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ftUARTA-F£l«A47 DE AGOSTO DE
1864
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A F08TALBÍAANNO II
M. tOt.
JORNAL POLÍTICO, LITTER.VRIO E CRITICO.
A redacçãò só toma a responsabilidade dos seus arti-gos; todos os mais para serem publicados de-
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issicNATüiiA riiun cidade, r Proprietário—AHexandre HFraneisco j «Maiopcriculosam libertalcmPor anno. . . . 8$000l Cerbelon Ver deixa. \quamquietum servilium :»Por semestre. . . 4 $000] -^ul^&3u=^=-Por trimestre. . . 2$000\ Publica-se as
FAiu rõHA. rmana; e subscrevPor anno. . . . \ 0$ 0001 dade, rua Formosa.
Quartas-feiras e sabbados década se-1 Antes os espinhos da liberdade,íve-sc no escriptorio da Typ. da Liber- lque as flores da escravidão.
'VTjíadcccaõ.
A LIBERDADE.Fortaleza, lí de Agosto.
A voscria com que a opposiçao atroaos ares, no momento que se trata deuma eleição, cm que cita tem deposi-tado todas as suas esperanças, demons-tra a toda prova a falsidade de seussuppostos receios, quando não fosse suf-ficiente seu constante proceder em to-das as épochas por iguues circumstan-cias.
Ao passo que por calculo assim pro-cede, não se peja de irrogar aos seuscompatriotas o ignóininiosu tratamentode—assassinos e rbubadores, creandodeste modo complicações no exterior,si porventura os cidadãos que hoje es-tão á frente dos negócios, nài) tomassema seu cargo fazer dcsapparecer toda aidéa de desordem du animo da popu-lação.
Não ha maior irreflexã )! Tem-se vis-to muita inveetiva, que posto de maugosto, comtudo não se lha nota animodeliberado de otlender os brios de umpovo ; seu fim é todo estratégico, masdebaixo de um certo pooto de vista quenào fica mal nem aos seus auetor es.
Sim, conceber uma monstruosidade,levai-a a pratica, isto é, suppor-lheexistência, e consignal-a em papeis pu-blicos, alliciando para isso a indivíduos,que mal assigrtà » seus nomes, só porespirito de injuriara uma parcialidadepolitica, que não tem em seus prece-dentes o menor acto porque mereça seracoimada de saiteadores; em verdade,é uma das mais tristes invenções do es-pirito de mal-fazer.
Quando o partido liberal de todo oBrazil não fosse o partido dominante,e por conseqüência da confiança da co-rôa, o que em bòa lógica é tudo, deve-ria a opposiçao attender para a natu-reza da estratégia por dignidade pro-pria e honra do paiz, que lambem lhechama seu.
Ha certos vícios ou deífeitos que, en-volvendo o espirito de nacionalidade,e outras considerações de igual quilate,ainda se podendo, não devem serirro-gados nem aos próprios adversários,sob pena de compartir os mesmos vi- jcios e deífeitos.
O queé a actualidade senão o trium-pho da opinião publica? O que é a op-1
posição, considerada em relação ao nos-so systema?
E' uma porção do povo, que por fal-Ia de bôa direcçao decahiu do puder;puis por isso deixa de fazer parte dacommunhão, e de carregar com os ônuse gozos da sociedade em geral? De cer-lo ninguém dirá que sim.
Logo, si a perda do poder não im-porta a da nacionalidade—si para estese conquistar toda a reserva e hones-tidade são poucas; todo aquelle quejoga com outros meios, tem perdido,pelo menus, os foros de prudente e depolítico.
A opposiçao, de certo, não mediua altura da estratégia—não refleciiu nolado vulnerável do invento, e suppon-do (allucinada) poder desalojar o ini-migo aggravou duplamente a sua po-sição; porque peccon contra a própriaconvicção—peccou contra a dignidade,e sobre tudo» contra a honra e briosnacioanes.
Que isso o fizesse no fogo da paixão emingua de outros meios, poder-se-h;aconceder a disculpa do direito : são ac-tos em que a reflexão não Uve parte—primo pritnas; mas que continue a sus-tentar! e logo aonde? Pela impremsa !...que o povo desta capital tinha em plano,demonstrado por actos exteriores, ma-tar c roubar os portuguezes! Isso éim-perdoavel 1 Isso é repudiar para sempreos foros da verdade.
Quem priva a opposiçao a liberdadeda imprensa? Quereis mais lata? eonii-nuai na que tendes por vezes empre-gado : concede-se-vos todo o direito decensura, com justiça ou sem ella; o quequereis mais? IJmacrusada, que por maisque vos esforceis para provar, a paz ca ordem publica se encarregão de con*testar-vos? Tudo quanto è legal, mes-mo possível, se vos concede; menos querevoqueis rivalidades á tanto sepultadasno esquecimento.
Desejaríamos poder levar a convicçãode todos os justos titulos porque a Coroa co paiz hoje considerão as nossas idéias,e bem assim a sua utilidade e necessidade,para cííeito de ter seu inteiro vigor afôrma de governo, «que nós è vós abra-çamos—bem quizeramos admoestar sompersonalísar; mas no caso dado. pelo mõ*do porque quereis impláritar ás vossasidéias, não é possível deixar de deslou-var-vos o máo gosto e precipitação.
Bem se sabe, que o fim principal detodo partido ó levar suas idéias a pratica
por via d'ascenção do poder, no quetendes igual direito a nós; mas nunca do-estando, invectivando attentados, queenvolvem o caracter de uma populaçãointeira, no que fica mala ambas as sceitas.
Pois nâo podieis encontrar outro re-curso que vos habilite a reconquistar asposições perdidas senão diííamando aprovincia de vosso nascimento , e porconseguinte o povo vosso irmão ?
isso pôde ter cabimento em tempo ai-gum no homem que pensa, ou no políticode vistas largas?
Nào podia a imprensa do Ceará en-carregar-se de uma tarefa tão odiosanem mais prejudicial a si mesma. Con-vem confessar:—tudo que tendes feito epor fazer, pode-se conceder como meio ;mas o facto de roubar ao portuguez, é—odyliriode uma razão acanhada— é ofim a que só uma horda de selvagens po-deriáo, depois de muito labutnr sem or-dem nem nexo, em ultimo resultado pro-duzir. sem calculo nem proveito.
Se sois capazes de razão, pro\ai-opelo arrependimento—se amais ao vos-so paiz desdizei-vos—mas, se preferis aábjeççãu, prosegui, que será o meio maiscerteiro de inutiüsar-ves por toda estageração. Mostrai que sois brasileiros—eacima de tudo cearenses.
A ccCenstituieitoD e seus a«-seelas?.
Senão é, parece. Não ha dia, no qualnão se ouça uma gerimiada deste ou da-quelle canto da provincia, nunca porémcom tanta azafama e vehemencia, comoos correspondentes do Ipú.
De todos os pontos constituciónaes doSr. Dr. Jaguaribe rebentão rios e riosde prepotencias e perseguições ; nuncacom tanto azedume , nem cores tãocarregadas, como as das correspondei!-cias do celebre e decantado Ipú. pátriatios Paulinos, JustinoseTeixeiras: parercque o mal é innalo, ou qne procede ciauaturesa das águas.
Mas é um gosto ver a nossa madreConstituição... cercada de seus adeptosou discípulos, acompanhanda em todosos seus sonhos e phantasiados castellos,quèe.ires mesmos levantão e esquecem,só pelo prazer de de»'conceituar o po-ile\\ pelo fado de lhes ter escapado dasmãos.
Ternos visto, até temos feito opposi-ção a alguns reguletes; mas nunca aprovincia presenciou uma opposiçao tãov
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systemalica e nem mais sem critério ;nâo ha um bjljioslre, que não forgiquedppntamontos para o chefe da oreheslradesenvolver pela imprensai...
Do Crato é o no.sso amigo Hybrido, co-¦mo the chámão os seus inimigos, o ob-jcdo dos ódios vermelhos, quando ascon-siderações reaes, as epopéas do povo doseu domicilio e comarcaões não fossemo verdadeiro conlra-proleslo.
De Vilia-Viciosa, ou Viçosa éo actualdelegado, o prestante cidadão SeverianoFrancisco das Neves, onde impera umBis-veihaeo, o alvo de todas as setas des-tee dos seus.
Em Maria Pereira lambem existe oseu Argos, cujo pacienteé o Sr. Rodrigo,escapando, não sabemos porque milagre,o Dr. Ulisses, apesar de pertencer afamilia principal na politica.
No Ipú, não se falia, porque ali éo paiz dos excessos: ou muito cascudo,ou muito liberal; de tempos a esta parteéo lugarejo que mais oecupa a attençaodo governo; pelo que e pelo que não, ocapitão infantieida que responda.
Por ultimo uma creatura, que aquipareceu um castradinho, um tal Teixei-ra, é o tiilú cfaquella localidade pelasinsidias ecavilacões com que vence tudo;até por ultimo o tal juiz de paz cie S.Gonçalo fez e aconteceu, sem um P. N.de penitencia 1
Eis os argòs do argos-mór, Sr. Dr.Jagnaribe, que sob promessas fallasestraz os pobres matutos atados ao sepodo engano é da viltramoia, para efiei-to de ainda um dia poder dividir a presaentre elle e seus coadjuetores de todosos pontos.
Vergonha das vergonhas! Se Judasvoltasse ao mundo e visse esse modo dewla, de certo que não queria a peitolimpo passar por Judas. O melhor dagalhofa é mentir e mentir sob a capa deamigo dás instituições.
A polHa proücdetvem regra ouvin-do iudistinclaroente a todos: nom o Sr.Bruno, nem o negociante Laraugeirasào pessoas capazes de se deixarem ater-rar; só faltou ao rapaz dal-?üs.por de-mentes.
Tenha paciência, esforça-se muitoembora ; quem não quer ser lobo, niolhe veste a pelle ; senão querião serdescobertos, nâo se mettessem em ca-misas de onze varas: o negocio é serio,
.ea policia não quer crear complicaçõesentre dous estados amigos.
E' preciso desmascarar esse imbusteaté as raises; si bem que a epocha deeleições era mais que sufficiente, nãosendo esta a primeira vez por iguaesmotivos. Si não houve maldade em to-dos os signatários, alguns hão de ficarsabendo o que são os seus proclamadosamigos e protectores.
Persegaiieíto.
O Sr. alferes Bellota tem soíTridomuito! Victima da prepotência de umsuperior tanto de ignorante como devingativo, acha-se soffrendo as maio-res privações, pelo simples facto de nãotransigir com os parentes de seu injustoperseguidor.
flui ria «da.
Que praga meu Deus! parece que es-tamos no rigor da secca de -1825, quetodos lamentavão a falta de farinha !De cada canto surge urna carpideira,cada qual mais interessada em desvir-tuar os factos: faz estremecer o cora-ção de quem não souber qual o fim detudo isso; até de Maria Pereira sur-ge também a sua fada !
Não é nada; os homens nesta parte$ao insignes; mas quem os não corihe-cer que os creia.
Desf&eaaiiêntò.
O Pedro ÍL segundo em tudo5; maso primeiro em querer manter o emhns-te do saque e morte nos portuiruozes,está exasperado com o procedimento da.poucia; riâo estando presente no autode
Pedrada.
O manhoso redactor da Constituição,não lhe pôde soífrer o coração vêr apaz e união que reina entre os liberaes.Aproveitando-se das circumstancias doactual delegado, quer vêr se por esselado féreasusceptibilidadido nosso ami-go A° supplente.
O homem dás armadilhas e embosca-das já está muito conhecido. Os libe-raes não fazem questão de preferen-cia, e nem é o dinheiro maior ou me-nor que constitue o verdadeiro mere-cimento; isso é para aquelles que o quesão, devem ao que tem; entre nós oprincipio é outro—o que considera ohomem na sociedade liberal é a probi-dade e os bons sentimentos; nisto nãoha diílerença entre os nomeados.
Ao* assigaiaaate*.
Achando-nos em péssimas circums-landas á respeito de saúde, resolvemossuspender por um mez a publicação destejornal, pelo que esperamos a indulgen-cia do costume.
A redacção.
^fOSAICO.
perguntas, s be ãim do que se pas-1 so prestimososou do qne as iwéfníáà testemunhas quejurarão e assignarao o seu tíepoimen-tu, voív:- ,íe Jido c relido!Matí de todo o ipaiií enoraçaclo é-qují-rer que só ^cvão ser ouvidos os audo-vm de fláJ ¦muchiirifc.da. isso é bello!
Vapoa- ã& morte.— Seíruiu nodia 15 do corrente par;, a Corte o nos-timoso amifío, o Sr, tenente deengenheiros Dr. José Eduardo Barbosa,com sua virtuosa familia, deixando porsuas boas maneiras bastantes amigos esaudades.
O Sr. Dr. Barbosa foi uma das v|ç;tj-mas da malediceneia dos homens dos
-"Tfrtrrrm-nr- m t
Diários, tentrelanto não se lhe encon-tra cousa alguma em seu proceder, porande os seus gratuitos zoilos podessema seu salvo feril-o.Provera á Deus que todos aquelles
que o houvessem de sueceder, se por-lassem com a honra e desinteressa comque o perseguido se conduziu, em todoo período de sua existência entre nósno serviço das obras publicas. Saltoupobre e sem filhosjprolta no mesmo es-tadoecorn elles. JFOs ventos lhe seiãofavoráveis.
iHMnulft.-Na noite de tí do cor-rente, um soldado da policia, achando-se debaixo do peso das águas, esfaqueouuma muiher, assim como a todos quen'aquelle momento lhe apparecessemsenão fosse em continente desarmado. A-cha-se preso, e o processo em anda-mento.
lie ib tira.—O « Pedro II «pareceter contradado falsificar a verdade-communicando duas desordens contra osseus ungidos diz, que uma fôra no ca-mmho de Arronches, e oulra em Ma-ranguape. Se damos credito ao que nosrefere o Sr. Anlonio Coelho, que nàoe suspeito, cada vez admiramos mais opapel da criança. Está o Sr. Jas.uaribecomo quer; quanta mentira encontra lápelo seu quintal, envia para o rapazoiacarregar com a responsabelidade.
BH ii liei io, dinheiro e anais<luilieii*o.—Os homens tirarão a sor-te grande; não ha ahi por esses pontosquem não arroje contose mais contos; sópara Arronches jacta-se o Feijoada quetem tres contos — si de mil e nmanoite ou de reates o tempo justificará.E verdade que alguma cousa existe, rorque nunca vimos tanta exaltação nos ani-mos; e essas febres malignas sóproce-dern do calor do ouro alheio.
E'pena que seja uma só eleição; por-que a serem 0 por anno muito ganhariao pai das fallcncias; assim mesmo ve-remos. Negociante em política, credoresa porta: só quem pode fazer das suaséoboticário, porque em quanto houver epi-dcmia e água distilada , não se acaba asemente do cobre. Haja vista a defTunfabotica, que comeu, bebeu, e não morreucomo Bocage. Para politica—botica.
COMMUNICADO.Ha certos annexins, que passão porprovérbios, entre outros è este: «Oue-
rem conhecer o villão, mettão-Ihe o "car-
go na mão. » O que de presente se dácom o Sr. alferes Bellota, companhei-ro d'arnia, e conservador da sremma,é a maior prova que sc pôde obter.
O Sr. major commandante entendei.-do dever prevalecer-se de sua onetori-dade para exercer seus ódios e vingan-ças, tem feito tudo por aoahrunhar umseu subalterno, a pretexto de falia deobediência , quando no caso figuradoapenas so poderia considerar erro deintelligencia.
Toda esta cidade sabe. que o Sr. ai-leres Bellota. achando-se no (hribunnlfoi notificado mui de nroposilo páramontar .guarda; e porque suppondo ap-
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proveitar-lhc a isempçào do jurado»apeiias reílexionou sobre isso, acha-se!hoje não só preso e encarcerado, mascitado para responder a um consellu pa-ra quando houver tempoII!
Deste modo tem de solírer, pelo menos,um ou dous annos de prisão sem crimenem culpa formada! que é o mesmo que\iver debaixo do férreo dominio de umdéspota sem outra lei que a sua ohíiíf-potente vontade; quando ainda mesmoos pronunciados go^ de liberdade atéa decisão do conselho^suprfemo miHtrtr.
Mas isso só é concedido a outros quenão a infeliz vietima dos ódios de seucommandante; ainda ha pouco o Sr.alferes Anacléto gtaou desse indulto,aehando-se nas mesmas ou pciores con-dicções...
Mas que importa isso quando o ódioc a vingança são as paixões mais no-bres do commandante interino de umcorpo? SoíTra a justiça, -sobra a classec sofira a vietima e sua numerosa fa-milia !
O Sr. commandante pôde fazer tudo,pôde até mandar passar pelas armasum oificiál como elle, porque é esta asorte do infeliz corpo de guarnição destaprovincia; mas pôde também lembrar-se, que acima do governo está a cie-mencia do monarcha, que não pôde con-sentir por mais tempo no abandono daclasse militar desta provincia.
O negocio ê de capricho e de vin-gança ; mas dia virá que o verdadeirocrime seja punido; e então ver-se-ha oimpínado cangote curvar-se ao mais in-limo da sociedade, sunplicando o per-dão de suas culpas. Deus não dorme,nem é possivel que os gemidos de tan-tas victimas deixem de subir um dia asua divina presença.
O cometa.
A PEDIDO.—iiii"-i'"' i-—-.¦¦»¦ *«*'
APONTAMENTOS PARA A HISTORIA.
Na reunião política conservadora, queteve lugar no domingo 7 do corrente,comparecerão além de Jocas, Lúcio,Amando e Manoel Maria, os Gurataiassenador das mentiras, e o barão das com-muas, este ultimo trajando garofamenlea casaca de um defuneto; e para se vervisto e revisto pelos liberaes, passou naporta do boticário Theodorico, bufandomais do que uma marilacaca, vulgogamgabá.
O berada.
promettc consumir-lhe o restante, de seusáln-À com desfeitas e ameaças 1
•Nao tem por si senão o Deus dos Cens;porque as justiças da terra são da laiade um Chico Fi delis; appeila para o seuprocedimento e a conJucta de sua rival epareotes, contra os quaes protesta portodo o mal que lhe vier, visto que nãotem outros inimigos senão sou marido eseus parentes, c a viuva honesta e sunfamilia.
A infeliz Maria.
At-tes*Cilo.
A infeliz mmher de Bernardo José deMello, vietima das astncias ne uma nm-lhcr sem brio nem vergonha, nrevineao respeitável pubiico, que seu maridoou alguém por elle, a pretende matarnão só a fome, mas de desgostos e in-juriás a çãdá ptsso.
Além de se lhe tornar sen marido, nãoha dia, em que não receba mil e mil in-suites ; já com papeis sujos de m.... ;já com promessas de morte ou surra ;e por ultimo.é o próprio padrasto, que
Lesiibrete»
O padre mais volumoso do lote muitasvezes se jactou n'esta cidade de ter dadolustro n'um seminarista portuguez, quan-do elle lambem era seminarista, andaagora capitaneando os portuguezes, seráisso de coração ou será para melhor-mento sacrificai-os ?
Egomel.
TRANSCRIPCOE8.A MULfflER
A FAMÍLIA E A CIVILISAÇÃOPÒR
Joaquim Guennes da Silva e Mello.
(Continuação do w.° I05.J
« A massa do cenero humano devese contentar com receber suas instrucçõesde outrem, e não lhe é dado se aproxi-mar das fontes da sciencia. As verda-des mais importantes em medicina, emjurisprudência, em physicá, em ma the-maticas, devem ser recebidas d'aquel-les, que a bebem nas fontes primarias.Pelo que toca ao Christianismo, tem-seem geral seguido constantemente o mes-mo methodo e todas as vezes que se tem a-partado até um certo ponto delle, a socie-dade tem sido abalada até seus funda-mentos. »
Então? E depois ain:1a aecnsam a reli-gião catholica de fanática! Mas qual é oseu fanastimo? Mestra da sceencia por-que só ella tern a chave da verdade,não ha fanatismo, que lhe possa ser ex-probrado. E' preciso não esquecer que,desde que uma doutrina assenta na ver-dade e se acha inteiramente compene-trada disto, por maior que seja a exal-taçào de seus propagadores, por maisviva-que seja a força dosenenlhusiasmo,nunca se .pode dizer que seus prupugna-deres se achem empregnados de -fenatis-mo, porque o fanatismo, bem consideradaa sua natureza, é a imposição arbitrariaè forçada do uma opinião errônea, ompelo roen-s, duvidosa. Tem lugar aquia ãppiicação das palavras de um cserip-tor francez : « eu não sei porque fata-jidaí-e ^ynteoequc. as cousas de que maisse falía oão ordinariamente aquellas cujariaínrez; é menos comprehcnmda.»
Quaíjdo os p;ciiil')-subio$ forjam noseseondríjos.do pensamento o caieulo deriíjjffeár o. ehristiapismó, n,ão jl>es im-<)..-r\h filais a natu.%éza da accusação, nemda coitèst, que lhes allrihuem ; é as-
sim qué elles gritnm—fanatismo—semcomprehendcrem ou fingindo não com-prehcndcrem, o que áeja fanatismo. Apaixão os cega e elles trahcm sua pro-pria consciência ; no auge de seu fanü-tismo (porque n'ellés é que cètá o fana-tismo,) arriscam proposições, quea maiselevada metaphysica jamais conseguiriaprovar. E não coram !-...'
Convém assignalar um facto, c estefacto é—que nenhuma religião mais qu!ea catholica, nenhuma instituição mais quea igreja, tem-se esforçado ém 'reprimiros excessos desse enlbusiasmo, ella sódeixa conservar-se o fanatismo inhercn-te e congênito com a natureza humana.
Do que levamos dito até aqui surtelógicat naturalmente uma conseqüência,que não pódc de modo algum ser re-geitada; é a necessária opposição entreo protestantismo, e os nobres e verda-deiros instinClos do coração humano.
Oulhorgando á iritelligencia humanaa mais illimilada liberdade nas matériasreligiosas, a doutrina protestante tendeá desarreigar todo o sentimento do ver-dadeiro, do bem e do bello, e a subs-tituil-o pelo erro, pelo mal e pelo re-baixamento total d'alma humana;; ellaprocura acabar cem o império da ra-zão para pôr cm seu lugar o impériodas paixões mais desordenadas.
A razão é o que constitue evidentç epropriamente a personalidíide;"é ella qqç,illuminada pela revelação, mostra ao lio-mem á lei, que ò deve guiar na sendaj;$avida; más esta razão também tèm suasleis, e está sujeita ao interprete da; tf-velação Sobre a terra, á igreja. Ora,,sempre que ella quizer sublráhir-se àesta autoridade e conslituir-sé aulhori-dade para si mesma, a sua missão estSdegenerada eo coração pervertido ; por-que o coração ê dirèctáménfé inflüèn-ciado '.pela razão: dé maneira que « Sjfi.afé e incerta, e vaciNantè, o amor sèrifraco e inconsistente çom ella. "e
^u^ôd-óo corarão está frio e indiíTerèntè, á von-tade ellanguécé na molleza ou dormena inacçâo, » conforme a expressão deRattier.
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A indiíférénça erh religião é á mortedo espirito,' porque o sentimento reli-gioso é que Viviíiça a súã existência; ásregras ,da morai perdem 6 seu valore a sua força obrigotoria, os costumesse affrouxám e ludo isto é a çonsequèn-cia da perversão do coração.
Eis como o protestantismo, innocu-lando seus elementos de destruição noindivíduo, projectacontinuamente á dis-sídução da sociedade: em face e segnndpas suas theórias as leis da sóciabiíidadehumana marcham pára o seu totalenfrá-quecimento ; o egoísmo é elevado já s^uamaior ahurà, a caridade evangélica éparalysaoapm seu.curso, o calculo sup-pre a virtude, o interesse substiiue o á-mor, os mais Íntimos laços da humani-dada se rompem, k desordem vence aordem social, ,e o resulladp dfe/tudo i^toá"o cabos, a ruina, a mprté.'
Nunca do centro do protesl.antismoahirá a ordeni e a felicidade para associedade : é a razão é intuitiva,-— areforma, sendo .gerada para destruiráordem, cimentada e mantida pela 'grèja,não pôde mais conciliar-se com ella*.a sua acção é incompatível com a esta-
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LE G IVEL
—-1 1 A UBüRDAfiJB,
bilidade c andamento pacifico da aocie-dade.
Qual a sociedade, que o proteslantismotem civilisado? quaes os tropheus desuagloria ?
Será a Inglaterra?—-Talvezo queiramdizer.Mas o que tem feilo o proteslantismo
para a Inglaterra? Se elle tem feito ai-guma cousa, tem sido quebrar a cadeiade sua gloria e abrir paginas negras cmseus annaes. Se não fora o protestai]-tismo a Inglaterra seria hoje a primeiranação do mundo; entretanto que, ven-cida pela força do erro, ella marcha emprogressiva decadência. E imporia ob-servar que—se a soberba Albion já nãoviu sua fronte orgulhosa abater-se poruma vez, não é porque o seu seio sejanutrido pela seiva protestante, mas sim,porque, se bem que protestante, não temesquecido de todos as tradicções calho-licas; é porque ainda o catholicismoexerce ne)Ia alguma influencia. E' estaa principal razão pela qual ainda umpouco de vida lhe resta.
Eis a grande obra do proteslantismo:por onde passa deixa sempre vestígios'de sua passagem.
(Go?iiinua.)
historia dà barra.—Os orientaesírou-*crâo sempre a barba comprida. Os Ro-manos só começarão a barbear-se dousséculos antes de Christo; a partir, po-rém, dessa época essa moda tornou-seobrigatória, e só se deixava crescer abarba durante o luto.
Os Francos, para só distinguirem dosRomanos,traziãotodaa barba;no reinadodos reis indolentcs, ella usava-se muitocurta e a amarravão com trancas de ouro.Carlos Magno íezlhe uma mudança im-portante; raspavão-se as faces e deixa-va-se sobre o lábio superior um longobigode que se prolongava dos dous la-dos do queixo, indo algumas vezes até opeito. O juramento do imperador era oseguinte: « Por S. Diniz e por esta bar-ba que rne pende do queixo. »
Os sacerdotes latinos adotarão na mes-ma época essa moda, o que foi um gran-dc escândalo para os sacerdotes gregos,gue barbeavão-se completamente.
E entre as causas que decidirão Pho-tius, palriarcha dcConslantinopla,a ex-commungar, em 858, o papa Nicoláo,Jsevê o comprimento da barba dos sacerdo-tes latinos, comprimento contrario ásantidade do sacerdócio. Muitos conci-lios se occupárão dessa grave questão,que foi difinitivamente decidida no séculoXIX, pela prohição da barba.
O clero, não trazendo barba, poz-sea pregar contra ella, e no século XII,os reis dando o exemplo, teve ella dedesapparecer.
I Philippe de Valois quiz tornar os an-tigos usos, mas nâo foi imitado, e até oséculo XVI a barba foi desapiedadamemtecortada tendo nisso grande interesse anumerosíssima corporação dos barbeiros.
Em 1521, tendo Francisco I sido fe-rido na cabeça por um lição, foi obri-gado acortnr os cabellos, que elle usa-va muito compridos. Com a cabeça ras-padae oqueixo sem barba, recciou elleparecer-sc com um monge e por isso
OS SELVA&F.S.S DA CIVILISAÇÃO.— LUí.viajante encontrou ha pouco tempo nosarrebaldes de Londres um moço, co-berto de poeira de carvão de pedra, eentabolando conversação, perguntou-lhe se sabia quem era Jesus Christo?—aNão, » tornou simplesmente o mísero,não conheço este senhor; nunca traba-lhei em suas minas.»
Chuva iuba.— No Chili central nãocahe uma gotta de chuva durante no-ve mezes do anno; no Chili meridionalchove ordinariamente urna única vezde dous em dous ou de trez em tresan-nos. Os Andes peru vianos estão separadosdo mar Pacifico por um grande desertode areia onde nunca chove.
COMO SE ILLUDE A LEI.— Ha pOUCO maisde um anno foi condemnado nos tribunaesde Inglaterra, o opulento banqueiro áirJohn Dean Paula a degredo e servidãopenal por toda ávida pela culpa de ban-carrota fraudulenta. Apena se vio seriten-ciado, sua mulher vendeu todas as pro-priedadesque lhe pertenciam, partio para
deixou crescer a barba, que era bastan-te curta e pontuda. Todos os cortezãosaprcssarão-se cm imitar o rei, e a bar-ba comprida adquiriu voga apesar doclero. Nos reinados de Carlos IX eHen-rique 111, a barba foi tratada com umcuidado todo particular; era perfumada,e tingida, polvilhada de ouro c dc pra-ta, ca noite a nícttiào cm umsaccoôhá-mado bigotella, Entretanto, o amor daantigüidade conquistou muito adeptospara o culto da barba; e até um pa-pa, Julio II deixou crescer a barba afimde imitar os antigrs em tal uso co-mo os imitavão nas artes e litteratura.
No tempo de Henrique IV a barbadesappareceu. Richeíieu e Mazarin tra-zendo somente bigode e pêra, todos sóusa\ão pera e bigode.
Nu reinado de Luiz XIV foi suppri-mido esse ornaniemto: o uso immodera-do do tabaco tornava essa suppressa umalei de aceio e de limpeza. Nesse temposó os calvinistas trazião barba, sendoelles, por algum tempo, conhecidos pe-los barbados, em razão da compridabarba que usavãoseus ministres. Opol-vüho, adoptado durante o reinado deLuiz XIV impediu longo tempo que tbarba fosse de novo admettida; apenasa trazião alguns philosophos.
Na Revolução, a barba, bigodes e suis-sas forão admittidos livremente; nãotornou-se, porem, isso em uso geral.
Sob o império e sob a revolução, ras"!pava-se completamente a barba, e fo*somente em -1817 que o suissa appareceufazendo grande barulho : houve quasiuma desordem séria n'um trealro, por-que um autor de comédias tomara a li-herdade de criticar essa moda. A febrepela idade media a que se apoderou detodo o mundo em 1850, poz a barbaem grande voga. Todos liza vão cabel-los e bnrbas crescidos, com um amorverdadeiramemtc incrível pelo estylo go-Ihico. Depois disso, acalmou-se esse ar-dor: hoje traz-se ou não barba, confor-me fica bem ou mal.
Australlia e comprou uma grande fazendaperto deSidi-ey. Mal ella se estabelecera,chegou o marido degradado em companhiade outros presos; o a mulher, usando dodireito que a lei concede aos habitantesde Sidney tirou licença para ir a bordo,escolher criado.
O fâmulo preferido, já se vê, foi o es-poso, e parece escusado ajuntar que, lo-go que entrou o limiar da porta o criadotomou-so amo, e que Sir John Paula estácumprindo a sua sentença com a maiorresignação possível.
intelligencia canina(Commercio doPorto).—Contam-semuitos casosque pro-vam a intelligencia dos cães, c podiam con-tar-se milhares delles.Trata-se, ainda desta vez, de um cãosábio, é verdade, de um cão sábio, diziahscaut, porém o facto que vamos con-tar, não é, por isso menos digno de meu-cão.«Hontem á noite (6) tinha havido repre-seiitaçao dos cães Norma e Lelia, que, co-mo sempre, faziam maravilhas.Um indivíduo, que seguia com interres-se os prodigiosos exercícios destes anima-es verdadeiramente admiráveis, tirando,
quando sehio da barraca, olencoda algi-beira, cahio-lhe oport-monnie? sem queelle desse por tal*A cadella Lelia vio isto, e, soltando logoabaixo da mesa, tomou o port-monnaie,na bocea e correu atraz do indivíduo, efalcançando-o, qnando ellesahia para a rua'puxou-lhe pela aba do casaco, depois deter posto no chão o p%rt-monmie, e ohri-gou, com os seus latidos, o dono delle avoltar-se.
Póde-se facilmente julgar da surprezae satisfação do indivíduo em questão, quan-do vio b motivo dos latidos da pequenacadella, á qual não poupou aílagos.
O intelligent. animal, todo ufano dasua accão, voltou para seu amo, abanandotriumphalmente a cauda.
Assegura-se que o dono do port-mon-naiey<\ue possue uma fortuna bastante con-sideravel, fez ao proprietário da cadellaofterecimenlos para a obter, porém este,por ventajosos que fossem, resistio a todosos ofíerecimentos, e como razão. »
Lê-se no Publicador.aos que não souberem.—Um moço do
nosso conhecimento perguntava, ha" diasn'uma reunião, a uma senhora de avan-cada idade, a razão por que agora quasitodas as moças trazem uma rosa no altoda cabeça logo acima da fionte.
—Que significará, isto, dizia elle, seráalgum signal de associação ?—Nada disto,respondei a espirituosa matrona, como ago-ra quasi todos os rapazes não veem bem,pois usam lunetas, aquella rosa é umaba-lisa, que serve a mostrar-lhe que no casode terem de dar um beijo, é dalli parabaixo.
—Ceará:—Typographia da liberdadaimpresso por Francisco de Meura.
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