ActividadeLaboratorioMOC
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ASPECTOS GERAIS DO TRABALHO LABORATORIAL EM BIOLOGIA
NORMAS BÁSICAS DO LABORATÓRIO:
1.1. CONDUTA :1. Serenidade e persistência no trabalho de investigação.2. Ter sempre presente que o trabalho de laboratório tem que ser rigoroso, tanto na execução comonas observações e registos.3. Trabalhar sem pressa, com muito cuidado e atenção.4. Os princípios de higiene devem ser escrupulosamente respeitados.5. Executar experiências tendo em conta a resolução de problemas propostos ou da sua iniciativa (asexperiências devem ser analisadas e discutidas previamente na turma afim de obter a necessáriaviabilização do professor).6. Não abandonar o laboratório com uma experiência a decorrer.
1.2. SEGURANÇA :1. Assegurar-se do local onde estão colocados os extintores do laboratório e das normas defuncionamento.2. Colocar o vestuário (ex., casacos), os livros e outros materiais desnecessários nos locais reservadosaos mesmos.3. Evitar o contacto directo com qualquer produto químico e biológico, a menos que isso sejaexpressamente indicado (lavar a pele, imediata e abundantemente em água corrente se a contaminar
com produtos químicos ou com microorganismos).4. Antes de efectuar qualquer experiência deverá ler com muita atenção todas as instruções/
orientações que lhe forem dadas e segui-las rigorosamente.5. Verificar cuidadosamente os rótulos dos frascos tendo em atenção os sinais de perigo inscritos nosmesmos.6. Não utilizar qualquer aparelho sem previamente ter lido as instruções de manuseamento ecompreendido o seu funcionamento.7. Usar aparelhos de pipetagem mecânica (nunca pipetar ácidos, bases, substâncias tóxicas ouculturas de microorganismos com a boca).8. Organizar metodicamente o trabalho a executar, lendo previamente o protocolo experimental(seleccionar e utilizar somente o material necessário e proceder convenientemente às etiquetagens).9. Não deixar abandonada qualquer experiência e manter sempre limpo os materiais e a mesa detrabalho.
10. Não hesitar em consultar o professor sempre ocorram dúvidas ou situações de emergência.
1.3. UTILIZAÇÃO DOS MATERIAIS:1. Identificar cuidadosamente o material que vai utilizar, chamando atenção do professor paraquaisquer desvios observados.2. Se entornar um ácido ou outro produto químico corrosivo, lavar imediatamente, com água, a
superfície atingida.3. Nunca provar um produto químico ou uma solução, a menos que isso lhe seja expressamenteindicado.4. Não tocar os produtos químicos ou uma solução, a não ser que lhe seja expressamente indicado.5. Ao cheirar uma substância, não deve colocar o rosto directamente sobre o frasco que a contém
(deslocar na sua direcção uma pequena quantidade de vapor para cheirar após abanar com a mão porcima do frasco).
Escola Secundária Santa Maria da Feira
Biologia e Geologia I Actividade Prática – Formação de Cristais
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6. Dar tempo suficiente para o vidro quente arrefeça; ter presente que à vista desarmada, o vidroquente parece igual ao vidro frio.7. Ao aquecer um tubo de ensaio, deve ser usada uma chama fraca e colocar lateralmente sobre esta,porque o conteúdo do tubo pode saltar e queimar (não encher completamente os frascos de forma adeixar espaço para potenciais expansões dos reagentes e/ou produtos).8. Examinar sempre os rótulos dos frascos de reagentes antes de os utilizar:
9. Retirar dos frascos apenas a quantidade de substância necessária à realização da experiência.10. Ao utilizar reagentes sólidos colocar a tampa do frasco sobre a mesa de trabalho, de modo que aparte inferior da mesma fique voltada para cima (após a utilização colocar de novo a tampa norespectivo frasco). No caso do frasco possuir rolha de vidro, esta deve ficar presa entre os dedosanelar e o médio da mesma mão que segurar o frasco.
11. Para passar um reagente de um frasco para outro recipiente, pegar no frasco colocando a mão dolado da etiqueta, evitando que o reagente contacte com ela e a danifique.
12. Nunca adicionar água a ácidos ou bases concentrados. Para preparar uma solução, o ácido deveser acrescentado lentamente à água.13. Não colocar à chama, nem exposto ao sol, frascos que contenham respectivamente ácidos esubstâncias voláteis ou foto-sensíveis.14. Não contaminar o conteúdo dos frascos com pipetas, conta-gotas ou espátulas que já tiverem sidoutilizadas (excepção para concentrações iguais da mesma substância).
1.4. HIGIENE:1. Utilizar uma bata branca de algodão, de mangas compridas de forma a proteger o vestuário da
corrosão e nódoas originadas por produtos químicos.2. Todos os sólidos e papéis de filtro que sejam para deitar fora devem ser colocados no balde ou nocesto do lixo. Nunca lançar para as pias das bancas nem para o esgoto fósforos, papel de filtro ouquaisquer produtos sólidos.3. Terminado o trabalho de laboratório, colocar na banca, para ser lavado, o material de vidro que foiutilizado. Em seguida limpar e arrumar criteriosamente a mesa para finalmente lavar as mãos com águae sabão.
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2. RECONHECIMENTO DO MATERIAL MAIS UTILIZADO NO LABORATÓRIO DE BIOLOGIA:
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3. CONSTITUIÇÃO E FUNCIONAMENTO DO MICROSCÓPIO ÓPTICO COMPOSTO (M.O.C.):
3.1. CONSTITUIÇÃO DO MOC:
1. Colocar o MOC em frente e um pouco para a esquerda (no caso de seres dextro) ou um pouco para a
direita (no caso de seres esquerdino).2. Baseando-te na figura seguinte,ident ifica , no teu MOC, asrespectivas peças constituintes.
3. As objectivas e oculares têm inscritos números que especificam o respectivo poder de ampliação.
Identifica o poder ampliador de cada uma das lentes do teu MOC.
4. Roda o revólver de modo a colocar cada uma das objectivas em posição de observação. A lente
encontra-se no seguimento do tubo quando se ouve um pequeno estalido. Observa o sentido em que o
revólver deve ser girado para se obterem ampliações crescentes.
5. Move, lentamente, o parafuso macrométrico e o parafuso micrométrico e observa o movimento da platina
em relação às objectivas do MOC.
6. Observando pela ocular, manobra o diafragma e verifica o que acontece à luminosidade do campo do
MOC.
3.2. NORMAS DE UTILIZAÇÃO DO MOC:
Utilizando o MOC que tens na mesa e uma lâmina, segue os passos seguintes:
1. Do lado contrário ao do MOC, devem ser colocadas as folhas de papel e um lápis para que possasesquematizar e tirar notas sobre o que observas, o que permite, quando necessário, observar e desenharao mesmo tempo.2. Verificar se a objectiva de menor ampliação está pronta a ser utilizada.
3. Iluminar o campo do MOC.
4. Regular a intensidade luminosa com o diafragma.5. Colocar a preparação sobre a platina com a lamela voltada para cima e fixar a lâmina com as pinças.
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Ocular – Lente que permite observar os
objectos.
Tubo ou canhão – cilindro que suporta
os sistemas de lentes, localizando-se na
extremidade superior a ocular e na
inferior o revólver com as objectivas.
Braço ou coluna – peça fixa à base na
qual estão aplicadas todas as outras
partes constituintes do MOC.
Parafuso macrométrico – permite fazer
a focagem dos objectos.
Parafuso micromét rico – permite
ligeiros ajustes de focagem.
Revólver – disco que suporta as lentes
objectivas.
Objectivas – lentes que efectuam a primeira
ampliação dos objectos a observar.
Platina – peça onde se coloca a preparação a
observar.
Condensador – distribui regularmente a luz no
campo visual do MOC.
Diafragma – regula a intensidade luminosa no
campo do MOC.
Fonte luminosa – pode ser uma lâmpada
(iluminação artificial) ou um espelho que
reflecte a luz solar (iluminação natural).
Base ou pé – suporta o MOC, assegurando a
sua estabilidade.
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6. Deslocar a preparação de forma a que o material a observar fique situado no meio do orifício da mesmae na direcção da lente frontal da objectiva.7. Colocar a objectiva de pequena ampliação na posição correcta e olhando lateralmente para o MOC,aproximar a platina até cerca de 1 cm da objectiva, recorrendo, para tal, ao parafuso macrométrico. Énecessário cuidado para não se danificar, nem a preparação, nem as lentes.8. Através da ocular, continuar a focagem (com o parafuso macrométrico, se necessário) ou proceder ao
ajuste da focagem, com o auxílio do parafuso micrométrico.9. Verificar se é necessária alguma correcção na iluminação.
A objectiva de menor ampliação permite uma visão geral da preparação. Para uma observação maispormenorizada devem ser utilizadas (sucessivamente) objectivas com maior poder de ampliação. Para tal,deve-se:
1. Situar no centro do campo do MOC o pormenor a observar.2. Rodar o revólver até se colocar a objectiva com poder ampliador imediatamente superior na continuação
do tubo.3. Focar, utilizando exclusivamente o parafuso
micrométrico.4. Ajustar de novo a iluminação.5. Repetir o mesmo processo sempre que se quisermudar para outras objectivas de maior ampliação.6. Só utilizar a objectiva de maior ampliação (100x) – objectiva de imersão – se necessário, porordem do Professor, tendo o cuidado de seaplicar sobre a preparação uma gota de óleo deimersão no local sobre o qual incidirá a objectiva.
NOTA: A mão esquerda deverá executar os
movimentos de focagem com os parafusos,enquanto que a mão direita deverá realizar osmovimentos de deslocação da preparação sobre aplatina. Quando se termina a utilização do MOC deve-se:
1. Descer totalmente a platina e retirar a preparação.2. Colocar a preparação no local que lhe foidestinado.3. Em caso de se ter utilizado a objectiva deimersão, limpá-la cuidadosamente com xilol (empequena quantidade, pois prejudica o sistema defixação das objectivas), para eliminar todo o óleo.
Proceder de igual modo com a preparação (se fordefinitiva).4. Rodar o revólver para deixar a objectiva de menorampliação no prolongamento do tubo.5. Desligar a luz do MOC (se for artificial).6. Certificar-se de que o MOC fica convenientementelimpo.
7. Tapar o MOC com a protecção de plástico earrumá-lo.
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Devem, ainda, ter-se alguns cuidados com o MOC, tais como:
1. Transportá-lo sempre com as duas mãos (uma por baixo da base e outra segurando o braço).2. Não o colocar perto do bordo da mesa de trabalho.
3. Não o inclinar quando se utilizam preparações extemporâneas com água como meio de montagem, paranão o molhar.4. As lentes só devem ser limpas com ordem do Professor, utilizando éter e um lenço de papel.5. O MOC deve ser guardado no mesmo local onde se encontrava inicialmente.
3.3. C ARACTERÍSTICAS DA IMAGEM DO MOC:
A objectiva fornece uma imagem real (porque não é captada pelos nossos olhos) – A 1 – do
objecto (A), a qual é ampliada e invertida em relação à posição da preparação situada sobre a platina. A ocular fornece uma imagem ampliada, direita (relativamente à formada na objectiva) e virtual
(porque é captada pelos nossos olhos) – A’. Assim, conjugando o efeito dos dois sistemas de lentes, pode dizer-se que a imagem observadaao MOC é ampliada, invertida e virtual. Dando o MOC imagens invertidas, deve movimentar-se a preparação sempre no sentido contrárioàquele em que desejamos movimentar a imagem.
3.4. FUNCIONAMENTO DO MOC:
O MOC caracteriza-se pelos parâmetros seguintes:
• Poder de definição: é a capacidade do MOC formar imagens com contornos mais ou menos
nítidos.• Profundidade de campo: permite a observação de imagens a diferentes profundidades. Quando
se observa nitidamente um plano, os que estão acima e abaixo do mesmo ficam desfocados.• Poder de ampliação: é o produto da ampliação da ocular pela ampliação da objectiva. Por
exemplo, se uma ocular tem um poder de ampliação de 10x e uma objectiva tem o poder deampliação de 40x, a imagem do objecto será ampliada 400x.
• Poder de resolução: é a distância mínima a a que dois pontos devem estar para seremdistinguidos separadamente. Por exemplo, o poder de resolução do olho humano é de 100μm,enquanto que o poder de resolução do MOC é de 0,2μm (NOTA: 1μm =10-3mm).
3.5. ELABORAÇÃO DE PREPARAÇÕES EXTEMPORÂNEAS:
Para a observação microscópica de células e/ou tecidos, procedem-se, geralmente, a duastécnicas:
• Preparações extemporâneas ou temporárias: têm um prazo de validade reduzido.• Preparações definitivas: através de uma técnica específica, são conservadas, o que permite
observá-las posteriormente, durante um prazo de validade mais alargado.
A técnica de elaboração de preparações extemporâneas encontra-se esquematizada na figura aolado e será realizada bastantes vezes ao longo deste e dos próximos anos lectivos.
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3.6. ELABORAÇÃO DE PREPARAÇÕES EXTEMPORÂNEAS, DETERMINAÇÃO DO PODER DE AMPLIAÇÃO E
RECONHECIMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DA IMAGEM DO MOC:
Material: 1 jornal ou revista, conta-gotas, lâminas e lamelas,água, agulha de dissecação, MOC, papel e lápis.
Procedimento experimental:
1. Recorta uma letra F do teu jornal ou revista.2. Coloca uma gota de água no centro de uma lâmina de vidro esobre aquela, o fragmento que contém a letra que recortaste, deforma a que fique na posição correcta.3. Depois da letra estar humedecida, coloca a lamela sobre alâmina de modo a formar um ângulo de 45º e, com a ajuda daagulha de dissecação, deixa cair lentamente a lamela sobre a
lâmina (figura). A inclinação progressiva da lamela evita aformação de bolhas de ar.
4. Procede á focagem do objecto.5. Escolhe uma objectiva que te permita observar a letra natotalidade e desenha a imagem que observas, comparando-acom a posição inicial da letra.6. Observando pela ocular, desloca a preparação da direita paraa esquerda e da esquerda para a direita, registando o sentido dedeslocação da imagem observada em cada uma das situações.
Questões orientadoras:
1. Calcula o poder de ampliação do teu MOC para cada uma
das objectivas utilizadas.2. Através da observação efectuada, indica ascaracterísticas da imagem fornecida pelo MOC.
3.7. PROFUNDIDADE DE CAMPO DO MOC:
Material: tesoura, 2 fios de cabelo, conta-gotas, lâminas e lamelas, água, agulha de dissecação, e MOC.
Procedimento experimental:
1. Corta dois fios de cabelo.2. Coloca uma gota de água no centro de uma lâmina de vidro e sobre aquela, os fios de cabelo cruzados,um sobre o outro.3. Coloca a lamela sobre a lâmina de modo a formar um ângulo de 45º e, com a ajuda da agulha dedissecação, deixa cair lentamente a lamela sobre a lâmina.4. Observa ao MOC e foca, utilizando a objectiva de menor ampliação, o local onde se cruzam os fios decabelo.5. Move o parafuso micrométrico nos dois sentidos e observa.6. Repete os mesmos passos para as objectivas de média e de grande ampliação.
Questões orientadoras:
1. Consegues observar simultaneamente os dois fios de cabelo com a mesma nitidez?2. Que explicação sugeres para o facto referido na resposta à questão anterior?
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4. NORMAS DE ELABORAÇÃO DO DESENHO BIOLÓGICO:
O desenho das estruturas observadas ao MOC constitui um importante reforço da comunicação,aquando da realização do relatório, além de desenvolver o espírito de observação e melhorar a capacidadede retenção na memória. A utilização de material adequado (papel cavalinho, lápis de diferentes durezas,
apara-lápis e borracha mole) pode permitir uma melhoria na qualidade do dito desenho. No entanto, é coma prática que o mesmo se aperfeiçoa. Existem algumas normas que poderão contribuir para uma rápida melhoria da qualidade dodesenho biológico:
1. Traça mentalmente uma subdivisão do campo do MOC e inicia o desenho.2. Começa por desenhar muito levemente um esboço geral do desenho, delimitando os seus contornosprincipais e definindo as zonas que nele mais se destacam.3. De acordo com o grau de pormenor necessário, evidencia agora os detalhes.4. Se utilizares lápis de cor, deve ser para reproduzir a estrutura observada de uma forma mais fiel e nuncapara das uma falsa aparência ao desenho efectuado.
5. Se a estrutura ocupar uma grande área e houver simetria na sua forma, deve representar-se apenas umafaixa dessa preparação, que seja suficientemente esclarecedora da sua estrutura global.6. Indica sempre a ampliação da estrutura desenhada.7. Deves legendar sempre o desenho (demonstra a compreensão da estrutura observada).8. Na legenda, as setas dirigem-se sempre para a estrutura que pretendemos indicar e nunca ocontrário.9. Finalmente, e não menos importante, procura apresentar o trabalho com um aspecto limpo e agradável.
Procedimento experimental:
1. Baseando-te nas normas acima apresentadas, elabora o desenho biológico da estrutura abaixorepresentada (células da epiderme do bolbo da cebola).
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Ocular: 15x
Objectiva: 40x