidentes de trabalho, a iluminação artificial auxilia ainda na redução de erros em procedimentos assistenciais. Dessa forma, recomenda-se o uso de luz direta em ambientes assistenciais específicos, como em blocos cirúrgicos e salas de procedimentos (figura 2). Para se fazer uso adequado da luz artificial, deve-se levar em conta o brilho, tamanho e posição da fonte, contraste entre os pontos de luz e sombra, entre outros.

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Figura 1 – Exemplo de iluminação em unidade de internação. Fonte: CLIMAR Indústria de Iluminação SA.

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Figura 2 – Exemplo de iluminação em bloco cirúrgico. Fonte: CLIMAR Indústria de Iluminação SA.

3. Humanização Historicamente, o hospital passou a representar não apenas uma essencial fonte de cura, mas também um lugar com a função de prevenir doenças, restaurar a saúde, exercer funções educativas e promover a pesquisa, deixando de ser visto como um local somente para salvar vidas, mas também para melhorar a qualidade de vida (MIQUELIN, 1992).

O hospital, como instrumento terapêutico, é uma invenção relativamente nova, que data do final do século XVIII. A consciência de que o hospital pode e deve ser um instrumento destinado a curar aparece claramente em torno de 1780 [...](FOUCAULT, 1998 apud MATARAZZO, 2010).

A arquitetura hospitalar do Brasil, até a década de 90,desenvolveu soluções técnicas para os edifícios assistenciais em saúde de acordo com o surgimento dos avanços da medicina. Dessa forma, os projetos hospitalares buscavam atender as demandas dos diversos serviços a serem

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oferecidos nos estabelecimentos, havendo uma grande preocupação com as soluções de adequações físicas do espaço como: flexibilidade, modulação e funcionalidade (POMPEU, 2005 apud MATARAZZO, 2010). Após a década de 90, com o surgimento do conceito de humanização, os profissionais de arquitetura passam a adotar esse entendimento como ponto de partida para o desenvolvimento de projetos arquitetônicos de estabelecimentos de assistência à saúde. Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001 apud MATARAZZO, 2010), humanizar é:

[...] resgatar a importância dos aspectos emocionais, indissociáveis dos aspectos físicos na intervenção de saúde. Humanizar é aceitar essa necessidade de resgate e articulação dos aspectos subjetivos, indissociáveis dos aspectos físicos e biológicos. Mais do que isso, humanizar é adotar uma prática em que profissionais e usuários consideram o conjunto dos aspectos físicos, subjetivos e sociais que compõem o atendimento à saúde. Humanizar refere-se, portanto, a possibilidade de assumir uma postura ética de respeito ao outro, de acolhimento do desconhecido e de reconhecimento dos limites.

De uma forma geral, define- se humanização como a valorização dos processos de mudanças dos sujeitos – usuários, trabalhadores e gestores – na produção de saúde (PEREIRA, 2009).Humanização é entendida pelos autores do “Documento base para Gestores e Trabalhadores do SUS” (BRASIL, 2008) como:

- Valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores. - Fomento da autonomia e do protagonismo desses sujeitos. - Aumento do grau de co-responsabilidade na produção de saúde e de sujeitos. - Estabelecimentos de vínculos solidários e de participação coletiva no processo de gestão. - Identificação das necessidades sociais de saúde. - Mudança nos modelos de atenção e gestão dos processos de trabalho tendo como foco as necessidades dos cidadãos e a produção de saúde. - Compromisso com a ambiência, melhoria das condições de trabalho e de atendimento.

Uma das diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH) é a ambiência, ou seja, a criação de espaços saudáveis, que respeitem a privacidade, propiciem mudanças no processo de trabalho e sejam lugares de encontro entre pessoas (BRASIL, 2013). Do ponto de vista da arquitetura o conceito de saúde no ambiente físicohospitalar humanizado tem relação direta com aspectos sociais, culturais e psicológicos. Um bom projeto hospitalar deve levar em conta, além da necessidade técnica e das normas vigentes, o conforto dos usuários. Assim, recomenda-se incluir no projeto, por exemplo, espaços de convivência e jardins, com aproveitamento adequado da luz e garantia de conforto térmico, buscando sempre um equilíbrio entre luz natural e artificial (MARTINS, 2004). Comprovadamente, a existência de áreas verdes específicas em unidades hospitalares proporcionam benefícios para a saúde dos usuários, incluindo a redução dos sintomas de ansiedade e depressão, do nível de estresse e, consequentemente, diminuição do consumo de medicamentos pelos pacientes internados, auxiliando de maneira efetiva na sua recuperação (ULRICH, 1984, 1991, 1999, 2001, 2003 apudDOBBERT, 2010). Existem ainda outros

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estudos evidenciando que há redução de queixas relacionadas à saúde quando os pacientes frequentam ambientes mais humanizados com contato com áreas externas, como jardins e praças (ULRICH, 1984, 2001 apud DOBBERT, 2010). Os autores Lukiantchuki e Caram (2008) citam o trabalho do arquiteto João Filgueiras Lima, conhecido também como Lelé, que busca projetar edifícios que integram as atividades desenvolvidas com o ambiente físico. Segundo o arquiteto, além do rigor em relação à funcionalidade, os edifícios hospitalares devem ser projetados levando-se em conta os aspectos de humanização e o conforto dos pacientes(LUKIANTCHUKI; SOUZA, 2010).

[...] Ninguém se cura somente da dor física, tem de curar a dor espiritual também. Acho que os centros de saúde que temos feito provam ser possível existir um hospital mais humano, sem abrir mão da funcionalidade. Passamos a pensar a funcionalidade como uma palavra mais abrangente: é funcional criar ambientes em que o paciente esteja à vontade, que possibilitem sua cura psíquica. Porque a beleza pode não alimentar a barriga, mas alimenta o espírito. ’’ (LIMA, 2004 apudLUKIANTCHUKI; SOUZA, 2010).

Lelé busca a humanização por meio da inserção de amplos espaços coletivos no programa da arquitetura hospitalar, buscando incorporar estratégias passivas de conforto ambiental, visando a construção de edifícios mais confortáveis e econômicos(LUKISNTCHUKI; SOUZA, 2010). Tem-se como exemplo as unidades da Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, presentes em algumas capitais do país, que se caracterizam por uma concepção arquitetônica de integração aos princípios de organização do trabalho desenvolvido e aos diferentes programas de reabilitação, com atenção especial à humanização do tratamento e qualidade de vida dos pacientes. Essa integração resulta nos amplos espaços da Rede Sarah, com seus jardins e solários, na humanização do ambiente hospitalar e nas enfermarias coletivas, com o sistema de assistência progressiva e o melhor aproveitamento dos recursos disponíveis (Figuras 3 a 6).

Figura 3 – Desenho original (feito por Lelé) do Centro Comunitário da Unidade de São Luís.

Fonte: Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação (www.sarah.br)

Figura 4 – Atendimento sendo realizado no

Hospital Sarah Kubitschek na unidade de São Luís. Fonte: Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação

(www.sarah.br)

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Figura 5 – Hospital Sarah Kubitschek Unidade Brasília.

Fonte: Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação (www.sarah.br)

Figura 6 – Áreas internas com ligação ao exterior do Hospital Sarah Kubitschek Unidade Brasília.

Fonte: Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação (www.sarah.br)

Para Lelé, assim como os jardins, as obras de arte também são incorporadas em seus projetos como instrumento adicional com capacidade de contribuir no processo de cura e recuperação dos pacientes (LUKISNTCHUKI; SOUZA, 2010).

Lelé acredita que a vibração da luz natural conduz à calma com maior eficiência. Qualquer pessoa sensível se emociona quando contempla uma obra de arte, do mesmo modo que se emociona ao ouvir uma música agradável. E toda emoção positiva que ajuda na cura dos pacientes se torna terapêutica. (LUKIANTCHUKI, MarieliAzoia; CARAM, Rosana Maria, 2010).

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Figura 7 – O médico. Pintura de Luke Fildes (1891). Fonte: Wikipedia.

4. Aspectos Legais e Normativos de Ambientes Hospitalares e Iluminação Dentro dos aspectos legais e normativos referentes à iluminação, o iluminamento ou iluminânciaé uma grandeza expressa em lux (lx) que pode ser medida por um aparelho denominado luxímetro. Este consegue indicar o fluxo luminoso de uma fonte de luz que incide sobre uma superfície ou plano, situada a certa distancia dessa fonte, ou seja, consegue medir a quantidade de luz dento de um ambiente (BURINI,2001). Os projetos arquitetônicos hospitalares devem levar em conta as normas reguladoras do Ministério da Saúde, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, dos Planos Diretores e dos Códigos de Edificações Municipais. A Portaria 1884/94, principal norma em âmbito federal, estabelece as normas para projetos de estabelecimentos assistenciais de saúde, relacionando os espaços que demandam iluminação natural e aqueles de necessitam obrigatoriamente deiluminação artificial. Por outro lado, questões de segurança relativas a sistemas elétricos são regulamentados pela NBR 13534/95 e a iluminação de emergência pela NBR 10898/2013. Mais especificamente, a NBR 5413/92 trata de requisitos básicos para o uso da iluminação artificial “iluminância de interiores”, comopor exemplo, a indicação de iluminâncias médias mínimaspara as diversas atividades assistenciais, considerando a dificuldade da tarefa visual, a idade do usuário e a refletância do fundo da tarefa.

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A iluminação natural é um ponto muito vagotanto na NBR5413/92 quanto na maioria dos Códigos de Edificações Municipais que somente recomendam que as aberturas para entrada de iluminação natural correspondam à pelo menos 1/6 da área do piso do local a ser iluminado, desconsiderando qualquer obstrução externa e orientação solar. Percebe-se que as normas nacionais ainda se encontram incompletas com recomendações de apenas 42 atividades nos estabelecimentos de saúde, enquanto a normas internacionais apresentam 120 atividades. Assim, existe uma dificuldade para profissionais envolvidos com projetos nessa área e trabalhos de pesquisa para a verificação de iluminâncias naturais interiores no Brasil, uma vez que há divergências entre os países em relação as iluminâncias recomendadas para as diversas atividades visuais, além de diversos fatores que levam a essas variações.

5. A importância do aproveitamento da luz natural nos ambientes hospitalares A utilização da iluminação natural em ambientes de saúde é extremamente importante tanto para os pacientes quanto para os profissionais que farão uso da mesma. A luz natural tende a higienizaros ambientes hospitalarestransmitindo uma sensação de conforto e tende a proporcionar uma sensação de temporalidade ao se fazer uma conexão com o exterior, através das horas do dia e das estações do ano (COSTI, 2001). A luz natural ajuda na contenção dos custos operacionais em relação ao consumo de energia elétrica, auxilia a reduzir o uso de medicamentos e o tempo de internação de pacientes, contribui na prevenção de doenças como estresse e depressão, além de cooperar no aumento da produtividade da equipe médica e de enfermagem (VASCONCELOS, apud MOREIRA, 2010).

Porém, considerando-se a grande variação da luz natural ao longo do dia, espaços onde a uniformidade da iluminação seja fundamental, como salas de cirurgia, laboratórios e radiologia, não devem utilizar a luz natural como a principal fonte de luz. Exceção pode ser feita desde que o sistema de integração entre as duas fontes (natural e artificial) tenha dispositivo de controle automático e com resposta rápida às mudanças do nível de iluminação natural. Em relação à quantidade de iluminação natural, as normas inglesas BSI 73/82 (BSI, 1982) e a BSI 8206/92 (BSI, 1992), recomendam porcentagens de CLD2 para diversas atividades. Para enfermarias hospitalares a recomendação é de 1%. A análise dos valores de iluminâncias provocadas pela iluminação natural com base nas faixas supracitadas, poderá determinar a necessidade ou não de complementação dos níveis de iluminaçãocom luz artificial (MOREIRA, 2010).

Um estudo divulgado pela Universidade de São Paulo – USP, o Centro Brasileiro de Informação de Eficiência Energética – PROCEL Info (2008), demostrou que no Brasil,a iluminação natural é pouco explorada comparada a principais capitais europeias. Moreira (2010) explica que há alguns anos, havia um pensamento em relação ao aquecimento excessivo do ambiente causado pela carga térmica que acompanha a radiação luminosa natural, no qual gerou uma limitação na utilização da iluminação natural uma vez que:

Segundo Moore, toda energia acompanha cada fonte luminosa virtualmente convertida em calor dentro da edificação. De acordo com a International EnergyAgency – IEA, edificações projetadas para otimizar a luz natural podem ser supridas pela mesma em mais de 70% de sua necessidade anual de iluminação

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diurna, enquanto que edificações comuns este percentual situa-se entre 20 a 25%. Ghisi e Tinker afirmam que a densidade de potência instalada em iluminação e o consumo de energia são fortemente afetados pelas condições climáticas relativas à posição geográfica da edificação, pela quantidade de luz natural disponível e pela integração desta luz como sistema de iluminação artificial. A integração do sistema de iluminação artificial com a luz natural vinda de janelas consiste na forma mais simples e de menor custo para o aproveitamento de luz natural, conclusão induzida a partir da pesquisa de Ghisi e Tinker em 2006, que experimentaram a captação da luz natural através de fibras óticas. Verificou-se que estas fibras até podem aumentar a economia e energia, entretanto, o investimento é pouco atrativo quando comparado com a integração do sistema de iluminação artificial com a luz natural vinda de janelas (Moreira, 2010).

A luz artificial deve ser vista sempre como uma complementação da luz natural e nunca como substituição da mesma, além do clima tropical do Brasil que favorece um maior aproveitamento da iluminação natural dentro das edificações. (CORBELLA e YANNAS, 2003).

6. Iluminação artificial: eficiência e economia O sistema de iluminação é um requisito essencial para atender as diversas exigências visuais presente nos ambientes hospitalares, e em ambos os casos, iluminação natural e artificial, têm-se como principal função o fornecimento da quantidade de luz suficiente para execução das tarefas visuais. Um bom projeto de iluminação utiliza da luz para proporcionar ambientes mais confortáveis e propiciar sensação de bem-estar aos seus diversos usuários, além de contribuir na contenção de gastos e reduzir o consumo de energia (MASCARELLO, 2005). Na iluminação artificial hospitalar, considerações de ordem econômica e médica são levadas em consideração tanto para utilização de lâmpadas quanto na utilização de luminárias. Para essas especificações, deve-se levar em conta o rendimento luminoso dos equipamentos, a sua vida útil, fluxo luminoso, temperatura de cor, reprodução de cores, assepsia, proteção, etc.(PECCIN, 2002). As lâmpadas possuem temperatura de cor e a sua medida é expressa em Keivin (K). Esta possui influência direta na produção de condições visuais necessárias para identificação das cores, que se torna um critério indispensável em ambientes hospitalares paradiagnosticar alterações orgânicas nos pacientes (AS/NZS, 1997). Para oferecer condições apropriadas para que os trabalhos assistenciais à saúde sejam realizados com qualidade e eficiência, a AS/NZS recomenda o uso lâmpadas com temperatura de cor entre 3300K a 5000K (AS/NZS, 1997). Além da temperatura de cor, deve se levar em consideração se a lâmpada possui uma composição equilibrada das cores azul, amarelo e vermelho, pois assim, pode se dizer que a fonte de luz possui uma boa reprodução de cor (IlluminatingEngineeringSocietyof North America, 1995). Na iluminação artificial, as luminárias a serem utilizadas em ambientes físicos hospitalares devem seguir os requisitos técnicos, legislativos e normativos, além de levar em conta a manutenção, os possíveis reparos posteriores e o acúmulo de poeiras (CLIMAR). Na elaboração de projetos luminotécnicos, deve considerar uso do ambiente e a atividade exercida naquele determinado espaço físico para que a iluminação artificial venha a contribuir

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de forma significativa para a qualidade dos serviços e bem estar dos usuários (Horevicz, 2007).

Alas infantis, por exemplo, precisam ter maior uniformidade nas cores e tonalidades de luz, porque o contraste e a escuridão total deixam as crianças assustadas. Já em setores geriátricos, a prioridade é evitar o ofuscamento da vista, uma situação comum ocasionada pelo desgaste tanto da retina quanto da córnea. Espaços como a fachada do prédio devem ser bem iluminados, porém o uso de holofotes convencionais é um método rejeitado por organismos internacionais, como o Leed – em inglês, significa Liderança em Energia e Design Ambiental. Na recepção, luzes com menor intensidade de cor criam um clima mais aconchegante para os pacientes e seus acompanhantes. A sala de espera do Pronto Atendimento pode receber abajures e luzes indiretas, para criar um ambiente quase residencial e assim diminuir o nível de estresse geralmente encontrado (SOUZA, 2013).

7. Conclusão

De acordo com as informações apresentadas, pode-se concluir que a arquitetura hospitalar requer profissionais qualificados da área de projetos, juntamente com lighting designerspara uma adequada compreensão dos espaços e de seus usos para que a iluminação possa influenciar beneficamente no tratamento hospitalar e contribuir para a qualidade dos serviços de saúde prestados pelos profissionais. Foi possível observar que a iluminação, assim como a humanização são capazes de transformar os ambientes hospitalares em espaços mais agradáveis e confortáveis, além de influenciar no comportamento dos usuários, contribuindo beneficamente para o tratamento e recuperação de pacientes e proporcionar sensações de conforto, equilíbrio e bem-estar. O tema abordado tem várias dimensões, compreendendo de uma forma ampla e articulada diferentes aspectos dos quais um bom projeto de iluminação hospitalar deve seguir, e nesse sentido, tem-se a iluminação como uma forma de promover a saúde.

8. Referências

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ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5413/1992: Iluminância de Interiores. Rio de Janeiro, 1992.

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