Psicanálise Angélica Rosa Psicóloga. Psicanálise Sigmund Freud 1856 - 1939.
A Psicanálise Das Configurações Familiares e a Terapia
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8/18/2019 A Psicanálise Das Configurações Familiares e a Terapia
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A PSICANÁLISE DAS CONFIGURAÇÕESFAMILIARES E A TERAPIA FAMILIAR
TRABALHANDO COM OS VÍNCULOS FAMILIARES ECOMPREENDENDO A FAMÍLIA E ALIANÇA TERAPÊUTICA
ANGELO CORDOVILALBERTO PONCE DE LEÃO
CRISLENE SOARESDARTANHÃ BRANDÃO
NARA DA SILVA CARDONA
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TRABALHANDO COM OSVÍNCULOS FAMILIARES
• VÍNCULO• São diversas visões sobre vínculo:• Waldea! "#$% Fe!&a&de$, “ vínculo é a estrutura relacional em que ocorre
uma experiência emocional entre duas ou mais pessoas ou partes da mesmapessoa. Pode ser intra, inter ou transubjetivo.
• a psican!lise, o uso do conceito é recente, iniciou com B'#& que considera ovínculo “a rela"ão entre duas ou mais pessoas em que ocorre sempre umarela"ão emocional e propõe três modalidades de vínculos, vínculo de amor(l),vínculo de ódio (H) e vínculo de con#ecimento$%&' posteriormente ('e!a propõe uma quarta modalidade de vínculo, o do reconhecimento (R).
• (m qualquer )rupo o campo din*mico processa+se em dois planos:• Grupo de trabalho e
• Grupo de supostos básicos,
• que são re)idos por desejos reprimidos, ansiedades e deesas apoiados naintererência de atores inconscientes $que são de nature-a extremamente
primitiva, li)adas s rela"ões de objetos parciais&.
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TRABALHANDO COM OSVÍNCULOS FAMILIARES
• /ambém Pic#on 0ivi1re se reere ao vínculo como uma estrutura din*micaque en)loba tanto o indivíduo como aqueles com quem intera)e e comquem se constitui, para ele o vínculo é: “uma estrutura complexa que incluium sujeito, um objeto e sua m2tua representa"ão com processos decomunica"ão e aprendi-a)em$3456&' e acrescenta ainda: “o vínculo é umaestrutura din7amica em contínuo movimento, relacionado com motiva"õespatol8)icas resultando em pautas de conduta que se expressam por campospsicol8)icos interno e externo'
• (sses autores c#aman de relação intrasubjetiva aos re)istros no mundointerno de objetos parciais ou totais com os quais o e)o mantém dierentes
tipos de conexão.• • ! vínculo " estabelecido atrav"s de um contrato inconsciente #ue
con$%ura uma nova or%ani&ação com base em complementariedade esimetria, cujo suporte são as e'pectativas do sujeito, suas necessidades esuas crenças irracionais de cada um #ue compem a fantasia básica
comum ao %rupo todo“.
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•
A 'de&)'*+a,-# P!#.e)'/a• 9 o processo pelo qual os impulsos e as partes do mundo
interno são cindidos $separados& e projetados em umaantasia, em um objeto é um mecanismo de deesa quein;uencia undamentalmente a rela"ão com os objetos. ca"ão projetiva é vista como recurso para:
• 3.
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• Ma$ # 01e $e!'a 1a 2a&)a$'a 34$'+a +#1B• Cuando as pessoas se re2nem, #! coisas inevit!veis
que sempre ocorrem: orma*se um campo %rupaldin+mico em #ue %ravitam antasias, ansiedades,identi$caçes, pap"is, etc... !corre interação aetiva
mltipla e variada. • Dada um dos inte)rantes projeta suas antasias
inconscientes sobre os demais, relacionando+se comeles se)undo essas proje"ões que se evidenciamatravés de papéis.
• =través do porta+vo-, as antasias se maniestam eprodu-em o que é característico do )rupo: o enEmenoda resson+ncia que vai se propa)ando em um nível nãoexplícito, mas que produ- um tema comum a todos,
embora com roupa)ens dierentes.
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TRABALHANDO COM OS VÍNCULOSFAMILIARES
•
Re$$#&5&+'a
• Donsiste no ato de a mensa)em de cada indivíduo irressoando no inconsciente al#eio, produ-indo
associa"ões e maniesta"ões que )ravitam em tornode uma ansiedade básica comum. • Donsidera+se que os cEnju)es e os demais membros
da amília possuem um mundo interno
compartil#ado, o que implica a ideia de antasiasinconscientes comuns a todos.• a terapia de amília, são os mecanismos de deesas
e a transerência comum que deverão sertrabal#ados pelo terapeuta.
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TRABALHANDO COM OS VÍNCULOSFAMILIARES
• Re$$#&5&+'a• =s antasias )eram ansiedades que indu-em os membros da
amília a usarem mecanismos complementares para lidar comelas, e, na terapia, os membros poderão recuperar partesseparadas e depositadas em outro membro através deinterpreta"ões ou de per)untas que acilitem o res)ate do
sentido e o si)ni>cado de suas trocas.• = comunica"ão que d! suporte s tramas inconscientes é a
matri-: é o termo comum a todos os membros do qual dependemem de>nitivo o si)ni>cado e a import*ncia de tudo o queacontece no )rupo $FoulGes =nt#onH, 34I6&.
•
Jaldemar K. Fernandes, su)ere que a matri- relacional internaseja c#amada de matri& vincular a qual é introjetada a partir darelação mãe*beb-.
• = matri- vincular b!sica é a matri& edípica.• Latri-es vinculares são con>)uradas como antasias
inconscientes.
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TRABALHANDO COM OS VÍNCULOSFAMILIARES
• Re$$#&5&+'a• M casal constr8i um contrato inconsciente, no qual cada um tra- consi)o suas
#eran"as amiliares que vão sendo ressi)ni>cadas e transormadas ao lon)o dotempo e das vivências. Fantasmas trans)eracionais, são ormas de atua"õesoperacionali-adas em termos vinculares e revelam uma inten"ão de busca desi)ni>cado.
• =s #eran"as não se escol#em elas se instalam se escol#em nossa reveliaem nosso mundo interno.
• P#de&d# le/a! # $1.e')# a $e! 1 6!'$'#&e'!# de 1a 7'$)8!'a 01e &-# %)#)ale&)e $1a9
• Afetos, representaçes, antasias, ideali&açes, valores, mecanismos dedeesa, mitos, processos identi$catórios $-# )!a&$')'d#$ e )arantem o tipode qualidade vincular.
• em sempre o que é transmitido é representado na mente do sujeito, mas pode
reaparecer em outras )era"ões $Piva, ?NNI&
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TERAPIA DE CASAL
• /erapia conjunta centrada no
relacionamento e nos vínculos do casal,com o objetivo de alcan"ar a satisa"ão.Daracterísticas de um casamento
ocidental, 0ela"ão colaborativa emlon)o pra-o, Oolunt!ria, (xclusiva,Mrientada para atin)ir objetivos Dom
etapas com limites de tempo.• (ssas premissas são esperadas, mas
nem sempre são se)uidas em al)umasdessas vari!veis. Cuando assimacontece, sur e a insatisa ão, ue
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COMPREENDENDO A FAMÍLIA
• Al'a&,a )e!a6:1)'+a
• =lian"a /erapêutica é undamentada napercep"ão da necessidade de ajuda e daine>ciência de suas tentativas de solu"ão.Familiares criam deesas e alian"a com oterapeuta, 6!'e'!# para obter um
atestado de inocência assim se livram dosentimento de culpa, $e;1&d# rente aoterapeuta, a amea"a de jul)amento.
•
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COMPREENDENDO A FAMÍLIA
• E&)!e/'$)a 6!el''&a!<• M terapeuta pode come"ar per)untando: =1e e +##
+7e;a!a a01'> • 9 a #ora de questionar as ra-ões, #ora de se aproximar
dos sintomas, e lembrar antes de tudo que estão
pedindo ajuda, portanto a compreensão deve permeartodo processo.
• P#! 01e a+7a 01e '$$# a+#&)e+e> = resistência)ira em torno do se expor, o terapeuta é solicitado atomar partido, e é essencial que possa entrar emresson*ncia com a an)2stia tra-ida e compreendê+la aomesmo tempo em que vai res)atando a possibilidadede ol#ar e examinar o que é eito e dito, além de
oerecer um tipo de compreensão que inclui a todos.
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COMPREENDENDO A FAMÍLIA• E&)!e/'$)a 6!el''&a!<•
M peri)o desse momento é a tendência a ruptura es solu"ões “dilem!ticas' que sur)em como rutodos mecanismos de dele)a"ão.
• Ma$ dele;a! o que a quem?
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COMPREENDENDO A FAMÍLIA• T!a&$2e!:&+'a e $'&)#a &a $')1a,-# )e!a6:1)'+a
• = transerência se maniesta por atrasos, atua"ões, propostade mudan"a de #or!rio, entre outros atores. M sintoma éencenado e inclui o terapeuta a quem é dele)ado um papel,uma un"ão que remete s proje"ões transerenciais.
• M trabal#o terapêutico deve tirar o oco do pacienteidenti>cado, desviando+o para a intera"ão amiliar e rede>nir aqueixa, é o passo mais importante para caracteri-a"ão eestrutura"ão da terapia.
• = tentativa de estrutura"ão da terapia ori)ina um conrontoentre a amília e o terapeuta. Qsso é vivido pela amília comoataque e perse)ui"ão, tal momento desperta emo"õespoderosas que provocam deesas inconscientes, destinadas aanular a percep"ão de que existe um padrão de interc*mbio
amiliar que deve ser encarado.
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COMPREENDENDO A FAMÍLIA
• T!a&$2e!:&+'a e $'&)#a &a $')1a,-# )e!a6:1)'+a• Sabemos que a percep"ão, medida que adquirimos mais
inorma"ões, nossa percep"ão se altera, )erando novoscon#ecimentos. ão esquecer também, que emo"ões sãosentimentos percebidos pela mente, estão envolvidas noima)in!rio, que retém as ima)ens, antasias, cren"as esentimentos.
• 9 um momento de )rande ansiedade e, ao mesmo tempo criaoportunidade para compreender a rela"ão e )erarcon#ecimento.
• =1e '&$)!1e&)#$ )e#$ 6a!a l'da! +# a$ 2a&)a$'a$ ee$$e$ e+a&'$#$>
• M terapeuta trabal#a o tempo todo para conter essa ansiedadecrescente, uncionando como “continente' que recebe,absorve e não desvia e nem atua as intensas identi>ca"õesprojetivas, mas tenta, di)eri+las e devolvê+las desintoxicadas.
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COMPREENDENDO A FAMÍLIA• T!a&$2e!:&+'a e $'&)#a &a $')1a,-# )e!a6:1)'+a
• meta " tornar consciente o inconsciente, resultando eminterpretaçes ou propostas de dierentes instrumentos #ueacilitam a apreensão do #ue não está e'plícito.
• P#! e?e6l#< O 01e /#+: e$+1)a 01a&d# al;1% d'@ 01e01e! '! 6a!a a +a$a da a/8 * de $ea&a> M que vocês
ac#am do que ele ac#aB• =s respostas )eralmente tra-em a tona os objetos internos
projetados, os quais delineiam os padrões de relacionamento eajudam a todos a perceber o quanto intererem o que não sabem esão apresentados ao mundo subjetivo do outro.
• Lobili-a+se os n2cleos simbióticos e narcísicos para seremelaborados ou evidenciando as disputas de poder e os mecanismosde onipotência e impotência pr8prios desse nível de comunica"ão.
• (ntramos a)ora no domínio da transerência, situa"ão quecorresponde atribui"ão, ao terapeuta, das características domundo interno do paciente com seus bons e maus objetos.
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COMPREENDENDO A FAMÍLIA• T!a&$2e!:&+'a e $'&)#a &a $')1a,-#
)e!a6:1)'+a• Ms amiliares reprodu-em o campo emocional
cristali-ado, onde a experiência emocional nãoserve para o pensar, é um momento diícil,também para o terapeuta s voltas com seuspr8prios objetos internos e sujeito nestemomento a atua"ões contra transerenciais.
•
C#&)!a)!a&$2e!:&+'a$ + auxiliam nacompreensão das an)2stias para us!+las comobase para as interpreta"ões porém se cederas pressões externas e internas, terminar! por
tornar+se apenas outro participante.
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COMPREENDENDO A FAMÍLIA• =1e$)'#&ae&)# d# 6!#+e$$#• Cuando percebem o padrão de comportamento
doentio, também percebem a di>culdade de por empr!tica o que oi percebido, sur)em aí as crises e aresistência.
• Mu culpam o terapeuta ou denunciam um dos
membros da amília.• 9 esse o momento para explicitar o desejo de
mudan"a.• ão esquecer que desejos são ener)ias, se não
satiseitos, aumentam as ansiedades, que aparecemcom o temor do novo, podem querer permanecer na-ona de conorto.
• Sur)em assim o jo)o interno, que se maniestam
com ansiedades persecut8rias e depressivas.
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COMPREENDENDO A FAMÍLIA• =1e$)'#&ae&)# d# 6!#+e$$#
• =qui se torna possível a elabora"ão dos lutos, j! que mudan"arequer perda de al)uma coisa, e no desenvolvimento dos jo)osinternos, vamos ter que )an#ar dos impedimentos mudan"a.
• =qui aparecem as or"as conservadoras contra as or"as queimpulsionam mudan"a.
• Se nota pequenos pro)ressos que acontecem noscomportamentos, que podem ser observados, apesar dane)a"ão, não é mais o de sempre, apontam pequenasmudan"as que são importantes para se recon#ecer como o
outro, o mesmo ou como todos.
•
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COMPREENDENDO A FAMÍLIA
• De+'$e$
•
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COMPREENDENDO A FAMÍLIA
• Rede*&',e$ de 6a6e'$• R! condi"ões para que se rede>nam os papéis, uma
delas, é apoiarem+se mutuamente nas tentativas demudan"as, e denunciarem recaídas de cada um.
• Qsso leva a um esor"o para por em pr!tica os novoscon#ecimentos, a mudan"a de percep"ão, que implica,em maior consciência de si mesmo, do outro e dasintera"ões.
• =s resistências criam manobras para paralisar oterapeuta, bem como os abandonos devido a ideali-a"ãodas mel#oras ou por não acreditar na mudan"a, se sur)irem al)uém do )rupo amiliar, precisam ser trabal#adas.
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COMPREENDENDO A FAMÍLIA• T%!' d# 6!#+e$$#
• Perspectiva de separa"ão, é inerente no processo, como oato de que os >l#os crescem e se separam dos pais.
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COMPREENDENDO A FAMÍLIA• Se))'&; d'$6#$',-##!de&a,-#
• Mcorrem expectativas irreais $em rela"ão& essas expectativas podem e devem sertrabal#adas, assim como as ansiedades desepara"ão, que criam um clima de suspeita de
que “o bom' est! no terapeuta e que podeperder os “)an#os' com a sua ausência.• Driam manobras para eterni-ar o processo,
aqui novos acordos podem ocorrer.• M encamin#amento individual também ocorre
aqui.• Cada 6!#+e$$# % 1 a$$' +## +ada
)%!'.
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• COMUNICAÇÃO
• =T(UM
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• O SISTEMA TERAPÊUTICO EETAPAS DO PROCESSO
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A EPERIÊNCIA NO NESME N+le# de E$)1d#$ e Sade Me&)al eP$'+a&4l'$e da$ C#&*;1!a,e$ V'&+1la!e$
• =pesar de toda di>culdade, resistência e lentidão naaborda)em )rupal, o (SL( evoluiu com os estudospois oi se criando condi"ões metodol8)icas para otrabal#o com as con>)ura"ões vinculares, propiciando
mudan"as no paradi)ma em rela"ão conceitua"ão desa2de e doen"a, onde se tira o oco do indivíduo paraum ol#ar diri)ido s interna"ões.
•
Ms resultados revelam uma mel#oria nosrelacionamentos nas escolas e nas amílias, maiorsenso de responsabilidade, ortalecimento de vínculosaetivos, desenvolvimento da capacidade re;exiva nos)rupos de trabal#o
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