O papel do professor na motivação dos alunos no ensino de língua inglesa
A importância da motivação para a aprendizagem da língua inglesa um estudo construído em uma...
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA- UNEB
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO-CAMPUS XIV
CURSO-LETRAS/INGLÊS
MILENA OLIVEIRA DA PAIXÃO
A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM DA
LÍNGUA INGLESA: UM ESTUDO CONSTRUÍDO EM UMA CLASSE
DO NONO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Conceição do Coité
2011
MILENA OLIVEIRA DA PAIXÃO
A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM DA
LÍNGUA INGLESA: UM ESTUDO CONSTRUÍDO EM UMA CLASSE
DO NONO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade do Estado da Bahia-UNEB – Campus XIV de Conceição do Coité, para obtenção do grau de Licenciatura em Letras com habilitação em Língua Inglesa Orientadora: Profª Ms. Mª Cezarela O. de Carvalho.
Conceição do Coité
2011
MILENA OLIVEIRA DA PAIXÃO
A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA
INGLESA: UM ESTUDO CONSTRUÍDO EM UMA CLASSE DO NONO ANO DO
ENSINO FUNDAMENTAL
Monografia apresentada à Universidade do Estado da Bahia,
Departamento de Educação, Campus XIV, como requisito final
à conclusão do Curso de Licenciatura em Letras com
Habilitação em Língua Inglesa.
Aprovada em: ___/___/___
Banca examinadora
_______________________________ Maria Cezarela Oliveira de Carvalho – Orientadora Universidade do Estado da Bahia – Campus XIV _________________________________________ Neila Maria Oliveira Santana Universidade do Estado da Bahia – Campus XIV _________________________________________ Irenilza Oliveira Universidade do Estado da Bahia – Campus XIV
Conceição do Coité
2011
Agradecimentos
Agradeço a Deus por tudo, pela força, coragem e perseverança. Por ter iluminado o
meu caminho e a minha mente toda vez que eu, no decorrer desse trabalho, me
deparava com grandes dificuldades e pensava em desistir. Obrigada pela Luz.
Obrigada por não ter me deixado fraquejar nunca.
Agradeço aos meus pais, por ter acreditado em mim, no meu potencial. Ao meu
marido pelo apoio em todos esses anos. E toda a minha família.
Aos professores Paulo de Tarso, Irenilza Oliveira, Letícia Telles, Maiana Rose,
Nilzete Silva e agora Neila Santana e Cezarela, que contribuíram direta ou
indiretamente na realização desse trabalho.
Aos funcionários Margareth, pelo carisma e paciência, e Henrique, pela dedicação e
amizade.
Enfim, a todos que, em todo momento, estiveram do meu lado.
“Como Professores, conscientes ou inconscientes, somos antes de tudo
educadores, e educamos mais pelo que somos pelo que dizemos...”
(Solange Ribeiro)
RESUMO
Esse trabalho tem como objetivo analisar como o desejo e/ou necessidade de aprender tornam – se potencializadores motivacionais do aprendizado de língua inglesa, em uma classe do nono ano do Ensino Fundamental da escola municipal Antônio Nunes Gordiano Filho, localizada em Salgadália, na tentativa de propor alternativas que contribuam para aumentar o nível de motivação dos alunos. Para isso, foi realizado um estudo de caso de base qualitativa, que dialogou com a teoria de aquisição de Stephen Krashen, os conceitos de Brown sobre afeição e carinho, variáveis relevantes dentro do processo de aquisição de uma língua, além de Vigotsky e Wallon, que tratam da dissociação entre cognição e afetividade. Outros aspectos também discutidos foram a relação professor – aluno e tipos de motivação. A partir daí formou – se a base teórica que possibilitou a análise e discussão dos resultados encontrados. Palavras-chave : Motivação. Aprendiz. Ensino / aprendizagem. Língua Inglesa
ABSTRACT
This study aims to examine how the desire and / or need to learn become motivational enhancers of learning English in a ninth year class of elementary school, at Antonio Nunes Gordiano Filho municipal school, located in Salgadália in an attempt to propose alternatives in order to contribute to increase the level of students’ motivation. For this, we conducted a case study of qualitative basis, supported by Stephen Krashen'stheory about acquisition, Brown’s concepts about affection and warmth, the relevant variables within the process of acquiring a language, and Vygotsky and Wallon, who deal with the dissociation between cognitive and affective factors. Other aspects discussed were the teacher –student relationship and types of motivation. Those studies formed the theoretical basis that allowed the analysis and discussion on the findings.
Key-words: Motivation. Learner. Teaching / learning. English language
LISTA DE SIGLAS
MBTI: Myers – Briggs Type Indication
LI: Língua Inglesa
PCN: Parâmetros Curriculares Nacionais
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I - UMA ABORDAGEM TEÓRICA SOBRE A MOTIVAÇÃO
PARA APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA
1.1 Elementos da motivação
1.2 O papel do Professor no processo de ensino / aprendizagem
1.3 O processo de aprendizagem
1.4 Os sete princípios para a boa prática na educação
2 METODOLOGIA
2.1 Caracterização da população
3 ANÁLISE DOS DADOS
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
APÊNDICES
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26
29
33
35
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9
INTRODUÇÃO
No final dos anos 90, algumas pesquisas ao redor do mundo começaram a
mostrar resultados em que mostram uma preocupação maior, por parte dos
professores e da classe em geral, com relação aos aspectos motivadores fortemente
influenciadores do processo de ensino - aprendizagem. Dentro do âmbito escolar, os
métodos de ensino e os professores são voltados ao modo de como a língua é
adquirida e a relevância dos aspectos desejo e necessidade de aprender uma língua
estrangeira.
Realizadas em contextos de sala de aula, as pesquisas destacaram o papel
de variáveis afetivas como motivação, autoconfiança, ansiedade e também o papel
do professor em facilitar a aquisição da língua inglesa.
Diante disso, surgiu a intenção de diagnosticar a qualidade do estímulo
fornecido pelo professor na situação de aprendizagem. A importância dada por parte
dos professores aos aspectos desejo e necessidade em se aprender uma língua
estrangeira, para os mais diversos fins: viagem, trabalho, ou por questões sociais
como motivadores de grande relevância na apreensão e fixação de uma língua
estrangeira como a língua inglesa.
Cada vez mais o lado afetivo da aquisição de uma segunda língua atrai a
atenção de pesquisadores e professores. Diante de alguns resultados de pesquisas
sobre a afetividade na aquisição de uma segunda língua, seguido de muita pesquisa
nota - se a existência de relações substanciais entre variáveis afetivas e de
proficiência. Variáveis como motivação, autoconfiança e ansiedade afetam o
processo de aquisição (HURD, 2002).
Para alguns autores como Gardner (1994), o comportamento do professor
pode influenciar positiva ou negativamente no desejo e na disposição do aprendiz
em aprender e continuar o aprendizado da língua em questão. A motivação pode ser
uma atitude do professor. Sabido por ele que os alunos são seres humanos com
necessidades, é importante descobrir caminhos para motivá-los a alcançar seus
objetivos.
O desejo em realizar essa pesquisa surgiu da necessidade de verificar como
as variáveis afetivas desejo/necessidade de aprender tornam - se potencializadores
motivacionais do aprendizado da língua inglesa em uma classe do nono ano do
ensino fundamental de uma escola de Salgadália. Com base em algumas
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experiências vividas na academia, a partir de observações feitas nos estágios,
dentre outras, sentiu – se a necessidade de investigar a influência desses aspectos
no processo de aquisição de LI. O que leva o aluno a aprender um novo idioma?
Verificar, inclusive, se há uma mediação significativa por parte dos professores,
objetivando uma boa relação do aluno com o objeto de estudo (a língua inglesa).
A pesquisa em questão, está fundamentada também em outros autores como
Freire (1996), Brown (1994),Bakhtin (1999), Piaget(1969), Vigotsky (1992), dentre
outros.
Com base nos pressupostos teóricos desses autores, o primeiro capítulo
dessa pesquisa aborda os elementos da motivação. As necessidades que o ser
humano possui e o desejo de satisfazê – las. Considerando que o ser em questão
aqui é o aluno, o seu comportamento, o que o leva agir, pensar, se comportar de
determinado modo, com fundamentos ligados à Psicologia, mais especificamente na
Psicologia da motivação. Ainda nesse capítulo, trata – se do trabalho do professor
em sala de aula, sua conduta enquanto mediador do conhecimento. O que implica
fortemente à afetividade e consequentemente o aprendizado. O interesse por dois
dos sete princípios, citados nesse capítulo, para a boa prática na educação é
relevante, na medida em que fora constatada nas observações a interação professor
– aluno dentro e fora da sala de aula, quando esse for de boa qualidade, assim
como o respeito às diferentes formas de aprendizagem resultam em um ensino de
aprendizagem.
O segundo capítulo refere – se à fundamentação metodológica característica
dessa pesquisa, baseada nos princípios de um trabalho científico, co base nos
procedimentos técnicos, suas formas de estudo, a fim de descrever o fenômeno
referido através de números obtidos por meios de observações, registro de fatos, ao
mesmo tempo em que descreve os sujeitos e o tipo da pesquisa.
O terceiro capítulo traz descrita a análise dos dados obtidos com a aplicação
do roteiro de entrevista com os alunos, que serviram de fomento para a conclusão
do trabalho. E por último o quarto capítulo, retratando as considerações obtidas
depois do caso estudado, das teorias analisadas e as conclusões feitas pelos
colaboradores da pesquisa referida, considerando a forte influência positiva ou
negativa das variáveis que motivam o aluno a aprender a língua inglesa. Qual o
papel dos aspectos desejo e necessidade de aprender o inglês, como motivadores
do aprendizado, assim como o estímulo dado pelo professor aos alunos de uma
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classe do nono ano do nível fundamental de uma escola de Salgadália, Conceição
do Coité, Bahia dentre outros fatores internos e externos que os levam a adquirir
uma segunda língua.
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CAPÍTULO I
UMA ABORDAGEM TEÓRICA SOBRE A MOTIVAÇÃO PARA APRENDIZAGEM
DA LÍNGUA INGLESA
1.1 Elementos da motivação
O ser humano é um ser de necessidades. Em seu desenvolvimento, o seu
comportamento se baseia na satisfação dessas necessidades, que, por sua vez,
estão sempre em processo de criação, de “mutação” e por muitas vezes, inventadas
pelo próprio homem. Considerando que o objeto desse estudo é o comportamento
do aluno de língua inglesa em relação à motivação e às necessidades em aprender,
esse estudo buscou fundamentos na Psicologia, mais especificamente na psicologia
da motivação, que visa estudar os motivos, os instintos que levam os alunos a agir,
a se comportar de determinada maneira. Tendo como base a Psicologia, na tentativa
de explicar esse comportamento observado, conhecendo cada vez mais elementos
que explicam a conduta humana, pode-se ter uma maior abrangência de elementos
possíveis que possam ajudar o homem a conciliar seus desejos e necessidades.
Alguns autores como Rogers e Maslow (1991) em seus estudos, dão ênfase a
fontes intrínsecas de motivação, que são as de maior relevância nesse trabalho,
uma visão humanista que se preocupa com as necessidades de auto-realização, a
tendência realizadora existente em um ser humano. De acordo com esses autores, o
Homem em seu desenvolvimento, é freqüentemente motivado pela necessidade de
realizar os seus objetivos. Necessidades estas que vêm desde criança.
Outra abordagem preocupada com a motivação é a cognitivista, a qual
defende o comportamento como ação determinada pelo nosso pensamento. As
pessoas reagem às suas próprias interpretações externas, o que implicará num
determinado comportamento. Tanto as teorias de Maslow e Rogers quanto a
cognitivista são abordagens em que a motivação intrínseca é da maior relevância.
Abraham Maslow determinou que todo ser humano é motivado por
necessidades específicas, que diferem porém, quanto ao momento vivido por esse
ser. O autor organizou uma pirâmide indicando que a nossa motivação para realizar
as necessidades do topo (que ele identificou como necessidades de ser) só surgirá
quando as da base forem satisfeitas (necessidades de sobrevivência). Assim
organizadas, não implicam, porém, que o homem ao alcançar o topo da pirâmide, a
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motivação se acabe, pelo contrário ela irá aumentar na busca de uma maior
satisfação.
Essa teoria aponta ainda os tipos de necessidades que Maslow considerou
exaustivas e mutuamente exclusivas:
1- Necessidades Fisiológicas: São aquelas necessidades que se tem mais
urgência em satisfazê-las, como necessidade de alimentação, de sono e repouso,
de abrigo e o desejo sexual.
2- Necessidades de Segurança: Na ordem, quando satisfeitas as
necessidades fisiológicas, o Homem busca satisfazer a necessidade de estar
protegido, busca uma vida sem perigos.
3- Necessidades Sociais (relacionamentos): necessidades de associação,
participação, de amizade, amor e integração.
4- Necessidades de Estima. São aquelas relacionadas ao sentimento de auto-
apreciação social, de respeito, de status, de prestígio e de consideração.
5- Necessidades de Autoconfiança. São necessidades tidas como menos
urgentes aquelas relacionadas à competência e realização do potencial de cada
indivíduo, de desenvolvimento, etc.
Dentro dessa perspectiva, percebe-se que a motivação de uma pessoa
envolve o atendimento dessas necessidades em todas as dimensões humanas.
Podem ser físicas, espirituais, emocionais e intelectuais, porém, as satisfações
dessas necessidades podem apresentar ênfase em determinada dimensão por
conta das diferenças psicológicas de cada indivíduo. Não existe ainda um estudo
conclusivo sobre a questão das dimensões humanas, mas Covey (2004) salienta
que no mundo, as seis religiões principais concordam com Corpo, Alma e Espírito
como as dimensões que norteiam os estudos do comportamento humano. O autor
considerou a alma como duas dimensões distintas: a mente e a emoção,
acreditando que há necessidades próprias a cada uma dessas dimensões. Então,
temos quatro: corpo, coração, mente e espírito, onde espírito é a dimensão central.
Para cada dimensão, Covey associou uma necessidade: Ao espírito (central),
associou significado e contribuição (realização de Maslow). À mente ele associou
desenvolvimento, ao coração associou relacionamento, que corresponde à
necessidade de participação de Maslow. E ao corpo associou sobrevivência
(correspondentes as necessidades fisiológicas e de segurança de Maslow). Cabe
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lembrar que essa proposição de Covey é uma evolução da teoria de Maslow, porém,
requer uma busca maior por um entendimento mais profundo da motivação humana.
Surge uma nova ampliação dessa hierarquia com pequenas alterações da
terminologia como um aprimoramento das idéias de Covey, com o intuito de obter
uma compreensão mais clara da natureza humana e suas necessidades. Assim
representadas na figura a seguir:
Figura 1: As necessidades de natureza humana
Percebe-se então que a necessidade de sobrevivência é muito maior, mais
urgente do que todas as outras. Por último, vem a necessidade de Realização.
Antes de fazer uma associação das necessidades com os tipos psicológicos,
é de grande relevância que sejam esclarecidos e fundamentados as funções
psicológicas.
Baseados na teoria de Carl Gustav Jung (1991), os tipos psicológicos são
características de uma atitude geral que se manifesta de muitas formas individuais.
Orientadas pelas funções psicológicas básicas temos: pensamento, sentimento,
intuição e sensação, as quais se dividem em dois grupos: de julgamento (o uso da
razão, tomada de decisões) e de percepção (percepção do que acontece). Logo, as
funções de julgamento são referentes à pensamento e sentimentos e as de
percepção são sensação e intuição.
A combinação das duas atitudes (julgamento e percepção) e das quatro
funções (pensamento, sentimento, sensação e intuição), originou oito tipos
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psicológicos e ainda inspirou o desenvolvimento do MBTI (Myers-Briggs Type
Indicator – Myers Briggs, 1997). No entanto, o que nos interessa é conhecer e
entender as funções e a que dimensões estão ligadas.
A função Sensação está ligada ao corpo, pois é nele que encontramos o
sentido, e a partir da percepção que o indivíduo obtém que poderá produzir
condições que lhe forneça subsídios que garanta a satisfação da necessidade de
sobrevivência.
A função Sentimento está ligada a emoção. É através da emoção que o
indivíduo consegue se relacionar.
A função pensamento está ligada a razão, pois é através dela que o indivíduo
adquire mecanismos que indicam suas escolhas com o objetivo de satisfazer a
necessidade de capacitação.
A função intuição está ligada ao espírito, pois é nele que o individuo obtém
visões de futuro voltadas ao bem comum com o intuito de satisfazer as
necessidades de realização.
Portanto, no quesito necessidade, podemos concluir que cada indivíduo
possui necessidades que se diferem entre si e que a capacidade de satisfazê-las
está inteiramente ligada à motivação. É a motivação que vai determinar o
comportamento e atitudes desse indivíduo que muitas vezes não é visível, pois não
há preocupação com a necessidade mais urgente do indivíduo.
O termo motivação refere-se ao impulso interno que leva à ação. Na área da
psicologia, a questão principal é “por que o indivíduo se comporta de maneira como
ele o faz?” (RUDOLPH, 2003, p. 25). A Psicologia busca entender por que os seres
humanos e animais em determinadas situações escolhem, iniciam e mantém
determinadas ações. Essas ações direcionam e intensificam os objetivos de um
indivíduo. Motivação, em outras palavras, é um conjunto de fatores psicológicos
(conscientes ou inconscientes) de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais
agem entre si e determinam a conduta de um individuo, despertando sua vontade e
interesse para uma tarefa ou ação conjunta. A motivação é algo que está dentro das
pessoas, portanto, não é certo dizer que alguém motiva alguém, o que acontece é
que nós somos influenciados a todo o momento pelo meio externo, incluindo
pessoas ou coisas.
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O que se pode fazer, dentro do contexto escolar, é despertar a inteligência, o
interesse, fazendo a pessoa perceber que pode sempre aprender mais,
despertando-lhe ânimo e vontade de ampliar seus conhecimentos.
Considerando que motivar significa fornecer um motivo para a ação, em
relação à aprendizagem, cabem aqui algumas considerações sobre o que é e como
se dá esse processo. Oliveira (2002) apresenta uma definição de aprendizagem
bastante considerável, pois está ligada, segundo ele, à interação social:
Aprendizado ou aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes, valores, etc. A partir de seu contato com a realidade, o meio ambiente, as outras pessoas. É um processo que se diferencia dos fatores inatos (...) justamente por sua ênfase nos processos sócio-históricos, a idéia de aprendizado inclui a interdependência dos indivíduos envolvidos no processo... cujo inclui sempre aquele que aprende, aquele que ensina e a relação entre as pessoas (VIGOTSKY apud OLIVEIRA, 2002, p. 57).
Vygotsky, em suas pesquisas, ressalta que no processo de alfabetização
(primeira língua) é de grande importância o contato que o indivíduo deve ter com a
cultura do ambiente- o meio externo- promovendo a aprendizagem e despertando
também processos internos. Esse processo se dá igualmente quando a
aprendizagem é de uma segunda língua.
Segundo Snnygg apud Pilz (2003, p. 9) “os motivos têm a função de
energizar, provocando o comportamento”. Para o autor o processo de aprendizagem
quando provocado por uma motivação, de forma natural, pode alcançar grandes
resultados, de forma a conscientizar os alunos para a dinâmica da vida e do seu
desenvolvimento individual. Assim sendo, os indivíduos passarão facilmente pelos
obstáculos que certamente encontrarão no processo, sentindo prazer pelo que estão
fazendo.
Os motivos norteiam a vida de um ser na busca de satisfazer suas
necessidades, em busca do resultado que pretende alcançar. Dentro do contexto
escolar, a motivação é um dos vários problemas que os professores enfrentam em
sala de aula, talvez o mais difícil. Principalmente quando se trata de um aprendizado
de uma segunda língua. Mas apesar de toda essa dificuldade, o professor não deve
punir ou ameaçar, pois pode acarretar numa turma rebelde, insatisfeita, etc. O
professor deve estimular e analisar até que ponto o aluno sabe para então estimulá-
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lo no ponto mais próximo possível de sua dificuldade. Começando por atividades
das mais fáceis para as mais complexas. Buscar atividades que desenvolvam uma
aprendizagem significativa, usando métodos de trabalhos dialéticos.
Dessa forma, a motivação será sempre válida no intuito de incentivar ao
desencadeamento de impulsos no interior do adolescente ou da criança, na tentativa
de fazê-lo querer participar das atividades escolares.
Esse estudo teve como inspiração também outras teorias como a de Krashen
(1984), por exemplo, que se refere ao input que é o insumo recebido pelo aluno
através do professor, que influencia diretamente na afetividade, pois tem que ser de
boa qualidade e de uma quantidade adequada, que implicará no aumento ou não do
filtro afetivo, ou seja, quanto mais nervoso, mais ansioso, com desmotivação, baixa
auto-estima o aluno tiver, bloqueará o insumo e refletirá numa aprendizagem sem
efeitos.
Brown vem sustentar a tese de que os alunos, que estão aprendendo uma
segunda língua, tendem a desenvolver uma nova identidade, a pensar e agir de
forma diferente, podendo facilmente criar um senso de fragilidade, de defesa, de
inibição. Cabe ao professor tratá-los com afeição e carinho, fornecê-los um suporte
afetivo necessário para que ele consiga assimilar o que está sendo estudado.
O autor ainda dividiu esses aspectos em três fases: linguagem, autoconfiança
e risk-taking.
A linguagem, segundo ele, refere-se ao fato de que os aprendizes de uma
segunda língua se sentem tolos e humilhados ao tentar aprender, e no ato, faltar
palavras ou estar face a face com um estrangeiro e não conseguir se comunicar é
bastante comum. Daí a importância do suporte afetivo dado pelo professor, com
intuito de desenvolver a auto-estima e autoconfiança;
A autoconfiança: o eventual sucesso que um estudante tem no aprendizado,
ou pelo menos em parte, deve-se á sua crença de que ele é totalmente capaz de
realizar as atividades. Algumas atividades propostas pelo professor podem facilitar o
principio anteriormente citado a emergir (BROWN, 1994).
Essa fase refere-se às atividades verbais e não verbais dadas aos alunos.
Tais atividades devem ser aplicadas de forma a fazer com que os alunos percebam
que possuem a capacidade necessária para o aprendizado. Sempre seguindo a
seqüência dos mais fáceis para os mais difíceis, de forma a estimular o aluno a
realizá-los.
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Risk-taking, dentro da filosofia educacional, é assumir riscos, é a capacidade
de pôr em prática abertamente a língua recém aprendida, e usar nas mais diversas
situações e “contextos”.
Buscou - se também Vygotsky e Wallon com a teoria que condenam a
dissociação de cognição e afetividade. Esses autores denunciam a separação entre
esses aspectos. Fundamentaram seus estudos numa teoria monista, que entende
esses dois aspectos como processos indissociáveis. Preocupados com uma
compreensão do homem como um todo (o homem em sua totalidade), suas
necessidades e dos interesses pessoais.
Ainda dentro dessa visão monista, volto-me para Gardner, refletindo nas
mudanças ocorridas na interação professor-aluno. Essas mudanças estão
relacionadas ao questionamento dos meios didáticos e metodológicos empregados e
também á evolução da psicologia, nas ultimas décadas. Isso foi causado pela
tentativa de se atingir a “eficácia docente” na sala de aula, que por sua vez, passou
por diversos conceitos. A interação entre o professor e aluno em sala de aula, era
levada de forma autoritária pelo docente, dominada pelas características pessoais
dos professores, sem levar em consideração os aspectos psicológicos, as aptidões
ou inteligências múltiplas dos alunos (professor- transmissor X aluno receptor). Essa
mudança, baseada numa nova corrente filosófica, a do existencialismo, diz que “o
homem é aquilo que constrói para si” (SARTRE, 1943, p. 26) logo, preocupa-se
numa relação pela qual o foco não é somente o professor, mas o aluno
individualmente e seu envolvimento social.
É de extrema importância que o professor conheça, reconheça que o aluno
traz algo consigo. A tendência, na maioria das vezes, é de o professor inicialmente,
pensar que o aprendiz não sabe nada, que aprender é passar da ignorância ao
saber. Ao contrário, o aluno traz sempre algo: aptidões, saberes anteriores e
saberes paralelo e acima de tudo, um projeto de realização pessoal que será
facilitado pelo profissional. A ligação entre esses dois agentes é fortemente
recíproca. O facilitador continua aprendendo com seus alunos, tendo a ocasião e
permissão de realizar o seu próprio conhecimento e saber.
Portanto, a relação professor-aluno, como toda relação, é de dois pólos. E é
de competência desses dois pólos determinarem o clima dessa relação, porém, de
forma diferente para cada um, sendo que o professor que toma a maior parte das
iniciativas, mostrando o caminho que esta relação deve se estabelecer.
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Morrissom e Mclntyre (1997) analisaram a personalidade do professor em
termos de concreto e abstrato. Tendo o concreto como tendências por ambientes de
estruturas simples, inclina-se a impor objetivos, etc. O abstrato é aquele professor
mais flexível às necessidades, e desigualdades, com maior cordialidade, tem um
maior envolvimento nas tarefas. Essas diferenças entre essa dicotomia interferem no
aprendizado e refletem-se nas reações dos alunos. Dentro desses termos, Maslow
(1991), caracteriza o professor de forma bipolar: o professor como controlador,
avaliador (aprendizagem do tipo extrínseco) e o professor condutor de um trabalho
pedagógico que se interessa pelas necessidades dos alunos, respeita o estimulo do
aprendiz, condicionador e facilitador. O que resultará numa realização satisfatória de
objetivos estimulará a criatividade, imaginação, consciência de um ser que existe e
que interage com o seu mundo capaz, inclusive de transformá-lo.
Essa visão monista do homem, citada por Vygotsky e Wallon, assume que a
interação que se estabelece entre o professor/ aluno/ objeto de conhecimento, não
está somente voltada para a dimensão cognitiva, mas também, está inteira e
fortemente marcada pela afetividade. Contrária a uma visão que entende o homem
como um ser dividido entre racional/emocional, corpo/mente, afeto/cognição. Essa
visão vem “bater de frente” com a visão monista. Esses autores, nesse sentido,
salientam o valor fundamental de uma interação social que é essencial para o
desenvolvimento humano e defendem ainda a relação existente entre o ambiente
social e os processos afetivos e cognitivos.
Fora das dimensões referentes às relações professor/aluno e aprendiz/língua
(objeto de estudo), Leite e Tassoni (2002, p.13), direcionaram seus estudos para
outra dimensão; a do trabalho pedagógico: “é possível afirma que a afetividade está
presente em todas as etapas do trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor, o
que extrapola a sua relação Tetê -a – Tetê com o aluno”.
Esses autores, em seus estudos, enfatizam cinco decisões tomadas pelo
professor, em seu planejamento, as quais certamente implicarão fortemente os
aspectos afetivo-cognitivos, e ainda poderá interferir futuramente na relação
aluno/objeto de estudo. São elas:
1- Para onde ir- a escolha dos objetivos de ensino;
2- De onde partir- o aluno como referencia;
3- Como caminhar- a organização dos conteúdos;
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4- Como ensinar- a escolha dos procedimentos e atitudes de ensino;
5- Como avaliar- uma decisão contra ou a favor do aluno.
1.2 O papel do professor no processo de ensino - aprendizagem
“O bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até intimidade do movimento do seu pensamento.Sua aula é assim, um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus
alunos cansam, não dormem. “Cansam porque acompanham as idas e vindas do seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas”. (FREIRE, p.96).
Para Paulo Freire (1996), o trabalho do professor em sala de aula, seu
relacionamento, o professor com uma conduta autoritário-licenciosa, competente/
incompetente, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal humorado
sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, tanto um
quanto o outro deixam marcas profundas nos alunos, implicando fortemente às
dimensões afetivas.
Em contra partida, esse trabalho busca, ainda, fundamentos baseados na
teoria de Siqueira (2005), que atribui valores à afetividade, confiança, empatia e
respeito entre alunos e professores, porém, afirma que os educadores não podem
permitir que tais sentimentos venham interferir no cumprimento ético de seu dever
de professor. Preocupado com situações do gênero diferenciado como, por exemplo,
determinado aluno que obteve uma nota ruim: “como o professor pode melhorar
essa nota para que esse aluno não fique para recuperação?” (Siqueira, 2005, p.10),
norteado pelos fatores amizade, empatia, afeição, etc.
Para enfatizar o que foi dito aqui anteriormente por alguns autores, direta ou
indiretamente, Gadotti (1999) enfatiza o papel do professor que busca pôr em prática
o diálogo, o educador que não se coloca na posição de detentor do saber e sim, na
posição de que não sabe tudo, reconhecendo que mesmo um analfabeto é portador
do conhecimento mais importante: o da vida (daí a importância das interações
sociais). O professor deixa, então, de ser detentor, para ser o facilitador, o mediador
de informações, conhecimento para o aluno, conhecimentos estes de suas
inteligências múltiplas.
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1.3 O processo de aprendizagem
Muitos autores têm teorias fundamentadas no processo de aprendizagem,
como por exemplo, Piaget (1969) porém, esse trabalho sustenta – se teoricamente
em Gagné (1971), por destacar uma série de tipos de aprendizagem que vão da
simples associação de estímulos à complexidade da solução de problemas. Esse
autor classificou os tipos de aprendizagem e indicou formas diferentes de utilização,
para cada um deles, no que concernem as estratégias de ensino, a saber:
Aprendizagem de signos-(reflexo condicionado).
Aprendizagem Estimulo- resposta (condicionamento operante).
Aprendizagem em cadeia (serie de ligações estimulo-resposta).
Aprendizagem de associações verbais (tipo complexo de aprendizagem em
cadeia).
Aprendizagem de discriminações múltiplas (processo de associações e
discriminações).
Aprendizagem de conceitos (entendimento de propriedades abstratas).
Aprendizagem de princípios (relação entre dois ou mais conceitos).
Aprendizagem de resolução de problemas (elaboração de um novo principio
combinando princípios já aprendidos.
Tanto essa teoria de Gagné, quanto as de Piaget e Skinner, as quais não
houve a necessidade de um aprofundamento nesse trabalho, indicam alguns
conceitos comuns que facilitam o entendimento desse processo que leva o nome do
terceiro subtítulo desse capítulo, os quais podem ser resumidos dessa forma:
O agente da aprendizagem é o aluno. O professor, nesse processo, age como
um facilitador, orientador.
As diferenças individuais entre os alunos devem ser respeitadas e a
aprendizagem deve ser acompanhada de maneira um pouco mais
individualizada.
A aprendizagem de qualquer assunto requer uma continuidade lógica e
psicológica.
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Em se tratando de um aprendizado de língua inglesa, assim como qualquer
outra segunda língua, essas teorias se encaixam perfeitamente. Nesse caso, a
aprendizagem precisa ter um significado maior, ela deve estar relacionada com
conhecimentos, experiências e vivencias do aluno. Os aprendizes precisam sentir-se
aptos a transferir o que aprenderam para outras situações da vida. Dessa forma, a
afetividade pode ser alcançada, o filtro afetivo pode ser diminuído.
Considerando todo um perfil de um aprendiz de língua estrangeira, é
importante deixar claro que o aluno de língua inglesa requer uma maior atenção, e
que, mais do que em qualquer outro caso, a educação deve ser focada no
aprendizado do aluno e não no ensino do professor, por levar em conta toda uma
série de fatores como emocional, fragilidade e até mesmo de identidade.
A relação professor-aluno e aluno-objeto de estudo, são de fundamental
importância em todas as dimensões da aprendizagem, inclusive em um aprendizado
de LI, e afetam diretamente no aspecto afetivo.
Quando o facilitador crer, mesmo em grau modesto, um clima de sala de aula caracterizado por tudo o que pode empreender de autenticidade, apreço, empatia; quando confia na tendência construtiva do individuo e do grupo, descobre então, que inaugurou uma revolução educacional (...) a aprendizagem transforma-se em vida, vida existencial. Dessa forma, o aluno, às vezes com entusiasmo, relutantemente em outros casos, comporta-se como alguém que está passando por uma aprendizagem, por certa mudança (ROGERS, 1972).
O professor de língua inglesa tem que planejar conteúdos e atividades que
sejam significativas para eles. É necessário que os mediadores utilizem-se de
estratégias de ensino de forma contextualizada, relacionando o contexto escolar
com a cultura, com o social do aprendiz. Segundo Paiva (2005), o processo de
aprendizagem segue um procedimento que se refere á ligação que o aluno faz com
o que quer aprender e o que já sabe, ou seja, construir o conhecimento baseado no
que ele já conhece a projeção dos conhecimentos que já possui nos conhecimentos
novos, buscando estar mais próximo do que se quer aprender.
Segundo os pressupostos dos PCNs (2001), o ensino de uma língua
estrangeira não se baseia somente nas dimensões de uma sala de aula, mas
também fora dela. O professor tem que ser flexível, podendo criar, refletir, buscar
inovações que refletirá em um melhor desempenho do aluno.
23
Por fim, a língua estrangeira está inserida na educação fundamental, no
âmbito de uma educação plena de cidadania, pois, o aprendiz vive em um mundo
globalizado e precisa estar inserido neste, de forma a obter informações que
necessita para usar uma língua que não é a dele, em situações diferentes como
comunicação, formação, informação, interação e etc.
1.4 Os setes princípios para a boa prática na educação
Esse trabalho tem como inspiração, os setes princípios para a boa prática na
educação de ensino superior. Relacionando – os com o ensino fundamental.
Utilizou-se somente o primeiro e o sétimo princípios desses pressupostos teóricos.
Esses princípios foram criados com o objetivo de ajudar no atendimento às
mudanças educacionais necessárias no ensino superior, que também ocorrem no
ensino médio e ensino fundamental (para este, fez-se referencia apenas aos 1° e 7º
princípios), pois esses princípios são aplicáveis a qualquer tipo de aluno,
dependendo das circunstâncias envolvidas:
O primeiro princípio- A boa prática encoraja o contato entre o aluno e
professor.
A aplicação dos sete princípios para a boa prática baseada nas teorias de Galf e
Dients indicou que professores que apresentam uma interação com os alunos fora
da sala de aula, representam maior efetividade entre os alunos e colegas. Do
mesmo modo, os estudantes que obtiveram maior resultado, aptidões, escolha de
carreira, comprometimento intelectual, tiveram um maior contato com seus
professores. Esses autores concluíram, então que, a relação entre professor e aluno
fora da sala de aula pode representar melhores resultados sobre os alunos. Essa
interação acontece- é bom salientar- de maneira informal. Levando sempre em conta
assuntos do interesse dos alunos.
É fato comprovado, então, que a interação professor- aluno dentro e fora da sala
de aula resulta em um ensino de qualidade e ajuda os estudantes a alcançarem
seus objetivos.
O segundo princípio – A boa prática encoraja a cooperação entre os alunos.
De acordo com esse princípio, o processo de aprendizagem é mais efetivo
quando resulta de um esforço de equipe, o que aumenta o envolvimento com a
24
aprendizagem. Técnicas que propiciam a interação entre os alunos são mais
eficazes às técnicas utilizadas em aulas expositivas.
O terceiro princípio – A boa prática encoraja a aprendizagem ativa.
Trata – se de algumas ações fundamentais dos professores em sala de aula
como, por exemplo, fazendo conexões do conteúdo com a vida real e as
experiências pessoais, utilizar - se de jogos, simulações, etc. Com isso,
conseqüentemente, o aluno quebra a postura passiva desempenhada por ele no
processo, agindo como um mero receptor do conhecimento.
O quarto princípio – A boa prática fornece feedback imediato
Segundo Santos (2002, p.75), em todos os estágios da sua vida acadêmica o
estudante precisa de oportunidades para refletir sobre o que já aprendeu, sobre o
que ainda precisa aprender e sobre como fazer sua auto avaliação. Trata – se de um
retorno de qualidade que ajuda o aluno a focar seus objetivos da aprendizagem. O
feedback imediato direcionados aos erros dos aprendizes é fundamental nesse
processo.
O quinto princípio – A boa prática enfatiza o tempo da tarefa
Esse princípio baseia – se na variável tempo. Refere – se à quantidade
destinada pelos professores ou instituição ao tempo consumido nas realizações de
atividades, de contato com o material em sala de aula relacionado com o processo
de ensino. Em síntese, é a definição do tempo das aulas, o número de aulas
semanais que implica em um ensino mais eficaz. No caso de aulas de língua
inglesa, esse princípio é também de grande relevância, pois, sabe - se que o tempo
alocado para as aulas de inglês do ensino fundamental I e II, assim como no ensino
médio, segundo os PCN´s, é bastante reduzido. A questão é, nesse contexto, saber
utilizar o tempo, gerenciar a realização das tarefas, a aplicação de outros princípios,
o fornecimento do feedback, dentre outros.
O sexto princípio – A boa prática comunica altas expectativas
Este outro enfatiza o senso desafiante do professor buscando alcançar um
melhor rendimento dos alunos. Os resultados obtidos quando o professor assume
essa conduta desafiadora, mas realizável para o desempenho do aluno, são bem
maiores. Os estudantes dão mais valor para as disciplinas consideradas difíceis,
pois são mais exigidos e com isso, constroem para si um senso de responsabilidade.
25
O Sétimo princípio- A boa prática respeita os diversos talentos e as diferentes
formas de aprendizagem.
Esse princípio reconhece a necessidade de o professor compreender os
diferentes talentos e estilos de aprendizagem que os alunos trazem para a sala de
aula. Estudos feitos por Claxton e Murrel apud Chickerig e Gamsom (1991),
destacaram os seguintes resultados:
Estudantes conscientes de seus próprios estilos de aprendizagem, e fazem
uso de estratégias adequadas de ensino, obtém um melhor resultado.
A combinação entre os métodos utilizados pelo mediador e os estilos de
aprendizagem dos alunos resulta em uma melhoria do processo de
ensino/aprendizagem.
Os alunos podem ainda, expandir seus estilos de aprendizagem.
O professor de língua inglesa desempenha um papel fundamental no processo
de aquisição. O sucesso do aluno e do professor, consciente de seus atos, depende
de sua conduta, sua ética, seu trabalho pedagógico, a escolha de suas estratégias
de ensino, a habilidade em utilizar o tempo em suas aulas de forma adequada,
depende ainda de sua característica afetiva. Todos esses fatores implicam em uma
motivação dada ao aluno, em satisfazer suas necessidades mutantes, determinando
o comportamento e as atitudes tomadas pelos aprendizes. O professor, como
mediador do conhecimento, também em processo de aprendizado, pode e deve
influenciar a todo o momento, despertando a inteligência, a vontade de aprender
algo mais, o ânimo do aluno. O resultado é completamente satisfatório. Cabe ao
educador, buscar variar suas técnicas, seus métodos de ensino na tentativa de
alcançar, de “abraçar” toda essa diversidade do alunado, respeitando sempre suas
individualidades.
26
CAPITULO II
METODOLOGIA
Pesquisar significa procurar respostas para indagações, propostas. É a busca
de soluções a um problema, através do emprego de processos científicos. A
pesquisa constitui em um caminho para se chegar à ciência, ao conhecimento, por
meio da utilização de diferentes instrumentos. Dentro da modalidade cientifica, esta
se difere de qualquer outra pelo método, pelas técnicas, assim como pela tipologia.
No que se refere a este trabalho, a partir das questões do problema, busca – se
explicações e soluções possíveis seguindo alguns métodos de estudo.
2.1 Fundamentação metodológica
Esse trabalho classifica - se, segundo as formas de estudo do objeto, em uma
pesquisa descritiva, por se tratar da descrição do fenômeno pesquisado, no caso
aqui, a motivação e suas variáveis desejo e necessidade no ensino de língua inglesa
no nono ano do ensino fundamental II de uma escola do distrito de Salgadália, onde
foram realizados, em semestres anteriores estágios supervisionados II e III com este
mesmo grupo. Trata – se de um trabalho que foi realizado através de observações,
registro dos fatos, analisados e interpretados sem qualquer interferência, objetivando
descobrir a influencia dos aspectos desejo e necessidade no aprendizado do público
em questão, suas características, causas e conseqüências.
2.2 O tipo da pesquisa
Com base nos procedimentos técnicos utilizados, essa pesquisa constitui um
estudo de caso onde foi escolhida em situações anteriores à pesquisa, com
observações feitas e inquietações levantadas, uma turma do nono ano da Escola
Antonio Nunes Gordiano Filho, situada no distrito de Salgadália, onde pode - se
diagnosticar a falta de motivação por parte dos alunos em aprender a língua inglesa.
O alunado, em sua maioria, não sentia necessidade alguma em aprender inglês, a
não ser que fosse para adquirir nota.
27
2.3 Técnicas de coleta
Foi realizado dentro do estágio supervisionado do ano de 2009, observações
seguido da aplicação de questionários em uma sala de 38 alunos (somente 28
estavam na sala durante a aplicação), compostas por adolescente do nono ano da
escola.
Segundo Sanchez (2006), a observação é uma técnica de coleta de dados
utilizados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de
determinados aspectos da realidade. As observações foram feitas em momentos
diferentes da aplicação do questionário, o que ajudou a identificar e obter provas a
respeito do problema em questão, em relação às variáveis que orientam o
comportamento do aprendiz de LI. Não foram notadas e/ou sentidas alterações nos
resultados das observações pelo fato de o pesquisador estar presente no momento,
não houve problema algum quanto à espontaneidade e o comportamento do público
– alvo. Após o período de observações, foi realizada a aplicação de questionários a
mesma turma, constituído por uma série ordenada de perguntas, que foram
respondidas por escrito, na presença do regente da turma. O questionário foi
construído a partir de perguntas claras e objetivas, com base nos objetivos dessa
pesquisa, a fim de obter respostas válidas para a análise dos dados obtidos. As
questões foram elaboradas com base em alguns fatores peculiares que podem
implicar numa desmotivação por parte dos alunos, que são: o nervosismo; o medo
de errar; a atitude do professor; conteúdos; relação professor – aluno; atividades
preferenciais (afetivas ou corriqueiras); o que motiva os alunos nas resoluções das
tarefas; a obtenção dos recursos para o auxílio à aprendizagem; se tem computador
em casa; se dispõe de internet; os sites que costumam visitar; se usam o inglês para
algum fim; se sente necessidade em aprender inglês; se deseja aprender alguma
outra língua, etc.
2.4 Os sujeitos do estudo
Como já foi dito um pouco a cima, o público – alvo do estudo de caso foi uma
turma do nono ano do ensino fundamental, composto por adolescentes. Esse
mesmo grupo é subdividido em dois, pelo fato de existir alunos que residem na zona
28
rural do distrito e outros que moram no considerado centro, ou seja, dois grupos que,
apesar de a distância não ser tão grande, pertencem a realidades diferentes. Mesmo
com essa disparidade dentro dessa sala, os questionários foram aplicados a todos
ao mesmo tempo, em outubro de 2009.
Com o levantamento de dados, foi feito um trabalho de sistematização e
organização dos mesmos, para que fosse possível ser feita uma análise da
realidade social e local na tentativa de identificar os fatores que implicam numa
baixa motivação no caso estudado.
29
CAPÍTULO III
DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Com base nos princípios de uma pesquisa, o instrumento escolhido para uma
medição, como já foi dito no capítulo anterior, foi uma observação seguida de uma
aplicação de um questionário realizado no colégio Municipal Antonio Nunes
Gordiano Filho, a fim de comprovar a relevância da motivação no ensino de língua
inglesa, assim como verificar como os aspectos desejo e necessidade
desempenham um grande papel motivacional em relação ao aprendizado de língua
inglesa no nono ano.
As questões foram distribuídas e organizadas com base em uma técnica
dividida em três grupos:
Grupo A- elementos relevantes
Grupo B – elementos complementares
Grupo C- dados que podem ser desprezados.
Na análise dos dados, a ordem do questionário não confere com a
apresentada na descrição que se segue adiante. Serão analisadas por ordem de
importância, sendo as quarta, quinta e sexta questões que serão analisadas
primeiramente, por estarem mais ligadas ao objetivo desse estudo, em seqüência,
analisarei as questões 1 e 2.
A tabela abaixo representa os dados a respeito da variável necessidade
(questão de número 4), que surgiu no intuito de diagnosticar o grau desse aspecto
entre os alunos dessa escola.
No seu dia - a – dia, você sente necessidade de aprender inglês?
Tabela 1: Necessidade de aprender
Respostas Números de
alunos
%
SIM 26 92,8
NÃO 2 7,2
TOTAL 28 100
30
Dentre os vinte e oito entrevistados, a maioria deles respondeu que sente a
necessidade de aprender a língua inglesa, totalizando 92,8%. Apesar de muitos
estudos e mesmo com a crença de muitos professores, os dados comprovam que no
caso estudado, apesar de ser alunos de interior, de uma zona rural, eles sentem
necessidade por que percebem que o inglês está de alguma forma presente no seu
dia-a-dia. Veja-se abaixo o que dois alunos responderam:
“... o inglês está presente em várias coisas como: controle remoto, embalagem de
produtos, etc.(J. 2009);
“... quando tem aparelho de DVD ou alguma coisa parecida, ás vezes precisamos
saber o inglês para apertar o botão correto (M.2009).
Em seguida, a tabela 2 representa os dados referentes à questão número 5,
que foi questionado se eles acreditam em um dia precisar usar a língua e pra quê?
Tabela 2: Necessidade de uso da língua inglesa pelos alunos.
Respostas Numero de alunos %
SIM 28 100
NÃO 0 0
TOTAL 28 100
Como se pode observar na tabela acima, de forma unânime, todos os alunos
acreditam que no futuro vão precisar usar a língua inglesa, porém, para fins
diferentes. Dentre outros motivos, prevaleceu à opinião daqueles que acreditam que
irão precisar aprender inglês para ingressar no mercado de trabalho, logo depois
vem o interesse em fazer viagens internacionais, em último lugar aparecem os que
desejam aprender para se comunicar. Esses dados não fogem da realidade sabida
pelos especialistas e professores. Estudos foram feitos e diagnosticados antes deste
presente trabalho e vários cursos espalhados pelo país e pelo mundo que oferecem
subsídios para aprendizes que desejam o aprendizado de inglês para determinados
fins.
“Existe algum motivo especial que te leve a aprender inglês? Qual?
31
Quando essa questão foi passada para os alunos, vinte e seis responderam
que sim e duas pessoas responderam não. Os motivos maiores que os levam a
aprender inglês se diferem da seguinte forma:
Tabela 3: Motivos para a aprendizagem do inglês.
MOTIVOS NÚMERO DE ALUNOS %
Entretenimento (música, jogos, download) 5 17,8
A forte influencia da língua 3 10,7
Desejo de comunicar-se 5 17,8
Profissão 8 28,5
Afeição á língua 3 10,7
Não souberam responder 4 14,2
Observa-se que nesse quesito, prevaleceram dois motivos especiais, que
foram o entretenimento, seja ele para busca de musicas , entender a linguagem dos
jogos, cultura, viagens e a possibilidade de se comunicar com pessoas de vários
países, principalmente pelo fato de a língua ser bastante influente no mundo.e o
objetivo de ter uma boa profissão. “... o inglês está presente em nossa vida (Raquel,
2009), “... a importância que o inglês tem, pois não é à toa que ele está classificado
como uma das línguas mais usadas...”( B. 2009).
A tabela de número quatro consta os dados obtidos através da questão de
número um, que teve como objetivo, juntamente com as questões de número dois e
três,conhecer os recursos utilizados por tais alunos para aprender inglês.
Tabela 4: “Você tem computado em casa?”
Respostas Número de alunos %
Sim 9 32,1
Não 19 67,9
Total 28 100
Observa- se assim, que uma grande minoria possui computador em casa,
porém, todos têm a consciência da importância da língua inglesa para facilitar o uso
32
da internet, pois, mesmo aqueles que não têm em suas casas essa ferramenta,
recorrem à lan houses quando querem acessar a Web.
No que se refere à questão de número dois, obteve – se os seguintes dados:
Tabela 5: “O que você costuma buscar na internet?”
Tipos de busca na internet Número de alunos %
Não usa 2 7,1
Música 2 7,1
Orkut/MSN 10 35,7
Notícias 3 10,7
Pesquisas escolares 6 21,4
Outros 2 7,1
Jogos 3 10,7
Total 28 100
Sente-se por parte dos alunos, que são vários os tipos de busca, os tipos de
necessidades com relação ao uso de internet, prevalecendo o uso de sites de
relacionamento e bate-papo, resultado já esperado por se tratar de uma turma de
adolescentes com realidades e idades divergentes.
Com base nesses dados, pode-se fazer uma análise e algumas reflexões
sobre a questão que constitui o problema dessa pesquisa. Apesar de ter sido
observado em vários momentos, nessa escola referida, assim como em outras já
visitadas e comentadas por outros professores, os alunos em geral não têm muita
afinidade, afeição a LI, enfim não tem um desejo intrínseco de aprender essa nova
língua, mas, por outro lado, sentem a necessidade de adquirir a mesma, devido à
sua grande influência numa era globalizada, seja ela utilizada para diversos fins.
33
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização desta pesquisa surgiu do desejo de verificar qual a influência que
as variantes motivacionais desejo e necessidade desempenham no ensino –
aprendizagem de língua inglesa. De que forma esses aspectos motivam os alunos a
alcançarem seus objetivos. O que leva o estudante a querer adquirir uma língua que
não é a dele e que parece, ás vezes, tão distante de sua realidade. Sendo assim,
pode-se concluir que no caso estudado, a necessidade desempenha um papel
fundamental na motivação do aprendiz em adquirir a LI devido à forte influência da
língua em suas vidas, à necessidade de interar-se ao mundo globalizado, o domínio
cibernético dos computadores, da comunicação em geral que os fascinam,
fortalecendo as teorias citadas aqui.
Necessidades que se diferenciam e que norteiam o comportamento e
desenvolvimento do ser humano, em busca de satisfazê-las. Os dados levantados
foram indispensáveis para que a pesquisa obtivesse resultados válidos, onde
permitiu fazer uma reflexão dos papéis em que as variáveis citadas e o papel do
professor desempenham na vida escolar e social do educando.
Esse trabalho foi de inteira relevância, pois, pode-se conhecer melhor os
alunos, seus desejos, anseios. Assim como conhecer o material escolhido pela
escola para as aulas de inglês, o tempo das aulas alocadas pelo projeto da escola
municipal, conhecer outros professores de língua estrangeira e saber o quanto é
difícil ser docente de uma disciplina que ainda é tida como desnecessária até pelos
colegas de trabalho, pois, a disciplina “inglês” não reprova o aluno (nessa escola), o
que pode aumentar a desmotivação por ambas as partes, o que faz com que se
torne desnecessário a aplicação de avaliação, a participação do professor em
conselhos de classes, etc. O professor deve estar preparado pedagógicamente,
metodológicamente e inclusive mentalmente para poder dar o suporte necessário
aos alunos e principalmente tornar a sua vida profissional mais prazerosa.
Aponta-se na pesquisa realizada na Escola Antonio Nunes Gordiano Filho
que os alunos do nono ano do ensino fundamental apresentam as expectativas
definidas por Abraham Maslow referentes às Necessidades Sociais, de
Relacionamento, seguindo um perfil de comportamento e de identidade citado por
Brown, a qual afirma que o aluno tende a desenvolver um senso de fragilidade, de
defesa, inibição, etc. Isso foi detectado na turma em questão, nos momentos de
34
observação e de realização do estágio supervisionado e da aplicação dos
questionários. O comportamento, as atitudes dos alunos são inteiramente marcadas
pela motivação em realizar os seus objetivos e que a afetividade e a relação
professor-aluno interferem diretamente na relação aluno-língua, podendo interferir
no aprendizado.
Portanto, todos os agentes do processo de aprendizagem, professor, aluno,
gestores e também as autoridades, devem fazer a sua parte na busca em aumentar
a motivação em LI e obter uma educação plena, ou seja, a todos os cidadãos e a
todos os níveis de ensino do Brasil.
35
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WALLON,H. A evolução psicológica da criança.Lisboa: Edições 70,1968.
37
APENDICE A - ROTEIRO PARA ENTREVISTA
1- Você tem computador em casa ?
2- O que você costuma buscar na internet ?
3-Você usa o inglês para alguma coisa ?
4-No seu dia – a- dia, você sente necessidade em aprender inglês ?
5- Acredita que um dia vai precisar ?
6- Existe algum motivo especial que te leve a aprender inglês ?Qual ?
7- Deseja aprender uma outra lingua ?Qual ?
8- Você se sente nervoso ao responder alguma atividade em inglês ?
9- O que te faz ficar nervoso ?
10- Quais as atividades que você mais gosta de fazer?
11- As atividades passadas pelo professor faz – te sentir como ?(nervoso, à vontade,
confiante...)
12- O que o fazia responder as atividades ?
UNIVESIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO –CAMPUS XIV
CURSO – LETRAS COM HABILITAÇÃO EM LI
DISCENTE- MILENA OLIVEIRA DA PAIXAO