Actividade Lúdica

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ABRIL/JUNHO 2006 Nº80 SEPARATA Nº18 DESENVOLVIMENTO E PREVENÇÃO DESENVOLVIMENTO E PREVENÇÃO INTRODUÇÃO O Instituto de Apoio à Criança foi fundado em 1983 com base na Utopia do seu sócio número 1, João dos Santos, e das suas seguidoras neste projec- to, Manuela Eanes e Natália Pais. O IAC foi criado para "contribuir para a resolução dos problemas que afectam a criança na sociedade contemporânea e para a defesa dos seus direitos" (Estatutos do IAC) e o seu objectivo era o de ser "um organismo aberto e disponível para ser sen- sibilizado pelas populações, ou seja, sensibilizar e estar alerta para todos os problemas de ordem geral que, afectando a estabilidade da família e das crianças, não fossem competência dos departamentos do Estado" (A caminho de uma Utopia, 1982). Dentro destes princípios, nasceu o primeiro projecto: sensibilizar a comunidade em geral e o poder para "A defesa do direito de Brincar". Citando João dos Santos, "brincamos com as coisas e com os instrumentos com que modificamos as coisas, traçamos ou pintamos as superfí- cies plásticas. Brincamos com as palavras. Aprendemos com os outros a pôr nomes nas coisas e inventamos nomes novos para algumas... O brincar escapa aos adul- tos que frequentemente o vêem como algo separado do aprender, o que é não só absurdo como abusivo e cruel"... Tendo por base a convicção de que este era um dos direitos mais ignorados da criança, o Instituto pro- moveu uma ampla dinâmica de sensibilização para a cri- ação de Ludotecas e Espaços Lúdicos em Portugal. Nos primeiros anos, aprendemos com a experiência daqueles que, noutros países, trabalhavam nesta área, promovemos acções de formação e encontros e sensi- bilizámos pessoas e entidades para a necessidade de CENTRO LÚDICO DO REDONDO ACTIVIDADE LÚDICA

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O IAC está de parabéns!

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ABRIL/JUNHO 2006Nº80 SEPARATA Nº18 DESENVOLVIMENTO E PREVENÇÃO

DESENVOLVIMENTO E PREVENÇÃO

INTRODUÇÃO

OInstituto de Apoio à Criança foi fundado em 1983com base na Utopia do seu sócio número 1, Joãodos Santos, e das suas seguidoras neste projec-

to, Manuela Eanes e Natália Pais. O IAC foi criado para"contribuir para a resolução dos problemas que afectama criança na sociedade contemporânea e para a defesados seus direitos" (Estatutos do IAC) e o seu objectivo erao de ser "um organismo aberto e disponível para ser sen-sibilizado pelas populações, ou seja, sensibilizar e estaralerta para todos os problemas de ordem geral que,afectando a estabilidade da família e das crianças, nãofossem competência dos departamentos do Estado" (Acaminho de uma Utopia, 1982).

Dentro destes princípios, nasceu o primeiro projecto:sensibilizar a comunidade em geral e o poder para "A

defesa do direito de Brincar". Citando João dos Santos,"brincamos com as coisas e com os instrumentos com quemodificamos as coisas, traçamos ou pintamos as superfí-cies plásticas. Brincamos com as palavras. Aprendemoscom os outros a pôr nomes nas coisas e inventamosnomes novos para algumas... O brincar escapa aos adul-tos que frequentemente o vêem como algo separado doaprender, o que é não só absurdo como abusivo ecruel"... Tendo por base a convicção de que este era umdos direitos mais ignorados da criança, o Instituto pro-moveu uma ampla dinâmica de sensibilização para a cri-ação de Ludotecas e Espaços Lúdicos em Portugal.

Nos primeiros anos, aprendemos com a experiênciadaqueles que, noutros países, trabalhavam nesta área,promovemos acções de formação e encontros e sensi-bilizámos pessoas e entidades para a necessidade de

CENTRO LÚDICO DO REDONDO

ACTIVIDADE LÚDICA

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se criarem espaços lúdicos ede se aprender observando as

crianças a brincar.

Se o mérito de iniciar este pro-jecto de valorização da ActividadeLúdica coube ao IAC, não podemosdeixar de mencionar a importânciada Fundação Calouste Gulbenkianpara a sua concretização: receptivi-dade, desde a primeira hora, àsnossas ideias. A Fundação assumiuum largo conjunto de iniciativas noâmbito da formação, trazendo aténós o saber de grandes especialis-tas tais como Denise Garon e MariaBorja Solé, Raimundo Dinello eNylse Cunha. Em simultâneo,apoiou financeiramente projectos eum numeroso grupo de instituiçõesque por todo o país se propuseramcriar Ludotecas e outros espaços deanimação lúdica para crianças ejovens. Sem esta parceria, o apoiotécnico e a formação promovidospelo IAC nunca teriam sido pos-síveis, pois nunca poderíamos teraperfeiçoado e actualizado asmetodologias que viemos a utilizar.

Na etapa seguinte, atendemos auma diversidade de solicitações emvárias zonas do país, nomeada-mente em Lisboa e no Porto. Nesteúltimo caso, não poderíamos deixarde prestar a nossa homenagem aoVirgílio Moreira e Sílvia Soares, queinfelizmente já não se encontramentre nós. Virgílio Moreira foi ogrande dinamizador do trabalhoque foi desenvolvido naquelacidade e que deu origem àAssociação de Ludotecas do Porto.Quanto a Sílvia Soares, foi estaquem iniciou o movimentoludotecário em Portugal. Seguiram-se Coimbra e Faro, onde secomeçou a desenvolver trabalho emsimultâneo.

Tentando dar respostas de tipo

pontual e procurando recolher ele-mentos que permitissem identificaras questões fundamentais, desde aclarificação de problemas concre-tos, à definição de papéis e opçõesde estratégias, seguiu-se um perío-do de reflexão e consulta.

O Sector da Actividade Lúdicado IAC sentiu então necessidade deexplicar a sua filosofia de acção, ouseja, que o direito de brincar é maisdo que promover Ludotecas e par-ques de aventura. O direito de brin-car que defendemos implica aexistência de condições que permi-tam que todas as crianças tenhamvontade de brincar, alegria de brin-car e de comunicar. Pretendemosvalorizar o significado que a cri-ança dá ao objecto brinquedo e aoseu projecto de jogo. Tendo aindaem conta as dinâmicas nacionais einternacionais dirigidas às criançase considerando os contextos de vidae constrangimentos existentes denatureza familiar, social, jurídica epedagógica, novas vertentes de tra-balho foram incluídas no sector.Estas novas vertentes de trabalhoderam lugar ao desenvolvimento dediferentes programas de acção eimplicaram uma associação deesforços entre várias instituições, nosentido de viabilizar projectos e ini-ciativas consideradas úteis para apromoção e defesa do direito debrincar.

Quando me foi solicitado esteartigo sobre a actividade lúdica e otrabalho que desenvolvemos, nãopude deixar de reflectir que, após23 anos de existência e tendo par-ticipado em 17 integrada numaequipa de trabalho supervisionadapela "mestre" Natália Pais, tenho amesma convicção – desculpem apresunção – que o Mestre tinha em1982: Brincar escapa aos adultos (Acaminho de uma Utopia).

Em reuniões de trabalho comvárias instituições que têm comoprincipal objectivo a criança comoum Ser de Direitos, sinto muitasvezes incapacidade em passar amensagem que brincar é parte inte-grante da vida de uma criança.Embora se tenha feito muito nestaárea, é claramente difícil fazerentender e compreender que, quan-do falamos de brincar, estamos afalar de desenvolvimento, afectivi-dade, integração e sucesso.

O trabalho que o sector daactividade lúdica tem desenvolvidonos últimos anos tem-se pautadopela cooperação com várias estru-turas a nível nacional, nomeada-mente Universidades, EscolasSuperiores de Educação, Hospitais,Autarquias, Escolas, Jardins deInfância, IPSS, etc., bem como umarepresentação na direcção dasorganizações internacionais.

PORQUE DEFENDEMOS O DIREITO DE BRINCAR

Defender o direito de brincar ede jogar, reconhecendo-o como fac-tor determinante para o desenvolvi-mento pessoal e social da criançacontribuindo para uma infância feliz.

O sector da actividade lúdica foiestruturado com base em 6 aspec-tos fundamentais, designados porProgramas: Defesa do Direito deBrincar, Apoio Técnico à Criação deEspaços Lúdicos (ludotecas,ludocreches, ludobibliotecas, cen-tros lúdicos, e espaços de ani-mação), Função Educativa eCultural do Jogo e do Brinquedo,Orientação Técnica e Científica deEstágios e Trabalhos de Investi-gação, Formação, Documentação eInformação.

Do trabalho que temos vindo arealizar, destacamos apenas algunsprogramas e sua avaliação por li-mitação de espaço.

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Estas acções e oficinas tiveram aparticipação de um público comformação e contextos de trabalhodiversificados, o que possibilitou atroca e a partilha de experiências esaberes assim como promoveu umaeficaz articulação entre a teoria e aprática e uma edificante interacçãoentre instituições e profissionais.

Os módulos estavam sujeitos àsseguintes temáticas: contextos epráticas lúdicas, fundamento eorganização de espaços de jogo,jogo e desenvolvimento psicológico,social, acto lúdico, espaços lúdicosde interior e de exterior, comporta-mento lúdico: factores culturais esociais, jogos e brinquedos tradi-cionais, o lúdico e as crianças comnecessidades especiais, o lúdico ea criança hospitalizada, o lúdico ea linguagem – espaços lúdicos eanimação do livro, vivência ecoló-gica da actividade lúdica. Como sepode verificar, a concepção subja-cente à proposta de formaçãodemonstra uma abordagem globa-lizante do brincar e do jogar. Nototal, foram desenvolvidas 97acções apenas no sector (Lisboa),com uma participação total de 3115pessoas.

ORIENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFI-CA DE TRABALHOS DE INVESTI-GAÇÃO E ESTÁGIOS

Em 1991, iniciámos a vertente deorientação de trabalhos de investi-gação, tendo como princípio pro-porcionar uma prática académica eprofissional diferente da normaliza-da academicamente, e tendo comocontrapartida uma visão do exteriorbem como a avaliação do trabalhodesenvolvido nos vários espaços.Partindo deste pressuposto, defini-mos como áreas de trabalho:observar as características deespaços lúdicos; observar oscomportamentos e as atitudes

ABRIL/JUNHO 2006Nº80 SEPARATA Nº18 DESENVOLVIMENTO E PREVENÇÃO

DEFESA DO DIREITO DE BRINCAR31º ARTIGO DA CONVENÇÃODOS DIREITOS DA CRIANÇA

No âmbito da definição deestratégias sobre a Defesa doDireito da Criança portuguesa aobrincar e a jogar, realizámos semi-nários, encontros e conferênciasnacionais e internacionais, tendosempre presente a orientação: brin-car, quando, onde e porquê?

De 1989 a 2003, foram realiza-dos 15 eventos nacionais: Brincar/Jogar (Lisboa), Objectos, Palavras,Imagens (Setúbal), Encontro Naci-onal de Ludotecas (Lisboa), Brincar,Como e Porquê (Coimbra), OsJogos do Mediterrâneo (Lisboa),Jornadas – Espaços Lúdicos noPresente e no Futuro (Lisboa), OJogo e o Desenvolvimento daCriança – Perspectivas de Inves-tigação (Lisboa), 6º Encontro Naci-onal de Ludotecas e Espaços deJogo ao Ar Livre (Lisboa), 7º Encon-tro Nacional de Ludotecas eEspaços de Jogo ao Ar Livre(Coimbra), 7º Encontro Nacional deLudotecas e Espaços de Jogo ao ArLivre (Évora), Caminha na Constru-ção da Ludoteca/Biblioteca (Cami-nha), Jogo, Brinquedo e Livro (Avei-ro), 1º Encontro Nacional de Ludo-tecários (Lisboa), 9ª ConferênciaInter-nacional de Ludotecas (Lis-boa) ) e, por último, 9º EncontroNacional de Ludotecas e Espaçosde Jogo ao Ar Livre (Setúbal), tendoparticipado um total de 3138 pes-soas nestes eventos. São ainda dereferir as inúmeras intervençõesefectuadas a nível nacional e inter-nacional, sendo que estas ultrapas-sam na actualidade o milhar.

APOIO TÉCNICO À CRIAÇÃO DEESPAÇOS LÚDICOS

Este programa tem vindo adesenvolver-se através do apoio

individualizado a profissionais, enti-dades e instituições que desejemimplementar projectos nesta área,quer em fase inicial, quer em fasede reformulação/ampliação, querem fase de avaliação.

O acompanhamento de projec-tos em curso é efectuado através darealização de estudos de caso, daobservação do nível de adaptaçãodos materiais e espaços de jogo aodesenvolvimento dos utentes, doestudo do impacto dos jogos, brin-quedos e equipamentos de jogo nocomportamento lúdico das criançase jovens e da observação e avali-ação das interacções da equipa edos utentes.

Com base num levantamentofeito a partir dos relatórios deactividade de 2000 a 2005,podemos afirmar que o Sector daActividade Lúdica interveio, emmédia, em 22 espaços por ano.Elaborado em 2001, o caderno deapresentação da Actividade Lúdicarefere que, desde o início da suaactividade, o Sector da ActividadeLúdica tinha apoiado e acompa-nhado tecnicamente mais de 350espaços lúdicos. Actualmente, jáultrapassámos os 700 espaços.

FORMAÇÃO

Enquanto áreas de formaçãoespecífica, o lúdico e a actividadelúdica não são contemplados noscurrículos das várias instituições deensino médio e superior ligadas àformação inicial e contínua dos téc-nicos que trabalham no âmbito daeducação, da saúde, da comuni-cação e da vida cultural. Destemodo, a formação que desenvolve-mos de 1993 a 2005 foi constituídapor acções teórico-práticas assimcomo oficinas em regime intensivo eperiodicidade mensal, tendo umnúmero de horas que variou entre20 e 102 horas.

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FUNÇÃO EDUCATIVA DO JOGO EDO BRINQUEDO

É de referir que, nesta compo-nente, somos a única instituição quedispõe de uma técnica especializa-da e autorizada pela autora a tra-balhar e publicar o sistema E.S.A.R.em Portugal. Trata-se do tratamentodocumental de catalogação, index-ação e análise psicológica de brin-quedos e jogos. Simultaneamente,um dos trabalhos que desenvolve-mos com diversas entidadesnacionais e internacionais dizrespeito à Segurança dosBrinquedos, tanto ao nível da legis-lação como aos aspectos psicológi-cos.

É de referir que, ao longo dosanos, todo este trabalho tem sidodesenvolvido por 2 a 3 técnicos quea trabalhar a tempo inteiro no sec-tor.

Por último, a que criança se des-tina o Brincar e o Jogar ?

Brincar, jogar... para a criançaque não tem condições para brin-car, para a criança que só trabalhaou estuda, para a criança que só vêtelevisão, para a criança que pre-cisa ter sucesso na escola para con-seguir o afecto e a admiração dospais, para a criança que permanecegrande parte do dia a jogar jogosde computador e vídeo, para a cri-ança tratada como um adulto emminiatura, para a criança só -mesmo com a casa cheia de brin-quedos.

Para toda e qualquer criança.

Ao longo de quase meio séculode vida, muitos obstáculos edesconfianças foram difíceis deultrapassar, mas também muitasalegrias existiram e existem nesteuniverso do brincar - crescer -aprender e conviver. Tenho a satis-

da equipa e dos utentes deespaços lúdicos; observar e

avaliar as relações entre equipa eutentes dos espaços lúdicos; obser-var, detectar e intervir ao nível dasatitudes e comportamentos pro-blemáticos do ponto de vista psi-cológico, quer em crianças, quer emadolescentes.

No contexto da realização detrabalhos de investigação na áreada psicopedagogia, estabelecemoscomo áreas de estudo o efeito doscontextos da acção, considerando onível das práticas formais e não-formais da actividade lúdica; acompreensão do jogo enquantofenómeno aleatório no desenvolvi-mento humano, considerando oplano das estruturas e das repre-sentações e operações envolvidas;a identificação de aspectos especí-ficos da influência de materiais eequipamentos no desenvolvimentosensorial, perceptivo, cognitivo emotor da criança. Até ao ano de2005, foram orientadas cientifica-mente 26 monografias, 28 relatóriosde estágio e 8 mestrados.

Foi no ano de 1996 que surgiu avertente "Orientação técnica e cien-tífica de estágios". Foram acom-panhados tecnicamente estágiosdas seguintes áreas académicas:Psicologia Clínica (8), PsicologiaEducacional (2), PsicologiaComunitária (1), Psicologia daJustiça e Reinserção Social (7),Sociologia (2), Serviço Social (6) eEducação de infância (1), num totalde 27 estágios. Foi fornecido acom-panhamento científico e técnico a 8estágios profissionais nas áreas dasCiências da Comunicação (1),Psicologia Clínica (3) Psicologia daJustiça (1), Sociologia (1), Direito (1)e Educação de infância (1).

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fação de trabalhar com dignidadeno que acredito e no que sei - des-culpem-me a vaidade - com a con-vicção que uma infância feliz só épossível se existir espaço e tempopara brincar. ��

"Brincar é uma linguagem universal facilitadora de vivências

em comum."Natália Pais

LEONOR SANTOS

Coordenadora do Sector da ActividadeLúdica

Referências bibliográficasBOUSQUET, M. – Théories et PratiquesLudiques, Paris, Económica, 1984.BRANCO, M. E. – Vida, Pensamento eobra de João dos Santos, Lisboa, LivrosHorizonte, 2000.CHATEAU, J. – A criança e o jogo,Coimbra, Atlantida Editora, 1975.CRUZ, M., DUARTE, P. – João dosSantos – O prazer de existir, Lisboa,LPDM, 1994.DECLARAÇÃO DO IPA – A Criança e odireito de brincar, Lisboa, Edições IAC,1982.INSTITUTO DE APOIO À CRIANÇA –Estatutos, Lisboa, 1983.KISHIMOTO, T. M. – "Diferentes tiposde brinquedotecas", in O Direito deBrincar, SCRITTA, 1992.LINDQUIST, I. – "Brincar no Hospital",in O Direito de Brincar, SCRITTA, 1992.PAIS, N. – "A actividade lúdica –Ludotecas", in BARREIROS, J., NETO,C.e PAIS, N. – A actividade lúdica noJardim de Infância, Lisboa, ESEG/ IPG,1989.SANTOS, J. – A caminho de umautopia, Lisboa, Livros horizonte,1982.SANTOS, L. – Espaços lúdicos emPortugal – percursos e dinâmicas , 9ªConfª Int. Ludotecas, Lisboa, 2002. WINNICOTT, D. W. – O Brincar e arealidade, Imago Editora, Rio deJaneiro, 1975.