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A LUDICIDADE E A MODELAGEM NO ENSINO DE GENÉTICA E PROBABILIDADE NO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO Géssica Rodrigues da Silva – UFTM 1 Letícia Martins Pimentel – UFTM 2 Lorena Silva Oliveira – UFTM 3 Agência Financiadora: CAPES Resumo Nesse estudo trabalhou-se com os princípios básicos da probabilidade ligados diretamente à Genética, parte da Biologia que estuda a passagem das características biológicas e físicas de geração para geração. O objetivo deste trabalho foi utilizar material lúdico e as Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC no processo de modelagem para a construção do conhecimento sobre Probabilidade e Genética (Primeira Lei de Mendel) capaz de melhorar o mecanismo de ensino e aprendizagem dos alunos do terceiro ano do Ensino Médio. No intuito do desenvolvimento da pesquisa, pretendeu-se trabalhar com uma turma do terceiro ano do Ensino Médio em uma escola estadual da cidade de Uberaba em Minas Gerais. Após a entrega dos vídeos, estes foram analisados como forma de avaliar se o objetivo principal do trabalho foi alcançado, ou seja, se através da ludicidade, do uso das TIC e da modelagem, os alunos conseguiram construir o conhecimento sobre probabilidade e genética associada à Primeira Lei de Mendel. Percebeu-se que o envolvimento dos estudantes durante o processo aconteceu de forma variada, ou seja, alguns se dedicaram mais e poucos deixaram de aproveitar a oportunidade de aprendizagem. Contudo, a análise do processo foi feita de maneira contextualizada e assim, a metodologia utilizada confirmou-se como uma forma de abordagem positiva no ensino de Genética e Probabilidade. O presente trabalho pretendeu, através do lúdico, da modelagem e do uso das TIC, estabelecer a relação existente entre a genética e a probabilidade, buscando solidificar os conhecimentos dessas duas disciplinas, pois se complementam. Palavras-chave: Ludicidade; Modelagem; Probabilidade; Genética; Ensino Médio. 1 Graduanda em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Membro do grupo de pesquisa cadastrado no CNPq - Grupo de estudos em Educação Estatística e Matemática – GEEM. Bolsista do PIBID Matemática UFTM. E-mail: [email protected]. 2 Graduanda em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Membro do grupo de pesquisa cadastrado no CNPq - Grupo de estudos em Educação Estatística e Matemática – GEEM. Bolsista do PIBID Matemática UFTM. E-mail: [email protected]. 3 Graduanda em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Membro do grupo de pesquisa cadastrado no CNPq - Grupo de estudos em Educação Estatística e Matemática – GEEM. Bolsista do PIBID Matemática UFTM. E-mail: [email protected].

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A LUDICIDADE E A MODELAGEM NO ENSINO DE GENÉTICA E

PROBABILIDADE NO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO

Géssica Rodrigues da Silva – UFTM1

Letícia Martins Pimentel – UFTM2

Lorena Silva Oliveira – UFTM3

Agência Financiadora: CAPES

Resumo

Nesse estudo trabalhou-se com os princípios básicos da probabilidade ligados diretamente à

Genética, parte da Biologia que estuda a passagem das características biológicas e físicas de

geração para geração. O objetivo deste trabalho foi utilizar material lúdico e as Tecnologias

de Informação e Comunicação - TIC no processo de modelagem para a construção do

conhecimento sobre Probabilidade e Genética (Primeira Lei de Mendel) capaz de melhorar o

mecanismo de ensino e aprendizagem dos alunos do terceiro ano do Ensino Médio. No intuito

do desenvolvimento da pesquisa, pretendeu-se trabalhar com uma turma do terceiro ano do

Ensino Médio em uma escola estadual da cidade de Uberaba em Minas Gerais. Após a

entrega dos vídeos, estes foram analisados como forma de avaliar se o objetivo principal do

trabalho foi alcançado, ou seja, se através da ludicidade, do uso das TIC e da modelagem, os

alunos conseguiram construir o conhecimento sobre probabilidade e genética associada à

Primeira Lei de Mendel. Percebeu-se que o envolvimento dos estudantes durante o processo

aconteceu de forma variada, ou seja, alguns se dedicaram mais e poucos deixaram de

aproveitar a oportunidade de aprendizagem. Contudo, a análise do processo foi feita de

maneira contextualizada e assim, a metodologia utilizada confirmou-se como uma forma de

abordagem positiva no ensino de Genética e Probabilidade. O presente trabalho pretendeu,

através do lúdico, da modelagem e do uso das TIC, estabelecer a relação existente entre a

genética e a probabilidade, buscando solidificar os conhecimentos dessas duas disciplinas,

pois se complementam.

Palavras-chave: Ludicidade; Modelagem; Probabilidade; Genética; Ensino Médio.

1 Graduanda em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Membro do

grupo de pesquisa cadastrado no CNPq - Grupo de estudos em Educação Estatística e Matemática – GEEM.

Bolsista do PIBID Matemática UFTM. E-mail: [email protected]. 2 Graduanda em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Membro do

grupo de pesquisa cadastrado no CNPq - Grupo de estudos em Educação Estatística e Matemática – GEEM.

Bolsista do PIBID Matemática UFTM. E-mail: [email protected]. 3 Graduanda em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Membro do

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Bolsista do PIBID Matemática UFTM. E-mail: [email protected].

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Introdução

A probabilidade é uma ciência que está presente no cotidiano de todas as pessoas. São

diversas as situações que envolvem inúmeros resultados possíveis e favoráveis. Nesse estudo

pretende-se trabalhar com os princípios básicos da probabilidade ligados diretamente à

genética, parte da biologia que estuda a passagem das características biológicas e físicas de

geração para geração.

A escolha do tema justifica-se pelo fato de que existe certa dificuldade dos alunos

sobre o processo de ensino-aprendizagem da probabilidade e da genética. Estes alunos não

conseguem compreender a relação entre elas, talvez pelo fato da maioria dos livros didáticos

do ensino médio tratar os conceitos de probabilidade através dos jogos de azar (baralho,

moedas e dados).

Quanto à Genética sabe-se que há estreita relação com a probabilidade, sendo

necessárias três décadas para a compreensão das leis de Mendel, quando se partiram do

princípio de que a formação dos gametas se originava das leis da probabilidade.

Assim, acredita-se que a aprendizagem da genética proporcionará aos alunos que

aprendem matemática uma melhor compreensão de que a probabilidade vai além de jogos de

azar e também oferecer a eles a oportunidade de rever conceitos matemáticos.

Segundo estudos realizados por Lopes (2005) sobre os Parâmetros Curriculares

Nacionais (PCN) a probabilidade é muito útil na sociedade atual, devido a necessidade que há

nos indivíduos de compreenderem as informações veiculadas, fazer previsões que influenciam

suas vidas pessoais e em comunidade. Seguindo, tem-se a grande dificuldade em ensinar

probabilidade para o Ensino Médio associado ao fato do aluno trazer “traumas” do tempo de

estudo, pois não entendia a falta de utilidade de certos conteúdos. Escolheu-se este tema por

concordar-se que traz vantagens para os alunos e para a sociedade.

Segundo Inocêncio (2001), com os avanços atuais evidenciados na genética, o sistema

educacional brasileiro tem necessidade de adequar-se à realidade, aproximando a escola dos

novos conceitos.

Os resultados dos trabalhos realizados em ensino de genética têm mostrado a

necessidade de investigar com maior profundidade o ensino da biologia em geral e da

genética em particular (BUGALLO RODRÍGUEZ, 1995). Ainda cita que no começo dos anos

oitenta surgiram trabalhos de grande interesse para a didática da genética, trabalhos

relacionados aos conteúdos de biologia mais difíceis de aprender, conteúdos mais importantes

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e difíceis para os professores de Ensino Médio tendo destaque três campos da genética:

mitose e meiose, genética mendeliana e teoria cromossômica.

Problemas decorrentes do desenvolvimento da genética não podem deixar de compor

o atual currículo de Biologia, visto que podem ser formadas lacunas graves na formação dos

alunos, pois são organizadores conceituais com vínculos estreitos com as relações ciência e

tecnologia e as perspectivas pessoais e sociais da ciência (KRASILCHIK, 2001).

Segundo Smith e Sims Jr. (1992), trabalhando o desenvolvimento cognitivo, resolução

de problemas e ensino de genética, constataram que os esquemas de combinações,

operacional-formal, proporções, e probabilidade não são estritamente requeridos para a

solução da maioria dos problemas genéticos clássicos típicos e que alguns, mas não todos os

conceitos genéticos têm poucos atributos e exemplos perceptíveis, tornando-se, portanto, mais

difíceis de concretizar o entendimento operacional dos estudantes.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) do Ensino Médio no que se refere ao

conteúdo de Genética cita o seguinte:

[...] São necessárias noções de probabilidade, análise combinatória e

bioquímica para dar significado às leis da hereditariedade, o que

demanda o estabelecimento de relações de conceitos aprendidos em

outras disciplinas. De posse desses conhecimentos, é possível ao aluno

relacioná-los às tecnologias de clonagem, engenharia genética e outras

ligadas à manipulação do DNA, proceder a análise desses fazeres

humanos identificando aspectos éticos, morais, políticos e econômicos

envolvidos na produção científica e tecnológica, bem como na sua

utilização; o aluno se transporta de um cenário meramente científico

para um contexto em que estão envolvidos vários aspectos da vida

humana. É um momento bastante propício ao trabalho com a

superação de posturas que, por omitir a real complexidade das

questões, induz a julgamentos simplistas e, não raro, preconceituosos

(BRASIL, 1999, p. 42).

Assim, o objetivo deste trabalho é utilizar material lúdico e as TIC para a construção

do conhecimento sobre Probabilidade e Genética (Primeira Lei de Mendel) capaz de melhorar

o mecanismo de ensino e aprendizagem dos alunos do terceiro ano do Ensino Médio.

Assim, o presente trabalho ainda pretendeu levantar a necessidade de determinar a

relação da Genética com a Probabilidade, buscando solidificar os conhecimentos nessas duas

áreas do conhecimento, além de mostrar aos alunos que os conteúdos se complementam, tais

como a Biologia e a Matemática.

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1. A Primeira Lei de Mendel

Atualmente, no Brasil, apesar das inovações científicas e tecnológicas fazerem parte

dos currículos escolares das escolas públicas, grande parte dos alunos não contextualiza o

ensino de Biologia, com destaque aos conteúdos de Genética, que se tem na escola com a sua

realidade. Assim, Oca (2005) relata que os conteúdos de Genética na Educação Básica

pública, muitas vezes, são considerados difíceis e desinteressantes, não permitindo ao aluno

fazer a correlação de que tópicos como ciclo celular, constituição e funcionamento da

molécula de DNA, entre outros, abordados em sala de aula são a base para a criação de

tecnologias que darão origem, por exemplo, aos transgênicos.

Santos (2008) diz que as primeiras pesquisas na área da hereditariedade e da genética

datam de 1856, realizadas pelo monge Gregor Mendel, um professor de ciências com grande

interesse em Botânica, iniciou seus experimentos com as ervilhas que ele mesmo havia

plantado. O trabalho de Mendel durou cerca de 8 anos. Durante esse tempo, ele polinizou as

plantas com cuidado, separou as sementes, para plantá-las separadamente, e analisou as

gerações sucessivas. Os precursores da ciência que hoje conhecemos pelo nome de Genética

possuíam recursos científicos e tecnológicos muito simples.

Em suas experiências, Mendel utilizou 34 variedades da ervilha Pisum sativum. A

planta foi escolhida por recomendação de outros biólogos, por possuir flores grandes e

características facilmente identificáveis, como, por exemplo, cor e textura das ervilhas, cor

das vagens, cor das flores e altura das plantas. Além disso, a Pisum sativum é uma planta que

faz autofecundação. E sua prole é sempre idêntica à planta original - a não ser que sofra

fertilização artificial ou cruzada.

Em um de seus experimentos, Mendel cruzou duas plantas de linhagem pura, uma com

sementes amarelas e outra com sementes verdes. O monge verificou, então, que todos os

descendentes eram idênticos a um dos genitores. No caso, o traço fenotípico de um dos

genitores não se expressava: todos os descendentes da primeira geração possuíam sementes

amarelas. Mendel chamou de dominante a característica que aparecia na geração F1 e de

recessiva a característica que não se expressava.

Mas Mendel cruzou os indivíduos da geração F1 entre si e obteve plantas, na geração

F2, com a característica dominante (sementes amarelas) e com a característica recessiva

(sementes verdes), na proporção de 3:1. Ou seja, 75% das plantas da geração F2 tinham

sementes amarelas e 25% tinham sementes verdes. Com esses resultados, Mendel concluiu

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que a característica recessiva não desaparecia na primeira geração, mas apenas ficava

escondida.

De acordo com Mendel, as características hereditárias são condicionadas por pares de

fatores hereditários. Hoje em dia, tais fatores são conhecidos como genes. As plantas puras

são portadoras de apenas um tipo de fator (VV ou vv). As plantas híbridas são portadoras de

um fator dominante e de um recessivo (Vv).

A primeira lei ou princípio formulado por Mendel, com base em seus experimentos,

diz que os genes são distribuídos independentemente, sem mistura. Os dois alelos de cada

gene presente em um indivíduo separam-se na formação dos gametas. Os alelos são formas

distintas do gene. Por exemplo: o alelo que condiciona a presença de sementes verdes e o

alelo que condiciona a presença de sementes amarelas.

Estes alelos, na formação dos gametas, são separados e, desta forma, por exemplo, pai

e mãe transmitem apenas um para seu descendente. É importante destacar, que nessa lei

apenas uma característica fenotípica é estudada, ou seja, para cada gameta masculino ou

feminino encaminha-se apenas um fator.

Toda característica do indivíduo apresenta, no mínimo, duas variedades, cada uma é

determinada por um gene. Por exemplo: a textura do cabelo pode ser lisa ou crespa, etc. Os

genes que determinam variedades diferentes do mesmo caráter são denominados alelos. Cada

gene ocupa um local específico (lócus genético) no cromossomo.

Os genes alelos expressam o genótipo de um indivíduo, ou seja, sua constituição

genética para uma determinada característica. O genótipo, influenciado pelas interferências do

meio ambiente, se expressa no fenótipo, que representa o somatório de todas as características

observáveis em um indivíduo. Quando um determinado caráter é condicionado por alelos

iguais, o indivíduo denomina-se homozigoto. Se os alelos forem diferentes, denomina-se

heterozigoto. O alelo dominante é representado por uma letra maiúscula, por exemplo, “A”; o

recessivo é representado por letra minúscula, por exemplo, “a”.

Segundo Borges, Lima (2007) e Durbano et al. (2008), boa parcela dos alunos

brasileiros sai do ensino médio entendendo, por exemplo, que as leis de Mendel são apenas

“letras” que se combinam em um cruzamento, não conseguindo fazer a associação de que

essas “letras” como AA ou Aa, que são apenas símbolos, são sequências nucleotídicas, que

representam os genes, e estão localizadas nos cromossomos, se segregando durante a meiose

para a formação dos gametas. Mais do que isso as leis de Mendel são a base para a

compreensão das características hereditárias passadas de geração a geração como o

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aparecimento em uma geração da prole de uma determinada doença, ou então para produzir

uma prole de animais de interesse econômico.

Isto pode ser verificado em um trabalho realizado por Fabrício et al. (2006), com 136

alunos, do 3˚ ano do Ensino Médio, de escolas públicas estaduais da região metropolitana da

cidade de Recife, Pernambuco, onde avaliou-se os conhecimento deste público sobre as leis

de Mendel. A partir dos resultados estes autores verificaram que a maioria dos alunos

entrevistados não soube definir gene, não soube associar o gene as leis e a grande maioria

associou as leis apenas com as letras que simbólica e didaticamente representam os genes

durante a segregação na meiose.

2. O uso do Lúdico e das Tecnologias de Informação e Comunicação- TIC no ensino de

Probabilidade e Genética

A cada dia se torna mais evidente o avanço tecnológico na sociedade. Vive-se em uma

era onde se prioriza a rapidez da transmissão de informações e da troca de experiências. Os

jovens de hoje estão em constante contato com as novas tecnologias, sobretudo as

relacionadas ao campo da informática.

Pombo e Martinho, (2009, p.1), falam sobre a principal ferramenta que se deve

considerar ao abordarmos as Tecnologias da Informação e da Comunicação - TIC. Das várias

ferramentas, métodos e técnicas que coexistem nas escolas no domínio das TIC, o computador

destaca-se, pois é o elemento em relação ao qual existe uma maior interação.

As TIC podem apoiar a aprendizagem de conteúdos e o desenvolvimento de

capacidades específicas, tanto através de software educacional como de ferramentas de uso

corrente (PONTE, 2002, p. 2).

Na escola é de fundamental importância o trabalho em grupo, a troca de experiências,

e pode-se ter esse acesso de uma maneira mais ampla e dinâmica por meio das TIC. Elas

“constituem ainda um meio de comunicação a distância e uma ferramenta para o trabalho

colaborativo (permitindo o envio de mensagens, documentos, vídeos e software entre

quaisquer dois pontos do globo)” (PONTE, 2002, p. 2).

Sobre a importância das tecnologias para o aprendizado dos conteúdos de genética,

Cardoso e Oliveira, (2010, p.14), noz diz que após procurar entender as dificuldades no

ensino-aprendizagem de genética, mencionei que as Tecnologias da Comunicação Digital,

segundo diversas pesquisas, auxiliam o processo de ensino-aprendizagem.

Cardoso e Oliveira (2010) apresentam-se as principais dificuldades encontradas pelos

alunos na aprendizagem dos conteúdos de Genética:

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Além da abstração do conteúdo já mencionada, foram também

indicadas: a baixa aprendizagem dos alunos – por falta de

conhecimento básico, principalmente na área da matemática, o que

dificulta no aprendizado das leis de Mendel, das probabilidades

genéticas, de genética das populações - e a formação recebida pelos

professores. (CARDOSO e OLIVEIRA, 2010, p.7).

Um das experiências contadas por um dos professores entrevistados, ao falar sobre

como lida com as dificuldades dos alunos em relação ao aprendizado de genética é a deque

tenta minimizar as dificuldades deles levando muitos recursos, como data show, uso também

vídeo, em muitas matérias de revista pra estimular discussões, realiza-se trabalhos em grupo

(CARDOSO e OLIVEIRA, 2010, p.7).

Segundo Negrine (2000), a capacidade lúdica relaciona-se diretamente com a pré-

história de vida do indivíduo. Afirma ser um estado de espírito e um saber que vai se

instalando progressivamente na conduta do ser devido ao seu cotidiano.

Caillois (1986) afirma que o caráter gratuito presente na atividade lúdica é a

característica capaz de deixá-la desacreditada diante da sociedade moderna. Porém, é

justamente devido a essa que o sujeito sente-se entregue à atividade despreocupadamente.

Freinet (1998) refere-se às práticas lúdicas da seguinte maneira:

(...) um estado de bem-estar que é a exacerbação de nossa necessidade

de viver, de subir e de perdurar ao longo do tempo. Atinge a zona

superior do nosso ser e só pode ser comparada à impressão que temos

por uns instantes de participar de uma ordem superior cuja potência

sobre-humana nos ilumina (FREINET, 1998, p. 304).

3. Procedimentos Metodológicos

O objetivo principal desse trabalho é utilizar o material lúdico e as TIC na construção

do conhecimento sobre os conteúdos de Genética, mais especificamente a primeira lei de

Mendel, e Probabilidade, que possa contribuir para a aprendizagem dos alunos do terceiro ano

do Ensino Médio.

No intuito do desenvolvimento da pesquisa, pretendeu-se trabalhar com uma turma do

terceiro ano do Ensino Médio em uma escola estadual da cidade de Uberaba em Minas

Gerais.

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Inicialmente, foi produzido um vídeo que tinha caráter explicativo, mas que

conseguisse despertar inquietações e o interesse dos alunos sobre o conteúdo incluso na mídia

utilizada. O material lúdico abordou os conceitos de probabilidade e genética associada à

primeira lei de Mendel, porém em um primeiro momento trouxe algumas situações em forma

de perguntas procurando levar os estudantes a terem indagações que os remeteria

posteriormente ao conceito de genética.

Na sequência, a produção contou com uma parte explicativa sobre a história de

Mendel e seus estudos utilizando ervilhas. Após esse momento, alguns conceitos básicos

sobre genética foram abordados para finalizar-se com exemplos instigantes que associavam a

probabilidade à Primeira Lei de Mendel. Nos exemplos procurou-se trazer as características

genéticas dos seres humanos, tais como a cor dos olhos, textura do cabelo e a estatura, dentre

outros. Na produção e edição do vídeo foi utilizado o software Windows Live Movie Maker.

Os alunos do terceiro ano do Ensino Médio da escola participante dessa pesquisa

assistiram ao conteúdo exposto na mídia e, por conseguinte, foi proposto a eles que

produzissem um vídeo que contemplasse a probabilidade associada à Primeira Lei de Mendel.

Dessa forma, a turma foi dividia em quatro grupos compostos por onze membros. Cada grupo

deveria criar o seu próprio vídeo.

Os jovens participantes desse processo tiveram um mês para concluírem a produção e

foram orientados a procurarem os autores desse trabalho de pesquisa e também os próprios

professores para terem qualquer tipo de dúvida respondida.

Após a entrega dos vídeos, estes foram analisados como forma de avaliar se o objetivo

principal do trabalho foi alcançado, ou seja, se através da ludicidade, do uso das TIC e da

modelagem, os alunos conseguiram construir o conhecimento sobre probabilidade e genética

associada à Primeira Lei de Mendel.

4. Resultados - Análise dos vídeos

O vídeo introdutório foi feito e os alunos tiveram aproximadamente um mês para

desenvolverem, em grupos, um vídeo de seis a dez minutos sobre a Primeira Lei de Mendel.

Esperava-se que os alunos associassem a ideia de probabilidade à genética. Não se falou sobre

isso no vídeo apresentado a eles. A intenção seria que fizessem esses avanços por meio de

pesquisas e das orientações com os seus professores juntamente com o acompanhamento dos

autores da presente pesquisa durante o processo.

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O primeiro grupo não produziu um vídeo, saindo um pouco da proposta inicial. Porém,

construíram uma apresentação em slides utilizando o software Microsoft Office PowerPoint.

Guardadas as devidas proporções, poderiam ter feito um vídeo que ficaria da mesma forma da

apresentação feita em slides. Dessa forma, é possível analisar a construção quanto ao

conteúdo e verificar se os objetivos foram atingidos ou não.

Iniciaram a apresentação fazendo perguntas e utilizando exemplos onde procuraram

instigar a curiosidade dos espectadores, chegando logo após, a resposta relacionada à primeira

Lei de Mendel. Explicaram a primeira lei, sempre usando a parte teórica associada a figuras

que ilustrassem aquilo que foi dito.

Na sequência, seguiram explicando conceitos de probabilidade como experimentos

aleatórios, eventos e espaço amostral. Utilizaram exemplos como a probabilidade de se jogar

uma moeda e sair cara ou coroa. Nesse aspecto, fizeram uma boa explanação.

Por conseguinte, retomaram alguns conceitos de genética como alelos homozigotos e

heterozigotos. Aplicaram a probabilidade associada à genética utilizando um exemplo de

características fenotípicas dos seres humanos como ter covinha no queixo. Nesse momento,

cometeram um erro ao afirmarem que a característica ter covinha no queixo é recessiva

quando, na verdade, é uma característica dominante. Mesmo assim, fizeram uma boa

explicação, retirando esse pequeno equívoco.

Os alunos praticamente não procuraram os autores desse trabalho e tampouco os seus

professores foram procurados, assim, aconteceram esses pequenos erros que poderiam ter sido

evitados. De qualquer forma, acredita-se que esse grupo atingiu a proposta de construção do

conhecimento sobre probabilidade e genética associada a primeira lei de Mendel, pois

abordaram todos os temas exemplificando de forma clara e objetiva.

O segundo grupo começou seu vídeo com uma narração feita por um dos membros,

abordando os experimentos de Mendel com as ervilhas. O que está sendo narrado aparece no

vídeo. Depois dessa parte surgiu o título “Probabilidade aplicada à primeira Lei de Mendel”, o

que chamou a atenção por ser um dos itens que se esperava ser observado por eles.

A parte seguinte foi um trecho de um vídeo retirado do site www.youtube.com.br, que

se trata de um exercício de probabilidade condicional abordando ervilhas. A pessoa que fala

no vídeo resolve o exercício abordando a probabilidade de acontecer cada evento pedido e

ensinando como se calcula as probabilidades usando os conceitos de genética. Quando

termina essa parte do vídeo ainda se ouvia a pessoa explicando o exercício. Ainda faltava

resolver a outra parte quando o vídeo termina e aparece o nome dos integrantes do grupo. O

vídeo durou cerca de seis minutos.

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Os alunos não procuraram fazer eles mesmos o vídeo, pois já pegaram algo pronto,

que estava sim, de acordo com o que foi proposto, mas que mesmo assim não tiveram o

cuidado de acabar de resolver o que o exercício do vídeo estava propondo.

O terceiro grupo iniciou seu vídeo com uma frase escrita da seguinte forma: “Começa

agora um vídeo onde vocês nunca mais vai esquecer Primeira Lei de Mendel”. O vídeo inicial

era um documentário falando das experiências de Mendel com as ervilhas, algo muito

parecido com o conteúdo da mídia que assistiram quando lhes foi feita a proposta desse

trabalho. Porém, no vídeo deles, em nenhum momento foi citada a palavra probabilidade ou

efetuaram o seu cálculo.

Ao término dessa parte do vídeo começa outra contemplando a Segunda Lei de

Mendel, algo que não foi abordado com eles no vídeo inicial. Só citaram o enunciado da

Segunda Lei. A parte que segue, é uma apresentação feita utilizando o software PowerPoint

que o grupo tinha feito e adicionou ao vídeo. Ressaltando que essa não foi a orientação

passada quando feita a proposta desse trabalho. Tentou-se ler o que estava escrito na

apresentação, mas mal dava tempo e já se passava para outro slide. Em alguns dos slides

tinham exercícios envolvendo cálculo de probabilidade relacionada à Primeira Lei de Mendel.

Mostraram algumas imagens e relacionaram com os exercícios.

Abordaram o albinismo, algo que não foi utilizado no vídeo produzido pelos autores

da presente pesquisa, o que foi considerado ser um fator positivo. Contudo, como os grupos

anteriores não fizeram sua própria produção, ou seja, pegaram algo pronto na internet.

Erraram também na parte que já foi citada anteriormente ao não dar o tempo suficiente para se

conseguir ler o que estava no vídeo, principalmente na parte dos exercícios. O tempo foi

inferior ao proposto, gastaram apenas quatro minutos e dez segundos.

O quarto grupo produziu um vídeo teatral de um telejornal chamado TV Genética,

simulando uma entrevista com Mendel, mostrando um pouco da sua história de vida e

posteriormente respondendo algumas questões formuladas e interpretadas pelos alunos na

tentativa de explicar a Primeira Lei.

Na produção foram utilizados alguns recursos tecnológicos na pesquisa, filmagem e

edição do vídeo. Percebeu-se um desenvolvimento original trabalhoso e interessante do grupo,

onde as perguntas respondidas, de certa forma, explicam a lei de segregação dos fatores.

Pode-se concluir que o grupo pesquisou e estudou para conseguirem realizar a construção do

vídeo.

O propósito da atividade era que os alunos percebessem a aplicação da probabilidade

no conteúdo de genética, mas durante a reprodução da película não foi apresentado algo sobre

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probabilidade. Os integrantes desse grupo entenderam que o fenômeno se dá em uma

“proporção”, mas não foi explicada essa ideia, talvez por falta da procura de orientação, por

terem preferido produzir o trabalho por conta própria.

Pode-se concluir que os alunos conseguem produzir trabalhos interessantes e abordar

conteúdos que ainda não conhecem, mas ficou evidente a importância da orientação do

professor. No caso, seria imprescindível discutir o trabalho com o grupo explicando o

conceito de probabilidade e propor uma correção do vídeo mantendo a ideia do teatro. Dessa

forma, finalizariam uma atividade de pesquisa da maneira correta, utilizando os recursos

tecnológicos e pedagógicos a favor do aprendizado.

Os três grupos que produziram e editaram seus vídeos utilizaram o software Windows

Live Movie Maker.

Considerações finais

A utilização do material lúdico, das TIC e da modelagem, mostrou ser uma forma

positiva de trabalhar esses conteúdos na construção do conhecimento científico dos

estudantes. Porém, acredita-se que esses recursos podem ser ainda mais úteis se houver

efetiva participação dos alunos durante todo o processo. Em alguns momentos, isso não

aconteceu.

A partir da análise dos quatro trabalhos apresentados, evidenciou-se que todos

precisaram pesquisar para conseguir concluir seus projetos. É importante ressaltar que esses

jovens nunca tiveram contato com esses conteúdos anteriormente. Partindo dessa premissa, o

objetivo principal desta pesquisa foi atingido, pois os alunos conseguiram construir o

conhecimento sobre os conteúdos abordados, mesmo que em níveis individuais diferentes.

Percebeu-se que o envolvimento dos estudantes durante o processo aconteceu de

forma variada, ou seja, alguns se dedicaram mais e poucos deixaram de aproveitar a

oportunidade de aprendizagem. Contudo, a análise do processo foi feita de maneira

contextualizada e assim, a metodologia utilizada confirmou-se como uma forma de

abordagem positiva no ensino de genética e probabilidade.

O presente trabalho pretendeu, através do lúdico, da modelagem e do uso das TIC,

estabelecer a relação existente entre a genética e a probabilidade, buscando solidificar os

conhecimentos dessas duas disciplinas, pois se complementam. Através dessa pesquisa

espera-se contribuir para a melhoria da aprendizagem desses conteúdos propiciando uma

educação qualitativa à sociedade.

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De acordo com o exposto no presente trabalho, fica evidente e indiscutível, a

importância do ensino da Genética, visto que se trata de uma área de conhecimento que evolui

com uma velocidade espantosa e tem um papel importantíssimo na formação do senso crítico

e da capacidade de tomada de decisões importantes, estando diretamente relacionado à

formação do cidadão e sua alfabetização científica.

Corroborando com Cantiello e Trivelato (2002), a aprendizagem de genética no

Ensino Médio está longe de ser satisfatória.

Concomitantemente, o Ensino de Probabilidade é de suma importância, pois esta é

uma ciência presente no cotidiano das pessoas e relaciona-se diretamente com a Genética. Os

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) estabelecem que a principal finalidade para o

estudo de probabilidade é:

que o aluno compreenda que grande parte dos acontecimentos do

cotidiano são de natureza aleatória e é possível identificar prováveis

resultados desses acontecimentos. As noções de acaso e incerteza, que

se manifestam intuitivamente, podem ser exploradas na escola, em

situações nas quais o aluno realiza experimentos e observa eventos

(BRASIL, 1997, p. 56).

O uso do material lúdico, das TIC e da modelagem, traz a esse ensino a possibilidade

de inserir o aluno na construção do conhecimento de forma atraente, perpassando por sua

vivência no cotidiano.

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