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1 ADMINISTRAO FINANCEIRA E ORAMENTRIA Noes Bsicas aplicadas GestoEmpresarial CezimarGomesda Silva 2 APRESENTAO A grande discusso no mundo de hoje passa, sem dvida, pelas questes de carter financeiro Nacional, Internacional e tico, o que no pode ficar separado do estudo deadministraoemgeraledefinanasemparticular.Eoquetemos acompanhado, durante algumas dcadas, so momentos de elevaes e baixas nos grandes mercados financeiros, o que vem provocando no s a estes, mas a outros mercados,grandesdificuldadesdemant-losemequilbrio,dificultandoemregra geral a gesto das empresas. Cabe aos gestores financeiros tratar as questes da administrao das finanas de forma planejada e segura, pois, desta forma, sua atuao essencial para qualquer administrao,ganhandoexpressomaiorquandohexiguidadederecursose custodefinanciamentomuitoalto,cenrioemquenossopasestinseridoh quase duas dcadas. NesseContexto,devemoscompreenderadisciplinaAdministraoFinanceirae Oramentria como pea central de todos os cursos de graduao e ps-graduao em Gesto Financeira e Oramentria; como componente essencial para avaliao da viabilidade de projetos e aforma de operacionalizao estratgica das atividades empresariais. A Administrao Financeira e Oramentria vista como um conjunto de regras que dificultamaoperacionalizaodealgunssetoreseconmicosempresariais.Portanto,aoorganizarcadaunidadeaquiproposta,procurou-seadotaruma orientaoparaatomadadedecises,relacionandoasdecisesaoobjetivogeral da administrao financeira e oramentria de maximizao da riqueza empresarial. Nessesentido,olivrotemporfinalidadedescrever,deformasucinta,todoo processooramentrioefinanceiroatualmenteexecutadonasatividades empresariaisbrasileiras,almdaanlisetericadascategoriaseproblemasde ordemfinanceiraempresarial,estandodivididoemcincounidadescomcontedos tericoseprticos:naprimeiraunidade,soinseridasasquestesintrodutriascomo as noes bsicas de finanas, seus objetivos e funo e as relaes do valor dodinheiro;asegundaunidadetratadaestruturaeanlisedasdemonstraes financeiras;aterceiraunidadeenfocaasquestesrelativasaoscritriosde avaliaoeconmicadosinvestimentos;aquartaelencatodaaelaboraodo processooramentrioeasuaformadegerenciamentodosrecursosdecurto prazo;eaquintaunidadeabordaastcnicaseformadecontroledosrecursos financeiros empresariais. Estemanualsobreadministraofinanceiraeoramentriapodeseradotadonos cursosdegraduaoeps-graduaodoEnsinoaDistncia,peloseucarter didticoepelaaimportnciaqueadisciplinatemnaformaodeprofissionais dedicados s reas de Oramento e Controle, aplicando as atividades voltadas para a Gesto Financeira e Oramentria Empresarial. 3 SUMRIO UNIDADE: 1 -INTRODUO AS FINANAS E O PAPEL DA ADMINISTRAO. 1.1 Finanas1.2 Objetivo e Funo da Administrao Financeira 1.3 Clculos Financeiros Bsicos UNIDADE 2 ESTRUTURA E ANLISE DAS DEMONSTRAES FINANCEIRAS 2.1 Demonstraes Financeiras Bsicas 2.2 Anlise das Demonstraes Financeiras UNIDADE 3 ORAMENTO DE CAPITAL E CONTROLE FINANCEIRO 3.1 Noes de Oramento de Capital UNIDADE 4 PLANEJAMENTO E ORAMENTO EMPRESARIAL 4.1 Noes de Planejamento e Oramento 4.2 Administrao do Capital de Giro UNIDADE 5 TCNICA E ANLISE DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO 5.1 Tcnica e Anlise de Planejamento Financeiro 5.2 Controle Financeiroe Oramentrio 4 UNIDADE 1 INTRUDUO S FINANAS E O PAPEL DA ADMINISTRAO NOES DE FINANAS, O PAPEL DA ADMINISTRAO FINANCEIRA E OS MTODOS DE AVALIAR AS OPERAES FINANCEIRAS EMPRESARIAIS. Objetivos: Compreender a origem das Finanas; Evol uo histrica das Finanas; Definir o que sej aFinanas; Compreenderpor que vale apena estudar finanas; 5 Caros alunos! Nestaprimeiraunidadedonossolivro,reunimosconceitosquesoessenciaisa prticadodia-a-diadosadministradores,gestores,contadores,economistasea todos que lidam com a parte de gerenciamento empresarial. Nosepodedesvincularhojeoestudodefinanasdeoutrasreasimportantese que tm contribudosobremaneira, no processo da gesto empresarial. Portanto,independentementedareadeatuao,necessrioquetodosos profissionaisegestoresconheamosfundamentosbsicosdeAdministrao,da Economia, da Contabilidade, de Estatstica edaMatemtica Financeira. Estasferramentasrenemconceitoseprticasessenciaisutilizadasnagesto financeiracadavezmaisrelevantenocompetitivoambientedosnegcios,no processodetomadadedecisesesoluesqueenvolvamovalordodinheirono tempo. AAdministraoFinanceiraeaMatemticavmsetornandoumaespecialidade queligaproduo,vendas,altagernciaedemaisreasecompetnciasdas empresas. Logo, todas as decises financeiras impactam em praticamente todos os setores da empresa. 1.1 Finanas 1.1.1 Noes de Finanas Sob o ponto de vista da economia, Finanas a cincia que estuda o MANEJOda MOEDAe as suasVARIAES Podemosobterumamelhorcompreensodefinanas,apartirdaanalisedas palavras chaves retiradas do prprio conceito, seno vejamos:

MANEJO-aformadecomoessesrecursoscirculamnosistemaeconmicoe financeiro e, ainda, quanto a forma de obteno e a aplicao destes recursos como meios circulantes. MOEDA-qualquercoisaquesirvacomo:MeiodeTroca,UnidadedeContae Reserva de Valor I) A Moeda como Meio de Troca Funcionacomointermedirioprtico,facilitandoastransaeseconmicaspelos seus agentes; Omeiodetrocaacaractersticaprincipaldamoeda,jqueelapermitiuqueas trocasrealizassem,semoinconvenientedetransportargrandesquantidadesde mercadorias, e sendo portanto, maissegura. A Origem histrica da Moeda Mesmonaseconomiasmaisremotas,odinheiro foieaindauminstrumento de troca.Osistemadetrocapassoupordiversasfases,podendoserdistinguidoem duas etapas; 6 a - Troca Direta - realizado no tempo antigo, em que consistia na troca entre as pessoas.Eraumaatividadebastanterudimentar.Aexemplos,podemoscitara formadetrocadapocarelativaaBensdeConsumo,taiscomo:(naantiguidade- gado, sal, azeite, trigo etc...). b-TrocaIndireta-consideradaumainstituiosocial,poisfoiumacriaoda sociedade para facilitar a vida em comum 1.1.2 Evoluo Histrica da Moeda Na sua evoluo histrica, houve umacontribuio considervel paraaexpansoeconmica e comercial da poca, estando representadapor. 1)BensdeConsumo:( na antiguidade - gado, sal, azeite, trigoetc...) 2)MoedaMetlica(prata, ouro, etc...) 3)Papel Moeda ( moedapadro o dinheiro que hoje circula ) 4)Moeda Papel - ( ttulospropriamente ditos ) 5)Moeda Plstica ( cartes de crdito ) 6)Moeda Virtual( moeda tecnologicamente criptografada ) Desta forma,podemosconsiderar todasasfazesda moeda,comoataquivisto, como meios circulantes de um Sistema Econmico e Financeiro de um Pas. Com o processo de evoluo da moeda, h que se considerar s seguintes fases: Fase Metlica- compostapor: a)Moedas de Ouro ouprata b) Moedas divisionrias(ligas de metais) Fase Fiduciria-est composta por: a)Moeda Papel( conversvel em metal) b)PapelMoeda ( Inconversvelde curso forado ) c)MoedaEscritural ( moeda bancria; cheques,ttulos de crditos. etc...) Fase Tecnolgica-que se compepor: a)Moeda de Plstico (inconversvel de curso forado) b)Moeda Virtual(Inconversvel de curso forado) II) AMoeda comouma Unidade de ContaDefinido o meio de troca pelos agentes econmicos, torna-se natural sua utilizao como unidade de conta, de modo que o valor de cada bem seja medido em termos desse meio, configurando o seu respectivo preo Monetrio; Significa que existe uma unidade de valor podendo ser dividida, com aceitao geral no seu campo territorial. Portanto, a moeda pode ser definida, simplesmente, como sendo o elemento aceito para o pagamento de bens e servios. III) A Moeda como Reserva de Valor Podeserentesourada(depositadaemtesouraria)edisponibilizadapara pagamentos no futuro. 7 a caracterstica que lhe d condies de guard-la para ser usada posteriormente, e que, de certa forma, no ocorreria com alguns tipos de mercadorias que sofreriasriasimplicaes de danos ou outros tipos de perdas. Comoconsequnciadesseprocessodeevoluo,amoedatemsefirmadonos mercados, com as seguintes funes: Por fim, temos:

VARIAES-Soosresultadosverificadoseanalisados,quandodautilizao dos recursos financeiros,em relaoaoTempoeaTaxaNegociada. Comautilizaodosdoismecanismosfinanceiros(ManejoeVariao),permite aos Administradoresou gestores financeirosafirmarcomsegurana que: Dinheiro temvalornoTempo,eDinheiroCusta dinheiro SAIBA MAIS... Paraconhecermelhorahistriadodinheiro,vocpodeveraobradeATALLI, Jacques. Os judeus o e o mundo. So Paulo. Futura, 2005. 1.1.3Conceito Sob o ponto de vista Financeiro,Finanas o estudode como as pessoas alocam recursosescassos ao longo do tempo. Soduasascaractersticasquedistinguemasdecisesfinanceirasdeoutras decisesdealocaoderecursos,quesooscustosebenefciosdasdecises financeiras, essas diferenas so perceptveis a partir: (1) a distribuio ao longo do tempo; (2)ofatodegeralmenteseremdesconhecidasdeantemo,ouporquemvai tomar as decises ou por qualquer outra pessoa. Aodecidirsedeveounoabrirseuprprionegcio,vocprecisapesaroscustos taiscomoosinvestimentosnapreparaodolocal,nacompradeequipamentos, mveis e utenslios, acessrios e outros materiais necessrios e imprescindvelpara ser motivo de atrao a sua clientela, tudo isto contra, os benefcios incertos (seus lucros futuros) que voc espera colher ao longo de vrios anos. Aoimplementarsuasdecises,aspessoasutili zam-sedosistema financeiro,definidocomooconjuntodemercadoseinstituiesusados paraelaboraodecontratosfinanceiroseointercmbiodeativose riscos. Osistemafinanceiroincluiosmercadosdeaes,asdebntureseoutros instrumentosfinanceiro,osintermediriosfinanceiros(p.ex.,bancose InstituiesdeCreditoFinanciamentoeInvestimentos,companhiasde seguros),asempresasdeserviosfinanceiros(p.ex.,consultores financeiros), assim como entidades regulamentadoras que governam todas 8 essasinstituies.(p.ex.,BCBancoCentraldoBrasi l;CMNConselho Monetrio Nacional; CVM Comi sso de Valores Mobilirios). Oestudodecomoosistemafinanceiroevoluiaologodotempouma parte importante do assunto finanas. Ateoriafinanceiraconsisteemumconjuntodeconceitosqueajudama organi zar o pensamento das pessoas sobre como alocar recursos ao longo dotempoeemumconjuntodemodelosquantitati vosparaajudaras pessoas a avaliarem alternati vas, tomarem decises e implement-las. Osmesmosconcei tosbsicosemodelosquantitati vosaplicam-seem todososnveisdedeciso,desdeadecisodefazeroleasingdeum veiculoouabri rum negciodecisododiretorfinanceirodeumagrande empresadeentrarparaareadastelecomunicaes,oudecisodo Banco Mundial sobre qual projeto de desenvol vimento deve financiar. Umprincpiodasfinanasqueafunofundamentaldosistemaade satisfazerasprefernciasdeconsumodaspessoas,incl usi vetodasas necessidadesbsi casdavida,comoalimentos,vesturioemoradia.As organi zaeseconmicas,comoasempresaseogoverno,exi stemafim de facilitar a conqui sta dessa derradei ra funo. 1.1.4 Estudo das Finanas Empresariais ParaBodieeMerton(2002,p.32),existempelomenoscincorazespara estudar finanas; Primeiro para administrar os recursos pessoais; Segundo -para lidar com o mundo dos negcios; Terceiro-parabuscaroportunidadesdecarreirasinteressantee compensadoras; Quarta-parafazerescolhascomocidadoatravsdeinformaes conhecidas publicamente, Quinta -paraexpandir a mente. Umainvesti gaocommaiorprofundidadedecadaumdessesmotivos despertou,nosestudiosos,buscarumacompreensoparaestascinco razes. Emprimeirolugar,oconhecimentodefinanasajudavocaadministrar seusprpriosrecursos.Vocpodevi versemqual querconhecimentode finanas?Talvez,contudo,seforcompletamentealienadosobreo assunto,estarmercdosoutros.Conheceumvelhodi tadoquediz: Um tolo e seu dinheiro logo se separam. Emalgunscasos,vocvai procuraraajudadeespeci alistas.Exi stem muitosprofissionaisnareadefinanaseempresasdeservi os financeirosqueproporcionamorientaobanqueiros,corretoresda Bolsa de Valores, corretores de seguros e empresasque negociam fundos 9 mtuosassimcomooutrosprodutoseservi osfinanceiros.Muitasvezesessaorientaogratuita,sevocforumcl ientepotencial.Contudo, comoquevocaval iaoaconselhamentorecebido?Oestudodas finanasproporciona os meios para isso. Asegundarazoparaestudarfinanasquenoesbsicasdesse assuntosoessenciaisnomundodosnegcios.Mesmoquevocno pretendaserespecial istaemfinanas,precisaterumconhecimento suficientedosconceitos,dastcnicasedaterminologiaempregadapelos especiali stas,financeirosparacomuni car-secomeleseparareconhecer os limites do que podem fazer por voc. Emterceirolugar,tal vezvocestejainteressadoemumacarreiraem finanas.Existemvriascarrei raspotencialmentecompensadorasnesse campoemuitoscaminhospossvei sasegui rcomoprofissionaldarea.A maioria dos profissi onais de finanas est empregada no setor de servios financeirosdaeconomiacomoati vidadesbancri as,segurosou administrao de investimentos. Entretanto, muitos outros trabalham como gerentesfinanceirosemfirmaquenopertencemaosetorfinanceiroou no governo. Al guns, ainda, buscam carreiras acadmicas. Asfamlias,asempresaseasagnciasdogovernomuitasvezes procuramaorientaodeconsultoresfinanceiros.Almdomais,a experinciaemfinanasproporcionaumaboabaseparacarrei rasem administraogeraldeempresas.Muitosexecuti vosdegrandes organi zaes em todo o mundo comearam suas carreiras em finanas. 1.2 Objetivo e Funo da Administrao Financeira Objeti vos: Objeti vo da Administrao; Funo da Administrao financeira Principais reas em finanas Administrar decidirsobrenegcioseoperaesdemercado Comoosgerentesdassociedadesannimassocontratadospelos acionistas(atravsdoconselhodeadministrao),ocomprometimento bsicodessesprofissionaistomardecisesqueestej amnomelhor interesse dos acioni stas. Essenooobjeti voexclusi vodaadministrao.Comotodasas pessoasdasociedade,osgerentescorporati vosprecisamseguiralei. Espera-setambmquerespei temasnormasticasequepromovam objeti vossociai sdesejveis,quandopossvel,aumcustorazovelpara os acionistas. 10 Para ser eficaz, a regracerta no deve exi gi rque osgerentes conheam as preferncias de risco ou a opinio dos acioni stas, poi s esses dados so virtualmenteimpossveisdeserobtidos.E,mesmoqueessas informaesestivessemdisponvei semumdeterminadomomento,elas mudamaolongodotempo.Degato,comoasaesmudamdemaisa cadadia,osdonosdaempresamudamdiariamente.Assi mparaqueseja vivel a regra certa deve ser independente de quem sao os proprietrios. 1.2.1Funo da Administrao Financeira Aplica-se a toda e qualquerCorporao Organizada que seja capaz de desenvolver atividadesemummercadocompetitivo,assegurandoasuacontinuidadeeo crescimento futuro. Dentrodoambienteempresarial,aadministraofinanceirapossuiasseguintesfunes: a)PlanejamentoFinanceiro b)ControleFinanceiro c) AdministraodeAtivos d)Administrao de Passivos Essasfunespermitemsempresastomaremdecisesnombitofinanceiro, atravs das avaliaes quanto a: 1)DecisesFinanceirassobreosInvestimentos:sodecisesquandotomadas, representamaplicaesderecurso,criando valorparaaempresa.Portanto,estes recursosaplicadosdevemgerarretornoesperadoeconomicamenteatraente, quando aalternativa desejada exceder a taxa de retorno exigida pelos proprietrios de capital (credores e acionistas). 2)DecisesdeFinanciamentos:sodecisesquandotomadas,representama captaoderecursos.Sodecisesdessetipo,quetrazempreocupaes principalmentecomaescolhadasmelhoresofertasderecursoseamelhor proporoasermantidaentrecapitaldeterceirosecapitalprprio.Adecisode Financiarrecursos,envolve,ainda,adeterminaodamelhorestruturade financiamentodaempresa,buscandopreservarsuacapacidadedepagamentoe dispor de fundos com custos reduzidos em relao ao retorno que se espera apurar de suas aplicaes. 3) Deciso de Polticas de Dividendos: so decises que representama distribuio de parte dos lucros aos acionistas, o custo de oportunidade de manter esses valores retidos. A deciso de distribuio ou no de lucros uma deciso de financiamento mediantecapitalprprio,aoreterresultados,oumediantecapitaldeterceiros,ao 11 EMPRESA MERCADO DE CAPITAIS Projeto de viabilidade Econmica EMPRESMERCADO CONSUMIDOR Produo ou Comercializao distribuirresultados.Estassodecisesverificadapelaopodaempresaem manter maior ou menor volume de capitalprpriofinanciando seus investimentos. 1.2.2 Funo financeira no ambiente empresarial Aprpriaevoluoimprimiunoadministradoruma necessidademaiordevisualizar todaaempresa.Nessesentido,oadministradorfinanceironopodeassumir posiesmenosenvolventes,comocentrarsuaspreocupaesunicamentenos mecanismosdecaptaodefundoseaplicaesnaatividadedaempresa;so necessriosmecanismosparaaadoodepolticasquesejamadequadasparaa MAXIMIZAODOSRETORNOSdosproprietriose,ainda,gerenciaresses recursos de forma a manter a sade financeira e econmica da empresa e alcanarsuas metasestabelecidas. OSistemaFinanceiroEmpresarialsecaracterizaatravsdoCiclodeCapitaldas Empresas pelasdiversas transformaes e estados diferenciados, o que permite o desenvolvimento da atividade econmica ( ver figura: 1) FIGURA 1 -MODELO DOSISTEMAFINANCEIROEMPRESARIAL 1. PROCESSODECONSTITUIO

2. PROCESSODEATIVIDADE Produo Versus Consumode Bens e Servios CapitaldeGiroouCapitalcirculanteLiquidodaEmpresa ( AtividadeCclicadaEmpresa ) Fonte: do Prprio Autor: Maio, 2010 1.2.3 Objetivo do Administrador Financeiro 12 Contribuirsignificativamenteparaosucessodoempreendimento,assessorandoa empresacomoumtodo,proporcionandoosrecursosmonetriosexigidosindependente de onde venha ser aplicado. 1.2.4 O papel do Especialista Financeiro nas organizaes Praticamentetodasasdecisestomadasemumasociedadeannimaso financeiras,porqueenvol vemtrocasentrecustosebenefcios disseminadosaolongodotempo.Portanto,emgrandesempresas,todos osgerentes,doexecuti voprincipalaosgerentesdeunidadesde produo,unidadesdemarkenting,laboratriosdepesqui sasououtros departamentos, usam os servios dos especial istas financei ros. OFinancialExecuti vesInstitute,organi zaovoluntriadeexecuti vos empresariaisqueseespeciali zamemfinanas,ofereceumadefinio abrangenteparaumexecuti vodefinanascomosendoqual querpessoa quetenhaautoridadesobreumadasfunesrelacionas,nasfunes financeiras de empresas. Aorgani zaodafunodefinanaseseurelacionamentocomoutros departamentosvari adecompanhiaparacompanhia,veremosadiante uma listagem da funo financeirade uma empresa. Notopoestoexecuti voprincipal (CEO),quenormalmenteo presidente.Oexecuti voprincipaldefinanas(CFOChiefFinancial Office)ovice-presidenteresponsvelportodasasfunesfinanceiras daempresa,reportando-sediretamenteaopresidente.Aempresa tambmtemvice-presidente,executi voencarregadodomarketingede operaes. O C.F.O.Possui trs departamentos que se reportam a ele: a)Planejamento Fi nanceiro; b)Tesouraria; c)Controle. Cadaqualdi ri gidoporumvice-presidente.Ovice-presidentede planejamentofinanceirotemaresponsabilidadedeanal isardi spndios importantesdecapi tal,comopropostasparaingressoemnovasl inhasde negciosousadadenegciosexistentes.Issoinclui analisarproposta de fuso, aquisies e desinvestimentos por ci ses. O Tesoureiro tem a responsabil idade de administrar ati vidades financeiras da empresa para a gerncia do capital de gi ro. Afunodetesoureirotambminclui relaescomacomunidadede investidores externos, administrando a exposio da empresa inflao e a riscos de taxas de juros e a administrao do departamento de imps. OController,supervisionaasati vidadesdecontabilidadeeauditoriada empresa.Issoincl uiapreparaoderelatriosinternoscomparandoo quefoiplanejadocomoscustosreais,receitaselucrosprovenientesdas 13 vriasunidadesdenegciosdaempresa.Incluitambmapreparao de demonstraes financeiras para uso por parte dos acionistas, credores e autoridades regul amentadoras. 1.2.5. Principais reas em Finanas ServiosFinanceiros -rea voltada para a prestao de assessoria financeira 1. Analista de crdito 2. Consultor Financeiro 3. Corretores de ttulos 4. Corretores de Imveis 5. Corretoras de Seguro AdministraoFinanceiraemEmpresas-reavoltadaparaodesenvolvimento de diversas atividades, como: 1. Analista Financeiro 2. Analista de Oramento de Capital (investimentos Ativos Fixos) 3.Gerente de Projetos Financeiros 4. Gerente de Caixa 5. Gerente de Crdito 6. Administrador de Fundo de Penso 7. Administrador de Finanas Pessoais RESUMINDO Ocontedoexpostoapresentaosprincpiosfundamentaisqueregemasfinanas empresariais.Oprincipiodosinvestimentos,especificandoqueasempresas invistam apenas em projetos que ofeream um retorno que supere a taxa mdia dos financiamentos, o qual sugere o mix de financiamento s para uma empresa,aquela quemaximizaovalordosinvestimentosfeitos;eoprincipiodedividendosque exigemquaissobrasdecaixaresultantesdosprojetossejamdevolvidosaos proprietrios. EXERCCIOS PROPOSTOS Agoravamosverificarsevoccompreendeuoquefoiabordadoataqui. Para tanto, responda as questes a seguir: 1)QualoobjetivoeconmicobsicodoAdministradorFinanceiro,ao desenvolver a funo de AdministradorFinanceiro ? R: ___________________________________________________________________ 2) Cite quaisso asprincipaisFunesdaAdministraofinanceira? R: ___________________________________________________________________ 14 ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 3) Aresposta a estaquestoserpessoal.Porm,deveconterum mnimo de coerncia comaquesto formuladacomo segue: VocComoAGENTE,ondelhesodelegadasastarefasparagerira empresa, ao tomar algumas decises, estaspodem causarcertos conflitos entre AgenteeAcionistas.Visandominimizartaisconflitos,quemedidasdevemser cuidadosamente observadas?

R:_________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 4)Qualdassituaesabaixoestperfeitamenterelacionadacomastrsrazesbsicaspelasquaisamaximizaodoslucrosnoconsistente(conflitantes)com a maximizao da riqueza? a)-( ) As perspectivas de Longo Prazo, A poca de ocorrncia dos Retornose o Risco. b)-( ) Valor, RiscoeRetornos c)-( ) Gerao de Fluxos de Caixa,RiscoeData de ocorrncia dos Retornos d)-( ) Retornose)-( ) Todas as alternativas acimaso corretas SAIBA MAIS... Para conhecer melhoro si gnificado das palavras uti li zadas no conceito de administraofinanceiraeoramentria, acesso:http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx Paracompreendermelhoroconcei todemaximi zaodariqueza,acesso: HTTP:/www.bnb.gov.br/content/aplicao/publicaes/REN-numeros_Publiados/docs/ren2004_v35_nl_a2.pdf 1.3 Clculos Financeiros Bsicos Objeti vos: Explicarosprincipaisfundamentosquenorteiamoestudoda matemtica financeira; Estudar os conceitos de valor do dinhei ro no tempoCompreenderoempregodasferramentasbsicasdaengenharia econmica para a tomada de deciso. Relacionarosconceitosbsicosfinanceirosnasdecisesde Investimentos e Financiamentos; Analisarasdiferentestaxasdedescontoetaxasderetorno,para diferentes tipos de i nvestimentos e financiamentos de projetos.. 15 1.3.1Fundamentos Bsicos de Clculos financeiros OsClculosFinanceirostmsuaorigemnaMatemticabsicaaplicada,aqualse dedica ao estudo das frmulas, estrutura e os procedimentos de resoluo aplicados a formula. Paramelhorcompreensodaabordagem,dividiremosonossoestudoemduas partes:numprimeiromomentoiremosrevisaralgunsconceitosdamatematica financeiraenumsegundomomentoseroapresentadasasprincipaisferramentas da engenharia econmica e suas aplicaoes. OestudodaMatemtica,vistasoboaspectoeconmicoefinanceira,possui caractersticas especficas vistas sob os seguintes pontos: Comercial Tem sua origem no Comrcio, portanto, dedica-se ao estudo da melhor transao de negcio, que gere resultados positivos

FinanceiraEstrelacionadodiretamentesFinanasdasPessoasJuridicaseFisicasdemodogeral,etemcomobaseoestudodadeterminaodevalores, perodos endices financeiros. Matemtica para Negcios e Finanas tem o objetivo de auxiliar na compreenso de conceitosdaMatemticaBsicaedaMatemticaFinanceiracomoeporexemplo, clculodeporcentagem,estatsticaejurosemregimesdecapitalizaosimplese composta. A partir destes fundamentos, o nosso objetivo permitir a compreenso dos clculos financeirosbsicosa partirdanoo dejurossobo pontodevistadoagenteque tem a responsabilidade direta ou indireta nas finanas de um empresa. Trata-se aqui do economista, do administrador, do contador, do gerente financeiro entre outros. Nessesentido,anoodejuros,sobopontodevistadoadministradorfinanceiro, pode ser interpretada como o custo de um crdito ou o retorno de um a aplicao de capital Poroutrolado,sobopontodevistadoeconomista,ojuroapresentaduas interpretaes.Aprimeirarevelaaremuneraodofatordeproduodocapital empregado,damesmaformaemquearemuneraodotrabalhoempregado representa o salrio.A segunda interpretao aquela que nos interessae a qual estrelacionadaaprefernciatemporaldosagenteseconmicos(indivduos, empresasegoverno);isto,desuasprefernciasentreconsumirdeterminados bens eserviosnopresenteouno futuro. Assim, postergandoseusconsumos,os agentesexigiroumarecompensapelosacrifciodepoupar,quedefinidacomo juros. Nessecontexto,sobressaianecessidadedequalqueragentefinanceiro (economista,administrador,contadoregerentefinanceiro)conhecer,deforma precisa,osvrioscritriosepressupostosbsicosdocalculofinanceiro,osquais sero aplicados em vrias operaes empresariais Portanto,importanteteressacompreenso,istoporque,JUROS,umdos graves problemas, tanto para pases ricos como para pases em desenvolvimento. 16 Aoanalisaraquestodosjuros,podemosformularquestionamentossimples,do tipo: - Por que essa chatice de juros simples e juros compostos? -Algummatemtico,sdico,nacaladadanoiteinventouessatorturadeletrase nmeros para apavorar osagentes que lidam com essa abordagem? - Por que foram inventar essas coisas to complicadas? -Ser um inveno do torturador Tomaz de torquemada? Mas... Sabe que no inventaram isto como algo para dificultar a vida das pessoas e nem nada complicado? Pelo contrrio, saiu de agente simples do comercio de esquina. Se voc quiser argumentar que) 1 ( inC M+= , no coisa de gente da esquina.E eu lhe digo que sim. Ali naquela apavorante frmula, tem-se as quatro operaes fundamentais e mais uma potenciao, que uma multiplicao disfarada. Entoparaentend-la,bastavocsaberlernalnguaportuguesa(interpretaro questionamento)e saber fazer as quatro operaes. O resto histria. 1.3.2Fundamentos de Processosou Regimes de Capitalizao Estudosanalisadossobreacapitalizaotmlevadoalgunsautoresa compreensodequeacapitalizaoumprocessocontinuoconfiadoaos mercadosfinanceiros,querealizamaintermediaoentreapoupanaeo investimento,equesejamcapazesdedirecionarapoupanapresentepara investimentos mais produtivos, garantindo maior renda e consumo no futuro como pareceserocasodeFeldsteinouadesconfiananacapacidadedesses mercadosseautorregularem,impondoanecessidadedeummaiorcontrolesocial que direcione o investimento. (Aglietta, 2002, p.17). Opontofundamentalqueateoriabsicadoconsumo,poupanaeinvestimento em que se apoia a justificativa terica para o regime de capitalizao se mantm no ponto de vista da circulao simples de mercadorias. Trata-se de trocas individuais quetmcomoobjetivooconsumo, ovalor-de-uso das mercadorias.Alimitao da basetericatrazalgumasconsequnciasqueprecisamseranalisadas.Seno vejamos. Primeiramente, na circulao simples, a nica forma de acumulao de riqueza o entesouramento.Venderumamercadoriasemadquirirnovasmercadoriaspara consumo e abster-se do consumo a forma de acumular riqueza para um indivduo. 17 A poupana assim identificada como a acumulao de riqueza para o indivduo e garantia de seu consumo futuro. O capitalismo efetivo, no entanto, no se constitui em uma sociedade de produtores individuaisde mercadoriasnaqualtodossoproprietriosdos meiosde produo. Deve-se considerar mais detalhadamente a venda da fora de trabalho. Do ponto de vista do trabalhador individual, trata-se da circulao simples de mercadorias: venda damercadoria,foradetrabalho,obtenodedinheiroecomprademeiosde subsistncia.Otrabalhadorindividualpodepoupar,abstendo-sedoconsumoe acumulando dinheiro. SegundoMarx,existemdoisregimesdecapitalizao,quepodemseranalisados quantoaosaspectosestudados,combasenoprincipiodacapitalizao,visto acima.So eles:Regime de CapitalizaoSimplese o Regime de Capitalizao Composto Para aplicao dos procedimentos declculos dos JUROSou seja, aquela TAXA queremuneraousepagapeloalugueldodinheiro,algunsaspectosdevemser considerados, na sua formulao. 1.3.3 Regime de Capitalizao Simples Documentos histricos redigidos pela civilizao SUMRIA, por volta de 3000 a.c., revelamqueomundoantigodesenvolveuumsistemaformalizadodecrdito baseado em dois principais produtos, o GRO e a PRATA.Antes de existirem as moedas, o emprstimo era feitocom o metal, baseado em seu peso. Arquelogosdescobrirampedaosdemetaisqueforamusadosnocomrcionas civilizaes de Troia, Babilnia, Egipto e Prsia. Antes do emprstimo de dinheiro ser desenvolvido, o emprstimo deCEREALedePRATAfacilitava a dinmica do comrcio. Umadefinioadequadaparaoregimedecapitalizaosimplesaseguinte:o regimeemqueataxadejuroincidesomenteesempresobreocapitalinicial. Portanto,emtodososperodosdeaplicao,osjurosserosemprecalculados atravs do produto do capital inicial pela taxa de juro. i C J =Para aplicao dos procedimentos de clculos das TAXAS, alguns aspectos devem serconsiderados, na sua formulao. ( Frmulas): SeoPeriododasoperaesrefletiremoJuroComercial,assim,teremosa aplicao dafrmulaa seguir: 360 ) ( = n i C J e o Periodo das operaes refletirem o Juro Exato, assim, teremos a aplicao dafrmulaa seguir: 365 ) ( = n i C J No Regime de Capitalizao simples, condio indispensvel para determinao dosJuros,qualquerquesejaarelaodoperido:ComercialouExato.Deve-se observarque:aTaxaunitriasempreanual,eoTemposempreemdias 18 Questesbsicas Quandovocvemumapropaganda:"Compreumatelevisovistapor R$1000,00ouaprazopor5parcelasdeR$260,00".Voc,claro,responde:"A prazo,poisprefiropagarparcelado,empoucasvezesporms,eemapenas5 meses eu acabo de pagar." Mas voc esqueceu de pensar em um "detalhe": 5 parcelas de R$260,00 d o equivalente a R$1300,00 que 30% a mais do que a oferta vista(R$100,00). So em situaes como essas que voc percebe como a Matemtica Financeira umaferramentatilnaanlisedealgumasalternativasdeinvestimentosou financiamentosdebensdeconsumo.Elaconsisteemempregarprocedimentos matemticos para simplificar a operao financeira. Algumasdefiniessointeressantesparaincrementarosconhecimentossobre Matemtica Financeira. Juros Simples Naverdade,osistemadejurossimplesnaoencontraaplicaesprticasto generalizadascomoosistemadecapitalizaocompostaconformeser desenvolvidoemseguida.Asuareadeusoconcentra-sebasicamentenas operaes de curto prazo ativas do tipo open market, por exemplo e passivos como descontos de duplicatas, por exemplo, entre outas operaes. Essesistemadejurosincideunicamentesobreoprincipalcapital(inicialmente aplicdooualocado)egeram,consequentemente,remuneraes(oucustos, depedendodocaso)diretamenteproporcionaisaocapitaleprazoenvolvidosna operao. Vejamos um caso esclarecedor, para melhor compreender a operao. Quando se obtm um crdito de cinco milhoes de unidade monetrias, pelo prazo decincomesestaxadejurossimplesdedezporcentoaomes,esesupea inexistnciadequaisqueroutrosencargos(comooIOF)eriscosinflacionriose inadimplncia,aremuneraomensaldocrditoatingirsemprealgumresultado parcial, o qual totalizar ao final do perodo considerando o valor proporcional. Valor do creditoou capital tomado(C) .......R$5.000.000,00 Prazo do periodo de crdito(n).......5meses=(150 dias) Taxa cobra sobre o crdito concedido(i)....... 10%ao mes= ( 120%ou 1,20 ) Quais os juros a serem pagos sobre o crdito (J). ? ? ? 360 ) 150 20 , 1 00 , 000 . 000 . 5 ( = J00 , 000 . 500 . 2 = J Adotando-se ento a seguinte simbologia e regras bsicas temos: 19 (C) o valor presente (principal) ou o mesmo que o capital inicial representativo de uma aplicao financeira ou a obteno de um crdito. ( i )-Taxa nominal de juros, ou seja, a taxa contratada na operao. importante notarque,nasformulaesdematemticafinanceira,ataxadejurosdeveestar sempre expressa em termos unitrios e no em percentuais (por exemplo, 20% taxa percentuale20% = 20/100= 0,20 taxaunitria).( n )- o nmero de perodos, considerados na operao. importante observar quen ei devem estar sempre definidos na mesma unidade de tempo (dias, meses, trimestres, semestres, anosetc...) ( J ) - o valorem ( $unidade monetaria ) dos juros de um operao ( M )- montante acumulado na operao, ou seja, representa a soma do principalmais os juros calculados durante determinado perodo de tempo Com base na simbologia apresentada, podemos desenvolver as seguintes frmulas dos juros simples: Frmula do Montante:(M)......... i C M =(representa o valor do capital inicial acrescido dos juros produzidos na operao). Frmula dos Juros:(J) ........ n i C J =(representa o produto do capital pela taxa nominal e pelo perodo considerado). Observar o perodo: se o ano e comercial (360 dias)oucivil(365 dias) Seincluirmosafrmuladosjuros(j)nafrmuladomontante(M),podemosobter outra frmula usada na prticaou seja: J C M + = reformulandoa expresso matemtica, teremos n i C C M + = Simplificandoaexpresso,teremos n i C C M + = colocando o C em evidncia temos ) 1 ( n i C M + =Fmulade clculo do Capital (C).......) 1 ( n iMC += TAXADE JUROS Algumas Teorias tentam explicar por que os juros existem. Uma delas a teoria da escolaAustraca,primeiramentedesenvolvidapor:EUGENVONBOEHM-BAWERK. SegundoEugen:Osjurosexistemporcausadamanifestaodaspreferncias temporais dos consumidores, ja que as pessoa preferem consumir no presente do que no futuro 20 "Juro",dopontodevistadoconceitoeconmico,podeserdefinidocomoa remunerao do Banqueiro. Analogamente existem ainda o lucro (remunerao dos empresrioseacionistas)ealuguis(remuneraodosproprietriosdebens imveis alugados). Taxadejuro-ovalordojuroexpressocomoporcentagemdedeterminado capital. A taxa de juro pode ser representada de duas formas: Forma Percentual:5%;1,25%; 0,04%.Forma Unitria:0,05; 0,0125;0,0004 Como os Jurospossuem uma relao diretacom a taxa e o tempo, passemos a analisarostiposdetaxasquepodemincidirnasoperaesfinanceirasativase passivasde negcios empresariais TAXANOMINALETAXAPROPORCIONAL Ataxanominalrepresentaataxadejuroscontratadanumaoperofinanceira (Ativa e Passiva). Ataxaproporcionaltipicadosistemadecapitalizaolinear(jurossimples). Dessa forma, as duas taxas expressas em diferentes unidades so definidas como proporcionais quando enunciam valores iguais numa mesma unidade de tempo. Porexemplo:8%a.m.e96%a.a.socondieradasproprocionaispor expressaremvaloresiguaisemquaisquerquesejamasunidadesdetempo definidas.Supondootrimestreaunidadedetempoeleita,temosparaastaxas proporcionais acima o que segue: 96% ao ano, capitalizados trimestralmente, teremos:) (pniip=

)312(96= ip =24%a.t. 8% a m capitalizados trimestralmente, teremos:|||

\| =pni ip||

\| =4128 ip=24%a.t. 1.3.4 Regime de Capitalizao Composta o regime de capitalizao em que a taxa de juro incide sobre o montante obtido no perodoanterior,paragerarjuronoperodoatual.Portanto,emcadaperodode aplicao,osjurosserocalculadosatravsdoprodutodomontantedoperodo anterior pela taxa de juro.i M J = O sistema de juros compostos mais comum e usados no sistema financeiro, pois para os bancos e empresas financeiras, principalmente, que trabalham com produto 21 dinheiro, torna-se muito mais vantajoso e rentvel que se trabalhe com este tipo de regimedejuros.Nestecaso,importante, queusuriosaibacomoseaplicaestes conceitos, pois em provas de concursos ou mesmo no dia-a-dia necessrio que se saiba como efetuar estes clculos. Definimoscomocapitalizaoomomentoemqueosjurosencontradosnoperodo so incorporados ou somados ao valor principal. Juros compostos Noregimedejuroscompostos,osjurosdecadaperodososomadosaocapital para o clculo de novos juros nos perodos seguintes. Os juros so capitalizados e, consequentemente, rendem juros. Ainda sobre juros compostos, podemos determinar que: Ojurodecadaperododetempocalculadosobreosaldonoinciodoperodo anterior.Ouseja,osjurosdecadaintervalosdetempoincorporadoaocapital inicial e passa a render juros tambm. A frmula para juros composto : ] 1 [) ( =+ i cnC J Diferentemente dos juros simples, os juros compostos encontram amplas aplicaes prticasnaeonomia,notadamenteemoperaesativasepassivasdemdioe longo prazo. Nesse critrio de capitalizao, os juros incidem sempre sobre o saldo acumulado, e ocorrem, dessa forma, juros sobre juros periodicamente, ou seja, no regime de juros compostos, o juro gerado em determinada opero adicionado ao principal e serve de base para o clculo de juros no periodo posterior. Suponhamos que uma pessoa tenha aplicado R$ 100.000,00 uma taxa composta de10%a.m.Utilizandoamesmasimbologiadefinidaparaosistemadejuros simples, temos: ) 1 ( inC M+ =Finaldo1ms:(10%R$100.00,00)omontantedoperodoserdeR$ 110.000,00 (R$ 100.000,00 + R$ 10.000,00) , ou ( )110 , 0 1 00 , 000 . 100 + = M=R$ 110.000,00 Final do 2ms: o montante esperado ser duas vezes os juros, pois representam dois meses. Nesse sentido, temos:M=100.000,00(1+0,10)x(1+0,10)=( )210 , 0 1 00 , 000 . 100 + = M )=R$ 121.000,00. Final do 3 ms:aplicando o raciocnio do ms anterior, temos: M=100.000,00(1+0,10)x(1+0,10)x(1+0,10)= ( )310 , 0 1 00 , 000 . 100 + = M =R$ 133.100,00 22 Final do ensimo ms:) 1 ( inC M+ = Combasenasimbologiaapresentada,podemosdescreverafrmuladosjuros compostos: (M) o montante( valor futuro ) (C) o capital( valor presente ) ni) 1 ( +-representa o fator composto de crescimento Vejamos um caso prtico para melhor compreender a operao. Se uma pessoa desejar obter cem milhes de unidade monetria ($) dentrode um ano,quantodeveraplicar,hoje,emumfundoquerende20%a.t.?Emoutras palavras,qualovalorpresentedessaoperao,ou,ainda,qualseriaovalordo capitalaseraplicadoparaobternofinaldoperodooscemmilhesdeunidade monetria ($) Dados para desenvolver o problema: (M) valor futuro........................ $ 100.000.000,00 (n)prazo da aplicao............. observe que o prazo de um ano, porm o perodo derendimento trimestral (i) Taxa contratada da aplicao......20% a.t. (C)Capital ou valor presente =??? Resoluo atravs da frmula ) 1 ( inC M+ = frmula do montanteconverso para o capital ) 1 ( inMC+= = ) 20 , 0 1 (400 , 000 . 000 . 100+= C =0736 . 200 , 000 . 000 . 100= C =C = 48.225.308,64 Comefeito,seaplicarmosR$48.225.308,64hojetaxacompostade20%a.t., teremos ao final de um ano o valor de R$ 100.000.000,00, 1.3.5 Estudo das Taxas em operaes ativas e passivas As taxasde juros compostos, aplicados nas operaes financeiras ativas e passivasde negocios empresariais, so compostas pelas: TAXAEQUIVALENTE Sotaxasquegerammontantesidnticosquandocapitalizadossobreomesmo capital e prazo. Por exemplo:As taxascorrespondentes a 40% a.s e 96% a.a, so equivalentes porproduziremummesmomontanteemprazoidntico,ouseja,indiferenteum investidor aplicar um mesmo capital as taxas correspondentes. 23 Ao utilizar adeduo matemtica, a taxa de juros equivalente, referente a um certo intervalo de tempo, pode ser obtida a partir da seguinte expresso matemtica.

1 ) 1 ( + =ni iq Esta frmula matemtica expressa que: (iq)-taxadejurosequivalente,relativaaumapartededeterminadointervalode tempo; (n) nmero de partes do intervalo de tempo considerado; Aplicandoa expresso matemtica no exemplo anterior,encontramos as seguintes taxasequivalentes: a) -Taxa equivalente a 96% a.a. (n) =ano equivalea dois semestres (i)= 96% a.a. 1 ) 1 ( + =ni iq 1 ) 96 , 0 1 (2 + = iq

logo 40 , 0 = iqou40% a.s. TAXAEFETIVA Emalgumasoperaesfinanceiras,ataxadejurosdadaemprazonormalmente superior ao prazo de capitalizao dos juros. Umexemplobastantecomumocasodeumfinanciamentoemqueosjurosso capitalizadosmensalmente,eataxacontratadaexpressaemtermosanuais.Nessescasos,seocritrioadotadodeincorporaodosjurosaoprincipalforo composto equivalente, o montante ao final do perodo ser o mesmo, qualquer que seja o perodo de capitalizao. Poroutrolado,seacapitalizaoforprocessadaatravsdetaxaproporcional (critrio linear), a taxa de juros calculada ao final do perodo (taxa efetiva) ser maior que a taxa contratada. Veja a seguir: Exemplo: Uma Sociedade Ltda est pleiteando um financiamento de dois milhes de unidadesmonetrias,comumataxadejuroscontratadade120%aoano,coma capitalizaosemestral(taxaproporcionalnotequeataxacontratadadiferente do perodo de capitalizao).Qual o montante devido ao final de um ano? 24 Soluo do Problema: a)-Clculo do montante ao final de um ano. Dados para determinao do montante equivalente ao ano (2 semestre): (C) -Valorfinanciado R$ 2.000.000,00 (i) Taxa anual120%proporcional ao semestre 2120= i=60% a.s. (n) perodo- 1 ano - correspondente a2 semestres Devemos ter o cuidado de manter a taxa e o tempona mesma base

) 1 ( inC M+ =

) 60 , 0 1 (200 , 000 . 000 . 2+ = M 00 , 000 . 120 . 5 = M Observeque,seosjurosfossemcapitalizadosanualmente,omontanteseria diferente e, portanto, menor.Veja a seguir: Dados para determinao do montante ao ano: C) -Valorfinanciado R$ 2.000.000,00 (i) Taxa anual120%(n) perodo- 1 ano

) 1 ( inC M+ =

) 20 , 1 1 (100 , 000 . 000 . 2+ = M 00 , 000 . 400 . 4 = MA concluso a que se pode chegar no regime de capitalizao : Se nesse regime de capitalizao o montante maior, ento a taxa efetiva tambm ser. Atravs da expresso abaixo podemos encontrar a taxa efetiva desta operao. 1 1 ||

\|+ =nniief Esta frmulaexpressa o seguinte entendimento: (ief)- Taxa efetiva de juros; (i) - Taxa contratada(n)-nmerodecapitalizaodataxacontratadaemdeterminadoperodode tempo. Observe a aplicao no exemplo anterior: 25 1 1 ||

\|+ =nniief

1220 , 112||

\|+ = ief

. . %. 156 ... ... 56 , 1 a a ou ief = Ataxa efetivautiliza de uma variante a qual se prope a facilitaro entendimento dos clculos. 1 ) 1 ( + =ni iqvariante da frmula( ) [ ] 100 1 1/ + =ntnqtiiq (i q) taxaqueeuquero (i t) taxaqueeutenho (nq / nt) Prazo que queroSOBREprazo que tenho ( ) [ ] 100 1 60 , 0 112/6 + = iq [ ] 100 1 5600 , 2 = iq 100 5600 , 1 = iq % 00 , 156 = iq 1.3.6 Ferramentas deanlise, decises de operaes ativas e passivas Reconhecidaadiferenaentrejurossimplesejuroscompostos,passaremosa identificarasferramentasbsicasesuasaplicaesquantotomadadedeciso nas operaes financeirasativas e passivas e negcios empresariais. Nessesentidopossvelencontrarnaliteraturaumagamaimportantede ferramentas que vai da mais simples a mais complexa para auxiliar uma tomada de deciso.Afimdetornaresseestudomaisatraenteeomaissimplespossvel, trataremosdetrsferramentasbsicasaplicadasanliseeasdecisesde investimentos e financiamentos. As ferramentas mais conhecidas e amplamente empregadas so as seguintes: a)-Mtodo doValor Presente; b)-Mtodo do benefciooucusto uniforme; c)-Mtodo da Taxa Interna de Retorno Outrosmtodosnopossuemrelevncianoprocessodeanlisededecisopor algumas consideraes no levadas em conta, como o caso da gerao de fluxo de caixae o risco das operaes empresariais.Esses mtodos so 26 d)- Mtodo da Taxa de Retorno Mdioe)- Mtodo do Pay-Back MTODO DE VALOR PRESENTE OU VALOR PRESENTE LIQUIDO OMtododovalorpresenteouvaloratualcaracteri za-sepela transfernciaparaoinstantepresentedetodasasvariaesdecai xa esperadasapartirdeumataxadeterminada.Ditodiferentemente,trata-sedetransportarparaadatazerododiagramadefluxodecai xatodosos recebimentos e pagamentos esperados, descontada a taxa de juros. Aocompararduasalternati vasdeinvestimentocomvidasteisiguai s, comousodessemtodo,oquedeterminaramelhoralternati vaser aquelaqueapresentarmaiorvalorpositi vonotempozero,oucasoambas apresentemvalornegati vonotempozero,aquelaqueapresentaromenor valornegati voseramelhor.Existeaindaapossibilidadedeuma alternati vaapresentarvalornegati voeaoutravalorpositi vonotempo zero.Nesse caso, a melhor alternati va ser aquela do val or positi vo. Esse mtodo exi ge desenvol ver clculos sob dois aspectos: 1)-Avaliar alternati vas com vidas teis econmicas i guais; 2)-Avaliar alternati vas com vidas econmicas diferentes. Umexemploclaroquepermiteidentificaressasalternati vas,podeser observado como base nos dados a seguir: Exemplo:Umempresrioestindeci sodiantedetrsmquinascomo mesmodesempenhoeamesmavidatilde10anos,queestosendo ofertadasnomercado.Asalternativasparaseremavaliadassoas seguintes: Valor residual: um valor que surge no final da vida til do investimento. Este ocorre em funo do seu desgaste durante o tempo de uso. a)-oinvestimentoenvol vedespesasanuaisdedezmi lunidades monetriase sem desembolso inicial; b)-oinvestimentoenvol vedespesasanuaisdecincomilunidades monetrias e um desembolso inicial de quinze mi l unidades monetrias; c)-oinvestimentoenvol vedespesasanuaisdequatromilunidades monetrias,desembolsoinicialdevintemilunidadesmonetriaseum valor residual de duas mil unidades monetrias Para anlise e deci so de qual a mel hor alternati va de investimento para oempresrio,considere,naaval iao,umataxamnimadeatrati vidade (TMA) de 10% ao ano., 27 Taxa Mnima de Atratividade: uma taxa de referncias que se encontra no mercado.Como exemplo: SELIC, IGPM etc... Analisando os trs casos, chegaremos aos seguintes resultados Frmula Apli cada- [ ]i ii PMTPVnn + + =) 1 (1 ) 1 ( Elementos componentes da formula: (P) o valor presente (present value) que desejamos encontrar; (PMT)soparcel ascorrespondentesaosdesembolsosdedespesas anuais,queserepetemduranteos10anos.(devemosconsideraros valores como positi vos para efeito da frmula); (n) o perodo de tempo de vida do investimento; (i ) a taxa mdia requerida (exigida) pelo mercado. - Investimentopropostono itema: Demonstrao Grfica do Fl uxo de Cai xa FIGURA- 02: Fluxos de desembolso de Cai xa

Fonte: do Prprio Autor: Maio, 2010 Dados do problema (PMT) = -R$ 10.000,00 (trata-se de um custos) (n)= 10 anos(i ) = 10% (PV) =R$ 0,00(VPL) =Valor desejado... [ ]) () 1 (1 ) 1 (PVi ii PMTVPLnn + + + =

0 1 2 34 5 67 8 9 10 28 [ ]) 00 , 0 (10 , 0 ) 10 , 0 1 (1 ) 10 , 0 1 ( 00 , 000 . 101010 + + + = VPL ) 00 , 0 (2594 , 05937 , 1 00 , 000 . 10 + VPL

57 , 439 . 61 = VPL - Investimentopropostono itemb: Pararesoluodestaalternati va,humtratamentodiferenciado.Pois, nofinalhavernecessidadedesomarovalordoscustosdosfluxosde cai xa descontados, com ovalor presente do investimento. Demonstrao Grfica do Fl uxo de Cai xa FIGURA 03:Fluxos de desembolso de Cai xa Fonte: do Prprio Autor: Maio, 2010 Dados do problema (PMT) =- R$ 5.000,00(trata-se de um custo) (n)= 10 anos(i ) = 10% (PV) =R$ 15.000,000(VPL) =Valor desejado... [ ]) () 1 (1 ) 1 (PVi ii PMTVPLnn + + + = [ ]) 00 , 000 . 15 (10 , 0 ) 10 , 0 1 (1 ) 10 , 0 1 ( 00 , 000 . 51010 + + + = VPL ) 00 , 000 . 15 (2594 , 05937 , 1 00 , 000 . 5 + = VPL ) 00 , 000 . 15 ( ) 78 , 71 . 30 ( + = VPL 785 , 719 . 45 = VPL

0 1 2 34 5 67 8 9 10 29 - Investimentopropostono itemc: Aresoluoparaesteinvestimentorequerdeumclcul osobreovalor residual do investimento, o qual est proposto para o final do dcimo ano,humtratamentodiferenciado.Pois,nofinal,havernecessidadede somarovalordoscustosdosfluxosdecai xadescontados,comovalor presente do investi mento. Demonstrao Grfica do Fl uxo de Cai xa FIGURA- 04:Fluxos de desembolso de Cai xa Fonte: do Prprio Autor: Maio, 2010 Dados do problema (PMT) =- R$ 4.000,00(trata-se de um custos) (n)= 10 anos(i ) = 10% (PV)=R$ 20.000,000 (FV)=R$ 2.000,00(corresponde ao valor residual -Entrada de Caixa) (VPL) =Valor desejado... [ ])]) 1 ([( ) () 1 (1 ) 1 (n nniVFVPFV PVi ii PMTVPL+= + + + + = [ ])]) 10 , 0 1 (00 , 00 . 2[( ) 00 , 000 . 20 (10 , 0 ) 10 , 0 1 (1 ) 10 , 0 1 ( 00 , 000 . 410 1010+= + + + + = VPFV VPL )] 0992 , 771 [( ) 00 , 000 . 20 (2594 , 05937 , 1 00 , 000 . 4= + + = VPFV VPL 0992 , 771 ) 00 , 000 . 20 (2594 , 05937 , 1 00 , 000 . 4+ + = VPL 0992 , 771 ) 00 , 000 . 20 ( 1735 , 575 . 24 + + = VPL 0743 , 804 . 43 = VPL Emprocessodetomadadedeciso,paraaescolhadamelhoralternati va deinvestimentoporumaempresa,tem-seporescolhaaquelaalternati va

0 1 2 34 5 67 8 9 10 30 queapresentarmenorcustoouomenorvalordoinvestimentoaser proposto para a empresa, ou seja: A melhor alternati vavaiser aquelaqueapresentar o menorvalor presente negati vo, o que si gnifica o menor investi mento. Analisemos a situao, nos trs casos, proposto: a)-oinvestimentoenvol vedespesasanuaisdedezmi lunidades monetriase sem desembolso inicial; VPLdo investimento igual a 57 , 439 . 61 = VPL b)-oinvestimentoenvol vedespesasanuaisdecincomilunidades monetrias e um desembolso inicial de quinze mi l unidades monetrias; VPLdo investimento igual a 785 , 719 . 45 = VPL c)-oinvestimentoenvol vedespesasanuaisdequatromilunidades monetrias,desembolsoinicialdevintemilunidadesmonetriaseum valor residual de duas mil unidades monetrias VPLdo investimento igual a0743 , 804 . 43 = VPL Logo,aoanalisarastrspropostas,amelhorseraquelaqueapresentar menorcusto,oumenorvaloraserdesembolsadopeloinvestimento.A Proposta C, a melhor proposta. MTODO DO BENEFICIO UNIFORMEOUCUSTO UNIFORME Estemtodocaracteri za-sepelatransformaodetodososvalores presentes, anuais, mensais, e futuros em valores numa serie uniforme. Este mtodo transforma todos os dados do fluxo numa sri e uniforme que, seforpositiva,seuresultadoserdecididoporaquelequeapresentara maiorsriepositi va(maiorrentabi lidade)emcasonegati voseramenor srie negati va (menor custo) a escolhida. Para melhor compreenso deste mtodo. Vejamos o seguinte exemplo. Exemplo: Uma Soci edade Empresria, do ramo da indstri a esta analisando dois proj etos os quai s esto sendo propostos por fornecedores distintos, j com uma linha de financiamento garantida, para aquisio de um maquinrio, o qual ir proporcionar um aumentodeprodutividade com reduo de custos.Considere uma TMA de 10% ao ano. Por qual das propostas voc decidiria e por qu? 31 MQUINA FORNECEDORAPROPOSTA Investimento Ini cialR$ 8.000,00 Vida ti l do bem12 anos Custo de Produo R$ 5.000,00/ano Custo de Manuteno R$ 1.000,00/ano MQUINA FORNECEDORBPROPOSTA Investimento Ini cialR$ 12.000,00 Vida ti l do bem12 anos Custo de Produo R$ 5.000,00/ano Custo de Manuteno R$800,00/ano Ogrficodosfluxosdecai xa,auxil iamemmuitosnoprocessodeanl ise etomadadedeciso.Vejaporque,setornafcilacompreensopara calculo e anal ise de um investimento. Demonstrao Grfica do Fl uxo de Cai xa FIGURA 05:Fluxos da propostaA

Fonte: do Prprio Autor: Maio, 2010 FIGURA- 06:Fluxos da propostaB

Fonte: do Prprio Autor: Maio, 2010 Observequenosduaspropostas,ovalordoscustos(Produoe Manuteno)anual,oquenoexi geanecessidadedetransformao numa serie uniforme de desembolso. Naprimeiraproposta,somamososcustosparatorn-laumasriede fluxosdecai xaanuais.Apartirdesteinstante,podemoslevarovalordo investimentoetransform-lonumasrie.Anicadiferena,que devemoscal cularovalordasrieouainda,chamadadeparcelas uniforme, prestaes ou pagamentos e desembolso de caixa.

0 1 2 34 56 7 89101112 8.000, (Custo Produo + Custo Manuteno =R$6.000,00 ) 0 12 3 45 6789101112 12.000, (Custo Produo + Custo Manuteno =R$ 5.800,00 ) 32 Apartirdaformuladovalorpresenteli quido,desenvol vemosaformula para calcular o valor da parcelas denominadas tambm de (PMT). Veja a segui r [ ]i ii PMTPVnn + + =) 1 (1 ) 1 ( Transformando para achar o valor das parcelas 1 ) 1 () 1 ( + + =nnii i PVPMT Clculo e Anlise da Proposta do FornecedorA Dados do problema (FCj) =- R$ 6.000,00(trata-se de um custo anual) (n)= 12 anos(i ) = 10% (PV)=R$ 8.000,000 (trata-se do desembolso inicial de cai xa) (PMT)=Valor desejado...(qual o custo Total/ano do projeto) 1 ) 10 , 0 1 (10 , 0 ) 10 , 0 1 ( 00 , 000 . 81212 + + = PMT

1384 , 23138 , 0 00 , 000 . 8 = PMT9618 , 173 . 1 = PMT Observequeovalordodesembolsoinicialseradicionadoaovalordoscustos anuais para se conhecer o total das parcelas anuais desembolsveis. Caixa de anuais CFj VPL PMT . . . + =) 00 , 000 . 6 ( 9618 , 173 . 1 + = PMT9618 , 173 . 7 = PMT..... Clculo e Anlise da Proposta do FornecedorB Dados do problema (FCj) =- R$ 5.800,00(trata-se de um custo anual) (n)= 12 anos(i ) = 10% (PV)=R$ 12.000,000 (trata-se do desembolso inicial de cai xa) (PMT)=Valor desejado...(qual o custo Total/ano do projeto) 1 ) 10 , 0 1 (10 , 0 ) 10 , 0 1 ( 00 , 000 . 121212 + + = PMT

1384 , 23138 , 0 00 , 000 . 12 = PMT1832 , 761 . 1 = PMT Devemos utilizar o mesmo procedimento para o clculo da parcela total, efetuado na proposta do fornecedor A. Caixa de anuais CFj VPL PMT . . . + =) 00 , 800 . 5 ( 1832 , 731 . 1 + = PMT1832 , 561 . 7 = PMT 33 A anlise das propostas nos leva a tomar a seguinte deciso> ConsiderandoqueapropostadofornecedorAtemumcustoouvalor desembolsvelmenorqueapropostadofornecedorB,aescolhada melhoralternati vadeinvestimentoparaaempresaseraquelaque apresentarmenorcustoouomenorvalordoinvestimentoaserfeito,ou seja: Analisemos a situao das duas propostas: a)-) 00 , 000 . 6 ( 9618 , 173 . 1 + = PMT9618 , 173 . 7 = PMT b)- ) 00 , 800 . 5 ( 1832 , 731 . 1 + = PMT1832 , 561 . 7 = PMT Logo, ao analisar as duas propostas, a melhor ser aquela que apresentar menorcusto,oumenorvaloraserdesembolsadopeloinvestimento.A Proposta A, a melhor proposta, MTODO DA TAXA INTERNA DE RETORNO.A utili zao dessemtodo propor uma taxainterna de retorno (TIR), em queprocurai gualarovalorpresentedasentradasdecai xa,aovalor presentedassadasdecaixaoudesembolsos.Oquesi gnificadizerquea taxainternaderetornoaquelaquetornanuloovalorpresentelquido do projeto ou proposta de investimento. ATIRdeveser comparadaco:a TaxaMdia de Atratividadeou Taxa Mnima de Atratividade - TMA, ou ainda com o Custo Mdio Ponderado do Capital CMPC. FrmulaparadeterminaodaTIR Io VP VPL =..... onde .... ( )+=nTIRCFjVP1 Logo podemos dizer que o( )+= IoTIRCFjVPLn1 Elementos componentes da frmula: (CFj) Fluxos de Cai xa Lquido Esperados para o projeto; (CFj, CFj, CFj, CFJ,.......CFJ.)Fluxos de Cai xa Lquido para cada perodo; 34 (Io)Investimento Inicial para o Projeto (n) o perodo de tempo de vida do Projeto ou investimento; (TIR) a taxa Interna de Retorno do Projeto;. Um procedimento comum que deve ser utilizado, quando houver alguma dificuldade, paradeterminaodaTIR,determinaratravsdomtododainterpolaode taxas,a taxa a ser encontrada. A interpolao de taxas no mundo das finanas consideradacomo um divisor de guas no mundo dos negcios. Vamos compreender melhor o que vem a ser interpolaode taxas.

INTERPOLAO LINEARumaestratgiadeclculoquepermitedeterminar, por aproximao, um valor desconhecido que se encontra entre dois valores dados. s vezes as tabelas financeiras no fornecem o valor exato necessrio para efetuar osclculosquenosestosendosolicitadosaqueentraomtodode interpolao linear. Atravsdele,contornamosessadificuldade,obtendo,medianteumaproporo simples,ovalordesconhecidoatravsdeoutrosvaloresprximos,presentesna tabela. Vejamos como se faz isto atravs de alguns exerccios de aplicao prtica Exemplo:SefssemosCalcularomontantedeumcapitaligualaR$200.000,00 aplicado a uma taxa de 14% a.a., com capitalizao trimestral, durante 1 ano. Como determinar esse montante Resoluo: Observe que a capitalizao TRIMESTRAL. Logo, o prazo deve ser expresso em trimestres, e a taxa anual deve ser convertida para a taxa trimestral. Dados do Problema (C) = 200.000 (n) = 1 ano = 4 trimestres => n = 4 (i) = 14% a.a. (taxa nominal) convertendo a taxa trimestralencontramos i = 3,5% a.t. (taxa proporcional) Aotrabalharmoscomumatabelafinanceira,parasabermosqualofatorde capitalizaodecapitaldeveseraplicadoaocapital,paradeterminaromontante, 35 simplesmente no encontraremos, isto porque no existea tabela que corresponda taxa proporcional determinada, ou seja, no tem o i= 3,5%. E o que fazer? Pensebem,voctemosfatoresdeacumulaodecapitalpara3%epara4%na tabela.Logo,paraencontrarofatordeacumulaode3,5%,deve-secalculara mdia aritmtica simples desses dois fatores. Parece esquisito, mas voc est efetuando uma INTERPOLAO LINEAR. Estamos supondo que, uma vez que a taxa de 3,5% equidistante aos valores 3% e 4%,oseufatordeacumulaodevesertambmequidistanteaosfatoresde acumulaodetaxasde3%e4%,ouseja,deveseramdiaaritmticadesses fatores. ...... Consideramos ento que: 2% 4 % 3% 5 , 3a aa+= Onde: a3,5% = fator de acum. de capital para n = 4 ei = 3,5% a3% = fator de acum. de capital para n = 4 ei = 3% a4%=fator de acum. de capital paran = 4 ei = 4% Vejamosagoracomoficaainterpolaoquandoataxafornecidanomais nmerodotipo inteiro mais meio (1,5%; 2,5%; 3,5% etc.) Exemplo:Umafinanceirarecebeuumapropostadefinanciamentodeumbemno valordeR$1.000,00,cobrandooprincipalemaisjurosde3,6%a.a.compostos semestralmente. Quanto a financeira deve receber no final de 4 anos? Dados do Problema Observe que a capitalizao semestral (C) = 1.000 (TIR)=3,6%a.a.(taxanominal)=>i=1,8%a.s.=0,018a.s.(taxaproporcional semestral) (n) = 4 anos = 8 semestres => n = 8 Resoluo:ni VP FV ) 1 ( + = Logo 8) 018 , 0 1 ( 00 , 000 . 1 + = FV 4060 , 153 . 1 = FV 36 OFatordecapitalizaocontidonaexpressomatemticadomontante ni ) 1 ( +aqualestarrepresentadapelosvalorescorrespondentesa8) 018 , 0 1 ( +e que tem como fator de capitalizao o fator igual a ) 1534 , 1 ( que corresponde taxa de 1,8 a.s. durante 8 perodos semestrais. Veja que no encontramos na tabela financeira o ndice 1,8 % a.s. Da a razo de se trabalhar com a interpolao linear. Vamospegardatabelaastaxasqueseencontramimediatamenteaseguire imediatamente acima da taxa de 1,8% (1% e 2% respectivamente). Comos fatoresdessastaxasparan=8, montamososeguinteesquema,baseado noTeorema de Tales, que voc deve ter aprendido na 8a srie, onde,diz que um feixe de retas ao cortar duas transversais produz segmentos proporcionais. ...... Decorredissoque,sedividirmos,emcadaretatransversal,osegmentosuperior pelo segmento todo, deveremos obter o mesmo resultado. Podemos, ento, escrever a seguinte igualdade: 088802 , 0082857 , 118 , 0 =x Multiplicando em cruz, obtemos: 088802 , 0 8 , 0 082857 , 1 = x Resolvendo, encontramos que: 0710 , 0 082857 , 1 = x 082857 , 1 0710 , 0 + = x 1538986 , 1 = x Logoomontante ser igual a: ) 1538986 , 1 ( 00 , 000 . 1 = FV 8986 , 153 . 1 = FV Outroexemploaserestudadosobreainterpolaoquandovocadquireum investimentoquelherendeumcertovaloraumdeterminadocustoporcerto 37 perodo, e, no final desse perodo, voc resolve vender esse bem.Veja o exemplo a seguir. Uma empresria est analisando uma proposta de compra de um prdio com varias salas de escritrios com a finalidade de obter receitas com os aluguis . OvalordoimveldeR$8.000.000,00.Estima-seque,duranteumperodode10anos,arendaprovenientedosaluguisdassalasatingirummontantedeR$ 1.280.000,00 por ano, e as despesas com impostos, manuteno etc. atingiroR$ 410.000,00 por ano. Estima-sequeaofinaldos10anosoprdiodeverservendidoporR$ 5.800.000,00. Qual a taxa interna de retorno do negcio? Como resolver o problema, se voc no possui nenhuma taxa como referncia? .... O primeiro passo reconhecer que h necessidade de arbitrar uma taxa qualquer a fim de trazer os valores para o tempo presente. Naverdade,noprecisamostrazerosaluguisedepoisoscustosparaovalor presente. Basta diminuirmos um do outro, pois ambos esto calculados ao ano e no mesmo perodo de tempo.Observe o grfico de fluxo de caixa. Demonstrao Grfica do Fl uxo de Cai xa FIGURA- 07: Fluxos de Sadas e Entradas de Cai xa Fonte: do Prprio Autor: Maio, 2010 Parasoluodoproblema,vamosarbitrarduastaxas,paraobtermosaTIR esperada, que ir igualar os valores de Entrada e Sada com VPL = Zero. Primeira Taxaigual 8% [ ])]) 1 ([( ) () 1 (1 ) 1 (n nniVFVPFV PVi ii PMTVPL+= + + + + = 5,8 milhes 01 2 345678 910 (Renda- (Custos +despesas)=R$ + 870.000,00 ) 8 milhes 38 [ ])]) 08 , 0 1 (00 , 000 . 800 . 5[( ) 00 , 000 . 000 . 8 (08 , 0 ) 08 , 0 1 (1 ) 08 , 0 1 ( 00 , 000 . 87010 1010+= + + + + = VPFV VPL )]1589 , 200 , 000 . 800 . 5[( ) 00 , 000 . 000 . 8 (1727 , 01589 , 1 00 , 000 . 870= + += VPFV VPL337 , 553 . 686 . 2 ) 00 , 000 . 000 . 8 ( 124 , 118 . 838 . 5 + + = VPL 461 , 671 . 524 = VPL Segunda Taxaigual12% [ ])]) 12 , 0 1 (00 , 000 . 800 . 5[( ) 00 , 000 . 000 . 8 (12 , 0 ) 12 , 0 1 (1 ) 12 , 0 1 ( 00 , 000 . 87010 1010+= + + + + = VPFV VPL)]1058 , 300 , 000 . 800 . 5[( ) 00 , 000 . 000 . 8 (3727 , 01058 , 2 00 , 000 . 870= + += VPFV VPL759 , 473 . 867 . 1 ) 00 , 000 . 000 . 8 ( 044 , 605 . 915 . 4 + + = VPL197 , 921 . 216 . 1 = VPL ...... DeterminadoovalorpositivoenegativoquetornaaVPLigualazero,podemos ento descobrir a TIRda questo. Comastaxasdeterminadas,podemoselaborarogrficoparacompreendermos entoa interpolao linear. Taxa = 8% oVPL iguala R$ +524.671,46 Taxa = 12% oVPL iguala R$ -1.216.921,19 Observe o comportamento dastaxas no grfico. FIGURA- 08: Grfico da Interpolao de Taxas Fonte: do Prprio Autor: Maio, 2010 VP

+524.671,46 TIR iI 8% 12% - 1.216.921,19 39 No grfico encontramos a seguinte igualdade: 46 , 671 . 524819 , 921 . 216 . 112 = i i ) 12 ( 46 , 671 . 524 ) 8 ( 19 , 921 . 216 . 1 i i = i i 46 , 671 . 524 52 , 057 . 296 . 6 52 , 369 . 735 . 9 19 , 921 . 216 . 1 = 52 , 057 . 296 . 6 52 , 369 . 735 . 9 46 , 671 . 524 19 , 921 . 216 . 1 + = + i i 04 , 427 . 031 . 16 65 , 592 . 741 . 1 = i .% 2049 , 965 , 592 . 741 . 104 , 427 . 031 . 16= ==> = i i

TaxaInterna de Retorno desejada iguala 9,2049 % Outro mtodo aplicado interpolao de taxas o mtodo da tentativa e erro. Em que consiste esse mtodo.Veja o exemplo a seguir: A Companhia ABC est avaliando dois projetos de seus concorrentes: Projeto C e Projeto L.Os projetos proporcionaro, anualmente,os seguintesfluxos de caixa lquidosapsoimpostoderenda.Seataxadedescontobaseadona(TMA)dos projetos for de 10% e o investimento inicialR$ 1.000,00, voc recomendaria qual dos dois projetos? PROJETO-CPROPOSTA Investimento Ini cialR$ 1.000,00 Vida ti l do proj eto 3 anos Fluxos Lquido de Cai xa R$ 500,00/400,00/300,00 ano PROJETO-L PROPOSTA Investimento Ini cialR$ 1.000,00 Vida ti l do proj eto 3 anos Fluxos Lquido de Cai xa R$ 100,00/300,00/400,00 ano Anlise doProjetoC Demonstrao Grfica do Fluxo de Cai xa FIGURA 09:Fluxos da projeto C

Fonte: do Prprio Autor: Maio, 2010 0 12 3

500,400,300, 1.000, 40 (Quadro 1: - Demonstrativo do VPL a Taxa estimada de10% ao ano.) Ano InvestimentoInicialdo ProjetoC Fluxos de CaixaFJVP 10% VPFluxosde Caixa Lquido 01.000,00 ( 1.000,00 )- ( 1.000,00) 1-500,00-454,54 2-400,00-330,57 3-300,00-225,39 VALORPRESENTELIQUIDO(10,50 ) Fonte: do Prprio Autor: Maio, 2010 Anlise doProjetoL Demonstrao Grfica do Fluxo de Cai xa FIGURA 10:Fluxos da projeto L

Fonte: do Prprio Autor: Maio, 2010 (Quadro 2: - Demonstrativo do VPL a Taxa estimada de15% ao ano.)Ano InvestimentoInicialdo ProjetoC Fluxos de CaixaFJVP 15% VPFluxosde Caixa Liquido 01.000,00 ( 1.000,00 )- ( 1.000,00) 1-100,00- 86,95 2-300,00- 226,84 3-400,00- 263,00 VALORPRESENTELIQUIDO( 432,21 ) Fonte: do Prprio Autor: Maio, 2010 ResultadosdeterminadoscomaplicaodafrmuladoVPL,paraastaxas arbitradasouestimadas. Taxas VPL 10% - 10,50 TIR0 15% - 432,21 Comastaxasdefinidas,promovemosentoainterpolao.Nestesentido, subtramos a primeira taxa da TIR e dividimos pela diferena entre a primeira taxa e asegunda.Repetimosaoperaonooutroladodaequao.Vejaabaixoa 0 12 3

100,300,400, 1.000, 41 operao.

% 15 % 10 % 10 = TIR

% 15% 10% 15 % 10% 10VPLVPL TIR=

0237 , 0) 71 , 442 () 50 , 10 () 21 , 432 ( ) 50 , 10 (0 ) 50 , 10 (==>= 0237 , 0% 15 % 10% 10= TIR

0237 , 0% 5% 10= TIR ) 5 ( 0237 , 0 % 10 = TIR 11850 , 0 % 10 = TIR

TIR = 11850 , 0 % 10

8815 , 9 = TIR RESUMINDO Estaunidadeprocuroureverosprincpiosdamatemticafinanceira,criando situaesprticasparausodasprincipaisferramentas(mtodos)paraauxiliarna tomadadedecisodevriosprojetosdeinvestimentosepodendoseraplicados tambm em projetos de financiamentos.O emprego dessa ferramenta pode ajudar aos gestores empresariais na tomada de deciso de um projeto. O principio dos investimentos, que especifica que as empresas invistam apenas em projetosqueofereamumretornoquesuperea taxamediados financiamentos, e que apresente o menor custo. EXERCCIOSPROPOSTOS AMatemticaFi nanceirauminstrumentoimportanteparaa determinaodevaloresparaatomadadedeciso.Combasenas abordagens feitas, responda e analise os questionamentos abaixo: 42 1)Aodeterminarosjuroscompostosdeinvestimento,qual ataxa trimestral equi valente a 15% ao ano? 2)Umprojetodeinvestimentoembensdecapitaldeumaempresaapresentaos seguintes dados: Investimento InicialR$ 12.000,00 Valor residual aps 25 anosR$ 5.000,00 Receita AnualR$ 4.000,00 Despesas AnualR$ 2.000,00 EncontreataxainternaderetornodoprojetoecomparecomaTMAdomercado que de 15%a.a. Responda se vantajoso para o empresrio investir nesse projeto

3) Uma indstria de peas automotivas est avaliando um projeto para otimizar seu processo de produo;Para que isso acontea, o emprego de uma nova mquina seriaideal.Noentanto,eletemduasalternativassendopropostapelogerentede produo.Aps analise, responda qual a melhor proposta? PROPOSTAS DE ALTERNATIVAS Mquina AMquina B InvestimentoInicialR$10.000,00R$ 15.000,00 Custo anual R$ 2.500,00R$ 3.000,00 Valor residualnulo R$ 4.000,00 Vida til10 anos10 anos TMA 10% ao ano 4) A general Motors do Brasil S A est analisando dois tipos de motores para uma novalinhade automvelquevaiserlanadano finaldoanode2010.O motorA requeruminvestimentoinicialdeR$20.00,00eapresentaumcustoanualdeR$ 6.000,00.O Motor B requer um investimento inicial de R$ 30.000,00 e apresenta um custo anual de R$ 4.000,00.Considerando que a vida til de ambos os motores de10anoscada,equeaTMAdemercadode10%aoano,qualomelhor motor para que a GM do Brasil decida pelo investimento? SAIBA MAIS A MATEMTICA FINANCEIRA (TAHAN, 1984) Napocaemqueocomrciocomeavaachegaraoauge,umadasatividades do mercador foi tambm a do comrcio de dinheiro: como o ouro e a prata. Nos diversos pases eram cunhadas moedas de ouro e prata. Comaexpansodasformasdecomrcio,assimcomoduranteasguerrasde conquistasdeterritrios,asmoedasdospaseseramtrocadas,maso 43 pagamentospodi aserefetuadocomdinheirodopasespecfi co.Logo,dentro dasfronteirasdecadapas,asmoedasestrangeiraseramtrocadaspordinheiro deste pas. Oscomerciantesealgumaspessoasquepossurammuitodinheiroeque viajavamaoexteri orprecisavamdedinhei rodeoutrospases,quecompravam comamoedanacional.Ostemposforampassandoealgunscomerciantes ficam conhecendo muito bem as moedas estrangeirase passaram a acumul -las em grandesquantidades.Desta forma, dedicaram-se exclusivamente ao cmbio de dinheiro, i sto , a comerciali zar dinheiro. Havi aadivisodetrabal hodentrodocampodocomrcio:paralel amenteaos comerciantesqueseocupavamcomatrocadeartigoscomuns,surgiramos cambistas,isto,comerciantesdedicadosaointercmbi odeumamercadoria especfica: o dinheiro. Num espao de tempo relativamente curto, acumul aram-se fantsticas somas de dinheironasmosdoscambistas.Comotempo,foramseocupandodeuma nova atividade: guardar e emprestar dinhei ro. Naquelapoca,edevidoadefici enteorgani zaodasi nstituiesresponsveis pelaseguranasocialdoindividuo,noerarecomendvelquetivesseemsua casa muitas moedas de outro e prata. Estaspessoasentregavamseudinheiroacustdiadocambi starico,queo guardavaedevolviaaodonoquandoel epedisse,imaginemosumcambista qual quer que tenha acumulado, desta forma, em seus cofres, imensa quantidade de dinheiro. Eranaturalqueaseguinteideiaocorresse:Porqueestasgrandessomasde dinheirohaverodepermaneceremmeupodersemqual querl ucroparamim?-AientosepercebequeapalavraLucroestadiretamenteinterl igadacomo conceitodefi nanas-poucoprovvelquetodososproprietrios,aomesmo tempo e num mesmo dia, exi jam a devoluo imediata de todo seu dinheiro. Emprestareipartedestedinheiroaquempedir,sobacondiodequeseja devolvidonumprazodeterminado.Ecomomeudevedorempregarodinheiro comoquiserduranteesteprazo,naturalqueeuobtenhaal gumavantagem.Porisso,almdodi nheiroemprestadodeverentregar-me,novencimentodo prazo estipulado, uma soma adicional. Vimosque,nestepensamentodomercador,aidei adelucrojaparece fortemente. Assimtiveramincioasoperaescreditcias.Aquelesque,poralgumarazo,encontravam-sesemdi nheirocomerci antes,senhoresfeudais,enoraras vezesoprpri oreiouoerrionacional -recorriamaocambistaquel hes emprestava grandes somas de dinheiro a j uros razoveis. Ojuroerapagopel ousufrutododinheirorecebi doou,maispropriamenteeraa compensaopel otemordequemdavadinheiroemprestadoeassimse expunha a um grande risco. Entretanto,estesjurosalcanaram,emalgunscasos,quanti asincrvei s:na antigaRomaousuriosexigiamde50a100porcento(50%a100%)ena 44 IdadeMdia,decemaduzentosporcento(100%a200%),asvezesmai s,em relao direta com a necessidade do sol ici tante ou do montante da soma. Estesjurosforamchamadoscomtodajustiadeusura,eosquefazi amjus aestesjuroseramconsideradoscomousurrio,emqueodinheirorecebido emprestadoerachamadodecapitalusurrioeocredor,deusureiro.O cambistaexerci asuaprofissosentadanumbancodemadeiraemalgumlugar domercado.Daaorigemdapal avraBanqueiroeBanco.Osprimeiros bancos de verdade da Histri a foram criados pelos sacerdotes. Nummundoantigo,entreosegpci os,babi lniosemaistardeentreosgregose romanos,estavaamplamentedifundidoocostumesegundooqualoscidados mais abastados devi am confiar a custdia de seu outro aos sacerdotes. Aigrej acristnosdeucontinuidadetradiodasoperaescreditciasdos antigossacerdotes,queseconsideravampagos,masdesenvolveu-seem grande escala. AigrejaCatl icacriouoBancodoEspri toSanto,corriaumfabulosocapital ini cial.Seuverdadei ropropsitoeratornarmaisexpeditaaexao,aosfiis, doschamadosdenriosdeSoPedrodestinadosasatisfazerasfrugal idades do Papa e para faci l itar o pagamento de dzimos e indulgnci a, assim como para areali zaodetransaesrelaci onadascomosemprstimos,emoutras palavras, com a usura. Aomesmotempolanouumantemaecondenouasmasmorrasdainquisio aoscidadosqueemprestavamdinheiroaj uros,mesmoqueestejurofosse menor do que aquele que el a exigia por seu dinheiro. Ai grejaproi bi aaseusfiisquecobrassemjurosporseudi nheiro,invocando comoautoridadeaSagradaEscritura,ondeselAmai,poisavossosinimigos sefazeiobem,eemprestei,nadaesperandodisso(SoLucas,6,35).Na reali dade,estaproi bioeramotivadaporuminteresseeconmicomuito mundano:aigrej aambici onavaassegurarparasiomonopli oabsolutona exao de juros. Apesardasmal dieseameaascomofogoeterno,aigrejanopodecontera avidezporganhoselucrosdaspessoas,tendomaisqueoprprio desenvolvimento do comrcio, exigia a cri ao de uma ampla rede bancria. Asi niciadorasdestaativi dadeforamasci dades-estadodaItl i a,quetinhamum vastocomrci o,cuj oraiodeaoseestendi aaosmaisdistantesconfi nsdo mundo conhecido. Oprimeiro banco pri vado foi fundado pelo duque Vital i em 1157, em Veneza. Apsestes,nossculosXIII,XIVeXV,todaumaredebancriafoicriada.A igrej a no tece alternativa seno aceitar a reali dade dos fatos. Assimosbancosforamumdosgrandespropulsoresprticosparaoavanoda MatemticaComerci aleFinanceiraedaEconomia,duranteossculosXat XV.Poissemessamotivaoparaoaprimoramentodosclculos,talvez,essa rea de matemtica no estivesse to avanada atualmente, 45 DICAS DE FILMES Voc deseja conhecer melhor sobre o surgimento dos juros nos mercados. Assista o filme: O mercador de Veneza 46 UNIDADE 2 ESTRUTURA E ANLISE DAS DEMONSTRAES FINANCEIRAS Objetivos Examinar os modelos econmicos e contbeis da empresa; Mostrarcomoasinformaesfinanceiraspodemserteisparaquemtomaasdecisesfinanceirasquandousadas com cuidado; EntenderaformadeconstruodosIndicadores Financeiros; Utilizarosindicadoresfinanceirosparaanalisaro desempenho da empresa. 47 Resumo da unidade 2 Nasegundaunidade,trataremosdaimportnciadasDemonstraesFinanceiras, suaEstrutura;damontagemeregrasprevistasnalegislaoatual.Seroainda apresentadasasquestesrelacionadasAnlisedasDemonstraesFinanceiras, comautilizaodequadrosbuscandocondensarasinformaese,atravsdelas, demonstrar os ndices de forma que a interpretao fique clara. A unidade est estruturada em uma srie de tpicos, os quais iro proporcionar uma melhor compreenso do contedo. Ostpicossugeridosparaestudoso:IntroduoaAnlisedasDemonstraes Financeiras;AEstruturadasDemonstraesContbeis,Introduoaosndicese Anlise de Balanos, Clculos dos Indicadores Financeiros e Anlise Financeira das Demonstraes Contbeis 2.1 Demonstraes Financeiras Bsicas Evoluo Histrica das Demonstraes Financeiras A Anlise de Balano surgiu e desenvolve-se dentro do sistema bancrio que foi at oseuprincipalusurio.Seuincioremontaaofinaldosculopassado,quandoos banqueirosamericanospassaramasolicitarBalanossempresastomadorasde emprstimos. Em09defevereirode1895,oConselhoexecutivodaAssociaodosBancosde NovaYorkaceitoueformalizouainiciativadesolicitaodebalanosaessas empresas tomadoras de crdito, divulgando em 1900, um formulrio de proposta de crdito o qual conteria um espao reservado ao Balano Patrimonial das empresas. Em1915,aanlisedebalanopraticamentesetornaobrigatrianosEUA,ondeo Federal Reserve Board (Banco Central dos EUA) determinava que s poderiam ser negociadosttulosdeempresasquetivessemapresentadoseubalanoaobanco. Posteriormente,AlexandreWall,consideradoopaidaAnlisedeBalanos, apresentouem1919, um modelo de anlise,atravsdendices, demonstrando em frmulasmatemticas,padresderefernciasqueauxiliavamnasavaliaesdas empresas. Nadcadade30,surgiudentrodaempresaDuPontummodelodeanliseda rentabilidadequecompreendiaataxadamargemdelucroegirodosnegcios, tambm chamado de ROI (Retorno sobre o Investimento), e 1968 iniciou a prtica de Anlise de Balano, com a criao do Serasa, que passou a operar como central de anlise de bancos comerciais. Assim,ahistriadaAnlisedeBalano,nosdiasatuais,transcendeoBalano Patrimonialealcanaumnmeromaiordedemonstraeserelatrios,internose externos,razopelaqualaexpressomaisutilizadasejaAnlisedas DemonstraesFinanceiras,AnlisedasDemonstraesContbeis,Anlise Econmico-Financeira ou, ainda, Anlise Empresarial. 48 O papel da Anlise de Balano A anlise de Balano ou Financeira uma tcnica privativa do Profissional Contbil, quevisaproporcionaraousuriodosdemonstrativoscontbeis,informaes referentessituaoeconmica(resultadoauferido)efinanceira(capacidadede pagamento ou solvncia) das empresas para a Tomada de Deciso; Aanlisecompreendeaindadoisaspectos:oEsttico,queevidenciaasituao numdeterminadomomentoeoDinmico,queevidenciaavariaoocorridaentre vrios momentos. EsseprocessosedatravsdacapacidadedetransformarDADOS(nmerosou descries isolados) em INFORMAO (representao de dados que pode produzir uma reao ou deciso), informao essa compreensvel para o usurio. FIGURA 11:Processo da InformaoparaAnlise Fonte: Do prprio autor: Maiode2010 Assim, o analista preocupa-se com as demonstraes financeiras que, por sua vez, precisamsertransformadaseminformaesquepermitamconcluirseaempresa mereceounocrdito,setemcondiesdepagarsuasdividas,selucrativa,se vemsendobemadministrada,sevemevoluindo,seeficienteouseter continuidade. O grau de excelncia da anlise dado exatamente pela qualidade e extenso das informaes que conseguir gerar. O Perfil do Analista Faz-senecessrioaoanalistaoconhecimentotcnicodecontabilidade, consubstanciado atravs de sua experincia profissional, alm do conhecimento de elementosbsicosparaaconstruodainformao.Independentedosobjetivos queanliseestejasubordinada, oanalistadeverrealizarseutrabalhocomzelo, objetividade,independnciaeprudncia.Notrabalhodeanlise,oanalistadever planejarseutrabalhocombasenosobjetivoseorientaespropostos,evitando consumo desnecessrio de tempo. Processo Tcnica Contbil de Anlise Fatos ou Eventos Econmicos Financeiros Demonstraes Financeiras Informaespara Tomadade Deciso 49 Oanalistadevetambmmanterumaposturaproativa,ouseja,nodevebuscar pontospositivosounegativos,mas,sim,osreflexosdoseventossobreo comportamento dos elementos patrimoniais. O seu relatrio deve conter informaes objetivas e descomplicadas como a situao financeira e econmica, pontos fortes e fracos, quadro evolutivo, desempenho, tendncias e perspectivas. Campo de Atuao do Analista Financeiro OProfissional,AnalistadasDemonstraesContbeis,podeatuarnasmais diversasreas,poisaanlisedasdemonstraescontbeisinteressaadiversos usurioscomoinvestidores(visodosnegcios),empresrios(noapoiogesto), economistas (projeo de cenrios), nos trabalhos de consultoria, auditoria e percia (como assistente especializado). No basta saber identificar as Demonstraes Contbeis se no tiver um mnimo de conhecimentosobreaanlisedebalanos,comomaisconhecidaaAnlisedas Demonstraes Financeiras ou Demonstraes Contbeis. Tipos de Demonstraes Contbeis Todas as Demonstraes Contbeis so suscetveis de anlise e so as seguintes: a)Balano Patrimonial; b)Demonstrao do Resultado do Exerccio; c)Demonstrao dos Lucros ou Prejuzos Acumulados, tambm denominados de Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido; d)Demonstrao de Fluxo de Caixa Tipos de Anlises das Demonstraes Financeiras AAnlisedasDemonstraesFinanceiraspoderserapresentadaemduasmodalidades: Anlise Interna tcnica que possibilita uma anlise com maior profundidade, pois realizadodentrodaempresa,oquepossibilitaummaioracessoaosdadose melhor conhecimento do ambiente organizacional, bem como uma melhor avaliao dos elementos patrimoniais. Este tipo de anlise possibilita a gerao de um grande nmerodeinformaosobreaempresa,geralmentemuitoutilizadapela Controladoria e Auditoria Interna. AnliseExternatcnicadeanlisesemmuitaprofundidade,poislimitadano queserefereaoacessodedados,geralmenterealizadaparalevantamentode informaes, pesquisas acadmicas, auditoria externa e percia. OAnalistatememmossomenteasdemonstraesfinanceiraspublicadasnos jornais,disponibilizadasnainternetnossitesdascompanhiasetambmas disponibilizadas na Bovespa e na Comisso de Valores Mobilirios (CVM), alm de algunsesclarecimentosadicionais,constantesnosrelatriospormeiodasnotas explicativas que acompanhamas demonstraes financeiras. 50 (Quadro 3: - Informaes Comparativa da Anlise Interna e Externa) Fonte: Do Autor: Maio de 2.010 Tcnicas de Anlise das Demonstraes Financeiras Astcnicasmaisconhecidasdeanlisedebalanoso:AnliseHorizontal, Anlisevertical(utilizadafundamentalmenteaoestudodetendncias),Anlisede CapitaldeGiro(avaliaacapacidadedeinvestimentosefinanciamentodoCCL), Anlise de Rentabilidade (determina a taxa de rentabilidade da empresa e fatores de variao)eaAnliseProspectiva(analisando-seopassado,sepoderinterferir futuro)eAnlisedosndicesouquocientes(forneceumaavaliaogenrica sobre diferentes aspectos da empresa), sendo estes ltimos melhores para analisar a sade financeira das empresas. Paraumamelhor,maisseguraeeficienteinterpretaodosdadoscontidosnos relatrios contbeis, Balano Patrimonial e Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE),necessrioprocederareclassificaodealgunsitenscontidosnos demonstrativosaseremexaminados.Aexemplotemosocasodasduplicatas descontadas,dasdespesaspagasantecipadamente.Outrositenscomoestoques obsoletos que devem ser reclassificados como despesas Assim,pode-seconcluirqueAnlisedasDemonstraesContbeisimportante porqueobjetivaconfrontaroselementosdoPatrimnioeestudarosefeitos provocadospelosfatosocorridos,registrando-osatravsdaobservaodesua composioquantitativaequalitativa,sendoopontodepartidaparaseestimaro futuro da empresa. Finalidade da Anlise das Demonstraes Financeiras 1) Verificar a qualidade das aplicaes, se harmnicas ou no; 2) Aferir a capacidade creditcia de uma empresa; 3) Medir o desempenho operacional: Lucratividade e Produtividade; 4) Aferir a eficincia da administrao; 5) Servir de referncia para projees; AnliseInterna -Vnculocomoempregadoou prestador de servios; - Objetivos mais comuns: a)Avaliarodesempenhoda equipe gestora; b)Darsuporteadecisode investimentosemprojetosde expanso; c)Analisaraqualidadedos controlesfinanceirose gerenciais. AnliseExterna -Oanalistaestvinculadoaterceiros (fornecedores,investidores,governo, bancos e etc...); - Objetivos mais comuns: a)Darsuporteadecisesreferente concessodecrdito(inst. Financeiras); b) Fundamentar decises relacionadas fuso, incorporao, cises, compra evendadettulos,aquisiode controle acionrio, etc 51 6) Estudar a viabilidade de projetos; 7) Servir de fundamentao para trabalhos especializados. Enfim, a finalidade da anlise transformar os dados extrados das demonstraes financeiras em informaes teis para a tomada de decises por parte das pessoas interessadas na empresa Denominaremosaspessoasinteressadasnasinformaesfornecidaspelas demonstraes financeiras da empresa, a partir de agora, de: USURIOS. Como dissemos no incio do captulo, historicamente foram os bancos os primeiros a seinteressarpelaanlisedebalano.Atualmentesomuitososusuriosque recorremaela,sejaparaconhecerarentabilidadedocapitalouparaavaliaro desempenho das entidades de acordo com interesses especficos. RelevnciadaAnlise de Balano Umdoselementosmaisimportantesnatomadadedecisesrelacionadasauma empresa a anlise das suas demonstraes financeiras. A Anlise de Balanos umtrabalhofascinanteparaasreasdeFinanaseContabilidade.atravsdela que se podem avaliar o efeito de certos eventos sobre a situao financeira de uma empresa,comoporexemplo:comooaumentodevendasafetouasituao financeiradaempresa?Estarelaemposiomaisslidaapsaobtenode financiamento para a automao da produo? A poltica financeira de uma empresa tem reflexo nas demonstraes financeiras e atravs da sua anlise que se podem conhecer os seus objetivos. O conhecimento detalinformaodeespecialrelevnciaquandosetratadedemonstraes financeiras de concorrentes. Atravs da sua anlise pode-se descobrir que a poltica doconcorrentecresceromaisrpidopossvelparaganharmercado,aindaque, dependendo de capitais de terceiros e com o sacrifcio da rentabilidade. Usurios: a)Fornecedores(Vendedor)-Ofornecedordemercadoriaaprazo,precisa conheceracapacidadedepagamentodeseusclientes,ouseja,sualiquidez.A profundidade da anlise do fornecedor depende da importncia do cliente. b)Clientes(Compradores)-Raramenteocompradoranalisaasituaodo fornecedor.Emgeral,ocorreanliseporpartedocompradorquandodependede fornecedoresquenopossuamomesmoportedeleouquepossamdealguma forma oferecerem riscos, exceto em consrcios e outros do gnero. c) Bancos Comerciais - Como os bancos comerciais concedem crdito a curto prazo, devem,almdeobservarasituaoatualdocliente,procurarconhecerouobter alguma informao sobre a situao futura dele. d)BancosdeInvestimentos-Diferentementedosbancoscomerciais,osde investimentos concedem financiamentos a um nmero menor de empresas, porm a um prazo mais longo. Nesse caso, o financiamento concedido depende da situao futura do cliente.e)Sociedades de Crdito Imobilirio - Essas sociedades concedem financiamento a construtoraspor prazossuperioresa umano.Aanlisedelas, feitapelasociedade 52 decrditoimobilirio,geralmenteficanomeiotermoentreaanlisedeumbanco comercial e de um de investimento.f)SociedadesFinanceiras-Essassociedadesconcedemcrditodiretamenteaos consumidores.Aslojasvendemparaseusclientes,eestesrecebemocrditoda Sociedade Financeira, sendo que a loja intervm como avalista dos emprstimos.g)Corretoras de Valores e Pblico Investidor - As corretoras de valores e o pblico investidorfazemanliseparainvestimentoemaes.Almdaanlisefinanceira, levamemcontaoutrosfatoresrelacionadosespecificamenteaopreoe valorizao de aes h)Concorrentes-Aanlisedosconcorrentesdeumaempresadevital importncia:oconhecimentoprofundodasituaodeseusconcorrentespodeser fator de sucesso ou de fracasso da empresa no mercado.i)Dirigentes-AAnlisedeBalanos,paraosadministradoresdaempresa, instrumentocomplementarparaatomadadedecises.Elaserutilizadacomo auxiliarnaformulaodeestratgiadaempresa,etantopodefornecersubsdios teis como informaes fundamentais sobre a rentabilidade e a liquidez da empresa hoje, em comparao com as dos balanos orados. j)Governo-OgovernoutilizaintensamenteaAnlisedeBalanosemdiversas situaes.Porexemplo,numaconcorrnciaaberta,emqueprovavelmente escolher,entreduaspropostassemelhantes,apresentadasporempresasem determinada concorrncia, aquela que estiver em melhor situao financeira. 2.1.1Estrutura das Demonstraes Financeiras Aestruturadasdemonstraescontbeisdevecontemplaramaiorquantidadede informaes,evidenciando-seoqueforconsideradoimportanteparaatomadade deciseseaprestaodecontasnosendointeressantedivulgarem-se informaes de pouca utilidade, como podemos exemplificar os relatrios financeiros visandoapenasaacionistasmajoritriosdaslimitadas,oualgunsrelatriosque possam vir a confundir os usurios externos (bancos, governo, acionista minoritrio, etc) Acontabilidade,atravsdosseusrelatrios,permiteaosAdministradores Financeiroscompreender a estrutura patrimonial de qualquer entidade, com ou sem finslucrativos,porreunirrelevantesinformaes,necessriasparaseadministrar comcompetnciasuasatividadesoperacionais.Osmesmosrelatrios,quando publicados,permitemaopblicoavaliarasituaodaentidade,observandoa qualidade da gesto que est sendo realizada na mesma. A informao sempre foi um importante fator para tomada de deciso e determinante paraosucessogerencial,masapartirdagrandeevoluodastecnologiasda comunicaoeinformao,suarelevnciavemtendoumpapeldecisivoparaa sobrevivnciaedesenvolvimentodasorganizaes.Epodemosdizerque informaoumamensagemcapazdepropiciaracomunicaoreduzindo incertezas,sendocapazdeproporcionarbenefciosaousuriodamesma. Percebemos de imediato que a informao um recurso fundamental para contribuir nadefiniodosobjetivosdeumaempresa,noestabelecimentodeestratgiase polticas, na avaliao e deciso sobre as alternativas de expanso e investimentos necessrios, e dos prprios resultados do negcio. 53 Logo,ainformaocontbildeveserrevestidadequalidadesendoobjetiva,clara, concisa, permitindo que o usurio possa avaliar a situao econmica e financeira Valeapenadestacarqueainformaocontbilnoseconsubstanciaapenasnas demonstraescontbeis,mastambmemrelatriosgerenciaisdiversos, pareceres,ououtraformaqualquerdecomunicaoescrita,quedevempropiciar aos usurios sua plena utilizao. V-se,portantoaimportnciadacontabilidadecomofontedeinformaesecomo elemento que agrega valor atravs de seus relatrios para a gesto das empresas.Umaempresacomunicaoseudesempenhoaosusuriosexternosmediantes demonstraescontbeispoissoestascapazesdedeterminarosucessoou fracasso, colaborando na sua continuidade. Segundo Iudicibus (1997): A contabilidade est vinculada as mudanas sociais que ocorrem aolongodosanosequeacadanovamudanaexige-seda contabilidadenovaposturanadivulgaodasinformaes geradas,visandosuprirosanseiosdeinformaesrequeridas pelosseususurios.Norestadvidaqueocumprimentoda misso da Contabilidade tornou-se mais difcil de ser alcanado, j quecadausuriodesejaumconjuntoespecficodeinformaes que possam suprir seu modelo decisrio. (p. 21) AsNormasBrasileirasdeContabilidadetratamdeimporregraseprocedimentosa serem seguidos na elaborao das Demonstraes Financeiras pela empresa dentre todasasNormasdoConselhoFederaldeContabilidade(CFC),aNBCT3trata especificamente do conceito, contedo, estrutura, nomenclatura das demonstraes contbeis eoutras disposies estabelecidas. ANormadispesobreadenominaoeaformadaestruturaeosfinsaqualse destinamasdemonstraescontbeis,seguindocritriosestabelecidosna legislao em vigor. A exemplo,temos: Denominao -BalanoPatrimonial Estrutura - Formada pelos Grupos do Ativo, Passivo e Patrimnio Lquido Finsdeuso-destinadoaevidenciar,qualitativaequantitativamenteaposio patrimonial e financeira da entidade em uma determinada data O Balano Patrimonial - pea fundamental para reviso e anlise dos negcios. A viso de dois balanos subsequentes mostra as variaes ocorridas no perodo e as modificaes na estrutura patrimonial e financeira da empresa, entre um perodo e outro. Aestrutura do Balano Patrimonial est composta pelos grupos: 1)Ati vo 2)Passi vo 54 3)Patrimnio Lquido. (Quadro 4: - Principais Grupos de Contas do Balano Patrimonial.) Fonte: do autor adaptado ao Art. 37 da Lei n 11.941,27 de Maio de 2009 O Ativo est classificado em trs grandes grupos (Circulante, Real i zvela LongoPrazoePermanente),osquaissoapresentadosemordem decrescentedograudeliquidez(facil idadedereali zaodebense direitos) de acordo com a Lei das Sociedades Annimas LSA) OPassivoCirculantesoobri gaesdecurtoprazoouseja,obrigaes quedeveroserli quidadasdentrodoexercciosocialseguinteao encerramento do balano. OExigvelaLongoPrazosoobrigaesdelongoprazo,quedevero serli quidadasemvriosexercciossociaissubseqenteaobalano, acima de dois anos e meio. OResultadodosExercciosfuturosnorepresentamexi gibi lidades emboraestejamnoladodasobrigaes,assimcomotambm,nose caracteri zam como adiantamento.

A T I V O CIRCULANTE Disponibilidades Direitos Realizveis Bens de Vendae Consumo Despesas do Exerccio Seguinte NO CIRCULANTE Realizvel a Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangvel PASSIVO CIRCULANTE Obrigaes de operaes Obrigaes Financeiras NOCIRCULANTE Dividas Financeiras P A T R I M N I O L Q U I D O CapitalSocial Reservas de Capital Ajustes Avaliao Patrimonial Reservas de Lucros (-) Aes em Tesouraria (-) Prejuzos Acumulados 55 OPatrimnioLquidorepresentaapartenaempresaquepertencea seus proprietrios, ou seja, a parte que no considerada como exi gvel, Umavezqueossciosdaempresatendemanoreclamaroreembolso desuasaplicaesnaempresa,seofizeremestarocontribuindopara reali zaodaapli caodaequao(PL=B+DO),ouseja, encerrando definiti vamente suas atividades. Denominao -Demonstrao do Resultado do Exerccio Estrutura - Formada pelos Grupos da: ReceitaOperacional Bruta Dedues sobre asVendas Descontos e Abatimentos sobre as vendas Devolues sobre as Vendas ou Vendas Canceladas Impostos sobre Vendas Receita Operacional Liquida Custos sobre Vendas Lucro Bruto Despesas Operacionalou Resultado Bruto Operacional Outras Receitas / DespesasOperacionais Lucro ou Prejuzo OperacionalOutras Receitas / Despesas no Operacionais Lucro / Prejuzo antes dos Impostos e ParticipaesImposto de Renda e Contribuio social sobre o Lucro Participaes Lucro / Prejuzo do Exerccio Fins de uso - destinada a evidenciar a composio do resultado formado em um determinado perodo de operaes da entidade. AD.R.Eevidenciaaformaodosvriosnvei sderesultados,mediante confrontoentreasreceitaseoscorrespondentescustosedespesas,e deverserelaboradasimultaneamentecomoBalanoPatrimonial. Constitui -seem rel atrio suscinto das operaes reali zadas p