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A INFLUÊNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NA SATISFAÇÃO DE ACADÊMICOS Valéria Frota de Sousa Costa, Edgar Reyes Junior, Heloane Santos de Andrade, Quézia Amorim (UFRR) Resumo: As relações interpessoais no âmbito universitário apresentam varias incidências de estudos pois neste contexto pode-se perceber a necessidade de se estabelecer relacionamentos, além do mais as dificuldades relacionais dentro deste ambiente proporciona duvidas e inquietações. Através deste prisma interrelacional pode-se perceber a interação das pessoas facilitando o surgimento de relações de amizade, simpatia,antipatia entre outros atributos relacionais. A satisfação é a realização de expectativas esperadas, e pode ser percebida dentro do contexto universitário, onde os aspectos objetivos e subjetivos promovem ou não o sentimento de satisfação. A satisfação nos relacionamentos facilita o ajustamento dentro da dinâmica universitária e indtitucional. O objetivo desta pesquisa visa compreender de que forma as relações interpessoais influênciam na satisfação dos acadêmicos. 116 alunos do curso de secretariado executivo da Universidade Federal de Roraima foram analisados. A análise de dados foi feita por meio dos softwares UCINET 6.171 e NetDraw 2.04161. Os resultados demonstram que alunos do curso de secretariado executivo são em sua maioria mulheres, jovens de 20 a 22 anos, que entraram posteriormente a 2010, porém observa-se uma participação significativa de ingressantes anteriores ao referido ano com maior idade e número de reprovações. As redes nas turmas de secretariado se mostraram em sua maioria fechadas e concisas, e os alunos retidos no curso promovem as interconexões entre as diferentes turmas. Os alunos se mostraram satisfeitos com os relacionamentos, porém a satisfação relacional não proporcionou a satisfação com o curso e com a universidade. Observou-se ainda que altos ou baixos indices relacionais não influenciam na satisfação, mas sim a tendência a niveis mais intermediários. Palavras-chaves: Relações interpessoais; Satisfação acadêmica; Análise de Redes Sociais. ISSN 1984-9354

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A INFLUÊNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NA

SATISFAÇÃO DE ACADÊMICOS

Valéria Frota de Sousa Costa, Edgar Reyes Junior, Heloane Santos de Andrade, Quézia

Amorim

(UFRR)

Resumo: As relações interpessoais no âmbito universitário apresentam varias incidências de

estudos pois neste contexto pode-se perceber a necessidade de se estabelecer relacionamentos,

além do mais as dificuldades relacionais dentro deste ambiente proporciona duvidas e

inquietações. Através deste prisma interrelacional pode-se perceber a interação das pessoas

facilitando o surgimento de relações de amizade, simpatia,antipatia entre outros atributos

relacionais. A satisfação é a realização de expectativas esperadas, e pode ser percebida dentro do

contexto universitário, onde os aspectos objetivos e subjetivos promovem ou não o sentimento de

satisfação. A satisfação nos relacionamentos facilita o ajustamento dentro da dinâmica

universitária e indtitucional. O objetivo desta pesquisa visa compreender de que forma as

relações interpessoais influênciam na satisfação dos acadêmicos. 116 alunos do curso de

secretariado executivo da Universidade Federal de Roraima foram analisados. A análise de

dados foi feita por meio dos softwares UCINET 6.171 e NetDraw 2.04161. Os resultados

demonstram que alunos do curso de secretariado executivo são em sua maioria mulheres, jovens

de 20 a 22 anos, que entraram posteriormente a 2010, porém observa-se uma participação

significativa de ingressantes anteriores ao referido ano com maior idade e número de

reprovações. As redes nas turmas de secretariado se mostraram em sua maioria fechadas e

concisas, e os alunos retidos no curso promovem as interconexões entre as diferentes turmas. Os

alunos se mostraram satisfeitos com os relacionamentos, porém a satisfação relacional não

proporcionou a satisfação com o curso e com a universidade. Observou-se ainda que altos ou

baixos indices relacionais não influenciam na satisfação, mas sim a tendência a niveis mais

intermediários.

Palavras-chaves: Relações interpessoais; Satisfação acadêmica; Análise de Redes Sociais.

ISSN 1984-9354

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1. INTRODUÇÃO

Com base em especialistas atuantes em estudos voltados para o cotidiano acadêmico pode-

se perceber que a satisfação é uma variável que está presente no processo de formação. Na

transição do ensino médio para o ensino superior o estudante passa por várias mudanças sendo que

estas geram diversos tipos de problemas no ajustamento acadêmico, que são resultado das

experiências desenvolvidas pelos próprios alunos, sendo que muitos estudiosos argumentam que

estas dificuldades influenciam negativamente no rendimento acadêmico, gerando desistência e

procura psicossocial.

Além do mais a satisfação é um fator que permite aos alunos perceber se estão ou não no

caminho que desejam trilhar, porém a universidade pode ajudar favorecendo condições que

garantam essa satisfação, promovendo aos acadêmicos motivação e segurança quanto á

perspectivas futuras.

O convívio social na universidade causa uma vivência multicultural, pois nesse ambiente

são expostos conhecimentos e afetividades, onde os alunos passam a ter novos relacionamentos.

Porém, as formas como eles se veem, poderá facilitar ou atrapalhar o desempenho social, no

estabelecimento das relações interpessoais com os novos colegas.

Estudar a influência das relações interpessoais na busca pela satisfação acadêmica torna-se um

desafio já que essas variáveis geralmente são analisadas separadamente, nesse sentido esse estudo

procura apresentar como a relação interpessoal pode ajudar o aluno a alcançar tais objetivos, uma

vez que a maioria dos estudos sobre satisfação são voltados para clientes e não para acadêmicos.

Nesse sentido esta pesquisa analisará a rede social de uma turma de secretariado executivo

da universidade Federal de Roraima, no intuito de responder a seguinte questão: Qual a Influencia

das relações interpessoais na satisfação dos estudantes universitários?

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Relações Interpessoais

Segundo Moscovici (2009) as relações interpessoais se desenvolvem em decorrência do

processo de interação. A relação social entre as pessoas ou relações interpessoais, pode ser

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definida segundo Grossetti (2009) como um conhecimento e compromisso recíproco fundado

sobre interações. As relações interpessoais então é por consequência um conjunto de formas

didáticas que permitem a coordenação entre os atores.

Quando uma pessoa começa a participar de um grupo, há uma base interna de diferenças

que envolvem conhecimentos, informações, opiniões, preconceitos, atitudes, experiência anterior,

gostos, crenças e etc. Que trazem inevitáveis diferenças de visões, opiniões e sentimentos em

relação a cada situação compartilhada.(MOSCOVICI, 2009). O relacionamento interpessoal pode

tornar-se e manter-se harmonioso e prazeroso, permitindo trabalho cooperativo, em equipe, com

integração de esforços, ou então tender a tornar-se muito tenso, conflitivo, levando à desintegração

de esforços, à divisão de energias e à crescente deterioração do desempenho grupal

(MOSCOVICI, 2009).

Em análise, a comunicação é base fundante no relacionamento interpessoal propiciando

processo de socialização entre os indivíduos. Sem ela, não ocorreria o aprendizado que se

estabelece entre os seres humanos nas suas relações interpessoais e sociais. No entanto, é na

escola que o relacionamento assume papel imprescindível e a comunicação realça a formalidade e

a padronização para reproduzir valores culturais e os conhecimentos desejados.(LINS BATISTA;

BEZERRA; LINS BATISTA, 2013).

Considera-se que as habilidades sociais favorecem as relações interpessoais e profissionais

mais produtivas, satisfatórias e duradouras (BOLSONI-SILVA et al, 2011). Nunes e Garcia

(2010), numa abordagem sobre Estudantes do Ensino Superior: As relações pessoais e

interpessoais nas vivências acadêmicas. Apontam que as relações humanas que os alunos

estabelecem, são reflexo das ações e atitudes desenvolvidas entre grupos. O estudante, no final da

adolescência, possui uma personalidade própria e diferenciada; o aluno influencia e é influenciado

pelo outro. Ele procura ajustar-se às demais pessoas e grupos, com o intuito de ser compreendido e

aceito, visando cumprir expectativas e interesses.

As autoras apresentam que os discentes podem dar-se a conhecer aos novos pares, e criar

(ou não) laços de amizade e ajuda. Porém o juízo que o estudante faz de si, poderá facilitar ou

inibir o desempenho social no estabelecimento ou na manutenção de relações interpessoais com os

novos colegas. As autoras ressaltam ainda que a coesão que existe nos grupos universitários, seja a

nível dos trabalhos acadêmicos, ou das atividades desportivas e recreativas, promovem a

interdependência, e permite que os membros do grupo permaneçam unidos, confiem e sejam leais

a ponto de a interação entre os seus membros ficar mais forte.

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Porém existem algumas barreiras que impedem o estabelecimento das relações

interpessoais. Como por exemplo, o juízo de valor que poderão resultar em preconceitos, levando

também em conta que existem bloqueios que impedem a realização das necessidade de

compreensão do outro ferindo uma das exigências fundamentais para que as relações interpessoais

se tornem mais ricas, positivas e maduras.

Os conteúdos das relações interpessoais estão presentes, essencialmente, sobre os

interesses, valores, as crenças e a necessidade de cada um. E no contexto do ensino superior existe

a possibilidade de relação entre pessoas com o mesmo nível etário, do mesmo curso, ou seja, com

um conjunto de características comuns, mas o relacionamento acontece também com indivíduos

diferentes. (NUNES; GARCIA. 2010).

A qualidade da relação interpessoal entre o professor e os alunos tem em muitos aspectos,

impacto na interação em sala de aula e no grau de aprendizagem do aluno. Bem como o modo de

aprendizagem das competências sociais em ambiente escolar depende, da forma como os

professores planejam e conduzem as interações em sala de aula. As relações afetivas que o aluno

estabelece com os colegas e professores são de grande valor na educação, pois a afetividade

constitui a base de todas as reações da pessoa perante a vida. Sabendo que as dificuldades afetivas

provocam desadaptações sociais e escolares, bem como perturbações no comportamento, o

cuidado com a educação afetiva deve caminhar lado a lado com a educação intelectual

(LEITÃO.2011).

O conhecimento das teorias e modelos sobre o estudante do Ensino Superior contribuiu

para melhoria da percepção dos processos e conteúdos do desenvolvimento dos estudantes, das

instituições e dos espaços educativos (ARAÚJO 2005). Leitão (2011) relata que a função da

escola é fazer com que os conceitos espontâneos, informais, que os alunos ganham na convivência

social, evoluam para o nível dos conceitos científicos, sistemáticos e formais, adquiridos pelo

ensino.

Uma ferramenta que tem se mostrado relevante no estudo das relações sociais e

interpessoais é a Analise de Redes Sociais (ARS). Alejandro e Norman(2005) definem análise de

redes sociais como sendo uma ferramenta que nos permite conhecer as interações entre qualquer

classe de indivíduos partindo de dados qualitativos mais do que quantitativo por ser de sua própria

natureza, sendo assim se faz necessário seguir uma série de técnicas que nos permitem ordenar as

interações dos indivíduos de tal maneira que essas interações possam ser representadas em um

gráfico ou rede. Ambos servem para ilustrar as interações tanto de grupos como de indivíduos.

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Para esses autores, a rede é definida como um grupo de indivíduos que se relacionam de

forma individual ou agrupada para atingir fins específicos, caracterizado pelo fluxo de

informações. Uma rede se compôe de três elementos: nódulos ou atores, vínculos ou relações e

fluxos. Reyes Junior e Borges (2008) relatam que de maneira geral, para se entender bem a rede,

deve-se conhecer as relações entre cada par de atores da população estudada. O uso de técnicas

matemáticas, como matrizes e gráficos, por exemplo, permite uma descrição mais adequada e

concisa de suas características.

As redes sociais são contituidas de relações e estas compôe as estruturas das redes. Dentro

da dinâmica das redes podemos encontrar várias manifestações das relações, que dentre elas estão

o contexto em que elas nascem, as diferenças sociais, os conteúdos e qualidades que estão

precisamente ligadas as redes e suas estruturações .(BIDART; CACCIUTTOLO, 2009).

Um dos elementos essenciais na vida social para Grossetti (2009) é o vinculo, onde eles

descrevem as conexões e relações, porém não se trata de interconexões externas entre as entidades

estabelecidas, e esses vínculos eles refletem sempre as atividades tal como são percebidas pelos

observadores. O autor destaca ainda baseado em pesquisas anteriores, que as redes sociais ao

estudar o vínculo abre assim algumas perspectivas estimulantes. Quanto mais antigos são os

vínculos mais se tornam importantes e os mais antigos se tornam cada vez mais afetivos com o

passar do tempo (BIDART; CACCIUTTOLO, 2009).

A maioria das análises de redes sociais que buscam explicar os processos de seleção e de

influência resultana afinidade entre pessoas com características iguais como o elemento que

proporcionou seu encontro e o reforço do vínculo (ERTA. 2009). Reyes Junior e Borges (2008) ao

analisarem a comparação da estrutura social de turmas de graduação e pós-graduação,

conjecturaram que os alunos das referidas turmas atuavam como trabalhadores do conhecimento

uma vez que precisavam juntar seus esforços como parte de uma equipe organizacional.

Partindo desse raciocínio, conhecer a estrutura dos grupos conduz a entender as normas, os

papéis e outros atributos dos indivíduos para mais facilmente predizer os esquemas de

comportamento em comitês, organização de projetos, grupos-tarefa e etc. Os autores ainda fazem

a abordagem dos grupos defendendo a ideia de que, já que alunos podem ser considerados como

trabalhadores do conhecimento, logo fazem parte de um grupo formal, porém, existem condições

para que grupos informais sejam criados.

Tendo em vista que o foco desta pesquisa é semelhante ao da pesquisa referida, também

serão valorizados os conceitos de grupos informais. Os grupos informais são grupamentos naturais

de pessoas surgidos naturalmente nas situações de trabalho, em resposta a necessidades sociais.

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Em outras palavras, não surgem como resultado de um desígnio estipulado, mas crescem

naturalmente.Nos grupos informais, o enfoque está voltado para o inter-relacionamento pessoal. É

de interesse dos membros de grupos que os indivíduos apreciem-se mutuamente em condições

informais. (REYES JUNIOR, BORGES, KLOPSCH. 2007).

Reyes Junior e Borges (2008) defendem que dentro dos grupos informais há grupos de

amizade que se formam entre as pessoas que têm afinidades naturais, e que por sua vez tendem a

trabalhar, sentar-se e andar juntas, fora do ambiente de trabalho.

Baerveldt; Bunt e Rua. (2010) estudam a variável amizade sob uma visão de seleção, eles

abordam a dificuldade de se escolher amizades tendo em vista que os estudantes correm o risco de

escolher amizades que não lhes ofereçam o que desejam ou necessitam. Porém o fato de pertencer

a grupos torna-se relevante para o sucesso das interações. Pertencer a grupos trás consequências

amplas para as interações dentro da rede em seu conjunto.

Os autores afirmam que os efeitos importantes dos grupos sobre o funcionamento dos

indivíduos tem relevância também para a formação de amizades. Além do mais os autores sob

análise de varias literaturas, afirmam que o nível de atividades dos estudantes se mostra na hora de

realizar aberturas amigáveis para outros colegas ou para responder a essas amizades. E por último

relatam que o modelo principal de candidatos é dado pela semelhança, ou seja, os estudantes

preferem amizades com indivíduos de atributos semelhantes.

Além do mais as relações de amizade, o status social adquirido no grupo, as experiências

de aceitação e rejeição e as preferências que nele se formam estão relacionados com os

comportamentos de cooperação, ajuda, seguimento de regras, controle de raiva e agressividade e

outros indicadores de competência social (LEITÃO.2011).

2.2 Satisfação Acadêmica

Tendo em vista que são considerados poucos os estudos voltados para o conceito de

satisfação no nível educacional, serão ultilizados referênciais voltados ainda para a satisfação no

campo econômico, uma vez que o conceito de satisfação abrange caracteristicas aplicaveis para

várias áreas do conhecimento, sem alterar assim o rumo desta pesquisa.

Segundo Kotler e Keller (2006 apud RADONS, BATTISTELLA, GROHMANN et al,

2012), satisfação é a sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação entre o

desempenho percebido de determinado produto ou serviço. A satisfação é no entanto, a

experiência de realização de uma expectativa. No entanto, segundo Lemos (2011) , quando se trata

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da satisfação de estudantes esta perspectiva deve ter um enquadramento mais contextualizado, não

considerando os estudantes como simples clientes ou consumidores, mas sim como intervenientes

ativos no processo educativo.

Uma outra ideia central na definição de satisfação de estudantes diz respeito ao fato de um

estudante poder ter um nível de satisfação global com um determinado serviço e simultaneamente

poder ter um nível de satisfação específico para cada elemento ou para cada etapa da sua

experiência com esse mesmo serviço.A satisfação surge, assim, associada ao nível de expectativas,

verificando quando estas são atingidas ou ultrapassadasatravés da perceção da realidade, pelos

estudantes. ( LEMOS, 2011).

Cunha e Carrilho (2005) apontam a relevância da universidade ao dar maior atenção aos

novos alunos, promovendo intervenções de apoio psicossocial que vai minimizar os fatores de

dificuldade na transição educacional, acarretando no sucesso e maior satisfação acadêmica. Igue;

Bariani; Milanesi (2008), ressaltam que a satisfação do universitário em suas experiências

acadêmicas poderá ser dificultada pela falta de recursos pessoais, o inapropriado método de ensino

acadêmico, a ausência de um projeto profissional definido e de apoio da instituição.

Esta teoria procura explicar ainda, o papel dos fatores que afetam o desempenho

acadêmico e laboral. Isto inclui o nível de desempenho em tarefas educacionais e laborais e o

nível no qual os indivíduos persistem orientados à concretização dos caminhos de carreira,

especialmente quando se defrontam com obstáculos (MIRANDA. 2011). Ainda segundo a autora,

a ausência de satisfação laboral pode ser dividida em componentes mais específicos, tais como a

satisfação com as tarefas laborais e a satisfação com o ambiente laboral.defende que a satisfação

global de vida é influenciada porvariáveis de personalidade, pela satisfação em domínios de vida

específicos centrais,pela participação em tarefas valorizadas pelo sujeito e pelo progresso

percebido noalcance de metas pessoais.

Em concordância com a literatura e investigação empírica de referência, a existência de

relacionamentos interpessoais satisfatórios e a percepção do suporte social obtido, podem

constituir elementos facilitadores e promotores do ajustamento acadêmico, pessoal e social dos

indivíduos, no contexto específico da aprendizagem cooperativa vivenciadas em ambiente de sala

de aula (MIRANDA. 2011).

A satisfação ou insatisfaçãodos dos atores na escola, pode ser vista como resultante das

relações sociais que ocorrem na escola assentando na dualidade satisfação / insatisfação em que

estes atores estão envolvidos. Atores criam expectativas em relação à escola sendo apresentadas

pelas categorias : lealdade, expectativas, abandono, protesto, apatia (LEITÃO, 2011).

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Segundo Araújo (2005) No contexto do nível superior, constitui missão primordial das

universidades a valorização intelectual e a preparação de profissionais altamente qualificados para

satisfazer as necessidades, referenciando-se com boa adaptação e a satisfação académicas, assim

como o rendimento académico dos seus estudantes. Tendencialmente o volume do seu

financiamento acompanha os indicadores de qualidade e os resultados atingidos por cada uma das

instituições.

Paechter, Maier e Macher (2010). investigaram as relações existentes entre as expetativas

dos estudantes e as suas experiências no envolvimento e na satisfação com o curso. Estes autores

concluíram que as expectativas mais elevadas estavam relacionadas com as metas de

aprendizagem dos estudantes e que relativamente às experiências se destacaram em relação ao

nível de conhecimentos do instrutor. Com menor impacto, mas igualmente significativas para a

satisfação dos estudantes realçam as variáveis: motivação, oportunidades de aprendizagem

autorregulada e colaborativa e a clareza da estrutura do curso.

De acordo com Bardagi e Boff (2010), o nível de comportamento exploratório e a

satisfação com o curso podem ajudar na compreensão de como são construídas as expectativas

futuras dos formandos.

3 METODOLOGIA

O método de pesquisa empregado foi descritivo, quantitativo com a utilização do método

de análise de redes por este conter informações sobre o relacionamento entre os alunos, os motivos

que levam o vínculo, as formas e motivos das relações etc.

Pode-se observar a versátilidade das analises de redes sociais uma vez que ela é uma

ferramenta de investigação que concorda com um desenvolvimento intelectual lógico, que

permitem fazer distinções e diferenciações de grau entre atores de uma organização,e que

possibilitam descrever fenômenos organizacionais de muita relevância para a circulação do

conhecimento e da informação dentro de um campo de ação. (FISCELLA; VÁSQUEZ. 2008).

Este estudo é censitário uma vez que 200 alunos da turma de secretariado executivo serão

questionados. A análise de dados foi feita por meio dos softwares UCInet6.171 e NetDraw

2.04161.Com o intuito de encontrar as características gerais da rede, identificar as facções,

centralidade e poder relacional dos discentes. A sistemática e a sequência da análise foi baseada

em Rodríguez e Mérida (2006). Para entender os processos relacionais e a conectividade entre os

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atores utiliza-se as medidas de grau de centralidade, centralidade de intermediação, para cada uma

das dimensões consideradas. (REYES JUNIOR; BORGES. 2008).

A centralidade estuda os atores mais centrais, mais proeminentes, mais poderosos e com

prestigio. Utilizam-se vários indicadores, sendo que cada um transmite informações específicas de

poder. (REYES JUNIOR; BORGES. 2008). Grau de Centralidade da rede, por sua vez, permite

analisar a posição em que um determinado ator se encontra em relação aos outros. (MINHOTO;

MEIRINHOS.2011) a centralidade de intermediação, indica a possibilidade que tem um autor de

intermediar comunicação entre seus pares. (ALEJANDRO e NORMAM, 2005).

Foram analisadas também facções dentro das turmas de graduação, tendo em vista que

facções é a divisão da rede em grupos de atores com base na similaridade de suas relações. São

maximizadas as similaridades internas e minimizadas as externas com os demais grupos (REYES

JUNIOR; BORGES. 2008).

Posteriormente com a utilização do software SPSS foi feita a validação do instrumento de

satisfação onde o conceito de validação consiste na etapa final de uma análise validando seus

resultados, esta validação foi feita através das medidas de Alfa de Crombach, que por sua vez, é

uma medida frequente usada para avaliar a consistência interna dos componentes de uma variável.

(HAIR etal., 2005). No presente estudo somente foram aceitas aquelas variáveis com cargas

superior a 0.6, em atenção às considerações de Hair et al. (2005). Em seguida foram executados

testes de múltiplas correlações bivariadas entre as variáveis de satisfação e as diferentes medidas

de centralidade.

Os instrumentos de coleta de dados ultilizados foram; Questionário de Satisfação

acadêmica e questionário de análise de redes sociais. O Questionário de Satisfação Acadêmica

(QSA), de Soares e Almeida (2001), é um questionário de auto relato que tem como objeto a

avaliação do grau de satisfação dos estudantes, relativamente a diversos aspectos da sua

experiência acadêmica.

Este questionário é constituído por 27 itens, de 7 pontos de satisfação que procuraram

cobrir dimensões sociais, institucionais e curriculares da satisfação acadêmica. Procuraram avaliar

três áreas da satisfação dos alunos relacionadas com: a qualidade das relações estabelecidas dentro

e fora do contexto universitário (colegas, professores, funcionários, pais e/ou outras figuras

significativas), (dimensão Satisfação socio relacional com 5 itens); as infraestruturas,

equipamentos e serviços disponíveis na instituição (dimensão Satisfação institucional com 4

itens); e as atividades e características inerentes ao curso (dimensão Satisfação com o curso com 4

itens) (Soares, Vasconcelos & Almeida, 2002).

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4 ANÁLISE DE DADOS

4.1 Análise Socio relacional

Da análise de todas as relações estudadas (Amizade, Simpatia, trabalho e Sucesso),

representada na figura 1, pode-se observar a formação de diferentes subgrupos. O primeiro

representado por pontos rosa com incidência maior dos alunos ingressantes do ano de 2013, o

segundo representado por pontos pretos com participação maior de alunos do ano de 2010, o

representado por pontos cinza, formado por alunos do ano de 2011 e os representados por pontos

azuis representado na sua maioria por alunos do ano de 2012. Tambem houve a identificação de

alunos socialmente não associados a outros, representadopor pontos vermelhos.

Figura 1 – Mapa sociorrelacional dos pesquisados

Observa-se a estrutura de todas as relações dos grupos de uma forma ampla, sem deixar de

lado as particularidades de cada um. Pode-se perceber a posição de cada ator dentro das redes. De

uma forma geral as turmas estabelecem relações umas com as outras, estão interligadas por

relações de amizade, simpatia, trabalho e sucesso, e apesar de existir atores e grupos um pouco

mais dispersos, a maior parte destes se relacionam, influenciam e são influenciados por outros

atores.

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A relação dos atores representados pelos pontos pretos encontra-se mais fechada e unida

em relação aos demais grupos, esta se mostra firme e concentrada, porém os alunos se relacionam

com atores de outros grupos, de maneira mais forte com indivíduos dos grupos cinza e azuis. Esse

fato possivelmente se dar devido serem turmas próximas ao ano de ingresso, havendo

oportunidades de se estabelecer relações por conta do maior tempo de convivência. Quanto mais

antigos são os vínculos mais se tornam importantes e os vínculos mais antigos se tornam cada vez

mais afetivos com o passar do tempo (BIDART; CACCIUTTOLO, 2009).

Os representados pelos pontos cinzas apresentam suas relações mais abertas em

comparação com os pontos pretos, abrindo espaço para a atuação de outros atores de forma mais

flexível. Os alunos descritos com pontos azuis apresentam uma relação com as redes de forma

ainda mais afrouxada do que os pontos pretos, podendo encontrar posições de atores bem

próximos dos pontos cinzas, no entanto encontra-se atores também estabelecendo relações fortes

com os pontos pretos e menor relação com os pontos rosas.

Os discentes apresentados com pontos rosas, se mostram dentro da estrutura das redes mais

dispersos entre todos os atores, observa-se que existe poucas relações destes atores tendo em vista

a atuação dos indivíduos representados pelos pontos cinzas, pretos e azuis. Este fato pode ocorrer

por se tratar de uma turma de alunos recém chegados no curso, tendo em vista suas menores

oportunidades e tempo para firmar relacionamentos com alunos de outras turmas.

Os representados por pontos vermelhos se mostram indiferentes quanto todas as relações.

Sem nutrir qualquer tipo de interação com seus colegas. Isso de dar possivelmente por não se

adequar as formas de relações e por não se identificar com os outros atores.Quanto aos atores

específicamente pode-se observar que alguns atores se sobresaem quanto ao grau, intermediação e

geodésica, conforme figura 2.

Quanto a centralidade de grau os atores principais são 4,41,94 com valores

respectivamente 59,13; 49,565; 68,696. Esse atores se fazem centrais uma vez que possuem maior

numero de indicações, tendo o ator 94 com maior grau de centralidade entre os demais. Podendo

ser observado na figura 2. Quanto mais centralizados maior força e mais influência possuem esses

atores quanto aos outros. Sendo o ator 4 pertencente aos pontos cinzas, o ator 41 pertencente aos

pontos pretos, o ator 94 pertencente aos pontos rosas, quando observados constata-se que se

encontram em posições centrais, possindo por consequência maior número de relações.

Quanto ao grau de intermediações os atores principais são 4,38,41,94 com valores

respectivamente 4,903; 3,025; 2,592; 9,542. tendo o ator 94 maior grau de intermediações e

pertence aos pontos rosas. O ator 4 pertence aos pontos cinzas, o 38 pertence aos pontos azuis, o

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ator 41 pertence aos pontos pretos, todos localizados na figura 1. Este fato ocorre quando os atores

promovem interconexões com pessoas desconhecidas, fazendo exatamente intermediações para o

surgimento de relações com pessoas distintas. Quando observados, pode-se perceber a atuação

destes atores.

Quanto a Geodésica os atores principais são 4,41,56,94 com valores respectivamente

25,162; 22,005; 19,611; 26,554. Apresentando o ator 94 maior geodésica equivalente a 26,554.

Os atores 4 e 56 fazem parte dos pontos cinzas, O ator 41 faze parte dos pontos pretos,O ator 94

faz parte dos pontos rosas localizados na figura 1 . Estes atores proporcionam o caminho mais

curto entre dois atores (REYES JUNIOR; BORGES. 2008).Quanto aos aspectos gerais pode-se

encontrar a presença dos atores 4,41 e 94 tanto na centralidade de grau, quanto na intermediação e

geodésica.

Quanto ao mediun os atores principais são 4,38,41,94 com valores respectivamente. 0,774;

0,537; 0,607; 1,000.Quanto aos aspectos gerais pode-se encontrar a presença dos atores 4, 41, 94

tanto na centralidade de grau, quanto na geodésica e intermediação.

Ao se analisar o impacto dos diferentes elementos sobre o conjunto total das relações, observa-se

que o modelo de regressão possui poder explicativo de 63,3% sendo altamente significativo

apresentado no teste anova com 0,000ª de significância, e que as dimensões simpatia, sucesso e

amizade foram incluídas no modelo com as respectivas cargas fatoriais 0,01; 0,00; 0,000 e o valor

de Beta para simpatia, sucesso e amizade é respectivamente 0,348; 0,352; 0,300, sendo a constante

igual a 0,122. Observa-se ainda que as medidas de trabalho não foram aceitas no modelo,

conforme figura 3.

Figura 3 – Regressão dos componentes das Relações ModelSummary

Modelo R R² R² Adjustado ErroPadrão da Estimativa

1 ,795a ,633 ,623 ,08812

ANOVA

Modelo Suma dos Quadrados df Media dos Quadrados F Sig.

1 Regressão 1,498 3 ,499 64,313 ,000a

Residual ,870 112 ,008

Total 2,368 115

Coeficientes

Modelo

Coeficientes não Padronizados Coeficientes Padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constant) ,122 ,016 7,525 ,000

MSi ,304 ,088 ,348 3,472 ,001

MSu ,273 ,076 ,352 3,587 ,000

MAm ,248 ,049 ,300 5,020 ,000

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Destas considerações obtêm-se a seguinte fórmula geral de compreensão do conjunto das relações,

Mtotal = 0,122 + 0,352 MSu + 0,348 MSi + 0,300 MAm + Erro.

Sendo:

Mtotal: Media Total

MSu: Media de Sucesso

MSi: Media de Simpatia

MAm: Media de Amizades

A regressão permite supor que o principal elemento que impacta sobre o índice geral dos

relacionamentos é o indicador de sucesso seguido de simpatia, com as relações de amizade mais

afastadas. Significa dizer que para um bom processo de interação das relações, inicialmente o

aspecto trabalho não é representativo já que não teve cargas aceitáveis no modelo, a questão de

amizade tem menor impacto, e que o grande impacto está na melhoria da percepção dos colegas de

que o indivíduo terá condições de sucesso profissional.

Bardagi e Boff (2010) Afirmam que para melhorar as expectativas dos alunos, é preciso que aja o

acompanhamento dos jovens concluintes a fim de que seu processo de transição ocorra de forma

satisfatória prevenindo inclusive futuras patologias derivadas de expectativas frustradas pela

realidade de cada profissão.

4.1.1 Impactos Sobre as Relações

Observaram-se relações altamente significativas entre o ano de entrada e MSi (-,243) e MSu (-

,356) e da avaliação do currículo e MTr (-,272); e relações significativas entre reprovações e

Mtotal (,197); da situação econômica do discente e o MSu (,207); da saúde e MSu (-,211); da

familia e MSu (,201); e satisfação com a Instituição e MSu (-,193), conforme figura 4.

Figura 4 - Relação entre as variáveis e os indicadores relacionais

Ano Repro Siteco saude curric familia SatInst

MSi -,243**

MTr -,272**

MSu -,356** ,207* -,211* ,201* -,193*

MTotal ,197*

Observa-se que o ano de entrada esta associado com as relações de simpatia e perspectivas de

sucesso, no sentido de que quanto maior o ano menor as relações de simpatia, isso se dar

possivelmente por se tratar de alunos retidos no curso, acarretando menor afinidade com os

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colegas recém-chegados. Em se tratando do ano relacionado à visão de sucesso, pode-se observar

que quanto maior o ano menor a perspectiva de sucesso, também por se tratar de alunos retidos no

curso, que por se encontrar nesta situação, possivelmente passam a ideia de pessoas com menor

possibilidade de sucesso profissional.

Em relação às reprovações pode-se perceber que quanto maior o número de reprovações maior o

impacto nas relações, isso ocorre porque essas reprovações promovem o afastamento dos colegas

comuns afetando assim suas relações. Bem como no seu desempenho acadêmico, segundo

Machado e Cavalcanti (2010) os estudantes que obtém sucesso acadêmico e estudantes que não

obtém sucesso acadêmico, indicam que as reprovações nas disciplinas contribuem para o

insucesso escolar e podem ainda comprometer o desempenho acadêmico dos estudantes.

Observa-se que quanto maior a situação econômica melhor a percepção de sucesso. Possivelmente

isso ocorre por se ter em mente, que quem tem mais dinheiro terá mais chance de investir na sua

profissão. Observa-se ainda que quanto pior a saúde melhor são os indicadores de sucesso. Por se

tratar possivelmente da ideia de que quanto mais as pessoas se mostram preocupada com a saúde,

mas especificamente com o corpo, menor possibilidade de sucesso. E aquelas que se mostram

mais dedicadas aos estudos, e menos as sua aptidões físicas, como os conhecidos nerds, esses são

vistos com maiores perspectivas de sucesso.

Observa-se que quanto pior a avaliação do currículo tem-se melhor indicação de trabalho, isso é

possível uma vez que o acadêmico demonstra insatisfação com o seu currículo as pessoas o

percebem como melhor individuo para se fazer trabalhos, passando a ideia de que sua insatisfação

o leva a querer mais, caracterizando-o como um bom colega para produção dos trabalhos.

Teixeira, Castro e Piccolo (2007) apresentam a importância de atividades não curriculares de

formação para o desenvolvimento do senso de identidade profissional.

Pode-se observar também que a família se mostra importante, pode ser possível que quem tem

melhor relacionamento coma família possui maior indicador de sucesso, sendo deste modo porque

quando se tem o apoio familiar as pessoas são vistas com grande chance de alcançar seus

objetivos. Segundo. Teixeira, Castro e Piccolo (2007) A correlação do apoio parental percebido na

escolha profissional com a dimensão carreira, indica que tal apoio é um fator que apresenta

alguma relevância, pois possivelmente facilita o processo de identificação do estudante com a

profissão.

Verifica-se que quem tem menor satisfação com a instituição apresenta maior possibilidade

de sucesso, possivelmente o aluno que se mostra insatisfeito com a instituição é porque procura

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algo melhor, está querendo mais do que lhe foi oferecido, sendo assim demonstra está em busca

do sucesso.

4.2 Satisfação

Observa-se que as médias quanto a satisfação com a graduação se apresentam da seguinte

forma, satisfação social corresponde a 5,08 sendo o maior valor, seguido de satisfação com o

curso com 4,53 de média, satisfação com a instituição com a média mais baixa igual a 4,44 e por

último a satisfação geral com o valor de 5,06.

Pode-se perceber que a satisfação com a instituição e com o curso possui o menor valor,

enquanto que a satisfação social possui um valor maior, indicando que os alunos se mostram mais

satisfeitos com a vida social do que com a os serviços prestados pela universidade e pelo curso.

Este resultado discorda da ideia de Leitão (2011) onde a autora afirma que asatisfação ou

insatisfaçãodos dos atores na escola, pode ser vista como resultante das relações sociais que

ocorrem na escola assentando na dualidade satisfação / insatisfação em que estes atores estão

envolvidos. Atores criam expectativas em relação à escola sendo apresentadas pelas categorias :

lealdade, expectativas, abandono, protesto, apatia (LEITÃO.2011). Pois os autores mesmo

satisfeitos com a vida social continuam insatisfeitos quanto a universidade e o curso. Separando as

relações sociais dos indices de satisfação na acadêmia.

Fez-se novamente Regressão e teste de Anova, dessa vez explicando 85,3%, apresentando

altíssimo poder explicativo, dizendo que na satisfação geral todos os elementos, Satisfação Socio

relacional, Satisfação com a Instituição e Satisfação com o Curso são bons e suas cargas

correspondem respectivamente a 0,075; 0,014; 0,000, com valor de beta respectivamente igual a

0,079; 0,105; 0,851, sendo que a constante não apresenta significância. Conforme figura 6.

Essa fórmula mostra que para melhorar a satisfação dos alunos do curso de Secretariado

Executivo, Deve-se melhorar o curso quanto a relação teoria e prática, relacionamento entre

professores e alunos e etc, ou seja melhorar aspectos intrinsecamente ligados ao curso. A autora

Araújo (2005) apresenta que o Relacionamento com os professores, o envolvimento em atividades

extracurriculares, os métodos de estudo e a satisfação com o curso são variáveis que apresentam

maior impacto no rendimento escolar e consequentemente na satisfação dos acadêmicos, Qualquer

mudança que se fizer no curso vai impactar sobre maneira na satisfação geral. Promover

mudanças na universidade não terátanto resultado, quanto modificar aspectos específicos do curso,

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e como os alunos se mostram satisfeitos com os relacionamentos sociais, não se faz necessário

mudanças neste aspecto.

Figura 6 - Regressão dos componentes de satisfação

Resumo do Modelo

Modelo R R² R² Ajustado ErroPadrão da estimativa

1 ,924a ,853 ,849 ,52429

ANOVAb

Modelo Suma dos Quadrados DF Média dos Quadrados F Sig.

1 Regressão 178,599 3 59,533 216,580 ,000a

Residual 30,786 112 ,275

Total 209,386 115

Coeficientes

Modelo

Coeficientes não Padronizados Coeficientes Padronizados

t Sig. B Erro padrão Beta

1 (Constante) ,129 ,270 ,478 ,633

SatSocio ,109 ,060 ,079 1,800 ,075

SatInst ,112 ,045 ,105 2,494 ,014

SatC ,746 ,035 ,851 21,479 ,000

Destas considerações obtêm-se a seguinte fórmula para compreensão da satisfação geral,

SATG = 0,851 SATC + 0,105 SATIns + 0,079SAT Socio + Erro.

Sendo:

SATG: Satisfação Geral

SATC: Satisfação com o Curso

SATIns: Satisfação com a Instituição

SATSocio: Satisfação Socio-relacional

Para entender elementos específicos que impactam na satisfação foi feito novamente as

Regressões e teste Anova. Gerando um modelo que explica 57,6%, também com alta significância

estatística, onde os elementos Sistema de Avaliação, relacionamento Professor/ aluno e

perspectivas profissionais apresentam cargas respectivamente a 0,002; 0,00; 0,000, com valor de

beta igual 1,018 com significância de 0,003. Conforme figura 7.

Esta fórmula mostra especificamente que o mais importante é melhorar as expectativas de

mercado que o curso propõe, pois segundo Bardagi, Lassance, Paradiso et al (2006)há uma grande

confusão entre a profissão escolhida e as características do curso e do mercado, e geralmente os

estudantes supervalorizam as condições do mercado de trabalho e tornam-se desmotivados e

menos interessados ao perceberem as dificuldades de inserção profissional.

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Figura 7 - Regressão dos elementos de satisfação

Resumo do Modelo

Modelo R R² R² Ajustado ErroPadrão da estimativa

1 ,759a ,576 ,565 ,88536

ANOVAb

Modelo Suma dos Quadrados DF Média dos Quadrados F Sig.

1 Regressão 117,197 3 39,066 49,838 ,000a

Residual 86,224 110 ,784

Total 203,421 113

Coeficientes

Modelo

Coeficientes não Padronizados Coeficientes Padronizados

t Sig. B Erro padrão Beta

1 (Constant) 1,018 ,338 3,009 ,003

sistaval ,216 ,067 ,240 3,211 ,002

profaluno ,251 ,072 ,273 3,499 ,001

perspec ,372 ,069 ,409 5,362 ,000

Destas considerações obtêm-se a seguinte fórmula para compreensão da satisfação geral,

Sat G = 1,018 + 0,409 Perspec + 0,273 Profal + 0,240 Sistaval + erro

Sendo:

SATG: Satisfação Geral

Perspec: Perspectivas Profissionais

Profal: Relacionamento Professor/ Aluno

Sistaval: Sistema de avaliação

Esse é o elemento que mais impacta na satisfação geral, depois a relação professor – aluno sendo

que Gonçalves, Leite, Pavinato et al(2008) declaram que os conflitos na relação professor e aluno,

os alunos demonstram insatisfação em relação à disciplina, dificultando o processo de

aprendizagem. E quando a relação professor - aluno é saudável, o processo de ensino e

aprendizagem torna-se mais eficaz. O que e por ultimo melhorar a sistemática de avaliação do

curso.

Observa-se que todos os aspectos estão bem interligados, existe uma clara integração entre

todos os fatores, onde a satisfação socio relacional está ligada a satisfação com a universidade,

satisfação geral, satisfação com o curso, com a perspectiva de sucesso e com a auto-satisfação.

Apresentando que quanto maior a satisfação socio relacional, maior a satisfação com os fatores

mencionados.

Quanto a satisfação institucional pode-se observar que também possui ligação com todos

os fatores, universidade, satisfação geral, satisfação socio relacional, com o curso, com a

perspectiva de sucesso e com a auto satisfação. Onde quanto maior a satisfação com a instituição

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maior a satisfação com quase todos os fatores. Apresentando uma particularidade apenas no

sentido de que quanto menor a satisfação institucional maior as perspectivas de sucesso, como já

foi mencionado anteriormente.

Observa-se também esta ligação geral quanto a satisfação no curso, onde curiosamente só

não apresenta ligação com as perspectivas de sucesso. Reforçando o resultado que foi percebido

onde se faz necessário melhorar as expectativas de mercado para o curso, e por conseqüência afeta

diretamente na auto satisfação dos alunos quanto as suas perspectivas de sucesso. Em contra

partida pode-se observar que os fatores universidade, curso, satisfação sociorrelacional e geral,

encontram-se ligados com a auto-satisfação. Observa-se também que por consequência a

satisfação geral não está ligada ao fator sucesso, possivelmente por está presente nos aspectos

anteriores como curso e auto satisfação, impactando na satisfação geral. Enquanto que os outros

fatores possuem esta ligação.

Observa-se que existe íntima relação entre os diferentes elementos da satisfação, e existe

íntima relação entre os diferentes fatores de relacionamentos. Mas não existe nenhuma forma de

relação entre satisfação e os indicadores de relacionamentos, ou seja, não adianta ter elevado

número de contatos, ou ser intermediador de muitas pessoas, ou se relacionar com diferentes

grupos, tanto nos aspectos simpatia, amizade, trabalho conjunto e possibilidade de sucesso, que

isto não vai impactar sobre a satisfação. Pode se supor que seja o equilíbrio o elemento central da

discussão. E não mais a questão dos níveis de relacionamentos. O que pode dar satisfação

possivelmente seja pessoas mais equilibradas quanto aos seus relacionamentos.

Este resultado discorda da conclusão da Leitão (2011) onde ela coloca que asatisfação dos

atores na escola, pode ser vista como resultante das relações sociais que ocorrem no contexto

acadêmico onde estes atores estão envolvidos. Bem como discorda da autora Pedroza (2006) uma

vez que ela argumenta que temos de estar envolvidos com as pessoas e deixarmos ser envolvidos

por elas para encontrarmos satisfação naquilo que fazemos dentro do contexto escolar.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho por objetivo Analisar a influênciadas relações interpessoais na satisfação dos

acadêmicos, e para tal foram analizadas a estrutura sociorelacional dos acadêmicos, identificados

os níveis de satisfação dos dicentes e fez-se a relação entre a estrutura social e os níveis de

satisfação.

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Quanto a estrutura sociorelacional dos acadêmicos, observou-se que os alunos do curso de

secretariado executivo são em sua maioria mulheres, jovens de 20 a 22 anos, que entraram

posteriormente a 2010, porem observa-se uma participação significativa de ingressantes anteriores

ao referido ano com maior idade e número de reprovações. Quanto aos aspectos amizade,

simpatia, perspectivas de sucesso profissional e o conjunto total das relações, os acadêmicos se

mostram bem concentrados em seus grupinhos e pares dentros das turmas, mantendo relações bem

unidas e concisas principalmente as turmas de 2010e 2011, essa estrutura é vista principalmente

nos aspectos amizade e simpatia.

Nos aspectos perspectivas de sucesso profissional e trabalho em grupo percebe-se as redes

mais dispersas dentro das turmas.E pode-se perceber que quem faz as interligações dentro dos

grupos são os alunos retidos no curso. No que se refere a identificação dos níveis de satisfação,

pode-se perceber que a satisfação com a instituição e com o curso possui se mostram pequenas,

enquanto que a satisfação social apresenta autos índices, indicando que os alunos se mostram mais

satisfeitos com a vida social do que com a os serviços prestados pela universidade e pelo curso.

Para um aumento da satisfação dos acadêmicos do curso, deve-se melhorar os aspectos

intrinsecamente ligados ao curso, como relação teoria e prática, o relacionamento entre

professores e alunos, o sistema de avaliação, expectativas de mercado que o curso propõe e etc.

Qualquer mudança que se fizer no curso vai impactar sobre maneira na satisfação geral. Verifica-

se ainda que os alunos apresentam auto-satisfação quanto a sua frequência, os cuidados com a

saúde e com o seu resndimento.

Quanto a relação entre a estrutura social e os níveis de satisfação, foi percebido que não

existe nenhuma forma de relação entre satisfação e os indicadores de relacionamentos, ou seja por

mais que os alunos ocupem posição central na rede, estejam bem posicionados, interligando os

atores, proporcionando novos relacionamentos de amizade, simpatia, apreciação de pessoas para

trabalho em grupo e ótimas percepções de sucesso, todos esses fatores não impactam sobre a

satisfação dos acadêmicos. Devido ao fato dos alunos verem essas duas variáveis

relacionamentos/satisfação como sendo distintas.

Este estudo contribui no sentido de identificar as relações existentes entre os acadêmicos

do curso de secretariado executivo, promovendo o aumento de ações de integralização entre as

turmas, pois elas apresentam relações muito fechadas entre si. E reorganizar a estrutura do curso

para o melhor desempenho dos acadêmicos.

Recomenda-se para estudos futuros a busca pelo equilíbrio sociorrelacional, ou seja,

pessoas mais equilibradas quanto aos seus relacionamentos, através desse equilíbrio existem

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possibilidades de encontrar acadêmicos mais satisfeitos. Bem como estudar as relações extra

universidade após o curso, na busca pela realização dos objetivos ou sucesso encontrado.

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