Os Museus tanto os de ontem como os de hoje, são um espaço privilegiado de poder e de memória; onde há museu, há poder, e onde há poder a construção de memória.

Os museus serviam de inicio como suporte de narrativas de autenticidade e de singularidade das culturas.

Eram tratados como templos de conhecimento, a coleção dos objetos tornava-se artefato, obra de arte, relíquia. E dessa maneira passavam a representar categorias abstratas, como a evolução da espécie, a identidade de um grupo, a nação.

O novo conceito de cultura como sistema de significados produziu profundas mudanças em tudo o que a ela se relacionava. O declínio das histórias nacionais, com o questionamento das narrativas oficiais, e a proliferação de histórias alternativas diversificaram os passados considerados merecedores de escapar do esquecimento; ou seja; heróis e fatos.

Assim foram criados vários museus e sítios, patrimoniais referentes a pessoas comuns: Trabalhadores da industria trabalhadores rurais, imigrantes. Nesses novos espaços buscou-se expor representações do modo de ver e de viver de grupos diversos.

Os objetos expostos continuaram a ser importantes, já que constituem um arquivo de informações que pode ser consultado e reproduzido por diversos meios.

Os museus, hoje, tem públicos distintos e variados, que neles vão buscar bens e experiências capazes de construir suas identidades.

Os museus e o patrimônio agregaram novas funções, ainda que continuem a construir e representar identidades locais, regionais, nacionais, globais.

Museu de Hoje: Novas funções

O Museu tornou-se lugar de lazer, da cultura de consumo e da estetização do cotidiano. Entra-se nele não só para ver os objetos, mas pra tocá-los, para ouvir os sons....

Também adequaram-se aos novos tempos, mudaram a forma de apresentação de seus acervos oferecendo mais espetáculo e mais consumo.

Os museus voltaram a ter coleções heterogêneas, já que tudo pode ser valorizado.

Museu: lugar de lazer!

E foram lojinhas inventadas também as magníficas “lojinhas de museu”, onde se pode adquirir réplicas “autorizadas” da coleção, O Metropolitan de Nova York (shoppings e aeroportos)

Considera-se que o museu também possui papel educativo. Tornou-se relevante a questão do aprendizado em museus, a chamada educação patrimonial, a ser introduzida no currículo das escolas.

A relação do museu com o público vem passando também por profunda transformação, em decorrência de sua inserção nos circuitos da internet.

A atualização do tema museu pode ser observada nos dois números publicados até agora da revista Musas, Revista Brasileira de Museus e Museologia.

Os museus são um espaço privilegiado de poder e de memória. Onde há museu a poder e onde há poder há exercício de construção da memória. Memória e poder exigem-se. O exercício do poder constitui “lugares de memória”, que, por sua vez, passam a ser dotados de poder.