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8/19/2019 Abordagem Sistemica -Aula 2 http://slidepdf.com/reader/full/abordagem-sistemica-aula-2 1/21 19 º CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM  Ano Letivo de 2013/14  – 1º Semestre Unidade Curricular Ciências de Enfermagem II Enfermagem Infanto-Juvenil Aula 02 / Prof.ª Graça Moraes Rocha Conteúdos: Abordagem sistémica da criança e do jovem Definição de conceitos Identificação de necessidades de desenvolvimento da criança, jovem e família Mod.CPD.05.02

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19 º CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM 

Ano Letivo de 2013/14 – 1º Semestre

Unidade Curricular Ciências de Enfermagem II

Enfermagem Infanto-Juvenil 

Aula 02 / Prof.ª Graça Moraes Rocha 

Conteúdos: Abordagem sistémica da criança e do jovem

Definição de conceitos

Identificação de necessidades de desenvolvimento da criança, jovem e

família

Mod.CPD.05.02

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OBJETIVOS DA SESSÃO

19.º CLE - SU Enfermagem Infanto-Juvenil - 13/14 - 1.º Sem. - Prof.ª Graça Moraes Rocha 

 Aprofundar conhecimentos sobre a teoria dos sistemas

 Integrar o desenvolvimento da criança e jovem no ambientesistémico

 Adquirir capacidades de avaliação na abordagem à criança

e jovem

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DEFINIÇÃO DE CONCEITOS

Sistema   - Uma unidade organizada e em desenvolvimento,dinâmica e não estática, formada por componentesinterdependentes entre si e que existem ao longo do tempo.

Suprasistema   - São os ambientes mais amplos, envolventes,externos, dos quais o sistema faz parte. Estes ambientes interagemcom o sistema num processo de trocas - dar e receber (política,família, escola, sistema saúde, coletividades, comunidade,

vizinhos). 

Subsis tema   - São as partes componentes do sistema, maispequenas, internas, que interagem entre si e definem o sistema.

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QUADRO CONCETUAL (1)

Pessoa  - Ser social com valores, crenças e desejosde natureza individual em constante interação com oambiente, o que a torna único com dignidade própria

e direito a autodeterminar-se.

Ambiente   - Conjunto de sistemas que interagepermanentemente com a pessoa condicionando einfluenciando os estilos de vida, o que se repercuteno auto conceito de saúde.

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QUADRO CONCETUAL (1)

 Família   - um sistema emocional em transformação,suscetível de adquirir diferentes formas organizativas (Sampaio,2002).

 Criança  - Pessoa com menos de 18 anos de idade (2), encarada como um sujeito dinâmico, emdesenvolvimento, que se move, reestrutura e recria

progressivamente o meio em que se encontra.

(1) Emergente das premissas definidas pelos Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem (Portugal, Ordemdos Enfermeiros (2002), Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem. Lisboa, Portugal: ed. Ordem dosEnfermeiros) e dos Regulamentos n.º 122/2011 e n.º 123/2011.

(2) Convenção dos Direitos da Criança, de Janeiro de 1990 e ratificada por Portugal.

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ABORDAGEM SISTÉMICA DA CRIANÇA EJOVEM (3)

PAIS

PAIS

FA

MÍLIA

AfetivoSentimentos Atitudesresponsabilidade

F

AMÍLI

A

SocialHabilidadesParesInterações

Cognitivo Aprendizagem

RaciocínioDiscurso

BiofísicoIntegridade corporal

Funcionamento sistémico

(3) Adaptado de Mott, S. [et al.] (1990); Brofenbrenner, U. (1978, 1979, 1986).

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ABORDAGEM SISTÉMICA DA CRIANÇA EJOVEM (3)

Igreja

Escola

Pares

CRIANÇA

Pais

Família

Input

Input, output

Feedback

Entrada de valoresinfluenciada pelos pais

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ABORDAGEM SISTÉMICA DA CRIANÇA EJOVEM

Brofenbrenner, U. (1978)

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NÍVEIS ESTRUTURAIS DO AMBIENTEECOLÓGICO

MICROSISTEMA  - inclui todos aqueles ambientes em que a criançatem uma experiência direta.

MESOSISTEMA - tem a ver com as inter-relações entre contextos em

que o indivíduo participa ativamente.

EXOSISTEMA - diz respeito a um ou mais contextos que não implicaa participação ativa do sujeito.

MACROSISTEMA  - tem a ver com o sistema de valores, crenças,maneiras de ser ou de fazer, estilos de vida característicos de umadeterminada sociedade, cultura ou subcultura.

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NOÇÃO DE DESENVOLVIMENTO 

O desenvolvimento humano é visto como o processo

pelo qual o sujeito adquire uma conceção mais

alargada, diferenciada e válida do ambienteecológico e se torna motivado e apto a desenvolver

atividades que permitem descobrir, manter ou alterar

as propriedades desse ambiente ecológico.

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IDEIAS PRINCIPAIS DESTA DEFINIÇÃO

O modo como o sujeito é encarado

 A interação sujeito/mundo caracterizada pelareciprocidade

O ambiente considerado relevante engloba inter-relações entre vários contextos

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PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO

 Acontece sempre que a posição do indivíduo se altera em

virtude de uma modificação no meio ou nos papéis e

actividades desenvolvidas pelo sujeito

Transição Ecológica

É simultaneamente uma consequência e

um instigador do processo de desenvolvimento.

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PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO

DOMÍNIO DA PERCEPÇÃO:

 A visão que o sujeito tem do mundo estende-se para além

da situação imediata, passando a incluir outros elementos

e contextos.

DOMÍNIO DA ACÇÃO:

Capacidade do sujeito empregar estratégias adequadas àrealidade percebida e em desenvolver atividades.

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CONDIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DACRIANÇA E JOVEM

 Atividades conjuntas

Progressivamente mais complexas

Geradoras de uma forte ligação efetiva

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INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA PERANTE

A CRIANÇA E JOVEM

Reside essencialmente em:

  ANÁLISE RIGOROSA sobre as condições em que acriança/Jovem/família vivem,

sobre o modo como essas condições afetam o seudesenvolvimento

e, sobretudo,

como tais condições poderiam ser alteradas no sentidoda PROMOÇÃO DO POTENCIAL DEDESENVOLVIMENTO de cada criança e jovem.

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NECESSIDADES IRREDUTÍVEIS DA

EDUCAÇÃO FAMILIAR 

Relacionam-se:

em primeiro lugar, com a satisfação das necessidadesbásicas dos elementos da família (habitação, mínimo de

capacidade financeira, saúde, ...);

em segundo lugar, com a possibilidade de co-construção deum equilíbrio entre os seus elementos, que mantenha o

mínimo de coesão, sem impedir o desenvolvimento de cadaum.

Sampaio, D. (2002)

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INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA A NÍVEL

FAMILIAR

Todas as famílias possuem áreas de competência queimporta intensificar

e,

áreas de dificuldades relacionais que podem ser objecto deintervenção terapêutica.

Intervenção transdisciplinar com vista a:

 Abordagem Sistémica FamiliarRelação Terapêutica Transformadora

Sampaio, D. (2002)

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BIBLIOGRAFIA

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aprendizagem. Editorial Presença.

• Brofenbrenner, U. (1978). The Social Role of the Child in Ecological Perspective. Zeitschript für Soziologie, 7:

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• Brofenbrenner, U. (1979). The Ecology of Human Development: Experiments by Nature and Design.

Cambridge, Massachusets, Harvard University Press.

• Brofenbrenner, U. (1986). Ecology of the Family as a context for Human Development: ResearchPerspectives; Developmental Psychology . Vol 22, 6: 723-742.

• Gomes-Pedro, J. (2005). Mais criança –  as necessidades irredutiveis. Lisboa: Fundação Luso-América.

• Hockenberry, M.J. & Wilson & Winkelstein.(2006). Wong Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro:

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• Mott, S. [et al.] (1990) - Nursing Care os Children and Families. 2.ª ed., California, Adisson-Wesley

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• Portugal, G. (1992). Ecologia e Desenvolvimento Humano em Brofenbrenner . Aveiro: Cidine

• Sampaio, D. (2002). Lições do Abismo. Caminho: Lisboa.

• Whaley, L. & Wong, D. (1999). Enfermagem Pediátrica: elementos essenciais à intervenção efectiva (5 ed).

Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A.

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