RECUPERACAO POS-ANESTESICA
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RECUPERAÇÃO PÓS-
ANESTÉSICA
Profa. Cassia Faro
Histórico
• 1801 - Inglaterra (Newcastle)• 1920 - Europa • 1944 – EUA(sala de obs.pós-
anest.)• 1977 – Brasil-(Portaria MS
nº400/77)• 1994 - Brasil (MS/GM nº 1884/94)
Conceito
• Local onde o paciente submetido a um procedimento anestésico-cirúrgico deve permanecer até que recupere a sua consciência e tenha seus sinais vitais estáveis,sempre sob a observação e os cuidados constantes da equipe de Enfermagem. Sobecc/2009
Objetivo:
• Prevenir as intercorrências do período pós-anestésico e/ou,no caso delas ocorrerem,dar-lhes pronto-atendimento
BENEFÍCIOS DA UNIDADE
• Dar continuidade a SAEP;• Redução da mortalidade pós-
anestésica e pós-operatória ;• Redução de acidentes pós-
operatório e pós-anestésico ;• Sensação de segurança ao
paciente e familiares.
ÁREA FÍSICA
• Pertence à planta física do CC;• Próxima a SO;• Nºde leitos proporcionais a quantidades de
SO;• Próximo a unidades da apoio;• Posto de enfermagem;• Sala de guarda de equipaments;• Expurgo;• Rede de gazes;• Sistema de ventilação artificial;
EQUIPAMENTOS e MATERIAIS
• Capnógrafo-(monitora dióxido de carbono e gases anestésicos que são inalados pelo paciente durante a cirúrgia;
• Oxímetro de pulso-mede indiretamente a quantidade de oxigênio no sangue de um paciente) ;
• Monitor cardíaco (eletrocardioscópio);• Termômetro;• Aparelho para medida de pressão arterial não invasiva;• Equipamento para medida de pressão venosa central;• Desfibrilador para ressuscitação cardiopulmonar;• Manta térmica;• Ventiladores mecânicos;• Bomba de infusão-(utilizado para infundir líquidos ou
nutrientes,com controle de fluxo e volume nas vias venosa,arterial ou esofágica;
EQUIPAMENTOS e MATERIAIS
• Camas fowler com grades laterais;• Carro de emergência;• Medicamentos específicos e gerais;• Bandejas para
procedimentos(cateterismo vesical,traqueostomia,drenagem torácica );
• Impressos (Aldrete e Kroulik ).
RECURSOS HUMANOS
• Equipe multiprofissional-cuidados de alta complexidade
Dimensionamento
• 01 enfermeiro para cada 3 ou 4 paciente;• 01 técnico para cada 3 pacientes; PORÉM ;• Pacientes que não dependem de
respiradores;• 01 enfermeiro para cada 08 leitos
TRANSFERÊNCIA SO / RPA
• Responsabilidade – anestesiologista• Cuidados:
->demora->exposição->ferida cirúrgica ->sondas->drenos->catéteres->segurança
Admissão do paciente na RPA
• Considerar fatores de riscoRISCOS
CIRÚRGICOS
RISCOS ANESTÉSICOS
RISCOS
INDIVIDUAIS
Admissão do paciente na RPA
Risco cirúrgico
• Extensão de trauma residual e suas alterações neuroendócrinas,sangramento cirúrgico,potencial de dor pós-operatória e alteração de sinais vitais em decorrência do tipo e tempo cirúrgico
Admissão do paciente na RPA :
Riscos anestésicos :drogas pré-anestésica utilizadas,potencial de depressão respiratória,tipo de anestesia administrada,via de metabolização dessas medicaçãoes,dose empregada,tempo de ação dos fármacos e interação com outras drtogas
Admissão do paciente na RPA :
• Riscos individuais :
• Estado emocional,idade,estado nutricional e doenças associadas.
Resumindo
CRITÉRIOS• Avaliação global• Tipo de anestesia ,duração• Acidentes graves no intra-operatório• Hipotensão• Tipo e duração da cirurgia• Cuidados POI e intensos• Pacientes ambulatoriais necessitando
cuidados complementares• Pacientes infectados não deve ser
admitido ->
• Agentes anestésicos ,relaxantes musculares,narcóticos e agentes reversores
• Posição cirurgica• Uso de BE ,local da placa dispersiva• Intercorrências no intra-operatório• Presença de drenos,sondas e
cateteres• Estado geral ao deixar a SO• Recomendações especiais sobre o POI• Avaliar riscos:cirúrgicos,anestésicos e
individuais.
Avaliação das Condições de Recuperação do Paciente
• Escala de Aldret e Kroulik-baseada no registro de Apgar ( 1970).Método de avaliação das condições fisiológicas dos pacientes
• Parâmetros : ->Atividade motora
->Respiração->Circulação->Consciência->Saturação de O2
ATIVIDADE MOTORA
• 2-movimento voluntário de todos os membros
• 1- movimento voluntário de dois membros
• 0- incapaz de se mover voluntariamente ou sob comando
RESPIRAÇÃO
• 2 - respira profundamente e tosse
• 1 – apresenta dispnéia,hipovolemia
• 0 - apresenta apnéia
CIRCULAÇÃO
• 2 – PA em 20% do nível pré- anestésico
• 1- PA em 20-49% do nível anestésico
• 0 – PA em 50% do nível pré-anestésico
Consciência
• 2 – esta lúcido e orientado no tempo e espaço
• 1 – desperta, se solicitado
• 0- não responde
SATURAÇÃO de O2
• 2 –é capaz de manter saturação de O2 maior que 92%,respirando ar ambiente.
• 1 – necessita de O2 para manter a SaO2 maior que 90%.
• 0- apresenta saturação de O2 menor que 90% mesmo com O2 suplementar.
Índice de Stewart
• Criança 0-12 anos• Parâmetros :via aérea,consciência e movimento.
Via aérea: 2-tosse e chora 1-respira facilmente 0-requer O2
Consciência: 2- está desperto 1-responde a estímulos verbais ou táteis 0-não responde
Movimentação: 2-movimenta os membros intencionalmente 1-movimentos não intencionais 0- não se movimenta
ALTA DA RPA
• Estabilização dos SV• Orientação do paciente no tempo e no espaço• Retorno dos reflexos protetores• Ausência de vômitos e náuseas• Saturação O2 dentro dos limites normais• Ausência de sangramento ativo ferida cirúrgica • Ausência de retenção urinária• Inexistência de queixa álgica ou dor controlada• Apresentar escore 8 a 10 de Aldret e Kroulik• Presença de sensibilidade cutânea após bloqueio
motor
Complicaçãoes na RPA
• Dor• Hipoxia• Obstrução das vias aéreas superiores• Hipoventilação• Apnéia pós-operatória• Pneumotorax/Hemotórax• Broncoespasmo• Hipotensão arterial• HAS• Disritmias cardíacas
• ATENÇÃO:recomendo ler SOBECC(2009) p. 135-66.
Complicaçãoes na RPA
• Taquicardia sinusal• Bradicardia sinusal• Choque hipovolêmico• Oligúria• Hipotermia• Hipertermia • Hipertermia malígna• Náusea e vômitos• Soluço• Distensão abdominal
Planejamento da Assistência de Enfermagem na RPA
Diagnóstico de Enfermagem /NANDA
• Padrão respiratório ineficaz• Percepção sensorial perturbada• Dor• Risco para déficit• Integridade da pele/tussular prejudicada• Risco para perfusão tissular alterada• Hipotermia• Mobilidade física prejudicada
Planejamento da Assistência de Enfermagem na RPA
Diagnóstico de Enfermagem /NANDA
• Débito cardíaco diminuido• Medo• Volume de líquidos deficiente• Eliminação urinária prejudicada• Risco para aspiração• Risco para infecção• Risco para lesão SOBECC/2009
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
• SOBECC/2009
• POSSARI, RJF.Assintência de enfermagem na recuperação Pós-anestésica(RPA),São Paulo,2003
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