ADMINISTRAÇÃO: CONTABILIDADE - anefac.com.br · 3 ‘Oscar da Contabilidade’ assim como é...

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1 FINANÇAS: Vantagens estratégicas estão cada vez mais nos esforços do dia a dia dos CFOs dentro das organizações ENTREVISTA: Para Claudio Camargo, da EY, auditoria digital é o futuro das empresas de auditoria ADMINISTRAÇÃO: Empresas podem usar com inteligência as oportunidades de negócios da reforma trabalhista CONTABILIDADE: À frente da área contábil da Algar, Sandra Maria de Lima explica que exercer uma posição de liderança é sempre um desafio

Transcript of ADMINISTRAÇÃO: CONTABILIDADE - anefac.com.br · 3 ‘Oscar da Contabilidade’ assim como é...

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FINANÇAS: Vantagens estratégicas estão cada vez mais nos esforços do dia a dia dos CFOs dentro das organizações

ENTREVISTA: Para Claudio Camargo, da EY, auditoria digital é o futuro das empresas de auditoria

ADMINISTRAÇÃO: Empresas podem usar com inteligência as oportunidades de negócios da reforma trabalhista

CONTABILIDADE:À frente da área contábil da Algar, Sandra Maria de Lima explica que exercer uma posição de liderança é sempre um desafio

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‘Oscar da Contabilidade’ assim como é chamado o Troféu Transparência ANEFAC® - Prêmio ANEFAC-Fipecafi-Serasa Experian - é uma referência no mercado quando o assunto é transparência nas demonstrações financeiras. Estar na lista das ganhadoras é para muitas empresas atingir o auge de sua ex-celência contábil. São empresas que estão preocupadas com a prestação de contas para a sociedade. Ser uma das ganhadoras é o reconhecimento dos esforços feitos para atingir este objetivo. Ao chegar a 22ª edição, o Troféu Transparência ANEFAC® se

firma como indicador relevante para aqueles que acreditam na ética, na gestão de processos, na governança corporativa, no capital humano e tecnologia, em constante renovação, como o caminho para o melhor desenvolvimento sustentável.

A transparência, especialmente nos tempos vivenciados globalmente, se torna fator imprescindível no sucesso das empresas, desde a captação de recursos, credibilidade de imagem, competitividade diante o mercado, reconhecimento de pessoas em todos os níveis e outros valores imensuráveis do mercado.

Em 2018, a ANEFAC completa 50 anos de história e de contribuição com o mercado, por isso, essa edição do Prêmio se torna ainda mais especial. Não é todo dia que uma entidade atinge bodas de ouro. Ao longo de todo o ano temos trabalhado essa data comemorativa em ações que evidenciam todo o trabalho que é realizado pela entidade em prol de suas bandeiras, associados, contribuição com as empresas, mercado, etc. Além disso, estamos trabalhando e desenvolvendo a ANEFAC Educação, que terá como propósito trazer ao público da entidade novos cursos e eventos direcionados às áreas de atuação de finanças, administração e contabilidade.

Dedicada à cobertura do Troféu Transparência ANEFAC®, esta edição da Revista ANEFAC traz, ainda, entrevista com Claudio Camargo, sócio-líder de auditoria da EY, e destaque especial sobre as regionais da ANEFAC. Precisamos ser feliz e não ter medo de errar é a questão apresentada na editoria de evento. Já em Finanças, o destaque ficou por conta do profissional dessa área, cujo escopo de trabalho foi consideravelmente ampliado nos últimos anos, enquanto que em Administração os impactos da Reforma Trabalhista são discutidos. Em contabilidade, o empoderamento feminino. E muitos mais.

“Troféu Transparência

ANEFAC® é uma referência no

mercado quando o assunto é

transparência nas demonstrações

financeiras.”

50 anos de ANEFAC, 22 de Troféu Transparência ANEFAC®

CARTA AO LEITOR

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Também convidamos você a acessar a nossa Revista ANEFAC Digital que é especial sobre o Troféu Transparência ANEFAC®, com entrevistas, vídeos depoimentos, reportagens sobre as empresas ganhadoras e muito mais sobre a premiação que completa 22 anos. Acesse www.revistaanefac.com.

Boa leitura!Edmir Lopes de Carvalho

Presidente da ANEFAC

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28 Com a missão de transformar eimpulsionar novos negócios, ANEFAC trouxe os assuntos à discussão em Happy Hour dedicado aos seus associados

10 GIRO ANEFAC

12 GIRO DIRETOR

14 ESPECIAL

28 EVENTO

32 FINANÇAS

34 ADMINISTRAÇÃO

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36 CONTABILIDADE

38 CARREIRA

42 PERFIL

44 REUNIÕES TÉCNICAS

48 ANEFAC INDICA

50 LORD EXCRACHÁ

SUM

ÁRIO

Sede:Superintendente: Boli RosalesAssociados: Luciana LimaComercial: Talita Dias Comunicação: Karina Bolognani e Suzamara BastosEventos: Juliana Spalding e Cida LimaFinanceiro: Maria Penha Costa

Jornalista responsável: Suzamara Bastos (Mtb 45.822)

Designer: Patricia Barboni

Revista ANEFACUma publicação da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e ContabilidadeRua 7 de Abril, 125 - 4º andar - Cj. 405CEP 01043-000 - Centro - São Paulo/SPFone: 11 2808-3200 / Fax: 11 2808-3232www.anefac.org.br

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Conselho Editorial: Andrew F. Storfer, Boli Rosales, José Ronoel Piccin, Louis Frankenberg, João Carlos Castilho Garcia e Roberto Vertamatti

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Conselho de Administração: Amador Alonso Rodriguez (Presidente), Andrew F. Stor-fer, Antonio Carlos Machado, Carlos Roberto Matavelli, Charles Barnsley Holland, Clóvis Ailton Madeira, Genna-ro Oddone, João Carlos Castilho Garcia, José Ronoel Piccin, Pedro Lucio Siqueira Farah, Roberto Vertamatti e Rubens Lopes da Silva

VICE-PRESIDÊNCIAS - ÁREA TÉCNICAFinançasChristiano Santos (Head)ContabilidadeEdinilson Apolinário (Head)AdministraçãoDavid Kállas (Head)

REGIONAISSão PauloMarta Pelucio (Vice-Presidente)Rio de JaneiroMauro Jacob (Vice-Presidente)SalvadorFelipe Sanches (Vice-Presidente)CuritibaLeandro Camilo (Vice-Presidente)São José dos CamposAtacílio Ferreira Junior (Diretor Executivo)CampinasRoberto Neaime (Diretor Executivo)Belo HorizonteDemetrius Guimarães (Diretor Executivo)Porto AlegreAltair Toledo (Vice-Presidente)

Projeto gráfico:

As opiniões expressas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

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A AUDITORA DI GITAL É A SOBREVIVÊNCIA DAS E MPRESAS DE AUDITORIAS

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“Como a governança corporativa pode estar envolvida ativamente na inte-gração das informações de susten-tabilidade com as de contabilidade?O que vem sendo feito em muitas em-presas atualmente são dois relatórios: um de sustentabilidade e outro de contabilidade. As informações ainda estão separadas, mas é importante que as empresas - e já há um movimento para isso - passem a apresentar essas informações de forma integrada. A governança e os departamentos que são responsáveis pelo desenvolvimento e têm esse papel dentro da empresa começam a vislumbrar a elaboração de apenas um relatório e, assim, promover a integração das informações de contabili-dade com as de sustentabilidade. Assim, apresentam a sociedade um conjunto de dados integrados. A EY, por exemplo, já publica essas informações em conjunto e muitas empresas de capital aberto tam-bém. A governança exerce importância para fomentar isso na publicação dessas informações unificadas. Também temos o Relato Integrado, que é uma grande tendência nesse processo.

A auditoria tem impacto profundo sobre os mercados de capitais, eco-nomias e comunidades? As empresas de capital aberto, institui-ções financeiras e empresas reguladas são obrigadas a serem auditadas, mas mesmo aquelas que não possuem essa obrigatoriedade e desejam realizar um aporte financeiro também podem ser auditadas, pois é sempre uma exigência do investidor, e mostra a confiabilidade de uma empresa de auditoria e o seu impacto. Já com relação ao mercado, faz com que empresas que antes não estivessem preparadas ou que não possuíssem informações qualificadas sobre o seu negócio, passassem a ter e, consequentemente, a possuírem mais governança e transparência.

O Brasil, em 2010, passou a adotar o padrão International Financial Re-porting Standards (IFRS) como prática contábil e isso foi uma forma de tornar as empresas mais transparentes, pois é um padrão utilizado no mundo inteiro. Com o IFRS, o país passou a ter um mercado mais transparente em termos de contabilidade, fez com que as em-presas passassem a ter informações relevantes para apresentar e com que fosse possível compará-las com as de outros países.

A partir de 2008, as grandes empre-sas brasileiras ou multinacionais insta-ladas aqui com ativo total superior a R$ 240.000.000,00, ou receita bruta anual

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PARA CLAUDIO CAMARGO, SÓCIO-LÍDER DE AUDITORIA DA EY BRASIL, NÃO HÁ COMO NEGAR O AVANÇO DA TECNOLOGIA NA REALIZAÇÃO DE UMA AUDITORIA. O FUTURO DA ATIVIDADE SERÁ A AUDITORIA DIGITAL, MAS O CAMINHO A SER PERCORRIDO DEPENDE DE MUITO TRABALHO VOLTADO AO DESENVOLVIMENTO/CAPACITAÇÃO DAS PESSOAS E INVESTIMENTO EM TECNOLOGIA. AO CONSIDERAR O FUTURO DAS EMPRESAS DE AUDITORIA NO BRASIL E NO MUNDO, CAMARGO APONTA QUE SE ESSAS EMPRESAS NÃO SE ADEQUAREM À NECESSIDADE DE AVANÇO TECNOLÓGICO NÃO SOBREVIRÃO. HÁ 30, 40 ANOS, A AUDITORIA ERA FOCADA EM 80% NA CONTABILIDADE E 20 % EM TESTES DE CONTROLE, HOJE, É O CONTRÁRIO. DESTACA AINDA QUE A TRANSPARÊNCIA NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EVOLUIU E IRÁ EVOLUIR AINDA MAIS. CONHEÇA MAIS SOBRE A VISÃO NA ENTREVISTA A SEGUIR:

A AUDITORA DI GITAL É A SOBREVIVÊNCIA DAS E MPRESAS DE AUDITORIAS

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superior a R$ 300.000.000 passaram a ser requeridas, obrigatoriamente, a terem suas demonstrações contábeis audi-tadas por uma auditoria independente.

As empresas de grande porte (fami-liares ou não) muitas vezes ainda não estavam com a estrutura consolidada para fornecer informações sobre o negó-cio e preparar demonstrações contábeis com informações claras e objetivas. Passados quase oito anos de adoção do IFRS no Brasil, essas empresas ti-veram que se reestruturar e preparar as informações financeiras que pudessem ser auditadas, e isso ajuda a promover mais transparência, fazendo com que haja mais governança nas empresas. Certamente, o auditor acaba ajudando nesse processo.

Quais os desafios que o profissional de auditoria enfrenta atualmente? Os desafios que o auditor enfrenta hoje são inúmeros, vamos elencar alguns:1. O mundo vem mudando, a chegada da globalização, da tecnologia e o pro-cesso para realizar uma auditoria mudou completamente. A análise de ativos, revisão de contratos, etc, eram proce-dimentos de auditoria realizados com emissão de “papel”. Hoje, o cenário é outro, não tem mais papel pois estamos cada vez mais adotando uma auditoria digital, cujos contratos são assinados digitalmente, por exemplo. É uma nova forma de se fazer em um novo mundo. São exigidos dos profissionais de audi-toria outras capacidades, que vão além da contabilidade. 2. Temos a geração millennials entran-do nas empresas, um novo perfil de pessoa, de profissional. Antes o auditor iniciava numa empresa de auditoria e normalmente encerrava a carreira nela. Hoje, não é mais assim. Os profissionais

também mudaram. Ansiosos com a glo-balização, com um mundo a percorrer, o jovem entra na empresa, recebe uma proposta para ir para um outro país e vai. Dessa forma, o processo de recru-tamento, seleção e retenção de talentos também evoluiu. 3. O aumento das transações realizadas por uma empresa é sempre significativo e requer conhecimento e informação, sempre atualizada. 4. As regras e mudanças dos IFRSs, como por exemplo, a adoção do IFRS 15, que fornece orientações sobre como contabilizar/reconhecer a receita, e do IFRS 16, que fornece orientações sobre a contabilização de contratos de aluguel (leasing) também são fatores, além de outros fatores que surgem a todo mo-mento e fazem com que o auditor tenha que se atualizar e buscar mais informa-ções. É necessário sempre estar online.5. Com a necessidade da transpa-rência, o desafio é grande. Existe a expectativa de que o auditor na condução dos procedimentos de auditoria identifique ocorrências de fraudes, e entendemos nesse sentido a importância do profissional nesse processo evolutivo em que as empre-sas vêm passando.

E a auditoria digital e a inteligên-cia artificial?Temos que entender os sistemas que geram as informações que fazem parte das demonstrações financeiras, por isso, é necessário fazer uma análise do ambiente de sistemas, incluindo a definição de usuários dos sistemas, as pessoas envolvidas e autorizadas para a realização de determinadas transações, controle de acesso aos sistemas, contro-les sobre alteração de programas e de senhas, entre outros.

As empresas de grande porte (familiares ou não) muitas vezes ainda não estavam com a estrutura consolidada para fornecer informações sobre o negócio e preparar demonstrações contábeis com informações claras e objetivas.

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“contratar o auditor está em mudança, tanto em questões de estruturas hierár-quicas entre outros fatores. Cada vez mais o auditor deve ser especialista no setor da empresa auditada. Auditar uma fábrica de sapatos é diferente de auditar uma empresa alimentícia. De qualquer forma, não existe diferença significativa entre os processos de au-ditoria no Brasil e no resto do mundo. A metodologia de auditoria da EY, por exemplo, é global. É efetuada de forma similar em todos os lugares do mundo. A diferença ainda existente é na capta-ção dos profissionais de auditoria. Em países desenvolvidos, os profissionais iniciam a carreira de auditor mais bem preparados do que no Brasil, por exem-plo, onde as empresas de auditoria têm que investir muito no treinamento e desenvolvimento dos profissionais.

Como você avalia a questão do relato integrado nesse processo de trans-parência e de mudança de cultura?Em um breve futuro, as demonstrações financeiras deverão fazer parte do Rela-to Integrado, unindo informações contá-beis, sociais, econômicas e ambientais das empresas. O Relato Integrado continuará a requerer transparência nas informações.

A auditoria que acontecia há 20, 30 anos ficou para trás? Todas as informações financeiras, con-tábeis e demais estão registradas em sistemas informatizados. As empresas auditadas possuem controles manuais e houve evolução nesse sentido. O auditor analisa e revisa a estrutura de controles internos das empresas. No passado, a auditoria era baseada em 80% na con-tabilidade e 20 % em testes de controle, hoje é ao contrário.

É mais difícil identificar fraudes, de-vido à tecnologia?Fica mais difícil, mas com a auditoria digital é possível analisar uma população como um todo, e nós auditores também estamos nos preparando ainda mais para esse tipo de situação.

Como você avalia a questão da transparência como uma medida que a sociedade pede, isso se re-flete nas empresas?A auditoria tem papel fundamental na transparência das informações presta-das. O Troféu Transparência ANEFAC® é fundamental nesse processo, uma vez que indiretamente promove nas empre-sas uma disputa saudável acerca de qual será mais transparente.

Entretanto, ainda existe espaço para melhoria na preparação das demons-trações financeiras, uma vez que estas ainda incluem informações em excesso, sem objetividade e clareza. Ou é “8 ou 80”, algumas possuem informações de-mais e outras poucas, então é necessário ter equilíbrio sobre o que é efetivamente necessário na divulgação.

Como é a diferença dos processos de auditoria no Brasil perante ao mundo?A profissão do auditor e a forma como

A execução dos procedimentos de auditoria vem evoluindo. Muitos procedimentos, hoje, são executados com o auxílio de ferramentas tecno-lógicas. Na EY, só para se ter ideia, mudamos nossa forma de realizar inventário. Antes, em uma montadora de automóveis, contavam-se os car-ros, um por um, e isso levava de 5 a 10 dias. Depois, veio a chegada do leitor óptico e, hoje, com um drone já é possível diminuir essa contagem para 15 minutos. Outro exemplo é que, antes, enviávamos cartas para verificar os saldos das empresas, mas, hoje, temos um ‘robô’ que faz isso via site da companhia e com o banco e já apura eventuais divergências. Outro exemplo é a documentação dos procedimentos de auditoria. Hoje, auditamos uma empresa no Brasil e uma subsidiária da empresa no exterior e conseguimos vi-sualizar as informações online, tanto no Brasil quando no exterior. Isso facilita o processo de revisão da execução da auditoria e assegura uniformidade na execução dos procedimentos.

Fazer uma auditoria digital significa analisar uma população mais comple-ta dos dados de uma empresa. De forma física, eram analisados antes por volta de 30 ou 50 contratos. Ago-ra, com os sistemas utilizados atual-mente são analisados 100% desses contratos. O uso de ferramentas de auditoria permite que rapidamente dados sejam identificados outliers (exceções) que fogem ao padrão nas empresas. A tecnologia passou a ser o plus de muitas empresas de audito-ria. As que não se adequarem nesses padrões muito provavelmente não irão sobreviver. É necessário fazer uma auditoria inteligente, que agre-gue valor às empresas auditadas.

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Por que sou associadoda ANEFAC?JOSÉ EUSTÁQUIO MOREIRA DE CARVALHO, C & P EMPREEND., CONSULT. E TREINAM. LTDA.“Usuário da Pesquisa de Juros da ANEFAC, desde 2011, em 2016 resolvi conhecer um pouco mais da ANEFAC e me deparei com uma instituição sólida, se aproximando dos 50 anos de existência e com um vasto cabedal de conhecimentos acumulados nas áreas que atuo com frequência. Também pude conhecer, ainda que à distância, um corpo de associados de sucesso em seus campos de atuação, tanto como executivos quanto como professores em escolas importantes de São Paulo e do país”.“Ao conhecer mais o vasto conteúdo disponível e a sua permanente disponibilização via treinamentos, workshops e outros eventos técnicos, tive o meu inte-resse aumentado, pensando inclusive em uma maior atuação da ANEFAC aqui no Distrito Federal e nas áreas do Estado de Goiás, que nos cerca. Regiões carentes em estudos e pesquisas nas áreas de Economia, Ad-ministração e Contabilidade, bem como de premiações reconhecidas nacionalmente como o “Profissional ANEFAC do Ano” e “Troféu Transparência ANEFAC®”.Graduado em Economia pela Universidade de Brasília (UnB), especialista em Finanças de Empresas pela FEA/USP e em Gestão da Qualida-de Total pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini (POLI/USP) e pela Fundação Christiano Oto-ni - UFMG e JUSE/AOTS -, no Japão, José Eustáquio Moreira de Carvalho é Diretor Geral e Consultor da C & P - Empreendimen-tos, Consultoria e TreinamentoLtda., entre ou-tras atividades.

Com a finalidade de buscar uma atuação descentralizada, a ANEFAC está desenvolvendo um trabalho de reposicio-namento junto as suas regionais. Em Minas Gerais a ideia é se tornar uma referência na promoção de conhecimento estratégico e networking. “Com este objetivo, estamos tra-balhando para o estabelecimento de sólidas parcerias que venham a viabilizar as operações desta regional, sendo que algumas já foram consolidadas entre elas: Prime Office, Gaia Silva Gaede Advogados, MGA Assessoria, entre outras”, diz Demetrius Guimarães, vice-presidente da regional e controller do grupo OncomedBH. “Com esses parceiros estamos buscando espaço físico para a instalação de uma sede da ANEFAC em Belo Horizonte, espaço para a realização das reuniões técnicas e eventos de médio porte. Após a estruturação, estaremos focados na realização de eventos que abordem não somente questões estritamente técnicas, mas também assuntos que fazem parte da estratégia de sucesso de grandes corporações, temas como: inteligência artificial; governança corporativa; inteligência competitiva; experiência do cliente dentre outros de grande relevância para os executivos e para as empresas”, explica Guimarães.Em Porto Alegre, as ações também têm como foco a qualifica-ção técnica e o networking. “Estamos buscando desenvolver atividades e eventos que agregam aos executivos da cidade gaúcha”, relatou Altair Antonio Toledo, sócio da KPMG e vice--presidente regional da ANEFAC Porto Alegre. “A agenda inclui a realização de alguns eventos até final de 2018: O que é GRC com apresentação da “Pesquisa Maturidade do Processo de Gestão de Riscos no Brasil” e da Pesquisa “Maturidade do Compliance no Brasil” e com a mesa de debate: O papel dos Conselheiros na evolução da maturidade do tema riscos nas organizações. Outro sobre Mobilidade Global de Pessoas, aguarde em breve mais informações”, expõe Toledo.

Demetrius Guimarães Altair Antonio Toledo

ANEFAC REFORÇA TRABALHO EM PORTO ALEGRE E MINAS GERAIS

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GIRO DIRETOREm noite especial, o Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (Sindcont-SP) comemorou o seu 99º aniversário com uma série de homenagens e reconhecimento àqueles que fazem parte da história da Entidade, na capital paulista dia 19 de julho. Representando a ANEFAC, Charles Holland, conselheiro da entidade.

Em 13 de agosto, Dia do Economista, o Corecon-SP promoveu evento para comemorar a data em São Paulo. Pela ANEFAC, Edmir Lopes de Carvalho, presidente, participou do evento em homenagem aos profissionais, que também são representados pela entidade pela área de finanças.

O presidente do Conselho de Administração da ANEFAC, Amador Alonso Rodriguez, esteve presente na reunião de Presidentes e Vice-Presidentes das Entidades Congraçadas de São Paulo dia 22 de agosto de 2018, na sede do CRC SP.

A vice-presidente da ANEFAC, Marta Pelucio, foi palestrante no VI Simpósio de Pesquisa Contábil da Região do Caribe, que aconteceu no início de agosto em Cartagena de Índias, Colômbia. Com o tema “conformidade em contabilidade em tempos de modernidade líquida”, abordou os desafios para a transparência de informações contábeis ao mercado e os novos desafios para a gestão, no âmbito de sustentabilidade. O simpósio contou com palestrantes biólogos e contadores da Espanha, Colômbia, Cuba, Argentina e Brasil e abordou temas como contabilização de recursos naturais, relatórios financeiros e não financeiros de sustentabilidade, desafios para gestão e transparência das informações contábeis e pesquisa colaborativa no âmbito de contabilidade social e meio ambiental.

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AO COMPLETAR 50 ANOS, ENTIDADE REALIZAO 22º TROFÉU TRANSPARÊNCIA ANEFAC®

O BRASIL QUER TRANSPARÊNCIA

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O surgimento do Troféu Transparência ANEFAC® - Prêmio ANEFAC - FIPECAFI - SERASA EXPERIAN - mar-cou o mercado brasileiro e passou a balizar a trans-parência nas empresas. É

um incentivo ao aprimoramento das de-monstrações financeiras. Ao completar 50 anos de história da ANEFAC, a premiação, reforçada pela credibilidade da entidade e pela busca da transparência corporativa no Brasil, que pede transparência, se torna ainda mais relevante. “Hoje, o Troféu Transparência, o ‘Oscar da Contabilidade’ é uma referência, é o auge da excelência contábil de uma empresa, que está preo-cupada com a prestação de contas para a sociedade e entende que ganhar o Prêmio é um reconhecimento” explica Edmir Lo-pes de Carvalho, presidente da ANEFAC.

É importante reconhecer os bons exemplos na transparência contábil, os modelos positivos para o mercado. “Ga-nhar o Troféu coloca a empresa em um patamar acima”, analisa Amador Alonso Rodriguez, diretor de operações da Se-rasa Experian e presidente do Conselho de Administração da ANEFAC. Para a Serasa Experian, o Troféu Transparência ANEFAC®, organizado pela ANEFAC há 22 anos, é uma iniciativa que cria um ambiente de maior transparência nas empresas e aos órgãos públicos.

“O Troféu Transparência ANEFAC® desempenha um importante papel ao contribuir para o aperfeiçoamento, ano após ano, do processo de prestação de contas das empresas no país. O Prêmio é um excelente indicador de quais em-presas devem ser consideradas como benchmarking na prestação de contas”, relata Fernando Alves, sócio-presidente da PwC Brasil. Nessa linha, Raul Corrêa da Silva, presidente da BDO no Brasil, acredita que iniciativas como essa, especialmente oriundas de entidades formadoras de opinião como a ANEFAC com 50 anos, são essenciais para que boas práticas sejam devidamente reco-

nhecidas. “Empresas que contam com essa chancela servem de inspiração e referência para todo o mercado”, diz.

É uma iniciativa muito alinhada com os anseios da sociedade por um ambiente de negócios sempre mais justo e ético, o Troféu Transparência ANEFAC®, avalia Rogério Garcia, sócio de auditoria da KPMG no Brasil. “O incentivo à infor-mação de qualidade e transparente traz consigo a busca contínua das empresas pela formação e atração dos melhores profissionais assim como a criação de estruturas de governança que supervi-sionem continuamente seus processos de relatórios financeiros”, observa.

Como vimos, a transparência tem sido, na visão de Claudio Camargo, sócio-líder de auditoria da EY Brasil, cada vez mais, uma condição de credibilidade para as empresas no mercado, seja por expecta-tiva dos investidores, dos clientes ou de outros atores. “O reconhecimento das em-presas-modelo formaliza e reforça essa tendência. Para se construir um legado, ética e transparência são fundamentais. É cada vez mais importante demonstrar que a empresa opera com integridade”, relata. Concordando com esse pensa-mento, Marcelo Magalhães Fernandes, sócio-líder de auditoria da Deloitte, aponta que o Troféu Transparência ANEFAC® incentiva que as empresas queiram ser transparentes e almejem ganhar. “A trans-parência gera confiabilidade, seja numa relação pessoal ou profissional, aproxima as pessoas, no caso das empresas que têm transparência se aproximam dos stakeholders, e não só dos investidores, mas com todos aqueles que têm relação com a empresa, clientes, fornecedores, na minha visão transparência agrega valor para as empresas e quem incentiva essa transparência também incentiva que as decisões tomadas tenham credibilidade. É importante que as empresas divulguem informações mais transparentes, que o mercado permeie essa cultura, assim como os órgãos reguladores, entidades e outros”, expõe.

Evolução e transparência Atuar com transparência e, por consequência, transmitir confian-ça, são requisitos fundamentais para a permanência das empresas, de forma positiva, no mercado. Amador Rodriguez acredita que a elaboração das demonstrações se-guindo os mesmos padrões técnicos hoje já aplicados pelo setor privado, lhes dará mais credibilidade uma vez que atenderá melhor seus principais interessados: a sociedade.

Para a EY, explica Claudio Camargo, em uma época de intenso combate à corrupção, regulamentações nacionais e internacionais mais exigentes e o aumento constante da expectativa do mercado por transparência nos negócios, ser transparente é mais importante que nunca. “Uma análise criteriosa sobre a qualidade da informação a ser incluída nas demonstrações financeiras de uma empresa permitirá a tomada de decisões mais informadas sobre investimento, assim como poderá contribuir para me-lhores custos de captação no mercado de capitais”, aponta Rogério Garcia. A transparência tornou-se uma premissa para a atuação de qualquer empresa, avalia Raul Corrêa da Silva, que comple-ta: mais do que alcançar credibilidade perante clientes, parceiros, fornecedores e investidores, a empresa com essa ca-racterística tem acesso facilitado a novas oportunidades de negócios, especial-mente junto a mercados internacionais.

“Transparência é um pilar funda-mental para os negócios, é importante não só na maneira como as empresas operam e apresentam seus resultados, mas, também, como um valor cada vez mais reconhecido pelas diversas partes interessadas nas performances das organizações”, destaca Fernando Alves. Rodriguez entende que todos os processos da empresa devem ser os impulsionadores da transparência.

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decisão baseada em informações confiáveis e prestar contas de suas atividades e do impacto por elas cau-sado é fundamental para a sustenta-bilidade dos negócios no contexto de uma sociedade progressivamente mais atuante. Nessa mesma linha, segundo Camargo, as empresas que ainda não possuem políticas de transparência pre-cisam se adaptar, pois houve um ama-durecimento do mercado em relação à ética e à transparência, principalmente, diante dos escândalos de corrupção e das iniciativas para combatê-las.

“A transparência pressupõe controles rigorosos e a implantação de ferramen-tas que possibilitem uma rica e eficiente análise de dados. Sócios, CEOs e dire-tores também têm papel fundamental. Deve partir deles o exemplo para con-taminar positivamente toda a equipe.

Para ele, é importante que cada fato que ocorre na empresa, de caráter comercial, administrativo e de gestão seja balizado pela transparência para que a tenhamos expressa nas demonstrações contábeis, estendida à sua governança. Ao reforçar essa necessidade, Carvalho cita que num país que recentemente tem se desvenda-do como opera a máquina da corrupção entre o setor público e algumas empre-sas a transparência é o diferencial para aquelas que buscam o profissionalismo, a meritocracia e o comprometimento com o desenvolvimento do país, além do res-peito aos brasileiros de um modo geral.

Para Alves, permitir a tomada de

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Claudio Camargo, EY

Raul Corrêa da Silva, BDO

Marcelo Magalhães Fernandes, Deloitte

Rogério Garcia, KPMG

Amador Rodriguez, Serasa Experian

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Informação e comprometimento são as chaves para a transparência”, completa o presidente da BDO no Brasil. Para ele, a disseminação da importância da trans-parência entre as empresas brasileiras se deve as mudanças na legislação refe-rente ao tema, muitas delas em razão de práticas inadequadas na administração das empresas, com reflexos contábeis duvidosos, permitiram uma mudança considerável nas práticas de transpa-rência e, ainda, as próprias empresas do middle market que não são obrigadas a divulgar balanços constataram a im-portância de se enquadrar a esse novo cenário, sob pena de deixarem de ter relações comerciais com companhias de grande porte.

“Percebemos novos comportamentos das empresas em relação à ética e à transparência diante do cenário econô-mico, político e social, que moldaram situações difíceis que começam agora a retomar sua forma original. Mas o ambiente empresarial ainda está muito voltado à redução de custos e à preser-vação de caixa”, pondera o sócio líder da EY. Dessa forma, Fernando Alves adverte: as empresas que não seguem as boas práticas de governança e que não desenvolvem uma cultura de trans-parência, inevitavelmente, terão sua reputação prejudicada e serão cada vez mais questionadas por seus stakehol-ders e se tornarão menos competitivas.

Em termos de boas práticas de go-vernança, o sócio-presidente da PwC Brasil acredita que os dados financeiros continuarão a ter uma função importante e sendo constantemente aprimorados, refletindo a evolução de nossa socie-dade. “Se por um lado há um avanço exponencial de tecnologias e entrada de novos players, por outro, o acesso a capital, a gestão de pessoas, segurança da informação e a manutenção da rela-ção com o mercado estão cada vez mais desafiadores”, avalia Claudio Camargo.

“O mundo com o acesso a informa-ção está mais globalizado, a China está

logo ali, a internet facilita um ambiente para fazer negócios, sem caminhar para essa evolução de transparência, as empresas terão um espaço menor no mercado, sem transparência não há investimentos, e sem capital a empresa não cresce, sem isso não conquista o mercado. Para a empresa ser bem-sucedida ela precisa caminhar para essa evolução, transparência gera credibilidade, então cada vez mais, num mundo globalizado, é impossível não ser transparente”, analisa Fernandes.

Para o sócio da Deloitte, o ingrediente para a empresa mudar essa cultura de não transparência, o alto comando precisa estar envolvido com a bandeira da transparência. “Porque se o gestor não acha importante todo o grupo não achará, e dali para frente sempre haverá a discussão em ser ou não transparente e isso irá nortear todas as ações para frente”, recomenda.

Legado para as empresas públicas e privadas“Entendo que o legado deixado pela Operação Lava Jato no setor privado é de que a sociedade não tolera mais tanta corrupção. O risco é muito grande de uma empresa envolvida em meios ilícitos ter sua reputação questionada. Embora se tenha mostrado a ferida, entendo que abrimos uma nova fase para estancar a corrupção que devastava o país. Aposto que precisávamos passar por isso para estancar a “sangria”. Dias melhores virão”, aponta Carvalho.

Já quando se fala no nível de trans-parência nas empresas públicas e pri-vadas, Silva ressalta que há diferenças. “Quando falamos do poder público, apesar de existirem controles internos e contabilidade, a necessidade de me-lhorar a transparência é lenta, por falta de poder de mobilização da própria população. No caso do poder público, a estrutura política atual e a desmobili-zação dos cidadãos comprometem os

avanços. Já na iniciativa privada, os avanços são notórios. Mas tal-vez ainda haja necessidade de se criar uma cultura de transparência plena, desde o baixo escalão até a alta cúpula.

A ANEFAC tem levantado a ban-deira da transparência pública, para o presidente da entidade, Edmir Lopes de Carvalho, infelizmente o nível de transparência nas empresas públicas e privadas não é o mesmo. “Embora temos tido avanços das Normas Contábeis (IPSAS) para o setor público, e consequentemente atuação exemplar do CFC e da STN, estamos muito longe da transparência e da prestação de contas por parte dos gestores públicos. Temos muito a evoluir. Creio que os cidadãos, de um modo geral, deveriam pressionar os governos (municipal, estadual e federal) para que a prestação de contas de forma transparente deveria ser o mínimo para a sociedade”, aponta.

Para Camargo, não deve existir dife-rença entre as políticas de transparência nas empresas públicas e privadas. “A base é a mesma e todas precisam pas-sar pelo mesmo processo e análise”, diz. Garcia acredita que estamos vendo no Brasil um aprimoramento progressivo e relevante na transparência das empresas brasileiras. “Tivemos passos muito im-portantes neste caminho, especialmente com a adoção das normas internacionais de contabilidade que tornou as infor-mações destas empresas comparáveis aos seus pares internacionais”, avalia. Precisamos estar atentos, defende o sócio-líder de auditoria da Deloitte. “O mundo tem uma percepção de que o Brasil não é transparente, o país caiu no ranking dos mais transparentes, a situação piorou, ao mesmo tempo que evoluímos, essa percepção se espalha. O investidor, que está fora, pode ser contaminado”, analisa.

Conheça a seguir as ganhadoras do Troféu Transparência ANEFAC®:

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Companhias com Receita Líquida até R$ 5 bilhões

AAES Tietê“Receber o Troféu Transparência ANEFAC® demonstra que nossas demonstrações financeiras possuem qualidade e um alto nível de confiabilidade perante ao mercado. Uma demonstração financeira transparente traz divulgações e informações sobre estratégia de crescimento e criação de valor para seus acionistas, além de políticas de risco e crédito, o que traz benefícios diretos aos negócios, investidores e usuários da informação. O principal aspecto que contribuiu para que a companhia recebesse o Prêmio é a preocupação em transmitir e informar, de forma clara e objetiva, informações relevantes ao mercado e aos usuários das demonstrações”, Clarissa Sadock, vice-presidente financeira e de relações com investidores da AES Tietê.

Algar “Receber um Prêmio como este pela 2ª vez consecutiva mostra que estamos no caminho certo, sempre seguindo com transparência com todos os nossos stakeholders, visando o crescimento sustentável. Ganhar o Troféu Transparência ANEFAC® coroa as boas práticas. Levantar a bandeira da ética e da transparência, em um cenário tão conturbado como o que estamos vivendo na política e economia, não é uma tarefa fácil para as organizações. Garantir o cumprimento das exigências legais com o intuito de prevenir ou detectar infrações às leis e regulamentos, obser-vando os princípios da ética e integridade é um fator de diferenciação com base nas regras de compliance da companhia”, Luciene Gonçalves, diretora financeira da Algar Telecom.

CESP“Receber o Troféu Transparência ANEFAC® é a confirmação de estarmos no caminho certo. O Troféu é um reconhecimento da comunidade de técnicos que estamos cumprindo nosso objetivo, é um certificado de qualidade, um atestado de que as informações são confiáveis e para todos aqueles que se utilizam das informações da companhia, e que tomam decisões baseadas nestas informações. Acreditamos que as demonstrações financeiras não se resumem a números. Os comentários, observações e esclarecimentos propiciam, mesmo ao leitor leigo, não afeito à contabilidade, compreensão das operações da empresa e sua responsabilidade com as informações para a sociedade”, Almir Fernando Martins, diretor financeiro e de relações com investidores acumulando a presidência da CESP.

CTG Brasil“Consideramos o Troféu Transparência ANEFAC®, por sua relevância e prestígio nos ambientes financeiro e de contabilidade, um atestado das boas práticas da companhia. Em um mundo com cada vez mais exigências e complexidades, ser transparente é imprescindível para o ne-gócio. Diante desse cenário, estão diretamente relacionadas com a confiança dos stakeholders na operação, podem abrir portas para novas oportunidades e investimentos, e ampliam o bom relacionamento com as comunidades”, Carlos Carvalho, diretor administrativo e financeiro da CTG Brasil (Rio Paranapanema Energia S.A.).

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Duratex“O Troféu Transparência ANEFAC® reforça a imagem da empresa perante o mercado de forma bem abrangente, e auxilia a transmitir valores e cultura para a sociedade em geral, aos acionistas e aos parceiros de negócio. Sem dúvida alguma a transparência das demonstrações financeiras passando credibilidade tanto aos investidores como aos demais stakeholders e gerando um ambiente positivo para a nossa empresa”, Henrique Haddad, diretor de administração, finanças e relações com investidores da Duratex.

ENGIE“No atual momento que vive o Brasil, onde a sociedade está cada vez mais exigindo transparência e ética de empresas, cidadãos e governos, nesse sentido receber o Troféu Transparência ANEFAC® é um reconhecimento importante e aliado a outras tantas ações da empresa, contribui para ser uma AAA, e abre perspectivas mais competitivas de financiamento para investimentos e crescimento da empresa. O Prêmio fortalece a confiança de nossos clientes na solidez da empresa. Sem dúvida, a transparência e a qualidade das demonstrações financeiras contribui, por exemplo, para nossa manutenção no ISE da B3 (BM&FBovespa) e permite que nossos clientes e fornecedores tenham ainda mais confiança na solidez da companhia”, Eduardo Sattamini, diretor-presidente da ENGIE Brasil Energia.

Isa CTEEP“É um grande orgulho receber o Troféu Transparência ANEFAC®. Tão honrosa distinção mostra que estamos no caminho certo de prover informação de qualidade e transparência a nossos acionistas e ao mercado em geral. Recebemos pela primeira vez o Prêmio, isso aumenta a responsabilidade para manter um movimento de melhoria contínua. O Prêmio dá visibilidade e credibilidade para a ISA CTEEP e representa um selo de qualidade para as informações tratadas com tanto zelo para serem levadas ao mercado. É muito importante os acionistas e credores verificarem que as demonstrações contábeis da companhia são transparentes”, Rinaldo Pecchio, diretor financeiro e de relações com investidores da ISA CTEEP.

JSL“A empresa está muito contente em receber essa premiação pela quinta vez. De fato, atesta que estamos no caminho certo, na busca de transparência e qualidade das informações apresentadas ao mercado e, especialmente, aos nossos acionistas. A conquista do Troféu Transparência ANEFAC® evidencia também o novo ciclo de desenvolvimento do grupo, que é fomentado pela organização das nossas atividades em empresas independentes e sinérgicas”, Denys Ferrez, CFO da JSL.

Localiza“Receber pela 6ª o Troféu Transparência ANEFAC® demonstra a consistência e comprometimento com as boas práticas de governança corporativa. Com o propósito de manter os mais elevados padrões de Governança Corporativa que agregam valor e dão equidade de informações, confor-midade, prestação de contas e clareza a todos acionistas, para a Localiza o reconhecimento do Troféu Transparência ANEFAC® é muito significativo ao reafirmar o compromisso da companhia com os mais altos critérios de governança, gerando ainda mais segurança aos investidores”, Maurício Teixeira, CFO da Localiza.

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“Mahle“Receber o Troféu Transparência ANEFAC® é motivo de muito orgulho e satisfação para todos e indicação de que estão no caminho correto, pois essa é quinta vez consecutiva que a empresa recebe a premiação. Como companhia aberta, o Troféu agrega valor para os investidores e na redução do custo de captação junto ao mercado financeiro. A busca incessante de elaborar nossas peças contábeis não apenas com um viés meramente informativo, mas, acima de tudo, comunicativo”, Daniel de Oliveira Camargo, gerente de contabilidade e tributos diretos da MAHLE Metal Leve.

Marcopolo“O Troféu Transparência ANEFAC® traduz o empenho constante da equipe em adotar as me-lhores práticas relacionadas à elaboração das demonstrações financeiras das empresas que compõem a Marcopolo. Reforça a percepção de que o caminho que a empresa adotou como referência para os times é um benchmark sustentável. Ao agregarmos a transparência em nossos procedimentos, percebemos maior confiança em todos os públicos que se relacionam com a companhia”, José Antonio Valiati, CFO e investor relations director da Marcopolo.

SANEPAR“Tendo em vista a relevância do Troféu Transparência ANEFAC®, aguardamos com expectativa a divulgação das ganhadoras. A transparência contábil também é uma ferramenta de gestão e facilita a análise de crédito por instituições financeiras, auxiliando no acesso a recursos financeiros com taxas mais atrativas. Diante do cenário de combate a corrupção no país, ser ganhadora do Troféu Transparência ANEFAC® mostra que a companhia está no caminho certo”, Ricardo Soavinski, presidente da Sanepar e da captação flutuante da Sanepar no Lago de Itaipu, em Foz do Iguaçu.

SLC AGrícola“O Troféu transparência ANEFAC® nos orgulha e motiva. A premiação da ANEFAC é muito im-portante ao mercado, a empresa percebe com bastante clareza o valor que é dado à qualidade dos relatórios. Isso reduz o gap de informação entre os que estão dentro e fora da empresa, logo reduzindo a percepção de risco do negócio, o que tende a reduzir o custo de capital e aumentar o valor das nossas ações. Ou seja, a transparência gera valor”, Ivo Brum, diretor financeiro da SLC Agrícola.

Unidas“Fomos surpreendidos, não esperávamos receber este Prêmio, entretanto, foi um grande marco para a companhia. O Troféu Transparência ANEFAC® reforça os valores e demonstra o comprometimento de Ética e Transparência com os clientes e investidores. Acreditamos que isso vem de um trabalho ao longo dos anos sendo executado pela equipe Contábil/RI, alinhado com as expectativas da Administração em apresentar os números de forma clara e transparente aos seus investidores, o nosso time vem aprimorando as nossas demonstrações financeiras ao longo dos anos e o Prêmio da ANEFAC reforça o objetivo de sempre apresentar as informações claras e objetivas”, Marco Tulio, CFO da Unidas.

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CEMIG“Apesar de estarmos presentes no Troféu Transparência ANEFAC® pela 14ª vez, é sempre um momento de grande satisfação sabermos que estamos mais uma vez no seleto grupo de em-presas que receberão o Troféu, pois valorizamos muito a credibilidade da premiação e os crité-rios exclusivamente técnicos na definição das premiadas. Entendemos que o reconhecimento externo da transparência na divulgação das informações pela companhia ajuda a reforçar o nosso compromisso de transparência e confiabilidade das nossas informações, o que reduz a percepção de risco dos investidores e demais stakeholders, se traduzindo em maior facilidade de acesso a financiamentos e no relacionamento com os nossos acionistas. Adicionalmente, auxiliam os investidores e agentes de financiamento na tomada de decisão, na medida que o provimento de informações financeiras de qualidade ajuda no entendimento dos negócios da empresa, na elaboração de modelos de precificação do valor justo da companhia e na nossa capacidade financeira de investimento e cumprimento das obrigações financeiras”, Maurício Fernandes, diretor financeiro da CEMIG.

EDP “Considerando a crescente exigência de investidores, parceiros e clientes para que as em-presas sejam mais transparentes, o Troféu Transparência ANEFAC® valida os esforços da empresa. A EDP tem um compromisso com o compliance que permeia todos os níveis da organização e o Prêmio nos ajuda a demonstrar para a sociedade esse comprometimento. Todos ganham com informações claras e objetivas nas demonstrações financeiras: a socie-dade, por um lado, se beneficia porque pode conhecer melhor suas organizações e tomar decisões baseadas no conhecimento qualitativo das empresas, e do ponto de vista da empresa, a transparência gera confiança entre os diferentes stakeholders”, Henrique Freire, CFO da EDP no Brasil.

Embraer“Credibilidade, confiança e sustentabilidade do negócio fazem parte da continua busca pela excelência empresarial e reflete-se na transparência das demonstrações financeiras. “Ética e integridade lideram a lista dos nossos valores empresariais e o Troféu Transparência ANEFAC® representa um reconhecimento externo do nosso compromisso de apresentar informações con-fiáveis, relevantes e claras sobre as ações empresariais. Este é o 18° ano que a Embraer recebe a indicação ao Prêmio em reconhecimento à busca pela transparência e prestação de contas por meio das informações divulgadas pela companhia aos investidores e analistas de mercado”, Elaine Funo, diretora contábil-fiscal da Embraer.

Companhias com Receita Líquida acima de R$ 5 bilhões

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GPA“O Troféu Transparência ANEFAC® é um grande reconhecimento dos nossos esforços para a construção de informações completas, a cada trimestre e a cada ano, dentro do compromisso da companhia calcado em eficiência e boas práticas de governança. Um orgulho para todo o nosso time, que se dedica ao máximo para alcançar esse objetivo. E que nos ajuda, todos os dias, a sermos a primeira escolha de clientes, parceiros, fornecedores e investidores em uma relação de confiança cada vez mais sólida”, Marcelo Simões Pato, diretor de contabilidade do GPA.

Klabin“Receber o Troféu Transparência ANEFAC®, quando a ANEFAC completa 50 anos, é o reco-nhecimento da visão que a administração tem e passa para as áreas sobre o tratamento das informações prestadas ao mercado e a seriedade como esta visão é levada dentro da companhia e nos seus negócios. O selo do Troféu Transparência ANEFAC® aumenta a credibilidade que o mercado deposita nas informações fornecidas pela Klabin e, somado a outros reconhecimentos que temos, transmite a visão com que a administração trata os relacionamentos com os mais diversos players com os quais se relaciona. As demonstrações são o primeiro instrumento disponibilizado a todos os públicos e que pode ser trabalhado por qualquer interessado, se as empresas tiverem o mesmo zelo com estas informações, o mercado terá melhores condições de análise e isto possibilitará maior certeza na tomada de decisões de negócios”, Pedro Zan, gerente de controladoria da Klabin.

M. Dias BrancoEstamos muito satisfeitos pelo reconhecimento do Troféu Transparência ANEFAC®, o Troféu, conhecido como o Oscar da Contabilidade, reforça a conduta ética e transparente da M. Dias Branco. Já na 22ª edição, o Prêmio é reconhecido pela promoção das boas práticas empresa-riais, atestando a boa conduta das empresas, a partir da promoção da ANEFAC, entidade com 50 anos de história, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI) e com a Serasa Experian. As informações que fornecemos ao mercado são claras, tempestivas e transparentes. Na elaboração e divulgação de nossas demonstrações financeiras, bem como de qualquer outro comunicado oficial, agimos de boa fé e utilizamos os princípios geralmente aceitos na contabilidade brasileira e internacional”, Fabio Cefaly, diretor de novos negócios e relações com investidores da M. Dias Branco.

Petrobras“Para nós é uma honra ter as nossas demonstrações financeiras novamente atestadas pela qualidade e transparência, através do recebimento do Troféu Transparência ANEFAC®, que tem tamanha credibilidade e visibilidade. A transparência é um valor que faz a diferença. Receber o Troféu é um reconhecimento em relação à qualidade de nossas Demonstrações Financeiras e

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ao nosso esforço para fornecer informações de maneira tempestiva e adequada aos usuários. Passamos a fazer parte de um seleto grupo de organizações percebidas com confiança por seus públicos de interesse e continuamos em busca pela melhoria contínua, não só de nossas demonstrações, mas de nossa comunicação com os usuários das informações financeiras em geral”, Rafael Salvador Grisolia, diretor executivo financeiro e de relação com investidores (DFINRI) da Petrobras.

Raia Drogasil“Transparência nas demonstrações financeiras sempre fez e sempre fará diferença para os stakeholders sejam eles clientes, funcionários, fornecedores, investidores ou a sociedade em geral. Acreditamos que os principais pontos que nos deram a honra de receber o Troféu Transparência ANEFAC®, pela segunda vez, foi a nossa seriedade e o nosso compromisso em fazer o que é certo. Transparência é algo que prezamos muito. Temos um propósito que é cuidar de perto da saúde e do bem-estar das pessoas em todos os momentos da vida. Isso é transparência. Sem isso, uma empresa não sobrevive atualmente”, Antonio Carlos Marques de Oliveira, diretor de controladoria e finanças da RD.

Raízen“Receber o Troféu Transparência ANEFAC® reforça o compromisso da companhia de atuar de forma ética e transparente perante a sociedade. Ser uma empresa reconhecida por nossa ética e transparência certamente agrega valor aos negócios da companhia e comprova o nosso com-promisso de atuar sempre de forma íntegra e alinhada ao nosso Código de Conduta. Atuar de forma ética e transparente é obrigação de todas as instituições. Ser uma empresa reconhecida por nossa ética e transparência certamente agrega valor aos negócios da companhia e nos aproxima dos nossos stakeholders”, Giuliano Melo, gerente de contabilidade da Raízen.

Sabesp“Como sempre, é motivo de grande orgulho o fato de a companhia figurar pela 18ª vez nas 22 edições do Troféu Transparência ANEFAC® que premia as demonstrações financeiras mais transparentes do país. Uma certificação de qualidade, o Troféu Transparência ANEFAC® de-monstra um reconhecimento pelos esforços na busca pela excelência e clareza nas divulgações, pois todos ganham com a transparência, empresas – tornando-se mais confiáveis e atrativas – “stakeholders” – através de parcerias e investimentos – a sociedade com informações mais precisas. Traz um estímulo constante à melhoria e aprimoramento na qualidade não somente no levantamento de suas demonstrações financeiras, mas nas ações da companhia como um todo. O Troféu Transparência ANEFAC® traz a chancela de que a empresa está voltada às boas práticas de divulgação de informações ao mercado, e esta chancela traz uma ótima imagem para a empresa, tanto na área comercial quanto na área financeira”, Rui de Britto Álvares Affonso, diretor econômico-financeiro e de relações com investidores da Sabesp.

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MEMBROS DA COMISSÃO AVALIADORA DO TROFÉU TRANSPARÊNCIA ANEFAC®

APONTAM A QUANTIDADE DE INFORMAÇÕES APRESENTADAS PELAS EMPRESAS COMO

UM PROBLEMA CRÔNICO

Critérios de avaliação estimulam transparência nas

demonstrações financeiras,

mas não são suficientes

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O Troféu Transparência ANE-FAC® - Prêmio ANEFAC--Fipecafi-Serasa Experian - é amplamente reconhe-cido no mercado empre-sarial brasileiro pela serie-dade e rigor técnico com

que são selecionadas as participantes e escolhidas as empresas ganhadoras que publicam suas demonstrações financei-ras com maior transparência no que diz respeito à qualidade das informações prestadas. Para Ariovaldo dos Santos, membro da comissão avaliadora do Prêmio e professor titular da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo) de forma geral, a grande maioria das empresas, que operam no Brasil, apenas cumprem as obrigações estabe-lecidas em leis ou por seus respectivos órgãos reguladores. “Infelizmente, não consigo enxergar isso de forma diferente. Uma prova disso é a pouca renovação que temos nas listas dos premiados de ano para ano”, aponta.

A premiação foi instituída há 22 anos, Eliseu Martins, professor emérito da FEA--USP e membro da comissão avaliadora do Prêmio, acredita que o processo vem evoluindo porque a experiência vai se acumulando. “Essa experiência vai, inclusive, permitindo ver que algumas empresas são muito consistentes e estão sempre preocupadas com a transparên-cia. Mas algumas, infelizmente, parecem que se esmeram num ano, mas a seguir sofrem uma certa involução. A expe-riência vai permitindo filtrar os pontos principais a serem analisados porque permitem mais rapidamente aquilatar o grau de transparência sendo consegui-do”, descreve.

É fato que houve evolução com a cria-ção do Troféu Transparência ANEFAC® nas demonstrações financeiras, mas Santos diz que prefere citar uma que foi para pior, mesmo sabendo que muitos discordam dele. “Quando começamos a avaliação para a entrega do Prêmio já

não era mais obrigatório o reconheci-mento da inflação nas demonstrações contábeis, mas ainda assim muitas empresas continuaram divulgando seus resultados considerando esses efeitos. E melhor, acompanhadas dos respectivos pareceres das empresas de auditoria. Hoje, mesmo com inflação acumulada de mais de 300% (desde janeiro de 1996) nossas demonstrações são apresenta-das, olimpicamente, como se nada disso fosse verdade. E pior, também acom-panhadas dos respectivos relatórios de auditoria”, analisa.

Análise também defendida por Eliseu Martins, infelizmente não tem havido muita evolução. “A própria CVM (Co-missão de Valores Mobiliários) tem procurado incentivar uma atenção forte, exclusivamente, às informações que realmente levam um investidor ou credor a tomar uma posição, mas infelizmente ainda há muita coisa irrelevante relatada pelas empresas. Há ainda um número excessivo de números irrelevantes nas demonstrações contábeis”, cita.

Para receber o Troféu Transparência ANEFAC® é necessário a aplicação adequada e correta das regras con-tábeis, assim como a transparência na divulgação das informações. Se-gundo Santos, em muitos casos a simplificação das notas explicativas, principalmente após a OCPC07, tem sido buscada, mas, infelizmente não se pode dizer que isso seja geral e que todos estejam conseguindo.

Martins explica que se procura que a empresa esteja mostrando sua posição patrimonial/financeira e as mutações dessa posição de forma transparente. “Para isso é necessário que esteja cumprindo com todas as determina-ções a respeito contidas nas normas contábeis. E o não desvio das normas é absolutamente obrigatório. Por isso, ressalva do auditor, por exemplo, com respeito a esses assuntos, é fator impeditivo de entrar no processo de avaliação nosso”, observa.

Informações prestadas são, em partes, irrelevantes

Um ponto de atenção. “Na média, mais de 20% dos números relatados é imaterial, é irrelevante. Deveriam estar em “outros”, e não mostrados individualmente. Só con-fundem. Na demonstração do fluxo de caixa temos casos diversos em que mais de 50% dos números é total-mente irrelevante. Estamos com uma pesquisa em andamento abrangendo vários anos e não há evolução signi-ficativa. Neste último ano a situação praticamente estagnou. E nem sempre a atenção necessária ao que é muito relevante é dada. Infelizmente temos exemplos disso também. Isso significa que as premiadas não estão perfeitas, aliás, longe da meta ainda. Apenas estão melhores do que as demais”, orienta Eliseu Martins.

Para Ariovaldo dos Santos, tivemos inúmeras mudanças para melhor, nas de-monstrações financeiras, mas também, infelizmente, aquelas que foram para pior. “São conhecidas de todos as mudanças que passamos a ter após a decisão, não importa se de forma obrigatória ou não, da adoção das regras internacionais de contabilidade”. Ele ainda aponta que nesse momento deve-se elogiar o papel decisivo do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), pois nada teria sido conseguido apenas com a obrigatorie-dade legal, por isso o reconhecimento que faz ao CPC.

Trazendo um pouco de polêmica à tona, o professor, acredita que o mais importante é destacar, ao menos um ponto que, em sua modesta opinião, acabamos per-dendo. “Por exemplo, antes da chamada internacionalização, de forma espontânea, muitas empresas já publicavam a Demons-tração dos Fluxos de Caixa (DFC), junta-mente com a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), que até então era obrigatória. Após a interna-

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Outro ponto significativo, nessa evo-lução, para Martins, foi a adoção (que ainda não está no ponto que deveria estar) da filosofia da essência econômica sobre a forma quando de conflitos entre ambas. Segundo ele, isso permite que se reduzam as simulações que são mais facilmente conseguidas quando se se-gue estritamente o que está colocado no papel. E adverte: mas é preciso também deixar claro que essa filosofia precisa de um enorme avanço ainda, inclusive por parte dos auditores.

Em termos de futuro da análise técni-ca do Troféu Transparência ANEFAC®, considerando o interesse que desperta entre as empresas a premiação e levan-

Da esq. para a dir.:Eliseu Martins e

Ariovaldo dosSantos, membros dacomissão julgadora

do em conta ainda o acúmulo de expe-riência, Eliseu Martins acredita que há ainda um belo futuro para a premiação. “É, também, importante falar um pouco mais sobre experiência: vários dos membros da comissão são os mesmos desde o início do Troféu, mas os alunos da FEA/USP que participam fortemente da análise vão rodando muito ano a ano. Como são alunos, normalmente não participam mais do que de dois anos consecutivos. Mas os coordena-dores desses alunos permanecem por bem mais tempo. Assim, conseguimos mesclar manutenção da experiência com renovação de pessoas e de julga-mentos. Isso é ótimo”, finaliza.

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GRAVAÇÕES PARA A TV, REVISTA ANEFAC DIGITAL ESPECIAL, WORK DAY SÃO DESTAQUES DE 2018A ANEFAC, em 2018, inovou com relação as atividades de divulgação do Troféu Transparência ANEFAC®, foram realizadas: a Revista ANEFAC Digital especial sobre a premiação, que traz uma série de informações sobre o Troféu, os critérios de seleção e sobre as empresas ganhadoras. Dinâmica e atualizada, a edição tem vídeos depoimentos com os executivos entrevistados. “A entrega do certificado da premiação foi amplamente divulgada nas mídias sociais da entidade. Outro ponto de destaque foi a veiculação de entrevistas com as empresas ganhadoras na Record News, onde cada exe-cutivo explicou a importância do Prêmio e o valor agregado aos negócios. E ainda, a entidade irá desenvolver várias ações sobre a premiação com a finalidade de divulgar ainda mais a importância da transparência nas demonstrações financeiras, no próximo dia 28 de outubro haverá um evento, um work day, reunindo as empresas ganhadoras e as auditorias responsáveis pelas DFs, que apontará as características para ser uma ganhadora. E para finalizar, o evento de premiação será transmitido ao vivo pelo canal da ANEFAC, com cobertura exclusiva do ‘Oscar da Contabilidade’”, explica Boli Rosales, superintendente da ANEFAC.

Acompanhe tudo isso, na Revista ANEFAC Digital: www.revistaaenefac.com

cionalização perdemos a DOAR e passamos a dispor apenas da

DFC. Por que perdemos? Perdemos porque essas demonstrações são

complementares e não excludentes”, relata Santos.

Em termos ainda sobre evolução nas últimas décadas, para Eliseu Martins, a segregação das demonstrações finan-ceiras em relação às normas fiscais foi o grande ponto que permitiu a evolução da contabilidade desde 2008. Para ele, é preciso, de pé, aplaudir a Receita Federal que tem mantido sua palavra de respeitar a contabilidade como instrumento para fins de gestão e de informações a usu-ários externos.

Segundo Martins, até então éramos impedidos de adotar melhores práticas contábeis porque isso implicava, muito comumente, em maior tributação. Ao citar um exemplo, explica que ninguém adotava a avaliação a valor justo de de-terminados ativos porque isso tinha esse reflexo. “Mesmo quando essa prática contábil era não só permitida legalmente, mas incentivada pelos teóricos do ramo. Hoje, isso se resolveu de forma totalmente satisfatória. Repito: aplausos à Receita Federal”, diz.

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“Só inova quem erra e a

ciência da COM A MISSÃO DE TRANSFORMAR E

IMPULSIONAR NOVOS NEGÓCIOS, A ANEFAC TROUXE OS ASSUNTOS À DISCUSSÃO EM HAPPY

HOUR DEDICADO AOS SEUS ASSOCIADOS

felicidade”

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“Só inova quem erra e a

ciência da

diz Levy.A Psicologia Positiva nasceu em

1998, com Seligman. Levy explica que ele, assim como posteriormente outros pesquisadores da Psicologia Positiva focaram as pesquisas no que faz as pessoas florescerem, alcançarem um bem-estar elevado. “Portanto, com abordagens cientificamente comprova-das, hoje, a felicidade é uma ciência e sabemos cada vez mais sobre as ferra-mentas e estratégias para o aumento da felicidade, assim como sobre os seus benefícios para as diferentes áreas da vida. Este é o conceito por de trás do tema da palestra “A Ciência da Felici-dade”, ministrada por Daniela Levy no Happy Hour da ANEFAC.

Ao levar a felicidade ao complexo ambiente contemporâneo, é necessá-rio pensar que todo profissional precisa demonstrar um equilíbrio muito bom entre competências cognitivas, téc-nicas e sócio emocionais. De acordo com a especialista, até bem pouco tempo atrás, conhecer a si mesmo, aumentar a produtividade pessoal, saber trabalhar em equipe e saber lidar serenamente com mudanças e pressões eram capacidades de uma minoria. Agora, essas capacidades es-tão se tornando requisitos básicos de todo profissional que deseja entregar resultados de qualidade. “Atualmente várias empresas ainda contratam com base nas competências técnicas e cognitivas e acabam demitindo os fun-cionários pela falta de competências sócio emocionais”, enfatiza.

“O autoconhecimento é a chave para o aumento da performance, não somente na vida profissional, mas nas outras áreas da vida também. O indivíduo quando tem consciência das suas forças, fraquezas, propósito de vida e de como lidar com adversidades e obstáculos consegue ter um bem-estar mais elevado, gerenciando melhor a sua energia, ter mais foco e atenção no presente momento e é mais resiliente”, aponta Levy.

O importante é ser feliz?Todo mundo quer ser feliz. Há livros, cursos, vídeos, palestras e terapias de todos os tipos partindo dessa premissa. Os cientistas definem a felicidade como “bem-estar subjetivo”, e mostram que isso é relativo, depende da pessoa que a experimenta. “A felicidade é baseada em como nos sentimos sobre a nossa vida. A avaliação da felicidade que uma pessoa faz acerca de sua própria vida é tanto cognitiva quanto afetiva e inclui: experiências emocionais agradáveis, baixos níveis de humores negativos e alta satisfação em relação à vida”, explica Da-niela Levy, psicóloga e coach na área de Desenvolvimento do Potencial Humano e Organizacional e fundadora da APPAL (Associação de Psicologia Positiva da América Latina).

A definição de bem-estar pode ser to-talmente diferente de uma pessoa para a outra. Para a especialista, as experiências podem ser as mesmas, mas o que cada uma pensa e sente pode ser o oposto. Um dos assuntos mais discutidos quan-do a questão é felicidade é a Psicologia Positiva, um movimento cientificamente comprovado e que tem o objetivo de com-preender o que permite aos indivíduos, organizações e comunidades florescerem e serem felizes.

Para Martin Seligman, criador da Psicologia Positiva, ao invés de ficarmos focados somente nos problemas, nos transtornos, nas fraquezas, devemos focar nas potencialidades, na parte saudável, nas forças, no positivo. “As pesquisas demonstram que o foco maior sendo no positivo auxilia as organizações e pessoas a alcançarem sua potencia-lidade máxima e a lidarem melhor com os desafios. O bem-estar na Psicologia Positiva é o centro das atenções e para alcançar um bem-estar ótimo, esta ciência tem como base cinco pilares: Emoções Positivas, Engajamento, Re-lacionamentos, Sentido e Realização”,

Com a finalidade de propiciar uma experiência única aos associados da ANEFAC, ali-nhando conhecimento e re-lacionamento e estimulando a geração de novos negó-cios, a entidade realizou dia

30 de agosto, em São Paulo, Happy Hour intitulado: “A ciência da Felicidade” e “Só inova quem erra”. O primeiro assunto foi apresentado por Daniela Levy, psicóloga e coach, e o segundo por Wimer Bottura Junior, médico psiquiatra.

“Oferecer aos associados um tema interessante, em um evento alto astral, o Happy Hour ANEFAC, como parte das comemorações dos 50 anos da entidade, ideal para integrar novos sócios com aqueles que fazem da ANEFAC o que ela é hoje. Além disso, gerar networking que é um dos pilares da entidade”, explicou Alfredo Wagner da Silva, diretor executivo da ANEFAC e diretor de tecnologia da TecTreinos.

felicidade”

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Segundo ela, atualmente, a resiliência tornou-se um diferencial enorme para o profissional, saber lidar com mudanças e pressões e é o que mais distingue o indivíduo no mercado de trabalho, assim como é o que mais garante a entrega de resultados de qualidade e sustentáveis, para Levy, hoje sabe-se que a resiliência pode ser uma habilidade treinada e é de grande importância pois trata-se de um aspecto que reflete na eficácia das pessoas diante das adversidades e obstáculos que aparecem com frequência no nosso dia-a-dia.

Importante destacar que para se ter felicidade profissional, o indivíduo neces-sita ter o seu propósito de vida definido, precisa ter as áreas da vida equilibradas para ter um bem-estar elevado e maior en-gajamento nas atividades, esse conceito é defendido pela psicóloga. Que ainda acredita, que o gerenciamento eficaz da energia de uma pessoa vai depender tam-bém se as suas ações no dia-a-dia estão alinhadas com o seu propósito de vida. “O indivíduo, portanto, para ter felicidade no trabalho, precisa fazer coisas que estejam conectadas ao seu propósito”, alerta.

Equilíbrio é a chave de tudo. “Os desafios e habilidades no trabalho preci-sam estar equilibradas também, pois um trabalho com muitos desafios e pouca habilidade da pessoa, gera angústia e ansiedade. Um trabalho com pouco desafio e muita habilidade, gera tédio, fica monótono, falta motivação. As con-sequências da felicidade profissional são: mais saúde física e mental, relacionamen-tos mais positivos, mais engajamento e produtividade no trabalho e diminuição do absenteísmo”, finaliza Levy.

Só inova quem erra ou só erra quem inova?O que falar de Einstein, Descartes, Edson, entre outras grandes personali-dades influentes do último século com certeza nos vem à mente sucesso. Mas de acordo com algumas bibliografias esses grandes ícones também erra-ram. Falar sobre o erro, para muitos, é bastante complicado. Existem aquelas pessoas que têm mais facilidades e outras nem tanto. A desmistificação do erro também foi assunto no Happy Hour da ANEFAC.

Wimer Bottura Junior, médico psi-quiatra pelo serviço de psiquiatria da faculdade de medicina da USP, professor dessa instituição de ensino e presidente da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática, que falou sobre o as-sunto no encontro, explica a intenção de mostrar o que disseram e dizem ícones da história universal está relacio-nada com a intenção de desmistificar o erro como se ele fosse um problema exclusivo de fracassados. Para ele, há uma diferença entre ter fracassos, e ser fracassado. “Os vencedores já erraram, sofreram com o erro, admitem que erra-ram e aprenderam e aprendem com eles, os derrotados negam o erro, procuram culpados por eles, negam o sofrimento e não aprendem com eles. Falamos sobre as pesquisas que mostram a tendência que temos em repetir sempre o mesmo tipo de erro, identificamos os tipos de erros. Discutimos como a atitude da pessoa ante o erro pode fazer diferença em suas vidas”, explica.

Da esq. para adir., Alfredo Silva,ANEFAC, Daniela

Levy, psicólogae coach, e Wimer

Bottura Junior,médico psiquiatra

“Os desafios e habilidades no trabalho precisam estar equilibrados, pois um trabalho com muitos desafios e pouca habilidade gera angústia, ansiedade. Pouco desafio e muita habilidade gera tédio, fica monótono, falta motivação.”Daniela Levy

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A inovação é fruto da curiosidade e da insatisfação características inerentes ao ser humano normal. O professor mostra que, no entanto, o medo de errar, ou principalmente de ser descoberto em erro e responsabilizado por ele, faz com que pessoas tomem atitudes de-fensivas, e mesmo insatisfeitas deixem de buscar inovação. E diz: “O que está por trás desta frase é a permissão para sermos criativos”.

As pessoas que se preocupam re-almente com o erro fazem projetos e planejamento de tal forma que a possibi-lidade do erro diminui significativamente, isso é fato para o especialista. Que adverte: infelizmente grande parte das pessoas se preocupa com o medo de serem descobertos, responsabilizados e ridicularizados pelo erro, razão pela qual sua preocupação não minimiza a possibilidade do erro. “A ciência se preo-cupa com o erro, por isto cria meios para minimizar sua possibilidade. Existe um medo que é saudável, que nos protege, e existe o medo que é doentio, que nos paralisa e nos incapacita. Este último tem mais a ver com o medo de julgamento, geralmente uma projeção no outro do julgamento que a pessoa mesmo faz sobre si. Para inovar precisamos do primeiro tipo”, destaca Bottura.

De que vale o novo se agregado aos velhos hábitos? Ao responder essa pergunta o professor fala que o homem inventou ou descobriu o fogo, depois a roda, depois a bússola, depois a caravela, depois o carro, o avião, a informática, etc., e tudo foi agregado ao velho que é a necessidade de vencer o outro, dominar, ser melhor, quando fez isto as inovações deixaram de ajudar efetivamente a humanidade. Para ele, o verdadeiro novo está em descobrir que o poder não liberta, nem quem domina nem quem é dominado, e sim está em descobrir que podemos utilizar as des-cobertas para a liberdade.

Para solucionar um problema é ne-cessário outro olhar diferente daquele já aplicado defende Bottura. O assunto

“Erro” tem sido recentemente pauta de pesquisas em diferentes universidades como Cambridge, Harvard e Oxford, o palestrante escreveu o livro “O erro nosso de cada dia” e existem outros como “O mecanismo da mente” de Edward de Bono, ele acredita que temos a tendência a repetir sempre o mesmo tipo de erro, em função das pesquisas de Edward de Bono, que comprovam esta questão.

Quando levamos o erro para o am-biente corporativo e o seu impacto no executivo, o especialista expõe que o oposto também é verdadeiro. “Assim como um carro precisa de um propulsor--motor para ter energia e precisa da resistência do ar, ou seja, da oposição ao seu movimento para ter direção e do atrito sem o qual a energia do motor não gera movimento, o executivo precisa de pessoas que questionem suas decisões--resistência do ar e contraditórios-atrito para se conduzir com menor possibili-dade de erro. O maior erro está em não admitir questionamentos”, detalha.

Para finalizar, Wimer Bottura Junior, relata que a reação ao erro e as atitu-des ante a ele é que fazem diferença no resultado do trabalho. “Pior que o erro é a negação da possibilidade dele. Quando admitimos a possibilidade dele, buscamos proteção no conhecimento, nas trocas de ideias, fazemos bons projetos e criamos mecanismos para evitar o erro humano, já que este sempre tem a possibilidade de acontecer. Um dos exemplos de medida inteligente foi a criação da caixa preta, hoje, presente nos aviões e trens de alta velocidade, de onde são tiradas medidas para evitar que o mesmo erro aconteça novamente. Atitudes negativas, como negar o erro e encontrar culpados por eles não geram soluções. Sacrifica-se o dito culpado, mas o mecanismo continua a acontecer gerando o outro culpado. Portanto po-demos tirar proveito do erro e da possi-bilidade dele quando admitimos que ele pode ocorrer, sem a preocupação em encontrar culpados”, sintetiza.

“Assim como um carro precisa de um propulsor-motor para ter energia e precisa da resistência do ar, o executivo precisa de pessoas que questionem suas decisões.” Wimer Bottura Junior

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Vantagens estratégicas estão

cada vez mais nos esforços dos CFOs dentro das

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Gerar dados, riquezas e informações

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artificial podem aprender e evoluir com o passar do tempo ajudando a empresa a se posicionar antecipadamente frente a obstáculos que ainda virão. Os diretores financeiros precisam estar antenados, acompanhar as evoluções e ser parte integrante da Transformação, serem agentes nessa mudança”, observa.

O gestor financeiro tem uma preocupa-ção com o curto prazo, afinal é sua missão garantir a liquidez diária da companhia. Mas, na sua tomada de decisão, o médio e longo prazo têm que ser considerados. Afinal, ele busca a perpetuidade do negócio, devendo tomar decisões alinhadas com a estratégia de longo prazo. Ponte entende que atual-mente, o grande desafio desse profissional é otimizar o resultado da companhia.

A área é desafiadora por natureza. Segundo a diretora financeira da Algar Telecom, a Diretoria Financeira tem papel de apoiadora e facilitadora das áreas de negócio, de suportar o principal executivo da empresa e, por vezes, os acionistas e conselheiros em tomadas de decisões relevantes para os negócios. “Também, exerce papel importante junto a definição e execução da estratégia da empresa. Preci-sa estar consciente em relação à evolução digital dos negócios e da própria área. E por último, ressaltaria o protagonismo da área financeira, quando cria modelos de acompanhamento e reconhecimento que fazem com que os gestores trabalhem com motivação em prol de melhores resultados. Uma Diretoria Financeira bem estruturada, conhecedora de seu papel, com apoio e autonomia, consegue trazer efetivamente melhores resultados e maior geração de valor para os acionistas”, salienta.

Além disso, a diretora de controla-doria da M. Dias Branco enfatiza que manter-se atualizado tornou-se o maior desafio para todos os profissionais. “O que aprendemos ontem, dependendo do segmento em que atuamos, pode ser pouco relevante para as atuais tomadas de decisão. Assim, é importante ter um plano que garanta a sua atualização no ritmo demandado pelo segmento de negócio em que está inserido”, finaliza.

A área financeira precisa ser a oficial para a geração de informações relativas a performance dos negócios, segmentos, áreas geográficas e resultados consolida-dos das empresas. “Para isto, necessita de uma equipe competente, dedicada e que ama o que faz. Além disso, pre-cisamos de ferramentas eficazes para extração dos dados. A tecnologia usada em prol da qualidade e velocidade das informações possibilita decisões cada vez mais assertivas”, enfatiza Luciene Gonçal-ves, diretora financeira da Algar Telecom.

Administrar o tempo é um grande desafio para os profissionais da área de finanças e para os gestores. Para Ponte enquanto líder, deve-se conscientizar a equipe de que o tempo tem de ser poupado para as tomadas de decisões que efetivamente requerem participa-ção. O profissional da área de finanças precisa ter um profundo conhecimento da cadeia de valor do negócio em que atua, o profissional deve ter informações precisas e atualizadas sobre o mercado em que está inserido. “Nas grandes orga-nizações, o gestor financeiro se envolve em questões bem mais estratégicas que aquelas relacionadas a gestão do caixa e de reporte do resultado. Ele deve ter um entendimento muito amplo do negócio, compreendendo como a geração de ri-queza ocorre na companhia, para atuar no sentido da satisfação das necessidades de seus diversos stakeholders”, detalha.

Para Gonçalves, a Transformação Digital permite a extração de dados de forma inteligente, cruza informações e cria perfis baseados em estatística. “Ferramentas que usam inteligência

Com o cenário de negócios mudando numa velocidade nunca vista, a estratégia e a gestão inteligente passaram a ter lugar privilegiado nas discussões dentro das em-presas. A tecnologia é uma

grande aliada dos tomadores de decisões e fornece dados para traçar estratégias com relação aos rumos a serem seguidos.

Quando o assunto é geração de dados, a tecnologia é determinante para a tomada de decisão estratégica, permitindo a tomada de decisões ágeis e assertivas. Dados financeiros são indicadores-chave para muitos proces-sos de decisão de negócios. Nos últimos cinco anos, 50% dos CFOs aumentaram o tempo dispendido com análise avan-çada para fornecer informações úteis para o CEO e outros líderes da empresa, conforme pesquisa global realizada pela EY, com 769 líderes financeiros.

Para Vera Ponte, diretora de controla-doria, da M. Dias Branco, não apenas o gestor financeiro, mas todos os gestores têm que estar preparados para um mun-do de negócios em que as mudanças são cada vez mais rápidas e que exigem tomada de decisões precisas e em ritmo acelerado. “As demandas da área de Relação com Investidores também são frequentes e muitas vezes requerem atenção especial. No cenário atual, de incertezas econômicas e políticas, os investidores acabam demandando um volume maior de informações sobre os fatores de risco do negócio, exigindo uma maior proximidade com os gestores da companhia”, aponta.

Da esq. para a dir.,Vera Ponte, M. DiasBranco, e LucieneGonçalves, Algar

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Otimização que se traduz em ganhos econômicos, melhorias

vão desde a gestão de tempo a gestão de pessoas, flexibilização

de suas jornadas, entre outras

Inteligência nas oportunidades da reforma trabalhista

trabalhistas foram reforçados, em um ambiente em que o estado delegou parte do papel de regulador para as partes (empresas e sindicatos), sen-do que agora é possível afirmar que estamos num ambiente mais favorável a segurança jurídica que abrange trabalhadores e empreendedores”, explica Eduardo Tomitão, advogado responsável pela Área Trabalhista do Ronaldo Martins & Advogados.

As empresas que estão utilizando com inteligência as oportunidades que a reforma trabalhista trouxe estão ex-perimentando diversos benefícios, para o advogado, as melhorias vão desde a gestão de tempo, a gestão de pessoas, flexibilização de suas jornadas, e em diversas condições de trabalho e de pro-dução. Toda essa otimização se traduz em ganhos econômicos.

Na avaliação de Tomitão, a lei significa apenas um primeiro passo no sentido de se modernizar as relações de trabalho, considerando que toda estrutura da CLT (Consolidação das

Há quase um ano em vigên-cia, reforma trabalhista é realidade no mercado de trabalho brasileiro e conti-nua sem alterações. “Ape-sar de todas as iniciativas dos Sindicatos, inclusive da

ANAMATRA (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), e

mesmo com o ajuizamento de várias ações de inconstitucionalida-

de apresentadas perante o Supremo Tribunal

Federal, nenhum dos temas constantes da reforma trabalhista foi alterado ou mo-dificado, evidenciando, por enquanto, a legalidade da reforma trabalhista”, mostra Ronaldo Corrêa Martins, CEO do Ronaldo Martins & Advogados.

“O número de reclamações trabalhis-tas distribuídas após a publicação da Lei nº 13.429/2017, em média, se comparado com o período anterior, teve uma queda de aproximadamente 50%, aponta Mar-tins”. Para ele, isso demonstra juridicida-de das alterações, e a expressiva queda das demandas, que há segurança jurídica para as empresas seguirem na imple-mentação das mesmas no seu dia-a-dia.

“Em geral, a sociedade reagiu muito bem à reforma trabalhista. Os direitos

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ao autor da ação em alguns casos, mas ainda é indistintamente concedida - ou aos critérios de correção monetária dos débitos judiciais, em que os juízes “criaram” um critério diferente do que está previsto na reforma, apenas para beneficiar o empregado.

Além disso, existem alguns temas que os profissionais das áreas trabalhista e de recursos humanos aguardam um posicionamento definitivo da Justiça do Trabalho, como por exemplo, Eduardo Tomitão evidencia se é permitido aplicar integralmente suas regras aos contratos celebrados antes da vigência da lei. Essa dúvida surgiu logo nos primeiros debates após a promulgação da lei, era exatamente o primeiro ponto esclarecido pela Medida Provisória 808, que acabou perdendo vigência e que não teve regra posterior publicada.

“Entendo que, como toda a obra hu-mana, a reforma não é perfeita. Alguns ajustes serão necessários, e virão com o tempo. De igual forma, outras reformas serão necessárias para ajustar as rela-ções de trabalho que estão por vir, as questões ligadas a automação, inteligên-cia artificial e outros pontos que estarão em breve em nossas mesas de trabalho e necessitarão de adequação legislativa. Só espero que isso não demore mais 75 anos...”, finaliza o advogado.

um workshop do escritório, e que após a apresentação da parte legislativa, deve-riam encontrar soluções e oportunidades para a gestão de suas unidades apenas usando as alterações trazidas com a reforma. Diversas ideias que nasceram neste dia foram implantadas na prática”, detalha Tomitão.

Pontos de atençãoMas nem tudo está sendo positivo na re-forma trabalhista, alguns pontos tem sido alvo daquilo que chamamos de “ativismo judicial”, observa o especialista, que cita por exemplo, as alterações processuais havidas, das quais alguns juízes que ainda se posicionam ideologicamente contra a reforma e se omitem acerca dessas questões, como por exemplo, os honorários devidos pelos pedidos que o empregado não ganha numa ação - que é o mesmo critério da justiça comum, a justiça gratuita só deveria ser concedida

Leis do Trabalho) foi escrita na primeira metade do século passado, a realidade das relações de trabalho que existiam na época eram completamente diferentes das atuais. Ele acredita que há necessi-dade de participação do estado também, mas aponta que, no entanto, a realidade do século passado, essencialmente operária, não mais se coaduna com a realidade dos dias atuais. E neste senti-do, a reforma veio quebrar um paradigma que havia acerca da quase inviolabilidade da CLT, mostrando que evoluir é preciso.

Em termos práticos, o principal ponto da reforma trabalhista foi trazer o caráter negocial para a relação de emprego, diminuindo o papel do estado nesta rela-ção. O especialista em direito do trabalho diz que isso se traduz em segurança jurídica nestas relações de trabalho, o que fica evidente com a redução de quase 50% sobre o número de ações trabalhistas nos primeiros meses da vigência da reforma.

“Participei de ao menos duas negocia-ções coletivas em que toda a estrutura de jornada e benefícios foram refeitas em razão das alterações trazidas com a refor-ma. Uma das empresas conseguiu alterar a sistemática de seu banco de horas que constantemente era questionado em ações judiciais, de uma forma em que, dentro da nova lei, trouxesse benefícios para seus empregados e resolvesse um problema de sazonalidade de produção que havia em sua operação. Em outro caso interessante, os gestores de várias filiais de uma empresa de atuação na-cional foram convidados a participar de

Inteligência nas oportunidades da reforma trabalhista

Oportunidades de negócios na reforma trabalhista A ANEFAC e o Ronaldo Martins & Advogados realizarão evento para abordar as principais alterações trazidas com a reforma, que podería-mos considerar como “consolidadas”, como as questões ligadas as negociações coletivas, trabalho intermitente, entre outros, bem como aquelas oportunidades que alguns empreendedores, talvez por receio, não tenham ainda se aproveitado. O evento deve ocorrer num formato de debate, onde a troca de informações e de experiências dos diversos setores representados deve engrandecer o encontro. Acesse agenda no site da entidade anefac.org.br.

Da esq. para a dir., Ronaldo Corrêa Martins e Eduardo Tomitão, ambos do Ronaldo Martins & Advogados

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À FRENTE DA ÁREA CONTÁBIL DA ALGAR, SANDRA MARIA DE LIMA EXPLICA QUE EXERCER UMA

POSIÇÃO DE LIDERANÇA É SEMPRE UM DESAFIO

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O empoderamento da mulher na contabilidade

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A contabilidade no Brasil sempre teve sua maioria representada pelos ho-mens, mas este cenário vem mudando ano após ano. Uma pesquisa re-alizada pelo Conselho

Federal de Contabilidade (CFC) apontou que a participação da mulher no cenário contábil cresceu cerca de 27,45% nos últimos 22 anos e esse número não para de crescer. Para Sandra Maria de Lima, gerente de contabilidade CSC da Algar, isso está acontecendo de forma geral, as mulheres estão ocupando cargos e funções antes ocupados apenas por homens. “Na área contábil essa realida-de vem se confirmando, já alcançando marcas significativas nas estatísticas do empreendedorismo e do mercado de trabalho, nos diversos setores da economia do país”, diz.

Ainda há muito o que conquistar, Lima cita, por exemplo, a ocupação de cargos de liderança contábil, que, apesar de crescente, seja como negócio próprio, em grandes empresas, possui uma representatividade ainda modesta. Ela acredita, que nos últimos anos, esse ce-nário tem mudado sensivelmente, tanto que se vê importantes cases de sucesso protagonizados por mulheres, revelando competência, habilidade e capacidade de liderar e empreender no segmento contábil, hoje, convergente com os pa-drões internacionais. “As mulheres estão mais presentes nas universidades, nas empresas, na música, etc., porém, esta realidade na área contábil ainda está concentrada em cargos não executivos.

Uma minoria ocupa cargos de liderança e ainda convive com inferioridades sala-riais, se comparada com os mesmos pro-fissionais do sexo masculino”, salienta.

À frente da área contábil da Algar, a ge-rente explica que exercer uma posição de liderança é sempre um desafio. A conta-bilidade desempenha um papel cada vez mais estratégico nas organizações, isto leva a uma procura maior pela profissão. Ela explica que as mulheres se sentem mais atraídas, pois como profissionais de contabilidade se tem o privilégio de ter uma visão geral da empresa e, com um treinamento desejável, podem fazer a diferença numa situação de definição de estratégia e tomada de decisão.

Falando em transparência na contabili-dade, Lima acredita, que a transparência é um dos principais valores que devem ser preservados para que as tomadas de de-cisões, dos investidores, sejam assertivas e adequadas. “Há casos, e não são raros, em que tanto a administração da empre-sa, quanto os investidores precisam tomar decisões rápidas, as vezes envolvendo grande volume financeiro. Daí a grande responsabilidade de uma informação pre-cisa e transparente, que necessariamente decorre de um compromisso com a qua-lidade e de um zelo sempre necessário, uma das fortes características da mente feminina”, adverte.

A afinidade de Lima com a contabili-dade teve como marco inicial, o ingresso na Universidade Federal de Uberlândia, onde realizou a graduação em ciências contábeis, essa identificação com a área foi logo intensificada, pois, ainda no início do curso, passou a exercer funções da

área contábil, na própria empresa em que trabalhava na época. “A empregabi-lidade nesta área sempre foi expressiva ao longo dos anos, com oportunidades reais de crescimento profissional, em face da grande abrangência de conteúdos no campo da aplicação contábil. No primei-ro desafio, mas já abraçando uma carreia na área, fui responsável, por vários anos, pela contabilidade de diversas empresas do mesmo grupo”, lembra.

Com a evolução constante das ne-cessidades administrativas e gerenciais das organizações globais, a contabilida-de vem requerendo um aprimoramento cada vez mais intenso e contínuo de sistemas e profissionais. Na Algar Tele-com, o primeiro desafio de Lima foi como especialista contábil, na implementação da Lei 11.638/07 e do ERP, hoje, existente em várias empresas do grupo, com di-versos sistemas e interfaces interligados, suportando a operação dos negócios.

“Por atuar num grupo de empresas, com negócios em diferentes segmen-tos, inclusive com companhia aberta, tudo isso associado a um contexto de constantes alterações e implementa-ções de normas contábeis e fiscais, o dia a dia da área contábil é intenso”, admite com alegria Lima. Para superar os desafios, ela conta com uma forte cultura de trabalho em equipe, em que os diversos assuntos fluem em busca de um objetivo comum, pois estão sempre pautados pela sinergia dos esforços e dos sistemas, de modo a prevalecer a tempestividade da informação, sempre em sintonia com a qualidade e com a aplicação das melhores práticas contá-beis e fiscais compatíveis com negócios.

“Na elaboração das demonstrações financeiras, que acabamos de receber o Troféu Transparência ANEFAC®, procuramos atingir um grau elevado de completude da informação, prezando a clareza dos reportes, com base nas recomendações normativas, tornando as peças contábeis coesas e suportadas com um nível adequado de disclosure no contexto de notas explicativas”, finaliza.

Sandra Maria de Lima, Algar

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“OS TEMAS SÃO DE EXTREMA RELEVÂNCIA E AFETAM TODA A SOCIEDADE”, DECLAROU EDMIR LOPES DE CARVALHO, O PRESIDENTE DA ANEFAC, AO DAR AS BOAS-VINDAS AO PÚBLICO EM EVENTO REALIZADO PELA ANEFAC, CRCSP E IMA

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A tecnologia na contabilidade e a educação continuada

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destacou a importância da tecnologia no dia a dia das empresas e da Educação Profissional Continuada como forma de preparar os profissionais da contabilidade para esta nova realidade. “Esperamos levar informações atualizadas para que todos os profissionais possam realizar a atividade.”

Foram realizados dois painéis sobre as aplicações da tecnologia na profis-são contábil: “Educação Profissional Continuada à Luz da Norma Brasileira de Contabilidade”, ministrado por Alcazar, presidente do CRCSP, Lucélia Lecheta, vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), e Angela Zechinelli Alonso, coordenadora da Câmara de Desenvolvimento Profissional do CRCSP. E “O Impacto da Inteligência Artificial na

Contabilidade”, apresentado por Lisa Beaudoin, diretora do IMA, com parti-cipação de Edmir Lopes de Carvalho, presidente da ANEFAC, João Carlos Castilho Garcia, conselheiro da ANEFAC e vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCSP e os vice-presi-dentes da ANEFAC de Administração e Finanças, Marcus Beszile, e de Relações Institucionais, Maria Helena Pettersson, como debatedores.

Em busca de aperfeiçoamento pro-fissional e excelência, o Programa de Educação Profissional Continuada (EPC) é a atividade que visa manter, atualizar e expandir os conhecimentos e compe-tências técnicas e profissionais, as habi-lidades multidisciplinares e a elevação do comportamento social, moral e ético dos profissionais da contabilidade, como características indispensáveis à qualida-de dos serviços prestados e ao pleno atendimento das normas que regem o exercício da profissão contábil.

São obrigados a cumprir a educação continuada todos os auditores indepen-dentes e organizações contábeis que contenham no objeto social a atividade de auditoria independente, responsáveis técnicos de empresas de grande porte (ProGP), os contadores que atuam em auditoria independente e Responsáveis Técnicos e/ou profissionais que exerçam a função de gerencia e chefia em empre-sas consideradas de grande porte e as que são reguladas pela PREVIC, os res-ponsáveis técnicos pelas Demonstrações Contábeis das Entidades sem finalidade de lucros, que se enquadrem nos limites monetários da Lei 11.638/07 e contado-res inscritos no Cadastro Nacional de Peritos Contábeis (CNPC), entre outros.

Os profissionais devem cumprir, no mínimo, 40 (quarenta) pontos de EPC por ano. Lucélia Lecheta, no painel “Edu-cação Profissional Continuada à Luz da Norma Brasileira de Contabilidade”, falou sobre a evolução que vem acontecendo ao longo dos anos e destacou o processo de pontuação. “Com tanta tecnologia

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fórum “O Contador na Era da Tecnologia: Estraté-gias para seu Desenvol-vimento Continuado” rea-lizado em 11 de setembro de 2018 pela ANEFAC, CRCSP - Conselho Re-

gional de Contabilidade de São Paulo - e Institute of Management Accountants (IMA – Instituto de Contabilidade Geren-cial, no original em inglês) trouxe à tona duas discussões importantes a classe contábil. “Os temas são de extrema relevância e afetam toda a sociedade”, declarou Edmir Lopes de Carvalho, o presidente da ANEFAC, ao dar as boas--vindas ao público.

Ao fazer a abertura do evento, Mar-cia Ruiz Alcazar, presidente do CRCSP,

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é importante estarmos cada vez mais capacitados para que não haja mais o desnivelamento entre os profissionais”.

Da pontuação anual exigida mínimo 8 (oito) pontos devem ser cumpridos com atividades de aquisição de conhe-cimento. O profissional deve observar a diversificação e a adequação das atividades ao seu nível de experiência e atuação profissional. E as exigências servem aos profissionais que atuam no exterior também.

Angela Alonso fez uma analogia com o funcionamento dos algoritmos nos softwares para ressaltar o pensamento necessário para uma gestão eficiente. “O pensamento da educação continu-ada é mais voltado as novidades que o mercado está oferecendo na área da contabilidade para que possamos nos aperfeiçoar”. Enquanto Alcazar, explicou o processo de evolução que passa o país e a necessidade da valorização do profissional da contabilidade.

No painel “O Impacto da Inteligên-cia Artificial na Contabilidade”, Lisa Beaudoin ressaltou que a inteligência artificial já permite a automação de di-versas rotinas nas empresas, permitindo aos profissionais se concentrarem em funções mais gerenciais. “A automação

alização contínuos. Pettersson e Beszile acreditam que o contador ou profissional da contabilidade deve ocupar uma parte do seu tempo a analisar dados, preparar os números para que as decisões sejam mais estratégicas e para isso esse profis-sional deve estar sempre se preparando, seja com o IMA, ANEFAC ou CRCSP.

de processos não é algo que irá ocorrer no futuro, ela está acontecendo agora. E a história nos ensina que devemos evo-luir e nos adaptar, ou seremos deixados para trás”.

Beaudoin acredita que o futuro do CFO é se tornar o DFO team (Digital Finance Officer), pois a cadeia de valor é digital, por isso, é necessário que o profissional da área contábil e financeira desenvolva suas habilidades em ciência de dados e análise de dados. “A ciência de exa-minar dados brutos com o objetivo de criar novas informações e gerar insight de negócios engloba habilidades em tecnologias, em práticas para exploração e investigação interativa de negócios, desempenho para obter insights e con-duzir o planejamento de negócios para o futuro”, alerta.

Edmir Lopes de Carvalho advertiu que a inteligência artificial não irá substituir o contador, mas sim as rotinas contábeis. “A capacidade de análise e interpretação, necessárias para tomar decisões geren-ciais, é o nosso diferencial. Enquanto que para Maria Helena Pettersson e Marcus Beszile, o fundamental é que os profissionais estejam preparados para esta mudança de paradigma, o que só é possível através do aprendizado e atu-

Da esq. para a dir., Marcus Beszile,ANEFAC, LisaBeaudoin, IMA, EdmirLopes de Carvalho,ANEFAC, e ClaudioRafael Bifi, CRCSP

Segundo Lisa Beaudoin, é neces-sário se tornar um profissional à prova do futuro, confira abaixo as dicas da especialista do IMA.•Não tem que ser cientistas de dados ou matemáticos aplicados•Precisa de competência em ciência/análise de dados para perguntar as perguntas certas e aproveitar o poder da máquina•Precisa de competência em regressão, correlação e análise de segmentação•Capacidade de usar o poderda IA para fornecer maior previsão e insight•Servir de elo entre os especialis-tas e líderes empresariais

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Denys Ferrez, CFO da JSL

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“Acho que o segredo é

encontrar, no ambiente familiar,

momentos de qualidade e

mantê-los com regularidade e

ter uma esposa ponta firme...”

A base para a atualização profissional vem das con-versas com pessoas dedi-cadas de diferentes nichos e atividades. Aprender escutando é um método que funciona para Denys

Ferrez, CFO da JSL, que comemora 10 anos na companhia esse ano. “Sempre escutando mais do que falando”, diz.

Para ele, o momento agora é de amadurecer as atividades e colher os frutos profissionais de tudo que foi construído nos últimos 10 anos dentro do Grupo JSL. “Fizemos movimentações importantes que permitiram a criação de cinco empresas, cada uma com sua governança e totalmen-te independentes”, explica

Entre os grandes desafios profis-sionais, Ferrez acredita que alcançar o cargo de CFO com 37 anos e fazer as respectivas entregas sob sua responsa-bilidade em uma empresa em constante crescimento e atuação diversificada, o que incluiu dois IPOs (Initial Public Offe-ring) em 2010 e 2017 e muitas aquisições em diferentes setores de atividade da economia, são os maiores. “Proatividade, objetividade e honestidade intelectual

são valores que considero ideal para um bom profissional. Tenho também uma frase que de vez em quando uso: “Não quero nenhum real que pertença aos outros, mas quero cada centavo do que for meu”, ressalta.

Com graduação em administração pela Faculdade Cândido Mendes, o executivo se especializou em Corporate Finance pelo IBMEC. Iniciou sua trajetória profissional num pequeno negócio de família com o pai, depois passou quatro anos na empresa PwC Brasil em audito-ria, seguido de 10 anos na Aracruz Celu-lose, nas áreas de operações financeiras e depois de relações com investidores. Após essa experiência, foi diretor na empresa REDECARD e em 2008, então, chegou à JSL já como CFO.

Sua vida nem sempre foi na capital paulista, nascido no Rio de Janeiro, em 2005 deixou a praia pela selva de pedra, São Paulo, com a esposa Renata por conta da transferência da empresa em que trabalhava na época. De acordo com ele, um dos maiores desafios pessoais foi a adaptação da família nesse processo, mas as visitas a capital carioca são constantes aos familiares. Consciente o executivo destaca que família, honestidade e felicidade são valores que uma pessoa deve ter. O pai da Maria Victoria e da Maria Julia diz que as filhas vivem o protegendo. “Acho que o segredo é encontrar, no ambiente fami-liar, momentos de qualidade e mantê-los com regularidade e ter uma esposa ponta firme... Graças a Deus, eu a tenho há mais de 24 anos me acompanhando nesta jornada”, evidencia.

Outra prática importante na vida de Ferrez é surfar, atividade que desenvolve desde os 12 anos de idade. “O surf é fon-te fundamental de relaxamento, vitalidade e energia para encarar a semana sempre com animação. Sem falar no desafio que me imponho, na minha idade, de tentar me atualizar com o altíssimo nível que o surf chegou com essa juventude de hoje em dia”, conclui, lembrando que ser feliz é com certeza o único objetivo.

A força que vem do

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Normas Internacionais de Contabilidade

Combinação de negócios para entidades sob controle comum Os Padrões IFRS não especificam como contabilizar combinações de negócios de entidades sob controle comum. Como resultado, as empresas contabilizam essas transações de maneiras diferentes, o que difi-culta para os investidores e reguladores comparar os efeitos dessas transações nas posições financeiras e no desempenho das empresas. O IASB (International Accounting Standards Board) está discutindo essa situação e o comitê de Normas Internacionais de Contabilidade da ANEFAC trouxe este assunto para debate em Reunião Técnica de Normas Internacionais de Contabilidade dia 13 de setembro, em São Paulo.

Com a condução da diretora executiva da ANEFAC Cecília Geron e da vice-presidente da ANEFAC Marta Pelucio, ambas também são sócias da Praesum Con-tabilidade Internacional, entre os principais assuntos abordados estavam o conceito de controle e coliga-ção, a combinação de negócios - controle comum -, e a combinação de negócios - aquisição de controle.

Perícias, Mediação e Arbitragem

Formas de produção de prova pericial - visão geral Os aspectos relacionados às formas de produção de prova pericial, inclusive em conjunto com a prova docu-mental, prova oral e inspeção judicial em procedimentos arbitrais para o convencimento do julgador/árbitro e quem são os profissionais envolvidos na elaboração de prova foram os assuntos discutidos em Reunião Técnica de Perícias, Mediação e Arbitragem da ANEFAC dia 28 de agosto, em São Paulo.

Fernando Viana Filho, diretor executivo responsável da entidade, perito e assistente técnico coordenou o encontro que teve como palestrante Elora Neto Godry Farias, diretora da da Câmara de Mediação e Arbitra-gem da Associação Comercial do Paraná (ARBITAC). “Outra consideração favorável à participação do perito na instrução processual é a ampliação dos horizontes do debate, em decorrência da interveniência de assistente técnicos das partes, o que enriquece o pleno exercício do contraditório e, por consequência, traz maiores subsídios aos fundamentos da decisão.”

Controladoria BSC como alavanca de competitividadeEm tempos como esse que estamos vi-vendo de muita competição, muito tem se falado na busca por resultados. Avaliar o desempenho da gestão de uma empresa é extremamente importante nos dias de hoje, mas para isso, precisa-se elencar quais informações são necessárias para a tomada das decisões estratégicas.

É preciso sistematizar essas informa-ções, de modo que possam retratar com fidelidade a performance da empresa e permitir direcionar suas ações estra-tégicas, por parte dos dirigentes das

organizações, ao alcance de melhores resultados empresariais.

E quando se fala em competir no atual mundo globalizado, as empresas neces-sitam dessas informações para verificar a evolução dos seus resultados e, conforme o caso, corrigir os rumos. Nesse contexto o Balancend Scorecard (BSC) é uma ferramenta de planejamento estratégico que tem despertado bastante interesse de executivos e empreendedores.

Atendo ao mercado, a Reunião Téc-nica da ANEFAC de Controladoria do

dia 21 de agosto, em São Paulo, apre-sentou os aspectos fundamentais para a estruturação, adoção e utilização do BSC nas organizações e ainda como essa ferramenta pode contribuir para alavancar a competitividade do negócio e formas para obter vantagem competitiva e gerar valor.

À frente do assunto, o diretor exe-cutivo, Dr. Rodrigo Paiva Souza que é professor da Faculdade FIPECAFI e Paschoal Tadeu Russo, sócio-diretor da PTR Assessoria em Gestão Empresarial.

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Jurídico

Terceirização e a empresa: os limites da legalidade O mercado mudou e está mudando, atualmente para um empresário deixou de ser necessário exclusiva-mente a força de trabalho sujeita à sua direção. Há outras formas de ligação entre a empresa e o traba-lhador. A evolução tecnológica que tem acontecido nos últimos anos nos leva a refletir sobre mudanças na forma de prestação do trabalho humano, essa te-mática foi abordada em Reunião Técnica da ANEFAC do Jurídico dia 6 de agosto, em São Paulo.

O conceito de Trabalho Temporário explica que é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposi-ção de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços.

Já a empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Tra-balho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente.

Conduzida por Samantha Maguetta, diretora executiva da ANEFAC e consultora jurídica empre-sarial na gestão consultiva e contenciosa, a Reunião mostrou também os requisitos, as definições e os conceitos legais acerca da Terceirização, abordou os aspectos jurídicos e práticos para as empresas, as possibilidades e proibições na Lei de Terceiriza-ção e as implicações trabalhistas para as empresas e os empregados. O palestrante foi Roberto Alves Feitosa, sócio do escritório Feitosa & Maguetta Advogados Associados.

Franquia e licença de marcas Para investir em franquia e licenciamento é importante entender que cada modalidade possui suas especi-ficações e não significam a mesma coisa. Escolher entre franquia ou licença de marca vai depender dos objetivos de negócios. Na franquia, há apoio e diretri-zes para a gestão do negócio e de toda a operação. No licenciamento, há apenas a licença para aquela marca, que será associada a um produto ou serviço de quem o adquiriu. A operação do negócio, nesse caso, cabe ao seu dono, independente.

A Reunião Técnica da ANEFAC do Jurídico trouxe o assunto à discussão em 17 de agosto, em São Paulo. Conduzida pela diretora executiva da ANE-FAC e consultora jurídica empresarial na gestão con-sultiva e contenciosa, Samantha Maguetta, mostrou os requisitos legais para a franquia e o licenciamento de marcas, além das diferenças técnicas e formas de utilização e a importância jurídica e econômica do desenvolvimento de sistemas de franquias e licenciamento de marcas.

Trabalho intermitente, temporário e Home OfficeEm 12 de setembro, a diretora executiva da ANE-FAC Samantha Maguetta, que atua na área jurídica empresarial na gestão consultiva e contenciosa, e Roberto Alves Feitosa, sócio do escritório Feitosa & Maguetta Advogados Associados abordaram em Reunião Técnica de Jurídico da entidade, em São Paulo, o trabalho intermitente, o temporário e o Home Office.

A discussão girou em torno da legislação traba-lhista e sua abordagem no âmbito empresarial, com o objetivo de compreensão e esclarecimento diante do direito do trabalho desses três assuntos. Bem como as definições e conceitos legais acerca do Contrato de Trabalho Intermitente, Temporário e Home Office e a relação Jurídica entre a empresa e o empregado e por fim as implicações cíveis e trabalhistas.

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Estudos Tributários

Jurisprudências relevantes dos tribunais administrativos e judiciais

Governança Corporativa

Pesquisa de compliance gera dados aos executivos

A Reunião Técnica de Estudos Tributários da ANEAC, conduzida pelos membros da entidade Roberto Frago-so, diretor executivo e professor de Gestão Estratégica de Tributos pela FECAP e FIA/USP, e Edinilson Apoliná-rio, vice-presidente e sócio da Austin Associados, em 24 de julho, em São Paulo.

Na reunião foram discutidas algumas decisões judiciais e administrativas relevantes recentemente

publicadas que abordaram: - ilegalidade da restrição de restituição do ST por norma paulista - momento do pagamento do IRF nas remessas ao exterior - dedutibili-dade das despesas na CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e - Stock options - incidência dos tributos previdenciários.

Já em 31 de agosto, também na capital paulista, Fra-goso abordou em Reunião Técnica de Estudos Tributários o IRPJ (Imposto de Renda - Pessoa Jurídica) e CSLL, le-vando em conta o planejamento tributário e as despesas de locação entre empresas do grupo, o PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição para o Fi-nanciamento da Seguridade Social) abordando variação cambial e por último o ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) referente a tributação de games.

O objetivo da Reunião Técnica foi apresentar e discutir com todos os participantes algumas das recentes deci-sões tributárias publicadas pelos tribunais administrativos e/ou judiciais, federais e estaduais, que venham a gerar efeitos positivos ou negativos nos resultados financeiros das empresas.

Mudanças regulatórias, riscos de danos à reputação, multas aplicadas por ór-gãos fiscais, pressão dos acionistas e stakeholders. Todos esses fatores fizeram com que os executivos passassem a en-xergar o compliance como investimento e não como um custo. Contribuíram também para que sua definição, antes restrita às questões regulatórias e legais, ganhasse contorno mais flexível e pas-sasse a englobar ética, sustentabilidade, cultura corporativa, risco cibernético, gerenciamento de dados e informações de clientes, cadeira de suprimentos, entre outros riscos emergentes. Todas essas questões foram abordadas na 3° Edição da Pesquisa Maturidade de Compliance 2018, realizada pela KPMG e apresenta-

das em Reunião Técnica de Governança Corporativa da ANEFAC dia 20 de julho, em São Paulo.

A Reunião teve como objetivo apre-sentar os desafios das empresas na jornada de compliance e munir os Executivos e Gestores com dados e informações que auxiliem nas tomadas de decisão. O encontro foi conduzido pela diretora executiva da ANEFAC, Re-nata Bertele, que também é diretora da prática de Risk Consulting na KPMG em São Paulo e responsável pelos serviços de Risk Management e pelo programa de capacitação executiva - Risk Univer-sity - e teve como palestrante Emerson Melo, sócio responsável pela Prática de Compliance da KPMG.

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LIVROS

‘PSICOLOGIA POSITIVA: TEORIA E PRÁTICA’Autoras: Andréia Roma e Andréa Perez Corrêa

Em 33 capítulos, o livro ‘Psicologia Positiva: Teoria e Prática’ apresenta o que de fato é, quais as missões e o foco da Psico-logia Positiva com definições, origem do termo e aplicabilidade. Nesta obra, é possível conhecer os benefícios da felicidade e as intervenções para potencializá-la, emoções positivas através da música e entender como aplicar o assessment das Forças de Ca-ráter. O livro ainda conta com um capítulo destinado às Mulheres na Liderança: percepção e práticas do uso e forças de caráter em ambiente organizacional. A obra também fala sobre foco nas qualidades humanas positi-vas, em programas de capacitação e desenvolvimento profissio-nal, liderança positiva, nova abordagem no Processo de Recruta-mento e Seleção por Forças Pessoais, como estabelecer metas para uma vida em flow, a importância da gratidão, generosidade, perdão e empatia como recurso facilitador das relações humanas. Além disso, traz, um capítulo que aborda temáticas embasadas na nova pesquisa de Sonja Lyubomirsky, que, na contracapa da obra, esboça o quanto considera importantes livros com esta temática, unindo teoria e prática.

CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA: ASPECTOS PRÁTICOS E CONCEITUAISAutor: Edmilson Patrocínio de Sousa

A obra está estruturada em quatro partes: •O Sistema Tributário Brasileiro sobre os conceitos básicos de tribu-to, patrimônio e contabilidade tributária. •Os tributos indiretos, com um capítulo inteiro, onde são abordados temas importantes, tais como: alíquotas interestaduais de ICMS; DIFAL; guerra dos portos (ICMS); substituição tributária do ICMS; Tabela do IPI (TIPI); Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM); local para o qual o ISS é devido; e não cumulatividade de PIS e COFINS, entre outros. •Tributos diretos, onde são discutidos temas como: a) apuração do IRPJ pelo lucro presumido e regime de caixa; b) tratamento do AVP na apuração do lucro presumido, da base de cálculo estimada e do lucro real; e c) pagamento do valor do imposto em até três cotas trimestrais, entre outros. •IRRF sobre a retenção na fonte de PIS, COFINS e CSLL, o Simples Nacional e o Regime Especial de Tributação das Incorporações Imobiliárias (RET).

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O humorístico Monty Phyton fazia graça com a vida dos contadores em seus esquetes na televisão bri-tânica, nos anos 70. No teste vocacional, um con-tador - decidido a mudar

de profissão - descobre que seus atri-butos (entediante, chato, limitado, sem imaginação, tímido, sem iniciativa, sem personalidade persuasiva, sem senso de humor) são perfeitamente adequados à carreira atual e não, à de domador de leões, como ele queria.

Em um momento, o consultor afirma que estes atributos, que seriam em ou-tras profissões considerados um ponto negativo, na contabilidade - pelo con-trário - são bastante positivos. Ou seja, contabilidade, em sua visão, é a única profissão onde a criatividade é defeito.

Deve ser daí a origem da “contabilida-de criativa”. Usar esse termo é sinônimo de prática não ortodoxa no mundo con-tábil, é um modo popular de dizer que algo foi feito fora das regras.

Porém, no mundo onde até a inte-ligência é artificial, por que os conta-dores, que são humanos, não podem ser criativos?

Criatividade vem do latim, cuja ori-gem é a mesma da palavra CRIANÇA. Ela faz parte da natureza humana, é o uso dela que nos fez evoluir e encontrar soluções para os desafios. No entanto, diante de uma profissão regrada por leis, pronunciamentos, normativas das mais diversas, muitas vezes, não dá tempo de pensar a respeito.

Para ser criativo, precisa-se manter a criança dentro de si, apesar dos anos e da idade. Isso me remete ao educador Paulo Freire quando dizia: “Meu desafio é ver se terei a capacidade de continuar preservando em mim, a despeito da ida-de, o menino que fui, e ver se sou capaz, de criar, na minha velhice, o menino que eu não pude ser”, e Milton Nascimento, na canção Bola de meia, bola de gude: “Há um menino, há um moleque, mo-rando sempre no meu coração. Toda

Lord Excrachá é um ex-executivo que abandonou o mundo corporativo. Depois de tanto tempo vivendo a rotina nem sempre eficiente das organizações, moldou-se ao ambiente com um quê de sarcástico, mal-humorado, e, inegavelmente, um tanto cômico. Escrachar... Isso é com ele mesmo!

Contabilidade criativa

Se você tem um causo inusitado, engra-çado ou curioso envolvendo o mundo corporativo para contar, envie para esta coluna pelo e-mail [email protected], que nosso lorde está pronto para escrachar. Mas pode ficar tranquilo, como todo lorde que se preze, Lord Excrachá é discreto. (Importante: As identidades dos colaboradores desta coluna não serão divulgadas.) Lord Excrachá é criação de Emerson W. Dias, diretor de Liderança e Gestão de Pessoas da ANEFAC e fundador do portal e da série de livros O inédito viável.

vez que o adulto balança ele vem pra me dar a mão”.

E como preservar o pensamento criativo? Eu encontrei uma fórmula para isso, C5:

O primeiro C é cama, não dá pra ser criativo, sem ter uma boa qualidade de sono para repor energias e regular a serotonina, que é uma parte da química que produz a felicidade em nosso orga-nismo. Caso você não consiga ter uma boa noite de sono, leia a minha coluna na revista de setembro/outubro de 2017.

O segundo é chuveiro. Não há nada como um bom banho para relaxar e até cantar.

Depois, é coletivo. Usar transporte coletivo pode ser um ótimo impulsiona-dor de criatividade. Isto porque quando dirigimos, nos habituamos com o cami-nho e não reparamos na paisagem. No coletivo, enquanto passageiros, obser-vamos mais as pessoas, a paisagem, percebemos coisas e conexões que não vemos quando focados na direção.

Agora, se não quiser encarar o cole-tivo, use o quarto C que é a caminhada. Ela tem o mesmo efeito e, ainda, um adicional, pois oxigena o cérebro e ajuda a pensar melhor. Inclusive, se quiser ace-lerar, pode trocar por corrida que o efeito é o mesmo para a criatividade.

E, por último, anote todo insight que ti-ver no caderno, pois ideia não registrada se perde. Caso você seja mais moderni-nho e, não carregue um caderno por aí, certamente terá celular, que é também da família dos C. Portanto, anote!

A criatividade pode ser aplicada na melhoria dos processos de ciclo contábil, na confecção das demonstrações e das notas explicativas.

O Troféu Transparência ANEFAC® chega a sua 22ª edição para mostrar que dá, sim, para usar a criatividade e oferecer ao leitor, das demonstrações contábeis, clareza. Essa é a verdadeira contabilidade criativa.

Parabéns às empresas ganhadoras! And the Oscar goes to… (sempre quis dizer isso).

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