A_CULTURA_DA_AGORA#1
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MDULO I - A CULTURA DA
GORA O Tempo: Sculo V a. C., o Sculo de Pricles
O espao: Atenas O Local: A gora Sntese: A Organizao do pensamento Biografia: Pricles Acontecimento: A Batalha de Salamina
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O TEMPO: SCULO V A. C.- O SCULO DE PRICLES
NO SCULO V A.C. A CIVILIZAO HELNICA DOMINA:
A BACIA MEDITERRNICA TODA A EUROPA DO SUL O NORTE DE FRICA E O PRXIMO ORIENTE
DOMNIO GREGO ASSENTAVA EM SURTOS MIGRATRIOS QUE VISAVAM A FUNDAO DE COLNIAS UM POUCO POR TODAS ESTAS REGIES.
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O TEMPO: SCULO V A. C.- O SCULO DE PRICLES
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O TEMPO: SCULO V A. C.- O SCULO DE PRICLES
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O TEMPO: SCULO V A. C.- O SCULO DE PRICLES
Superioridade grega no se deve hegemonia politico-militar do povo grego.
Gregos nunca construram Imprios;
encontram-se divididos em vrias cidades-estados, todas elas autnomas entre si.
Em que bases assenta a superioridade grega?
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O TEMPO: SCULO V A. C.- O SCULO DE PRICLES
Prestgio grego deriva: do seu regime poltico: a democracia
do seu modo de vida: em que o trabalho na terra, na oficina ou no comrcio era contrabalanado pelo cio (diverso e entretenimento, mas tambm inmeras actividades culturais - teatro, msica, jogos, poesia, filosofia, entre outros.#
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O TEMPO: SCULO V A. C.- O SCULO DE PRICLES
Atenas sobressai de todas as demais cidades-estados. Pela concretizao da democracia e do modo de vida grego pela hegemonia poltica, econmica e scio-cultural que
exerce sobre as restantes cidades-estados.
Aps as guerras persas (449 a.C.) Atenas vive um longo perodo de paz e prosperidade econmico-social que, conjugado com a governao de homens dotados - Pricles - fazem dela a Escola da Grcia.
a Idade de Ouro da Grcia tambm denominada poca
Clssica#
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O espao: Atenas
A Plis: Para os Gregos, Plis significava: A comunidade das pessoas O conjunto dos cidados livres que vivem em comum num
territrio que lhes pertence. Cidado grego, enquanto membro da plis : Um animal poltico (Aristteles) Membro activo da comunidade Simultneamente governante e governado, tendo de
obedecer aos princpios democraticamente adoptados E, principalmente, apostado no desenvolvimento de
qualidades ticas e racionais (aret e tim: excelncia e dignidade).
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O espao: Atenas
Em comparao com outras formas de organizao poltica e social desse tempo, a democrtica cidade-estado de Atenas foi:
Mais justa Humana Livre Evoluda
Discurso de Pricles em Louvor de Atenas A nossa forma de governo nada tem a invejar s leis que
regem os nossos vizinhos.Longe de imitar os outros, somos antes um exemplo a seguir. Em virtude do facto do Estado, entre ns, ser administrado no interesse da massa e no da minoria, o nosso regime tomou o nome de democracia. No que diz respeito aos diferendos particulares, a todos,pelas leis, garantida a igualdade; mas no que refere participao na vida pblica, cada um
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O espao: Atenas
obtm a considerao por virtude do seu mrito e a classe qual pertence importa menos que o seu valor pessoal. Alm disso, ningum prejudicado pela pobreza (...). A liberdade a nossa regra no governo da Repblica (...).
Sabemos conciliar o gosto do belo com a simplicidade, o gosto dos estudos com a energia. (...) Somos os nicos a considerar o homem que no participa na vida pblica como um intil e no como um ocioso.(...) Eis portanto, aquilo em que nos distinguimos dos outros: sabemos dar s nossas iniciativas tanto a audcia como a reflexo (...).
Numa palavra, garanto eu, a nossa cidade no seu conjunto a escola da Grcia e, quanto aos indivduos, o nosso Homem sabe dobrar o seu corpo a todas as circunstncias com a graa e uma destreza extraordinrias.
Pricles, citado por Tucdides, Guerra do Peloponeso, Livro II
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O espao: Atenas
O Territrio de Atenas era a tica: uma pequena pennsula dos Balcs, projectada sobre o Mar Egeu e as Cclades
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O espao: Atenas
No Sc. V a. C. A cidade-estado de Atenas possui 350 000 habitantes que vivem uma situao scio-econmica confortvel.
Apenas 10% destes eram cidados de pleno direito: Sexo masculino Naturais da cidade Filhos de pai e me ateniense
Restantes habitantes so: Mulheres Metecos (artesos estrangeiros) Escravos
Combatendo a pobreza do solo e da agricultura local,
desenvolvem trocas comerciais com : Grcia Insular (ilhas do Mar Egeu) Grcia Asitica ( cidades litorais da sia Menor) Magna Grcia (regies do Sul de Itlia e Siclia) regies do Mar Negro
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O espao: Atenas
Grcia Insular
Grcia Asitica
Mar Negro - Crimeia (Trigo, carnes, madeiras, metais) Magna Grcia
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O espao: Atenas
A Expanso martimo-comercial permitiu: O florescimento interno de ofcios e de indstrias
variadas;
E favoreceu o estabelecimento de colnias fora da tica onde se fixavam as populaes excedentes e se exploravam produtos agrcolas diversos.
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O espao: Atenas
Atenas vivia tambm uma situao poltica estvel, devido consolidao da democracia levada a cabo por Pricles.
Os Pais da democracia ateniense foram: Slon Pisstrato Clstenes: o verdadeiro pai da democracia pois criou os conceitos de:
Isonomia: igualdade perante a lei Isocracia: igualdade no acesso a cargos polticos Isogoria: igualdade no uso da palavra
Efialtes
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O espao: Atenas
Na atenas de Pricles o cidado, mesmo o mais pobre, era o autor e o destinatrio das leis.
Vida social Floresceu: Ao longo do ano realizavam-se mais de 60 festividades
religiosas e cvicas (a religio estava a cargo do Estado) Representaes musicais e teatrais Recitaes de poesia Provas de destreza fsica Concursos de beleza masculina
Festejos decorriam aq ar livre e atraiam cidados de toda a
Hlade criando ocasies de convvio scio-cultural.
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O espao: Atenas
Bem-estar poltico, econmico, social e cultural atraam a Atenas: Artistas Filsofos Intelectuais Criaram na cidade uma sntese cultural original: uma amlgama de saberes
e de tradies que se cruzaram
No entanto, este perodo de prosperidade foi efmero A guerra do Peloponeso (431-404 a. C.) entre Atenas e Esparta marca o
incio do fim do apogeu ateniense. 338 a. C. Filipe da Macednia conquista Atenas 146 a. C. Exrcitos Romanos conquistam toda a hlade
Mesmo perdendo a independncia que outrora tinha tido, Atenas
continuou a ser um importante centro filosfico, artstico, intelectual e cientfico.
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O espao: Atenas
A cidade de Atenas
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O espao: Atenas
A cidade de Atenas
Inicialmente, s a Acrpole, no ponto mais alto da cidade possua muralhas, Aps as segundas guerras persas, Pricles mandou construir muralhas volta de toda a cidade, do porto de Pireu, e das principais estradas de acesso cidade.
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O espao: Atenas
A cidade de Atenas
semelhana das demais cidades Gregas, Atenas possua dois espaos perfeitamente definidos:
Um espao urbano: o da cidade Um espao rural: que garantia a subsistncia da cidade
Espao urbano de Atenas era composto por: Acrpole - fortaleza situada no ponto mais alto Zona habitacional - na parte baixa, onde se situa a gora Porto de Pireu - porta de acesso ao mar. DE ACORDO COM ARISTTELES, OS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS SOBREVIVNCIA
DE QUALQUER PLIS SERIAM: As substistncias Artes indispensveis vida As armas Abundncia de riquezas O culto divino Deciso dos assuntos gerais e dos processos individuais.
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O local: A Plis
gora: Praa pblica da cidade Centro cvico da cidade
Nortmalmente era um terreiro aberto e simples que se estendia entre o
emaranhado dos bairros habitacionais na zona baixa da cidade Local onde a populao se reunia para debater as decises da Eclsia ou
Assembleia. No seu centro, em bancadas muitas vezes improvisadas, instalava-se o
mercado (dirio ou semanal) volta da gora erguiam-se vrios edficios pblicos:
Templos Edifcios para a governao (Assembleia, Tribunal, Pritania...) Stoas ou prticos que abrigavam o comrcio fixo ou sazonal, e os cidados em
momentos de cio.
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O local: A Plis
gora era o ponto de encontro da populao e fervilhava de gente: Habitantes da cidade e forasteiros Mulheres a caminho do mercado Polticos candidatos magistratura em campanha Crianas e adolescentes Filsofos, Etc.
Todos se cruzavam e se conheciam. Poeta Simnidas diz que a Plis era a mestra dos povos dado este clima
social de libredade e de diversidade.
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MDULO I: A CULTURA DA GORA O local: A Plis
1. Colina da Acrpole 2. Monte Himeto 3. Monumento a Filopapo 4. Arepago 5. Stoa de talo 6. Biblioteca de Panteno 7. Via das panateneias 8. Oden de Agripa 9. Stoa do mdio 10. Praa do sul 11. Helieia (tribunal) 12. Fonte de sudoeste 13. Tholos (templo redondo) 14. Buleutrio 15. Hefestion 16. Arsenal 17. Metroon 18. Templo de Apolo Patroos 19. Prtico de Zeus Eleutereos 20. Prtico real 21. Altar dos doze deuses 22. Templo de Ares 23. Altar de Zeus Agoraios 24. Monumento aos heris
Epnimos 25. Templo de sudoeste 26. Templo 27. Templo helenstico 28. Mercado romano.
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MDULO I: A CULTURA DA GORA Sntese: A organizao do pensamento
Fruto das condies excepcionais que identificamos, assiste-se a um extraordinrio desenvolvimento do pensamento racional.
Superaram o MITO,o Empirismo do senso-comum e a religiosidade do seu tempo
interrogando-se acerca dos enigmas da Natureza e do Universo. Procuraram conhecera origem das coisas de modo a perceber as leis naturais que
regem o mundo catico das aparncias visveis. Nasceu a Filosofia
As primeiras reflexes filosficas surgiram na Magna Grcia e na sia Menor, fruto das condies scio-econmicas que a se verificavam; condio do cio e da reflexo filosfica;; zonas abertas influncia de muitas culturas e povos distintos (egpcios, fencios, mesopotmicos, etc.) Tales, Anaximandro Anaxmenes Pitgoras de Samos
Em atenas a Filosofia enveredou por outros caminhos que no os da interrogao da natureza Sofistas exaltam o esprito crtico e colocam em causa o conhecimento emprico que
consideravam ilusrio e subjectivo Scrates, Plato e Aristteles desenvolvem esta primeira aborgdagem, centrando a
reflexo filosfica num eu interior, racional e afectivo.
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MDULO I: A CULTURA DA GORA Sntese: A organizao do pensamento
Scrates (470-399 a.C.)
Centra a sua reflexo no conhecimento do Homem, tornando-se famoso pela mxima: conhece-te a ti mesmo. Interessou-se pela conscincia moral do Homem, incentivando a descoberta da Verdade pelo conhecimento racional. A moral socrtica assenta na Razo e no culto da Virtude,identificando o til com o Bem
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MDULO I: A CULTURA DA GORA Sntese: A organizao do pensamento
Plato (429/27-348/47 a.C.)
Foi discpulo de Scrates e continuou as reflexes do seu mestre num sentido completamente diferente. Possui uma concepo idealista do Mundo e do Homem: as coisas no se podem conhecer pela sua aparncia sensvel mas pelas seus conceitos racionais, as Ideias. As Ideias so a verdadeira essncia das coisas. Fundou a Academia onde se estudava Psicologia, Matemtica, Geometria, Astronomia e Lgica.
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MDULO I: A CULTURA DA GORA Sntese: A organizao do pensamento
Aristteles (384-322 a.C.)
Foi discpulo de Plato e mestre de Alexandre Magno. Fundou o Liceu e criou o mtodo peripattico de ensino. Dotado de um saber enciclopdico a sua reflexo incidia sobre realidades materiais e espirituais. Fundou a Lgica e considerado o percursor do esprito cientfico moderno.
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MDULO I: A CULTURA DA GORA biografia: O grego Pricles
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MDULO I: A CULTURA DA GORA biografia: O grego Pricles
Pricles nasce cerca de 495/492 a. C. No seio de uma famlia aristocrtica, tradicionalmente ligada ao partido democrtico.
Iniciou a sua vida poltica em 466 a.C. Ao lado de Efialtes,
procurando restringir os poderes do mais antigo tribunal de Atenas - o Arepago.
Com a morte de Efialtes, em 461, vence as eleies para o cargo de
estratego - estratego-autokrator- o mais alto cargo poltico da Plis.
O Povo ateniense reinveste-o no cargo 15 vezes consecutivas o que perfaz um total de 30 anos no governo de Atenas.
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MDULO I: A CULTURA DA GORA biografia: O grego Pricles
Politicamente a sua actuao fez-se em duas direces distintas:
Nvel Interno: Procura consolidar a democracia, trazendo a ordem, a paz e a
prosperidade aos atenienses Restinge os poderes do Arepago, nomeadamente o direito de veto
sobre decises da Assembleia Incentiva a participao democrtica dos mais desfavorecidos:
Acesso ao arcontado Criao das mistoforias ( subsdio participao na Eclsia).
Reconstri a cidade que foi parcialmente destruda pelos Persas Reforma a Acrpole, encarregando o seu amigo Fdias de a
reconstruir - atraiu artistas e intelectuais a Atenas
Nvel Externo: Assegura as defesas da cidade e outras cidades gregas contra
invasores estrangeiros Refora o poder da Liga de Delos da qual se torna presidente Defende os interesses polticos e comerciais de Atenas com laivos de
imperialismo, o que lhe dar uma resistncia crescente de Esparta at descambar na Guerra do Peloponeso (431 a. C.)
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MDULO I: A CULTURA DA GORA biografia: O grego Pricles
Morre em 429 a. C. Vtima de uma peste que assolou Atenas.
Pricles influenciou de tal modo a vida do seu tempo que o sc. V ficou conhecido como o Sculo de Pricles.
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MDULO I: A CULTURA DA GORA acontecimento: A Batalha de salamina (480 a. C.)
A batalha de salamina, entre a Hlade e o Imprio Persa, foi um dos acontecimentos mais importantes deste perodo e marca a independncia do povo grego face ameaa persa.
Desejoso de conquistar a Grcia para o Imprio Persa, o jovem Xerxes, preparou um gigantesco exrcito com soldados:
Persas Assrios rabes Egpcios Lbios E indianos.
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MDULO I: A CULTURA DA GORA acontecimento: A Batalha de salamina (480 a. C.)
A armada de Xerxes era composta por 1207 navios de grande calado que partiram da Prsia e entraram na Pennsula balcnica pelo Norte.
Perante esta ameaa as vrias cidades-estado gregas criaram numa unio militar.
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MDULO I: A CULTURA DA GORA acontecimento: A Batalha de salamina (480 a. C.)
Um dos episdios mais famosos desta guerra foi a Batalha das Termpilas, protagonizada por lenidas que, com 300 espartanos, lutaram at morte impedindo a passagem dos exrcitos persas sobre o Peloponeso e, consequentemente, sobre Atenas.
Os 300 bravos espartanos no conseguiram impedir o avano dos exrcitos persas.
Assuustados com o avano persa, os atenienses refugiaram-se na ilha de Salamina, localizada em frente ao Porto de Pireu.
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MDULO I: A CULTURA DA GORA acontecimento: A Batalha de salamina (480 a. C.)
Atenas completamente arrasada pelo exrcito invasor.
Entretanto, Temstocles, chefe da resistncia ateniense organizou um plano de resistncia:
Atraram a frota persa para o Golfo de Salamina, lanando o boato de que se renderiam a;
O Golfo de Salamina tem correntes fortes e baixios difceis de manobrar por barcos de grande calado;
Temstocles coloca os seus 300 triremes que conseguem cercar e derrotar a armada persa.
Modelo de uma trireme grega Navio leve e gil, possua 35 metros de comprimento por 5 de largura. Possua 3 ordens de remadores que imprimiam grande velocidade de navegao e uma boa capacidade de mudana de direco.