A Importancia Das Redes Sociais Na Recuperacao e Reinsercao Social de Usuarios e Dependentes de...

16
Aula 10

description

ESTUDO QUE FAZ PARTE DO CURSO DO SENAD

Transcript of A Importancia Das Redes Sociais Na Recuperacao e Reinsercao Social de Usuarios e Dependentes de...

  • Aula 10

  • Aula 10A importncia das redes sociais na

    recuperao e reinsero social de usurios e dependentes de lcool e outras drogas

    Os ObjeTivOs desTA AulA sO:

    conhecer os objetivos das Redes Sociais conhecer o funcionamento das Redes Sociais

    saber como utilizar as Redes Sociais na preveno do uso de drogas e a importncia da participao coletiva

    TpiCOs

    Rede Social Objetivos das Redes Sociais

    Caractersticas a serem identificadas e desenvolvidas no trabalho em rede

    Participao comunitria e a construo de Redes Sociais

    As Redes Sociais e a preveno do uso de drogas Desafios no trabalho preventivo nas comunidades de

    baixa renda Importncia da participao de todos

    Bibliografia Atividades

  • A importncia das redes sociais na recuperao e reinsero social de usurios e dependentes de lcool e outras drogas | Aula 10

    p.243

    Rede social O conceito de Rede Social, como um conjunto de relaes que vinculam indivduos a outros indivduos, vem se ampliando dia a dia, medida que se percebe o poder da cooperao como uma atitude que enfatiza pontos comuns em um grupo, gerando solidariedade e parceria.

    O homem comea a estabelecer sua rede de relaes desde o momento em que nasce. A convivncia com a famlia fornece os primeiros aprendizados e a aquisio dos hbitos da cultura a socializao, que depois se estende para outros pontos da rede social. pela convivncia com pessoas e grupos que se moldaro muitas caractersticas pessoais e valores determinantes para sua identidade social.

    Identidade social o conjunto de caractersticas individuais reconhecido pela comunidade da qual a pessoa faz parte.

    Surge, assim, o reconhecimento da influncia dos grupos como elemento decisivo para a manuteno do sentimento de valorizao pessoal e de pertencer a uma comunidade. Todo indivduo precisa de aceitao e nos relacionamentos, na amizade e na vida em grupo que ele ir expressar e suprir essa necessidade. Os vnculos estabelecidos entre as pessoas so definidos por afinidades e interesses comuns. O grupo, ento, passa a influenciar o comportamento, funcionando como um ponto em uma rede de referncia, que composta tambm por outros grupos, pessoas ou instituies, cada qual com uma funo especfica na vida da pessoa.

    o equilbrio dessas interaes que vai determinar a qualidade das relaes sociais e afetivas do indivduo com os pontos de sua rede, que so: a famlia, a escola, os amigos, os colegas de trabalho, a insero comunitria, entre outros.

  • Mdulo 4 | Como intervir em casos de abuso ou dependncia de lcool e outras drogas: modalidades de tratamento e encaminhamento

    p. 244

    Objetivos das Redes sociais

    favorecer o estabelecimento de vnculos positivos por meio da interao entre os indivduos

    gerar oportunidades de um espao para reflexo, troca de experincias e busca de solues para problemas comuns

    estimular o exerccio da solidariedade e da cidadania

    mobilizar pessoas, grupos e instituies para a utilizao de recursos existentes na prpria comunidade

    estabelecer parcerias entre setores governamentais e no-governamentais, para implementar programas de orientao e preveno, relacionados a problemas especficos apresentados pelo grupo

    Pensar em rede traz a possibilidade de desenvolver capacidades e potencialidades, seja de pessoas, instituies ou comunidades. A rede promove um aumento da integrao, modificando as condies de vida, no apenas em relao satisfao das necessidades bsicas, mas melhorando o relacionamento entre todos e suas responsabilidades para com o grupo.

    Uma rede social se estabelece e se consolida medida que se associam os princpios da responsabilidade pela busca de solues com os princpios da solidariedade.

    preciso que cada indivduo busque, dentro de si, o verdadeiro sentido da gratificao pessoal atravs da participao, potencializando aes para o fortalecimento das redes sociais.

  • A importncia das redes sociais na recuperao e reinsero social de usurios e dependentes de lcool e outras drogas | Aula 10

    p.245

    Caractersticas a serem identificadas e desenvolvidas no trabalho em rede

    Acolhimento capacidade de acolher e compreender o outro, sem impor quaisquer condies ou julgamentos, ou impor-se.

    Cooperao demonstrao do real interesse em ajudar e de compartilhar responsabilidades na busca das solues.

    Disponibilidade demonstrao e associao a um compromisso solidrio.

    Respeito s diferenas tnicas, econmicas, religiosas e sociais reconhecimento da diversidade e respeito por ela.

    Tolerncia capacidade de suportar a presena ou interferncia do outro sem sentimento de ameaa ou invaso.

    Generosidade demonstrao de um clima emocional positivo (apoio, carinho, ateno e dar sem exigir retorno).

    A figura abaixo ilustra um exemplo da articulao das caractersticas de rede:

    importanteA rede , ao mesmo tempo, uma

    proposta de ao e um modo

    espontneo de organizao,

    atravs do qual torna-se possvel

    criar novas formas de convivncia

    entre as pessoas.

  • Mdulo 4 | Como intervir em casos de abuso ou dependncia de lcool e outras drogas: modalidades de tratamento e encaminhamento

    p. 246

    participao comunitria e a construo de Redes sociais

    A fora da participao em um projeto social ou em uma comunidade vai alm do suprimento de carncias econmicas, pois, a vivncia comunitria um dos veculos para a ampliao da viso de mundo das pessoas e gerao de conhecimentos.

    Na ao comunitria, o importante a cooperao, cuja fora se d no estabelecimento de uma corrente solidria em que cada pessoa importante tanto quanto sua necessidade como em relao sua disponibilidade para ajudar, participando ativamente da formao da rede.

    A ao comunitria constitui tambm um exerccio para a cidadania e transformao social, a partir dos valores que fazem parte da realidade do grupo. Por exemplo, pessoas que pertencem a uma comunidade religiosa podem se sentir mais fortalecidas por compartilharem valores e crenas. Assim, a instituio fortalece no indivduo o sentimento de pertencer e se torna para ele um espao de acolhimento espiritual e suporte afetivo.

    O trabalho comunitrio pode ser definido a partir de duas dimenses:

    a participao, que gera mudanas na maneira de as pessoas se posicionarem diante do problema. Esse trabalho adquire, assim, mais fora, porque se fundamenta na contribuio e no compromisso de todos

    as parcerias mltiplas, que permitem uma percepo global dos recursos da comunidade, sejam eles materiais, culturais ou espirituais, evitando que a interveno seja restrita ao de especialistas. O trabalho exige a utilizao de recursos j existentes na comunidade e muitas vezes desconhecidos

  • A importncia das redes sociais na recuperao e reinsero social de usurios e dependentes de lcool e outras drogas | Aula 10

    p.247

    As Redes sociais e a preveno do uso de drogas

    O uso de drogas um importante problema de sade pblica, com enorme repercusso social e econmica para a nossa sociedade. Apesar dos esforos do poder pblico e da sociedade civil na busca de alternativas, o aumento do consumo e o fato de as pessoas experimentarem vrios tipos de drogas cada vez mais cedo deixam um alerta em uma direo comum:

    preciso prevenir! Prevenir no sentido de educar o indivduo para assumir atitudes responsveis no manejo de situaes de risco que possam ameaar a opo pela vida.

    Essa viso enfatiza a preveno no apenas como um pacote pronto de divulgao de informaes sobre drogas, mas como um processo que envolve a contribuio de todos, partilhando responsabilidades, estreitando parcerias e aproveitando o que h de positivo na comunidade. Assim, ganha destaque o saber construdo entre todos no encontro de vrias experincias.

    A articulao de diferentes pontos da rede social pode melhorar os espaos de convivncia positiva entre as pessoas, favorecendo a troca de experincias para a identificao de situaes de risco pessoal e possveis fragilidades sociais que possam levar ao uso de drogas.

    importante observar que, segundo a Organizao Mundial de Sade - OMS, so fatores de risco ao uso de drogas:

    ausncia de informaes adequadas sobre as drogas

    insatisfao com a sua qualidade de vida

    pouca integrao com a famlia e a sociedade

    facilidade de acesso s drogas, dentre outros

    H um carter transformador nessa nova forma de pensar e prevenir o uso de drogas a partir do trabalho comunitrio e de construo de redes sociais, tendo em vista que este deixa de focalizar exclusivamente os profissionais e inclui a participao de toda a comunidade.

    lembreteLembre-se que a preveno do uso

    de drogas:

    envolve a todos os membros de

    uma comunidade

    no deve ser monoplio dos

    especialistas

    resulta de aes compartilhadas

    por toda a sociedade

  • Mdulo 4 | Como intervir em casos de abuso ou dependncia de lcool e outras drogas: modalidades de tratamento e encaminhamento

    p. 248

    impossvel a proteo de todos os riscos, mas preciso criar condies para enfrent-los. Por exemplo, ao fornecer valores e referenciais slidos aos indivduos, as instituies religiosas ajudam as pessoas a fazerem escolhas saudveis para suas vidas.

    No trabalho de preveno, um lder religioso exerce um importante papel ao estabelecer um vnculo de confiana e escuta da comunidade. Dessa forma, ajuda a reforar as redes sociais e auxilia o grupo tambm na preveno do uso de drogas e na construo de novos fatores de proteo.

    Para a preveno, preciso mobilizar todos os grupos de uma determinada comunidade. Por exemplo, pode-se falar de sade comunitria quando as pessoas, conscientes de pertencerem a um mesmo grupo, refletem em conjunto sobre os seus problemas de sade, expressam suas necessidades prioritrias (pessoais, familiares, sociais e espirituais) e participam ativamente na implementao e na avaliao das aes propostas para suprir as suas carncias.

    O trabalho comunitrio e de construo de redes sociais confere preveno do uso de drogas um carter transformador, tendo em vista que d nfase ao encontro dos saberes e das crenas da comunidade na construo do saber coletivo. O movimento permanente de integrao entre os diferentes indivduos abre caminho para a transformao da realidade local.

    Um novo olhar sobre o uso de drogas

    O modelo tradicional, baseado na represso que estigmatiza o usurio e promove o amedrontamento das pessoas, est superado. Sabemos que, quando o medo toma conta, a rede social fica fragilizada, perde-se a solidariedade, a vontade de aprender, a curiosidade e a criatividade, restando apenas:

    o isolamento

    a violncia

    o esquecimento da prpria histria

    a indiferena

    a desconfiana

    Esses fatores debilitam a rede social e impedem que as pessoas identifiquem as possveis fontes de suporte e de ajuda para a soluo dos problemas.

  • A importncia das redes sociais na recuperao e reinsero social de usurios e dependentes de lcool e outras drogas | Aula 10

    p.249

    desafios no trabalho preventivo nas comunidades de baixa renda

    possvel que alguns moradores de comunidades de baixa renda encontrem no trfico de drogas e no crime organizado uma referncia de poder, autoridade, controle e at mesmo de proteo, que pode substituir as tantas dificuldades vividas em sua condio de excludos.

    Nesse caso, algumas questes precisam ser discutidas antes de qualquer interveno:

    o que se pode fazer em comunidades em que a presena do trfico de drogas significativa?

    como trabalhar com a preveno do uso de drogas numa situao em que tudo est em risco, at a prpria vida?

    quais as possibilidades de se falar sobre drogas numa comunidade regida pela lei do silncio?

    como superar a passividade e a cumplicidade geradas pelo medo?

    como mobilizar o potencial criativo dessas comunidades para que se produza algo novo?

    o que possvel mudar e qual o preo dessa mudana?

    com quem podemos contar como aliados nesse trabalho?

    Estas questes devem ser debatidas pelos grupos envolvidos na preveno, inclusive igrejas e grupos religiosos, e avaliadas de acordo com a realidade de cada comunidade, para que se chegue a uma proposta de participao conjunta.

    O trabalho comunitrio desenvolvido a partir de diferentes atividades propostas pela prpria comunidade pode melhorar a qualidade de vida das pessoas, agindo sobre as carncias que podem contribuir para que as pessoas busquem o consumo de drogas.

    Nesse contexto, alm dos aspectos presentes como a curiosidade, a busca de prazer, baixa auto-estima, insucesso na escola ou no trabalho, diversos fracassos nas tentativas de melhoria social, conflitos nas relaes familiares, falta de apoio e de compreenso, o consumo de drogas representa tambm uma busca de alvio imediato para a condio de vida e o sofrimento.

  • Mdulo 4 | Como intervir em casos de abuso ou dependncia de lcool e outras drogas: modalidades de tratamento e encaminhamento

    p. 250

    As diversas carncias vividas agravam as angstias naturais em relao s tarefas sociais e s suas responsabilidades como membros de uma comunidade. Neste sentido, a droga pode ser eleita como uma verdadeira estratgia de sobrevivncia, pois permite que a pessoa fique indiferente a uma realidade deprimente, dando-lhe preenchimento, mesmo que momentneo.

    Muitas vezes, nessas comunidades, uma forma encontrada para sair do envolvimento com as drogas a aproximao com alguma instituio de carter religioso. A espiritualidade e a crena numa fora maior podem permitir a mudana de hbitos e modos de vida. Essa idia de transformao atravs da f encontrada na maioria das crenas religiosas e, por isto, essas instituies funcionam como grandes ferramentas no auxlio a usurios e dependentes de drogas.

    O envolvimento com uma crena, uma f ou uma religio podem trazer novamente a dimenso da esperana. Os problemas enfrentados passam a ser vistos como oportunidades para um novo comeo, pois a mudana faz parte da vida de qualquer ser humano. preciso confiar no potencial positivo de mudana, principalmente quando este ancorado nas relaes comunitrias e nas redes sociais.

    importncia da participao de todos

    As aes preventivas no trabalho comunitrio assumem uma natureza abrangente e, por essa razo, os lderes religiosos e espirituais precisam estar bem preparados e integrados junto s redes profissionais para realizar um bom trabalho. importante que se incentive a troca de experincias, para que vises diferentes do problema se complementem e promovam a solidariedade diante das dificuldades.

    Ao mesmo tempo que a preveno do uso abusivo de drogas exige conhecimentos, o trabalho comunitrio de construo das redes sociais mostra que, quanto maior a participao de todos, mais consistentes sero as aes.

    Cada pessoa tem um papel a desempenhar e uma competncia a oferecer para o objetivo comum de fortalecer a rede social.

    Reflexo Enquanto houver vida, h

    esperana de mudana, e

    preciso sempre recriar os laos

    de solidariedade e fraternidade.

  • A importncia das redes sociais na recuperao e reinsero social de usurios e dependentes de lcool e outras drogas | Aula 10

    p.251

    A unio de esforos d incio a um processo de construo de um novo saber, o saber comunitrio. No saber comunitrio, o saber espiritual e o popular juntam-se ao saber acadmico e ao saber poltico para construir o conhecimento de todos.

    A diversidade de experincias e vises sobre o problema, graas participao dos diferentes profissionais, lderes religiosos ou das pessoas interessadas em querer solucion-lo, enriquece a comunidade, pois todos tm alguma contribuio a dar, independente do papel social desempenhado. Religiosos, pais, filhos, amigos, empresrios, educadores, enfim, todos podem e devem ser envolvidos no trabalho de preveno.

    O desafio fundamental de quem trabalha na rea comunitria enfrentar o sentimento de impotncia diante de problemas de natureza social e econmica. Nesse caso, pertencer a uma rede social tambm oferece um relevante suporte, centrado na integrao que se estabelece em torno do objetivo comum que o grupo tem. A partir desse modelo de atuao, surgem novas maneiras de encarar o problema e abrem-se novas perspectivas, pois a crise considerada como momento de enorme potencial para a mudana e para o surgimento de novas possibilidades.

    Numa comunidade na qual os habitantes esto prximos uns dos outros e costumam unir-se na busca de solues coletivas, a resistncia entrada das drogas maior. O potencial dos vnculos afetivos e das relaes de solidariedade ainda a melhor arma diante do aumento da violncia, do trfico e do consumo de drogas. Por isso mesmo, preciso investir mais nas pessoas, no potencial de cada comunidade para construir novas vias de soluo dos conflitos que geram a violncia.

    Pertencer a uma rede social promove o resgate de valores da convivncia positiva entre jovens e adultos, dilogo entre pais e filhos, respeito ao outro e, sobretudo, cuidado consigo prprio, com o corpo e com as emoes.

    preciso que as aes preventivas sejam inseridas no contexto de vida das pessoas, em seu dia-a-dia, atravs de programas preventivos dirigidos no apenas a indivduos isolados, mas aos sistemas sociais, humanos e religiosos dos quais tambm fazem parte.

    O trabalho comunitrio em redes sociais incentiva o desenvolvimento do potencial humano da famlia, da comunidade e dos profissionais envolvidos nos projetos de preveno, em todos os mbitos, mesmo quando no dispem de conhecimentos especficos sobre a questo das drogas.

  • Mdulo 4 | Como intervir em casos de abuso ou dependncia de lcool e outras drogas: modalidades de tratamento e encaminhamento

    p. 252

    Destaques desta aula

    os grupos so elementos decisivos para a manuteno do sentimento de pertinncia e valorizao pessoal, influenciando comportamentos e atitudes e funcionando como ponto em uma rede de referncia

    os pontos de uma rede social de referncia so: a famlia, a escola, os amigos e os colegas de trabalho, a comunidade de insero, entre outros

    a articulao de diferentes pontos da rede social pode otimizar espaos de convivncia positiva que reforam a troca de experincias na identificao de situaes de risco pessoal e possveis vulnerabilidades sociais

    ao articular redes de preveno, importante considerar alguns fatores de risco e proteo ao uso de drogas nos diferentes domnios da vida

    na ao comunitria, a idia principal a cooperao, cuja fora se d no estabelecimento de uma corrente solidria, na qual cada pessoa importante na sua necessidade de ajuda ou na sua disponibilidade para ajudar

  • A importncia das redes sociais na recuperao e reinsero social de usurios e dependentes de lcool e outras drogas | Aula 10

    p.253

    bibliografia

    ARATANGY, LR. Desafios da convivncia pais e filhos. So Paulo, Gente, 1998.

    BARNES, JA. Redes Sociais e processo poltico. Antropologia das sociedades contemporneas. So Paulo, Global, pp. 159-194, 1987.

    CINNANTI, CJJ. Preveno do Uso de Drogas por Adolescentes no Contexto Socio-Familiar de Baixa Renda contribuies terico-metodolgicas na perspectiva da complexidade. Dissertao de Mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de Braslia, 1997.

    COSTA, LF. Reunies Multifamiliares: uma proposta de interveno em psicologia na comunidade. Tese de Doutorado, USP, 1998.

    DABAS, NAJMANOVICH, D. Redes: El Lenguaje de Los Vnculos hacia la reconstruccin y el fortalecimiento de la sociedad civil. Buenos Aires, Paidos, 1995.

    DABAS, EN. A Interveno em Rede. Novas Perspectivas, IV (6), Rio de Janeiro, Instituto de Terapia Familiar do Rio de Janeiro,1995.

    DUARTE, PCAV. Reinsero Social. In: Tratamento das Dependncias Qumicas: Aspectos Bsicos. Curso distncia. Secretaria Nacional Antidrogas e Universidade de So Paulo, Braslia, 2002.

    DUARTE, PCAV. Redes sociais. In: Preveno ao uso de lcool e outras drogas no ambiente de trabalho. Conhecer para ajudar. Curso distncia. Secretaria Nacional Antidrogas, Servio Social da Indstria e Universidade Federal de Santa Catarina, Braslia, 2006.

    FALEIROS, VP. Estratgias em Servio Social. So Paulo, Cortez, 2001.

    GOVERNO FEDERAL, Estudo Qualitativo: as redes sociais e as representaes de risco entre usurios de drogas injetveis. Srie Avaliao Projeto Ajude Brasil. Disponvel em: www.aids.gov.br/final/biblioteca/avaliacao6/ajude_71.htm-19k-

    MIRANDA, CF, MIRANDA, ML. Construindo a relao de ajuda. Belo Horizonte, Crescer, 1983.

    OPAS. Redes locales frente la violencia familiar. Srie: Violncia Intrafamiliar y salud. Documento de Anlise n 2. La asociacin de solidariedad para pases emergentes. Peru, Junho de 1999.

    SLUZKI, C. Redes Sociais alternativa na prtica teraputica, So Paulo, Casa do Psiclogo, 1997.

    STANTON, M D, TODD, TC y otros. Terapia Familiar del Abuso y Adiccion a las Drogas, Barcelona, Gedisa, 1985.

    1)

    2)

    3)

    4)

    5)

    6)

    7)

    8)

    9)

    10)

    11)

    12)

    13)

    14)

  • Mdulo 4 | Como intervir em casos de abuso ou dependncia de lcool e outras drogas: modalidades de tratamento e encaminhamento

    p. 254

    SUDBRACK, MFO. Construindo Redes Sociais: metodologia de preveno da drogadio em adolescentes de famlias de baixa renda do Distrito Federal, cap. In: Macedo, RM. Famlia e Comunidade, Cadernos da ANPPEP, So Paulo, 1997.

    SUDBRACK, MFO. Da falta do pai busca da lei o significado da passagem ao ato delinqente no contexto familiar e institucional. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 8, (Suplemento):447-457, Braslia: 1992.

    SUDBRACK, MFO, CONCEIO, MIG e SILVA, MT. O adolescente e as drogas no contexto da justia. Braslia, Plano editora, 2003.

    15)

    16)

    17)

  • A importncia das redes sociais na recuperao e reinsero social de usurios e dependentes de lcool e outras drogas | Aula 10

    p.255

    Atividades

    1. um objetivo das redes sociais:

    Favorecer a competitividade entre seus membros, para que seja possvel desenvolver suas habilidades pessoais.

    Estimular os cidados a agir por conta prpria, pois cada um deve cuidar de si e de suas necessidades.

    Gerar oportunidade de um espao para reflexo, troca de experincias e busca de solues para problemas comuns.

    Mobilizar pessoas, grupos e instituies para que no utilizem os recursos existentes na comunidade, como uma forma de protesto.

    Cuidar para que no sejam feitas parcerias entre setores governamentais e no-governamentais, para evitar a influncia poltica na comunidade.

    2. Assinale a alternativa correta:

    Uma rede social se estabelece e se consolida medida que um membro respeitado da comunidade assume a responsabilidade pela busca de solues s necessidades do grupo.

    Acolhimento, cooperao, disponibilidade, respeito s diferenas, tolerncia e generosidade so caractersticas que devem ser identificadas e desenvolvidas no trabalho em rede.

    Na ao comunitria, o importante a cooperao, cuja fora se d no estabelecimento de uma liderana eleita democraticamente.

    A proposta de redes sociais no inclui a modificao das condies de vida dos membros da comunidade, pois cada indivduo deve assumir a responsabilidade por seu desenvolvimento pessoal, sem sofrer influncia do grupo.

    O trabalho comunitrio no deve estabelecer parcerias mltiplas, para no descaracterizar a ao dos especialistas responsveis.

    a)

    b)

    c)

    d)

    e)

    a)

    b)

    c)

    d)

    e)

  • Mdulo 4 | Como intervir em casos de abuso ou dependncia de lcool e outras drogas: modalidades de tratamento e encaminhamento

    p. 256

    Reflita a respeito...

    preciso que cada indivduo busque, dentro de si, o verdadeiro sentido da gratificao pessoal atravs da sua participao, potencializando aes desenvolvidas na comunidade. Como isto se aplica no contexto no qual voc est inserido?

    O desafio fundamental de quem trabalha na rea de preveno do uso de drogas enfrentar o sentimento de impotncia diante de problemas de natureza social e econmica. Como voc imagina que o pertencimento a uma rede social poderia ajud-lo(a) a enfrentar essa situao na sua prtica?

    1.

    2.